ARQUIDIOCESE
AGOSTO | 2017 JORNAL PAS ORAL
AGOSTO DE 2017
Ano XXVI, número 280
PAS ORAL
Contrato 9912249167/2010 - DRMG
ARQUIDIOCESE
Arquidiocese de Mariana
Para todos e para todas as idades
Exemplo para várias dio- ceses do Brasil, o Plano Ar- quidiocesano de Catequese se transforma em um dos mais importantes cartões postais da Arquidiocese de Maria- na. Feito a “várias mãos”, ele foi construído com cuidado, zelo e com o tempo necessário para que respondesse às ex- pectativas das comunidades. Tendo como foco não só o catequista e o catequisando, o Plano também é direcionado às pessoas que vivem nas co- munidades, promovendo um intenso trabalho de iniciação à vida cristã. Neste mês de agos- to, voltado para as vocações, em que também se comemora o mês dos catequistas, o Jornal Pastoral traz matéria especial onde debate o assunto e fes- teja o trabalho desenvolvido em prol da evangelização em todas as regiões da Arquidio- cese de Mariana.
Páginas 6 e 7
Conceição da Lapa
CÉSAR DO CARMO
Mineração
REPRODUÇÃO
Em agosto também é co- memorada a Assunção de Nossa Senhora e em vá- rias comunidades Maria re- cebe pedidos e preces. Na Arquidiocese de Maria- na um dos locais onde há maior movimentação em homenagem à Mãe de Je- sus é o Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, localizado no distrito de Antônio Pereira, em Ouro Preto. A preparação para a festa, que em 2016 recebeu mais de 30 mil pessoas, come- ça no dia primeiro de agosto e segue até o dia 15 do mês.
Página 12
O Conselho permanen- te da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil criou, no mês de julho, um grupo de trabalho específico para o se- tor de mineração. O objetivo é acompanhar a situação das comunidades afetadas pela atividade e propor ações que
visem a preservação do meio ambiente e o bem estar da população. Entre as priori- dades, está o mapeamento das regiões que mais sofrem os impactos da mineração, bem como os grupos que já atuam na área.
Página 8
CNBB
2
JORNAL PAS ORAL AGOSTO | 2017
editorial arquidiocese
Cinquentenário Partilhado
P
A Arquidiocese de Mariana promoveu o Ano da Vocação Sacerdotal entre agosto de 2016 e agosto de 2017. Relevante como Xxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx quis celebrar seus 50 anos presbiterais. Não pensou somente em si mesmo, na alegria pessoal de um sa-
Ano Xxxxxxx X
Xxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx
Arcebispo de Mariana
cerdócio fecundo onde foi professor, pároco, diretor de seminário, membro de inúmeras equipes eclesiais e pastorais. Como bispo, foi presidente da CNBB e da comissão episcopal para a liturgia. É seguro no que pensa, faz e orienta. Poderia ter celebrado seu cinquentenário de padre, levantando sua biografia e fazendo festas. Se quisesse, exigiria todo o louvor e honra de todos. Entretanto, ele procurou outra via para a comemoração.
Pretendeu o Senhor Xxxxxxxxx que toda a Arqui- diocese estivesse junto a ele numa perspectiva vo- cacional. Desde o primeiro momento, delineou-se a reflexão vocacional e a caminhada possibilitando a busca do sentido da vocação sacerdotal.
O ser padre exige um repensamento do ser e do agir. Ser padre para quê e para quem? Não se é padre para si mesmo, mas para o Cristo, para a Igreja, para a comunidade, para os pobres, para o mundo coa- bitado pelo meio ambiente sustentável, o equilíbrio humano da justiça e da fraternidade. Hoje se confi- gura cada vez mais, a necessidade de se vislumbrar o padre/pastor, padre/profeta, padre/pai, padre/líder, padre/agente de pastoral. A Arquidiocese e a Igreja têm vivido a diversidade qualitativa de sacerdotes, padres e presbíteros abnegados, dedicados e genero- sos na condução do Povo de Deus. Alguns são már- tires no testemunho pessoal, social e coletivo, na re- alidade carcerária, política e eclesial, no mundo dos enfermos, das crianças/menores e famílias. O pró- prio povo dá o testemunho de seus padres em suas múltiplas experiências de partilha pastoral.
Esse será um dos frutos deste Ano da Vocação Sacerdotal. Xxx Xxxxxxx possibilitou que todos pu- dessem se fortalecer no sentido vocacional. Chegou o término, mas lembraremos todos com o coração, desse ano jubilar que “se faz a obra de um evangeli- zador”.
Os trabalhos continuam em todos os âmbitos ar- quidiocesanos. A vocação continua a ser repensada no caminho do discípulo e missionário. O objetivo foi alcançado e só resta continuar buscando o apro- fundamento de seu sentido!
or ocasião do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida,
estamos celebrando o Ano Mariano, no Brasil. Ao mesmo tempo, come- moramos os 250 anos do início da devoção a Nossa Senhora da Pieda- de, Padroeira do Estado de Minas Geais. E o centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos da Cova da Iria. Esses eventos nos oferecem a oportuni- dade para aprofundar nossa devo- ção a Xxxxx e aponta caminhos para vivenciá-la de forma sempre mais autêntica. As sábias orientações do Beato Xxxxx XX, em sua Exortação Apostólica Marialis Cultus, muito nos ajudam a desenvolver um culto à Bem-aventurada Virgem Xxxxx, de acordo com os ensinamentos do Magistério da Igreja.
Diz o Beato Xxxxx XX: ”Que- remos, agora, aprofundar um as- pecto particular das relações que se verificam entre Xxxxx e a Litur- gia, ou seja: Xxxxx como exem- plar da atitude espiritual com que a Igreja celebra e vive os divinos mistérios” (cf. MaC 16).
Xxxxx é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a palavra de Deus com fé. Na sagrada Liturgia, sobretu- do, ela escuta com fé, acolhe, pro- clama e venera a Palavra de Deus, distribui-a aos fiéis como pão da vida (DV 21), à luz da mesma, pers- cruta os sinais dos tempos, inter- preta e vive os acontecimentos da história (cf. MaC 17).
Xxxxx é, além disso, a Virgem dada à oração. Assim nos aparece ela, de fato, na visita à mãe do Pre- cursor: tal é o "Magnificat" (cf. Lc 1,46-55), a oração por excelência de Xxxxx. Virgem em oração aparece Xxxxx, também, em Caná, onde, ao manifestar ao Filho uma necessida- de temporal, implorando delicada- mente, obteve também um efeito de graça (cf. Jo 2,1 12). Por fim, ainda na última passagem biográfica relativa a Xxxxx ela é apresentada orante: os Apóstolos "perseveravam unânimes
Assine o PASTORAL
Faça seu depósito identificado em nome da Arquidiocese de Mariana, na Caixa Econômica Federal
ou Casas Lotéricas, Agência: 1701 - Conta: 583-3
Operação: 003 e envie email com seus dados e confirmação de depósito para xxxxxxxxxxxxxxxxxxx@xxxxx.xxx
DACOM
Valor da assinatura: R$ 25,00 anual (12 exemplares)
na oração, com algumas mulheres, entre as quais Xxxxx, a mãe de Xxxxx" (At 1,14) (cf. MaC 18).
Xxxxx é, enfim, a Virgem oferen- te. No episódio da apresentação de Xxxxx no Templo (cf. Lc 2,22-35), para além do cumprimento das leis respeitantes à oblação do primogê- nito (cf. Ex 13,11-16) e à purificação da mãe (cf. Lv 12,68), a Igreja, guia- da pelo Espírito Santo, descobriu, um mistério "salvífico" relativo à história da Salvação; e em tal misté- rio realçou a continuidade da oferta fundamental que o Verbo encarnado fez ao Pai, ao entrar no mundo (cf. Hb 10,5-7); viu nele proclamada a universalidade da Salvação, porque Xxxxxx, ao saudar no menino a luz para iluminar as nações e a glória de Israel (cf. Lc 2,32), reconhecia nele o Messias, o Salvador de todos; en- tendeu aí uma referência profética à Paixão de Cristo: é que as palavras de Xxxxxx, as quais uniam num único vaticínio o Filho, "sinal de contra- dição" (Lc 2,34), e a Mãe, a quem a espada haveria de trespassar a alma (cf. Lc 2,35), verificaram-se no Cal- vário. Mistério de salvação, portanto, que nos seus vários aspectos, orienta o episódio da apresentação no Tem- plo para o acontecimento "salvífico" da Cruz (MaC. 20).
Mas a mesma Igreja, sobretudo a partir da Idade Média, entreviu no coração da Virgem Xxxxx, que leva o Filho a Jerusalém "para o oferecer ao Senhor" (cf. Lc 2,22), uma vontade oblativa, que transcendia o sentido ordinário do rito. Esta união da Mãe com o Filho na obra da Redenção (LG 57) alcança o ponto culminante no Calvário, onde Cristo "se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha" (Hb 9,14), e onde Xxxxx es- teve de pé, junto à Xxxx (cf. Jo 19,25), "sofrendo profundamente com o seu Unigênito e associando-se com âni- mo maternal ao seu sacrifício, con- sentindo amorosamente na imolação da vítima que ela havia gerado" (LG 58), e oferecendo-a também ela ao eterno Pai (cf. MaC 20).
PAS ORAL
Periódico mensal, fundado em fevereiro de 1991, em Mariana/MG
Endereço: Xxx Xxx Xxxxxxxx, 00 Xxxxxx. CEP 00000-000 - Mariana/MG. Tel.: (00) 0000 0000
Email: xxxxxxxxxxxxxx@xxxxx.xxx.xx
Diretor: Pe. Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx
Jornalista: Xxxxxxx Xxxxxxx - MG 06241JP
Conselho Editorial: Edina da Silva, Xxxxx Xxxxxxxx, Pe. Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxx, Pe. Xxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxxx, Pe. Xxxx Xxxxx Xxxxxx xx Xxxxx,
Pe. Xxxxx Xxxxxxx, Pe. Xxxxxx Xxxxxx, Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxxx.
Dacom: Jornalista - Xxxxx Xxxxxxx
Diagramação: Xxxxxxxx Xxxxxx
Colaboração: Editora Dom Viçoso. Xxx Xxxxxx Xxxxxx, 000 - Xxx Xxxx; XXX 00000-000 - Xxxxxxx - XX. Fone: (00) 0000-0000
Tiragem: 2.000 exemplares.
AGOSTO | 2017
JORNAL PAS ORAL
entrevista
3
"Permanecei no meu amor"
No dia 15 de agosto de 2016, a Arquidiocese de Mariana iniciou as celebrações e eventos do Ano da Vocação Sacerdotal. A iniciativa, que termina no próximo dia 15, teve como motivação a celebração dos cinquenta anos de ordenação presbiteral do arcebispo de Xxxxxxx, Xxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx. Sob a organização do Seminário São José, várias atividades foram realizadas com objetivo de rezar e promover as vocações na arquidio- cese. O reitor do seminário, padre Xxxxxx Xxxxx, contou ao Jornal Pastoral um pouco de como foi esse tempo para a Igreja particular de Xxxxxxx.
BRUNA SUDÁRIO
JORNAL PASTORAL: Como nasceu a proposta do Ano da Vocação Sacerdotal?
PADRE XXXXXX: A proposta do Ano da Vocação Sacerdotal veio de Xxx Xxxxxxx. Ele, no Encontro de Presbíteros de 2016, apresentou a proposta de celebrar o Ano da Vocação Sacerdotal como pre- paração para o seu jubileu sacerdotal. Dom Ge- raldo justificou que ele não queria que a festa dos seus cinquenta anos de sacerdócio fosse comemo- rada só em uma celebração, pois seria algo muito pessoal. Ele queria celebrar como algo do minis- tério, como uma celebração da Igreja. Pois para ele, o ministério é estar a serviço do povo de Deus. Então ele fez essa proposta no encontro dos padres e houve unanimidade, todos acolheram. Foi Xxx Xxxxxxx que pediu ao seminário que conduzisse o processo e a execução do Ano da Vocação.
JORNAL PASTORAL: "Permanecei no meu amor" foi o tema que conduziu o Ano da Voca- ção Sacerdotal. Quais foram os objetivos deste Ano sob este tema?
PADRE XXXXXX: O permanecei no meu amor surge porque é um chamado para estar com Xxxxx. Nós criamos uma equipe executiva do seminário para tratar do Ano da Vocação Sacerdotal e quan- do nós conversamos, pensamos em quatro objeti- vos bem específicos, que são:
• A preparação para o Jubileu Sacerdotal de Dom Geraldo, onde as comunidades foram moti- vadas a celebrarem com o nosso arcebispo.
na de Animação Vocacional. Ela foi realizada em duas etapas. Uma em dezembro de 2016 e a segun- da em junho de 2017, contemplando praticamente todas as paróquias da Arquidiocese. Para essa ati- vidade nós dividimos os seminaristas das três ca- sas em duplas e eles foram enviados às paróquias. Em cada paróquia eles realizaram trabalhos com a juventude, com os grupos de crisma, as famílias,
JORNAL PASTORAL: Os trabalhos terão conti- nuidade no próximo ano?
PADRE XXXXXX: O Ano da Vocação Sacerdotal se encerra do dia 15 de agosto. Mas eu tenho es- perança de que o trabalho desenvolvido nas paró- quias vai fazer surgir as equipes vocacionais pa- roquiais. Se nós conseguirmos, como fruto deste
XXXXX XXXXXXX
• Xxxxx pelos presbíteros e diáconos para que nós sejamos homens santos.
Ordenação Episcopal de Dom Geovane, ex-pároco em Barbacena, marcou o Ano da vocação Sacerdotal.
• Orar pelo seminário, pensando em toda a sua história, em todos os seminaristas e vocacio- nados.
• Orar, como o próprio Xxx ensina, para en- viar outros jovens para a missão. Uma oração pelas vocações na Igreja.
JORNAL PASTORAL: Como foi o Ano da Voca- ção Sacerdotal? Quais as atividades de destaque?
PADRE XXXXXX: Foram muitas atividades ao longo do ano. É claro que cada paróquia pôde fa- zer, pôde organizar eventos nessa perspectiva vo- cacional. Mas nós organizamos alguns eventos que foram muito importantes. Todas as ordenações acontecidas ao longo deste ano, seja ela diaconal, sacerdotal e a episcopal de Dom Geovane, tiveram a tônica da vocação. Em todas essas celebrações houve uma motivação sobre o Ano da Vocação Sacerdotal. Elas foram inseridas dentro das cele- brações deste ano.
Uma segunda iniciativa que eu destaco foi a Sema-
os coroinhas. Um trabalho de divulgação vocacio- nal. As festas de padroeiros das paróquias, em sua grande maioria, tiveram como tema o Ano Voca- cional. E nós padres formadores fomos chamados para ir até as paróquias e participar das novenas.
JORNAL PASTORAL: Qual o papel e a impor- tância de Xxx Xxxxxxx nos trabalhos deste ano?
PADRE XXXXXX: Xxx Xxxxxxx propôs este ano. Xxxx nasceu do coração do bispo. Foi ele quem sugeriu celebrar o sacerdócio nessa perspecti- va de uma missão, envolvendo toda a diocese. Não foi só uma celebração à pessoa dele, mas ao sacerdócio como um dom. Xxx Xxxxxxx, como o coordenador do conselho de formado- res e do conselho presbiteral, foi coordenando as atividades, sempre motivando as reuniões e os encontros, dando pistas, também, do que poderia ser feito. Muito do que aconteceu ao longo deste ano surgiu da iniciativa dele, como pastor, aquele que guia o rebanho.
ano, a instituição e o fortalecimento dessas equi- pes vocacionais o trabalho vai continuar. Tanto com as equipes paroquiais, quanto com o Serviço de Animação Vocacional.
JORNAL PASTORAL: Como será o encerra- mento do Ano da Vocação Sacerdotal?
PADRE XXXXXX: No encerramento do Ano da Vocação Sacerdotal serão realizadas duas grandes atividades. A peregrinação arquidiocesana ao San- tuário Nacional de Aparecida. No dia 13 de agosto, às 8h, nós teremos a celebração em Aparecida, en- cerrando, também, a peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida às paróquias da Arqui- diocese. E no dia 15, data que se comemora os 50 anos de ordenação de Xxx Xxxxxxx, nós teremos em Mariana, às 16h, a inauguração do Arquivo Eclesiástico Dom Oscar, agora em uma nova casa, e na igreja de São Pedro, às 19h, teremos a missa solene presidida por Xxx Xxxxxxx com a partici- pação dos padres e bispos convidados.
4
JORNAL PAS ORAL
notícias
AGOSTO | 2017
Arquidiocese de Mariana sedia 4º Congresso Filosofia Brasileira é tema de Colóquio
Estadual da Juventude Missionária
XXXXXXXX XXXXX
A Faculdade Xxx Xxxxxxx Xxxxxx realiza, de 18 a 20 de outubro de 2017, o Colóquio Filosofia Brasileira Século
XIX. O evento, que dá continuidade aos debates iniciados em 2016 sobre o sentido da filosofia colonial a partir de manuscritos filosóficos ainda inéditos do Brasil Colonial, se dedicará ao es- tudo do século XIX a partir das lutas por independência, pela liberdade dos negros, analisando ainda o lugar da mulher na sociedade.
O Colóquio Filosofia Brasileira Sé- culo XIX contará com a presença de
Xxxxxxxx (UNIPTAN), Xxxxxx Xxx- xx (CEF), Xxxxxxxx X’Xxx (IFSRG), Xxxxxx Xxxxx (FDLM), Xxxxxxx Xxx- xxxxx (UNISINOS), Xxxxxxx Xxxx (PUCRS), Xxxxxxx Xxxxxx (UFOP), Xxxx Xxxxxxx (FDLM), Xxxxx Xxxxxxx (FDLM), Xxxxx Xxxxxxxx (FAJE), An- tônio Xxxxxxx Xxxxxxxx (UNINO- VE), Xxxx Xxxxx (IESMA), Xxxx Xxxx (IFMG) e Xxxxxxxx XXXX (FDLM).
O evento desse ano ocorrerá no auditório do Hotel Providência, na ci- dade de Mariana/MG, entre os dias 18 e 20 de outubro. Para outras informa-
O ardor missionário aqueceu a
cidade de Mariana durante o 4º Con- gresso Estadual da Juventude Missio-
cia. “É importante incentivar a Igreja
em saída. Tirar a juventude das qua- tro paredes, da comodidade e seguir
professores e pesquisadores de várias
instituições como Xxxx Xxxxxxxx xx
ções e inscrições: xxxxxxxxxxxxxx@xxxxx. com ou (00) 0000-0000.
nária, entre os dias 14 e 16 de julho. O evento reuniu padres, religiosos e in-
o exemplo de Xxxxx Xxxxxx, de trazer as pessoas para o centro. Este é o desejo
Escola Diaconal promove retiro espiritual
tegrantes da Obra Missionária e teve como objetivo promover a formação continuada dos jovens missionários, bem como avaliar e planejar o cami- nho trilhado.
O encontro reuniu representantes de nove Dioceses do estado e se tor- nou um momento produtivo para a caminhada da Obra. “Vejo que a Ju- ventude Missionária do estado vem em um constante crescimento e que encontros assim se fazem necessários para que possam trocar experiências e se conhecerem pessoalmente, deixan- do um pouco de lado a amizade vir- tual”, explica Xxxxxx Xxxxx, atual coor- denador da Juventude Missionária no estado.
Com momentos de formação, espi- ritualidade e vida de grupo, o congres- so proporcionou grande incentivo aos jovens, como destacou Xxxxxxxx Xxxxx, da cidade de Mariana. “Foi uma expe- riência muito boa. Pude perceber que dificuldades vêm, mas Deus nos dá forças para lutar e vencer. Fiquei mui- to feliz. Saí de lá com a certeza que sou da Juventude Missionária”.
Xxxxxx Xxxxxxx, da Arquidiocese de Olinda e Recife, conduziu a forma- ção sobre a experiência missionária e os princípios básicos da Obra Pontifí-
do Papa Xxxxxxxxx”, afirma.
Padre Xxxxxxx Xxxxxxxx, assessor do Conselho Missionário da Arqui- diocese de Mariana (COMIDI), viu o evento como uma forma motivacional para o protagonismo juvenil. “Os jo- vens devem se identificar como prota- gonistas e construtores de uma Igreja Missionária em saída. Em Xxxxx Xxxx- to, o jovem encontra a razão de suas vidas e partilham com as pessoas a certeza da presença do Senhor”.
Colocando em prática
Durante o encontro, os congres- sistas foram enviados em missão pela região. Uma experiência nova para alguns. “A ideia era proporcionar aos jovens de Minas uma maior vivência missionária. Algo que proporcione mudança interior”, explica Xxxxxx Xx- niz, que já se prepara para a 1a Expe- riência Missionária de Minas Gerais. “Será em Santa Maria do Suaçuí, Dio- cese de Guanhães, região Leste do es- tado. Além do sonho de proporcionar um momento de espiritualidade para os jovens mineiros, esperamos que haja um maior contato entre os gru- pos”, destaca.
Com a colaboração de Xxxxx Xxxxxx- ra, da Diocese de São João Del-Rey.
Em espírito de recolhimento e in- trospecção, 16 candidatos ao Diaco- nato Permanente participaram, nos dias 22 e 23 de julho, de retiro espi- ritual na casa da Teologia do Seminá- rio São José, em Mariana. Promovido pela Escola Diaconal São Lourenço, o evento reuniu também as esposas dos candidatos.
O encontro, que começou com momento especial de oração, seguiu com uma palavra de acolhida dirigida pelo padre Xxxxxx Xxxxx xx Xxxxxxxx, orientador do retiro. Também estive- ram presentes o presidente da Comis- são Arquidiocesana de Diáconos, diá- cono Xxxx Xxxxxxxxxx. A temática Ma- riana envolveu todo o retiro, em que o
“sim de Maria” foi equiparado ao sim dado ao Serviço Diaconal, onde é fun- damental a dedicação absoluta à cons- trução do Reino de Deus.
Entre momentos em que os diáco- nos se colocaram em oração silencio- sa, padre Xxxxxx, refletiu sobre as “Bo- das de Caná”, em que a graça de Deus exige a importante iniciativa de "des- cruzar os braços" para colocar a mão na massa e encher as talhas de água para que o milagre da construção do Reino aconteça.
Para os participantes, o retiro foi "um tempo de parar e ouvir o que Deus quer nos falar".
Com a colaboração de Xxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxx
ESCOLA DIACONAL
coordenação de pastoral
Fazendo obra de evangelista
Nossa Arquidiocese, com alegria, une-se ao seu arcebispo, Xxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx, para elevar a Deus a mais fervorosa ação de graças pelos 50 anos de sua ordenação sacerdotal, ce- lebrados em 15 de agosto. A vida e o ministério presbiteral de Xxx Xxxxxxx são dádiva divina não só para as dioceses que serviu, mas para toda a Igreja no Brasil, que o tem como refe- rência de pastor dedicado, liturgista exemplar e servidor abnegado.
Como pastor, Xxx Xxxxxxx prima pelo cui- dado de seu rebanho, desdobrando-se em aten- ção a todos. Extremamente organizado, sabe valorizar as instâncias de participação, numa demonstração de respeito profundo aos minis- tros ordenados, aos religiosos(as) e aos cristãos leigos e leigas. Impressiona sua capacidade de ouvir e de discernir, tomando as decisões de maneira colegiada, fazendo de nossa Arqui- diocese uma Igreja sinodal, como pede o Papa Xxxxxxxxx.
Suas visitas pastorais, momento maior de sua proximidade com o povo de Deus, são marcadas pela espontaneidade e alegria, oportunizando me- lhor conhecimento das paróquias e de suas lide- ranças. Nessas ocasiões, arriscaria a dizer, é quan- do mais percebemos sua “obra de evangelista”.
Seu amor à liturgia vem da alegria de ser pas- tor. Responsável por esse Setor na CNBB por mui- tos anos, tornou-se referência de liturgista para a Igreja no Brasil. Xxxxxx, tranquilo e prudente, dá exemplo de como tornar a liturgia solene sem que isso signifique exuberância e luxo. Suas orienta- ções, precisas e seguras, apontam para uma liturgia que revela o mistério celebrado, ligando a fé com a vida. Animador de uma Igreja toda ministerial, incentiva as comunidades a celebrarem o Dia do Senhor sob a presidência dos leigos, numa de- monstração de reconhecimento da importância e do valor dos ministérios que a Igreja lhes confia. Ao mesmo tempo, tem especial atenção às voca- ções sacerdotais, com presença paterna em nossos
seminários.
Não passam despercebidos de Xxx Xxxxxxx o sofrimento e a luta dos mais pobres. É conhecido seu posicionamento profético e corajoso em rela- ção aos desmandos políticos, à falta de ética, à cor- rupção e a tantos outros sinais do antirreino, seja como presidente da CNBB, seja como arcebispo de Xxxxxxx. O exemplo mais recente é sua posição cla- ra e firme na defesa dos direitos dos atingidos pelo rompimento da barragem de rejeitos da Samarco Mineração, ocorrido em 5 de novembro de 2015, provocando o maior crime ambiental do Brasil e um dos maiores do mundo.
Há 50 anos, dos quais dez em Mariana, Xxx Xxxxxxx faz “obra de evangelista”, nutrindo aqui profundo respeito à vida e obra de Xxx Xxxxxxx, seu antecessor, ganhando, também por isso, toda nossa admiração. Obrigado, Xxx Xxxxxxx, por sua obra de evangelista junto de nossa Igreja particular!
Pe. Xxxxxxx Xxxxxxx Coordenador Arquidiocesano de Pastoral
AGOSTO | 2017
JORNAL PAS ORAL
notícias
5
Perdoar e reconciliar
GIRO RÁPIDO
Romaria da Pastoral Afro-Brasileira
A Comissão de Articulação da Pastoral Afro-Brasileira na Arquidiocese de Mariana realizará a Romaria ao San- tuário de Nossa Senhora das Graças, em Urucânia, no dia 26 de novembro de 2017. A concentração será na Praça da igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Urucânia, a partir das 7h da manhã, com previsão de saída às 8h30 rumo ao Santuário, onde os grupos organizados serão aco- lhidos. A caminhada tem o objetivo de conscientizar a pre- servação da ancestralidade e a cultura afro-brasileira na ar- quidiocese. Confirmação de presença e mais informações podem ser feitas pelo email: xxxxxxxxxxxxx@xxxxx.xxx
Congresso Missionário
XXXXXXXX XXXXXX
"A alegria do Evangelho para uma Igreja em Saída".
Será promovido, no dia 19 de agosto, na Igreja do Carmo
– Xxx Xxxx Xxx, 000, xx Xxxx Xxxxxxxxx, o Encontro Anual dos Ex-Participantes do Cur- so de Perdão e Reconciliação. O encontro, que terá o tema “Espere: Agente restaurativo no cotidiano”, é promovido pela Escola de Perdão e Re- conciliação, que no dia 15 de julho, trouxe à Arquidiocese de Mariana, o último módulo do Curso de Perdão e Recon- ciliação: fundamentos da jus- tiça restaurativa. O curso foi ministrado na Paróquia São Sebastião, em Conselheiro Xxxxxxxx. Vinte e oito pessoas, sendo 8 da região norte, 10 da região oeste, 6 da região sul e 4 da região leste, participaram dos quatro encontros durante os meses de junho e julho.
O curso
Nomeações e transferências
12 de julho de 2017
Depois de ouvir o Conselho Episcopal, o Senhor Arcebispo Dom Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx no- meou Pe. Xxxxxxxxx Xxxxxx xx Xxxxx, Xxxxxxx Xxxxxxxxx da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Piranga; Pe. Xxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxx, Pároco das Paróquias de São Caetano, em Monsenhor Horta e São Sebastião, em Xxxxxxx Xxxxxx; Pe. Xxxxxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxx, Páro- co da Paróquia de Santo Antônio, em Granada; Pe. Xxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxx, Diretor Espiritual Arquidiocesano do ECC; Pe. Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxxxxx e Pe. Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxx, membros da Equipe de Formadores da Comunidade da Filosofia do Seminário São José.
O Senhor Arcebispo Xxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx, na qualidade de Presidente da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana – FUNDARQ, tendo ouvido seu Conselho Curador, no uso de suas atribuições, de acordo com o Art. 17, IV, designou o Sr. Côn. Xxxxx Xxx- xxx Xxxxxxxx Xxxxxxx, Diretor Executivo da referida Fundação, por um mandato de quatro anos.
16 de julho de 2017
Depois de ouvir o Conselho Episcopal, o Senhor Arcebispo Dom Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx no- meou Pe. Glauber Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxxxx, Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, em Cachoeira do Campo; Pe. X’Xxxxxxxx xx Xxxxxxx Xxxxxxxx, Pároco da Paróquia de São Pio X, em Barbacena; Pe. Oldair de Xxxxx Xxxxxx, Administrador Paroquial da Paróquia de São José, em Pedra Bonita, acumulando as funções de Pároco da Paróquia de São Domingos de Gusmão em Ribeirão de São Domingos.
Com a intenção de ensinar a administrar emoções e sen- timentos causados pela violên- cia, conflitos e desafios da vida cotidiana, o curso, que nor- malmente é aplicado em 10 dias, um para cada módulo, foi aplicado de forma intensiva, pelas facilitadoras Dalka Ma-
xxx Xxxxx Xxxxxx Xxxxxxxx, Xxxxx Xxxx xx Xxxxx e Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxx. Os en- contros aconteceram em duas paróquias da arquidiocese, São Sebastião, de Conselheiro La- faiete, e Sagrado Coração de Jesus, de Mariana.
Segundo Xxxxx Xxxxx Ca- panema, as aulas ajudam a en- tender o perdão como cura in- terior “A metodologia ESPERE parte do princípio de que para você trabalhar de uma forma construtiva com os conflitos dos outros, você tem que estar harmonizado com os seus pró- prios conflitos. Para você ser um agente restaurador você precisa primeiro ser uma pes- soa restaurada”, explica. Padre Xxxxxxx Xxxxxxx, assessor da Pastoral Carcerária da Arqui- diocese de Mariana, reforça: “Em cada módulo refletimos sobre a superação dos conflitos íntimos. Se não tratarmos as feridas elas vão se acumulando no nosso interior, limitam nos- sa liberdade de viver humana- mente, transformam-nos em pessoas violentas justificadas. Não se trata de aplicar para os outros, mas primeiramente perceber e tomar consciência
de que o perdão e a reconcilia- ção consistem num processo, que se inicia dentro de si mes- mo, na restauração da própria vida para se chegar à verdadei- ra cultura de paz”.
Restauração
A participante Xxxxx xx Xxxxxx e Xxxxxxxx, represen- tante da arquidiocese na coor- denação colegiada da Pastoral Carcerária do Regional Leste 2, afirma que o curso deu a opor- tunidade de lidar com a con- dição de vítima e de opressor. “Acreditamos que através des- tes ensinamentos, nós, agentes da Pastoral Carcerária, viven- ciaremos, ainda mais a mise- ricórdia. Temos como utopia 'um mundo sem prisões', que- remos, portanto, a prática da Justiça Restaurativa em nossa Arquidiocese, seja nas escolas, nas Pastorais, nas famílias, no bairro, na catequese e em todo lugar que houver um filho de Deus”, afirmou.
Mais informações sobre o curso e a Espere podem ser obtidas pelo site do curso xxx.xxxxxxxx.xxxxxxxxx.xxx ou pelo e-mail espere-bh@ xxxxx.xxx.
Este é o tema do quarto Congresso Missionário Nacional, que acontecerá entre os dias 7 e 10 de setembro, em Recife (PE). A Arquidiocese de Xxxxxxx convida todas as paró- quias, representadas pelo Conselho Paroquial de Pastoral e expressões missionárias, a estudarem e a responderem as perguntas do texto base do Congresso. O material está dis- ponível no site da arquidiocese xxx.xxxxxxxxxx.xxx.xx e as respostas devem ser enviadas para o e-mail comidiarq- xxxxxxx@xxxxx.xxx até o dia 27 de agosto.
Universa Theologia
Estão abertas as inscrições para o exame de Universa Theologia, que será realizado nos dias 29 e 30 de novem- bro. O exame concede o grau acadêmico de Bacharel em Teologia aos seminaristas do 4º ano de Teologia do Institu- to Teológico São José. Para se inscrever o candidato deverá observar o disposto no Edital nº01/2017, preencher a ficha de inscrição e entregar na Secretaria do Seminário, além de efetuar o pagamento da taxa de participação no valor de R$752,50. Para mais informações entre em contato com a secretaria do Seminário São José nos telefones (00)0000- 0000 ou 0000-0000 ou pelo e-mail xxxxxxxxxxx@xxxxx.xxx
Evangelização da Juventude
A Região Mariana Sul fará o lançamento e a divulgação do Projeto Arquidiocesano de Evangelização da Juventude (PAEJU) em cada uma de suas foranias com o objetivo de tornar concreta na Igreja a acolhida, o estímulo e a orien- tação às juventudes. Na forania de Barbacena, o evento denominado Jornada da Juventude acontece no dia 26 de agosto, com a caminhada saindo às 13h do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena, e seguindo para o Instituto Federal de Educação e Tecnologia. Em seguida haverá missa e lançamento do projeto. Os interessados de- vem confirmar presença pelo telefone (00) 0000-0000.
Congresso Mariano
O Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Se- nador Firmino, promove entre os dias 4 e 5 de agosto, o primeiro Congresso Mariano. O encontro é inspirado nas orientações de Dom Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx, que pediu a todos para aprofundarem em estudos e reflexões sobre a importância da Virgem Maria na História da Salvação, na História da Igreja, na Liturgia e na Religiosidade Popu- lar. A programação completa está no site da arquidiocese, o valor da inscrição é R$ 20,00 (não incluso refeições) e pode ser feita pelo e-mail: xxxxxxxxxxxxxx@xxxxx.xxx.xx ou pelo telefone (00) 0000-0000.
Romaria do terço dos homens
A cidade de Senador Xxxxxxx também recebe, no dia 6 de agosto, a primeira Romaria do Grupo do Terço dos Homens. A abertura será às 9h da manhã na Escola Mu- nicipal Padre Xxxxxxx Xxxxxxxx. Às 13h os romeiros sairão para o Santuário de Nossa Senhora da Conceição. O valor da inscrição é R$10,00. As dúvidas podem ser tiradas pelo telefone (00) 0000-0000 ou pelo e-mail senfirparoquia@ xxxxx.xxx.xx
6
c
omunhão e participação
JORNAL
PAS ORAL
AGOSTO | 2017
no caminho da fé
Tendo como base uma experiência cheia de êxito, o Plano Arqui- diocesano de Catequese da Arquidiocese de Mariana ganhou, neste ano, nova edição. Um trabalho feito pelas mãos da comunidade e
motivados pela fé em Jesus Cristo.
De mãos dadas
Quando enviamos um cartão postal, mesmo que isso hoje seja feito muito mais em ambiente virtual e em for- ma de selfies, estamos comprometidos com alguns pro- pósitos bem claros. Apresentar ao outro um lugar bonito, mostrar que estamos bem, desejar ao outro algo de bom, demonstrar xxxxxxx deixando claro que não esquecemos daquela pessoa, mesmo estando distante. A ação vem sempre recheada de sentimentos bons compostos por aquilo que temos de melhor para oferecer e sempre tem um outro, que supomos estar pronto para receber nossa mensagem. É assim que a comunidade que forma a Ar- quidiocese de Xxxxxxx se sente em relação ao trabalho desenvolvido por toda a equipe que promove a catequese nas paróquias e comunidades arquidiocesanas. Tem na catequese e no Plano Arquidiocesano de Catequese um belo cartão postal.
A analogia fica ainda mais intensa quando pensamos no conteúdo daquilo que se quer apresentar neste “car- tão postal”: Xxxxx Xxxxxx. É como se cada um daqueles que se dedicam ao ofício da catequese estivessem man- dando um recado de como é bonito o lugar em que es- tão. Pensando no mundo moderno e suas tecnologias, a catequese na arquidiocese, materializada e organizada no Plano Arquidiocesano de Catequese, pode ser com- parada a uma selfie com Jesus. Uma selfie seguida de um convite: vem fazer uma selfie com a gente!
Contudo, há uma diferença que deve ser colocada. Ao contrário da instantaneidade contida nas selfies e nos cartões postais, a catequese arquidiocesana e seu planejamento, são feitos no dia-a-dia, com passos firmes e seguros. A nova edição do Plano Arquidiocesano de Catequese, que teve a finalização cuidadosa da Edito- ra Dom Viçoso lançada neste ano, foi debatida e orga- nizada durante oito longos anos. Segundo o arcebispo, Xxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx, que fez o texto de apresen- tação e participou dos trabalhos, os estudos e atividades voltados para a catequese têm que ser feitos com todo zelo e cuidado. “Descuidar da catequese, aqui entendi- da em toda sua latitude e profundidade, é descumprir o mandato de Xxxxx: ‘Vão e façam que todas as nações se tornem discípulas’ (Mt 28,19). Por meio da catequese, permanente e universal, fazemos a experiência das pri- meiras comunidades que ‘eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos” (At 2,42), formando “um só coração e uma só alma’ (At 4,32).”
Em fevereiro de 2006, quando a primeira edição do Plano foi lançada, Xxx Xxxxxxx escreveu a sua apresen- tação e como o profeta que sempre foi, disse: “Trata-se de um trabalho benemérito e promissor. Representa o fruto da experiência dos grupos de catequistas e das reu- niões para intercâmbio. Abre perspectivas novas para um caminho seguro e permanente em nossas comuni- dades integrando a atuação das famílias e considerando
as crianças e adolescentes atuantes do próprio processo que perdurará ao campo da vida.”
Padre Xxxxx Xxxxx acompanhou o trabalho de es- tudo e redação do Plano Arquidiocesano de Catequese desde o início dos trabalhos, ainda com Xxx Xxxxxxx. Hoje é assessor da Catequese e um dos responsáveis pelo texto. Para ele, conseguiu-se depois de tanto tem- po, dar um rosto para o processo de formação cristã de jovens, adolescentes e adultos na Arquidiocese. “Hoje a iniciação da vida de fé está muito mais clara em nossa arquidiocese por causa do Plano Arquidiocesano, mas também por causa do material, dos subsídios produzi- dos nas nossas paróquias. O processo de formação dos catequistas também melhorou muito e temos muitos que têm mais clareza que a catequese não é somente a forma- ção para o sacramento, mas sim para a experiência da fé.” Segundo padre Xxxxx Xxxxx, apesar das qualidades,
há um problema a ser resolvido que está na formação das comunidades. “Acho que temos que avançar na for- mação de outros agentes de evangelização, não só dos catequistas. A comunidade como um todo é responsável pelo trabalho e esta parte da comunidade catequizadora, ou seja, a formação das nossas comunidades para que elas sejam formadoras, ainda é um desafio para nós. Tem ainda muito trabalho nesse sentido e o Plano nas- ceu para atender as duas vertentes. Tanto para formar os catequistas quanto as comunidades, além de dinamizar todo o trabalho de formação. O Plano sugere uma via de mão dupla: os catequistas ajudam a formar a comuni-
REPRODUÇÃO
dade que ajuda os catequistas no trabalho de formação”, explica Xxxxx Xxxxx.
Olhando o Cartão Postal
O Plano de Catequese da Arquidiocese de Mariana foi elaborado pelos coordenadores e assessores arqui- diocesanos de catequese, com a ajuda preciosa dos co- ordenadores paroquiais e de todos os catequistas que acompanharam os encontros de formação, num total de aproximadamente 8.500 pessoas distribuídas pelas cinco regiões pastorais. Analisado pelo Conselho Arquidio- cesano de Pastoral, ele foi implantado gradativamente nas paróquias desde 2006 e hoje serve de modelo para várias dioceses e paróquias de outras regiões. “A nossa responsabilidade quanto à catequese na Arquidiocese de Mariana vai ficando cada vez maior. O nosso trabalho e o nosso material estão sendo vistos cada vez mais como referência na área não só para o Leste II. A última dio- cese que assumiu na íntegra o nosso trabalho foi a de Montes Claros e sempre tem uma paróquia ou diocese assumindo o nosso Plano. Então ficamos com uma res- ponsabilidade muito grande”, afirma o Coordenador Ar- quidiocesano de Catequese, padre Xxxxxxx Xxxxx.
Ainda segundo padre Xxxxxxx, essa responsabilida- de provoca também um movimento interessante dentro da Arquidiocese de Mariana. “Eu vejo que às vezes as pessoas de fora dão mais valor do que quem está den- tro. Não é que não estejamos dando o valor devido, mas creio que poderíamos valorizar e avançar mais ainda.
BRUNA SUDÁRIO
AGOSTO | 2017
Por exemplo, na questão colocada pela CNBB de iniciação cristã. Nós avançamos pouco no que se re- fere à iniciação cristã, temos muito ainda a fazer na
O documento oferece novas disposições pasto- rais para a iniciação à vida cristã, presente nas Di- retrizes Gerais da Ação Evangelizadora desde 2011.
JORNAL PAS ORAL 7
J
xxxx mandou seus discípulos ir por todo mundo fazer discípulos (cf. Mt 28,19). Aqueles que se tornavam discípulos se
aplicação do material. Estamos amadurecendo, mas não podemos nos contentar. Acho que a nossa horta está boa, mas ficamos de olho na horta do vizinho. É normal que isso aconteça, mas é importante a gente usar nossos frutos.”
O Plano Arquidiocesano de Catequese tem como objetivo geral ampliar o conceito de catequese em sintonia com a proposta de Iniciação Cristã da CNBB, de modo a atender os diversos grupos, pas- torais e faixas etárias em um programa de evange- lização abrangente e acolhedor, levando as pessoas ao conhecimento de Xxxxx Xxxxxx e a uma verdadeira experiência religiosa na comunidade e na Igreja. Um dos objetivos do material é promover uma catequese de inclusão, aberta aos diversos grupos sociais, com especial atenção aos pobres, marginalizados, pesso- as com deficiência e também os jovens. “O Regional Leste II da CNBB tem avaliado muito positivamente o nosso material e outras dioceses estão assumindo integralmente o nosso programa. Acredito que um dos pontos positivos para que eles assumam de for- ma direta o nosso Plano é que não fizemos um tex- to engessado como se faz em um manual. Nós não dizemos para o catequista que deve fazer de uma forma determinada. Damos pistas para explorar a criatividade do catequista. Alguns avaliam o material como difícil de aplicar, mas é porque ele apresenta pistas e o catequista só consegue aplicar o material se estudar. O caminho é de cada um e isso facilita a utilização em locais com características diferentes”, explicou Xxxxx Xxxxx.
Documento da CNBB já está pronto
CNBB
Aprovado pela 55a Assembleia Geral da CNBB, o texto “Iniciação à vida cristã: itinerário para for- mar discípulos missionários” recebeu o número 107 da coleção azul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Aos catequistas e responsáveis pela animação pastoral das dioceses e comunidades também está disponível um material com slides para trabalhar o texto.
Para os bispos, a dedicação em torno da temática revela o propósito de “buscar novos caminhos pas- torais e reconhecer que a inspiração catecumenal é uma exigência atual”. Ela permitirá formar discípulos conscientes, atuantes e missionários.
“A vida cristã é um novo viver que requer um pro- cesso de passos de aproximação, mediante os quais a pessoa aprende e se deixa envolver pelo mistério amoroso do Xxx, pelo Filho, no Santo Espírito. Ela desperta para novas relações e ações, transformando a vida no campo pessoal, comunitário e social. Essa verdadeira transformação se expressa através de sím- bolos, ritos, celebrações, tempos e etapas”, escreveu o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, xxx Xxxxxxxx Xxxxxxx, na apresentação do documento.
Para dom Xxxxxxxx, o texto “expressa o cami- nho que a Igreja no Brasil percorre, iluminada pela Palavra de Deus e pelo Documento de Aparecida, aprovado pela V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, realizada há 10 anos. “Assumindo sempre mais as orientações de Aparecida e do Papa Xxxxxxxxx, nossas igrejas particulares, nossas comu- nidades, nossas famílias e todas as pessoas batizadas serão testemunhas da alegria do Evangelho”, acredita dom Xxxxxxxx.
Seforc 2017
Com o objetivo de aprofundar a formação e me- lhorar o trabalho desenvolvido pela catequese da Ar- quidiocese, cerca de 80 catequistas participaram do que foi chamado de “Bodas de Prata” da formação de catequistas. A 25a Semana de Formação de Cate- quistas teve como sede o Instituto de Filosofia do Se- minário São José, em Mariana, e foi promovida entre os dias 17 e 21 de julho. Além de aprofundarem os estudos sobre liturgia, os participantes festejaram os vinte e cinco anos de formação. “A Seforc tem agora 25 semanas de formação. Tiramos a segunda-feira para recuperar a nossa história com as pessoas que ajudaram a construir este tempo, lembrar e home- nagear. É importante festejar este momento. A partir disso, passamos à formação na área de liturgia que foi o tema escolhido para este ano. Estudamos todos os cadernos de formação litúrgica durante o encon- tro”, explica o coordenador Arquidiocesano de Cate- quese, padre Xxxxxxx Xxxxx.
Durante o encontro, foi lançado o livro “História da Catequese na Arquidiocese de Mariana”, escrito pelo padre Xxxxx Xxxx xx Xxxx. O livro, que traz da- dos históricos sobre a Arquidiocese e sobre sua or- ganização pastoral, conta, por meio de fotos e textos, a história dos encontros e debates sobre a catequese na arquidiocese, com destaque para os cadernos de formação e os primeiros passos na direção do Plano Arquidiocesano de Catequese.
SEFORC
tornavam também fazedores de discípulos. Para o Documento de Aparecida estas pessoas são chamadas discípulos missionários.
O catequista é alguém que se sente chamado por Deus e se coloca a caminho. No caminho, o discípulo missionário se forma entre os desa- fios e as conquistas. Assim foi com o Povo de Deus no deserto. No caminho, o catequista en- contra outros que também querem caminhar.
O Espírito Santo é sempre invocado na As- sembleia Geral dos Bispos no Brasil. Guiados pelo Espírito, os Bispos na 55a Assembleia Ge- ral (2017), tomaram o texto da Samaritana para início do Documento 107, “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos mis- sionários”. É muito interessante notar o valor formativo dos seis passos no episódio de Xxxxx e a Samaritana (cf. Jo 4).
O primeiro passo foi o encontro. Quem foi ao encontro de quem? Quando a Samaritana chegou ao poço Xxxxx já estava lá. Ele foi ao en- contro dela ou ela foi ao encontro dele? Na ca- tequese recomendamos que o catequista, como discípulo missionário, vá ao encontro do cate- quizando. Xxxxx chegou primeiro e esperou por ela. O catequista vai ao encontro do catequizan- do esperando que ele aceite caminhar junto.
No segundo passo, tendo se encontrado, catequista e catequizando empreendem a cami- nhada. “Caminhar é preciso!” Há uma necessi- dade: água pra beber. Há uma grande necessi- dade: vida plena. A necessidade gera a busca, a procura. A Samaritana buscava água todos os dias, mas em seu coração havia uma busca da água viva. Às vezes, na vida a gente sente que falta alguma coisa e a gente não sabe o quê. Je- sus é a Vida em plenitude: só Ele pode satisfazer todas as buscas de todas as pessoas.
O terceiro passo mostra o colocar-se a ca- minho da fonte. Xxxxx é a fonte da água viva. Catequista e catequizando caminham juntos. Nunca ninguém é pleno de vida até que se en- contra, de forma definitiva, com o autor da Vida (cf. 1Cor 13,11; 1Jo 3,1-2). O Senhor sempre se põe a caminho com aqueles que o buscam (cf. Mt 18,20; Lc 24,15).
No quarto passo acontece a revelação. Tal- vez esta revelação se dê no quarto encontro, tal- vez no quarto mês e, às vezes, no quarto ano de caminhada. Não importa. O tempo é de Deus, a hora da graça vai chegar para todos os que a procuram (cf. Is 65,1; Mt 7,7-8). Um dia o Se- nhor dirá: “hoje devo ficar em sua casa” (cf. Lc 19,5).
No quinto passo o catequizando já está ansioso para ir ao encontro do outro. O cate- quizando que um dia foi encontrado, hoje quer encontrar outros e caminhar com eles. Todos que se tornam discípulos e se tornam também fazedores de discípulos. Chama outros: “vinde ver” (cf. Jo 1,35-42). A comunidade dos fazedo- res de discípulos é nossa outra família! Como é agradável os irmãos viverem unidos.
No sexto passo o discípulo missionário tem certeza que está no Caminho e se torna intro- dutor de outros no Caminho (At 24,14). Xxxxx é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). O caminho é longo, há muitos à sua espera. O mundo carece de caminheiros que se unem em busca do Xxxxxxx. “Meu irmão e minha irmã, por que vocês ficam aí parados, olhando para o céu?...” (At 1,11).
Padre Xxxx Xxxxxxxx xxx Xxxxxx Xxxxxxx do Norte, MA
Discípulos fazendo discípulos
8
JORNAL PAS ORAL
igreja no brasil e no mundo
AGOSTO | 2017
CNBB cria Grupo de Trabalho específico para analisar impactos da mineração no Brasil
Reuniu-se, pela primeira vez, no mês de julho, no Centro Cultural Mis- sionário (CCM), em Brasília-DF, o Grupo de Trabalho (GT) da Mineração, criado pelo Conselho Permanente no âmbito da Comissão Episcopal Pasto- ral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
De acordo com o assessor da comis- são, Xxxx Xxxxx Xxxxx, a reunião teve como objetivo “conhecer a realidade da mineração e das mineradoras no Bra- sil e seus impactos, além de estruturar o GT para que a Igreja do Brasil tenha uma ação articulada diante dessa temá- tica”.
Segundo o bispo de Viana (MA), recém destacado como presidente do GT, dom Xxxxxxxxx Xxxx Xxxxxx, há um
projeto do capital internacional para o qual o Brasil está colocado como o país da matéria prima que deve ser ex- plorado. O religioso disse que grandes empresas estão vindo para o Brasil ex-
XXXXXX XXXXXX
plorar nossos minérios, com o aval do Governo Federal, sem levar em conta as comunidades tradicionais e os povos que habitam os territórios.
“Percebemos um movimento do go-
verno Federal no sentido de quase que liberar geral para que as empresas pos- sam usufruir ao máximo dos bens do subsolo brasileiro. Esta não é uma rea- lidade nova, mas que a Igreja no Brasil precisa ter uma outra visão porque im- pacta diretamente a vida dos pobres e comunidades”, concluiu dom Xxxxxxxxx. Além do caráter de aprofundamen-
to da realidade, o GT estabeleceu suas prioridades, ações e agenda de ativida- des. Entre as prioridades, está o mape- amento das regiões que mais sofrem os impactos da mineração, bem como os grupos que já atuam na área. O GT tam- bém buscará publicar textos e materiais mais robustos e incisivos para mobilizar e dar visibilidade ao tema junto à Igreja no Brasil. A próxima reunião está mar- cada para dezembro deste ano.
Xxxxxxxxx presta homenagem a padre Xxxxx
O Papa Xxxxxxxxx prestou home- nagem ao padre Xxxxxxx Xxxxx, as- sassinado há um ano por extremistas islâmicos na França, postando uma foto em sua conta na rede social Ins- tagram.
A foto é acompanhada por uma mensagem, em seis línguas, para os mais de 4 milhões de seguidores da conta ‘@xxxxxxxxxx’: “Hoje recorda- mos Padre Xxxxxxx Xxxxx que, como muitos outros mártires do nosso tempo, dedicou a sua vida ao serviço dos outros”.
REPRODUÇÃO
A imagem escolhida evoca a Mis- sa que o Papa celebrou em 14 de se- tembro de 2016, no Vaticano, na qual disse que o padre Xxxxxxx Xxxxx é um “mártir”, considerando “satâni- co” matar em nome da religião. O
sacerdote octogenário foi morto por fundamentalistas islâmicos que to- maram reféns na igreja de Santo Es- xxxxx xx Xxxxxxx, próximo de Rou- en, norte da França, antes de serem abatidos pelas forças policiais, em 26 de julho de 2016.
Xxx Xxxxxxxxx Xxxxxx, bis- po de Rouen, presidiu, no dia 26 de julho, Missa na pequena localidade onde o padre foi assassinado, com a participação de centenas de pessoas, afirmando que "o ódio não venceu e não vencerá". No final da celebração foi inaugurada uma placa em memó- ria do sacerdote assassinado, coloca- da na praça da sua paróquia.
Com informações da Rádio Vati- cano
CNBB promove encontro com universitários cristãos
Entre os dias 7 e 10 de setem- bro de 2017, acontecerá em Manaus (AM), o IV Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC). O evento promovido pelo Setor Uni- versidades da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação da Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem como objetivo principal reunir representantes da comunidade universitária de todo o Brasil, a fim de promover a reflexão, partilha e articulação da ação evan- gelizadora no ambiente do ensino superior.
O tema central será “Presença Cristã na Universidade: identidade, pluralidade e diálogo”. O encontro contará com uma conferência prin- cipal, mesa de discussão, grupos de
discussão simultâneos, pôster de ex- periências positivas, oficinas de de- senvolvimento pastoral, vivência do projeto Universitários Missionários na Amazônia e dinâmicas.
Para o IV EBRUC, serão aceitos trabalhos em formatos de Oficinas de Desenvolvimento Pastoral (ODP), e Pôsteres de Experiências Positivas (PEP), nos moldes estabelecidos no presente edital. O edital pode ser en- contrado no site Universitários Cris- tãos (xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.xxx.xx). As inscrições podem ser reali- zadas até o dia 10 de agosto. O in- vestimento é de R$ 150,00. O valor concederá ao participante receber o material do encontro, participar in- tegralmente das atividades do even- to, receber certificado de participa-
ção, chancelado pela Universidade Católica de Salvador, ter direito à ali- mentação e deslocamentos referen-
REPRODUÇÃO
tes às atividades, dentro do evento. Informações e inscrições podem ser feitas no site da CNBB (xxxx.xxx.xx).
AGOSTO | 2017
formação continuada
JORNAL
PAS ORAL
9
Metodologia Pastoral
Q
uando falamos em plane- jamento e metodologia do trabalho pastoral, não
devemos pensar em uma grande em- presa, um negócio ou um projeto que precisa ser executado, mas nas nossas ações do dia a dia, dentro da comuni- dade. Uma luz para esta questão vem nas palavras de Cristo a seus apóstolos: “Pois, qual de vós, pretendendo cons- truir uma torre, não se assenta primei- ro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para concluí-la? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este ho- mem começou a construir e não pôde acabar” (Lc 14, 28-30).
O processo de evangelização é con- duzido pelo Espírito de Deus e ganha constantemente novos métodos, novas formas, buscando atualizar-se no tempo e no espaço. A ação pastoral é sustentada pelo Espírito Santo, mas não deixa de ser uma ação humana, sujeita às contingên- cias de qualquer ação. Por isso é preciso ser pensada, refletida e rezada. A pasto- ral, como processo, implica uma conver- são contínua ao modo de ser e de agir de Xxxxx. A espiritualidade cristã é a alma da pedagogia da ação pastoral.
A Igreja afirma que o testemunho de comunhão fraterna é a principal for- ma de evangelizar (XXXX 0000-0000, nº 54). Ou seja, o primeiro meio de anunciar o Evangelho de Xxxxx Xxxxxx é o nosso testemunho de vida fraterna, de comunhão, de serviço aos pobres, de amor: “Nisto todos saberão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Xx. 13,35). Isso não dispensa, porém, os meios e técnicas que temos à disposição e devemos utilizar para que o Evangelho chegue a todos.
Uma vez pensado o planejamento pastoral, é necessário que o grupo ou a comunidade tenha claro o caminho a percorrer, os meios e instrumentos ade- quados para atingir o objetivo proposto para a ação pastoral. A isso nós chama- mos de metodologia pastoral.
MÉTODO VER, JULGAR, AGIR
Método é caminho para se chegar a algum lugar. É meio para se alcançar um determinado fim. Nem todo cami- nho leva a determinado lugar, como não é qualquer meio que permite alcançar o objetivo desejado. Um método antie- vangélico, por exemplo, não serve para alcançar um fim evangélico. Atualmen- te, o método mais conhecido e usado, inclusive nos documentos da Igreja, é o método do ver, julgar e agir (a que alguns ainda acrescentam rever e celebrar).
Este método foi elaborado pela car- deal Xxxxxx Xxxxxxx, fundador da Ju-
apresentado ao Papa Xxxx XXXXX. Quan- do o Papa publicou a encíclica Mater et Magistra, em 15 de maio de 1961, observava que, "para levar a realizações concretas os princípios e as diretrizes sociais, passa-se ordinariamente por três fases": primeiro, o "estudo da situação"; em segundo lugar, a "apreciação da mes- ma à luz desses princípios e diretrizes"; em terceiro, o "exame e determinação do que se pode e deve fazer para aplicar os princípios e as diretrizes à prática". Esses "são os três momentos que habi- tualmente se exprimem com as palavras seguintes: ver, julgar e agir", continuava a encíclicaI. Desde então, o método ver-
-julgar-agir foi reconhecido e adotado por toda a Igreja.
VER: O primeiro passo para a elabo- ração de um plano pastoral é ter os pés fincados na realidade. Todo o processo de evangelização deve estar alicerçado sobre a realidade ou será apenas um fogo de palha, que logo se apaga. Por realidade entende-se, primeiro, a situ- ação social, depois a eclesial, dado que a Igreja está dentro do mundo, sempre procurando ir às causas dos problemas. Como se trata de uma apreensão da realidade, em vista de sua transforma- ção, procura-se colocar em evidência, sobretudo, suas contradições com a mensagem cristã.II É um olhar crítico e concreto a partir da realidade da pessoa, dos acontecimentos e dos fatos da Vida. É conhecer e analisar criticamente a rea- lidade social em que vivemos, com seus condicionamentos econômicos, socio- culturais, políticos e religiosos.III
JULGAR: Muitos preferem usar o termo ILUMINAR. Aqui se faz um con- fronto entre a realidade e o Projeto de Deus. Conhecida a realidade, é preciso ter o olhar fito no horizonte, para onde
contraditória e dura que seja, não nos condena ao derrotismo e ao conformis- mo. Os que caminham na fé contam com a esperança. Em pastoral, isso significa saber-se acompanhado e interpelado por Deus, que vai à frente mostrando o caminho, em meio à ambiguidade dos acontecimentos e à opacidade dos fatos. É o momento de escutar a Palavra de Deus.IV Implica a reflexão e o estudo que iluminam a realidade, questionando-
-a pessoal e comunitariamente. Ilumi- nados pelo Espírito Santo, na acolhida da Palavra de Deus e na fidelidade aos ensinamentos da Igreja, encontramos a capacidade de questionar a realidade e buscar forças para transformá-la.V
AGIR: Do confronto entre a realida- de e o Projeto de Deus brota o diagnósti- co da comunidade. Aqui já se pode iden- tificar o que contribui e o que impede o alcance do objetivo proposto, o que aju- da e o que impede de transformar a re- alidade. Devem ser elaborados critérios de ação, que buscam operacionalizar os objetivos propostos. Duas necessidades surgem: a) Identificar as linhas de ação, o caminho a tomar e deixar claro aonde se quer chegar; b) Traçar as estratégias ou formas de ação para caminhar. É o momento de tomar decisões, orientan- do a vida na direção das exigências do Projeto de Deus. É o tempo de vivenciar e assumir conscientemente o compro- misso e dar as necessárias respostas para
REPRODUÇÃO
a renovação da Igreja e a transformação da realidade. O agir é compromisso de viver como irmãos, promover integral- mente as pessoas e as comunidades, servir aos mais necessitados, lutar por justiça e paz, denunciar profeticamente e transformar evangelicamente as estru- turas e as situações desumanas, buscan- do o bem xxxxx.XX
“A ação pastoral, além da exigên- cia de uma ação pensada, é uma ação rezada. Não há pastoral sem Espírito Santo, da mesma forma que não há pla- nejamento eclesial sem espiritualidade e sem mística. No planejamento, a técnica é mero meio, que só ajuda quando for canal da comunicação de Deus no Es- pírito. E não há outra forma de fazê-lo, a não ser pela oração e pela retidão de consciência, que consiste em escutar a voz de Deus na oração e na contempla- ção e, em tudo o que se faz, colocar-se na presença dele, para fazer a sua vontade. O "piloto" da pastoral é o Espírito San- to; a comunidade e seus membros são o copiloto”.VII
Referências:
I Encíclica Mater et Magistra, 235
XXxxx.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.xxx/.../XXXXXX-
LOGIA-PASTORAL
III Diretório Nacional de Catequese, 158
XXxxx.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.xxx/.../XXXXXX-
LOGIA-PASTORAL
V Diretório Nacional de Catequese, 159
VI Diretório Nacional de Catequese, 160
XXXxxx.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.xxx/.../XXXX-
1. A ação pastoral de sua comunidade é uma ação planejada com a parti- cipação de todos? Os meios utilizados levam em conta a realidade?
2. Como fazer um planejamento pastoral, com métodos adequados, que deem uma resposta às necessidades mais urgentes da comunidade?
Para refletir com seu grupo ou equipe pastoral
DOLOGIA-PASTORAL
Pe. Xxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxxx
ventude Operária Católica (JOC), e
se quer caminhar. A realidade, por mais
Paróquia de Santo Antônio, Presidente Xxxxxxxxx
10
JORNAL PAS ORAL
AGOSTO | 2017
Vamos celebrar!
Padre Xxxx Xxxxxxx Xxxxxx
Paróquia do B
om Pastor, Barbacena, MG
13 de agosto - 19º Domingo do Tempo Comum
REPRODUÇÃO
A Palavra de Deus apresenta a manifestação de Deus ao profeta Xxxxx e aos discípulos de Xxxxx, para que vençam o medo e continuem a missão. A fé não elimina o medo, nem a dúvida, mas impede que as adversidades abalem nossa confiança.
O mistério celebrado nos insere na Páscoa de Cristo que diante dos perigos, tribulações e dificul- dades do dia-a-dia, nos impulsiona para uma rela- ção de confiança em Deus. Livres do medo e da aco- modação, confessamos confiantes, como discípulos: “Tu és, verdadeiramente, o filho de Deus!” e nos en- tregamos totalmente a Ele para realizar, corajosos, seu plano de amor.
A Celebração: 1. É importante tomar consciência de que não celebramos um tema, mas uma pessoa, Xxxxx Xxxxxx. Porém, as celebrações da comunidade não podem ficar alheias ao tema escolhido para o Mês Vocacional: “A exemplo de Xxxxx, discípulos missionários”. “Eis-me aqui, faça-se...” (Cf. Lc.1,38), através do qual a Igreja busca motivar as comunida- des para a oração pelas vocações nas comunidades, paróquias e dioceses, além de conscientizar ao cha- mado de servir a Igreja. Iniciando a semana da famí- lia, rezamos de maneira especial pelos pais. 2. Após o ensaio dos cantos, antes de iniciar a procissão de entrada, a pessoa que anima convida a assembleia a um momento de silêncio e oração pessoal, entran- do de “coração” na ação celebrativa. 3. Valorizar o
gesto de acolhida, apresentando as pessoas novas, os visitantes. Neste domingo ressaltar a presença dos pais e a participação deles nos vários momentos e serviços da celebração, apresentando ao Senhor, sua vida e sua missão. 4. No momento do sentido litúrgico, fazer a recordação da vida, lembrando-
-se de pessoas que movidas pela fé, enfrentaram o medo e contribuíram para tornar o mundo um lu- gar melhor (escolher apenas um e não ultrapassar quatro minutos). 5. A 1a leitura poderá ser contada, assim como o evangelho. 6. Após a proclamação do evangelho, repetir com a assembleia as frases: “Co- ragem! O Senhor está conosco! Não tenham medo!” em seguida cada pessoa poderá repeti-las para as pessoas mais próximas, com um gesto fraterno.
7. Na homilia, quem preside ajude a assembleia a identificar “o vento, as ondas, as tempestades” que ameaçam hoje o barquinho de nossas fa- mílias e comunidades e qual a boa notícia que o evangelho de hoje traz para esta realidade. 8. Na resposta às preces dos fiéis, pode-se retomar a súplica de Xxxxx: “Senhor, salva-nos!” 9. No final da celebração ou no momento Pós-comunhão, fazer uma bonita homenagem para os pais. 10. Ini- ciando a semana da família, nos avisos finais moti- var e convocar para as diversas atividades. Dar uma benção especial para as famílias presentes.
20 de agosto - Solenidade da Assunção de Xxxxx
(Substituindo o 20º Domingo do Tempo Comum)
A festa que hoje celebramos, recebeu o nome dormição (passagem para ou- tra vida), no inicio do século IV e mais tarde Assunção.
REPRODUÇÃO
A Palavra de Deus nesta solenidade, através do livro do Apocalipse, ajuda-nos compreender que Xxxxx, primeira discípula e serva do Senhor, deve nos inspirar na missão de fazer Cristo nascer para um mundo dilacerado pelo mal.
O mistério celebrado: Todo domingo é Páscoa do Senhor, porque em cada domingo nos encontra- mos para celebrar o memorial de sua vida, morte e ressurreição. Em cada encontro contemplamos e experimentamos um aspecto desta sua presença. A solenidade da Assunção da Virgem Maria nos insere na celebração da Páscoa de Cristo, dando graças ao Pai que a exaltou. Nela, a “primeira da fila”, revelou o seu projeto de amor. Com a Virgem Xxxxx, espelho da humanidade, cantemos a esperança dos pobres e pequenos, a quem Deus liberta e exalta em sua gran- de misericórdia.
A Celebração: 1. As celebrações da comunidade não podem ficar alheias ao Mês Vocacional, através do qual a Igreja busca motivar as comunidades para a oração pelas vocações, além de conscientizar ao chamado de servir a Igreja. Rezemos de maneira es- pecial pelos religiosos(as). 2. Ao preparar a celebra- ção, ter presente que por maior que seja o nosso cari- nho com a Virgem Xxxxx, ela é modelo de fidelidade a Deus, o Todo Poderoso, que ocupa lugar Absoluto em nossa vida. 3. Na organização do espaço litúrgi- co, sem tirar o foco da mesa da Palavra e do Altar, colocar um painel, ícone ou imagem de Xxxxx, com
uma frase chave do Evangelho de hoje à escolha da equipe e fotos de religiosos(as) que desempenharam papel importante na vida da comunidade local ou, estampas de santos religiosos (as) que contribuíram de maneira singular, com a missão evangelizado- ra da Igreja. Outra opção é trazer na procissão de entrada, um ícone, imagem ou estampa da Virgem Xxxxx, colocá-lo(a) em lugar devidamente prepara- do e incensá-lo(a). 4. Após o ensaio dos cantos antes de iniciar a procissão de entrada, a pessoa que ani- ma, convide a assembleia a uma oração pessoal. 5. Fazer uma acolhida fraterna das famílias, hoje, dá-
-se o encerramento da Semana Nacional da Famí- lia. 6. A primeira leitura seja proclamada por uma mulher. Se possível, contada de cor. Durante as três leituras, uma família segura velas acesas ao redor da Mesa da Palavra. 7. Durante o canto do Salmo 44 (45), um grupo de jovens faz uma dança litúrgica ou expressão corporal alegre e orante. 8. O Evangelho pode ser cantado ou encenado. 9. No momento das preces comunitárias, lembrar-se das famílias e dos religiosos(as) que trabalham ou já trabalharam na comunidade. 10. Ligando a Mesa da Palavra à Mesa Eucarística, no momento Pós-comunhão, cantar o “Magnificat”. 11. Encerrando a Semana Nacional da Família, dar uma bênção especial às famílias presen- tes (ver sugestões no Ritual de Bênçãos). Na Bênção final utilizar a fórmula solene das Festas de Nossa Senhora (Missal Romano, p. 527 n. 15).
AGOSTO | 2017
JORNAL PAS ORAL 11
27 de agosto - 21º Domingo do Tempo Comum
A Palavra de Deus apresentando a fé de Xxxxx, nos motiva a renovarmos nossa adesão a Xxxxx Xxxx- to, compreendendo quem é o filho de Deus. Mostra que temos sempre que nos perguntar: Quem é Xxxxx para mim? Uma resposta coerente e sincera nos aju- dará a rever nossas atitudes diante dele.
O mistério celebrado nos ajuda recordar o sen- tido de nossa missão. Insere-nos na Páscoa de Cris- to que se revela de modo especial naqueles (as) que profundamente confessam sua fé e se tornam tes- temunhas do Reino. Contemplando a presença do Senhor Ressuscitado em nossa comunidade somos convidados a fazer dele modelo a ser seguido: em sua doutrina, critérios e conduta.
A Celebração: 1. É importante tomar consciência de que não celebramos um tema, mas uma pessoa, Xxxxx Xxxxxx. Porém, que as celebrações não fiquem alheias ao Mês Vocacional, através do qual a Igreja busca motivar as comunidades para a oração pelas vocações, além de conscientizar ao chamado de ser- vir a Igreja. Rezemos de maneira especial pelos cate- quistas. 2. Após o ensaio dos cantos antes de iniciar a procissão de entrada, a pessoa que anima, convide
a assembleia para um momento de silêncio e oração pessoal. 2. Na organização do espaço litúrgico, sem tirar o foco da mesa da Palavra e do Altar, destacar o círio Pascal e o ícone do Senhor. 3. No início da litur- gia da Palavra é bom entoar um refrão que convide a assembleia a escutar a Palavra de Deus. 4. Após cada leitura, poderá ser feito um instante de silêncio e após, o Ministro da Xxxxxxx retoma a frase mais forte do texto. 5. É importante entoar o salmo de maneira mais expressiva possível, valorizando o ministério da (o) salmista e a participação ativa da assembleia que tem o direito de participar cantando o refrão. 6. Após a homilia, a comunidade faz a profissão de fé, diante do círio Pascal aceso ou do ícone do Senhor, cantando o refrão: “Tu és Senhor, o meu Pastor, por isso nada em minha vida faltará...” 7. Valorizando de modo especial a missão das (os) catequistas e de to- das as pessoas que se dedicam à ação evangelizadora em nossas comunidades, destacar sua presença. Eles (as) poderão renovar o seu compromisso na tarefa evangelizadora. A assembleia acompanha, pedindo o dom do Espírito e estendendo a mão direita sobre
o grupo de catequistas. 8. Após a Oração depois da
REPRODUÇÃO
comunhão, o (a) coordenador (a) do CPP em bre- ves palavras (cuidado para não se tornar mais uma homilia), retoma o tema escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para o Mês Vocacional 2017: “A exemplo de Xxxxx, discípulos missionários”, tendo como lema: “Eis-me aqui, faça-
-se...” (Cf. Lc.1,38), fazendo uma síntese do que sig- nificou o MÊS VOCACIONAL para a paróquia. 9. Fazer uma homenagem aos catequistas e também um envio especial para eles e para a comunidade, à missão de anunciar o Evangelho, a Boa-Nova da vida e esperança. 10. O Ritual de Bênçãos traz uma celebração referente à catequese, na página 133, que pode oferecer elementos para a benção final.
3 de setembro - 22º Domingo do Tempo Comum
REPRODUÇÃO
A Palavra de Deus mostra que havia dificuldades com o tipo de Messias que é Xxxxx, pois conservavam a imagem do Messias Glorioso, que arrasaria todos os inimigos. Xxxxx esclarece que assim como Jere- mias prefigurou, Ele o Messias, aceita a missão de testemunhar a verdade até o fim.
O mistério celebrado nos insere na Páscoa de Xxxxx Xxxxxx, para experimentarmos mais profunda- mente o despojamento com o qual Deus se aproxima de nós, especialmente nos sinais da Palavra e da Eu- caristia, para descobrirmos nessa entrega o grande segredo do seu amor. Renunciando a nós mesmos, deixemo-nos conquistar por este projeto de vida exigente, correndo o risco de perdermos a vida por causa do Evangelho.
A celebração: 1. No Brasil este mês é dedicado à Palavra de Deus. A CNBB como proposta de es- tudo, escolheu a carta de São Paulo aos Tessaloni- censes e como tema: “Anunciar o Evangelho e doar a própria vida” (1 Tes 2,8). É importante tomarmos
consciência que o mês da Bíblia foi criado para apro- fundamento de um livro da Bíblia Sagrada, cabendo, portanto ao Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) envolver todos nesta tarefa. Reafirmo, celebramos o Mistério Pascal de Cristo e não um tema. Por mais importante que seja, cuidado para não instrumenta- lizar a celebração com o debate de um tema. A Pas- toral Litúrgica, através das equipes de celebração, tem a função porém de trazer as ressonâncias do estudo da carta aos Tessalonicenses para a celebra- ção. 2. Na organização do espaço litúrgico destacar a Cruz. Nesta semana, comemoramos o dia da Pátria e damos nosso grito de liberdade e soberania. Te- nhamos presente que dizer “sempre foi assim”, não resolve nada e atrasa o progresso possível e desejado por Deus. O jeito de fazer a vida “render” é gastá-la num projeto que a faça valer a pena. 3. O sinal da cruz no início da celebração poderá ser cantado. 4. Preparar o Ato Penitencial, suplicando a Deus a con- versão do coração, pelas vezes que, enquanto Igreja, visamos mais a manutenção de frias estruturas, do que o serviço às pessoas. Tomar cuidado para não cair no moralismo. 5. Preparar com especial esmero a Mesa da Palavra, de onde proclamamos as leituras, cantamos o salmo, o Evangelho, a profissão de fé e as preces dos fiéis. 6. Preparar a procissão com o Lecio- nário no início da liturgia da Palavra, acompanhada
de flores, tochas ou velas, incenso, enquanto se canta um refrão ou canto apropriados. 7. Antes da 1º leitu- ra caberia bem o refrão: “Que arda como brasa, tua Palavra nos renove, esta chama que a boca procla- ma...”. 8. Proclamar bem as leituras. Os textos da 1º e 2º leituras são apropriados para serem proclamados de cor. 9. Terminar a homilia, erguendo solenemen- te a cruz, enquanto a comunidade, renovando sua fé, canta: “Nossa glória é a cruz...” ou “Ninguém te ama, como Eu, olhe pra cruz, foi por ti, porque Te amo...”. 10. Xxxxx as preces diante da cruz. 11. Cui- dar para que a liturgia Eucarística se expresse como memória do dom que Xxxxx fez da própria vida. A oração Eucarística deve receber um maior destaque, valorizando-se o canto, os gestos, a voz e as atitudes: de quem preside, dos que exercem algum ministé- rio e da assembleia. No momento Pós-comunhão repetir a 2º leitura (Rm 12,12), que é um convite para oferecer a Deus um sacrifício vivo, um culto espiritual, santo e agradável. 12. Cuidar para que os ritos finais levem a assembleia a ser enviada em missão, vivendo e testemunhando, no dia-a-dia, o que acaba de celebrar. Lembrar nos avisos finais de convocar os fiéis para o grito dos Excluídos. A equipe de acolhida prepare artesanalmente, mar- cadores de Bíblia com uma mensagem de estímulo à leitura Bíblica.
Espiritualidade e o chamado
“A ti meu Deus elevo meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti meu Deus eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer”. Vocação é chama- do... Vocação é entrega... Vocação é acolher com alegria o projeto que Deus nos confiou quando nascemos. Sim, são inúmeros os chamados re- cebidos, e como o mês de agosto é dedicado às vocações, proponho refletir sobre esse tema, que jamais se esgota, para que possamos bem viver e principalmente, responder aos anseios do Pai para a nossa vida.
Entender a vocação exige atenção, escuta e paciência. O livro do Êxodo 3, 7-10 apresenta Deus perto de nós, caminhando conosco, sensí- vel aos acontecimentos da nossa vida. O divino age de modo humano. Como nós, Ele vê, fala, ouve, tem sensibilidade com o sofrimento dos
outros. Ele toma partido. Diante da injustiça e da opres- são, também se indigna. Faz uso da mediação humana para libertar seu povo da miséria. Ele quer ver seu povo livre para amar, pois amando cuida e se deixa cuidar.
O livro do Gênesis 12, 1-9, apresenta o chamado de Deus a Abraão: “Saia de sua terra, do meio de seus pa- rentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abenço- arei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção”. Importante acolher essa grande verdade em nosso coração: todos, sem exceção, somos chamados a uma vida cristã profundamente comprometida com a causa de Cristo e sua Igreja. Somos chamados a viver de maneira comprometida com a vida do outro, porque Deus tem a cada um de nós como seus filhos.
Em alguns momentos o silencio já atende à necessi- dade do outro; às vezes apenas uma palavra de confor- to, carinho e atenção já trazem serenidade e esperança.
Certo é que são muitos os desafios a enfrentar, porém a diferença para alcance da verdadeira paz e alegria está ligada à resposta que damos para o chamado feito por Deus. Ele não nos livra da dor e do sofrimento, mas dá serenidade e força para suportá-los. Permite vivermos de maneira livre, mas confia que essa liberdade seja pautada pela coerência na Palavra que se fez carne e habitou no meio de nós.
É fato: a realidade atual está marcada pela corrup- ção, ausência de ética, muitas mentiras e injustiças. Im- portante nos perguntarmos: o que temos feito para que essa realidade mude? Xxxxx respondido aos anseios de Deus? Estamos buscando realizar a Sua vontade para a humanidade? Tenhamos coragem de dizer sim. Entre- guemos nossa vida nas mãos Daquele que deu a vida do próprio Filho para nos salvar. Sejamos comprometidos com a vida que gera paz. “Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração, eu quero sentir o calor de Tuas mãos”.
12
JORNAL PAS ORAL
arte, fé e cultura
AGOSTO | 2017
De Conceição à Lapa
Gruta de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, localizada no distrito de Antônio Pereira, recebe milhares de fiéis e é um dos locais mais importantes de peregrinação na Arquidiocese de Mariana.
No alto de Xxxxxxx Xxxxxxx, distri- to de Ouro Preto, a imagem de Nossa Senhora, que já foi somente da Con- ceição, hoje permanece ali como Nossa Senhora da Conceição da Lapa. Não se
sabe de onde a primeira imagem veio. O que se sabe é que foi ali que a Virgem apareceu no ano de 1722, quando duas crianças brincavam próximo à gruta, onde fica a imagem e onde diariamente peregrinos de todo Brasil fazem ora- ções e pedidos.
Enquanto suas mães buscavam lenha na mata ali por perto, as duas crianças corriam atrás de um coelho, que entrou na gruta. Qual não foi a surpresa e talvez admiração das duas crianças quando viram uma moça bo- nita e reluzente, sentada na pedra? Foi difícil convencer as mães, que no co- meço não deram muita importância. Foi na segunda ida das crianças até a gruta, que Nossa Senhora expôs seu desejo de que ali fosse construída uma capela. Incomodadas com a insistência dos filhos, as mães foram até o local ve- rificar o ocorrido. Elas não viram, mas sentiram a presença de Nossa Senhora e o perfume de rosas que exalava dali.
Essa é a história repassada pelas gerações do distrito. Segundo o coor- denador da comunidade de Xxxxxxx Xxxxxxx, Xxxxxxx Xxxxxx xx Xxxxx, foi depois da aparição que uma imagem de Nossa Senhora da Conceição foi en- contrada. Mas, do mesmo modo que apareceu, ela sumiu. “Com o passar do tempo, os moradores repararam que
foi criando uma imagem na rocha, de onde sai óleo. Foi aí que eles acredita- ram mesmo”, afirmou Xxxxxxx. Esse “óleo” ao qual Xxxxxxx se refere, é um modo de chamar a substância viscosa,
XXXXXXXX XXXXXX
que dá forma à imagem em uma das paredes de pedra, que ficam à direita do altar. Xxxxxxx explica que no dia 15 de agosto, dia que a comunidade de Xxxx- xxx Xxxxxxx comemora a festa de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, o óleo chega a escorrer da imagem.
Imagens
A imagem principal de Nossa Se- nhora da Conceição, feita em madeira, que já não fica mais na gruta, foi trazida de Portugal por um dos donos de terras de Xxxxxxx Xxxxxxx. Depois dos furtos de imagens sacras se tornarem comuns, a comunidade decidiu não arriscar. A imagem portuguesa só aparece em mo- mentos importantes, como durante as festividades do dia 15 de agosto. A que a substitui no restante do tempo é uma imagem doada como pagamento de promessa de um morador já falecido da comunidade.
Como a gruta era apenas visitada, na maior parte do tempo pelos que iam buscar lenha e paravam para rezar e acender uma vela, a comunidade da- quela época quis levar a imagem portu- guesa para a igreja principal do distrito, atual igreja queimada, dedicada a Nos- sa Senhora da Conceição. “As pessoas mais antigas contam que foi construído um altar muito bonito para a imagem
nessa igreja e a levaram para lá. Só que quando eles colocavam a imagem lá, ela simplesmente sumia. No outro dia, eles a encontravam aqui na gruta”, relata Le- andro.
A aparente vontade própria da ima- gem foi um sinal para os católicos de Xxxxxxx Xxxxxxx e, por isso, eles abri- ram a entrada da gruta e construíram a capela. “A gruta foi construída mes- mo como um lugar para celebrações de missa depois que a imagem sumiu de lá e apareceu aqui. As pessoas da época mandaram fazer os portões. Isso tudo é trabalho escravo. As pedras, o coreto é inteiro de pedra, tem essa parte de al- venaria por fora, mas o interior é todo de pedra. Deve ter sido um sacrifício carregar essas pedras para cá. O portão a gente acredita que tenha sido trazido para cá na data que tem nele: 1896”, ex- plica Xxxxxxx.
Casa de Milagres
O local onde fica a gruta recebeu, em 8 de agosto de 2014, o título de san- tuário. De frente para a gruta, uma pe- quena casa guarda os agradecimentos, pedidos e fotos dos devotos de Nossa Senhora da Conceição da Lapa. São car-
teiras de motorista, retratos em diver- sos tamanhos e depoimentos escritos à mão. Em um deles, Xxxxx, moradora de Ouro Preto, relata que em 2010 ela e seu marido sofreram um acidente. De- pois da cirurgia por causa de um osso quebrado no tornozelo, Xxxxx ficou dois meses sem andar e sem mexer o pé e
XXXXXXXX XXXXXX
os dedos. “Em um domingo meu pai e minha irmã me trouxeram aqui. Eu pedi a Nossa Senhora para me curar… Então numa quarta-feira eu consegui mexer os dedos e no sábado eu já esta- va mexendo o pé todo”. Ela começou a fazer fisioterapia e no dia 20 de março de 2015 fez a cirurgia para retirar os pa- rafusos que estavam em seu tornozelo. Ao lado da carta de agradecimento es- crita oito dias depois da cirurgia, estão os quatro parafusos.
A festa
A preparação para a festa em hon- ra a Nossa Senhora da Conceição da Lapa começa no dia primeiro de agos- to. São 15 dias de celebrações com a participação de outras comunidades da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Mariana. Esse ano, no dia da festa, a programação prevê quatro celebrações eucarísticas. O número parece grande, mas, segundo Xxxxxxx, quando a fes- ta é no final de semana, o número de missas é ainda maior. A Guarda Mu- nicipal estimou que somente no dia 15 de agosto de 2016 passaram pela Gruta cerca de 30 mil pessoas. A festa atrai visitantes de várias cidades, inclusive
CÉSAR DO CARMO
de outros estados. “Aqui da região vem gente de Itabirito, Ouro Preto, Mariana, e os seus distritos, Santa Bárbara, Catas Altas, Itabira, Barbacena. Tem uma fa- mília de São Paulo que vem todo ano. Têm muitas histórias envolvidas, gen- te que tem o costume de vir todos os anos”, ressalta Xxxxxxx.