PLANO DE DRENAGEM DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO
PLANO DE DRENAGEM DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO
RELATÓRIO CONSOLIDADO JUNHO / 2017
CONTRATO Nº. 023/2015
PLANO DE DRENAGEM DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO
RELATÓRIO CONSOLIDADO
JULHO / 2017
Sumário
Sumário 2
Lista de Figuras 11
Lista de Tabelas 13
Lista de Quadros 14
Apresentação 15
1. Justificativas quanto à necessidade do Plano Municipal de Drenagem 16
2. Diagnóstico ambiental do município de Campos do Jordão 18
2.1 Localização e acessos 18
2.2 Clima 20
2.3 Pedologia 21
2.4 Geologia e geomorfologia 24
2.5 Uso e ocupação do solo 29
2.6 Hidrografia 32
2.7 Vegetação e Unidades de Conservação (UCs) 37
2.8 Hipsometria 41
3. Diagnóstico socioeconômico do município de Campos do Jordão 43
3.1 População 43
3.2 Indicadores de renda, pobreza e desigualdade 43
3.3 Economia 44
3.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) 45
3.5 Nível educacional da população 45
4. Estudos Hidrológicos 47
4.1 Delimitação das bacias hidrográficas e áreas de estudo 47
4.2 Chuvas intensas 47
4.2.1 Equação de chuva (Intensidade-Duração-Frequência) 48
4.2.2 Tempo de concentração 48
4.2.1 Lag-time 49
4.3 Relação chuva-deflúvio 49
4.3.1 Método Soil Conservation Service 50
4.3.1.1 Método SCS utilizando software HEC-HMS 51
5. Estudos Hidráulicos 57
5.1 Modelo digital do terreno utilizando o programa HEC-GeoRAS 57
5.2 Hidráulica de canais 60
5.3 Hidráulica de pontes, travessias e bueiros 61
6. Cenários Hidrológicos 64
6.1 Cenário atual 64
6.1.1 Passagem 1 – Ponte na Avenida Capitão Tassaburu 67
6.1.2 Passagem 2 – Ponte na Xxx Xxx Xxxxx xx Xxxxx 00
6.1.3 Passagem 3 – Ponte entre Rua Xxx Xxxxx xx Xxxxx e Avenida Capitão Tassaburu 68
6.1.4 Passagem 4 – Ponte na Rua Sagrada Família 68
6.1.5 Passagem 5 – Ponte na Avenida Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxx 68
6.1.6 Passagem 6 – Ponte na Rua Xxxxxxxx Xxxxxx 69
6.1.7 Passagem 7 – Ponte na Rua Oitenta e Cinco 69
6.1.8 Passagem 8 – Ponte na Xxx Xxxxxx Xxxx 00
6.1.9 Passagem 9 – Ponte na Rua Orestes Girardi 70
6.1.10 Passagem 10 – Ponte na Xxxxxxx Xx. Xxxxxxxx 00
6.1.11 Passagem 11 – Ponte na Xxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxx Xxxxx 00
6.1.12 Passagem 12 – Ponte na Xxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx 00
6.1.13 Passagem 13 – Ponte na Rua Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxx 72
6.1.14 Passagem 14 – Ponte do Mercado Municipal 72
6.1.15 Passagem 15 – Ponte na Rua Dr. Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxx 72
6.1.16 Passagem 16 – Ponte na Travessa Xxxxxxxx Xxxxxxxx 73
6.1.17 Passagem 17 – Ponte na Xxx Xx. Xxxx 00
6.1.18 Passagem 18 – Passarela de Pedestres sobre o Córrego Capivari 73
6.1.19 Passagem 19 – Ponte na Xxx Xxxxxxxxx xx Xxxxxxxx 00
6.1.20 Passagem 20 – Ponte na Rua Frei Orestes Girardi 74
6.1.21 Passagem 21 – Ponte da Linha Férrea 75
6.1.22 Passagem 22 – Ponte na Xxx Xx. Xxxxxxxx Xxxxxxxx 00
6.1.23 Passagem 23 – Ponte na Rua Neme S. Najar 75
6.1.24 Passagem 24 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxxxxxx Xx 76
6.1.25 Passagem 25 – Passarela de Pedestres sobre o Capivari 76
6.1.26 Passagem 26 – Ponte na Alameda 20 77
6.1.27 Passagem 27 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxxxxx 77
6.1.28 Passagem 28 – Ponte na Avenida Xxxx xx Xxxxxxxx Xxxxx 77
6.1.29 Passagem 29 – Ponte na Rua Xxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxxxx 78
6.1.30 Passagem 30 – Ponte na Xxxxx Xxxxxx Xxxxx 00
6.1.31 Passagem 31 – Ponte na Rua Três Chaminés 79
6.1.32 Passagem 32 – Ponte na Xxxxxxx xxx Xxxxxxxxx 00
6.1.33 Passagem 33 – Ponte na Xxxxxxx Xxxxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxx 00
6.1.34 Passagem 34 – Ponte na Rua Profª Xxxx X. Richier 80
6.1.35 Passagem 35 – Ponte na Xxx Xxxxxxx 00
6.1.36 Passagem 36 – Ponte da Represa Itatinga 81
6.1.37 Passagem 37 – Ponte na Monte Carlo, próxima à Represa Itatinga 81
6.1.38 Passagem 38 – Ponte entre a Rua Monte Carlo e a Rua Xxxxxxxxxxx xx Xxxxx Xxxxxxx 81
6.1.39 Passagem 39 – Ponte na Rua Comendador Xxxx Xxxxxxx 82
6.1.40 Passagem 40 – Ponte na Rua 1 82
6.1.41 Passagem 41 – Ponte na Rua Rômulo F. Beré 83
6.1.42 Passagem 42 – Rua Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxx 83
6.1.43 Passagem 43 – Xxxxxxx Xxxx X. Xxxxxxxxx 00
6.1.44 Passagem 44 – Xxx Xx. Xxxxxx Xxxxxx 00
6.2 Cenário tendencial 84
6.3 Cenários Alternativos 87
6.3.1 Reservatórios de detenção 88
6.3.2 Modificação da calha do rio 90
6.3.2.1 Trecho 1 – Canal retangular em concreto, entre a rua Xxxxxxxxx Xxxxxx (Vila Matilde) e travessa Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx (Abernéssia) 91
6.3.2.2 Trecho 2 – Canal retangular em concreto, entre a travessa Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx (Abernéssia) e rua Xxxxxxxxx X. xx Xxxxxxxx (Xxxx Xxxxxx) 91
6.3.2.3 Trecho 3 – Canal retangular em concreto, entre a rua Xxxxxxxxx X. xx Xxxxxxxx (Xxxx Xxxxxx) e rua Neme S. Najar (Vila Jaguaribe) 91
6.3.2.4 Trecho 1 – Canal trapezoidal sem revestimento, entre a rua Neme S. Najar (Vila Jaguaribe) e a avenida Xxxx X. Gonçalves (Parque Central) 92
6.3.2.5 Trecho 2 – Canal trapezoidal sem revestimento, entre a avenida Xxxx X. Gonçalves (Parque Central) e a Alameda das Grinaldas (Residêncial Jardim Véu da Noiva). 92
6.3.3 Adequação de travessias 93
6.3.3.1 Ponte 1 – Ponte na Avenida Capitão Tassaburu, no córrego Piracuama 93
6.3.3.2 Ponte 14 – Ponte do Mercado Municipal, no ribeirão Capivari 93
6.3.3.3 Ponte 16 – Ponte na Travessa Xxxxxxxx Xxxxxxxx 93
6.3.3.4 Ponte 19 – Ponte na Xxx Xxxxxxxxx xx Xxxxxxxx 00
6.3.3.5 Ponte 24 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxxxxxx Xx 94
6.3.3.6 Ponte 26 – Ponte na Alameda 20 94
6.3.3.7 Ponte 30 – Ponte na Xxxxx Xxxxxx Xxxxx 00
6.3.3.8 Ponte 31 – Ponte na Rua Três Chaminés 94
6.3.3.9 Ponte 33 – Ponte na Xxxxxxx Xxxxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxx 00
6.3.4 Infiltração 95
6.3.5 Interceptação Vegetal 95
6.3.6 Parque Linear 96
6.3.7 Diques e Pôlders 96
6.3.8 Resultado das modelagens com adoção de Medidas estruturais para controle de cheias97
7. Mapeamento das áreas de inundação 103
7.1 Cenário Atual 103
7.2 Cenário Tendencial 103
7.3 Cenário Alternativo 104
8. Anteprojeto das Medidas estruturais 105
9. Medidas não estruturais 106
9.1 Caracterização institucional do município 106
9.2 Recomendações de aprimoramento institucional 107
9.2.1 Legislação municipal 107
9.2.1.1 Zoneamento do uso e ocupação do solo 108
9.2.1.2 Transferência do direito de construir 108
9.2.1.3 Outorga onerosa do direito de construir 108
9.2.1.4 Direito de preempção 109
9.2.1.5 Lei de uso e ocupação do solo 109
9.2.2 Meios de comunicação 109
9.2.2.1 Acesso às informações do sistema de gestão 110
9.2.2.2 Canal de atendimento ao público 110
9.2.3 Banco de dados do sistema de drenagem 110
9.2.4 Gestão e fiscalização dos serviços de saneamento 111
9.2.5 Indicadores para monitoramento do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais 111
9.2.5.1 Índice de pontos de inundação 111
9.2.5.2 Índice de área(s) alagada(s) 112
9.2.5.3 Índice de cobertura de manutenção de estruturas de drenagem 112
9.2.5.4 Índice de domicílios atingidos por alagamentos por ano 113
9.2.5.5 Índice de pontos de deslizamento por ano 114
9.2.5.6 Índice de domicílios atingidos por deslizamentos por ano 114
9.2.5.7 Percentual de APP’s de margens de cursos d’água preservadas 114
9.2.5.8 Percentual de áreas impermeabilizadas 115
9.2.5.9 Índice de cobertura de microdrenagem 116
9.2.5.10 Índice de erosão 116
9.3 Construções à prova de enchentes 117
9.4 Seguro enchente 117
9.5 Educação ambiental 117
9.6 Sistema de alerta e previsão de inundações 118
10. Estimativa de quantitativo e de custo das medidas estruturais 120
11. Métodos construtivos 121
11.1 Canalização do ribeirão Capivari 121
11.2 Construção e adequação de barragens e reservatórios 124
11.3 Estruturas de Gabião 130
11.3.1 Agulhamento em rachão / pedra de mão 130
11.3.2 Preparação do gabião 130
11.3.3 Montagem dos gabiões 131
11.3.4 Enchimento 132
11.3.5 Fechamento 133
11.3.6 Geotêxtil 133
11.3.7 Tela 133
11.3.8 Drenos 134
11.3.9 Revestimento 134
11.4 Estabilidade de encostas 134
11.4.1 Solo Grampeado 134
11.5 Concreto 139
11.5.1 Preparo do Concreto 140
11.5.2 Transporte 140
11.5.3 Formas 140
11.5.4 Armaduras 141
11.5.5 Lançamento 142
11.5.6 Adensamento 142
11.5.7 Cura 142
11.5.8 Drenos 143
11.6 Vias pavimentadas 143
11.6.1 Camadas de Concreto Betuminoso Usinado a Quente 143
11.6.2 Imprimações Betuminosas 144
11.6.3 Preparo do Subleito do Pavimento 145
11.7 Rede de drenagem de águas pluviais 145
11.7.1 Escavação 147
11.7.2 Escoramentos 148
11.7.3 Assentamento da Rede 149
11.7.4 Tubulações em Concreto 150
11.7.5 Construção de Bocas de Lobo e Poços de Visita 150
11.8 Demolição, remoção e reconstrução das interferências existentes 151
11.8.1 Interferência com postes da rede de energia elétrica 151
11.8.2 Interferência com travessias aéreas da rede de abastecimento de água e esgotamento sanitário 151
11.8.3 Interferência com rede de esgotamento sanitário 151
11.8.4 Passeio 152
11.8.5 Plantio de mudas 152
12. Análise benefício custo 154
12.1 Custo de indenização dos prejuízos das enchentes 154
12.1.1 Custos de indenização – Trecho 1 156
12.1.2 Custos de indenização – Trecho 2 157
12.1.3 Custos de indenização – Trecho 3 158
12.1.4 Custos de indenização total 159
13. Seleção e justificativa de alternativa 160
13.1 Custos das obras 160
13.1.1 Custos de manutenção 161
13.1.2 Custos de desapropriação 161
13.2 Análise da alternativa 1 163
13.2.1 Análise Técnica 163
13.2.2 Análise Ambiental 163
13.2.3 Análise Econômica 164
13.3 Análise da alternativa 2 164
13.3.1 Análise Técnica 164
13.3.2 Análise Ambiental 165
13.3.3 Análise Econômica 165
13.4 Análise da alternativa 3 166
13.4.1 Análise Técnica 166
13.4.2 Análise Ambiental 166
13.4.3 Análise Econômica 167
13.5 Comparação e seleção de alternativa 167
14. Legislação ambiental aplicável 170
15. Definição das áreas de influência das intervenções 175
16. Avaliação de Impactos ambientais 177
17. Referências 188
18. Anexos 194
Lista de Figuras
Figura 1 – Localização de Campos do Jordão e de seus municípios limítrofes 19
Figura 2 – Características climáticas do município de Campos do Jordão 20
Figura 3 – Mapa pedológico do município de Campos do Jordão com a localização das medidas estruturais 22
Figura 4 – Mapa das áreas de riscos de deslizamentos na malha urbana de Campos do Jordão 23
Figura 5 – Geologia do município de Campos do Jordão com a localização das medidas estruturais 27
Figura 6 – Geomorfologia do município de Campos do Jordão com a localização das medidas estruturais 28
Figura 7 – Mapa de uso e ocupação do solo de Campos do Jordão com a localização das medidas estruturais 31
Figura 8 – Unidades hidrográficas principais e sua localização em relação aos municípios da UGRHI 1 32
Figura 9 – Hidrografia do município de Campos do Jordão e localização das medidas estruturais 34
Figura 10 – Pontos de captação e lançamento na UGRHI 1 36
Figura 11 – Vegetação e UCs presentes em Campos do Jordão e localização das medidas estruturais 40
Figura 12 – Hipsometria do município de Campos do Jordão e localização das medidas estruturais 42
Figura 13 – Representação da bacia hidrográfica do ribeirão Capivari no software HEC- HMS 52
Figura 14 – Cobertura do solo da bacia do ribeirão Capivari – cenário atual. Fonte: AECJ (2015) 53
Figura 15 – Modelo digital do terreno da bacia do rio Capivari 58
Figura 16 – Definição do traçado do rio, bordas e seções transversais 59
Figura 17 - Gráfico Vazão x Tempo demonstrando o hidrograma amortecido 89
Figura 18 - Impacto da construção do dique 97
Figura 19 – Redução de pico de vazão no Reservatório Itatinga 98
Figura 20 - Redução de pico de vazão no Reservatório Vila Inglesa 99
Figura 21 – Ribeirão Capivari nos trechos com APP degradada 122
Figura 22 – Implantação do coletor de esgotos projetado e desativação do coletor existente 122
Figura 23 – Ensecadeiras para construção de um lado do canal e reaterro 123
Figura 24 – Conclusão do canal, reaterro e plantio de mudas 123
Figura 25 – Representação da escavação das áreas de reservação 125
Figura 26 – Construção da barragem (1º etapa) 127
Figura 27 – Construção da barragem (2º etapa) 128
Figura 28 – Conclusão da obra da barragem 129
Figura 29 – Exemplo de aplicação de solo grampeado 135
Figura 30 – Fases construtivas 135
Figura 31 – Exemplo de um chumbador 136
Figura 32 – Lançamento do concreto projetado 137
Figura 33 – Revestimento com grama do solo grampeado 138
Figura 34 – Drenos profundos 138
Figura 35 – Drenos de superfície 139
Figura 36 - Adequação do sistema de drenagem – Etapa 1 146
Figura 37 - Adequação do sistema de drenagem – Etapa 2 146
Figura 38 – Método para desativação de trecho de rede 147
Figura 39 - Detalhe de pontaleteamento. Fonte: ABNT - NBR 12266 149
Figura 40 - Curva nível – prejuízo de inundações – Trecho 1 156
Figura 41 - Curva nível – prejuízo de inundações – Trecho 2 157
Figura 42 - Curva nível – prejuízo de inundações – Trecho 3 158
Lista de Tabelas
Tabela 1 – valores de CN 54
Tabela 2 – parâmetros para aplicação do HEC-HMS, cenário atual 55
Tabela 3 – Resultados das simulações hidrológicas – cenário atual 64
Tabela 4 – Resultados das simulações hidrológicas – cenário tendencial 85
Tabela 5 – Critérios de escavação dos reservatórios existentes 89
Tabela 6 – Simulação do Reservatório Itatinga 90
Tabela 7 – Simulação do Reservatório Vila Inglesa 90
Tabela 8 – Resultados das simulações hidrológicas – cenário alternativo 99
Tabela 9 – Precipitações críticas do município 118
Tabela 10 – Custo dos imóveis em Áreas Inundáveis 155
Tabela 11 - Danos devido à inundações para diferentes Tr’s – Trecho 1 156
Tabela 12 - Danos devido à inundações para diferentes Tr’s – Trecho 2 157
Tabela 13 - Danos devido à inundações para diferentes Tr’s – Trecho 3 158
Tabela 14 - Danos devido à inundações para diferentes Tr’s 159
Tabela 15 - Custos de manutenção das Alternativas (R$) 161
Tabela 16 - Custos de desapropriação para construção do canal do ribeirão Capivari – Alternativa 1 162
Tabela 17 - Custos de desapropriação para construção do canal do ribeirão Capivari – Alternativa 2 162
Tabela 18 – Composição dos custos da Alternativa 1 164
Tabela 19 – Composição dos custos da Alternativa 2 165
Tabela 20 –Custos das Alternativas propostas 167
Tabela 21 - Matriz de Análise Qualitativa das Alternativas 168
Lista de Quadros
Quadro 1 – Uso e ocupação do solo de Campos do Jordão 29
Quadro 2 – Localização das medidas estruturais de acordo com as zonas a serem atingidas 30
Quadro 3 – Demanda total outorgada 35
Quadro 4 – Resultados bimestrais e média anual do IQA do rio Sapucaí-Guaçu em 2015 35
Quadro 5 – Intervalo de valores e avaliação de IQA 36
Quadro 6 – Informações do setor educacional no município de Campos do Jordão 46
Quadro 7 - Nota atribuída às condições dos canais quanto à manutenção 113
Quadro 8 – Definição dos parâmetros de avaliação dos impactos ambientais passíveis de ocorrerem 183
Apresentação
O presente documento apresenta o Relatório Consolidado, referente ao “Plano de Drenagem do Município de Campos do Jordão”.
Trata-se do contrato n° 023/2015, firmado entre a PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO e a SHS CONSULTORIA E PROJETOS DE
ENGENHARIA LTDA. EPP, com sede na cidade de São Carlos, à Rua Xxxxx Xxxxxxxx, nº 1772 e registrada no CNPJ/MF sob o nº 68.320.217/0001-12.
Este relatório é dividido nas seguintes partes:
• Diagnósticos ambientais e socioeconômicos do município;
• Estudos e modelagens hidrológicas;
• Estudos e modelagens hidráulicas;
• Cenários Hidrológicos;
• Mapeamento das áreas de inundação;
• Anteprojeto das medidas estruturais;
• Medidas não estruturais;
• Estimativa de quantitativos e custos das medidas estruturais;
• Métodos Construtivos;
• Análise Benefício – custo;
• Seleção e justificativa de alternativa;
• Avaliação de impactos ambientais.
1. Justificativas quanto à necessidade do Plano Municipal de Drenagem
O zoneamento de uso e ocupação do solo do município de Campos do Jordão, instituído pela Lei Municipal nº 3.049/07 de 02 de maio de 2007, delimita as áreas com diferentes classificações de usos do solo e indica critérios e parâmetros para a ocupação sustentável, tanto da área urbana como da zona rural do município.
No que se refere ao sistema de drenagem de águas pluviais, essa lei determina que sejam preservadas áreas ditas como “não edificáveis”, onde também poderão ser implantados dispositivos e obras de infraestrutura para adequação dos canais de drenagem e da condução das águas de chuva, buscando prevenir inundações e deslizamentos de solo.
O Plano Diretor do Município de Campos do Jordão, instituído pela Lei nº 2.737 de 2 de maio de 2003, indica, dentre outros objetivos, a necessidade de garantir condições adequadas de drenagem e de implementar ações para a recuperação de encostas no município. Prevê ainda as seguintes ações que apresentam relação com o presente Plano de Drenagem e que fundamentam a proposição de medidas para controle de cheias:
✓ Preservar as condições ambientais.
✓ Garantir a drenagem adequada das águas.
✓ Conservar o solo.
✓ Recuperar encostas degradadas.
✓ Melhorar as condições do tráfego, adequando as necessidades do município a um cenário futuro.
✓ Estabelecer vias de circulação não motorizada.
✓ Criar áreas de interesse social destinadas à habitação popular.
✓ Urbanizar ocupações irregulares, arborizar as vias existentes e solucionar a situação das moradias em áreas de risco.
Este documento de gestão municipal indica também a necessidade da instituição de programas específicos destinados ao controle de águas pluviais e de processos erosivos.
O Plano de Saneamento Básico de Campos do Jordão, cujo horizonte de planejamento abrangeu o período entre os anos de 2007 e 2037, indica que as estruturas de macrodrenagem apresentam pontos de assoreamento e seções de estrangulamento que prejudicam o funcionamento do sistema de drenagem municipal. Mostrou ainda que essas estruturas apresentavam-se em estado inadequado de conservação patrimonial, apesar das manutenções realizadas pela Prefeitura Municipal.
Estes e outros estudos, assim como alguns instrumentos legais avaliados no presente plano, indicam a necessidade de estudos mais aprofundados relacionados ao controle de enchentes, problemas de inundações e de deslocamentos de massa e escorregamento de solos que ocorrem no município.
Assim, o presente Plano Municipal de Drenagem (PMD) de Campos do Jordão vem responder a estas indicações apresentando um estudo mais detalhado sobre as inadequações do sistema de drenagem do município e indicando as obras necessárias para sua adequação, de forma a prevenir ou controlar eventos de enchentes, inundações e deslizamentos de encostas que ocorrem no município.
2. Diagnóstico ambiental do município de Campos do Jordão
2.1 Localização e acessos
O município de Campos do Jordão localiza-se na porção leste do estado de São Paulo, na Serra da Mantiqueira. Limita-se ao norte com os municípios de Xxxxxx Xxxxxxx, Piranguçu e Wenceslau Braz (todos de MG), a leste com Guaratinguetá, a oeste com São Bento do Sapucaí e ao sul com Pindamonhangada e Santo Antônio do Pinhal (todos de SP). Encontra-se nas coordenadas 22º 41’ 15”S e 45º 33’ 45” W.
O principal acesso ao município, a partir da capital (São Paulo), é feito pelas rodovias Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Floriano Rodrigues Pinheiro. A distância entre São Paulo e Campos do Jordão é de 170 km.
A Figura 1 apresenta a localização do município e de seus municípios limítrofes na microrregião de Campos do Jordão, no estado de São Paulo.
Prefeitura Municipal da Estância de Campos do Jordão
Figura 1 – Localização de Campos do Jordão e de seus municípios limítrofes
SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. EPP 19
2.2 Clima
De acordo com a classificação de Xxxxxx e Xxxxxx, o tipo climático de Campos do Jordão corresponde ao Cfb (temperado com verão ameno). As chuvas são distribuídas uniformemente ao longo do ano e não há estação seca. Apesar de estar localizado na Zona Tropical, o clima local possui características de subtropicalidade, devido à influência da altitude (CLIMATE-DATA, 2016).
A temperatura média anual é de 13,6°C, em que a média da máxima equivale a 16,8°C (média de janeiro) e a média da mínima equivale a 9,6°C (média de junho), sendo a variação equivalente a 7,2°C durante o ano. A precipitação média anual é de 1.797 mm (CLIMATE-DATA, 2016).
Ocorrem geadas severas e frequentes em um período médio de 10 a 25 dias anualmente (CLIMATE-DATA, 2016). A Figura 2 apresenta as características climáticas do município de Campos do Jordão.
Figura 2 – Características climáticas do município de Campos do Jordão.
Fonte: Climate data (2016)
2.3 Pedologia
Os solos encontrados na região podem ser classificados como Latossolo Vermelho-Amarelo álico A (LVA9 e LVA18) e Cambissolo Háplico (Figura 3). Os primeiros encontram-se em menores proporções do território municipal, apresentam solos com horizonte B latossólico e estão associados aos relevos plano, suave ondulado ou ondulado. Ocorrem em ambientes bem drenados e muito profundos. A cor e a textura podem variar dependendo da quantidade de óxidos de ferro presentes em sua composição. São solos que sofrem forte ação do intemperismo e, por isso, apresentam morfologia uniforme ao longo do perfil, com pequeno escurecimento na camada superficial, mais rica em matéria orgânica. Por conta disso, frequentemente são utilizados para fins agropecuários (AGEITEC, 2014).
As medidas estruturais propostas no presente estudo estão localizadas sobre o Cambissolo Háplico, conforme pode ser verificado na Figura 3. Esse tipo de solo é encontrado em relevos forte ondulados ou montanhosos e não apresenta horizonte superficial A húmico. Geralmente são pouco desenvolvidos, com presença de minerais primários e horizonte diagnóstico B incipiente, com baixa (distróficos) ou alta (eutróficos) saturação por bases, de baixa a alta atividade da argila.
Variam de pouco profundos a profundos, sendo normalmente de baixa permeabilidade. A fertilidade natural é variável e existe limitação de usos por conta do relevo com declives acentuados e pela ocorrência de rochas na massa do solo.
De maneira geral, a cobertura pedológica presente na região é porosa e permeável, a qual pode se tornar instável na época de maior pluviosidade. Esta instabilidade deve-se principalmente ao tamanho dos grãos, a distribuição das chuvas, declividade do terreno, comprimento e formas das encostas, além do tipo de cobertura vegetal. Dessa maneira, o solo tem pré-disposição a sofrer deslizamentos e movimentos, os quais acarretam em processos erosivos e no assoreamento dos corpos d’água (IBGE, 2010).
O Plano de Bacia da UGHRI – 1 apresenta um mapa das áreas de risco de deslizamentos na área urbana de Campos do Jordão (Figura 4), na qual as áreas em verde se referem a risco baixo, em amarelo representam risco médio, em laranja risco alto e em vermelho risco muito alto.
Prefeitura Municipal da Estância de Campos do Jordão
Figura 3 – Mapa pedológico do município de Campos do Jordão com a localização das medidas estruturais
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Figura 4 – Mapa das áreas de riscos de deslizamentos na malha urbana de Campos do Jordão Fonte: –IG e CEDEC (2014)
2.4 Geologia e geomorfologia
Entre as formações geológicas presentes na área do município, estão as Suítes Graníticas Campos do Jordão, Serra do Alto da Pedra e Serra Preta. Nessas áreas, o embasamento cristalino é constituído por grande quantidade de rochas granitóides. São identificadas várias suítes, dependendo de sua estruturação interna e da relação temporal ou geográfica com as grandes estruturas que compartimentam a região.
A formação Pico de Itapeva ocorre à sudeste da escarpa da Serra da Mantiqueira, onde se encontra espesso pacote de metassedimentos, cujos contatos da faixa de exposição são tectônicos, tanto na borda noroeste como na borda sudeste. A primeira apresenta rochas metamórficas com composição granada-biotita-muscovita, localmente feldspáticos, rochas metabásicas e granitos porfiríticos intrusivos; já na segunda, nota-se uma zona de cisalhamento reversa, com forte componente transcorrente, que deforma o pacote epimetamórfico, tornando difícil a sua distinção dos gnaisses locais (JULIANI, 1990).
O preenchimento da Bacia Pico de Itapeva engloba três unidades dispostas em faixas paralelas (JULIANI, 1990): um pacote basal, composto por metaconglomerados polimíticos, constituídos por seixos e matacões arredondados, dispostos em uma matriz arcoseana, perfazendo, no total, mais de 700 m de espessura; um pacote intermediário, constituído essencialmente por metarcóseos, localmente intercalados com metarenitos e metassiltitos feldspáticos, em contatos gradacionais e interdigitados com as unidades inferior e superior, de espessura variando entre 200 e 500 m; e um pacote superior, compreendendo cerca de 150 m de metassiltitos a metarenitos arcoseanos finos, com lentes de metapelitos, apresentando estruturas com estratificação cruzada, de dimensões até decimétricas, as quais indicam a ocorrência de tempestades durante o processo de sedimentação (CPRM, 2008).
O Complexo Varginha-Guaxupé, unidade paragnáissica migmatítica superior, consiste em metassedimentos migmatíticos com anatexia (processo de fusão de rochas pré-existentes) decrescente em direção ao topo. Trata-se de rochas compostas por cordierita, granada, silimanita e biotita gnaisse, que crescem para o topo a mica xisto com leucossoma a muscovita restrito. Reconhece-se ainda, sobrejacente à unidade metapelítico-aluminosa basal, sequência metapsamítica com metacarbonato e gnaisse calcissilicático. Ocorrem intercalações de gnaisse básico-intermediário e
metabásicas, nebulito gnáissico-granítico e ortognaisses intrusivos (XXXXXX XXXX, 1991).
Os metassedimentos possuem uma foliação regional, de segunda geração, superimposta a um bandamento gnáissico pretérito. Já nos neossomas, a foliação regional é primária e contemporânea ao metamorfismo principal na Nappe Socorro- Guaxupé (XXXXXX XXXX, 1991).
O Complexo Varginha-Guaxupé, unidade ortognáissica migmatítica intermediária, caracteriza-se pela composição granítica, granodiorítica, sienítica e monzonítica, em contato com corpos de granito gnáissico anatético metaluminoso, gerado por fusão parcial de estratos desenvolvidos abaixo da crosta terrestre. Abrangem migmatito estromático a mesossoma gnáissico de composição diorito- tonalítica, leucossomas e melanossomas ferro-magnesianos. O granito gnáissico contém enclaves de gnaisse diorito–monzodiorítico, xenólitos de gnaisse calcissilicático e lentes de sillimanita–cordierita metapelito. Além disso, ocorrem corpos de granitóides peraluminosos.
A anatexia na unidade intermediária desenvolveu-se sob condições de temperatura muito alta (até 850°C) e de média-baixa pressão, associada à fusão por desidratação de biotita em níveis crustais intermediários (CAMPOS NETO, 2000).
Geomorfologia é a ciência que estuda as formas da superfície da terra e sua evolução. Campos do Jordão localiza-se no planalto que se desenvolve no reverso da Serra da Mantiqueira, em uma subzona denominada Planalto de Campos do Jordão, cuja gênese está vinculada aos vários ciclos de dobramentos com metamorfismo regionais, falhamentos e intensas intrusões. A altitude média, em relação ao nível do mar, é de 1600 m.
Os planaltos caracterizam-se por conjuntos de relevos planos ou dissecados, de altitudes elevadas, limitados, pelo menos em um lado, por superfícies mais baixas, onde os processos de erosão são mais frequentes do que os de sedimentação. As serras constituem relevos acidentados, constituídas por diversos tipos de rochas, as quais formam as cristas ou as bordas escarpadas de planaltos (IBGE, 2013).
As escarpas serranas são faixas de transição entre dois padrões de relevo, e apresentam uma configuração montanhosa, muito acidentada, cujo desnivelamento é de, no mínimo, 300 m (às vezes, ultrapassam 2.000 m). Apresentam alta densidade de
drenagem, além de vertentes muito íngremes e dissecadas, com geometria retilíneo- côncava. Há ocorrência frequente de vertentes escarpadas com gradientes muito elevados e paredões rochosos subverticais (IBGE, 2013).
As montanhas constituem um tipo de relevo muito acidentado, onde predominam vertentes retilíneas a côncavas, escarpadas e topos de cristas alinhadas, aguçados ou levemente arredondados, com sedimentação de colúvios e depósitos de tálus. Apresenta amplitudes de relevo e declividades elevadas e alta densidade de drenagem (IBGE, 2013). A caracterização da geologia e geomorfologia presentes no município foi realizada com base na Figura 5 e na Figura 6, respectivamente, as quais também apresentam a localização das medidas estruturais a serem realizadas.
2.5 Uso e ocupação do solo
A caracterização do uso e ocupação do solo foi realizada com base na Figura 7, que apresenta as tipologias de uso e ocupação do solo do município, conforme a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campos do Jordão (AECJ).
No mapa, foram apontadas nove feições principais, a saber: área urbanizada, campo natural com perturbação antrópica, eucalipto, pasto, pinus, reflorestamento com espécies nativas, vegetação secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração. As áreas caracterizadas como eucalipto e pinus são produtos de reflorestamento com finalidade comercial.
O Quadro 1 apresenta as áreas relativas a cada uma das tipologias supracitadas e as respectivas porcentagens sobre a área total do município, que é de 29.052 hectares. Vale ressaltar que apenas as principais feições foram mencionadas.
Quadro 1 – Uso e ocupação do solo de Campos do Jordão
Uso e ocupação do solo | Área ocupada (hectare) | Porcentagem sobre área total do município (%) |
Área urbanizada | 2496,71 | 8,67 |
Campo natural com perturbação antrópica | 2142,84 | 7,44 |
Eucalipto | 544,62 | 1,89 |
Pasto | 2388,00 | 8,29 |
Pinus | 1786,91 | 6,21 |
Reflorestamento | 456,36 | 1,59 |
Secundária inicial | 361,58 | 1,26 |
Secundária média | 3784,57 | 13,15 |
Secundária avançada | 1861,41 | 6,47 |
Fonte: Adaptado de AECJ
O Artigo 13º da Lei nº 3.049/07, de 02 de maio de 2007, que dispõe sobre o Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do município, divide a área urbana municipal em diversas zonas. As medidas estruturais do Projeto de Drenagem do município de Campos do Jordão atingirão especificamente as zonas apresentadas a seguir:
• ZCI2: zona de uso exclusivo para transbordo de lixo e separação de lixo reciclável.
• ZCI3: zona de uso predominante de indústrias leves, de baixo impacto ambiental e de vizinhança.
• ZC1: zona de uso predominante de comércio e serviço de alta densidade.
• ZC2: zona de uso predominante de comércio e serviço de média densidade.
• ZC3: zona de uso predominante de comércio e serviço de baixa densidade.
• ZEIS (Zona Residencial de Interesse Social): zona residencial de elevada densidade em consequência do predomínio de lotes pequenos, com objetivo de atender a demanda de habitação popular.
• ZR1: zona de uso predominantemente residencial de alta densidade.
• ZR3: zona de uso predominantemente residencial de baixa densidade.
• ZR4: zona de uso exclusivamente residencial, de baixíssima densidade, com características de preservação e manutenção da biota, da tranquilidade e do sossego.
• ZR5: zona de uso exclusivamente residencial, de baixíssima densidade, de transição de rural para urbano.
O Quadro 2 apresenta a localização das medidas estruturais a serem realizadas, com relação às zonas descritas anteriormente:
Quadro 2 – Localização das medidas estruturais de acordo com as zonas a serem atingidas
Medidas estruturais | Zonas a serem atingidas |
Ponte 1 | ZR1 |
Ponte 16 | ZC1 |
Ponte 19 | ZC1 e ZCI3 |
Ponte 33 | ZR3 e ZC3 |
Ponte 40 | ZR3 e ZR4 |
Ponte 45 | ZC2 |
Galeria de águas pluviais | ZR3 |
Canalização do ribeirão Capivari | ZC1, ZEIS, ZCI3, ZR4, ZC2, ZP3, ZR3, ZR4 |
Escavação do ribeirão Abernéssia | ZEIS |
Reservatório Itatinga | ZR1 |
Reservatório Vila Inglesa | ZR3 |
Sistema de drenagem da Rua Cedro | ZR4 e ZR5 |
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Figura 7 – Mapa de uso e ocupação do solo de Campos do Jordão com a localização das medidas estruturais
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2.6 Hidrografia
O município de Campos do Jordão pertence à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Serra da Mantiqueira (UGRHI 1), que está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Grande e abrange os municípios de Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí. A UGRHI 1 é definida pelas bacias hidrográficas dos rios Sapucaí-Guaçu (a leste, com influência principal de Campos do Jordão), Sapucaí Mirim (a oeste, com influência principal de Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí), além dos seus afluentes (Figura 8).
Figura 8 – Unidades hidrográficas principais e sua localização em relação aos municípios da UGRHI 1
Fonte: CBH-SM (2012)
O relevo do município (bastante acidentado), as altas precipitações pluviais e o lençol freático raso geraram uma rede de drenagem de configuração dendrítica. Devido às características geomorfológicas e pluviométricas, há formação de muitos cursos d’água. Nos limites do município estão cadastradas 823 nascentes, segundo informações da Prefeitura Municipal, coletadas em visita técnica.
O principal curso d’água que atravessa a malha urbana de Campos do Jordão é o ribeirão Capivari. Os principais afluentes do ribeirão Capivari inseridos na área de implantação das obras propostas neste estudo são: córrego Piracuama, córrego da Síria, ribeirão Abernéssia, ribeirão do Imbiry, ribeirão das Perdizes e córrego do Homem Morto. Suas localizações estão indicadas na Figura 9, que apresenta a hidrografia do município.
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Figura 9 – Hidrografia do município de Campos do Jordão e localização das medidas estruturais
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A região de Campos do Jordão está suscetível a inundações, assim como toda a UGRHI 1. O relevo acidentado e as altas declividades fazem com que o tempo de concentração das bacias seja baixo e, dessa forma, as enchentes são críticas e frequentes (CBH-SM, 2012).
Com relação aos usos dos recursos hídricos, a demanda total outorgada para o município é de aproximadamente 2,23 m³/s, distribuída entre captação em nascente, subterrânea e superficial e lançamento superficial, conforme Quadro 3.
Quadro 3 – Demanda total outorgada
Tipo de outorga | Total outorgado (m³/h) |
Captação em Nascente | 13,29 |
Captação Subterrânea | 241,71 |
Captação Superficial | 3.861,83 |
Lançamento Superficial | 3.899,92 |
Total | 8.016,75 |
Fonte: Modificado de DAEE
No que se refere à qualidade dos corpos hídricos, há dois pontos onde a qualidade da água é monitorada pela CETESB, ambos no rio Sapucaí-Guaçu. Os pontos de amostragem são: XXXX00000, localizado na ponte da Avenida Xxxxxx Xxxx Xx. com a Rua Engenheiro Prudente de Moraes, na saída para a estrada do Horto; e SAGU02250, na ponte da estrada de acesso ao Borboletário.
Os resultados bimestrais e a média anual do Índice de Qualidade da Água (IQA) do rio Sapucaí- Guaçu, para o ano de 2015, estão indicados no
Quadro 4. As classificações possíveis do IQA e seus respectivos intervalos de valores são mostrados no
Quadro 5. Pode-se observar que o rio Sapucaí-Guaçu, nestes pontos de amostragem, tem apresentado boa qualidade de água na maioria das avaliações, realizadas em 2015.
Quadro 4 – Resultados bimestrais e média anual do IQA do rio Sapucaí-Guaçu em 2015
Fev | Abr | Jun | Ago | Out | Dez | Média | |
XXXX00000 | 51 | 54 | 28 | 53 | 54 | 56 | 49 |
SAGU02250 | 51 | 56 | 60 | 59 | 63 | 62 | 58 |
Fonte: CETESB (2016)
Quadro 5 – Intervalo de valores e avaliação de IQA
79 < IQA ≤ 100 | Ótimo |
51 < IQA ≤ 79 | Bom |
36 < IQA ≤ 51 | Regular |
19 < IQA ≤ 36 | Ruim |
IQA ≤ 19 | Péssimo |
Fonte: CETESB (2016)
A Figura 10 identifica os pontos de captação subterrânea e superficial e os pontos de lançamento de efluentes da bacia. Assim, pode-se observar a malha urbana e os pontos indicados no município de Campos do Jordão.
Figura 10 – Pontos de captação e lançamento na UGRHI 1
Fonte: DAAE (2009) Apud Plano de Bacia da UGRHI 1 (2012)
2.7 Vegetação e Unidades de Conservação (UCs)
A vegetação desenvolve-se a partir das características físicas presentes no local e é imprescindível para o bem-estar animal e ambiental, além de trazer benefícios estéticos. A arborização contribui para a manutenção do clima, aumento da permeabilidade do solo, proteção dos mananciais, purificação do ar, conforto térmico, balanço hídrico, redução da velocidade dos ventos e ruídos, entre outros. Além disso, serve como abrigo e alimento para fauna, contribuindo para o equilíbrio ecológico.
Em Campos do Jordão, a cobertura vegetal é constituída por fragmentos de Mata Atlântica pertencentes a três fitofisionomias distintas: Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa (Figura 11), nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração. Os fragmentos florestais estão distribuídos por todo o território, mas existe maior concentração nas regiões norte, leste e nordeste do município. Quanto ao tipo de cobertura vegetal, ocorre predominância da Floresta Ombrófila Mista, seguida da Floresta Ombrófila Densa e, em menor quantidade, Floresta Estacional Semidecidual.
A Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como “Mata-de-Araucária”, apresenta disjunções florísticas em alguns pontos situados nas Serras do Mar e da Mantiqueira, apesar de, no passado, ter se expandido mais para o norte. A composição florística é dominada por gêneros primitivos como Drymis e Araucaria (australásicos) e Podocarpus (afro-asiático) (IBGE, 2012).
Existem quatro formações nesse tipo de vegetação, a saber:
• Aluvial: ocorrem em terraços antigos associados à rede hidrográfica.
• Submontana: formam disjunções em altitudes inferiores a 400 m.
• Montana: localizam-se entre 400 e 1000 m de altitude.
• Alto Montana: localizam-se em altitudes superiores a 1000 m.
O nome Xxxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxx é dado pelo fato de haver associação entre coníferas e folhosas. As três espécies de coníferas nativas do Brasil são Araucaria angustifolia (Pinheiro-do-Paraná), Podocarpus lambertii (Pinho-Bravo) e Podocarpus sellowii (Pinho-Bravo). Outras espécies que ocorrem nessa formação são Ocotea porosa (Imbuia), Nectandra lanceolata (Canela-Amarela), Nectandra megapotamica (Canela-Preta), Ilex paraguariensis (Erva mate), Campomanesia xanthocarpa
(Gabiroba), Ocotea pulchella (Canela-Lageana), além de outros exemplares das famílias Myrtaceae e Aquifoliaceae (IBGE, 2012).
A Floresta Estacional Semidecidual está condicionada a dupla estacionalidade climática (verão quente/úmido e inverno ameno/seco). Neste tipo de vegetação, a porcentagem de árvores caducifólias, ou seja, que perdem suas folhas em determinada época do ano, está entre 20 e 50%. Na formação Sub Montana, os gêneros arbóreos predominantes são: Cedrela (Cedro), Parapiptdenia (Monjoleiro), Cariniana (Jequitibás), Hymenaea (Jatobás), Copaifera (Copaíbas), Peltophorum (Canafístula), Tabebuia (Ipês), entre outros. Já a formação Montana, que se estabelece acima dos 500 m de altitude, é geralmente dominada por espécies do gênero Anadenanthera (Angicos) (IBGE, 2012).
A formação Floresta Ombrófila Densa está relacionada a fatores climáticos tropicais de elevadas temperaturas (médias de aproximadamente 25°C) e alta precipitação ao longo do ano, o que determina uma situação praticamente sem período seco.
A cobertura vegetal caracteriza-se por fanerófitos, subformas de vida macro e mesofanerófitos, além de lianas lenhosas e epífitas que ocorrem em abundância, que o diferencia das outras fitofisionomias. O desenvolvimento de uma floresta com rica biodiversidade só é possível devido à manutenção da umidade mesmo no período mais seco. Dentre as inúmeras espécies arbóreas frequentes nesses tipos de vegetação, estão: Alchornea triplinervia (Tapiá), Euterpe edulis (Palmito-Juçara), Cabralea canjerana (Cedro Canjerana), Tetrorchidium rubrivenium (Canemaçu), Virola bicuhyba (Bicuíba), Casearia sylvestris (Guaçatonga), Nectandra megapotamica (Canela Preta), Tibouchina sellowiana (Quaresmeira), Cedrela fissilis (Cedro Rosa), entre outras (IBGE, 2012).
O município de Campos do Jordão possui em seu território quatro Unidades de Conservação (UCs) que integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), sendo elas: Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Mantiqueira (4.312,8075 km2), Área de Proteção Ambiental Campos do Jordão (287,2260 km2), Parque Estadual de Campos do Jordão (81,3643 km2) e o Parque Estadual dos Mananciais de Campos do Jordão (5,1704 km2).
A Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira foi estabelecida no Decreto nº 91304, de 03/06/1985. Trata-se de um mosaico que abrange várias outras UCs e diversos municípios. Essa APA é de uso sustentável, tem como finalidade garantir a conservação cultura regional da Serra da Mantiqueira, proteger e preservar a flora endêmica, os remanescentes das florestas de araucária e a biodiversidade como um todo, principalmente as espécies ameaçadas de extinção.
A Área de Proteção Ambiental Estadual de Campos do Jordão foi estabelecida pela Lei ordinária nº 4105, de 26/06/1984. A criação da APA visa disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Além disso, levou-se em consideração a valoração ambiental da Serra da Mantiqueira, onde está localizado o município de Campos de Jordão, principalmente devido a sua potencialidade turística e medicinal.
O Parque Estadual de Campos do Jordão é uma unidade de Proteção Integral estabelecida pelo Decreto nº 11908, de 27/03/1941. Tem como objetivo preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades educacionais, recreativas e de turismo ecológico.
O Parque Estadual dos Mananciais de Campos do Jordão foi criado com base no Decreto nº 37539, de 27/09/1993 e visa à preservação dos ecossistemas da biodiversidade local e da qualidade da água.
Como base na Figura 11, nota-se que as medidas estruturais propostas nesse estudo estão localizadas em regiões onde a cobertura vegetal encontra-se praticamente ausente, devido às interferências antrópicas intensas que ocorrem na área urbanizada, próximo ao ribeirão Capivari.
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Figura 11 – Vegetação e UCs presentes em Campos do Jordão e localização das medidas estruturais
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2.8 Hipsometria
A variação de altitude no município de Campos do Jordão pode ser verificada na Figura 12, que consiste em um mapa hipsométrico do terreno municipal (IBGE 2010; 2013).
As áreas mais elevadas prevalecem ao sul, leste e sudeste do município, com altitudes que variam de 1.627 a 2.182 metros. A região central apresenta altitudes intermediárias, variando de 1.488 a 1.766 metros. Já os pontos mais baixos estão localizados no norte, nordeste e sudoeste do território municipal, com predominância de altitudes que variam de 933 a 1.488 metros.
As medidas estruturais que precisarão ser realizadas também podem ser verificadas no mapa. Observa-se que todas elas estão localizadas em regiões de altitudes intermediárias (1.488 a 1.766 metros).
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Figura 12 – Hipsometria do município de Campos do Jordão e localização das medidas estruturais
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3. Diagnóstico socioeconômico do município de Campos do Jordão
3.1 População
De acordo com o Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 2010), o município de Campos do Jordão, com área territorial de 290,52 km2, apresentava densidade demográfica de 164,76 hab/km2 e a população era constituída por 47.789 habitantes, distribuídos da seguinte maneira: 23.393 homens e 24.396 mulheres.
Geograficamente, nota-se que a população se concentra na área urbana do município, devido às melhores condições de vida. Em 2010, 298 pessoas residiam na zona rural, enquanto 47.491 pessoas ocupavam a área urbana (IBGE, 2010).
Entre os anos de 1991 e 2000, a população de Campos do Jordão cresceu a uma taxa média anual de 1,97 %, passando de 37.135 para 44.252 habitantes, enquanto no Brasil houve um crescimento de 1,63 % no mesmo período. Já a taxa de urbanização do município neste período aumentou de 98,90 % para 99,00 % (PNUD, IPEA e FJP, 2013). Já entre 2000 e 2010, a população cresceu a uma taxa média anual de 0,77 %, passando de 44.252 para 47.789 habitantes, enquanto no Brasil o crescimento foi de 1,17 %. Já a taxa de urbanização do município neste período passou de 99,00 % para 99,38 % (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
A razão de dependência é o percentual da população com idade menor que 15 anos e maior que 65 anos (dependente) em relação à população com faixa etária de 15 a 64 anos (potencialmente ativa); e taxa de envelhecimento é representada pela razão entre os habitantes com idade igual ou maior que 65 anos e a população total. No período entre 1991 e 2010, a razão de dependência no município passou de 59,41 % para 42,82 e a taxa de envelhecimento, de 3,71 para 5,86 (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
3.2 Indicadores de renda, pobreza e desigualdade
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013), ferramenta elaborada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação Xxxx Xxxxxxxx (FJP), no período de 1991 a 2010, a renda per capita média dos habitantes de Campos do Jordão aumentou 63,96%, passando de R$ 555,86 para
R$ 911,40, o equivalente a uma taxa de crescimento média anual de 2,64 %. A proporção de pessoas pobres, com renda domiciliar per capita inferior a R$140,00 (informações de agosto de 2010), passou de 13,44 % em 1991, para 7,19 %, em 2000, e para 5,41 %, em 2010, mostrando significativa melhora na condição econômica da população.
O índice de Gini mede o grau de concentração de renda da população, mostrando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, esse índice varia de 0 a 1, de forma que o valor zero representa a situação de total igualdade (todos têm a mesma renda), e o valor 1 indica que existe completa desigualdade de renda (uma pessoa detém toda a renda em determinada região). No município de Campos do Jordão, nota-se que houve aumento na desigualdade no período entre os anos de 1991 a 2010, já que o índice passou de 0,52 para 0,59 (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
Segundo o IBGE (2010), o valor do rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios era de R$ 527,50 na área urbana e de R$ 300,00 na zona rural. Desta maneira, nota-se que os segmentos sociais da área urbana apresentam melhores condições monetárias. Dados como esses podem funcionar como indicadores para avaliar as condições da população em pagar taxas para custear serviços de saneamento básico.
3.3 Economia
Entre 2000 e 2010, o percentual da população maior de 18 anos economicamente ativa aumentou de 74,20% para 74,43%, e a distribuição desses trabalhadores nos setores econômicos era (PNUD, IPEA e FJP, 2013):
• 1,67% no setor agropecuário;
• 0,08% na indústria extrativa;
• 4,82% na indústria de transformação;
• 11,92% no setor de construção;
• 0,73% nos setores de utilidade pública;
• 13,65% no comércio;
• 57,41% no setor de serviços.
Com base nas informações apresentadas acima, nota-se que o setor de serviços era o que mais empregava a população economicamente ativa de Campos do Jordão, no ano de 2013. Além disso, é o setor que mais adiciona valores ao Produto Interno Bruto (PIB) municipal.
Em concordância com dados do IBGE (2014), existiam 2.268 empresas atuantes no município de Campos do Jordão, que empregavam 12.434 pessoas com rendimento médio de 2,2 salários mínimos.
3.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baseia-se em três parâmetros principais, a saber: renda (padrão de vida), educação (acesso à informação) e saúde (longevidade); e tem como objetivo a criação de uma medida geral e sintética a respeito do desenvolvimento humano (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
De acordo com informações do Atlas Brasil (PNUD, IPEA e FJP, 2013), o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Campos do Jordão era 0,749, caracterizado como um Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). O parâmetro que mais contribui para o IDHM do município é a Longevidade, com índice de 0,852, seguida de Renda, com índice de 0,761 e da Educação, com índice de 0,648. O IDHM de Campos do Jordão passou de 0,507, em 1991, para 0,653, em 2000, apresentando uma taxa de crescimento de 28,80%. De 2000 a 2010 continuou crescendo a uma taxa menor (14,70%), aumentando de 0,653 para 0,749 (PNUD, IPEA
e FJP, 2013).
3.5 Nível educacional da população
A proporção de crianças e jovens frequentando as escolas ou que completaram ciclos escolares compõe o IDHM Educação. Em Campos do Jordão, no período entre 1991 e 2010, o número de crianças, adolescentes e jovens frequentando as escolas aumentou bastante (PNUD, IPEA e FJP, 2013), e essa evolução no setor educacional pode ser observada no Quadro 6.
Em 2010, 90,26 % da população de 6 a 17 anos estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série e, com relação aos jovens
adultos, de 18 a 24 anos, 9,04 % estavam cursando o ensino superior em 2010 (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
Quadro 6 – Informações do setor educacional no município de Campos do Jordão
Ano | % de habitantes de 5 a 6 anos na escola | % de habitantes de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou com fundamental completo | % de habitantes de 15 a 17 anos com fundamental completo | % de habitantes de 18 a 20 anos com médio completo |
1991 | 27,87 | 45,31 | 21,90 | 12,34 |
2000 | 69,37 | 83,87 | 56,51 | 25,06 |
2010 | 95,77 | 88,70 | 65,36 | 39,58 |
Fonte: Adaptado de PNUD, IPEA e FJP (2013)
Outro indicador que também compõe o IDHM Educação é a escolaridade da população adulta, ou seja, o percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino fundamental completo. Entre 2000 e 2010, esse percentual passou de 36,44 % para 51,76 % (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
O indicador “Expectativa de Anos de Estudo” mostra a frequência escolar da população em idade escolar, ou seja, indica o número de anos de estudo que uma criança deverá ter ao atingir 18 anos. No município de Campos do Jordão, entre 2000 e 2010, esse indicador passou de 9,73 para 10,35 anos, enquanto que na Unidade da Federação (SP) passou de 10,23 para 10,33 anos (PNUD, IPEA e FJP, 2013).
4. Estudos Hidrológicos
Este item refere-se à compilação dos dados e parâmetros necessários para a simulação hidrológica da área de estudos.
4.1 Delimitação das bacias hidrográficas e áreas de estudo
A delimitação das bacias hidrográficas e sub-bacias fez-se utilizando cartas planialtimétricas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantamento aerofotogramétrico digitalizado e mapas com delimitação do arruamento existente. A bacia hidrográfica do rio Sapucaí – Mirim e respectivas sub-bacias, bem como a localização das seções de estudos são apresentadas no Anexo 1 e Anexo 2. As cartas planialtimétricas também possibilitaram identificar os afluentes do rio Sapucaí – Mirim e ribeirão Capivari, definir os talvegues e as declividades dos mesmos.
As bacias hidrográficas do município de Campos do Jordão foram delimitadas a partir do mapeamento dos pontos críticos de drenagem de águas pluviais que apresentam risco de inundação, alagamento e erosão, que dependem de fatores hidrológicos e de hidráulica de canais. Estes pontos, por sua vez, foram selecionados com base nas informações e dados anteriormente levantados. Observa-se a concentração destes pontos no perímetro urbano do município.
As áreas com risco de escorregamento serão estudadas no âmbito de estabilidade e proteção de encostas, pois apesar de também possuírem influencia de fatores hidrológicos e de drenagem de águas pluviais, possuem maiores influências no âmbito da geotecnia do que na hidráulica de canais. Portanto, não serão estudadas nos modelos hidrológicos e hidráulicos adiante apresentados.
4.2 Chuvas intensas
O conhecimento das características das precipitações de curta duração é de grande importância para o dimensionamento de obras hidráulicas em geral, tais como: galerias de águas pluviais, canalizações de córregos, calhas de escoamento, bocas-de-
lobo, canais de irrigação e drenagem e vertedores de barragens (XXXXXXXX XXXXXX e XXXXX, 1999).
Considera-se uma chuva intensa aquela que provoca cheias nos sistemas de drenagem, capazes de gerar escoamentos pluviais próximos ou superiores ao das capacidades dos canais.
4.2.1 Equação de chuva (Intensidade-Duração-Frequência)
Para o estudo hidrológico foi utilizada a equação de chuvas intensas da cidade de Campos do Jordão (Equação 1), apresentada por Xxxxxxxx Xxxxxx e Magni (1999).
i(t,T ) = 19,1535⋅ (t +15)−0,7928 + 2,0341⋅(t + 5)−0,6590 ⎡
0,4778− 0,9046⋅
⎛ ⎛ T ⎞⎞⎤
⋅ ⎢−
ln⎜ln⎜ T −1⎟⎟⎥
⎣ ⎝ ⎝ ⎠⎠⎦
Equação 1
Para 10 ≤ t ≤ 1440. Onde:
• i: intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T, em mm/min;
• t: duração da chuva em minutos;
• T: período de retorno em anos.
4.2.2 Tempo de concentração
Segundo o U.S. Bureau of Reclamation, o tempo de concentração (tc) de uma bacia hidrográfica é o tempo mínimo necessário para que toda a área da bacia contribua para o escoamento superficial na seção final de saída da mesma. O tempo de concentração foi determinado utilizando-se a fórmula de Kirpich (Equação 2).
⎛ L2 ⎞
0,385
tc = 57⎜
⎝ I
⎟
eq ⎠
Equação 2
Na qual:
tc: tempo de concentração (min); L: comprimento do talvegue (km); Ieq: declividade equivalente (m/km)
4.2.1 Lag-time
O Lag-time é o parâmetro que relaciona o instante em que ocorre o pico do hietograma (pico da precipitação) com o tempo de pico do hidrograma (pico da vazão) para cada sub-bacia. O lag-time foi determinado utilizando-se a (Equação 3), descrita em Chow (1964).
n
⎛ L × L ⎞
I eq
T = C ⎜ c ⎟
Na qual:
Tlag: Lag-time (horas);
lag
t ⎜ ⎟
⎝ ⎠
Equação 3
Ct: coeficiente representativo das características da bacia (adimensional); L: comprimento do talvegue (km);
Lc: comprimento do talvegue a partir do centro de gravidade da bacia (km); Ieq: declividade equivalente (m/m);
n: coeficiente representativo das características da bacia (adimensional);
Chow (1964) cita valores de Ct 0,72 e “n” 0,35 para bacias com relevo variando montanhoso e levemente ondulado. Demais parâmetros utilizados para o cálculo do lag-time de cada sub-bacia são apresentados na Tabela 2.
4.3 Relação chuva-deflúvio
Para quantificação das vazões de cheias, resultantes das chuvas intensas, é
necessária a definição do processo de transformação da chuva em deflúvio superficial. A complexidade desse processo pode ser simplificada através de modelos matemáticos, que representam de forma bastante razoável a realidade do escoamento de águas pluviais.
Existem muitos modelos matemáticos para transformar as precipitações que ocorrem nas sub-bacias hidrográficas em vazões. A partir da intensidade de chuva, i(t), é possível construir um hidrograma de vazões, Q(t).
O hidrograma reflete vários aspectos da bacia, tais como:
• Área de drenagem;
• Permeabilidade;
• Uso e ocupação do solo;
• Tipo de precipitação que ocorreu sobre a bacia.
4.3.1 Método Soil Conservation Service
O Departamento de Conservação do Solo norte-americano realizou trabalhos com o objetivo de estabelecer relações entre precipitação, deflúvio superficial, vegetação, tipo e ocupação do solo. O método propõe um simples equacionamento relacionando a altura precipitada, à altura da lâmina escoada, e o índice de armazenamento d’água na bacia, como apresentado pela Equação 4.
⎛ h ⎞2
⎜ p − 0,2⎟
hq = ⎝ S S hp
S
⎠
+ 0,8
Em que:
Equação 4
hq : altura da lâmina d‘água escoada (mm);
hp : altura precipitada (mm);
S: índice de armazenamento d’água na bacia (mm).
A equação é válida quando
hp > 0,2 ⋅ S . Para
hp ≤ 0,2 ⋅ S , o modelo admite que
não ocorra deflúvio superficial, ou seja,
hq = 0 .
O índice de armazenamento de água no solo da bacia é expresso conforme a Equação 5.
S = 254 ⋅ (100 − CN )
CN
Equação 5
Em que:
CN: (Curve Number) ou número de deflúvio.
O parâmetro CN de cada bacia de contribuição foi determinado de acordo com a classificação pedológica da área de estudo e com a ocupação do solo, segundo os valores apresentados por Xxxxx e Paiva (2001) e Canholi (2005).
A classificação pedológica da área urbana do município é homogênea e composta por Cambissolo Háplico, de textura argilosa e relevo ondulado e montanhoso. Para esta pedologia, o solo enquadra-se no grupo hidrológico “C” (SARTORI, LOMBARDI E GENOVEZ, 2005).
Canhloli (2005) apresenta a relação do grupo hidrológico, tipo de solo e sua capacidade de infiltração. De acordo com essa relação, os pertencentes ao grupo hidrológico “B” possui capacidade de infiltração média de 0,60 cm/h (1,66 x 10-6 m/s), representativo de solos argilosos.
Para cada sub-bacia são determinados o tipo uso e cobertura do solo por meio de cartas de uso e ocupação do solo, objetivando-se obter um CN ponderado da bacia em questão, para solos pertencentes aos grupos hidrológicos “B” e “C”.
4.3.1.1 Método SCS utilizando software HEC-HMS
O HEC-HMS é um software altamente reconhecido, desenvolvido pela U.S. Army Corps of Engineers, para realização de simulações hidrológicas de bacias hidrográficas e auxílio à tomada de decisões, no âmbito do planejamento, projeto e operação.
A relação chuva deflúvio utilizando o software HEC-HMS foi obtida aplicando-se o método Soil Conservation Service (SCS). A simulação hidrológica foi realizada delimitando-se cada sub-bacia, a partir de seus exutórios. A Figura 13 apresenta a topologia da bacia hidrográfica do ribeirão Capivari utilizada no software HEC-HMS.
Figura 13 – Representação da bacia hidrográfica do ribeirão Capivari no software HEC-HMS
A composição do CN fez-se por meio do cruzamento de dados de cobertura do solo e pedologia. A carta de uso e ocupação do solo das bacias, disponibilizados por
AECJ (2015) em formato shapefile para uso no software ArcGis, foram compatibilizadas com as plantas do loteamento e arruamento do município e imagens do Google Earth. Constatou-se que há discrepância entre a cobertura do solo apresentada pelas cartas com aquelas existentes. A diferença foi compensada atribuindo-se valor de CN maior ou menor para cada bacia como fator de correção e representação adequada da cobertura real do solo das bacias hidrográficas.
O mapa de uso e ocupação do solo, de onde provém os dados do CN de cada sub-bacia, é apresentado no Anexo 3 e Figura 14.
Figura 14 – Cobertura do solo da bacia do ribeirão Capivari – cenário atual. Fonte: AECJ (2015).
Para cada cobertura do solo (ou classe), atribui-se um valor de CN (Tabela 1) e para determinação do CN de toda bacia fez-se a média ponderada com as áreas respectivas.
Tabela 1 – valores de CN
Classe de cobertura do solo | Valor de CN |
Afloramento rochoso | 75 |
Araucária | 66 |
Área Urbanizada | 81 |
campo natural com perturbação antrópica | 56 |
campo natural sem perturbação antrópica | 40 |
cultura anual - uso agrícola | 70 |
eucalipto | 39 |
fruticultura | 70 |
pasto | 42 |
pasto sujo | 57 |
pequenas culturas | 70 |
pinus | 48 |
reflorestamento | 57 |
uso agrícola | 70 |
vegetação de várzea | 57 |
vegetação secundária avançada | 39 |
vegetação secundária inicial | 57 |
vegetação secundária média | 48 |
Para o cenário atual da bacia hidrográfica, os dados de entrada no software HEC-HMS são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2 – parâmetros para aplicação do HEC-HMS, cenário atual
Bacia | Área (km²) | CN | Lagtime (min) |
B1 | 2,095 | 56,3 | 140,69 |
B2 | 0,475 | 61,6 | 22,14 |
B3 | 0,903 | 74,4 | 43,08 |
B4 | 0,179 | 70,0 | 17,64 |
B5 | 0,182 | 76,7 | 32,78 |
B6 | 0,632 | 56,5 | 58,28 |
B7 | 0,369 | 71,9 | 23,64 |
B8 | 0,839 | 56,7 | 54,55 |
B9 | 2,053 | 59,6 | 119,53 |
B10 | 0,058 | 80,5 | 20,83 |
B11 | 0,443 | 51,9 | 46,38 |
B12 | 0,359 | 48,8 | 45,29 |
B13 | 0,184 | 64,3 | 35,48 |
B14 | 0,694 | 64,4 | 32,46 |
B15 | 0,034 | 77,7 | 11,99 |
B16 | 0,218 | 56,9 | 31,39 |
B17 | 0,140 | 78,4 | 30,26 |
B18 | 0,289 | 62,4 | 30,06 |
B19 | 0,271 | 62,4 | 22,25 |
B20 | 0,217 | 75,1 | 14,86 |
B21 | 1,653 | 65,7 | 84,33 |
B22 | 4,967 | 48,5 | 218,7 |
B23 | 0,066 | 61,2 | 14,23 |
B24 | 0,188 | 69,7 | 68,07 |
B25 | 1,517 | 53,4 | 119,23 |
B26 | 1,019 | 74,9 | 65,43 |
B27 | 0,454 | 65,9 | 91,03 |
B28 | 1,162 | 79,0 | 32,43 |
B29 | 0,112 | 81,0 | 18,40 |
B30 | 4,894 | 56,4 | 153,41 |
B31 | 1,663 | 54,7 | 84,12 |
B32 | 0,417 | 59,4 | 102,02 |
B33 | 1,065 | 70,7 | 72,05 |
B34 | 0,928 | 56,1 | 113,53 |
B35 | 2,352 | 67,0 | 88,63 |
B36 | 8,241 | 51,2 | 300,76 |
B37 | 2,957 | 62,8 | 212,11 |
Bacia | Área (km²) | CN | Lagtime (min) |
B38 | 1,082 | 70,1 | 58,65 |
B39 | 0,403 | 78,3 | 110,6 |
B40 | 1,992 | 70,6 | 85,67 |
B41 | 1,494 | 55,0 | 76,16 |
B42 | 0,763 | 56,7 | 42,95 |
B43 | 2,413 | 56,7 | 108,07 |
B44 | 0,621 | 65,7 | 86,27 |
5. Estudos Hidráulicos
A propagação do escoamento em canais realizados pelo software HEC-RAS permitem a modelagem de canais em suas diversas formas geométricas, variações de declividade, profundidade, velocidade, rugosidade e vazão, além das interferências causadas por pontes, travessias e bueiros em suas diversas formas. Ou seja, a modelagem com o HEC-RAS permite fazer a complexa modelagem das estruturas existentes em um canal existente em áreas urbanas.
Posteriormente, os resultados são verificados individualmente, de acordo com as características da estrutura hidráulica e modelo hidráulico existente.
5.1 Modelo digital do terreno utilizando o programa HEC-GeoRAS
A modelagem hidráulica inicia-se no geoprocessamento das bacias e rios a serem estudados no software ArcGIS e HEC-GeoRAS. Campos do Jordão possui relevo montanhoso e extensa rede hidrográfica, tornando a modelagem hidráulica de todo o município inviável.
Estudos existentes, visitas técnicas e cálculos preliminares permitiram constatar a concentração de problemas associados à macrodrenagem no perímetro urbano da bacia hidrográfica do ribeirão Capivari. Desta forma, a modelagem hidráulica nos softwares HEC-GeoRAS e HEC-RAS restringiu-se aos rios Capivari, Perdizes e Abernéssia.
As análises de problemas envolvendo o sistema de microdrenagem, erosão e problemas pontuais de inundação nas demais regiões do município serão estudadas individualmente em modelos simplificados.
Os Modelos Digitais de Terreno (MDT), representado na Figura 15, foram gerados a partir das cartas topográficas das bacias de estudo, de onde se pôde criar o traçado dos rios, seções transversais, bordas dos canais e áreas de várzea inundáveis (Figura 16).
Figura 15 – Modelo digital do terreno da bacia do rio Capivari
As seções transversais dos rios foram obtidas a cada 300 metros de distância umas das outras. Para casos específicos, como por exemplo pontes e travessias, são obtidas mais seções.
Figura 16 – Definição do traçado do rio, bordas e seções transversais
Os dados gerados pelo software HEC-GeoRAS foram exportados para o software de modelagens hidráulicas HEC-RAS, onde poderão ser verificadas e corrigidas seções transversais de rios, cotas de fundo, profundidade de canais e travessias.
5.2 Hidráulica de canais
O escoamento em superfície livre pode ser permanente e não permanente. O escoamento em regime permanente uniforme, em que os gradientes de velocidade e nível são nulos, pode ser representado pela equação de Xxxxxxx (Equação 6). Para o escoamento em regime permanente não uniforme a Equação 6 pode ser aplicada trecho a trecho.
Para trecho em canal longo
S0
2
Q = A ⋅ Rh 3
n
Equação 6
Onde:
A: área molhada (m²); Q: vazão (m³/s);
So: declividade do canal (m/m); n: rugosidade de Xxxxxxx;
Rh: Raio Hidráulico (m) = A/Pm; Pm: seção circular: πD (m);
L: Comprimento da Passagem (m); Ø ou D: diâmetro da tubulação (m); h: cota (m);
b: largura do canal ao nível de água máximo (m);
m: inclinação das paredes do canal (horizontal/vertical)
O município de Campos do Jordão apresenta relevo montanhoso e seções de rios irregulares, dificultando a aplicação da Equação 6 trecho a trecho. A equação será apresentada posteriormente para dimensionamento de canais.
O escoamento em regime não permanente, situação geralmente encontrada em rios e canais, considera a variação da velocidade, nível de água e vazão. Este pode ser
retratado pelas equações de massa, energia e quantidade de movimento, também conhecidas como equações de Saint – Vénant (TUCCI, 2002).
Para a forma reduzida a equação de conservação da quantidade de momento é apresentada na Equação 7.
∂v + v ∂v + g ∂y = g(S − S )
∂t ∂x ∂x 0 f
Equação 7
Onde:
v: velocidade; t: tempo;
y: profundidade;
x: extensão do trecho;
g: aceleração da gravidade.
5.3 Hidráulica de pontes, travessias e bueiros
São verificados os efeitos das travessias (pontes) existentes ao longo do canal para vazões com período de retorno (Tr) de 100 anos. As travessias foram verificadas quanto aos efeitos de estreitamento e alargamento e possibilidade de transbordamento. A verificação das travessias foi realizada utilizando-se as Equações 8 a 11, que advém da equação de Bernoulli, para os casos de estreitamento e alargamento.
Para trecho de estreitamento ou alargamento
sendo:
E1 = E2 + Δh
Equação 8
V 2
E = y 2 +
2g
Equação 9
e:
Δh =
0,1
2
V
× 2
2g
portanto:
Equação 10
(V × B × y )2
(V × B
× y )2
(V × B
× y )2
y2 + 1
1 1 = y2 + 2
2 2 + 0,1× 2 2 2
1 2g × (B × y )²
2 2g × (B
× y )²
2g × (B
× y )²
1 1 2 2 2 2
Equação 11
Onde:
g: aceleração da gravidade = 9,81 m/s²;
B1: largura da base do canal à montante da ponte (m); B2: largura equivalente da base sob a ponte (m);
A: área da seção do canal ou passagem (m²);
V1: velocidade da água à montante da passagem (m²/s); V2: velocidade da água sob a passagem (m²/s);
m1: inclinação das paredes laterais à montante da passagem (m); m2: inclinação das paredes laterais à jusante da passagem (m). y1: nível de água à montante da passagem (m);
y2: nível de água sob a passagem (m).
Para os casos de afogamento da passagem, utilizou-se a Equação 12.
Para orifício retangular de grandes dimensões
2 ⎛ 3 3 ⎞
2g
Q = Cd × b⎜ h 2 − h 2 ⎟
Onde:
Q: vazão (m³/s);
3 ⎝ 2 1 ⎠
Equação 12
g: aceleração da gravidade = 9,81 m/s²;
b: largura da ponte (m);
Cd: coeficiente de descarga;
h1: nível de água à montante da passagem (m); h2: nível de água sob a passagem (m).
São apresentados os estudos preliminares das pontes e travessias.
6. Cenários Hidrológicos
A elaboração dos cenários é etapa fundamental para elaboração do Plano de Drenagem, pois possibilita avaliar a situação atual das bacias hidrográficas do município, estimar situações futuras e os efeitos das medidas propostas.
Os cenários foram elaborados da seguinte forma:
- Cenário atual;
- Cenário tendencial;
- Cenário alternativos.
6.1 Cenário atual
O cenário atual representa as condições de uso e ocupação do solo e o grau de permeabilidade do mesmo. É utilizado para diagnosticar as condições das estruturas de drenagem existentes, tais como canais naturais, artificias e reservatórios.
Os resultados após inserção dos dados de levantamento planialtimétrico, dados dos reservatórios existentes e calibração dos modelos são apresentados na Tabela 3.
Tabela 3 – Resultados das simulações hidrológicas – cenário atual
Exutório | Vazões de pico | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
B1 | 1,61 | 2,73 | 3,26 |
B3 | 4,07 | 5,97 | 6,83 |
B2 | 1,56 | 2,48 | 2,91 |
S2.1 | 1,56 | 2,48 | 2,91 |
s2.1-s2.2 | 1,56 | 2,48 | 2,91 |
S2.2 | 5,48 | 8,20 | 9,44 |
B4 | 0,93 | 1,39 | 1,60 |
S1.1 | 6,34 | 9,57 | 11,05 |
s1.1-s1.2 | 6,34 | 9,56 | 11,05 |
B6 | 0,96 | 1,62 | 1,93 |
B5 | 1,03 | 1,49 | 1,69 |
S1.2 | 8,01 | 12,17 | 14,09 |
s1.2-s1.3 | 8,00 | 12,16 | 14,09 |
B9 | 2,22 | 3,63 | 4,30 |
Exutório | Vazões de pico | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
B8 | 1,34 | 2,26 | 2,70 |
S3.1 | 1,34 | 2,26 | 2,70 |
s3.1-s3.2 | 1,34 | 2,26 | 2,70 |
S3.2 | 3,05 | 4,98 | 5,89 |
B7 | 1,93 | 2,85 | 3,27 |
S1.3 | 10,79 | 16,76 | 19,55 |
s1.3-s1.4 | 10,79 | 16,76 | 19,55 |
B11 | 0,57 | 1,01 | 1,22 |
B12 | 0,37 | 0,68 | 0,84 |
S4.1 | 0,93 | 1,68 | 2,06 |
s4.1-s4.2 | 0,93 | 1,68 | 2,06 |
B13 | 0,57 | 0,90 | 1,05 |
S4.2 | 1,41 | 2,45 | 2,97 |
B14 | 2,26 | 3,54 | 4,14 |
B10 | 0,45 | 0,63 | 0,71 |
S1.4 | 14,53 | 22,87 | 26,78 |
s1.4-s1.5 | 14,53 | 22,87 | 26,78 |
B16 | 0,48 | 0,80 | 0,95 |
B15 | 0,26 | 0,37 | 0,42 |
S1.5 | 15,08 | 23,77 | 27,85 |
s1.5-s1.6 | 15,08 | 23,77 | 27,85 |
B18 | 0,88 | 1,40 | 1,64 |
B19 | 0,92 | 1,46 | 1,71 |
S5.1 | 1,78 | 2,82 | 3,31 |
s5.1-s5.2 | 1,77 | 2,81 | 3,31 |
B20 | 1,45 | 2,10 | 2,40 |
S5.2 | 3,00 | 4,61 | 5,35 |
B17 | 0,88 | 1,25 | 1,42 |
S1.6 | 18,09 | 28,42 | 33,27 |
s1.6-s1.7 | 18,08 | 28,41 | 33,26 |
B22 | 1,45 | 2,72 | 3,35 |
B23 | 0,24 | 0,37 | 0,44 |
S6.1 | 1,45 | 2,72 | 3,35 |
s6.1-s6.2 | 1,45 | 2,72 | 3,35 |
B25 | 1,11 | 1,94 | 2,35 |
B24 | 0,52 | 0,79 | 0,91 |
Itatinga | 2,23 | 4,04 | 4,93 |
S6.2 | 2,23 | 4,04 | 4,93 |
s6.2-s6.3 | 2,23 | 4,04 | 4,93 |
Exutório | Vazões de pico | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
B26 | 3,65 | 5,35 | 6,12 |
S6.3 | 4,62 | 7,12 | 8,29 |
B21 | 3,25 | 5,06 | 5,90 |
S1.7 | 23,85 | 37,01 | 43,17 |
s1.7-s1.8 | 23,85 | 37,00 | 43,16 |
B28 | 7,27 | 10,34 | 11,72 |
B27 | 0,85 | 1,32 | 1,54 |
S1.8 | 29,76 | 45,94 | 53,43 |
s1.8-s1.9 | 29,76 | 45,94 | 53,43 |
B30 | 3,51 | 5,94 | 7,10 |
B31 | 1,75 | 3,01 | 3,62 |
S7.1 | 4,59 | 7,80 | 9,34 |
s7.1-s7.2 | 4,59 | 7,80 | 9,34 |
B32 | 0,51 | 0,83 | 0,98 |
S7.2 | 5,06 | 8,57 | 10,26 |
B29 | 0,91 | 1,27 | 1,43 |
S1.9 | 31,85 | 49,37 | 57,54 |
s1.9-s1.10 | 31,84 | 49,36 | 57,54 |
B33 | 2,97 | 4,46 | 5,15 |
B34 | 0,85 | 1,43 | 1,72 |
S1.10 | 35,01 | 54,09 | 63,01 |
s1.10-s1.11 | 35,01 | 54,09 | 63,00 |
B36 | 2,19 | 3,95 | 4,81 |
Vila Inglesa | 2,08 | 3,82 | 4,67 |
S8.1 | 2,08 | 3,82 | 4,67 |
s8.1-s8.2 | 2,08 | 3,82 | 4,67 |
B37 | 2,27 | 3,63 | 4,26 |
B38 | 3,36 | 5,07 | 5,86 |
S8.2 | 3,78 | 6,36 | 7,71 |
s8.2-s8.3 | 3,77 | 6,36 | 7,71 |
B39 | 1,14 | 1,63 | 1,85 |
S8.3 | 4,73 | 7,08 | 8,17 |
B35 | 4,75 | 7,32 | 8,52 |
S1.11 | 43,78 | 67,27 | 78,23 |
s1.11-s1.12 | 43,77 | 67,26 | 78,22 |
B40 | 4,89 | 7,36 | 8,49 |
B41 | 1,73 | 2,95 | 3,55 |
S1.12 | 50,30 | 77,36 | 89,99 |
s1.12-s1.13 | 50,30 | 77,35 | 89,98 |
Exutório | Vazões de pico | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
B43 | 2,38 | 4,01 | 4,79 |
S9.1 | 2,38 | 4,01 | 4,79 |
s9.1-s9.2 | 2,38 | 4,01 | 4,78 |
B44 | 1,20 | 1,87 | 2,18 |
S9.2 | 3,42 | 5,65 | 6,71 |
B42 | 1,40 | 2,36 | 2,82 |
S1.13 | 54,12 | 83,68 | 97,50 |
6.1.1 Passagem 1 – Ponte na Avenida Capitão Tassaburu
• Forma circular – 3 tubulações de ϕ 600mm
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
1,20 | 1,80 | 0,50 | 0,26 | 0,43 | 0,60 | 0,70 | 2,71 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 2,46 |
50 | 2,09 |
10 | 1,30 |
A passagem atende somente às demandas hidrológicas para os períodos de retorno de 50 e de 10 anos.
6.1.2 Passagem 2 – Ponte na Rua Xxx Xxxxx xx Xxxxx
• Forma circular – tubulação de ϕ 2500mm
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,63 | 2,50 | 0,00 | 0,50 | 8,10 | 1,96 | 4,70 | 0,51 | 1,65 | 3,43 | 1,20 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 8,10 |
50 | 7,02 |
10 | 4,68 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno
estudados.
6.1.3 Passagem 3 – Ponte entre Rua Xxx Xxxxx xx Xxxxx e Avenida Xxxxxxx Xxxxxxxxx
• Forma retangular – 3,90m de largura x 1,50m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,40 | 1,40 | 0,00 | 0,00 | 8,10 | 3,90 | 3,90 | 1,48 | 1,48 | 2,73 | 0,76 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 8,10 |
50 | 7,02 |
10 | 4,68 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.4 Passagem 4 – Ponte na Rua Sagrada Família
• Forma retangular – 2,50m de largura x 1,30m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,41 | 1,20 | 0,00 | 0,00 | 8,10 | 2,50 | 3,20 | 1,79 | 2,70 | 3,17 | 1,02 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 8,10 |
50 | 7,02 |
10 | 4,68 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.5 Passagem 5 – Ponte na Avenida Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxx
• Forma retangular – 6,90m de largura x 3,00m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,89 | 2,90 | 0,00 | 1,00 | 22,53 | 6,90 | 3,70 | 1,18 | 1,13 | 3,18 | 1,03 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 22,53 |
50 | 19,22 |
10 | 12,19 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.6 Passagem 6 – Ponte na Rua Xxxxxxxx Xxxxxx
• Forma retangular – 5,10m de largura x 2,70m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,64 | 2,60 | 0,00 | 0,50 | 22,53 | 5,10 | 4,52 | 1,46 | 1,70 | 3,51 | 1,26 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 22,53 |
50 | 19,22 |
10 | 12,19 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.7 Passagem 7 – Ponte na Rua Oitenta e Cinco
• Forma retangular – 4,90m de largura x 3,10m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
3,09 | 3,00 | 0,00 | 0,50 | 28,84 | 4,90 | 5,00 | 1,42 | 1,96 | 3,87 | 1,52 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 28,84 |
50 | 24,54 |
10 | 15,45 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.8 Passagem 8 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxx
• Forma retangular – 7,70m de largura x 2,80m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,72 | 2,70 | 0,00 | 0,50 | 28,84 | 7,70 | 6,00 | 1,44 | 1,39 | 3,32 | 1,13 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 28,84 |
50 | 24,54 |
10 | 15,45 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.9 Passagem 9 – Ponte na Rua Xxxxxxx Xxxxxxx
• Forma retangular – 3,30m de largura x 0,75m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
0,70 | 0,70 | 0,00 | 0,00 | 2,99 | 3,30 | 3,30 | 1,29 | 1,29 | 2,07 | 0,44 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 2,99 |
50 | 2,48 |
10 | 1,42 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.10 Passagem 10 – Ponte na Avenida Dr. Januário
• Forma retangular – 3,25m de largura x 1,65m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
0,70 | 0,60 | 0,00 | 0,50 | 2,99 | 3,20 | 6,00 | 0,67 | 1,56 | 2,09 | 0,45 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 2,99 |
50 | 2,48 |
10 | 1,42 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.11 Passagem 11 – Ponte na Travessa Benedito da Costa Manso
• Forma retangular – 4,90m de largura x 1,90m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,52 | 2,42 | 0,70 | 9,31 | 4,90 | 1,90 | 34,30 | 3,68 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 34,30 |
50 | 29,22 |
10 | 18,45 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.12 Passagem 12 – Ponte na Travessa Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx
• Forma retangular – 6,40m de largura x 2,10m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,25 | 2,00 | 0,00 | 0,50 | 34,30 | 6,40 | 9,00 | 1,50 | 2,68 | 3,75 | 1,43 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 34,30 |
50 | 29,22 |
10 | 18,45 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.13 Passagem 13 – Ponte na Rua Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxx
• Forma retangular – 5,50m de largura x 3,80m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
3,75 | 3,70 | 0,00 | 0,00 | 34,30 | 5,50 | 6,50 | 1,41 | 1,69 | 3,94 | 1,58 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 34,30 |
50 | 29,22 |
10 | 18,45 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.14 Passagem 14 – Ponte do Mercado Municipal
• Forma retangular – 5,30m de largura x 2,10m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,16 | 2,26 | 0,70 | 11,13 | 5,30 | 2,10 | 36,50 | 3,28 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 48,91 |
50 | 41,67 |
10 | 26,38 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.15 Passagem 15 – Ponte na Rua Dr. Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxx
• Forma retangular – 7,70m de largura x 2,80m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,84 | 2,70 | 0,00 | 0,50 | 48,91 | 7,70 | 8,80 | 1,68 | 2,35 | 3,96 | 1,60 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 48,91 |
50 | 41,67 |
10 | 26,38 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.16 Passagem 16 – Ponte na Travessa Xxxxxxxx Xxxxxxxx
• Forma retangular – 4,80m de largura x 2,00m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,25 | 1,90 | 0,00 | 0,50 | 26,38 | 4,80 | 8,20 | 1,26 | 2,89 | 3,78 | 1,46 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 48,91 |
50 | 41,67 |
10 | 26,38 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.17 Passagem 17 – Ponte na Rua Dr. Reid
• Forma retangular – 10,50m de largura x 3,80m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,12 | 2,00 | 0,00 | 0,50 | 48,91 | 10,50 | 12,00 | 1,77 | 2,33 | 3,58 | 1,30 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 48,91 |
50 | 41,67 |
10 | 26,38 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.18 Passagem 18 – Passarela de Pedestres sobre o Córrego Capivari
• Forma retangular – 6,50m de largura x 2,70m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,43 | 3,13 | 0,70 | 12,15 | 4,50 | 2,70 | 48,91 | 4,03 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 48,91 |
50 | 41,67 |
10 | 26,38 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.19 Passagem 19 – Ponte na Rua Xxxxxxxxx xx Xxxxxxxx
• Forma trapezoidal – 5,75m de largura x 2,15m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,39 | 2,49 | 0,70 | 9,66 | 4,60 | 2,10 | 35,00 | 3,62 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 48,91 |
50 | 41,67 |
10 | 26,38 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.20 Passagem 20 – Ponte na Rua Frei Xxxxxxx Xxxxxxx
• Forma retangular – 4,50m de largura x 2,50m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,56 | 1,50 | 0,00 | 0,00 | 12,05 | 4,50 | 5,50 | 1,40 | 1,79 | 2,97 | 0,90 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 12,05 |
50 | 10,11 |
10 | 6,08 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.21 Passagem 21 – Ponte da Linha Férrea
• Forma retangular – 5,60m de largura x 3,50m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,54 | 1,50 | 0,00 | 0,50 | 12,05 | 5,60 | 6,00 | 1,16 | 1,43 | 2,76 | 0,78 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 12,05 |
50 | 10,11 |
10 | 6,08 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.22 Passagem 22 – Ponte na Rua Dr. Januário Miraglia
• Forma retangular – 4,10m de largura x 2,90m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,56 | 1,50 | 0,00 | 0,00 | 12,05 | 4,10 | 4,50 | 1,73 | 1,96 | 3,07 | 0,96 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 12,05 |
50 | 10,11 |
10 | 6,08 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.23 Passagem 23 – Ponte na Rua Neme S. Najar
• Forma retangular – 8,10m de largura x 2,80m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,96 | 2,70 | 0,00 | 0,50 | 58,78 | 8,10 | 12,00 | 1,47 | 2,69 | 4,14 | 1,75 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 58,78 |
50 | 50,32 |
10 | 32,32 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.24 Passagem 24 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxxxxxx Xx.
• Forma retangular – 10,00m de largura x 1,50m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,41 | 1,91 | 0,70 | 3,15 | 2,10 | 1,50 | 10,30 | 3,27 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 12,33 |
50 | 10,30 |
10 | 6,08 |
A passagem atende somente às demandas hidrológicas para os períodos de retorno de 50 e de 10 anos.
6.1.25 Passagem 25 – Passarela de Pedestres sobre o Capivari
• Forma trapezoidal – 12,50m de largura x 2,70m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,98 | 2,60 | 0,00 | 0,50 | 69,48 | 8,50 | 13,00 | 1,61 | 3,14 | 4,31 | 1,90 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 69,48 |
50 | 59,24 |
10 | 37,57 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.26 Passagem 26 – Ponte na Alameda 20
• Forma trapezoidal – 7,20m de largura x 2,70m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,88 | 2,60 | 0,00 | 0,00 | 41,27 | 5,40 | 8,00 | 1,79 | 2,94 | 4,22 | 1,87 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 76,15 |
50 | 64,97 |
10 | 41,27 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.27 Passagem 27 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxxxxx
• Forma retangular – 9,90m de largura x 3,40m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
3,49 | 3,30 | 0,00 | 0,50 | 76,15 | 9,90 | 15,00 | 1,30 | 2,33 | 4,23 | 1,82 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 76,15 |
50 | 64,97 |
10 | 41,27 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.28 Passagem 28 – Ponte na Avenida Xxxx xx Xxxxxxxx Xxxxx
• Forma trapezoidal – 15,50m de largura x 2,50m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,52 | 2,40 | 0,00 | 0,50 | 76,15 | 12,20 | 13,00 | 2,12 | 2,60 | 3,94 | 1,58 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 76,15 |
50 | 64,97 |
10 | 41,27 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.29 Passagem 29 – Ponte na Rua Xxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxxxx
• Forma retangular – 8,30m de largura x 3,00m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
3,14 | 2,90 | 0,00 | 0,50 | 97,45 | 8,30 | 9,00 | 3,45 | 4,05 | 4,87 | 2,41 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 97,45 |
50 | 83,12 |
10 | 52,72 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.30 Passagem 30 – Ponte na Praça Xxxxxx Xxxxx
• Forma trapezoidal – 10,00m de largura x 2,30m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,24 | 2,54 | 0,70 | 14,95 | 6,50 | 2,30 | 52,72 | 3,53 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 97,45 |
50 | 83,12 |
10 | 52,72 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.31 Passagem 31 – Ponte na Rua Três Chaminés
• Forma retangular – 10,00m de largura x 2,00m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,84 | 2,84 | 0,70 | 21,00 | 10,00 | 2,10 | 83,14 | 4,16 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 97,45 |
50 | 83,12 |
10 | 52,72 |
A passagem atende somente às demandas hidrológicas para os períodos de retorno de 50 e de 10 anos.
6.1.32 Passagem 32 – Ponte na Alameda das Grinaldas
• Forma retangular – 9,80m de largura x 3,60m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
3,76 | 3,50 | 0,00 | 0,50 | 108,23 | 9,80 | 11,00 | 2,24 | 3,16 | 4,77 | 2,32 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 108,23 |
50 | 92,35 |
10 | 58,64 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.33 Passagem 33 – Ponte na Avenida Engenheiro Prudente de Morais
• Forma trapezoidal – 8,90m de largura x 2,50m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,01 | 2,51 | 0,70 | 18,75 | 7,30 | 2,50 | 59,99 | 3,53 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 97,45 |
50 | 83,12 |
10 | 52,72 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.34 Passagem 34 – Ponte na Rua Profª Xxxx X. Richier
• Forma retangular – 2,70m de largura x 1,40m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,39 | 1,30 | 0,00 | 0,50 | 12,05 | 5,00 | 6,00 | 1,29 | 1,85 | 2,87 | 0,84 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 12,05 |
50 | 10,11 |
10 | 6,08 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.35 Passagem 35 – Ponte na Rua Escócia
• Forma retangular – 4,50m de largura x 1,20m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,08 | 1,33 | 0,60 | 5,63 | 4,50 | 1,25 | 12,05 | 2,14 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 12,05 |
50 | 10,11 |
10 | 6,08 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.36 Passagem 36 – Ponte da Represa Itatinga
• Forma retangular – 4,30m de largura x 3,00m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,92 | 2,90 | 0,00 | 0,00 | 7,81 | 4,30 | 15,00 | 0,18 | 0,63 | 2,61 | 0,70 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 7,81 |
50 | 6,39 |
10 | 3,00 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.37 Passagem 37 – Ponte na Monte Carlo, próxima à Represa Itatinga
• Forma retangular – 5,30m de largura x 1,90m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,80 | 1,80 | 0,00 | 0,00 | 7,81 | 5,30 | 5,50 | 0,79 | 0,82 | 2,44 | 0,60 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 7,81 |
50 | 6,39 |
10 | 3,00 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.38 Passagem 38 – Ponte entre a Rua Monte Carlo e a Rua Epaminondas de Xxxxx Xxxxxxx
• Forma retangular – 4,20m de largura x 2,20m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,11 | 2,10 | 0,00 | 0,00 | 5,30 | 4,20 | 6,00 | 0,42 | 0,60 | 2,31 | 0,55 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 5,30 |
50 | 4,30 |
10 | 2,30 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.39 Passagem 39 – Ponte na Rua Comendador Xxxx Xxxxxxx
• Forma retangular – 9,50m de largura x 1,10m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,03 | 1,00 | 0,00 | 0,00 | 8,32 | 9,50 | 16,00 | 0,50 | 0,88 | 2,05 | 0,43 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 8,32 |
50 | 6,83 |
10 | 3,79 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.40 Passagem 40 – Ponte na Rua 1
• Forma trapezoidal – 4,90m de largura x 0,45m de altura
h1(m) | h2(m) | Cd | A(m²) | B(m) | H(m) | Q(m³/s) | V(m/s) |
0,18 | 0,63 | 0,70 | 1,94 | 4,30 | 0,45 | 3,79 | 1,96 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 8,32 |
50 | 6,83 |
10 | 3,79 |
A passagem atende somente à demanda hidrológica para o período de retorno de 10 anos.
6.1.41 Passagem 41 – Ponte na Rua Rômulo F. Beré
• Forma trapezoidal – 3,40m de largura x 1,10m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,03 | 1,00 | 0,00 | 0,50 | 2,81 | 3,40 | 7,00 | 0,36 | 0,83 | 2,01 | 0,41 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 2,81 |
50 | 2,35 |
10 | 1,40 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.42 Passagem 42 – Rua Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxx
• Forma retangular – 5,80m de largura x 1,20m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
1,10 | 1,10 | 0,00 | 0,00 | 5,30 | 5,80 | 5,80 | 0,83 | 0,83 | 2,08 | 0,44 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 5,30 |
50 | 4,30 |
10 | 2,30 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.43 Passagem 43 – Avenida Xxxx X. Gonçalves
• Forma retangular – 4,80m de largura x 2,80m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,70 | 2,70 | 0,00 | 0,00 | 16,55 | 4,80 | 4,80 | 1,28 | 1,28 | 3,23 | 1,07 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 16,55 |
50 | 13,89 |
10 | 8,30 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.1.44 Passagem 44 – Rua Dr. Djalma Forjaz
• Forma retangular – 2,50m de largura x 2,20m de altura
y1(m) | y2(m) | m2(H/V) | m1(H/V) | X(xx/x) | X0(x) | X0(x) | X0(x/x) | X0(x/x) | Xx(x/x) | yc(m) |
2,36 | 2,30 | 0,00 | 0,80 | 15,80 | 4,80 | 5,00 | 0,97 | 1,43 | 3,18 | 1,03 |
• Demanda Hidrológica
Tr (anos) | Q (m³/s) |
100 | 15,80 |
50 | 13,22 |
10 | 7,84 |
A passagem atende às demandas hidrológicas para os três períodos de retorno estudados.
6.2 Cenário tendencial
O cenário tendencial, também denominado cenário futuro, representa as condições de uso e ocupação do solo para o horizonte de 20 anos (2037) e, consequentemente, da impermeabilização do solo e ampliação dos picos de vazão, sem a implantação das medidas de controle propostas pelo Plano.
Os resultados das simulações hidrológicas são apresentados na Tabela 4.
Tabela 4 – Resultados das simulações hidrológicas – cenário tendencial
Exutório | Vazões de pico (m3/s) | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
B1 | 3,18 | 5,00 | 5,84 |
B3 | 4,81 | 6,93 | 7,89 |
B2 | 2,12 | 3,23 | 3,75 |
S2.1 | 2,12 | 3,23 | 3,75 |
s2.1-s2.2 | 2,12 | 3,23 | 3,75 |
S2.2 | 6,73 | 9,84 | 11,26 |
B4 | 1,10 | 1,61 | 1,85 |
S1.1 | 8,20 | 12,13 | 13,93 |
s1.1-s1.2 | 8,20 | 12,13 | 13,92 |
B6 | 2,09 | 3,22 | 3,74 |
B5 | 1,03 | 1,49 | 1,69 |
S1.2 | 11,22 | 16,67 | 19,17 |
s1.2-s1.3 | 11,21 | 16,66 | 19,16 |
B9 | 2,44 | 3,95 | 4,67 |
B8 | 3,36 | 5,07 | 5,85 |
S3.1 | 3,36 | 5,07 | 5,85 |
s3.1-s3.2 | 3,36 | 5,06 | 5,85 |
S3.2 | 4,16 | 6,38 | 7,41 |
B7 | 1,93 | 2,85 | 3,27 |
S1.3 | 16,64 | 24,97 | 28,80 |
s1.3-s1.4 | 16,64 | 24,96 | 28,79 |
B11 | 0,60 | 1,05 | 1,28 |
B12 | 0,59 | 1,02 | 1,23 |
S4.1 | 1,18 | 2,05 | 2,49 |
s4.1-s4.2 | 1,18 | 2,05 | 2,48 |
B13 | 0,79 | 1,19 | 1,38 |
S4.2 | 1,81 | 3,04 | 3,63 |
B14 | 2,98 | 4,50 | 5,21 |
B10 | 0,61 | 0,81 | 0,91 |
S1.4 | 21,46 | 32,57 | 37,71 |
s1.4-s1.5 | 21,46 | 32,56 | 37,70 |
B16 | 0,99 | 1,50 | 1,74 |
B15 | 0,31 | 0,43 | 0,48 |
S1.5 | 22,39 | 33,98 | 39,35 |
s1.5-s1.6 | 22,38 | 33,98 | 39,34 |
B18 | 1,92 | 2,77 | 3,15 |
B19 | 2,14 | 3,02 | 3,42 |
S5.1 | 3,99 | 5,70 | 6,47 |
Exutório | Vazões de pico (m3/s) | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
s5.1-s5.2 | 3,99 | 5,70 | 6,47 |
B20 | 1,55 | 2,22 | 2,52 |
S5.2 | 5,53 | 7,91 | 8,99 |
B17 | 1,01 | 1,41 | 1,59 |
S1.6 | 26,76 | 40,43 | 46,73 |
s1.6-s1.7 | 26,74 | 40,41 | 46,71 |
B22 | 2,07 | 3,69 | 4,49 |
B23 | 0,52 | 0,74 | 0,83 |
S6.1 | 2,07 | 3,69 | 4,49 |
s6.1-s6.2 | 2,07 | 3,69 | 4,49 |
B25 | 2,10 | 3,39 | 4,00 |
B24 | 0,89 | 1,28 | 1,46 |
Itatinga | 3,42 | 5,75 | 6,86 |
S6.2 | 3,42 | 5,75 | 6,86 |
s6.2-s6.3 | 3,42 | 5,75 | 6,86 |
B26 | 4,63 | 6,63 | 7,52 |
S6.3 | 6,63 | 9,93 | 11,46 |
B21 | 4,40 | 6,65 | 7,68 |
S1.7 | 34,87 | 52,24 | 60,22 |
s1.7-s1.8 | 34,87 | 52,23 | 60,21 |
B28 | 7,27 | 10,34 | 11,72 |
B27 | 0,85 | 1,32 | 1,54 |
S1.8 | 41,66 | 62,20 | 71,61 |
s1.8-s1.9 | 41,66 | 62,19 | 71,61 |
B30 | 5,38 | 8,67 | 10,22 |
B31 | 2,91 | 4,69 | 5,54 |
S7.1 | 7,13 | 11,50 | 13,56 |
s7.1-s7.2 | 7,13 | 11,50 | 13,56 |
B32 | 0,71 | 1,12 | 1,32 |
S7.2 | 7,80 | 12,57 | 14,81 |
B29 | 0,91 | 1,27 | 1,43 |
S1.9 | 45,33 | 68,10 | 78,60 |
s1.9-s1.10 | 45,31 | 68,09 | 78,59 |
B33 | 2,97 | 4,46 | 5,15 |
B34 | 0,85 | 1,43 | 1,72 |
S1.10 | 48,19 | 72,39 | 83,53 |
s1.10-s1.11 | 48,18 | 72,37 | 83,52 |
B36 | 2,19 | 3,95 | 4,81 |
Vila Inglesa | 2,19 | 3,94 | 4,80 |
Exutório | Vazões de pico (m3/s) | ||
Tr 10 anos | Tr 50 anos | Tr 100 anos | |
S8.1 | 2,19 | 3,94 | 4,80 |
s8.1-s8.2 | 2,19 | 3,94 | 4,80 |
B37 | 2,27 | 3,63 | 4,26 |
B38 | 3,36 | 5,07 | 5,86 |
S8.2 | 4,07 | 6,94 | 8,32 |
s8.2-s8.3 | 4,07 | 6,94 | 8,32 |
B39 | 1,14 | 1,63 | 1,85 |
S8.3 | 4,73 | 7,22 | 8,64 |
B35 | 4,75 | 7,32 | 8,52 |
S1.11 | 56,24 | 84,45 | 97,46 |
s1.11-s1.12 | 56,23 | 84,44 | 97,45 |
B40 | 4,89 | 7,36 | 8,49 |
B41 | 2,58 | 4,19 | 4,96 |
S1.12 | 63,42 | 95,45 | 110,25 |
s1.12-s1.13 | 63,41 | 95,44 | 110,24 |
B43 | 2,38 | 4,01 | 4,79 |
S9.1 | 2,38 | 4,01 | 4,79 |
s9.1-s9.2 | 2,38 | 4,01 | 4,78 |
B44 | 1,20 | 1,87 | 2,18 |
S9.2 | 3,42 | 5,65 | 6,71 |
B42 | 1,76 | 2,87 | 3,39 |
S1.13 | 67,16 | 101,61 | 117,58 |
6.3 Cenários Alternativos
Os cenários alternativos de planejamento utilizam os dados do cenário tendencial de crescimento populacional e uso e ocupação do solo, porém, com as interferências do controle de escoamento das águas pluviais. Estes cenários objetivam estimar os efeitos das diversas alternativas de controle estudadas, considerando as medidas estruturais e não estruturais propostas.
Os itens seguintes apresentam medidas estruturais e não estruturais comumente utilizadas em cidades brasileiras e que podem vir a ser implantadas no município de Campos do Jordão.
Medidas estruturais são aquelas que se utilizam da construção de estruturas hidráulicas a fim de reduzir o impacto das inundações. Essas obras podem ser:
• Extensivas: agem ao longo de toda a bacia procurando modificar a relação precipitação/vazão.
• Intensivas: agem no rio diretamente, podendo alterar seu escoamento ou modificar seu curso.
6.3.1 Reservatórios de detenção
Reservatórios são exemplos de medida estrutural intensiva, cuja função é reter temporariamente parte do volume escoado pelo curso d’água ao qual ele está interligado, reduzindo a vazão de pico do mesmo e aumentando o tempo de concentração da bacia.
Por suas caraterísticas estruturais um reservatório pode ser definido como:
• In line: construído no próprio fundo de vale do curso d’água;
• Off line: construído lateralmente ao curso d’água;
• Seco: contêm água apenas à base do escoamento excessivo do rio, sendo que sua estrutura pode ter outras finalidades quando não está em uso;
• Molhado: permanece sempre com um volume de água, tendo múltiplas funções além da diminuição da vazão do curso d’água.
O hidrograma da Figura 17 demonstra o amortecimento da vazão máxima.
Figura 17 - Gráfico Vazão x Tempo demonstrando o hidrograma amortecido Fonte: TUCCI (2000)
Os reservatórios de Itatinga, no córrego Abernéssia e Vila Inglesa, no ribeirão das Perdizes, foram estudados para verificação da possibilidade de realização de escavação para aumento do volume de reservação e redução das vazões máximas.
A simulação de escavação dos reservatórios fez-se baseando-se nos seguintes critérios:
Tabela 5 – Critérios de escavação dos reservatórios existentes
Reservatório Critério | Itatinga | Vila Inglesa |
Inclinação dos taludes | 2:1 | 2:1 |
Cota de topo | 1632 | 1621 |
Cota de fundo | 1628 | 1616 |
A cota de topo do reservatório Itatinga foi definida pela cota da ponte 38, rua Monte Carlo. A cota de fundo sob a ponte 36, rua Xxxx Xxxx, foi definida com escavação de 0,80 metros do fundo.
A cota de topo do reservatório Vila Velha foi definida pela cota da ponte 41. A cota de fundo foi definida pela cota de fundo logo a montante do vertedor.
O relatório técnico 5.3 apresenta a situação atual dos reservatórios de detenção em questão, de onde foram baseadas as propostas de adequação dos mesmos. Para o reservatório Itatinga foram simulados a construção de uma barragem (Tabela 6) e para o reservatório Vila Velha a adequação das estruturas existentes (Tabela 7).
Tabela 6 – Simulação do Reservatório Itatinga
Altura da barragem (m) | 4,00 |
Saída de fundo | ɸ = 0,60 m |
Soleira do vertedor em relação ao fundo (m) | 3,00 |
Tipo de vertedor | retangular |
Largura do vertedor (m) | 5,00 |
Tabela 7 – Simulação do Reservatório Vila Inglesa
Altura da barragem (m) | 5,00 |
Saída de fundo | ɸ = 0,50 m |
Soleira do vertedor em relação ao fundo (m) | 4,00 |
Tipo de vertedor | Retangular |
Largura do vertedor (m) | 6,00 |
6.3.2 Modificação da calha do rio
O processo de modificar a calha de um rio significa melhorar as condições de escoamento alterando a seção geométrica do canal, declividade e a rugosidade das paredes e do fundo, de modo possibilitar o rebaixamento da linha d’água das cheias e promover.
Embora seja um método amplamente utilizado, antes da sua implementação o caso deve ser estudado com afinco, uma vez que essa mudança pode acarretar diversas mudanças nas regiões à jusante do curso d’água.
A canalização também produz o aumento da velocidade e, consequentemente, do transporte de grandes volumes de sólidos, os quais podem ocasionar dificuldades à jusante.
Além do incremento no volume de sólidos, as velocidades elevadas afetam as ondas de enchentes, podendo fazer coincidir as descargas críticas do curso principal com a de seus afluentes, de forma diversa a que ocorreria naturalmente, ampliando as vazões máximas.
Neste estudo propõe-se a canalização do ribeirão Capivari. Os trechos e as seções geométricas foram definidas em função das vazões calculadas para o cenário tendencial (futuro), dimensão das pontes existentes, largura e profundidade disponíveis e pontos críticos de inundação. As seções propostas para cada trecho são apresentadas a seguir.
6.3.2.1 Trecho 1 – Canal retangular em concreto, entre a rua Xxxxxxxxx Xxxxxx (Vila Matilde) e travessa Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx (Abernéssia).
Seção retangular: 5,30m x 3,00m.
b(m) | yo(m) | Ao(m2) | P(m) | Rh(m) | n | Q(m3/s) | So (m/m) | V(m/s) |
5,3 | 2,87 | 15,20 | 11,03 | 1,38 | 0,018 | 46,73 | 0,002 | 3,08 |
6.3.2.2 Trecho 2 – Canal retangular em concreto, entre a travessa Xxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx (Abernéssia) e rua Xxxxxxxxx X. xx Xxxxxxxx (Xxxx Xxxxxx).
Seção retangular: 5,30m x 3,50m.
b(m) | yo(m) | Ao(m2) | P(m) | Rh(m) | n | Q(m3/s) | So (m/m) | V(m/s) |
5,30 | 3,37 | 17,88 | 12,05 | 1,48 | 0,018 | 57,80 | 0,002 | 3,23 |
6.3.2.3 Trecho 3 – Canal retangular em concreto, entre a rua Xxxxxxxxx
X. xx Xxxxxxxx (Xxxx Xxxxxx) e rua Neme S. Najar (Vila Jaguaribe).
Seção retangular: 6,00m x 3,50m.
b(m) | yo(m) | Ao(m2) | P(m) | Rh(m) | n | Q(m3/s) | So (m/m) | V(m/s) |
6,00 | 3,41 | 20,44 | 12,81 | 1,60 | 0,018 | 69,35 | 0,002 | 3,39 |
No ribeirão Capivari, no trecho entre a rua Neme S. Najar (Vila Jaguaribe) e a rua da Orla (Residêncial Jardim Véu da Noiva), é proposta a escavação e limpeza do fundo do ribeirão e de suas margens. A seção proposta para este trecho é apresentada a seguir:
6.3.2.4 Trecho 1 – Canal trapezoidal sem revestimento, entre a rua Neme S. Najar (Vila Jaguaribe) e a avenida Xxxx X. Gonçalves (Parque Central).
Seção trapezoidal: 8,00m x 3,50m.
b(m) | yo(m) | Ao(m2) | P(m) | Rh(m) | n | Q(m3/s) | So (m/m) | V(m/s) |
8,00 | 2,94 | 40,85 | 21,16 | 1,93 | 0,030 | 94,43 | 0,002 | 2,31 |
6.3.2.5 Trecho 2 – Canal trapezoidal sem revestimento, entre a avenida Xxxx X. Gonçalves (Parque Central) e a Alameda das Grinaldas (Residêncial Jardim Véu da Noiva).
Seção trapezoidal: 10,00 m x 3,50m.
b(m) | yo(m) | Ao(m2) | P(m) | Rh(m) | n | Q(m3/s) | So (m/m) | V(m/s) |
10,00 | 2,98 | 47,65 | 23,34 | 2,01 | 0,030 | 114,29 | 0,002 | 2,40 |
Onde:
b: xxxxxxx xx xxxx xx xxxxx xxx x xxxxx (x); x0: altura da linha d’água (m);
A0: área correspondente à altura da linha d’água (m²); P: perímetro molhado (m);
Rh: raio hidráulico (m);
n: rugosidade de Manning; Q: vazão (m³/s);
So: declividade do canal (m/m);
V: velocidade de escoamento da água no canal (m/s).
6.3.3 Adequação de travessias
É proposta a substituição de algumas pontes (travessias) que não atendem às vazões com período de retorno de 100 anos. As seções das pontes foram definidas em função da seção dos canais existentes e também dos canais propostos.
6.3.3.1 Ponte 1 – Ponte na Avenida Capitão Tassaburu, no córrego Piracuama
Seção retangular: 2,00m x 1,00m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
0,80 | 0,90 | 1,00 | 0,00 | 3,75 | 1,00 | 2,00 | 3,59 | 3,25 | 8,87 | 1,02 |
6.3.3.2 Ponte 14 – Ponte do Mercado Municipal, no ribeirão Capivari
Seção retangular: 5,30m x 3,50m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
2,87 | 2,85 | 0,00 | 0,00 | 57,80 | 5,30 | 5,30 | 3,80 | 3,82 | 4,75 | 2,30 |
6.3.3.3 Ponte 16 – Ponte na Travessa Xxxxxxxx Xxxxxxxx
Seção retangular: 5,30m x 3,50m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
3,36 | 2,80 | 0,00 | 0,00 | 57,80 | 8,20 | 5,30 | 2,10 | 3,89 | 4,75 | 2,30 |
6.3.3.4 Ponte 19 – Ponte na Rua Xxxxxxxxx xx Xxxxxxxx
Seção retangular: 6,00m x 3,50m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
2,72 | 2,50 | 0,00 | 0,00 | 57,80 | 6,50 | 6,00 | 3,27 | 3,85 | 4,56 | 2,11 |
6.3.3.5 Ponte 24 – Ponte na Rua Xxxxxx Xxxxxxxx Xx.
Seção retangular: 10,00m x 2,50m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
1,89 | 1,93 | 0,00 | 0,00 | 14,81 | 9,00 | 10,00 | 0,87 | 0,78 | 2,44 | 0,61 |
6.3.3.6 Ponte 26 – Ponte na Alameda 20
Seção retangular: 8,00m x 3,00m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
2,53 | 2,50 | 0,00 | 0,00 | 80,89 | 8,00 | 8,00 | 4,00 | 4,04 | 4,63 | 2,18 |
6.3.3.7 Ponte 30 – Ponte na Praça Xxxxxx Xxxxx
Seção retangular: 10,00m x 3,00m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
2,60 | 2,50 | 0,00 | 0,00 | 94,43 | 9,00 | 10,00 | 3,52 | 3,78 | 3,57 | 2,09 |
6.3.3.8 Ponte 31 – Ponte na Rua Três Chaminés
Seção retangular: 10,50m x 3,50m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
2,62 | 2,60 | 0,00 | 0,00 | 107,04 | 10,50 | 10,50 | 3,89 | 3,92 | 4,64 | 2,20 |
6.3.3.9 Ponte 33 – Ponte na Avenida Engenheiro Prudente de Morais
Seção retangular: 10,50m x 3,50m.
y1(m) | y2(m) | m1(H/V) | m2(H/V) | Q(m3/s) | B1(m) | B2(m) | V1(m/s) | V2(m/s) | Vc(m/s) | yc(m) |
2,86 | 2,60 | 0,00 | 0,00 | 107,04 | 10,00 | 10,50 | 3,31 | 3,92 | 4,64 | 2,20 |
Onde:
y1: altura dágua de montante (m); y2: altura dágua sob a ponte (m);
yc: altura crítica do canal sob a ponte (m);
m1: inclinação dos taludes do canal a montante (H/V);
m2: inclinação dos taludes do canal sob a ponte (H/V); Q: vazão (m³/s);
B1: largura da base do canal à montante da ponte (m); B2: largura equivalente da base do canal sob a ponte (m);
V1: velocidade de escoamento da água à montante da ponte (m/s); V2: velocidade de escoamento da água sob a ponte (m/s);
Vc: velocidade de escoamento crítica (m/s).
6.3.4 Infiltração
A infiltração tem grande importância quando se objetiva reduzir a vazão de escoamento superficial. Na maioria das cidades a falta de espaço dificulta a criação de áreas verdes onde a infiltração pudesse ocorrer, o que torna necessária a execução de novas alternativas de retardo do escoamento e também na incorporação de nova postura de utilização de materiais de pavimentação.
Alguns cuidados devem ser tomados com relação à infiltração da água no solo, uma vez que esta pode ocasionar elevação excessiva do lençol freático e acarretar diversos problemas como: deslizamento de taludes, trincas e rachaduras em pisos e paredes de residências, surgimento de manchas de umidade em paredes, interferência nas estruturas dos edifícios e contaminação do lençol freático por águas poluídas.
6.3.5 Interceptação Vegetal
Interceptação vegetal é a interferência que a cobertura vegetal promove na quantidade de água precipitada, retardando a sua chegada ao solo. Parte dessa água escoará pelos galhos, enquanto a outra parte irá evaporar, ou ainda re-precipitar no caso das folhas ficarem saturadas ou se houver corrente de vento.
O método retém a água em seu local de incidência, reduzindo o volume à jusante, favorecendo a expansão e conservação de áreas verdes e protegendo o solo contra erosão.
As características que influenciam nesse processo são: intensidade e volume da precipitação, volume e data da precipitação anterior, intensidade do vendo, umidade relativa e temperatura do ar, radiação solar, tipo e concentração da vegetação.
6.3.6 Parque Linear
Os Parques Lineares são estruturas construídas nas áreas urbanas que buscam conciliar os aspectos urbanos e os ambientais, além das exigências da legislação e a situação atual.
São constituídos por áreas lineares, comumente construídos em fundos de vale ao longo de cursos de rios, tendo funções tanto hidrológicas quanto urbanísticas de uso humano.
Das funções hidrológicas, as principais são: aumentar a área de várzea dos rios, evitar a ocupação irregular de áreas de preservação permanente (APP) e diminuir o grau de impermeabilização da bacia. Das funções de uso humano, tem-se que as principais são: disponibilizar locais para a realização de atividades de lazer, construção de caminhos de pedestres ou ciclovias.
No Plano Diretor Municipal é citada a necessidade em urbanizar áreas com ocupações irregulares, reurbanização das principais vilas e proteção de matas ciliares, ações estas que podem vir a ser atendidas por meio da criação do parque Linear.
As áreas disponibilizadas para a criação de um parque linear podem ainda servir de faixa de servidão para passagem dos coletores da rede de esgotamento sanitário, problemática esta observada no município e uso da área para este fim previsto na legislação municipal.
6.3.7 Diques e Pôlders
Diques, ou pôlders, são muros construídos lateralmente ao curso d’água de forma a elevar artificialmente a margem do rio, assim protegendo áreas ribeirinhas em cotas inferior ao nível d’água ou em locais em que a elevação do nível da água venha a inundar sua várzea.
É importante destacar que o risco de rompimento das estruturas devido a uma enchente maior que a de projeto está sempre presente, por esse motivo a construção de muros muito altos deve ser evitada.
A construção dos diques ou polders torna necessária a instalação de bombas na região, as quais deverão esgotar a água represada pela cota maior do rio. Essa água pode tanto ser proveniente de um extravasamento do córrego como da precipitação sobre as bacias laterais. Também é possível o uso de drenos ou comportas. Esse evento é ilustrado na Figura 18.
Figura 18 - Impacto da construção do dique
Fonte: TUCCI (2001)
6.3.8 Resultado das modelagens com adoção de Medidas estruturais para controle de cheias
Foram simulados os efeitos dos reservatórios de detenção e da canalização do ribeirão Capivari sobre as vazões máximas, para período de retorno de 100 anos.
Os reservatórios com simulação de escavação para ampliação do volume de reservação mostram-se eficientes na redução das vazões máximas no rio em que se encontram. A redução do pico de vazão é de 38% do reservatório Itatinga (Figura 19) e
de 80% do Vila Inglesa (Figura 20). Porém, não influenciam na redução das vazões do ribeirão Capivari, conforme observa-se na Tabela 8. Tal fato ocorre devido à área de contribuição relativamente pequena destes afluentes quando comparada com a bacia de todo o ribeirão Capivari.
Figura 19 – Redução de pico de vazão no Reservatório Itatinga