MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTAÇÃO URBANA COM PEDRAS IRREGULARES,
MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTAÇÃO URBANA COM PEDRAS IRREGULARES,
EXECUÇÃO DE CALÇADAS E DRENAGEM PLUVIAL
1. Objeto:
Especificação dos materiais, serviços e técnicas construtivas que serão empregados na execução da obra de PAVIMENTAÇÃO COM PEDRAS IRREGULARES na Avenida 07 de Outubro, trecho compreendido entre a Rua Xxxxxxx Xxxxxx e a Xxx 00 xx Xxxxxxxx, xxxxxxxxxxx xx Xxxxxxxx xx Xxxxxxxx xx Xxxxxxx, município de Rolador/RS, com área total a ser pavimentada igual a 5.660,00m² (cinco mil e seiscentos e sesenta metros quadrados), conforme projeto anexo.
O calçamento será do tipo pavimento flexível de pedras irregulares, cravadas de topo por percussão, justapostas, assentadas sobre subleito preparado com rejuntamento de agregado e argila. Deverá ser executado de forma que se obtenha seção transversal convexa (abaulada) para que as águas pluviais se desloquem com facilidade e rapidez, sempre observando declividade mínima de 3% em relação ao eixo da pista.
As calçadas serão executadas em concreto desempenado, devendo possuir superfície contínua, regular, sem trepidação e antiderrapante. Nos locais indicados no projeto gráfico deverão ser executadas as rampas de acesso, conforme preconiza a NBR 9050/2004.
2. Generalidades:
Quaisquer dúvidas, conflitos e incongruências entre as plantas, documentos e especificações deverão ser prontamente informados a Prefeitura Municipal, em tempo hábil legal, a qual tomará providências para elucidação ou adequação dos projetos;
Nenhuma alteração de projeto poderá ser executada sem autorização do seu autor.
Todas as medidas de segurança relativas à execução dos serviços contratados deverão ser tomadas, sejam elas de recursos humanos, dos
materiais e ferramentas, que deverão ser atendidas pela empresa executora, arcando com o ônus decorrente do não cumprimento das exigências legais pertinentes.
Todo e qualquer serviço deverá ser executado conforme estas especificações, satisfazendo as normas técnicas vigentes.
O Responsável Técnico da empresa executora deverá emitir Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) por todos os serviços necessários à execução dos serviços contratados, assim como declarar à contratante o conhecimento de todas as condições do local da obra, aceitação e submissão ao projeto e seus documentos complementares e que acompanhará e assumirá integral responsabilidade pela execução e segurança dos serviços e da obra contratada. A ordem de início dos serviços somente será fornecida se atendidas tais disposições.
3. Materiais:
Terra argilosa: FORNECIDA PELO MUNICÍPIO
Deverá ser utilizado solo argiloso, com coloração vermelha, vermelha escura ou marrom, isenta de matéria orgânica, galhos, pedregulhos ou qualquer outra matéria estranha à sua natureza geológica assim como ter umidade que permita boa compactação. A terra será destinada para a preparação da cancha de assentamento das pedras irregulares.
A contratante fornecerá a terra argilosa (terra vermelha) em caçambas para o preparo do leito (base), contenção do meio fio e passeio.
Pedras irregulares:
As pedras irregulares serão de natureza basáltica, com distribuição uniforme dos materiais constituintes, isentas de sinais de desagregação ou decomposição. Deverão ter forma de poliedros, de quatro a oito faces, com a superior plana, devendo a maior dimensão da face de rolamento ser inferior a altura da pedra quando definitivamente colocada, com diâmetro mínimo 8,0cm e máximo de 20cm.
Não serão aceitas pedras em forma de cunha. Pó de pedra:
Deverá ser utilizado pó de pedra basáltica para o preenchimento das juntas menores (rejuntamento) do assentamento da pavimentação de pedras irregulares.
Meios fios:
As peças de arenito utilizadas na confecção dos meios fios e travamentos nos finais das ruas deverão ser retangulares com as seguintes dimensões mínimas: largura entre 10cm e 12cm; altura mínima de 33cm e comprimento mínimo de 80cm .
4. Controle:
Todo material a ser empregado na obra deverá ser previamente aprovado pela fiscalização da obra.
Os serviços serão fiscalizados a qualquer momento pela fiscalização da obra a fim de verificar o fiel cumprimento dos serviços contratados.
Serviços rejeitados pela fiscalização deverão ser refeitos e os materiais em desacordo deverão ser substituídos pela contratada, imediatamente, após a rejeição.
A pavimentação não deverá ser executada quando o material do colchão estiver excessivamente molhado.
5. Equipamentos:
Motoniveladora ou trator de esteira leve e médio, com lâminas frontais; rolo liso, vibratório ou estático, de 10 toneladas, auto-propelido; caminhão basculante; caminhão pipa; ferramentas manuais; rolo vibratório pé de carneiro; trator de lâmina com carregadeira frontal ou equivalente.
6. Execução:
Sinalização da Obra:
A Contratada deverá fornecer todo material necessário para a sinalização da obra, com a denominação e endereço da empresa para contato.
Será de responsabilidade da Contratada caso algum veículo danifique o calçamento antes da liberação pela Prefeitura, para o tráfego.
Preparo do subleito: EXECUTADA PELO MUNICÍPIO
Quando necessário para a conformação do subleito, dentro dos perfis transversais, greide e alinhamentos previstos no projeto, o preparo do mesmo deverá ser feito, preferencialmente pelo aporte de material ou pela escarificação, patrolagem e compactação do subleito existente, evitando-se cortes.
Os serviços de nivelamento e marcação do greide serão executados com motoniveladora. Sempre que possível haverá compensação entre cortes e aterros, para que grandes deslocamentos de terra sejam evitados.
Quando o material for granular a compactação poderá ser realizada com rolo liso estático ou vibratório e quando argila, deverá ser com rolo pé de carneiro.
Eventuais manobras do equipamento de compactação que impliquem variações direcionais prejudiciais deverão ser realizadas fora da área de compactação. Já em locais inacessíveis ao equipamento ou onde seu emprego não seja recomendável, a compactação deverá ser executada com equipamentos portáteis, manuais ou mecânicos.
Assentamento dos meios fios:
Os meios fios deverão ser executados (conforme projeto) em ambos os lados da Avenida 07 de Outubro assim como no início e final do trecho a fim de melhorar o travamento e aumentar a durabilidade dos serviços.
A sua colocação deverá manter a regularidade de prumo, a concordância com as marcações de alinhamento e nível previamente estabelecidas no projeto.
As valas para o assentamento dos meios fios deverão ser abertas ao longo do subleito preparado, obedecendo rigorosamente o alinhamento, perfil e dimensões do projeto. O fundo das valas deverá ser regularizado e apiloado.
O material resultante da escavação deverá ser depositado na lateral, fora da plataforma.
Os meios fios laterais de contenção deverão ser assentados no fundo das valas, de forma que não apresentem falhas nem depressões para a face superior e que assumam alinhamento e nível do projeto, 15cm acima do calçamento, no máximo.
Aterro externo:
O aterro dos meios fios deverá ser apiloado no seu lado externo (calçadas), de forma que o meio fio fique fixo. A referida contenção deverá ser executada utilizando solo do local, formando triângulo de altura 15cm e base 1,00m, colocado atrás dos cordões, que deverão ser compactados com soquetes manuais ou utilizando rolo compressor, sempre observando o alinhamento das peças.
Quando concluída, a contenção deverá coincidir com a superfície dos
passeios.
Execução do colchão de assentamento:
A camada que receberá e distribuirá os esforços oriundos do tráfego e sobre a qual será assentado o revestimento de pedras irregulares compreende a execução de um colchão de terra argilosa pura, espalhada manualmente, devendo atingir espessura mínima de 20cm, coincidente com a superfície de projeto do calçamento.
A camada de terra argilosa (colchão) deverá obedecer e respeitar sempre os marcos topográficos, as indicações de cotas e caimentos da seção transversal.
A superfície rasada de terra deve ficar lisa e completa. Caso seja danificada antes do assentamento deverá ser reconstituída e rastelada.
Assentamento de pedra irregular:
Sobre o colchão de argila será feito o piqueteamento dos panos, com espaçamento de 1,00m no sentido transversal e 4,00m a 5,00m no sentido longitudinal, de modo a conformar o perfil projetado. Dessa forma, as linhas mestras formam um reticulado, o que facilita o assentamento e evita desvios em relação aos elementos do projeto. Nesta marcação verifica-se a declividade transversal e longitudinal.
Após, segue-se o assentamento das pedras, executado por cravação com as faces de rolamento planas cuidadosamente escolhidas.
No processo de cravação, realizada com martelo, as pedras deverão ficar entrelaçadas e unidas de modo que não coincidam as juntas vizinhas e que o travamento seja garantido. Não serão admitidas pedras soltas, sem contato direto
com as adjacentes, nem travamento feito com lascas, que terão a função apenas de preencher os vazios entre as pedras já travadas.
Rejuntamento:
Concluído o revestimento poliédrico, este deve ser coberto com uma camada de espessura mínima de 3cm de pó de pedra, o qual deverá ser bem espalhado a fim de preencher todos os vazios.
Compactação:
Depois do espalhamento do pó de pedra, deverá ser realizada a compactação com rolo compressor liso de 3 rodas ou do tipo tandem, de porte médio, com peso mínimo de 10 toneladas, ou ainda com rolo vibratório.
A rolagem deverá ser realizada no sentido longitudinal, progredindo dos bordos para o eixo da pista e deverá ser uniforme, executada de forma que, cada passada do rolo sobreponha metade da faixa já rolada, até completa fixação do calçamento (até que não haja movimentação das pedras pela passagem do rolo).
Não deverá ser permitido tráfego durante a execução da obra. Somente após a rolagem poderá ser permitido trânsito tanto de animais como de veículos.
Quaisquer irregularidades ou depressões que venham surgir durante a compactação, deverão ser corrigidas substituindo ou recolocando as pedras.
Na ocorrência individualizada de pedras soltas, estas deverão ser substituídas por peças maiores, cravadas com auxilio de soquete manual.
Deverá ser espalhada sobre a superfície de rolamento nova camada de 2cm de rejuntamento para rolagem final.
Calçada
A calçada ao longo da Avenida 07 de Outubro terá largura de 2,50 m e será executada em concreto desempenado (reguado).
O terreno deverá ser limpo, ficar livre de entulhos, tocos e raízes. Se necessário, aterrar com terra limpa e adequada para compactação. Sempre que possível, preservar as árvores existentes.
Gabaritar os níveis para garantir o caimento de 2% a 3% em relação à rua, apiloando energicamente com soquete. O caimento longitudinal deverá ser de, no máximo, 5%. A cota do piso acabado deverá estar no mínimo 15 cm acima do nível do calçamento.
Após a regularização do terreno será executado um lastro de brita de espessura igual a 3cm.
Seguindo o projeto da calçada, executar as juntas de dilatação com ripas de madeira distanciadas 1,50m, formando placas retangulares de 1,5m x 2,5m.
Executar a concretagem das placas de forma alternada: concreta uma e pula a outra, como um jogo de damas.
O concreto, com traço igual a 1:3:5 (ci:ar:br) - e rigoroso controle de quantidade de água da mistura- ou fck igual a 20 MPa, se for usinado, deverá ser lançado, sarrafeado e desempenado (em direção ao meio fio) com desempenadeira de madeira, de forma a obter uma superfície levemente áspera. A espessura da calçada deverá ser de 6,0cm sendo que nas áreas de acesso de veículos levesdeve- se inserir no concreto tela armada com malha 10x10cm, de aço Ø4,2mm.
Quando o concreto mostrar-se em condições de endurecimento inicial, as ripas de madeira das juntas de dilatação devem ser cuidadosamente retiradas e então, completa-se a concretagem das placas restantes.
Após a concretagem, manter o piso úmido por 4 dias, evitando o trânsito sobre a calçada.
Deverão ser observadas as normas técnicas vigentes de execução do concreto in loco assim como as de acessibilidade previstas pela ABNT, na NBR 9050/04 (rebaixamento de calçada para travessia de pedestres com localização conforme projeto gráfico).
Os rebaixamentos das calçadas receberão sinalização tátil no piso, ou seja, serão instaladas placas de piso tátil de alerta, na cor amarela, com largura de 30cm e distante 50cm do término da rampa (ver prancha 2).
Nas vistorias parciais, a fiscalização só receberá os serviços quando do atendimento deste item, concomitante com o pavimento.
Sinalização Vertical: EXECUTADA PELO MUNICÍPIO
As placas de identificação nominal de ruas e de parada obrigatória serão instaladas posteriormente à pavimentação, e ficará a cargo da Prefeitura Municipal de Rolador.
Para a confecção das placas de sinalização de parada obrigatória e identificação nominal de ruas será utilizado aço galvanizado, e a pintura será com tinta esmalte sintética semifosca.
O suporte para as placas será com coluna simples. Nas placas de parada obrigatória o suporte será de madeira imunizada e nas de identificação nominal de ruas será de tubo galvanizado.
A pintura e o posicionamento das placas serão conforme projeto (de acordo com o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, volume I).
Drenagem Pluvial:
Para captação e condução das águas pluviais serão executadas oito bocas de lobo retangulares do tipo “máxima eficiência” (padrão DEP), com as dimensões: comprimento: 0,76m; largura: 0,80m e profundidade: 0,90m. Serão construídas sobre um lastro de brita com de espessura mínima 0,05 m e contrapiso em concreto de no mínimo 0,07m de espessura. Este fundo terá declividade de 2% em direção ao coletor pluvial.
As paredes laterais e de fundo serão construídas em alvenaria de tijolos maciços de primeira com 0,15m. A parede frontal será construída com alvenaria de tijolo maciço de 0,25m. Os tijolos serão assentados com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, sendo o reboco interno da mesma argamassa. Em continuidade ao meio fio e em frente às bocas de lobo serão colocados espelhos de concreto padronizado (DEP). Por este espelho é feita captação vertical na direção do meio fio e horizontal pela fenda junto à calha do pavimento, com 0,06m de largura. O pavimento deverá ser rebaixado junto às bordas do espelho para haver a captação desejada.
O fechamento das bocas de lobo junto à calçada será feito por laje de concreto armado de 1,00m x 0,70m x 0,07m. Deve ficar espaço livre de 0,01m ao redor da laje superior, que não deverá ser rejuntada, possibilitando sua remoção.
A ligação das bocas de lobo à rede coletora pluvial será feita no poço de visita, através de tubos de concreto de diâmetro 400 mm ou de 600mm, conforme especificação em planta, tipo macho-e-fêmea, classe PS1 no trecho entre a BL 02-
04 e classe PA1 nas travessias da Avenida e trecho ligando as BL 04-06-08 e ainda no trecho final (40,00 metros), com inclinação de 2% em todos os trechos. Os tubos deverão ter recobrimento de terra nas valas de no mínimo 1,00m, tomando como parâmetro o nível superior da boca de lobo, conforme detalhado no projeto.
Serão instalados tubos na transversal da Avenida de modo a conectar as bocas de lobo, conforme projeto. A inclinação desta tubulação será de 2% para o sentido do escoamento, conforme projeto gráfico. A rede pluvial terá, partindo da boca de lobo 05, uma extensão de 40,00 m ao noroeste. Para evitar erosão do solo, será executada pelo Município, caixa de brita no final do trecho.
Limpeza:
Durante a execução da obra e, especialmente após a conclusão dos serviços, deverão ser retirados entulhos e restos de materiais para vistoria da fiscalização.
A prefeitura não liberará o total do trecho se houver vestígio de obra.
7. Observações:
Em todas as etapas deverão ser atendidas as normas técnicas aplicáveis, sendo de exclusiva responsabilidade da empresa executora eventuais correções por falhas executivas do serviço.
A empresa deverá manter na obra o Diário de Obras, no qual serão registradas todas as ocorrências relevantes durante o andamento dos serviços.
O trânsito será liberado somente após o recebimento da obra pelo corpo técnico da Prefeitura Municipal.
Xxxxxxx, RS, 19 de maio de 2014.