INCENTIVOS NA REGULAMENTAÇÃO PODEM SER CHAVE PARA ELETRIFICAÇÃO
INCENTIVOS NA REGULAMENTAÇÃO PODEM SER CHAVE PARA ELETRIFICAÇÃO
Vamos mudar isso?
A regulamentação do sistema de transporte público por ônibus gera obstáculos para adoção da eletromobilidade.
Os contratos devem:
• garantir a competitividade;
• reduzir a emissão de poluentes;
• incorporar novas tecnologias;
• aprimorar a qualidade do serviço.
Confira como esses elementos são considerados nos contratos de 13 capitais brasileiras
para incentivar a eletrificação da frota ou continuar estimulando a utilização de frotas movidas a diesel
CONTRATOS VIGENTES EM 13 CAPITAIS
Belém | em licitação* |
Belo Horizonte | 2008 |
Brasília | 2012 |
Curitiba | 2010 |
Fortaleza | 2012 |
Goiânia | 2008 |
Manaus | 2011 |
Porto Alegre | 2015 |
Recife | 2013 |
Rio de Janeiro | 2010 |
Salvador | 2014 |
São Paulo | 2019 |
Teresina | 2014 |
*Dentre as cidades analisadas, Belém
é a única cujo contrato não se encontra ainda vigente, tendo sido analisado o seu edital de licitação.
PERÍODO DOS CONTRATOS
77% das cidades têm contratos com duração superior a 15 anos. O número sobe para 92% considerando também o tempo possível de prorrogação.
Curitiba, Fortaleza, Recife e Teresina têm contratos com duração máxima de 15 anos;
O edital de licitação do contrato de Belém tem prorrogação máxima por mais 6 anos.
INCENTIVOS AMBIENTAIS
38% dos contratos não especificam o tipo de tecnologia veicular a ser utilizada, por exemplo Euro III, Euro V, híbridos, elétricos, entre outros;
61% não estabelecem a necessidade de monitoramento ou inspeção das emissões veiculares;
77% não especificam os poluentes que precisam ser monitorados.
Goiânia estabelece um Programa de Responsabilidade Ambiental para monitorar a meta de redução de 20% dos gases de efeito estufa emitidos em até 5 anos;
São Paulo define um Comitê Gestor para o Programa de Acompanhamento da
Substituição de Frota por Alternativas Mais Limpas, exige um relatório de emissão anual e estabelece metas de redução de poluentes locais e globais em até 20 anos.
INCENTIVOS FINANCEIROS
62% dos contratos não apresentam sanções ou multas relacionadas ao atendimento de normas ambientais ou níveis de emissão de poluentes;
69% não estabelecem multas relacionadas à garantia de desempenho operacional que melhore a qualidade do serviço ao usuário;
61% não apresentam critérios de remuneração que gerem incentivos para aprimorar a qualidade ao sistema.
São Paulo estabelece multas e inclui critérios de remuneração relacionados ao atendimento das metas ambientais;
Fortaleza define multas caso a prestação do serviço não estabeleça inovações tecnológicas que agreguem qualidade ao sistema;
Belém, Curitiba, Porto Alegre e Recife estabelecem critérios na fórmula da remuneração relacionados ao aprimoramento da qualidade do serviço ao usuário.
INCENTIVOS TÉCNICOS
30% dos contratos não fazem menção à obrigatoriedade de atualizações de parâmetros dos veículos como troca de peças, equipamentos ou a tecnologia veicular utilizada;
77% não apontam a regularidade para renovação da frota;
15% não mencionam quais parâmetros devem ser considerados na renovação da frota;
23% dos contratos não estabelecem idade máxima ou média permitida para os veículos durante o período da concessão.
Goiânia e São Paulo estabelecem que a renovação da frota deve ser feita de forma regular e com o objetivo de reduzir impactos ambientais;
Brasília, Porto Alegre, Salvador e São Paulo mencionam a mudança para ônibus elétricos como parâmetro para renovação;
Recife menciona que a prioridade de renovação deve ser dos veículos mais velhos, e que os veículos novos devem possuir selo verde.
ASPECTOS OPERACIONAIS
Para acomodar e carregar os ônibus elétricos de forma segura e eficiente, as garagens devem possuir tamanho adequado e serem cobertas e arejadas para evitar a exposição dos veículos e da bateria às variações climáticas.
54% dos contratos não mencionam a cobertura como requisito para as garagens;
46% não definem área mínima para abastecimento no pátio e no estacionamento, deixando-a atrelada apenas à quantidade e tipologia de veículos da frota.
Brasília e Goiânia apontam a importância de local coberto e arejado para o abastecimento dos veículos.
Os veículos elétricos precisam ser operados de forma diferente dos veículos convencionais. O treinamento de funcionários e condutores deve considerar os requisitos específicos para capacitação neste tipo de tecnologia.
53% dos contratos não fazem menção à capacitação obrigatória dos funcionários. Esse valor sobe para 77%
ao considerar especificamente treinamentos relacionados à utilização de novas tecnologias, à qualidade do serviço prestado ou à redução de emissões;
São Paulo é o único que conta com um programa de treinamento específico para tecnologias ou ações que levem à redução da emissão de poluentes;
Fortaleza e Belém mencionam a necessidade de capacitações para aprimorar a qualidade do serviço prestado.
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