Contract
RELATÓRIO | No RL-0309-800-942-MPB-002 | |||||||
EMPREENDEDOR | PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS – PMF/SC | Página 1 de | ||||||
CONTRATANTE E GERENCIADORA DO CONTRATO | SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E SANEAMENTO AMBIENTAL – SMHSA | |||||||
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB | ||||||||
PRODUTO 2: DIAGNÓSTICO DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS UNIDADES TERRITORIAIS DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO | ||||||||
REVISÃO | DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS | |||||||
PARTE 1 1 DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO | ||||||||
ITEM | ORIGINAL | REVISÃO A | REVISÃO B | REVISÃO C | REVISÃO D | REVISÃO E | ||
DATA DE ELABORAÇÃO | ||||||||
EXECUTADO POR | ||||||||
DATA APROVAÇÃO GTE |
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
1 DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO 5
1.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS 7
1.2 CLIMA 9
1.2.1 Clima regional 9
1.2.2 Clima local 11
1.3 Geologia e Pedologia 16
1.3.1 Geologia 16
1.3.2 Pedologia. 22
1.4 GEOMORFOLOGIA E RELEVO 27
1.4.1 Geomorfologia e Relevo 27
1.4.2 Condições de Suscetibilidade a Processos Erosivos 37
1.5 HIDROLOGIA E HIDROGEOLOGIA 41
1.5.1 Hidrologia 41
1.5.2 Hidrogeologia. 45
1.6 VEGETAÇÃO 55
1.6.1 Vegetação da Ilha de Santa Catarina 55
REFÊRENCIAS 67
APÊNDICE A – DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP). 67
APÊNDICE B – MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS 88
APÊNDICE C – MAPA DE VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS.
.................................................................................................................................90
APRESENTAÇÃO
O presente Relatório é parte integrante da realização de serviços de consultoria para a Elaboração do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico do Município de Florianópolis, e diz respeito às atividades relacionadas ao Produto 2 Relatório contendo diagnóstico com a caracterização física do Município de Florianópolis e das Unidades Territoriais de Análise e Planejamento (UTP).
1 DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO
Para o Diagnóstico do Meio-Físico do município de Florianópolis e por conseguinte, das Unidades Territoriais de Análise e Planejamento (UTPs), foram tomados como referências trabalhos já realizados no município. A área estudada tem os limites das Bacias hidrográficas elementares, transformadas em UTPs a fim de se facilitar e de propor elementos para o planejamento.
Durante os meses de março e abril foram realizadas atividades relacionadas ao levantamento do meio físico, caracterizando os seguintes elementos: clima, geologia, pedologia, relevo, geomorfologia, hidrologia, hidrogeologia e vegetação.
Para a Elaboração do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico do Município de Florianópolis, o Produto 1 delimitou as Unidades Territoriais de Análise e Planejamento (UTP), essas foram essencialmente demarcadas sobre as bacias hidrográficas elementares. Ainda conforme o Produto 1 ficou delimitada uma sub-divisão na Bacia Hidrográfica de Ratones em três sub-bacias transformadas para o planejamento em três UTPs.
O mesmo processo foi realizado com a Bacia Hidrográfica da Lagoa do Peri ao qual foi realizada uma divisão da bacia que leva em conta as necessidades do abastecimento público pela CASAN.
Na Bacia da Lagoa do Peri foi estabelecido um limite entre a sub-bacia que drena a área do Pântano do Sul (UTP Pântano do Sul) e a sub-bacia que drena a Lagoa do Peri (UTP Lagoa do Peri).
No mesmo sentido a fim de facilitar o planejamento à pequena bacia do Matadeiro e da Ponta do Falcão no sul da Ilha foram integradas a UTP Lagoinha do Leste, sobretudo, por essa ser uma área protegida como Unidade de Conservação e entendendo-se as suas peculiaridades físicas de forma uniforme.
No continente dividiu-se em duas UTP’s, Coqueiros e Estreito, sendo que existem três bacias hidrográficas elementares. Buscou-se novamente pensar no planejamento de cada UTP no sentido de articular as condições físicas e de
ocupação. Abaixo as UTP’s (conforme apresentada no Produto 1) com as respectivas áreas e o perímetro:
UTP | NOMENCLATURA | ÁREA m2 | PERÍMETRO m |
1 | FLORIANÓPOLIS | 9.361,486 | 18.196 |
2 | ESTREITO | 6.002,156 | 12.074 |
3 | COQUEIROS | 5.782,626 | 14.881 |
4 | ITACORUBI | 28.504,022 | 26.983 |
5 | LAGOA DA CONCEIÇÃO | 85.752,011 | 60.988 |
6 | SACO GRANDE | 17.194,056 | 22.317 |
7 | CACUPÉ | 1.813,874 | 7.867 |
8 | SANTO ANTONIO DE LISBOA | 5.213,534 | 18.427 |
9 | RIO RATONES | 32.386,231 | 24.570 |
10 | MANGUEZAL DE RATONES | 13.717,325 | 19.112 |
11 | BARRA DO SAMBAQUI | 782,785 | 5.773 |
12 | PAPAQUARA | 44.146,773 | 48.599 |
13 | INGLESES | 19.177,681 | 29.413 |
14 | SANTINHO | 5.170,214 | 20.925 |
15 | JURERÊ | 7.564,679 | 17.653 |
16 | PONTA GROSSA | 724,498 | 4.863 |
17 | PONTA DAS CANAS | 2.716,958 | 9.507 |
18 | PRAIA BRAVA | 2.397,759 | 9.591 |
19 | LAGOINHA DO NORTE | 1.800,778 | 8.544 |
20 | COSTEIRA | 3.907,535 | 11.469 |
21 | RIO TAVARES | 49.238,504 | 36.997 |
22 | MORRO DAS PEDRAS | 10.798,994 | 23.747 |
23 | TAPERA | 7.607,564 | 11.715 |
24 | RIBEIRÃO DA ILHA | 21.271,510 | 40.555 |
25 | LAGOA DO PERI | 19.866,974 | 20.866 |
26 | PÂNTANO DO SUL | 16.267,876 | 23.132 |
27 | LAGOINHA DO LESTE | 6.045,293 | 17.102 |
28 | SAQUINHO | 6.203,162 | 18.628 |
ATERRO DA BAÍA SUL1 | 1.603,547 | 10.467 |
Quadro 1: Unidades Territoriais de Análise e Planejamento (UTP) e respectivas áreas e perímetros.
Fonte: PRODUTO 1.
1 O aterro da Baía Sul, na Ilha de Santa Catarina, não trata-se de uma UTP específica, mas sim de uma diferenciação na tabela apenas para observação dos dados. O Aterro está na análise física dentro da área de duas UTP’s: Florianópolis e Costeira.
1.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
O município de Florianópolis está localizado no Estado de Santa Catarina na Região Sul do Brasil. A capital do estado de Santa Catarina ocupa uma área de 438,5 km2 (incluindo os últimos aterros), entre as coordenadas geográficas 27°10’ e 27°50’ latitude sul, e entre 48°25’ e 48°35’ de longitude oeste (FLORIANÓPOLIS, 2008).
Florianópolis possui limites geográficos configurados na parte insular e continental. A Ilha de Santa Catarina apresenta 426,6 km2 de área, possui uma forma alongada no sentido norte/sul com 54 km; e com largura máxima de 18 km no sentido leste/oeste. A parte do município que é continental apresenta forma levemente retangular com 11,9 km2 de área (FLORIANÓPOLIS, 2008). (FIGURA 1).
A ilha é individualizada do continente pela Baía de Florianópolis, denominadas baías Sul e Norte, sendo que ocorre um estreitamento de canal com largura aproximada de 500m de largura e uma profundidade máxima de 28 m, sobre o qual foram construídas três pontes que ligam a ilha ao continente (FLORIANÓPOLIS, 2008).
Ao longo do tempo geológico a linha de costa da ilha de Santa Catarina foi modificando-se, principalmente conforme as flutuações do nível do mar, sendo que há 11.000 anos AP2 a Ilha encontrava-se ligada ao continente; e há 5.000 anos AP o nível do mar estava a 2 metros acima do atual, inundando extensas áreas da planície costeira; após a transgressão marinha a ilha configurou-se no que é atualmente, com uma linha de costa bem recortada (XXXXXXXX; XXXXXXXX, 2001).
OBS: O aterro na parte continental (iniciado em 2008) não consta nesse trabalho de diagnóstico. Por
Figura 1: Mapa de Localização do Município de Florianópolis
Fonte: Organização e elaboração Xxxxxxx Xxxxxxxx
ser recente e ainda estar em fase de finalização não se dispõe, ainda, de dados concretos.
2 Antes do presente.
1.2 CLIMA
1.2.1 CLIMA REGIONAL
O litoral catarinense, incluindo Florianópolis, é de clima subquente, com a temperatura média anual superior a 20°C e com um inverno ameno. A temperatura média inferior oscila no mês mais frio entre 15°C e 18°C, e a temperatura média de janeiro entre 24°C e 26°C (NIMER, 1979). Este clima é uma transição entre o clima tropical quente das latitudes baixas do Brasil, e temperado mesotérmico das latitudes médias da região Sul, acaba sendo um prolongamento climático da região Sudeste. Portanto o clima deve ser classificado como subtropical mesotérmico úmido (conforme proposto por Strahler) equivalente ao Cfa de Köppen.
Tanto a uniformidade quanto a unidade das condições climáticas são dadas pelos fatores climáticos dinâmicos. O Sul é uma região sujeita a passagem da frente polar em frontogênese, tornando a região apta a brusca mudança de tempo. A posição marítima determina uma forte e constante concentração de núcleos de condensação nas camadas inferiores de sua atmosfera que, certamente, contribuem para o acréscimo de chuvas em seu território. A predominância da formação florestal no litoral está em perfeita concordância com o caráter úmido do clima regional (NIMER, 1979).
Durante todo ano qualquer parte da Região Sul é constantemente submetida a mudanças de tempo que são divididas em 4 grupos principais, segundo Nimer (1979):
▪ Estável com temperatura mediana a elevada, sob o domínio do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul;
▪ Tempo instável de chuvas mais ou menos pesadas que acompanham a passagem da Frente Fria;
▪ Retorno do tempo estável sob o domínio do Anticiclone Polar que traz tempo ensolarado, umidade relativa baixa e calmaria e;
▪ Com o desaparecimento do Anticiclone Polar este último tempo é submetido pelo primeiro, recomeçando novamente o ciclo.
Outros fenômenos como o ENOS ou El Nino (Oscilação Sul) e La Ninã também influenciam o clima na região. Pode-se generalizar como fenômenos da interação atmosfera-oceano, associado à alteração dos padrões normais da temperatura do oceano e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial. Além desses índices, o fenômeno ENOS pode ser também quantificado pelo Índice de Oscilação Sul (IOS). Este índice representa a diferença entre a pressão ao nível do mar entre o Pacifico Central (Taiti) e o Pacifico do Oeste (Darwin/Austrália). Valores negativos e positivos da Oscilação Sul são indicadores da ocorrência do El Niño e La Xxxx respectivamente.
La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao El Niño, e que se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Nina.3 Na região sul do Brasil os dois fenômenos são representativos em casos de chuva intensa ou seca prolongada.
Ainda há poucos trabalhos com aprofundamento sobre o efeito local dos fenômenos ENOS, apesar de serem bem caracterizados. No entanto, em trabalho apresentado por Xxxxxxxx e Xxxxxxxx (1997) os autores demonstram que as precipitações que ocorreram na região costeira e centro sul do Estado de Santa Catarina em novembro de 1991, fevereiro de 1994 e dezembro de 1995 são episódios de precipitações excepcionais concentradas em curto período, causados por sistemas frontais de rápido deslocamento, não estando associados ao fenômeno El Niño, caracterizando-as por chuvas locais de grande intensidade. Portanto, incorretamente muitas vezes fenômenos considerados normais dentro da classificação climática onde está localizado o município de Florianópolis é confundido com efeitos dos fenômenos ENOS.
3 Disponível em <xxxx://xxx.xxxxx.xxxx.xx/xxxx/Xxxx_xx-xxxx.xxxxx>. Acesso em: 12/10/2008
Trabalhos de pesquisa sobre as alterações climáticas regionais ou locais decorrentes do aquecimento global também estão em fase inicial na região. Não foram encontradas pesquisas com caráter analítico para apontar nesse diagnóstico, apenas apontamentos quanto ao Ciclone Extratropical batizado de Catarina que atingiu o litoral do estado em abril de 2004 (FIGURA 2). Entretanto é importante considerar que a criação de áreas protegidas, e, sobretudo, uma rede de áreas protegidas, como a Reserva da Biosfera Urbana4, deve auxiliar a minimizar impactos, no que diz respeito ao conforto climático urbano, a médio e longo prazo.
Os projetos de criação de unidades de conservação, de corredores ecológicos e de áreas verdes em centros urbanos fazem parte da estratégia apontada por organismos internacionais, como a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas Globais (IPCC), para reduzir e atenuar impactos climáticos locais e regionais.
1.2.2 CLIMA LOCAL
O clima do município de Florianópolis é condicionado pelo domínio da massa de ar quente e úmida, a Massa Tropical Atlântica (MTA) e pela influência das Massas de Ar Intertropical (quente) e a Massa Polar Atlântica (MPA, fria), que dão caráter mesotérmico à região. Destaca-se a Frente Polar Atlântica, responsável pelo ritmo de chuvas da Ilha (em geral frontais, pré-frontais e pós-frontais), e que resulta do encontro das massas MPA, responsável pelos ventos Sul e Sudeste, e MTA, responsável pelos ventos Norte e Nordeste (FREYESLEBEN, 1979).
O clima é classificado em subtropical mesotérmico úmido, com verões quentes e invernos amenos. Florianópolis apresenta temperatura média anual de 20,4ºC, com o mês mais quente em janeiro 24.5°C em média, e a média mensal mais baixa registrada no mês de julho em torno de 16,5°C (CARUSO, 1983; M. XXXXXXXX, 1991; MENDONÇA, 2002).
4 Categoria do Programa MaB (homem e biosfera) da UNESCO. O projeto para a cidade de Florianópolis apresenta como principal objetivo: Desenvolver um projeto piloto de MaB em ambiente urbano, que ensaie e aplique métodos de uso adequado e desenvolvimento sustentável, nas zonas
e amortecimento e transição e de consolidação da zona núcleo da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica no território da ilha de Santa Catarina.
Apresenta chuvas bem distribuídas ao longo do ano sem uma estação seca bem definida, a passagem das frentes frias polares ocasiona bruscas mudanças de tempo atmosférico em qualquer estação. Em função da maritimidade, a umidade relativa do ar é em média de 80%. Os ventos predominantes sopram do quadrante norte, com velocidade média de 3.5 m/s, no entanto os mais velozes e também mais freqüentes sopram do sul com velocidade média de 10 m/s, associados a Tropical Marítima e Polar Marítima do Atlântico. Os ventos sul antecedem a entrada de frentes frias e da Polar Marítima do Atlântico com rajadas chegando até 80 km/h (M. XXXXXXXX, 1991; MENDONÇA, 2002).
Em dados do Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina – CLIMERH, nos últimos 70 anos tem-se a predominância dos ventos Norte (36.92%); seguido pelos ventos de Sudeste (16.92%); Sul (15.77%); Nordeste (10.05%); Noroeste (2.85%) e Sudoeste (1.14%).
Estações sinóticas e/ou meteorológicas na Ilha de Santa Catarina:
▪ Estação Convencional e de Altitude em Florianópolis junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) (junto ao Aeroporto);
▪ Estação Meteorológica de Observação de Superfície Automática do Itacorubi em Florianópolis (Instituto Nacional de Meteorologia - INMET);
▪ Estação Meteorológica da UFSC, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, localizado no Campus Universitário da Trindade próximo a Biblioteca Central;
▪ Estação Hidrológica da Bacia da Lagoa do Peri (que incluem dados pluviométricos) – Estação de Tratamento de Água da CASAN;
▪ Estação Meteorológica do Laboratório de Hidráulica Marinha (LAHIMAR) na Barra da Lagoa.
Segue quadro com dados somados das estações de Florianópolis da década de 90 e nos anos de 2005 a 2006.
ANO OU PERÍODO | PRECIPITAÇÃO ANUAL (MM) | VELOCIDADE MÉDIA DE VENTO (M/S) |
1991 | 1766,3 | 3,31 |
1993 | 1627,2 | 3,21 |
1994 | 1869,4 | 3,17 |
1995 | 2011,7 | 3,31 |
1996 | 1794,5 | 3,42 |
Set/2005 Ago/2006 | 1108,5 | 2,41 |
Quadro 2: Dados de precipitação e velocidade média do vento levantados em pesquisa de Xxxxxx (2007).
Fonte: Xxxxxx, 0000. Modificado por Xxxxxxxx, 2008.
Importante destacar que em sete meses no ano Florianópolis apresenta valores médios mensais de temperatura de bulbo seco acima de 20°C, com umidade relativa do ar média nestes meses entre 80 a 85%. O horário de ocorrência das temperaturas máximas diárias é entre 13:00 e 14:00 horas com temperaturas mínimas diárias está entre 5:00 h. e 7:00 h. Em Florianópolis a média anual de amplitudes térmicas diárias é maior que 7°C (CARUSO, 1983; MENDONÇA, 2002).
No verão ocorrem chuvas convectivas associadas ao aquecimento do continente. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em 71 anos (1925 a 1995) a média anual de precipitações foi de 1493,12 mm com média de chuvas de 35% no verão (janeiro a março), 25% na primavera (setembro a dezembro), 20% no outono (abril a junho), e 19% no inverno (de julho a setembro) (MENDONÇA, 2002).
Analisando dados de 25 anos, a pesquisadora Xxxxx Xxxxx Xxxxxxxx (1998) concluiu que não é necessário índice pluviométrico excepcional para ocorrer enchentes e escorregamento nas regiões urbanizadas das áreas conurbadas de Florianópolis. A autora verificou que em totais diários inferiores a 40 mm antecedidos por dias chuvosos, ou em torno de 40 mm concentrados em poucas horas, antecedidos por dias secos, foram suficientes para a ocorrência de enchentes moderadas e escorregamentos localizados (XXXXXXXX, 1998; HERRMANN apud MENDONÇA, 2002).
Os trabalhos de Xxxx (2000), Cristo (2002) e Xxxxx (2004) todos orientados por Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx, apontam que não são por si só os grandes eventos climáticos que vem gerando acidentes como enchentes e, sobretudo escorregamentos, mas a má apropriação e construção sobre o espaço urbano.
Há algum tempo à atmosfera das grandes cidades passou a ser objeto de trabalhos científicos, principalmente por estudos do clima e do conforto urbano. O clima urbano destaca-se pelas diferenças que apresenta em relação ao clima das áreas rurais vizinhas. Acrescentam-se aos fatores geográficos do tempo e clima e a geomorfologia, os fatores urbanos modificando os atributos ambientais.
A altura, densidade e forma das construções mudam a morfologia do solo urbano, influenciando no ângulo de incidência da radiação solar, de modo que podem diminuir ou aumentar a recepção de energia em determinadas áreas da cidade. Nas cidades, os ventos fortes são desacelerados e os fracos acelerados à medida que se movimentam no interior das mesmas.
Xxxxxxxx (2002) aponta que nos meses de maio e junho ano de 1987, Sezerino e Xxxxxxxx (apud MENDONÇA, 2002), realizaram trabalho de pesquisa com temperaturas do centro de Florianópolis onde destacavam “sintomas” na área urbana do fenômeno conhecido como “ilha de calor” (FIGURAS 3 e 4). Os pesquisadores apontaram ao aumento de temperatura em mais de 1ºC, em alguns pontos da cidade onde há ocupação vertical, ao adensamento e a impermeabilização do solo.
Maurici A. Xxxxxxxx em pesquisa exploratória sobre o comportamento das variáveis climáticas na região Sudeste do Morro da Cruz, conseguiu também dados com 1º C de diferença com relação à Estação Meteorológica de Proteção ao Vôo de Florianópolis, da rede Meteorológica do Ministério da Aeronáutica no Aeroporto Hercílio Luz. A pesquisa também detectou o acúmulo de poluição por material particulado e óxido de enxofre situação atribuída a pouca vegetação e constante fluxo de veículos automotores nesses locais (Mendonça, 2002).
O padrão característico de ocupação do solo urbano com construções verticais de concreto e vidro e cobertura de asfalto e calçados é armazenador e refletor de calor, elevando as temperaturas no interior das cidades. Nas áreas com maior percentual de vegetação, o calor é absorvido e se desprende lentamente durante o dia, por causa da evaporação nas folhas. Já o calor absorvido pelos materiais dentro da cidade se perde somente ao entardecer até a noite causando mal estar nos habitantes. A noite o calor entre os edifícios também dificulta o resfriamento do ar da cidade. (MENDONÇA, 2002, p. 14 e 15).
A professora Xxxxxx Xxxxxxxx, em seu trabalho de tese (2002) desenvolveu a medição de temperaturas na área urbana em pontos do município e do continente, analisando diferenças importantes entre os pontos mais urbanizados e áreas em que a vegetação predomina. A autora cartografou como “arquipélagos” de calor e não como o termo tradicional “ilhas de calor”, isso dada à descontinuidade e frações dos espaços mapeados, destacou o caráter multinucleado da urbanização e, sobretudo a compartimentação morfológica como causa. De forma geral, a autora aponta diferenças que podem chegar a mais de 6º C. gerando espaços de calor intenso na cidade. O trabalho da autora aponta temperaturas mais amenas com rápida dissipação do calor ao longo do dia nas áreas verdes próximas ao Maciço Central.
Xxxxxxxx (1976) aponta para a necessidade de cidades mais sustentáveis com importante papel da vegetação na conjuntura ambiental, ressaltando que não é só uma questão de valor sentimental ou estético desempenhado pela mata, mas, sobretudo de qualidade ambiental também no entorno desta.
Em virtude do tempo para o levantamento de informações para este diagnóstico (dois meses) não foi possível realizar diagnósticos com levantamento empírico de dados sobre temperatura e pluviometria diretamente nas UTP’S, no entanto recomenda-se que tais dados sejam previstos para e no planejamento das UTP’s. Propõe-se que sejam realizados convênios com universidades e grupos de pesquisa para o estudo mais detalhado (preferencialmente nas quatro estações do ano), sobre a quantidade e distribuição espacial das chuvas, com registro pluviométrico na cabeceira das bacias. Esses dados quando cruzados com a morfogênese do relevo e a declividade podem apontar mais detalhes sobre o risco
do processo de ocupação e a necessidade de replantio e aumento das áreas de mata, sobretudo a montante.
1.3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA
1.3.1 GEOLOGIA
A evolução geológica estrutural do município de Florianópolis está relacionada ao rifteamento5 do supercontinente Gondwana, que ocasionou sua separação e formação do Oceano Atlântico durante o período Cretáceo. A história geológica evidencia o fato que a sua formação encontra-se ainda em andamento, o que implica também em permanente transformação, em importantes modificações geológicas, geomorfológicas e ambientais (XXXXXX XXXXXX 1993; SCHEIBE 2002).
Florianópolis está geologicamente constituída por duas formações básicas: os terrenos rochosos chamados cristalinos e os terrenos sedimentares de formação recente. As rochas cristalinas estão no chamado Embasamento Cristalino ou Escudo Catarinense que ocorre em toda a borda leste do estado, são as rochas mais antigas, datadas desde o Eon Arqueano – ou Proterozóico Superior (mais de 2,5 bilhões de anos) até a Era Paleozóica (aproximadamente 280 milhões de anos) – período do processo de formação das rochas mais antigas as mais recentes. Já os terrenos sedimentares estão em áreas baixas e planas com a chamada cobertura Sedimentar Quaternária (da Era Cenozóica), onde são denominadas “Planícies Costeiras” (FLORIANÓPOLIS, 2004).
Os terrenos cristalinos formam as partes mais elevadas na Ilha de Santa Catarina, destacando-se uma cadeia central de direção N-S e os pontos rochosos que se sobressaem no entorno. Os terrenos sedimentares nas partes baixas formam a planície costeira com depósitos aluviais, dunas, restingas e manguezais (FLORIANÓPOLIS, 2008).
Segue a descrição da geologia presente no município (FIGURA 2), com detalhe das UTP’s no APENDICE A.
Complexo Granítico-Gnáissico
As rochas cristalinas incluem a suíte intrusiva Pedras Grandes, e a formação Serra Geral e a Formação Cambirela. Compreende rochas graníticas, gnáissicas, e migmatíticas polifásicas, envolvidas nos processos de deformação regional, relacionados ao cisalhamento dúctil e às injeções de magmas graníticos. A composição é granítica, a coloração é acinzentada e a granulometria varia de fina a grosseira. Pode-se distinguir a olho nu o quartzo, o feldspato e a biotita. Apresentam estrutura maciça ou lineada, com variedades porfiroblásticas bastante comuns.
Complexo Canguçu
São granitóides em geral, com estruturas metamorfizadas com xistosidade bem definidas. Ocorrem em Florianópolis no costão dos Ingleses, entre a praia do Santinho e Moçambique e na ponta do Caicanguçu no sul da Ilha (vertente oeste). A foliação é sempre bem visível, de origem cataclástica. Apresenta feições tipicamente migmatiticas. Na figura 2 são representados pela sigla PSc.
Suíte Intrusiva Pedras Grandes
A maior parcela de rochas da Ilha de Santa Catarina é constituída por esse tipo de granito,também denominado Granito Ilha por Xxxxxx Xx. (1993), como pode ser observado no Mapa Geológico (FIGURA 2). Xxxxxxx Xxxxx (1987,p.68), “sua composição é quase que exclusiva de granitos 'stricto sensu',exibindo pequena variação composicional.” Essa unidade é caracterizada por constituir-se de corpos
graníticos homogêneos, não deformados, mas que apresentam variações texturais de granulação e de coloração. Geralmente são constituídos de granitos e granodioritos de cores rósea a cinza clara, e com granulações bastante variáveis, desde fina até grosseira, e textura equigranular aporfirítica, localmente com
5 O ciclo completo pelo qual passa uma bacia oceânica é: rifteamento (rompimento das rochas), subsidência, abertura do oceano, início da subducção, fechamento da bacia oceânica e, eventualmente, colisão continente-
deformação cataclástica. Na figura 2 essa formação é representada pela sigla PSуpg.
Formação Cambirela
Esta denominação é utilizada para identificar rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida que ocorrem na Ilha de Santa Catarina na forma de derrames ou diques. Os derrames (riolito) encontram-se representados nos maciços rochosos que ocorrem na região das praias do Matadeiro, da Armação e do Pântano do Sul. Ocorrências menores sob a forma de diques, estão dispersas em diversos locais,como,por exemplo, no Morro da Cruz e no Morro do Campeche. Os riolitos extrusivos exibem cores escuras, caracterizadas por uma matriz vítrea, englobando fenocristais de quartzo e feldspato potássico. Quando na forma de diques,apresentam cores avermelhadas e cremes. Os granitos subvulcânicos são pórfiros, geralmente avermelhados ou castanho-acinzentados, caracterizando-se por apresentar fenocristais de feldspato potássico e quartzo, imersos em matriz microcristalina. Composta por rochas vulcânicas extrusivas6 que ocorrem na forma de derrames, diques e pequenos “stocks”7 de riolitos8 e granitos pórfiros (FLORIANÓPOLIS, 2008). Na figura 2 essa formação é representada pela sigla Єca.
Formação Serra Geral
Na Ilha de Santa Catarina, a Formação Serra Geral encontra-se representada por diques de diabásio com espessuras que variam de centímetros a vários metros, freqüentemente intrusivos nas rochas graníticas, com direção preferencial NE-W evento subvulcânico ao qual estão associados desenvolveu-se no intervalo de 119 a 147 M.a, intimamente relacionado com a deriva dos continentes,neste caso,com a separação entre América do Sul e África. Representado na figura 2 pela sigla JKsg.
continente.
6 Rocha que chega a superfície ainda em estado de fusão, e na superfície se consolida rapidamente.
7 Intrusão de material magmático que aparecem em fendas da crosta.
8 Xxxxx extrusiva correspondente ao magma granítico, porém com textura mais porfirítica.
A figura 3 mostra o contato do dique de Diabásio (em azul) encaixado entre as cristas de Riolito/Cataclasito9 (cor bege) em rosa o granito na ponta norte do Maciço Central do Morro da Cruz.
Diques na Ilha de Santa Catarina
Diversos diques já foram mapeados na Ilha e podem ser observados no Mapa Geológico. Deu um modo geral, suas espessuras são da ordem de 20 a 50 metros. Os principais afloramentos onde podem ser encontrados são: Morro das Pedras, na Praia da Armação; Costão da Praia da Joaquina; Ponta de Naufragados; Morro do Pântano do Sul; Ponta da Lagoinha; Ponta do Açúcar; Ilha do Campeche; Xxxxxxxxx xx Xxxxx xx Xxxxx; Xxxxx xx Xxxxxxx; Xxxxx xx Xxxxx xx Xxxxxxx; Morro do Pinheiro;Morro da Vargem Pequena; Morro das Feiticeiras;Bancadas da pedreira PEDRITA;e Morro da Cruz.
Depósitos Colúvio-alúvio-eluviais Indiferenciados
Formados por material fragmentário, sub-anguloso, mal classificado, com variações desde cascalhos até blocos com 2 a 3 metros (podendo chegar até 10 metros), geralmente envolvidos em material alterado, argiloso a arenoso, com cores tendendo ao vermelho são encontrados no pé de morros.
Depósitos do Quaternário
Sob esta denominação encontram-se reunidos os Depósitos de origem Marinha e Eólicos Retrabalhados, Depósitos Colúvio-aluvionares Pleistocênicos, Depósitos Colúvio-aluvionares, Depósitos Síltico-Argilosos de Baías e Lagunas, Depósitos
9 Riolito: Rocha vulcânica ácida equivalente extrusiva a granitos, com mais de 72% SiO2. Cataclasito: Rocha metamórfica cataclástica, normalmente de grão fino com tendência equidimensional como, por exemplo, rochas quartzo feldspáticas com uma estrutura maciça, pouco foliácea, no que se distingue do milonito que mostra minerais filitosos e comportamento mais plástico durante as tensões metamórficas (Glosário Geológico Ilustrado xxx.xxx.xx/xx/xxxxxxxxx/xxxxx.xxxx. Acessado em 15/12/2008).
Arenosos de Origem Marinha, Depósitos Arenosos de Origem Eólica, Depósitos Aluvionares e Depósitos Argilo-Síltico-Arenoso.
Figura 2: Mapa Geológico do Município de Florianópolis.
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 1991 e FLORIANÓPOLIS, 2004, adaptado e organizado por Xxxxxxx Xxxxxxxx.
Figura 3: Montagem sobre o Software Google Earth a partir do MDT e Mapa Geológico do Maciço apresentando vista tridimensional do setor Norte do Maciço do Morro da Cruz.
Fonte: Organização geógrafo Xxxxxxxx X. Hégas, 2008.
Na Suíte Intrusiva Pedras Grandes está incluída a maioria das rochas granitóides que ocorrem no município, tanto na Ilha como no continente. Geralmente, é constituída por granitos a granodioritos (FLORIANÓPOLIS, 2008).
Os diques de diabásio da formação Serra Geral estão representados por corpos tabulares alongados, orientados, preferencialmente segundo a direção N10° - 30°E, com espessuras que vão de poucos centímetros a centenas de metros (FLORIANÓPOLIS, 2008).
Os sedimentos quaternários encontrados em Florianópolis são dos tipos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados; colúvio-alúvio-eluvionares de idade indiferenciada; de baías e lagunas; arenosos de origem eólica; marinhos atuais; e argilo-síltico-arenosos (FLORIANÓPOLIS, 2008).
A geologia de Florianópolis pode ser descrita como um conjunto de rochas cristalinas (granitos, gnaisses e riolitos) representando o Ciclo Tectônico Brasiliano, cortados localmente por diques de diabásio de idade Juro-Cretácica, sobrepostos
por coberturas sedimentares recentes, relativas aos eventos Terciários/Quaternários (XXXXXX Xx, 1993; XXXXXX XXXXXX, 2005).
1.3.2 PEDOLOGIA.
O trabalho de Xxxxxx e Rosatelli no Mapeamento Temático do Município de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 1991) procurou apresentar um levantamento de solos de nível de reconhecimento, em escala 1:50.000, com o objetivo de fornecer informações qualitativas para o planejamento geral de programas de conservação, manejo e uso do solo.
Em 1999 a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA promoveu uma nova classificação dos solos no Brasil. Portanto este trabalho apresenta o material levantado por Xxxxxx e Rosatelli (FLORIANÓPOLIS, 1991), apresentado no Atlas de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 2004).
Segue os tipos de solo presente no município de Florianópolis conforme nova classificação, mas mantendo as informações do levantamento de 1991 e das informações de 2004. A descrição dos solos por UTP no APENDICE A.
Argissolos - eram chamados solos podzólicos até 1999. São Solos que apresentam migração de argila do horizonte A para o B, criando uma diferença de textura entre esses horizontes (o A fica mais arenoso e o B mais argiloso). Sua profundidade é de aproximadamente 1,5 m. De relevos ondulados - das encostas de morros e colinas. Possui fragilidade à erosão quando não possuem cobertura vegetal. Os argissolos vermelho-amarelos geralmente derivam do intemperismo dos granitos e apresentam textura areno-argilosa, não possuindo boa fertilidade. Os argissolos vermelhos originam-se da alteração das rochas de diabásio e apresentam textura argilosa, sendo geralmente mais férteis. Na área onde o Granito Ilha predomina, os solos apresentam espessura em torno de 1 m (horizontes A + B) (XXXXXXXX, 1989), tipo Argissolo Vermelho-Amarelo, com o horizonte A em cor clara e o horizonte B apresentando acúmulo de argila e coloração vermelho- amarelada.
Cambissolos - são solos com profundidade média entre 0,5 a 1,5 m, possuem geralmente horizonte B ainda em formação, com pouca espessura (cerca de 10 cm). Sua textura pode ser cascalhenta, pois pedaços do material de origem ainda pouco alterados podem estar ao longo do perfil. Encontrado nas encostas íngremes dos morros ou na base das encostas, sendo formado a partir dos depósitos de sedimentos. A sua fertilidade vai depender do material de origem de onde ele se desenvolve. O Cambissolo apresenta um horizonte subsuperficial B em início de desenvolvimento, sem um acentuado grau de intemperismo com impossibilidade de formação de solos profundos. Xxxxxx (2002) argumenta que por sua baixa intemperização, apresentam processos pedogenéticos pouco expressivos, por isso tem pequeno incremento de argila, com cerosidade praticamente ausente, apresentando minerais parcialmente alterados, com fracos agrupamentos estruturais desenvolvidos no horizonte B.
Neossolos Litólicos - caracterizam-se por serem muito rasos (14 a 40 cm de espessura) e por não possuírem um horizonte B, tendo o horizonte A diretamente sobre o C ou sobre a rocha matriz. Sua textura varia de arenosa a cascalhenta e até pedregosa. Pode apresentar o horizonte A húmico, ou seja, rico em matéria orgânica. No território do município, esse solo ocorre sobre os maciços rochosos, junto aos costões da Ilha de Santa Catarina e nas pequenas ilhas próximas.
Afloramento de Rochas - Os Afloramentos de rochas aparecem na forma de uma capa (laje) de rocha que recobre o terreno ou na forma de acúmulo de blocos e matacões ao longo das encostas e/ou na sua base. Os afloramentos de rocha na forma de laje são comuns nos trechos mais íngremes das encostas e nos costões junto às praias.10 Os afloramentos rochosos aparecem quase todas as áreas de crista e nos topos do Maciço Central (FIGURAS 8 e 9). Estas atualizações da cobertura superficial estão presentes em um mapa de cobertura superficial da parte central (Maciço do Morro da Cruz) de Florianópolis realizado por Xxxxx (2004) (APÊNDICE A).
10 Infelizmente o mapeamento dos Afloramentos de Rochas é recente e ainda precisa ser mais bem caracterizado em campo. Neste trabalho procuramos apontar os principais afloramentos.
Espodossolos Hidromórfico - Esses solos eram chamados solos de podzol, são solos arenosos e geralmente profundos (1 a 3 m) com migração de matéria orgânica, alumínio e ferro da superfície para uma região mais profunda no perfil, formando um horizonte chamado espódico, cuja cor é castanha. O termo hidromórfico é devido ao fato de apresentar-se saturado de água até próximo à superfície do terreno. Não possui boa fertilidade natural e, por conter muito alumínio é inadequado para agricultura convencional. Tem ocorrência mais significativa na região próxima à foz do rio Ratones, no norte da Ilha de Santa Catarina.
Gleissolos - Os Gleissolos são divididos em háplicos e tiomórficos.
O Gleissolo háplico é um solo encharcado, com horizonte A com matéria orgânica, seguido em profundidade por um horizonte chamado Glei cujas cores são acinzentadas, esverdeadas ou azuladas por causa do excesso de água. A textura é geralmente argilosa. Apresentam boa fertilidade, mas precisam ser drenadas para o uso agrícola. Esse solo é comum nas áreas de planícies da Ilha de Santa Catarina.
Já o Gleissolo Tiomórficos é um solo que ocorre nos manguezais. Apresenta textura argilosa e a presença de enxofre e sais (pois é alagado pela água do mar quando a maré enche). Por ser um solo encharcado, a matéria orgânica não se decompõe totalmente, o que explica a presença de enxofre e a sua cor escura e, por vezes, o mal cheiro. Ocorre em grande parte do município, onde o mar é calmo, junto à desembocadura de rios em enseadas e baías, como é o caso do Rio Ratones, Tavares, e dos rios que têm sua foz nas enseadas como a do Saco Grande, a do Itacorubi, entre outras.
Organossolos - O Arganossolo era chamado até 1999 de solo orgânico. É um solo alagado e com muita matéria orgânica, por isso são muito escuro. O excesso de matéria orgânica se deve a matéria orgânica não se decompor totalmente no ambiente encharcado e ir se acumulando no perfil do solo. Apresenta textura geralmente argilosa e boa fertilidade natural, embora necessite drenagem para o seu uso agrícola, ocorre nas áreas planas e baixas da Ilha Santa Catarina.
Neossolo Quartzarênico - Os neossolos eram chamadas areias quartzosas. São solos arenosos e profundos (1 a 3 m), não alagados, com baixa fertilidade natural e pouca capacidade de retenção de água, em virtude de sua textura arenosa.
Colonizados normalmente pela vegetação de restinga. Estes solos ocorrem nas planícies da Ilha de Santa Catarina e nos depósitos de dunas antigas. No mapeamento (FLORIANÓPOLIS, 2004) foram chamadas de Areias Quartzosas Álica.
Os Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos são semelhantes aos anteriores, contudo são encharcados pela presença do lençol freático próximo à superfície e por isso apresentam maior acúmulo de matéria orgânica, o que os torna acinzentados e um pouco mais férteis do que os neossolos quartzarênicos. Entretanto, para uso agrícola precisam ser drenados. Ocorrem nas áreas mais baixas do relevo, junto dos neossolos quartzarênicos. No mapeamento (FLORIANÓPOLIS, 2004) de 1991 foram chamadas de Areias Quartzosas Hidromórficas Álicas.
Areais Quartzosas Marinhas - Trata-se de sedimentos que recobrem as praias e que ainda não passaram pelos processos de formação de solo (pedogênese), pois estão em um ambiente extremamente dinâmico, onde o trabalho do mar e do vento é incessante. Na legenda do mapeamento de 1991 são chamadas de Areia Quartzosa Marinha Álica.
Dunas - As dunas são os depósitos arenosos de dunas móveis, onde vento age significativamente, não permitindo a formação do solo.
Figura 4: Mapa de Solos do Município de Florianópolis.
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 1991 e FLORIANÓPOLIS, 2004, adaptado e organizado por Xxxxxxx Xxxxxxxx.
1.4 GEOMORFOLOGIA E RELEVO
1.4.1 GEOMORFOLOGIA E RELEVO
Florianópolis possui uma paisagem que é resultado do contraste entre as planícies litorâneas e as elevações montanhosas, gerando paisagens naturais bastante diversificadas. O litoral é muito recortado, com pequenas ilhas (30), praias (42), enseadas, promontórios, costões, lagunas, restingas, manguezais (4) e campos de dunas (2). As planícies costeiras emolduram morros isolados e cristas montanhosas descontínuas no sentido NE-SW, que chegam a uma altitude máxima de 522 m (GUEDES JÚNIOR, 2005).
A atual ilha de Santa Catarina resulta da interligação de um grande número de morros que correspondem aos topos de blocos mais elevados, separados do continente e entre si por fossas tectônicas hoje preenchidas, parcial ou totalmente, por sedimentação quaternária11. Antes desta sedimentação, e em épocas de nível mais elevado do mar, sua configuração não era de uma ilha, mas sim de muitas ilhas. Característica esta que vem sendo salientadas nos principais trabalhos que tratam dos seus aspectos geológicos e geomorfológicos, como os de Scheibe e Xxxxxxxx (1970); Xxxxxx Xx. (1993); Xxxxxxx et al (1997); Xxxx (1998); Xxxxxxxxx e
Pellerin (2001); Herrmann (1989).
As duas unidades geomorfológicas da Ilha de Santa Catarina são a Serra Litorânea e a Planície Costeira. Na Ilha é encontrado um relevo dominado por morros cristalinos com altitudes de até 522 m, como o morro do Ribeirão da Ilha (XXXXXX XX., 1993; CRUZ, 1998). O embasamento rochoso está representado por granitos, riolitos e por intrusões em forma de diques de diabásio; onde o granito se apresenta cataclasado ocorrendo em vales em forma de calha. Nas áreas onde ocorrem diques, o relevo apresenta-se deprimido em relação às rochas encaixantes mais resistentes, pois os diques mostram-se com menor resistência ao intemperismo. O relevo onde aflora o riolito encontra-se em forma de cristas acentuadas,
11 O Quaternário é o período mais recente da era Cenozóica e congregando as épocas Pleistoceno e Holoceno.
destacando-se na paisagem (XXXXXX XX., 1993). Desta forma, a geomorfologia da ilha apresenta relação com o substrato geológico. O embasamento serve de apoio às áreas sedimentares que delineiam o atual contorno da ilha (HERRMANN, 1989).
As planícies costeiras constituem uma extensão de terrenos planos ou muito pouco dissecados, onde a geração do relevo está intrinsecamente relacionada à sedimentação devido às variações do nível do mar ocorrido durante o Quaternário, e que formam ambientes marinhos, lacustres, eólicos, fluviais e de leques aluviais. (XXXXXX XXXXXX, 2005).
Entre as duas unidades geomorfológicas descritas, há um processo de acumulação chamado de rampas, que podem ser de dois tipos: colúvio-eluviais e de dissipação. As rampas colúvio-eluviais são constituídas basicamente por materiais originários da decomposição de rochas graníticas, deslocadas vertente abaixo, que avançam sobre as planícies e os relevos modelados em rochas cristalinas, sendo mais comuns na face oeste da Ilha. As rampas de dissipação são formadas a partir de dunas de captação juntamente com materiais oriundos da vertente deslocados por solifluxão, fluxos de areia e lama, rolamento etc. e que ocorrem freqüentemente na face leste da Ilha (XXXXXX XXXXXX, 2005).
A Ilha de Santa Catarina possui ainda um sistema de lagoas, Lagoa da Conceição e do Peri, e corpos lagunares menores como as lagoas do Jacaré, da Chica, Lagoinha Pequena, Lagoinha do Leste e Lagoinha de Ponta das Canas. Os principais rios que drenam a ilha são: Vermelho, Ingleses, Tavares, Itacorubi, Saco Grande e Ratones. O entorno da ilha em estudo sofre a atuação dos agentes oceanográficos, destacando-se a ação das ondas, marés e correntes litorâneas (HORN FILHO, 2006).
As áreas sedimentares têm sua formação associada aos períodos trans-regressivos dos últimos períodos geológicos (Terciário e Quaternário). Na tabela abaixo está representada a coluna estratigráfica construída por Xxxxxx Xxxxxx (2005) para o município de Florianópolis:
QUATERNÁRIO HOLOCENO E/OU PLEISTOCENO |
Depósitos de praia Depósitos de Leques Aluviais e Aluviais atuais (calhas de drenagens) Depósitos de manguezais Depósitos eólicos atuais Depósitos lagunares Depósitos eólicos antigos Depósitos transicionais lagunares Depósitos de turfas Depósitos marinhos praiais. |
TERCIÁRIO / QUATERNÁRIO |
Depósitos de encosta |
JURO-CRETÁCEO |
Diques de diabásio |
PROTEROZÓICO SUPERIOR ao EO-PALEOZÓICO |
Magmatismo pós-tectônico Suíte Vulcano-Plutônica Cambirela (Riolito Cambirela, Granito Itacorubi) Suíte Pedras Grandes (Granito Ilha) |
(CICLO TECTÔNICO BRASILIANO) |
Magmatismo tardi-tectônico (Granitóide São Pedro de Alcântara) Magmatismo sin-tectônico (Granitóide Paulo Lopes) |
Quadro 3: Coluna Estratigráfica da Ilha de Santa Catarina.
Fonte: XXXXXX Xx.,1993 modificada por XXXXXX XXXXXX, 2005.
Os Maciços Granitícos constituem, em geral, áreas com moraria bastante movimentada. Xxxx (1998) chama a atenção para o fato de que, nos topos mais rebaixados, as formações são normalmente mamelonadas, caracterizando-se por um alto grau de intemperismo-pedogênese nas vertentes, e recebendo também os produtos de movimentos de massa e da drenagem que corta as vertentes de elevada declividade, escarpas de falha e vales profundos, com topos em cristas, dos maciços graníticos. Apresentam uma dissecação em montanha ou morraria apresentando vales encaixados, interflúvios e vertentes com diversas declividades (com altitudes superiores a 200 metros). Esse domínio morfoestrutural é também
chamado de Domínio dos Embasamentos em Estilos Complexos (XXXXXXXX; ROSA, 1991).
Para este trabalho caracterizou-se as formas de relevo conforme trabalho de Xxxxxxxx e Rosa (FLORIANÓPOLIS, 1991) para o município de Florianópolis. Conforme esses autores na área do município estão presentes dois tipos de modelados: de dissecação e de acumulação. (Figura 5). A descrição dos modelados por UTP estão presentes no APENDICE A com Mapa original no APENDICE B.
Nos modelados de dissecação as formas de relevo estão associadas a os corpos graníticos (granito, riolito, cataclasito e diabásio) que tem forma em colinas, morro e montanhas. Essas são esculpidas por processos erosivos. Quando essas elevações alcançam a faixa litorânea, podem delimitar as enseadas e os sacos (enseadas completamente circundadas por morros, como a do Saco Grande, a dos Limões e a da Lama). Os costões e os pontais rochosos fazem parte dessas elevações e delimitam as praias. As Xxxxx, como a do Campeche, a das Aranhas, a do Xavier, entre outras, são a continuação dessas elevações além mar (XXXXXX XX., 1993; CRUZ, 1998; FLORIANÓPOLIS, 2004;).
O embasamento cristalino na ilha de Santa Catarina possui morfologia típica dos maciços rochosos, apresenta aspecto de cristas e acentuado declive das encostas. As altitudes variam entre 300 e 500m, e as encostas dissecadas por uma drenagem incipiente, apresentam vales em forma de “V” e pouco profundos.
As rochas cristalinas (ígneas) constituem os morros, formando um conjunto de elevações alinhadas na direção NE, ao longo de toda e extensão da Ilha. Estes morros servem como anteparos para o acúmulo de material sedimentar, comumente retrabalhado, muitas vezes derivado dos próprios morros. Os granitóides afloram principalmente nos topos dos morros sob a forma de matacões de médio e grande porte, onde a alteração superficial é bastante pronunciada e, nos costões como lajeados, quase não apresentando solos.
Os diques de diabásio possuem extensão limitada, com direção predominante N-S e NE-SW (direção predominante das falhas e fraturas da Ilha) apresentando-se geralmente alterados devido ao intemperismo. Estes diques ocorrem cortando os
granitos, ao longo de toda a Ilha, alcançando em geral, alguns metros a dezenas de metros de largura e centenas de metros de extensão.
O modelado de dissecação é susceptível à atuação de fenômenos erosivos como enxurradas, deslizamentos, queda de blocos e matacões, entre outros, principalmente nas encostas mais íngremes e naqueles cujos solos rasos dos morros e montanhas não apresentam cobertura vegetal (FLORIANÓPOLIS, 2004).
Dentro os tipos de Modelados de Dissecação conforme Xxxxxxxx e Rosa (1991) e também citado no Atlas de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS 2004):
▪ Modelado de Dissecação em Montanha - considera-se as elevações mais altas e com encostas mais íngremes, as quais estão localizadas principalmente no interior e na porção sul da Ilha de Santa Catarina. Dissecação com vales encaixados, ocasionalmente com terraços12 alveolares13, interflúvios14 angulosos e vertentes com diferentes graus de declividade. Amplitude altimétrica superior a 200 metros. Apesar de serem chamadas popularmente de morros, as elevações conhecidas como Morro das Aranhas, do Rio Vermelho, da Lagoa, da Cruz, da Pedra da Listra, do Ribeirão, entre outras, fazem parte desse modelado;
▪ Modelado de Dissecação em Morro (ou morraria ou ainda outeiro)- dissecação com vales pouco encaixados conformando morros com vertentes convexa-côncavas. Amplitudes altimétricas inferiores a 200 metros. Erosão em morros de altitudes menores do que as do modelado em montanhas e ocorre mais próximo da zona litorânea, sendo mais expressivo na porção norte da Ilha de Santa Catarina, como o Morro dos Ingleses, o da Galheta, o do Cacupé. No sul da Ilha pode-se citar o Morro do Campeche.
O modelado de acumulação é constituído por formas de relevo geradas em ambientes de deposição marinhos, eólicos, lacustres, torrenciais e fluviais. De acordo com a característica dominante do relevo e com a natureza dos sedimentos
12 São superfícies horizontal ou levemente inclinada, constituída por depósitos sedimentares ou modeladas pela erosão e limitada por dois declives do mesmo sentido. Sendo então um patamar interrompendo um declive contínuo.
13 Seções alargadas de um vale entulhadas de sedimentos.
que os constituem os modelados de acumulação são classificados em compartimentos conforme o Atlas de Florianópolis (2004):
▪ Compartimentos Praiais – agrupados em formas de relevo criadas a partir de sedimentos transportados e depositados pelo regime de ondas e correntes litorâneas. São as formas de relevo encontradas nesse compartimento: praias atuais, terraços marinhos, planícies de restinga, planícies lacustres e as planícies de maré. Muitas dessas feições são o resultado de processos que ocorreram no passado geológico recente do litoral, como o aumento e rebaixamento do nível do mar nos últimos milhares de anos. As praias atuais são diferenciadas de acordo com a sua posição: as voltadas diretamente para o Oceano Atlântico possuem areias mais fina e um regime de ondas e correntes com mais energia, ao passo que aquelas voltadas para as águas das baías sul e norte são ambientes de menor energia e possuem areias mais grossa. Xxxx (1998) afirma que este ambiente é extremamente instável e muda de acordo com a época do ano, com situações de erosão no final do inverno e da primavera e de deposição no final do verão. As praias voltadas para o Atlântico são as mais afetadas por esses fenômenos, Cruz (1998) constatou que as praias de Ingleses, Moçambique, Campeche, Armação, Daniela, Ponta das Canas, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Lagoinha, Forte e Pântano do Sul apresentam sinais visíveis de erosão, demonstrando uma instabilidade ambiental que por vezes é ampliada pelas construções humanas. Os terraços marinhos são formas de degraus modelados em sedimentos arenosos depositados pelo mar. Na Ilha de Santa Catarina, os terraços apresentam-se em dois níveis: um, mais elevado, representa o nível do mar mais alto de outros tempos (Pleistoceno) e geralmente, se encontram encostados na base das elevações; e os terraços marinhos atuais que se encontram mais próximos das linhas de praias contemporâneas. As planícies de restinga foram criadas através da deposição sucessiva de cordões arenosos pelas correntes litorâneas, enquanto o mar baixava seu nível e regredia em direção ao litoral atual. A morfologia típica dessas planícies é a de cristas e cavados arenosos sucessivos, com cada crista representando um cordão e cada cavado
14 Pequenas ondulações que separam os vales, cujas vertentes são na sua maioria convexas formando pequenas colinas.
representando o limite entre dois cordões. Entretanto, pode ocorrer a deposição de dunas sobre essa morfologia, o que torna difícil identificar as cristas e os cavados. Como os cavados são áreas mais baixas, aí se acumula umidade e se formam brejos e pântanos. Muitas vezes, os cordões de restinga aprisionavam corpos d'água formando lagoas, como a do Peri, a da Conceição e corpos lagunares menores,como a da Chica, a Lagoinha, etc. A planície lacustre é formada pelo entulhamento que as lagoas sofrem com o tempo. Esse entulhamento, também chamado de colmatação, se deve à chegada de sedimentos trazidos pelos rios, pela chuva e pelo vento. Esse processo faz com que se forme uma área rebaixada e pantanosa, com solo escuro. A Lagoa da Conceição apresenta alguns trechos colmatados ao norte, em direção ao Rio Vermelho. A planície de maré ocorre nas áreas de mar calmo das baías Norte e Sul, desenvolvendo-se nas reentrâncias do litoral e na foz dos rios, onde o fundo marinho é raso. Nesses locais acumulam-se sedimentos finos (do tamanho dos de silte e de argila) que formam um solo lamoso freqüentemente encharcado pelo lençol freático próximo da superfície e pela invasão das águas do mar nos períodos de maré cheia. A cor escura desse solo é resultante da decomposição lenta e incompleta da matéria orgânica em ambiente saturado de água. Nesse ambiente, desenvolve-as espécies vegetais típicas de manguezal e, por ser um lugar de águas calmas, com presença de nutrientes, algumas espécies de peixes, crustáceos e moluscos aí se reproduzem e completam seus estágios de crescimento (FLORIANÓPOLIS, 2004:26, 28).
▪ Compartimentos Eólicos – constituído por formas de relevo criadas a partir da ação do vento em ambiente litorâneo. Em Florianópolis, fazem parte desse compartimento os campos de dunas móveis e estabilizadas (com vegetação), onde podem ser encontrados diferentes tipos de dunas - longitudinais, transversais, parabólicas e cômoros. Nos campos de dunas também aparecem bacias de deflação, pequenas lagoas temporárias e pântanos. As dunas longitudinais, transversais e parabólicas diferenciam-se por sua forma graças à direção do vento, à disponibilidade de areia e à presença de obstáculos para o vento começar a depositá-las. As longitudinais apresentam-se como cordões de areia alinhados à direção do vento mais constante, as transversais têm essa denominação porque se desenvolvendo sentido perpendicular à direção do
vento mais constante; e as parabólicas têm a forma de uma ferradura com as pontas bem fechadas, que se desenvolvem no sentido contrário ao vento mais freqüente. Os ventos do quadrante nordeste são os mais freqüentes em nosso litoral, enquanto os do quadrante sul são menos constantes, mas mais intensos, e ambos influenciam na formação das dunas. As bacias de deflação são áreas rebaixadas e embaciadas que surgiram pela retirada de areia pelo vento. Em alguns pontos, o vento retira tanta areia que rebaixa a superfície até fazer aflorar o lençol freático, formando pântanos nessas depressões. Os cômoros, ou “combros”, como dizem nativos descendentes de açorianos, é uma espécie de muro de areia, formado por dunas altas e contínuas, que limita a área litorânea. As dunas fixas são estabilizadas pela instalação de espécies vegetais de formação pioneira ou de restinga e ocorrem nos lugares mais protegidos do vento. Os campos de dunas e os cômoros são mais expressivos na parte leste da Ilha de Santa Catarina, junto ao Oceano Atlântico, se dividindo Em dois campos principais: o de Ingleses até a Barra da Lagoa, passando pelo Rio Vermelho, e o da Joaquina até o Campeche, passando pelo Rio Tavares, orientados na direção Sul - Sudoeste e Norte - Nordeste. Há dunas também em outros pontos da Ilha, como Xxxxxxx, Ponta das Canas, Canasvieiras, Pântano do Sul, entre outras praias. A altura média das dunas de nosso território é de cerca de 10 metros; contudo, no campo de dunas da Joaquina está a duna mais elevada com cerca de 40 metros. Esse compartimento é extremamente dinâmico, mudando suas formas literalmente ao sabor do vento. É uma região na qual não deve haver intervenção ou ocupação humana, pois as estruturas criadas pelo homem tendem a ser permanentes e a paisagem do compartimento eólico não é permanente (FLORIANÓPOLIS, 2004:28).
▪ Compartimentos colúvio-aluvionar - representa a transição entre as unidades da planície costeira e a das serras do leste catarinense. Apresenta formas de rampas constituídas por depósitos de sedimentos acavalados nas elevações cristalinas e que se estendem sobre a planície costeira. Esses sedimentos são mal selecionados e compostos por diferentes tamanhos de grãos, como matacões, seixos, areias e argilas. Xxxxxxxx e Xxxx (1991) classificam-nas em dois tipos: rampas colúvio-eluvionais e rampas de dissipação. As rampas colúvio-eluvionais são formadas por alterações de rochas in situ e por depósitos
de sedimentos que se deslocam das partes mais altas a partir de enxurradas, deslizamentos e quedas de blocos. Os sedimentos maiores, como matacões e blocos, são encontrados com maior freqüência nas declividades mais acentuadas, enquanto os mais finos (areias e argilas) formam o meio e a extremidade mais baixa das rampas, já avançando sobre a planície. As cores dos materiais dessas rampas são avermelhadas ou amareladas, podendo passar a acinzentadas nas partes baixas junto à planície por influência da presença do lençol freático. Onde o nível do lençol oscila ao longo do tempo são encontradas cores mosqueadas entre manchas avermelhadas e acinzentadas/esbranquiçadas. As rampas de dissipação são formadas por dunas acavaladas nas elevações, que recebem contribuição de sedimentos das alterações e/ou solos dessas elevações quando ocorrem enxurradas ou deslizamentos. São areias eólicas com contribuição de argilas, seixos e grânulos derivados da alteração dos granitos e do diabásio que compõem as elevações que funcionaram como um obstáculo para o vento, e que acabam formando depósitos avermelhados em virtude da contribuição de argilas e óxidos. Pela maneira como se origina, esse tipo de rampa aparece com mais freqüência na parte leste da Ilha de Santa Catarina (FLORIANÓPOLIS, 2004:28,29).
Figura 5: Mapa dos domínios geomorfológicos do Município de Florianópolis.
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 1991 e FLORIANÓPOLIS, 2004, adaptado e organizado por Xxxxxxx Xxxxxxxx.15
15 A figura apresentada trata-se apenas de um desenho dos domínios de dissecação e acumulação sem representar os elementos geomorfológicos de encostas, vertentes, interflúvios etc.
Na Figura 6 pode-se observar em bege a dissecação em montanha, e em rosa e verde o modelado de acumulação no Maciço do Morro da Cruz. Em lilás as Bacias Suspensas.
Figura 6: Montagem a partir do MDT e Mapa Geomorfológico do Maciço no Software Google Earth com vista tridimensional do setor Sul do Maciço do Morro da Cruz.
Fonte: Organização geógrafo Xxxxxxxx X. Hégas.
1.4.2 CONDIÇÕES DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS
Analisado os elementos presentes na legislação municipal, 0 – 30%, 30- 46,6%; e acima de 46,6% e conforme mapa de declividades do município de Florianópolis, observa-se áreas susceptíveis a riscos naturais, principalmente os relacionados a deslizamentos e enchentes.
Através das diferenças de inclinações do terreno (declividades) estabeleceu-se considerações legais e de ordenação sobre locais sujeitos às enchentes e propícios a estabilizações de encostas, mas que infelizmente nem sempre são cumpridas em Florianópolis.
Nas áreas de encostas do Xxxxxx xx Xxxxx xx Xxxx, xx Xxxxx xx Xxxxx e em outros maciços ao longo da Ilha observa-se ocupação em áreas de declividades acentuadas, com a retirada da vegetação. Há uma massa edificada que é mais densa até a cota 50m, e fica mais rarefeita até a cota dos 100m, chegando mesmo a cota de 200 metros em alguns pontos do Morro da Cruz (PAMPLONA, 1999).
Do ponto de vista geoambiental, as áreas de maiores declividade dos maciços graníticos são impróprias à ocupação e também a diversos usos de agricultura/criação de animais, porque uma vez desmatada ou terraplanada para construções, podem tornar-se susceptíveis à erosão, deslizamentos e rolamentos de matacões, conforme aponta Saito (2004), Dias (2000) e Cristo (2002).
Xxxxxxxx e Xxxx (1991) apontam que a declividade acentuada é determinante na ocorrência de movimentos de massa, do tipo solifluxão em que os deslizamentos resultam em cicatrizes com deslocamento de material e processos erosivos.
O escorregamento (ou deslizamento) é um movimento de massa e/ou material sólido encosta abaixo, como solos, rochas e vegetação, sob a influência direta da gravidade. As chuvas vão fornecer condição para ocasionar os escorregamentos, no entanto a má utilização e ocupação do solo é, diretamente responsável pelos desastres que atingem as comunidades humanas (KOBIYAMA et al, 2006).
Xxxxxxx Xxxxx (1994 apud KOBIYAMA et al 2006) destaca quatro tipos de movimentos básicos: os rastejos (creep), os escorregamentos (slides), as corridas (flows) e as quedas de blocos (falls). Rapidamente podem ser descritos como;
▪ Rastejo é um fenômeno lento (centímetros ao ano) com baixo poder de destruição e facilmente identificado pela posição de muros, árvores etc;
▪ Escorregamentos, propriamente ditos, podem ser rotacionais e translacionais, são movimentos rápidos e com velocidades médias a altas (em metros por hora ou metros por segundo), de rápida duração com grande poder de destruição;
▪ As Flows ou corridas são movimentos extremamente rápidos (em metros por segundo), normalmente com material viscoso. Apesar de serem mais raras de ocorrer, produzem estragos maiores que os escorregamentos;
▪ Quedas de blocos acontecem quando rochas rolam de encostas, em movimento de queda livre com velocidade alta.
A Ilha de Santa Catarina é palco de constantes episódios de escorregamentos, notadamente associados a uma instabilidade temporal ou, o que é pior, apenas a um evento de chuva mais prolongada.
Xxxxxxxx e Xxxxxxxx (2004, p. 157) analisando a área de dissecação de montanha, em que está parte do Maciço Central apontam que
A declividade acentuada determina a ocorrência ocasional e localizada de movimentos de massa do tipo solifluxão e deslizamentos que resultam em cicatrizes de arranque de material e nichos erosivos. O escoamento superficial difuso promove a lavagem do material de menos granulometria e concentra blocos e matacões graníticos ao longo das vertentes. Muitos desses blocos rochosos encontram-se em condições precárias de equilíbrio e constituem, durante os períodos de chuva intensas, fator de alto risco para a população que ocupa as áreas adjacentes.
Na maioria das vezes, os escorregamentos estão relacionados com a própria dinâmica das encostas e as grandes declividades, com movimentos gravitacionais de massa (SAITO, 2004; CRISTO, 2002). Associado a esta dinâmica podem manifestar-se outros tipos de movimentos de massa, como corridas de lama, rastejo, quedas de blocos, tombamentos de blocos e/ou matacões.
Os escorregamentos acontecem com os deslocamentos de solo sobre um embasamento saturado de água, processo que depende de vários fatores, entre os quais estão: a inclinação das vertentes, a quantidade e freqüência das precipitações, da presença ou não da vegetação e da consolidação do material.
Em Florianópolis, na área do Maciço Central, muitos dos deslizamentos estão associados com a utilização de forma inapropriada de áreas com declividade acima
de 46,6%; mas áreas com inclinação menores podem sofrer a atuação dos processos de movimento de massa, sobretudo devido a construções inadequadas como a movimentação de material sujeito a escorregamento.
A pressão urbana sobre locais susceptíveis a deslizamentos, com vulnerabilidade ambiental, inclui a morfologia do relevo (sobretudo a declividade), a litologia (estrutura geológica) e o tipo de cobertura e uso do solo.
Fica evidenciado, pelos trabalhos de pesquisa do Núcleo de História, Cultura e Desenho da Cidade (CIDADHIS), do Departamento de Arquitetura junto ao Centro Tecnológico da UFSC, que o material utilizado, muitas vezes restos de outras construções ou placas e a própria mata adjacente (como árvores para mourão de cerca), e ainda a carência técnica dos moradores para seguir parâmetros de segurança, contribuem para a maior vulnerabilidade da população e consequentemente da área. São comuns cortes em terrenos nas encostas e a retirada da vegetação (seja por corte ou queimada) que protege o solo, bem como os aterros para aumentar a área útil de construção, normalmente as mesmas são realizadas sem respeitar as condições mínimas de segurança, como a geometria do talude, bem como qualidade e compactação do material empregado para a construção dos aterros, condicionam a ocorrência de escorregamentos. Além disso, a inexistência de sistemas de drenagem eficientes impede o correto escoamento da água, podendo provocar seu acúmulo e a conseqüente desestabilização da encosta (SCHEIBE et al. 2007).
Saito (2004) apresenta um mapa dos Assentamentos Precários do Maciço Central de Florianópolis destacando as comunidades que estão em conflito com o Plano Diretor, sobretudo como no caso do Alto da Caieira onde apesar de estar em uma área definida como APL há atualmente um processo de urbanização com asfaltamento da principal via de acesso, ligação de água e esgoto.
Com as chuvas acumuladas no ano de 2008, de agosto a novembro, e com uma série de escorregamentos por todo o Estado, Florianópolis não ficou imune. O excesso da concentração de chuva no mês de novembro, com o conseqüente, acúmulo e a saturação do solo ocasionaram diversos incidentes, como constantes escorregamentos com casas em área de risco nos maciços graníticos da Ilha.
1.5 HIDROLOGIA E HIDROGEOLOGIA
1.5.1 HIDROLOGIA
A rede hidrográfica do município de Florianópolis caracteriza-se por bacias, lagoas, rios e córregos normalmente de pequenas extensões que deságuam diretamente nas baías Norte e Sul, e no Oceano Atlântico. Destacam-se em as bacias do rio Ratones (UTP’s Papaquara, Rio Tavares e Manguezal do Rio Ratones), Saco Grande (UTP Saco Grande), Lagoa da Conceição (UTP Lagoa da Conceição), Itacorubi (UTP Itacortubi), Rio Tavares (UTP Rio Tavares) e Lagoa do Peri (UTP Lagoa do Peri e UTP Pântano do Sul).
O relevo do município possui inclinação acentuada entre as planícies e as encostas o que forma uma grande quantidade de vertentes com córregos e quedas d’água, que geram pequenos cursos d’água dependentes do regime pluviométrico. A hidrologia caracteriza-se pela fraca capacidade de vazão das redes de drenagem e a ausência de mananciais vigorosos. Os cursos d’água fazem parte das bacias hidrográficas de alguns rios, a maioria com embocaduras nas baías Norte e Sul. As principais são as bacias dos rios Ratones (80 km2), Tavares (33 km2), Itacorubi (27 km2), Saco Grande (17 km2) e Capivari (12 km2) (GUEDES JÚNIOR, 2005).
Os maciços graníticos presente na parte central Ilha de Santa Catarina propiciaram a formação de pequenas bacias hidrográficas, estando essas subdivididas em quatro vertentes distintas que correspondem aos setores leste, oeste, norte e sul. Na vertente leste, os rios e córregos nascem no embasamento cristalino, não atingindo diretamente o mar, são captados pelas águas da Lagoa da Conceição no setor centro-norte e Lagoa do Peri no setor sul. Os rios da vertente oeste desembocam nas baías Norte e Sul, enquanto que aqueles das vertentes norte e sul direcionam-se diretamente para o oceano Atlântico.
No continente a bacia do Estreito tem suas águas correndo para a Baía Norte, enquanto na Bacia de Coqueiros tem parte das águas drenada para a Baía Sul, em Coqueiros.
Grande parte dos rios e córregos nas áreas urbanizadas do município se encontram canalizados, sendo que destes a maioria absoluta está contaminado por dejetos domésticos. Essas alterações no regime natural das águas das bacias hidrográficas têm gerado, sobretudo no verão, a ocorrência de alagamentos com as cheias de rios e córregos. O formato do relevo e o processo de ocupação intensa sobre a planície costeira também contribuí para os processos de alagamento.
A bacia hidrográfica mais representativa é a de Ratones, por ser a de maior extensão. Nela encontram-se representados todos os diferentes ecossistemas presentes em Florianópolis do manguezal à floresta ombrófila densa.
Para a demarcação das bacias (conforme Produto 1) foi utilizado a base do IBGE 1:50.000 sobre o qual procurou-se corrigir pequenas distorções nos divisores de água dessas bacias com base cartográfica do IPUF na escala 1:2.000. Na UTP Florianópolis é possível dividir a área em sub-bacias: Bacia da Baía Norte; Bacia do Morro do Horácio; Bacia do Saco dos Limões; Bacia do Xxxx Xxxxxx; Bacia da Prainha e Bacia do rio da Bulha. Com destaque para as bacias suspensas do Alto da Caieira e Morro da Queimada
A maioria dos córregos presentes nas bacias nas áreas mais densamente ocupadas está completamente alterada quanto a sua morfometria natural (sobretudo nas UTP’s centrais). A retirada da vegetação nativa, a ocupação irregular, o entulho de materiais e lixo, além dos desvios para abastecimento e o lançamento de águas servidas transformaram os pequenos córregos perenes e os intermitentes. Há pequenas nascentes preservadas nos maciços da Ilha de Santa Catarina, sobretudo no maciço central que corta a Ilha. Muitas dessas nascentes correm diretamente ao mar.
Os principais rios que drenam a Ilha de Santa Catarina são: rio Vermelho; rio dos Ingleses, rio Tavares, rio Itacorubi, rio do Saco Grande e rio Ratones. A ilha possui um sistema lagunar que incorpora dois ambientes principais: Lagoa da Conceição (trata-se de uma laguna) e a Lagoa do Peri.
Há também corpos lacustres menores: Lagoa do Jacaré; Lagoa Pequena do Rio Tavares; Lagoa da Chica; Lagoa de Ponta das Canas (também uma laguna) e a Lagoinha do Leste.
Por sua dimensão, por suas características físicas e, sobretudo por sua paisagem, a Bacia da Lagoa da Conceição detém maior interesse ecológico, alem de possuir muitos usos. Deságua no oceano pelo Canal da Barra da Lagoa, com aproximadamente 2 km de extensão.
A Lagoa do Peri possui um espelho d’água com 5,10 km2, como principal aporte d’água possui dois rios principais Cachoeira Grande e Ribeirão Grande. No entanto o índice pluviométrico é o principal elemento.
A Lagoinha do Leste localiza-se na praia de mesmo nome, sendo isolada por depósitos eólicos de idade pleistocênica e holocênica. Os canais que abastecem a lagoinha apresentam pouco volume de água e estão encaixados nas falhas estruturais do embasamento cristalino. O canal de escoamento deste corpo lagunar geralmente isolado do oceano devido à presença da barra arenosa no cordão praial. Eventualmente, seja em períodos de alta pluviosidade ou durante eventos de tempestades “ressacas”, rompe-se a barra arenosa junto a praia e o canal da Lagoinha deságua no Oceano Atlântico (SILVEIRA, 1999 apud OLIVEIRA,2002).
No norte da Ilha a Lagoinha do Norte está na retaguarda da praia da Lagoinha, entre as pontas do Rapa e da Laje, ao norte da Ilha de Santa Catarina. Trata-se de um ambiente paleolagunar onde porções remanescentes do corpo aquoso ainda se fazem presentes; porém, é evidente o estágio adiantado de colmatação. Estas porções não alcançam profundidades superiores a 1 metro e a expansão imobiliária e a abertura da barra de seu rio Sangradouro são as prováveis causas do rápido assoreamento da laguna (OLIVEIRA, 2002).
Também no norte da Ilha a Lagoa de Ponta das Canas é caracterizada por estar isolada do oceano por uma flecha arenosa formada pelo transporte de sedimentos costeiros e pela atuação de correntes de deriva litorânea. É um ambiente de deposição recente em função da dinâmica oceanográfica local, com elevado grau de comprometimento ambiental, em razão da presença da urbanização e desassoreamento regulares para a manutenção das hidrovias para barco de pesca e de lazer (NUNES, 2002 apud OLIVEIRA 2002).
A expansão das áreas urbanas e o conseqüente aumento dos arruamentos e da impermeabilização do solo, tanto nas encostas, como nas planícies, favorecem o
aumento da velocidade e do volume d’água proporcionando seu acúmulo nas drenagens, e transbordamento causando enchentes a jusante.
Manancial | Localização | Área da Bacia Contribuição (KM2) | Vazão Média (l/s) | Vazão média estiagem (Q7,19)(l/s) | Vazão média Captação (l/s) | Data Implantação |
Cachoeira do Assopra | Lagoa da Conceição | 0,97 | 21,20 | 5,90 | 10,00 | 1910 |
Xxx X’Xxxxx (Quilombo) | Itacorubi | 1,16 | 25,93 | 7,05 | 4,0 | 1910 |
Rio Tavares | Rio Tavares | 2,36 | 51,57 | 14,34 | 20,00 | 1922 |
Monte Verde (Rio Pau do Barco) | Monte Verde | 3,00 | 56,59 | 15,06 | 7,00 | 1984 |
Cidade das Abelhas (Rio do Mel) | Saco Grande | 1,35 | 29,50 | 8,21 | 4,00 | 1984 |
Cacupé (Córrego do Meiembipe) | Saco Grande | 1,23 | 26,88 | 7,48 | 4,00 | 1984 |
Córrego Grande (Poção) | Córrego Grande | 1,94 | 42,39 | 11,79 | 14,00 | 1977 |
Lagoa do Peri | Lagoa do Peri | 20,1 | 433,78 | 121,63 | 200,00 | 2000 |
Quadro 4: Mananciais de Florianópolis advindos das bacias hidrográficas.
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 2004.
1.5.2 HIDROGEOLOGIA
A caracterização da Hidrogeologia da Ilha de Santa Catarina é representada neste trabalho pelas pesquisas e pelo Mapa Hidrogeológico da Ilha de Santa Catarina, escala 1:50.000 de Xxxxxx Xx (1999 e 2005) (FIG 8). A descrição detalhada por UTP estão presentes no APENDICE A.
Do ponto de vista hidrogeológico, os depósitos sedimentares em Florianópolis são exemplos típicos de formações geológicas permeáveis e com porosidade capazes de acumular e armazenar grande quantidade de água de boa qualidade. No Município de Florianópolis há basicamente dois tipos de aquíferos, o Sistema Aquífero Cristalino, Fraturado e o Sistema Aquífero Sedimentos Inconsolidados.
Conforme o trabalho de Xxxxxx Xx. (1999), as diferentes cores presentes no Mapa Hidrogeológico (FIGURA 8) representam os aqüíferos e a vazão média possível de ser obtida para poços perfurados na unidade referente.
Das cores originais do Mapa Hidrogeológico da Ilha de Santa Catarina de Xxxxxx Xx (1999) foram realizadas pequenas alterações na figura 12 para que fosse possível exemplificar as explicações deste sub-capítulo, sem, no entanto alterar a localização dos elementos principais.
As tonalidades de azul (e cinza) representam os aqüíferos sedimentares e as cores em tons de verde as rochas, onde a ocorrência de água subterrânea concentra-se nas fraturas (GUEDES JR.,1999).
As tonalidades de azul mais escuro representam aqüíferos sedimentares com maior possibilidade de produtividade e em tons mais claro produtividade menor (assim como no cinza do Aqüífero dos Ingleses). Na mesma forma, os aqüíferos fissurais mais produtivos receberam as cores verdes em tons mais escuros, enquanto os menos produtivos em tons claros. A cor amarela mais escura foi reservada para Depósitos de Praia e aterros artificiais, enquanto as cores marron/laranja reservadas para os depósitos sedimentares com muita argila (camadas impermeáveis). Os depósitos heterogêneos, onde há muita variação entre camadas
de areia, silte e argila, a cor representativa é o amarelo. As fraturas das rochas aparecem como traços contínuos e descontínuos.
Segundo Guedes Jr. (2005) o Sistema Aqüífero Costeiro Brasileiro ocorre na ilha como depósitos sedimentares capazes de armazenar e transmitir água, sobretudo na porção norte e leste da ilha. Os depósitos possuem idade quaternária, estão no domínio geomorfológico de acumulação, trata-se de sedimentos, sobretudo dos maciços cristalinos que por processos de erosão e deposição vão formar os depósitos sedimentares. Estes depósitos formam os melhores aqüíferos para captação de água na Ilha.
Guedes Jr. (1999) retrata que os aqüíferos sedimentares são compostos por elementos que variam de areia grossa a fina, podendo apresentar quantidades pequenas de silte e argila.
No ano de 1996 técnicos da CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais realizaram um trabalho sobre as águas subterrâneas na porção nordeste da Ilha de Santa Catarina. A partir de levantamento geofísico indicaram os seguintes parâmetros médios para o aqüífero: porosidade dominante entre 35% e 45%; capacidade específica de retenção de 15%. Com estes dados a porosidade eficaz do aqüífero foi estabelecida entre 20 e 30%. Para caracterizar a velocidade de circulação do aqüífero de Ingleses do Rio Vermelho os autores estabeleceram os seguintes valores médios para determinados parâmetros: gradiente hidráulico médio de 0,015 m/m, permeabilidade de 0,001m/s; velocidade do fluxo superficial das águas subterrâneas de 15.10-6 m/s correspondendo a 1,3 m/dia; velocidade nos poros de 3 a 4,5.10-6 m/s, cerca de 30 cm/dia (WESTARB, 2004).
Segue a classificação de Xxxxxx Xxxxxx (1999, 2005) para os aquíferos no município de Florianópolis.
Aquíferos Sedimentares Inconsolidados
Os aquíferos sedimentares estão em relevo plano ou suave ondulado, sendo característica marcante deste sistema a alta permeabilidade dos materiais constituintes. Os solos são pouco espessos ou mesmo inexistentes, enquanto as áreas de recarga relacionam-se a completa extensão do aquífero, recebendo águas diretamente de precipitação e da superfície dos morros (GUEDES JR.,1999).
Evidentemente que a água dos aquíferos fraturados também contribui para os aquíferos sedimentares através de camadas mais profundas confinadas.
Dentre esses aquíferos estão classificados:
Aquífero Joaquina - composto por depósitos eólicos holocênicos, de dunas ativas, localizado essencialmente no leste da Ilha. São depósitos sedimentares compostos quase que exclusivamente por grãos de quartzo, tamanho areia fina, que formam acumulações espessas, podendo atingir até 50 metros de altura e grandes profundidades. Estendem-se desde a Xxxxx xx Xxxxxxxx xx xxx (XXX Xxxxx xxx Xxxxxx), passando pelas dunas da Joaquina (UTP Lagoa da Conceição) até a Praia dos Ingleses ao norte (UTP Ingleses) (GUEDES JR.,1999).
Xxxxxx Xx. (1999) aponta que os depósitos eólicos demonstram estratificação cruzada por causa da constante mudança da direção dos ventos, mas isso não impede que a água subterrânea distribua-se de maneira homogênea no meio. Como no Aqüífero Joaquina em que as propriedades hidrogeológicas praticamente são uniformes em toda sua extensão. O nível freático é superficial, sendo que por vezes aflora em depressões. Estes depósitos recobrem depósitos também eólicos, mais antigos, depósitos paleolagunares e depósitos marinho-priaiais.
Para Xxxxxx Xx. (1999 e 2005), as dunas da Ilha de Santa Catarina são ideais para o desenvolvimento de água subterrânea, pois possuem intensa recarga, quando de índices pluviométricos normais. Alem disso há boa condutividade hidráulica permeabilidade, e evidentemente há qualidade das águas para consumo.
Trata-se o aqüífero nas áreas sedimentares como aqüífero livre (freático), isótropo e homogêneo. Não existem camadas de solo sobre estes depósitos e pode-se dizer que toda a área de ocorrência das dunas funciona como área de recarga (GUEDES JR., 2005).
Trata-se de um manancial ainda pouco explorado, mas essencial para o abastecimento de água no futuro, contudo sua preservação está muito associada a utilização da superfície já que esse aquífero está em áreas de dunas sujeitas a uma ocupação e transformação maior do ambiente.
Aquífero Rio Vermelho - proveniente de depósitos de origem eólica antigos (paleodunas) são de idade Holocênica (+ ou - 2.600 anos) (XXXXXXX, 1997 apud XXXXXX XX. 2005), ocorrem principalmente na porção leste e nordeste da Ilha, junto aos morros. A maior ocorrência é na região do Sítio Capivari na UTP Ingleses, mas também ocorrem na UTP Lagoa da Conceição, a leste da UTP Papaquara e em alguns cordões de restinga nas praias do sul da Ilha.
Para Xxxxxx Xx. (1993) aponta que desses depósitos eólicos de paleodunas podem ser de idade Pleistocênica.
Com relevo suave, nesse aqüífero são comuns partículas de quartzo tamanho areia fina, com pequenas contribuições de silte e argila, provenientes dos processos erosivos de dissecação em morros da região (GUEDES JR. 2005).
Esse aquífero é muito utilizado pela população local através do sistema de ponteiras. A CASAN também possui poços nesse aquífero com canos de 6 polegadas de diâmetro atingindo profundidade de até 70 metros com vazões médias de 35.000 l/h.
Aquífero Ingleses - Xxxxxxx Xxxxxx Xx. (1999) o aquífero Ingleses está relacionado aos depósitos arenosos de origem marinho - praial ocorre nas UTP’s dos Ingleses, Santinho, e norte da UTP Lagoa da Conceição. Aparecendo também na UTP Rio Tavares e Tapera.
É uma camada aqüífera sedimentar livre, sendo de areia grossa limpa, areia fina ou areia fina argilosa com contato direto com a superfície, possui uma camada confinada a profundidades maiores do que quinze metros (GUEDES JR., 1999).
Xxxxxx Xx. (1999) aponta que a origem principal da camada sedimentar é marinho- praial, sendo areia média a grossa predominante, podendo em alguns locais a contribuição eólica ser grande, favorecendo a ocorrência de areia fina.
Junto à Praia dos Ingleses, na região do Rio Vermelho e próximo à Praia do Moçambique, aparece como aqüífero livre, freático, homogêneo e isótropo. Em sub- superfície a camada aqüífera geralmente varia em ocorrência em profundidades maiores do que 18 metros, apresentando espessuras de aproximadamente 20
metros, dependendo do local de perfuração, sendo confinada por uma camada de rgila que pode atingir até 10 metros de espessura, sendo um manancial estratégico e utilizado em raríssimas vezes ao longo da Ilha (GUEDES JR., 2005).
Este aquífero é muito utilizado para o abastecimento público. Cálculos das vazões deste aqüífero, segundo Guedes Jr. (1999:93), podem chegar a 24.000 l/h, ainda que em pontos de menor extensão de ocorrência, as vazões médias ficam entre
2.000 a 6.000 l/h, como na Praia Brava.
O trabalho de Xxxxxxx (2004) retrata o Aquífero dos Ingleses, aponta a nomenclatura SASFI, Sistema Aquífero Sediementar Freático dos Ingleses. Na figura 13 segue mapa com poços profundos da empresa CASAN até 2004.
No Aqüífero Ingleses os depósitos arenosos têm como única fonte de recarga a precipitação atmosférica. No entanto, nem toda a água da chuva que se infiltra atinge o nível freático, parte dela sobre o processo de evapotranspiração.
Para se estimar o volume da recarga para o aqüífero, Westarb (2004) cita a parcela da precipitação que sustenta a reserva de água subterrânea denominada de Infiltração eficaz (Ie) por que corresponde a parte que efetivamente pode percolar até o nível freático e reabastecer o aqüífero (CASTANY,1975 apud WESTARB 2004).
Ainda conforme Westarb a “recarga potencial” que envolve toda água disponível para a recarga subterrânea no Distrito de Ingleses, seria de apenas 1.595 mm/ano representada pela quantidade de chuva que caiu em média por ano na área em estudo para o período de 1980/2002. Com base no balanço hídrico para o Distrito de Ingleses obteve-se o equivalente à Infiltração eficaz (Ie) de 499 mm de chuva anualmente, correspondendo à “recarga real” (RUSHTON,1988 apud WESTARB 2004).
Figura 7: Mapa de localização de poços profundos da CASAN Fonte: WESTARB, 2004.
Os canais de drenagem representam para o Aquífero Ingleses o extravasamento de suas águas em períodos de elevação do freático. Por outro lado, mostra o quanto o sistema aqüífero em estudo, também já foi modificado pela ação humana de tal maneira que ele fica seco por longos períodos. Salienta-se que é ao longo do rio dos Ingleses que muitos dos poços da CASAN estão localizados (WESTARB 2004).
A autora Xxxxxxx (2004) aponta que as dunas representam uma importante área de recarga subterrânea para o aquífero, dada à excelente condição de permeabilidade e porosidade das areias. No campo de dunas ativas de Ingleses do Rio Vermelho o afloramento da superfície freática forma lagoas. Desta forma, a formação de lagoas nas dunas, evidencia a abundância das águas subterrâneas, ou seja, é o aqüífero extravasando o excesso de suas águas. Assim, o comportamento das lagoas, representa via de regra, as condições das reservas do manancial subterrâneo ().
Aquífero Canasvieiras - Compreende depósitos sedimentares em superfície que aparecem em diversos pontos da Ilha de Santa Catarina, em áreas planas e próximas a manguezais. Destacam-se na UTP Papaquara e Rio Tavares no norte, a oeste UTP Saco Grande e Itacorubi, no sul UTP Rio Tavares e UTP Pântano do Sul. Os depósitos desse aquífero são compostos por sedimentos finos tamanho silte ou argila, podendo ocorrer areia grosa (+ ou – 40%), assim como areia fina (em 70%). Esses sedimentos são remanescentes de eventos marinhos regressivos que formaram pequenos lagos, assim como de processos de deposição em dissecação dos maciços graníticos. Evidentemente que também processos recentes de maré contribuem (XXXXXX XX., 1999).
Xxxxxx Xx. Considera que esse aquífero seja impróprio para a utilização humana, pois o município ainda dispõe de outros aquíferos de melhor qualidade para o abastecimento humano.
Aquífero Conceição - Corresponde a depósitos sedimentares de origem continental, de leques aluviais. Com sedimentos mal classificados de cascalhos e areia fina, com silte e argila, e depósitos de aluviões atuais compostos principalmente por areia grossa, com seixos, site e argila em menor quantidade. Não são expressivos na Ilha, aparecem no norte da Lagoa da Conceição, na UTP de mesmo nome e na UTP Tapera. Quanto em sub-superfície, estes podem cobrir mananciais de outros tipos de depósitos, como depósitos marinho-praiais ou fraturas de embasamento cristalino (GUEDES JR.,1999).
Tanto os depósitos argilosos ou orgânicos (como os presentes em áreas de manguezal) com os depósitos de praia não são considerados aquíferos pela quantidade de sal no material.
Sistema Aquífero Cristalino – Fraturado
Nesse tipo de aquífero estão as rochas ígneas intrusivas e metamórficas (granitos, diabásios e gnaisses), como as rochas vulcânicas (riolitos) no município de Florianópolis. A água da chuva infiltra-se no solo e acumula-se nas interconexões entre as rochas. Quanto maior a quantidade de fraturas na rocha maior a possibilidade de ocorrência de água subterrânea. É um tipo de aquífero que depende de caminhos específicos da rocha, sendo heterogêneo e anisótropo16 (XXXXXX XX, 1999).
Nos morros e nos maciços que cortam a Ilha de Santa Catarina e o continente, existem camadas de solo17 de várias espessuras sobre as elevações, sendo mais espessos nas encostas, com topos com maior possibilidade de recarga desse tipo de aquífero, pois possui menor camada de solo e menor declividade.
Os solos são em geral na Ilha bem drenados o que impede apenas parcialmente a passagem das águas, por isso são considerados livres, freáticos. Existem no município dois tipos desses aquíferos:
Aquífero Ilha - Abrange granito Ilha e Itacorubi, diques de diabásio e os metagranitos ocorrentes no Costão do Santinho e costão sul da praia dos Ingleses (Granitóide Paulo Lopes) (XXXXXX XX, 1999). A captação de água é feita nas fraturas da rocha, com extrema dificuldade de colocação de poços tubulares. Apesar dessa dificuldade técnica, na Ilha de Santa Catarina as rochas estão bem fraturadas o que facilita encontrar boas vazões.
XXXXXX XX. (1999) aponta possibilidade de vazões em torno de 5.000 l/h, com profundidade em torno de 40m.
Quanto aos diques de diabásio, Xxxxxx Xx. (1999) aponta que por vezes essas rochas aparecem encaixadas nas falhas do granito, podendo apresentar por isso boa vazão. Nesse sentido o autor aponta o Morro da Cruz como melhor local de captação nesse tipo de rocha, já que possui um dique de grande expressão.
16 A isotropia é a propriedade que caracteriza as substâncias que possuem as mesmas propriedades físicas independentemente da direcção considerada. Portanto anisótropo são propriedades variáveis, ou diferentes, segundo a direção em que se mede.
A qualidade da água deste aquífero é excelente podendo ser consumida sem nenhum tipo de tratamento especial. Possui captação entre 30 e 90 m e pode ter uma vazão média de 4 a 6 mil l/h (XXXXXX XX, 1999).
Aquífero Cambirela - Aparece nos riolitos ocorrentes, sobretudo na Ilha de Santa Catarina. Este tipo de rocha aparece na forma de diques e derrames, sendo a maior expressão na parte sul da Ilha, próximo a praia da Armação na UTP Lagoinha do Leste. Esse tipo de rocha, por causa da sua formação (de resfriamento na superfície) há diversas fraturas ocasionando possibilidade de maior infiltração de água e, portanto maior vazão. No entanto em Florianópolis, apesar da excelente qualidade do tipo de aquífero, possuem área pequena, alem do fato de estarem muito próximas ao mar acarretando a saída da água para o mar (XXXXXX XX, 1999).
Neste trabalho procurou-se atender a demanda de explicitar a Hidrogeologia do município de Florianópolis sem, no entanto adentrar a questão da capacidade de vazão específica (apesar de alguns dados estarem citados) e, sobretudo da qualidade atual dessas águas, ficando essas questões para produto específico. No entanto é importante acrescentar que apesar dos excelentes aquíferos sedimentares, esses correm sério risco com o aumento da ocupação de ambientes ocasionando problemas, a saber: a diminuição da recarga do aquífero pelo uso intenso e por vezes inadequado, o recobrimento do solo, a salinização da água (sobretudo aquífero Ingleses), e, sobretudo a poluição dos aquíferos por descarga de dejetos.
17 Nesses tipos de aquíferos encontram-se os sedimentos coluvionares terciários que são considerados equitardos dentro do Sistema Aquífero Cristalino Fraturado.
Figura 8: Mapa Hidrogeológico do Município de Florianópolis.
Fonte: XXXXXX XX. 1999, adaptado e organizado por Xxxxxxx Xxxxxxxx.
1.6 VEGETAÇÃO
1.6.1 VEGETAÇÃO DA ILHA DE SANTA CATARINA
Apesar da importância dessa temática ainda há poucos trabalhos sobre o município como um todo. No momento há trabalhos sendo concluídos no setor público com levantamentos atuais do desenvolvimento e da recomposição vegetal, ainda não estando disponíveis para esse relatório. No entanto como o objetivo deste é compor um quadro dos aspectos físicos, utilizou-se o mapeamento de 1990 realizado por Xxxx Xxxx e Klein (FLORIANÓPOLIS, 1991) (APENDICE C), entendendo-se que, evidentemente houve retrocessos e recomposição da vegetação. No detalhe das UTP’s, conforme APENDICE A pode-se observar a descrição dos elementos físicos e a vegetação.
A evolução da paisagem vegetal está ligada às diversas flutuações climáticas e oscilações do nível do mar ao longo do período terciário e quaternário, onde modificações geomorfológicas alteraram sucessões e migrações vegetais, sobretudo sobre a planície costeira. A cobertura vegetal do município de Florianópolis é composta pelas seguintes formações: Vegetação Litorânea, Floresta Ombrófila Densa e Vegetação Secundária ou Reflorestamento.
Vegetação Litorânea
Restinga - É sobre a faixa de areia depositada pelo trabalho construtivo do mar, a restinga, que aparece uma cobertura vegetal especializada. São plantas normalmente halófitas, ou sejam vivem sempre com excesso de sal. As plantas são rasteiras, suas folhas, estreitas, pequenas e muito duras (coriáceas), têm tamanho reduzido das folhas para reduzir ao máximo à perda pela transpiração. Além disso, os arbustos e as árvores formam densos grupamentos, com que se protegem do vento,da luz e do calor. Duas famílias de plantas colonizam a restinga da Ilha: Gramineae mais próximas ao mar, e Myrtaceae nas dunas fixas e semifixas (BRESOLIN, 1979 apud FLORIANÓPOLIS, 2004).
Vegetação de Ante-Dunas - As ante-dunas formam uma faixa arenosa entre a zona das marés e as dunas, umedecida pelo mar, constantemente batida pelo vento e borrifada pelos respingos das ondas (FLORIANÓPOLIS, 2004). Nelas predominam gramíneas resistentes ao excesso de sal na areia. As gramíneas são ervas pouco exigentes. Na restinga da Ilha aparecem a Hydrocotyle bonariensis, Paspalum Vaginatum (grama-de-praia), Remirea marítima (pinheiro-de-praia), Heleocharis geniculata, Ipomoea pés-caprae (batata-de-praia ou salsa-de-praia), etc.(XXXXXXXX,1979 apud FLORIANÓPOLIS, 2004).
Vegetação das Dunas Móveis e Semi-Fixas - Pode ser vista no Pântano do Sul, na Lagoinha de Leste, no Rio Vermelho, em Ingleses, em Jurerê, no Campeche e na faixa arenosa que se estende da praia da Joaquina até a Lagoa da Conceição. As dunas móveis formam uma faixa de areia transportada ora pelo vento sul, ora pelo vento nordeste, portanto, desprovida de vegetação, tendo ao seu lado uma faixa coberta por vegetação pouco densa, que tenta, sem muito êxito, segurar e fixar a areia, impedindo-a de ser levantada pelo vento. Afastada do mar, protegida pelos cômoros de areia que as separam da praia, as dunas móveis e semi-fixas enfrentam temperaturas elevadas, que podem chegar a 60º C no verão (REITZ, 1961 apud FLORIANÓPOLIS, 2004). A espécie dominante é a Spartina ciliata, aparecem também Ipormoea pés-caprae, Canavalia marítima, Remirea marítima e Scaevola plumieri (BREZOLIN apud FLORIANÓPOLIS, 2004). Essas espécies são importantes fixadores de dunas.
Vegetação de Dunas Fixas - As dunas estabilizadas aparecem no interior das restingas, em áreas mais protegidas do vento. São cobertas por uma densa vegetação, cujos espécimes se juntam em grupos cerrados, formados por arbustos e árvores baixas. A areia é fina e mais compacta e já mostra um teor de argila, ainda que pequeno, e uma fina camada de húmus, formada a partir da decomposição das plantas que morrem. O sombreamento das plantas dos grupamentos mantém maior teor de umidade na areia. Entre as dunas, nas depressões, acham-se pequenas lagoas de água salobra, em torno das quais aparece uma formação pioneira de ervas, gramíneas e arbustos diminutos. No interior das lagoas rasas, plantas aquáticas são comuns, principalmente Nymphoides indica. As árvores e arvoretas têm os galhos cobertos por epífitas,
como bromélias. Orquídeas eram comuns, mas a depredação erradicou-as completamente. Na falta das orquídeas, as bromélias passaram a ser procuradas e, hoje, o seu número está muito reduzido.
Manguezais - São áreas de estuários, como pequenos rios, canais, margens de baías, banhados, brejos, com alta salinidade e muita matéria orgânica. Na zona de contato entre a água do mar e a dos rios instalam-se plantas aquáticas e seletivas higrófilas (herbáceas, arbustos e árvores) dotadas de adaptações, que lhes permitem viver num ambiente frágil e com diversos graus de adversidade, o que reduz a população das comunidades a espécimes muito especializados e resistentes. A Ilha de Santa Catarina tem manguezais sempre no lado mais protegido de suas costas o interior das baías,de águas calmas e rasas. Na Ilha, os manguezais só existem na face oeste voltado para o continente: nas desembocaduras dos rios Ratones,Tavares e Itacorubi. O primeiro é ocupado por uma comunidade em que a gramínea Spartina montevidenses é a espécie dominante. O Ryzophora mangle, ou mangue vermelho possui população muito reduzida, sobretudo no manguezal de Rio Tavares. No ambiente seguinte aparece a Avicenia schaueriana a ciriúba ou siriúba, é a espécie predominante, que se fixa na vasa acumulada em torno da espartina. É uma árvore de 6 a 12 metros, que ocorre por quase toda a extensão externa dos manguezais. É a espécie mais comum na Ilha. Na mistura do lodo com a areia dos ambientes mais secos, aparece a Laguncularia racemos, ou mangue branco. Em terreno que somente marés muito altas atingem aparece o Hibiscus tiliceus (guaximba), as samambaias e as corticeiras, alem da capororoca do Brejo.
A Floresta Ombrófila Densa
No município de Florianópolis a Floresta Ombrófila Densa estende-se em dois ambientes: planície quaternária litorânea e as encostas dos morros pré-cambrianos. A floresta de planície quaternária possui solo de baixa fertilidade com matas de no máximo 15 metros. Xxxxxx (1983 apud FLORIANÓPOLIS, 2004) aponta a floresta na Ilha com a seguinte estrutura: no estrato superior aparece Calophtllum brasiliense (olandi), Tapira guianensis (cupiúva), Fícus organensis (figueira-da- folha-miúda), Coussapoa schotti (figueira-do-brejo) e Tabebuia umbellata (ipê-da várzea). No extrato médio a Myrcia dichrophylla (guamirim-de-facho) e M. multiflora
(cambuí). Entre os arbustos destaque para as palmeiras Geonoma schottiana (guaricana) e Bactris lindmaniana (tucum). No extrato das ervas diversos tipos de bromeliáceas compõem a paisagem. Trata-se de uma floresta quase extinta na Ilha devido a crescente ocupação das áreas de planície. Restando poucas áreas com aparecimento de pequenas porções isoladas ou com profundas modificações humanas.
A floresta das encostas do morros pré-cambrianos é a legitima floresta atlântica, que dá nome ao bioma, com árvores atingindo mais de 30 metros de altura e muitas epífetas das famílias das Bromeliáceas, Orquidáceas, Aráceas, Piperáceas, (samambaias) e lianas (cipós) das famílias das Bignoniáceas e Sapindáceas (KLEIN; 1978, apud FLORIANÓPOLIS, 2004).
Xxxxxx (1983 apud FLORIANÓPOLIS, 2004) descreve a estrutura com estrato superior existem 10 espécies que atingem mais de 30 metros de altura e 65 espécies que atingem entre 21 e 30 metros de altura. Conforme o professor Xxxxx citado por Xxxxxx (apud FLORIANÓPOLIS, 2004) as mais importantes são Ocotea catharinensis (canela preta), Aspidosperma pyricollum (peroba), Ginnamomum glaziovii (garuva), Schizolobium parahybum (garapuvu), Chrysophyllum viride (caxeta amarela), Talauma ovata (baguaçu). No extrato médio Xxxxx identificou 164 espécies de árvore com 11 e 20 metros, sendo a Euterpe edulis (palmiteiro ou íçara) (extinto hoje na ilha) a mais importante. Tanto o extrato arbustivo com o herbáceo possui poucas espécies já que a sombra das árvores não permite o crescimento de muitas espécies.
Dessa descrição da Floresta primária pouco restou na Ilha, estando restrito as unidades de conservação e/ou áreas de difícil acesso.
A Vegetação Secundária
Quanto a vegetação secundária na Ilha de Santa Catarina é importante apontar que houve crescimento das áreas de vegetação do inicio do século XX até hoje, no entanto Xxxxxx (1983 apud FLORIANÓPOLIS, 2004) aponta que, comparando fotografias aéreas de 1938 e de 1978, houve crescimento da vegetação secundária
na Ilha, isso aconteceu devido ao abandono de práticas agrícolas e o desenvolvimento econômico em outras práticas. A autora aponta ainda que, no entanto, o crescimento deveria ser melhor, em virtude da zona climática em que se encontra a Ilha, e analisa que as queimadas que dificultam o estabelecimento de árvores de grande porte pode ser um dos motivos, alem do domínio de espécie exóticas, nesse caso a autora cita o capim melado. Mas pode-se apontar também o crescimento desordenado do pinus por toda a Ilha (sobretudo na área da UTP Lagoa da Conceição).
Florestas Secundárias ou em regeneração são classificadas de acordo com conceito e as características de cada um dos estágios sucessionais da Mata Atlântica, conforme definição nas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), observando as peculiaridades dos ecossistemas de cada Estado. Para a Ilha de Santa Catarina podemos considerar:
A Capoeirinha, ou estágio inicial de regeneração, que surge após o abandono de uma área agrícola ou de uma pastagem. Este estágio geralmente vai até 6 anos, podendo em alguns casos durar até 10 anos em função do grau de degradação do solo ou da escassez de sementes. Nas capoeirinhas geralmente existem grandes quantidades de capins e samambaias de chão. Predominam também grandes quantidades de exemplares de árvores pioneiras de poucas espécies. A altura média das árvores em geral não passa dos 4 metros e o diâmetro de 8 centímetros.
Algumas das espécies que ocorrem no estágio inicial são: capororoca (Rapanea ferrugínea), vassouras (Baccharias spp), aroeira (Schinus terebinthifolius), embaúbas (Cecropia spp), cambará (Lantana câmara), araçá (Myrcia sp), cambui (Myrciaria sp), e outras.
A Capoeira, ou estágio médio de regeneração, surge depois dos 6 anos de idade, durando até os 15 anos. Neste estágio as árvores atingem altura média de 12 metros e diâmetro de 15 centímetros. Nas capoeiras a diversidade biológica aumenta, mas ainda há predominância de espécies de árvores pioneiras como as capororocas, ingás e aroeiras. A presença de capins e samambaias diminui, mas em muitos casos resta grande presença de cipós e taquaras. Palmiteiros começam a aparecer. Algumas das espécies que ocorrem no estágio médio são: capororoca
(Rapanea ferruginea), vassouras (Baccharis dracunculifolia, B. articulata e B. discolor), ingá-feijão (Inga marginata), pata-de-vaca (Bauhinia candicans), maminha-de-porca (Zanthoxylon rhoifolium), jacatirão (Miconia fairchildiana), ipê- amarelo (Tabebuia chrysotricha), cinco-folhas (Sparattosperma leucanthum), caroba (Cybistax antisyphilitica), guapuruvu (Schizolobium parahiba) e outras.
No Estágio avançado de regeneração, o Capoeirão, se inicia geralmente depois dos 15 anos de regeneração natural da vegetação, podendo levar de 60 a 200 anos para alcançar novamente o estágio semelhante à floresta primária. A diversidade biológica aumenta gradualmente à medida que o tempo passa e que existam remanescentes primários para fornecer sementes. A altura média das árvores é superior a 12 metros e o diâmetro médio é superior a 14 centímetros.
Neste estágio os capins e samambaias de chão não são mais característicos. Começam a emergir espécies de árvores nobres como as canelas, cedros, sapucaias e imbuias. Os cipós e taquaras passam a crescer em equilíbrio com as árvores assim como as palmeiras. Algumas das espécies que ocorrem no estágio avançado são: canela-branca (Nectandra leucothyrsus), aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius), camboatá-vermelho (Cupania vernalis), angico-vermelho (Parapiptadenia rigida), guajuvira (Patagonula americana), camboatá-branco (Matayba ealeagnoides), cedro (Cedrela fissilis), figueira (Ficus spp.), jequitibá- branco (Cariniana legalis), jequitibá-rosa (Cariniana estrellensis), perobas (Aspidosperma spp.), e o famoso palmito (Euterpe edulis) entre outras.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A – DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP).
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA18 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações19 |
FLORIANÓPOLIS | 9,361 | Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Granito Florianópolis) por todo o Maciço do Morro da Cruz. Dique de Riolito Formação Cambirela (direção N-S e NE-SW) e diques de Diabásio e de Aplito/Cataclasito (direção N-S), de idade entre 119 a 128 milhões de anos, cortando as rochas bem como as estruturas (falhas, zonas de cisalhamento) super- impostas a eles. Falhas e lineamento NW-SE (preferencialmente). Depósitos flúvio- marinhos na ponta norte da UTP antes do aterro da Beira Mar Norte. | No Maciço do Morro da Cruz domínio dos Argissolos e Cambissolos (normalmente associado ao relevo mais montanhoso). Afloramento de rochas por todo o Maciço rochoso. O Cambissolo aparece ao Norte da área do MMC nas áreas de relevo suave ondulado. Já nas áreas de patamares da alta encosta cortando a parte central do Maciço aparece em associação ao Argissolos Vermelho- Amarelo de relevo montanhoso. Sobre a planície no Saco dos limões há areias quartzosas marinhas. Na região do centro do município ocorre as areias quartzosas. Presente nessa UTP muitas áreas de Aterro. | Maciço de Granito (Maciço do Morro da Cruz com altitude máxima de 238m) e planície costeira (área do centro da cidade). Declividades acentuadas no Maciço, acima de 45%. Declividade média da UTP 0 a 30%. Domínio da dissecação em montanha em todo o maciço. Ao norte (próximo a Avenida Beira Mar Norte) dissecação de outeiro (morro). Duas bacias suspensas (Morro da Queimada e Alto da Caieira). Na planície há rampas de colúvio-aluvio e áreas de acumulação marinha. Grandes áreas de aterro antropocêntrico. | Hidrografia com rios que nascem nas encostas do maciço central e morros adjacentes. Maioria dos canais intermitentes. Grande número de canais de drenagem canalizados e cobertos (abaixo de ruas). UTP formada pelas sub- bacias do Morro do Horácio; Baía Norte; Rio da Bulha; Prainha e Saco dos Limões. Sistema Aqüífero Cristalino, Fraturado – Aqüífero Ilha (granito e diques de diabásio) e Aqüífero Cambirela (no grande Dique de Diabásio do Morro do Horácio). O dique de diabásio no Maciço possui excelente capacidade de vazão de água para abastecimento o que poderia ser boa alternativa para o abastecimento dos morros centrais em Florianópolis. | Floresta essencialmente urbana. Restrita ao Maciço do Morro da Cruz. Fragmentos de capoeirinha em morros adjacentes. Domínio de capoeirinha. Presença de Capoeirão na área atrás do Hospital de Caridade (RPPN). Presença de capoeira nas bordas do Morro da Cruz e Alto da Caieira. | Parque Urbano do Maciço do Morro da Cruz (lei municipal 6893 de 8/12/2005). Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Menino Deus (Processo no IBAMA nº 02026.001868/96-15). Encostas Leis 2193/85 e 1851/82. Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna . |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA20 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações21 |
ESTREITO | 6,002 | Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Granito Florianópolis) no embasamento e servindo de divisor de águas para a UTP Coqueiros. Nas bordas próximo ao litoral sedimentos colúvio-aluvio- eluvionares indiferenciados no entorno da Av. Xxx Xxxxxxxx e sedimentos arenosos bem selecionados de ambiente marinho litorâneo próximo a Ponta do Leal. | Domínio dos Argissolos sobre área próximo e no granito. Areias quartzosas e quartzosas marinhas no litoral. | Declividades pouco acentuadas de 0 a 15%. Dissecação em outeiro (morro). Apresenta rampas de colúvio-eluvionais e áreas de acumulação marinha (nas praias do Matadouro e praia do Balneário). Áreas de aterro antropocêntrico recente na praia do Matadouro. | Canais intermitentes. Maioria dos canais de drenagem canalizados e cobertos (abaixo de ruas). Sistema Aqüífero Cristalino, Fraturado – Aqüífero Ilha (granito). | Inexistente | Inexistente |
COQUEIROS | 5,782 | Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Granito Florianópolis) no embasamento e servindo de divisor de águas para a UTP Estreito. Sedimentos colúvio- aluvio-eluvionares indiferenciados (em contato com a Baía de São José) e sedimentos arenosos bem selecionados de ambiente marinho no ambiente voltado para a Baía Sul. | Domínio dos Argissolos. Afloramento de rochas sobre áreas de planície marinha da Ponta José Francisco até a Praia das Palmeiras. Areias quartzosas e quartzosas marinhas no litoral. | Declividades pouco acentuadas de 0 a 30%. Dissecação em outeiro (morro). Apresenta rampas de colúvio-eluvionais e áreas de acumulação marinha em toda face da baía Sul. | Canais intermitentes. Maioria dos canais de drenagem canalizados e cobertos (abaixo de ruas). Sistema Aqüífero Cristalino, Fraturado – Aqüífero Ilha (granito). | Inexistente | Inexistente |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA22 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações23 |
ITACORUBI | 28,504 | Suíte Intrusiva Pedras | No Maciço do Morro | Maciço de Granito (Maciço do | Hidrografia com rios que | Floresta | Xxxxxx Xxxxxxxxx xx |
Xxxxxxx (Xxxxxxx | xx Xxxx xxxxxxx xxx | Xxxxx xx Xxxx com altitude | nascem nas encostas do | essencialmente | Itacorubi Decreto | ||
Florianópolis) por todo o | Argissolos e | máxima de 238m) e planície). | maciço central e morros | urbana. No Xxxxxx | Xxxxxxxxx 0000/0000 | ||
Xxxxxx xx Xxxxx xx | Xxxxxxxxxxx | Declividades acentuadas no | adjacentes. Rios | do Morro da Cruz. | Área: 150 ha. | ||
Cruz. Diques de | (normalmente | Maciço, acima de 45%. | intermitentes. Maioria dos | Capoeira nas bordas | Parque Urbano do | ||
Diabásio e de | associado ao relevo | Declividade média da UTP | canais de drenagem | do Morro da Cruz. | Maciço do Morro da | ||
Aplito/Cataclasito | mais montanhoso). | 0 a 30%. | canalizados e cobertos | Fragmentos de | Cruz. Lei municipal | ||
(direção N-S). | Litólicos nas áreas | Domínio da dissecação em | (abaixo de ruas). | capoeirinha em | 6893 de 8/12/2005. | ||
Falhas e lineamento E- | de alta encosta | montanha próximo ao divisor. | Nascentes ainda presentes | morros adjacentes. | Área: 144,9 ha. | ||
W (preferencialmente) e | principalmente, nos | Dissecação de outeiro na | na sub-bacia da Serrinha e | Parque Municipal do | |||
grande falha NW-SE. | setores sudeste e | Serrinha e Trindade e Pantanal. | do Córrego Grande. | Maciço da Costeira | |||
Formação Cambirela em | nordeste da sub- | Rampas de colúvio-aluvio nas | A bacia do Campus da | Lei Mun.4605/95 Dec. | |||
morro isolado no bairro | bacia do Itacorubi, | áreas da Trindade e Pantanal. | UFSC tem | 154/95 | |||
Pantanal na divisa com | com abrangência | Áreas de acumulação marinha | aproximadamente 4 km2, | Área: 1453,3 ha. | |||
a UTP Costeira. | nas cabeceiras de | próximas ao manguezal do | com o canal principal está | (dividido com outras 3 | |||
Depósito flúvio-marinhos | drenagens. | Itacorubi. | situado desde as | UTP’s). | |||
na ponta NW da UTP | Afloramento de | Grandes áreas de aterro | nascentes (340,00 m) ate a | Encostas | |||
antes do aterro da Beira | rochas no divisor de | antropocêntrico em toda a Beira | foz (5m), sendo tributário | Leis 2193/85 e 1851/82. | |||
Mar Norte e | águas no Morro da | Mar Norte. | do Rio Três Córregos, que | Protege todas as | |||
Sedimento colúvio- | Cruz | A sub-bacia do Itacorubi as | deságua na Baía Norte, | encostas com | |||
aluvio-eluvionares | Solo indiscriminado | nascentes estão no Maciço da | dentro dos limites da | declividade igual ou | |||
indiferenciados em toda | de manguezal no | Costeira, pertencentes às | UFSC, este canal é | superior a 25°, ou | |||
área formada pelo | Manguezal do | elevações rochosas da Unidade | chamado de Rio do Meio. | 46,6%, recobertas ou | |||
Campus da UFSC | Itacorubi, mais | Geomorfológica Serras do Leste | A leste o rio Córrego | não por vegetação, o | |||
(Bairro Trindade). | precisamente, junto | Catarinense, onde há seqüência | Grande, abrange uma área | sistema hidrográfico que | |||
Sedimento argilo- | à foz do Rio | de elevações dispostas de | total de 16,80 Km2, | forma as principais | |||
arenosos no manguezal | Itacorubi. | forma sub-paralela, orientadas | compreendendo cerca de | bacias de captação de | |||
do Itacorubi. | Glei pouco húmico | predominante no sentido NE – | 1.680 ha, com um | água potável, a | |||
Sedimento areno-silticos | na Planície Flúvio- | SW, as quais apresentam | perímetro de 21.751 | paisagem natural e a | |||
argilosos de baía e | Marinha que | menores elevações em direção | metros. | fauna . | |||
laguna (bairro Santa | circunda o | ao mar. Pelas feições | No baixo curso o Itacorubi, | ||||
Mônica). | Manguezal do | topográficas da sub-bacia do | situa-se na Planície Flúvio- | ||||
Itacorubi. | Itacorubi há contrastes | Marinha local de baixa | |||||
altimétricos com amplitudes na | declividade com alto índice | ||||||
ordem de 500 metros, | de urbanização. | ||||||
destacando-se o morro da | Sistema Aqüífero | ||||||
Costa da Lagoa com cerca de | Cristalino, Fraturado – | ||||||
496 metros. | Aqüífero Ilha (granito). |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA 24 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações25 |
LAGOA DA CONCEIÇÃO | 85,750 | A face oeste da UTP, mais montanhosa, assim como os morros da Galheta e da Joaquina estão sob domínio da Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Granito Florianópolis). Falhas e lineamento preferencialmente N-S e NE-SW. Presença de grande áreas com sedimentos sobre a planície, sendo principalmente de sedimento silticos-argilo arenosos de baía e laguna (nos arredores da Av. das Rendeiras) e nas laterais da rodovia que liga Barra da Lagoa ao Rio Vermelho. Sedimentos de origem eólica imediatamente após os sedimentos marinho litorâneos da praia da Barra da Lagoa. E sedimentos colúvio- aluvio-eluvionares indiferenciados nas proximidades do centrinho da Lagoa. Na Fortaleza da Barra da Lagoa, na margem do Canal da Barra à direita no sentido S-N, aparecem também sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados. | No Morro da Lagoa sob o granito domínio dos Argissolos. Domínio de dunas próximo a praia da Joaquina. Domínio das areias quartzosas hidromórficas na planície a leste da Lagoa. Ao norte da Lagoa aparecimento do Gleissolo eutrófico. | Relevo montanhoso a oeste da UTP com planícies e costões a leste com dissecação em montanha. Declividades bem acentuadas a oeste em área de montanha. Na Barra da Lagoa, no Morro da Barra, dissecação em morraria assim como no Morro da Praia Mole e Joaquina. Nas franjas da montanha e dos morros modelados de acumulação em rampas colúvio-eluvionais. Planície de acumulação lacustre em toda a área costeira da praia do Moçambique e Barra da Lagoa com cordões de restinga separando as áreas lacustres e o mar. Presença de rampas de dissipação no entorno da rodovia nas proximidades do Parque Estadual do Rio Vermelho. Presença de áreas de acumulação lacustre também nas áreas de encontro dos rios que descem o maciço cristalino com a Lagoa da Conceição. A Lagoa da Conceição forma corpo d’água salobra (em menor grau de salinidade ao norte da lagoa) A parte norte recebe as águas de muitos rios que descem pelo maciço granítico. A sudeste da UTP domínio de áreas de acumulação em planície eólica, com presença de dunas fixas e móveis. Áreas de planície fluvio-lacustre em vários pontos a leste da UTP. | Lagoa da Conceição, com 19 km2 de superfície da lagoa. Canal de vazão (Canal da Barra da Lagoa) com aproximadamente 2km. A Lagoa tem larguras variáveis entre 2,5 km e 150metros que acompanham o desenho da costa. O seu comprimento total é de 13,5 km e o seu volume de aproximadamente 49.87 x 106 m3. A Lagoa da Conceição pode ser definida como uma lagoa de águas rasas, com profundidade máxima de 8,7 metros e mínimas variando entre 50cm a 2 metros. A amplitude de maré dentro da Lagoa varia cerca de 20 cm, podendo atingir 40 cm em períodos de chuvas fortes ou prolongadas. A entrada de água doce acontece por rios com baixa vazão como o rio Xxxx Xxxxxxxxx (na área Norte), o qual drena uma sub-bacia de 4 km2 de superfície e alguns córregos na borda oeste, os quais nascem no embasamento cristalino adjacente; alem de haver infiltração de água subterrânea na porção Sul. | No cume do Morro da Lagoa existência ainda da Floresta Ombrófila Densa Montana, com vegetação antropizada no seu entorno, capoeira e capoeirinha. No Morro da Costa presença de capoeirão. Nas margens montanhosas da lagoa presença de capoeirinha e capoeira (mais ao norte da lagoa a capoeira é mais freqüente). No Morro de Ratones e Morro do Sertão capoeirão. Nas partes mais altas do Morro do Badejo presença de capoeirão com franjas de capoeirinha na média encosta. Nas dunas da Lagoa vegetação com influência marinha herbácea e arbustiva (vegetação de restinga). No Morro da Joaquina e Praia Mole vegetação com influencia marinha arbustiva e arbórea. No Morro da Galheta presença de capoeirinha e capoeira. No Morro da Barra presença de capoeirinha. Sobre a planície costeira ainda domina as plantações de pinus no Rio Vermelho, mas com capoeirinha crescendo as margens e entre as espécies exóticas (sempre que são cortadas a veg. nativa se regenera). Na costa presença de vegetação de influencia marinha herbácea, arbustiva e arbórea. Ao longo da lagoa e nas margens do rio Vermelho vegetação fluvial herbácea. | Parque Florestal do Rio Vermelho (Estadual) Dec. Est. 2006/62 Área: 1.100 ha (presente também na UTP Santinho). Xxxxxx Xxxxxxxxx xxx Xxxxx xx Xxxxx xx Xxxxxxxxx Dec. Mun.231/88 Área: 453 ha. Xxxxxx Xxxxxxxxx xx Xxxxxxx Xxx Xxx.0000/00 Dec. 698/94 Área: 149,3 ha. Xxxxxx Xxxxxxxxx xx Xxxxxx xx Xxxxxxxx Xxx Xxx.0000/00 Dec. 154/95 Área: 1453,3 ha. (dividido com outras 3 UTP’s). Região da Costa da Lagoa Dec. 247/86 Área: 976,8 ha Todo o caminho da Costa, a vegetação e as edificações de interesse histórico e artístico existente na região são protegidos por esse Decreto. Dunas da Barra da Lagoa Lei Mun.3711/92 Área: 6,6 ha Área constituída por duna móveis e fixas de baixa altitude, formando um cordão litorâneo ao longo da praia da Barra da Lagoa e que tem sua continuidade ao longo da Praia do Moçambique. Encostas Leis 2193/85 e 1851/82. Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna . |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA26 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOL OGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações27 |
SACO GRANDE | 17,194 | Nas áreas de maior elevação | Nas cabeceiras de | Dissecação em montanha | Sub-bacias dos | Ao sul e a leste da | Manguezal do Saco Grande |
Suíte Intrusiva Pedras | drenagem nos morros | ao longo das áreas do | rios Vadik, Pau | UTP, nos Morro do | (Estação Ecológica de Carijós) | ||
Grandes (Granito | graníticos domínio dos | maciço granítico, com | de arco, | Cantagalo, Morro | Dec. Fed. 94656/87 | ||
Florianópolis). Na área da | Argissolos (solos | vários interflúvios e com | Jacatirão e do | da Fortaleza, Morro | Área: 93,5 ha | ||
baixa vertente ao longo das | podzólicos vermelho- | vales em V. Rampas na | Mel. Destas a | das Canelas e no | Todo o manguezal situado entre | ||
áreas de margem dos rios e | amarelos) e | média e baixa encosta de | sub-bacia do rio | Morro Pedra de | a Xxxxxxx XX-000 e o mar, | ||
riachos presença de dois tipos | cambissolos | acumulação colúvio- | do Mel ainda é | Listra presença de | formando uma área contínua | ||
de sedimentação: sedimentos | argilosos, | eluvionais. Acumulação em | utilizada para o | capoeirinha e | recoberta por densa vegetação. | ||
areno-silticos argilosos de baía | Solo indiscriminado de | planície flúvio-marinha | abastecimento | capoeira em | Encostas | ||
e laguna e sedimentos colúvio- | manguezal no | próximo a SC 401. Planície | de algumas | algumas vertentes. | Leis 2193/85 e 1851/82. | ||
aluvio eluvionares | Manguezal de Saco | de maré na área do | famílias. | Na área de | Protege todas as encostas com | ||
indiferenciados (na margem | Grande. | Manguezal. | Domínio do | manguezal | declividade igual ou superior a | ||
direita, sentido S-N) da SC | Glei pouco húmico na | aquífero Ilha, | vegetação flúvio- | 25°, ou 46,6%, recobertas ou | |||
401). | Planície Flúvio-Marinha | com | marinha arbórea, | não por vegetação, o sistema | |||
E grande quantidade de | que circunda o | aparecimento do | arbustiva e | hidrográfico que forma as | |||
sedimentos silticos-argilosos- | Manguezal. | aquífero | herbácea. | principais bacias de captação | |||
arenosos com matéria | Canasvieiras na | de água potável, a paisagem | |||||
orgânica típicas de áreas de | planície. | natural e a fauna . | |||||
manguezal. | |||||||
CACUPÉ | 1,813 | Suíte Intrusiva Pedras | Argissolos sob os | Possui elevações com | Pequenos | Vegetação com | Encostas |
Grandes (Granito | morros graníticos. | vales. A praia está dividida | córregos que | capoeirinha e no | Leis 2193/85 e 1851/82. | ||
Florianópolis) nos morros com | Presença de areias | em uma parte ao norte, | nascem do | alto do morro | Protege todas as encostas com | ||
grande lineamento no sentido | quartzosas marinhas | outra ao sul - por uma | paredão rochoso | capoeira. | declividade igual ou superior a | ||
N-S. Sedimentos colúvio-aluvio | nas praias do Cacupé. | elevação rochosa que | e descem para | 25°, ou 46,6%, recobertas ou | |||
eluvionares indiferenciados na | avança até o mar, possui | oeste para a | não por vegetação, o sistema | ||||
baixa vertente (entre 10 e 50m | estreita faixa de areia em | Baía Norte. | hidrográfico que forma as | ||||
de altitude). Sedimentos | parte acompanhando a | Aquífero Ilha. | principais bacias de captação | ||||
marinhos litorâneos na praia | Estrada Geral de Cacupé. | de água potável, a paisagem | |||||
do Cacupé Pequeno e Cacupé | Dissecação em morraria | natural e a fauna. | |||||
Grande. | nos corpos graníticos, com | ||||||
interflúvio convexizado. | |||||||
Acumulação marinha na | |||||||
praia de Cacupé Pequeno e | |||||||
Praia Comprida. Rampas | |||||||
colúvio-eluvionais ao longo | |||||||
dos pequenos rios. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA28 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações29 |
SANTO ANTÔNIO DE LISBOA | 5,213 | Suíte Intrusiva Pedras | Argissolos sobre o | O relevo é constituído | Pequenos Córregos que | Morros com a presença | Restinga da Ponta do |
Grandes (Granito | granito, com | por encostas do maciço | deságuam a oeste na | de capoeirão e capoeira | Sambaqui | ||
Florianópolis) dividindo | profundidades variáveis. | cristalino, entremeadas | Baía Norte | nas vertentes. | Dec. 112/85 | ||
as UTP’s ao sul e a leste. | Presença de areias | por algumas áreas | Aquífero Ilha. Com uma | Área: 1,3 ha | |||
Lineamento no sentido | quartzosas marinhas. | planas próximas a baía, | faixa possível de | A Ponta do Sambaqui se | |||
N-S. Sedimentos | principalmente em Santo | Aquífero Ingleses que | originou através de | ||||
marinhos litorâneos na | Antônio de Lisboa, além | precisa ser mais bem | processo de | ||||
área costeira da Baía | de uma extensa planície | avaliada por sondagem. | sedimentação de uma | ||||
Norte. | úmida que faz limite com | antiga ilha, chamada de | |||||
o manguezal de Ratones. | tômbolo. A cobertura | ||||||
A encosta mais íngreme | vegetal é caracterizada | ||||||
e de maior altitude é o | por árvores frutíferas. | ||||||
Morro da Praia | |||||||
Comprida, cujo divisor de | |||||||
águas constitui o limite | |||||||
leste, sendo o cume mais | |||||||
elevado alcança 352m de | |||||||
altitude. | |||||||
Na parte sul há | |||||||
dissecação em | |||||||
montanha, mais ao norte | |||||||
no Morro da Barra do | |||||||
Sambaqui dissecação | |||||||
em morraria. Presença | |||||||
de rampas colúvio- | |||||||
eluvionais ao longo dos | |||||||
breves riachos. | |||||||
Acumulação marinha nas | |||||||
praias. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA30 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações31 |
RIO RATONES | 32,386 | Nas cabeceiras de drenagem da Bacia presença do Granito Florianópolis. Na média e baixa vertente (aprox. de 5 a 50m) sedimentos colúvio-aluvio eluvionares indiferenciados. Sobre a planície fluvial (nas margens do Rio Ratones) sedimento silticos-argilo arenosos de baía e lagunas. | Grande variação de solos, que acompanham a complexidade do ambiente. Argissolos nas cabeceiras de drenagem com o aparecimento de cambissolos a média vertente sobre as rampas de colúvio. Espodossolos hidromórficos junto ao Canal do DNOS juntamente com solos indiscriminados de manguezal. | Dissecação em montanha na parte sul da UTP, com vertentes em rampas de colúvio- eluvionais. Grande área em planície lacustre ao longo do rio Ratones. Área de Acumulação em planície de maré próximo a SC 401. | Maior bacia na Ilha. O Rio Ratones possui aproximadamente 10 km de extensão com largura média de 3 metros, maior tributário da bacia forma um pequeno estuário. Os principais rios tributários são os rios o Veríssimo, do Costa e Piçarras, além de afluentes menores como os ribeirões Vargem Pequena e da Capela e o córrego Silvino. A bacia é influenciada pela ação das marés. Muitos canais de drenagem antrópicos realizados ao longo dos últimos 50 anos modificaram as áreas mais planas. Os córregos que descem dos morros estão mais bem preservados. | No alto do Morro de Ratones e Sertão presença de capoeirão. No Morro dos Vitorinos presença de capoeirinha, capoeira e capoeirão. Influencia flúvio-herbácea ao longo do ribeirão Vargem Pequena. Ao longo do arroio dos Macacos presença de capoeirinha. | Encostas Leis 2193/85 e 1851/82. Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna. |
Domínio do aquífero Ilha, mas com planície com aquífero Canasvieiras. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA32 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações33 |
MANGUEZAL DE RATONES | 13,717 | Nas áreas de maior elevação Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Granito Florianópolis) – apenas no divisor com UTP de Santo Antônio de Lisboa (ao sul) e a sudeste com UTP Ratones. UTP com bastante material sedimentar: sedimentos colúvio-aluvio eluvionares indiferenciados; sedimentos areno-síticos argilosos de baía e laguna e na área do manguezal sedimentos silticos- argilosos-arenosos com matéria orgânica. | Argissolos nas cabeceiras de drenagem. Com muitos Espodossolos hidromórficos (sobretudo pela baixa declividade e solos encharcados) solos indiscriminados de manguezal. | Dissecação de morraria ao sudoeste no Morro do Sambaqui com rampas de colúvio- eluvionais. Dissecação de montanha a sudeste com grandes rampas de colúvio-eluvionais. Domínio da planície lacustre. | Principal rio o Rio Ratones já na planície com constante domínio das marés. Aquíferos de depósitos argilosos impróprios para uso humano (no momento). Aquífero Ilha no embasamento cristalino a montante. | Ao sul presença de capoeirinha e capoeira em nas vertentes. Na área de manguezal vegetação flúvio- marinha arbórea, arbustiva e herbácea. | Manguezal de Ratones (Estação Ecológica de Carijós) Dec. Fed. 94656/87 Área: 625,07 ha É APP toda área estuária do Rio Ratones e do Rio Veríssimo, recoberta pela vegetação de mangue, bem como toda a extensão ao longo da linha da costa do Pontal da Xxxxxxx. |
BARRA DO SAMBAQUI | 0,782 | Granito Florianópolis no Morro da Barra do Sambaqui. Com lineamento NE-SW. Pequena praia na Ponta da Luz com presença de sedimentos marinhos litorâneos. | Argissolos em fina camada sobre o granito, com aparecimento de afloramento de rochas. Areias quartzosas marinhas em pequena área próxima a Ponta da Luz. | Dissecação de morraria junto ao morro do Sambaqui com pequenas áreas de acumulação marinha. | Pequenos Córregos que deságuam a oeste na Baía Norte Aquífero Ilha. | Morros com a presença de capoeira e capoeirinha nas vertentes. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA34 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações35 |
PAPAQUARA | 44,146 | Nos divisores com UTP Ponta das Canas, Ingleses e Lagoa da Conceição presença do Granito Florianópolis. Assim como no morro da Vargem Pequena que divide com a UTP Ratones e o Morro do Jurerê (a oeste da UTP). Na Cachoeira do Bom Jesus de sedimentos colúvio-aluvio eluvionares indiferenciados, assim como toda a baixa encosta dos morros no entorno da UTP. Ao longo do Papaquara presença de sedimentos silticos-argilo arenosos de baía e laguna. Nas margens do Rio Ratones (até a SC 401) sedimentos silticos-argilosos- arenosos com matéria orgânica. | Grande diversidade de solos com predomínio de Xxxxxxxxx eutrófico com presença de solos orgânicos ao longo de todo rio Papaquara. Ao sul da UTP Jurerê presença de solos Espodossolos Hidromórficos com a presença de areias quartzosas. Nos divisores da UTP e cabeceiras de drenagem presença de Argissolos. Presença de Cambissolo próximo ao Morro do Pinheiro (sobre área de rampa colúvio). Presença de areias quartzosas em próximo ao rio dos Macacos e em Vargem Pequena. | Dissecação de morraria no Morro da Vargem Pequena com rampas de dissipação na vertente oeste do Morro. Ao longo do arroio dos Macacos planície fluvio- lacustre. No Morro do Marques e da Capivara dissecação em montanha com rampas colúvio-eluvionais. A Vargem Grande está sobre uma rampa de dissipação. No Morro da Cachoeira do Bom Jesus dissecação em morraria com franjas em rampas de colúvio- eluvionais. Sobre a enorme área de planície a parte mais ocupada da paisagem. Nas margens do rio Papaquara aparece a planície lacustre. Na praia da Cachoeira cordões de restinga. Planície de restinga na praia de Canasvieiras. | O Rio Papaquara é o rio principal correndo por áreas planas, densamente ocupadas e muito modificadas por canais de drenagem antrópicos. O rio da Palha e o Rio dos Macacos apesar de estarem bem preservados a montante também estão completamente modificados e poluídos na planície. Bons aquíferos na planície, como o aquífero Ingleses, Canasvieiras e Rio Vermelho. | Presença de capoeirinha e capoeira nas vertentes a leste. Na planície vegetação flúvio- marinha arbustiva e herbácea. | Manguezal de Ratones (Estação Ecológica de Carijós) Dec. Fed. 94656/87 Área: 625,07 ha É APP toda área estuária do Rio Ratones e do Rio Veríssimo, recoberta pela vegetação de mangue, bem como toda a extensão ao longo da linha da costa do Pontal da Xxxxxxx. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA36 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações37 |
INGLESES | 19,177 | O Granito Florianópolis | Na UTP há o predomínio de areais | No Morro das Feiticeiras | A hidrologia resume-se a dois rios: o | Presença de | Dunas dos |
está presente nos | quartzosas que apresentam perfis | dissecação em morraria | rio Capivari e seu afluente o rio dos | capoeirinha no divisor | Ingleses | ||
divisores com a UTP | de solo com espessuras superiores | com a praia dos Ingleses | Ingleses, pequenos canais que | com UTP Jurerê. Na | Dec. 112/85 | ||
Papaquara (a oeste). Ao | a 2m. | formada por acumulação | descem dos morros, por lagoas que | planície vegetação de | Área 953,5 ha | ||
noroeste o morro das | Os argissolos de textura média | marinha. Planície flúvio- | ocorrem no campo de dunas ativas e | capoeirinha em | É um campo de | ||
Feiticeiras também tem | argilosa e argilosa, constituem área | marinha nas margens do rio | por aquelas que ocorrem no | fragmentos. | dunas fixas, semi- | ||
formação do Granito. À | de solos medianamente profundos | Capivari. Grande rampa de | Santinho, a Lagoa do Jacaré e das | fixas e móveis, que | |||
nordeste a ponta dos | a profundos situando-se nos Morros | dissipação próximo ao | Lavadeiras na lateral do Morro das | se estendem da | |||
Ingleses formação de | dos Ingleses. | Morro do Muquem (este de | Aranhas. | Praia do | |||
granitóides foliados | Solos Glei pouco húmico ocorrem | dissecação em montanha), | O rio Capivari apresenta no seu | Moçambique pelo | |||
(complexo Canguçu). Na | em parte da margem esquerda do | assim como em quase toda | baixo curso, características de | planície do Rio | |||
franja dos maciços | rio do Capivari, possuem horizonte | a planície onde está a | estuário, desaguando numa boca | Vermelho até | |||
graníticos presença de | A com espessura menor de 25 cm | comunidade do Rio | única | próximo da área | |||
sedimentos colúvio- | e menos de 5% de matéria | Vermelho. Nos campos de | As nascentes do rio Capivari | urbanizada dos | |||
aluvio eluvionares | orgânica. | dunas, formados pelas | encontram-se no morro do Muquém | Ingleses. | |||
indiferenciados. A UTP | Argissolos mais hidromórfico com | planícies eólicas aparecem | localizado a sudoeste do Distrito, | ||||
possui vasta área sob | as areias quartzosas hidromórficas | as dunas parabólicas, com | mas descem outros pequenos canais | ||||
domínio de depósitos | ocorre no plano do rio Capivari e do | dunas fixas e dunas semi- | do morro da Vargem do Bom Jesus | ||||
sedimentares: na praia | rio dos Ingleses situado na base do | estabilizadas. | e do morro da Ponta das Feiticeiras. | ||||
sedimentos marinhos | cordão de dunas fixas. São solos | O rio dos Ingleses é alimentado pela | |||||
litorâneos, sendo que os | com predominância de textura | descarga do Sistema Aqüífero | |||||
sedimentos marinos | arenosa ao longo do perfil, | Sedimentar Freático Ingleses – | |||||
litorâneos e eólicos | extremamente ácidos e apresentam | através das águas que afloram no | |||||
retrabalhados vão formar | profundidades variáveis. O lençol | campo dunas, o volume do rio | |||||
os terrenos mais | freático encontra-se próximo ou à | depende do nível de água do | |||||
ocupados e | superfície do solo. | aqüífero. Inicia seu curso no sopé do | |||||
transformados; | Os campos de dunas ativas | cordão de dunas fixas, no Rio | |||||
sedimentos arenosos de | Moçambique-Ingleses constituem | Vermelho próximo ao limite com o | |||||
origem eólica vão formar | os depósitos eólicos alcançando | Distrito de São João do Rio | |||||
os campos de dunas | altitude de 45 m. Ao longo das duas | Vermelho, a oeste do campo de | |||||
móveis e fixas (essa | laterais deste campo de dunas | dunas ativas e fixas e flui para o | |||||
próxima a divisa com | ativas estão presentes as dunas | norte até encontrar | |||||
UTP Santinho). As | fixas vegetadas que constituem os | o rio Capivari. | |||||
margens do rio Capivari | depósitos eólicos pleistocênicos, | Os depósitos predominantemente | |||||
presença de sedimentos | sendo que a mais alta encontra-se | arenosos que constituem a bacia | |||||
silticos-argilo arenosos | apoiada no Morro das Aranhas | sedimentar possibilitaram a | |||||
de baía e laguna. | alcançando 65 m de altitude. | formação de um sistema aqüífero | |||||
sedimentar freático. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA38 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações39 |
SANTINHO | 5,170 | No Morro dos Ingleses na ponta nordeste presença de granitóides foliados (complexo Canguçu), assim como no Morro das Aranhas ao sul. Na ponta sul do Morro dos Ingleses próximo a praia do Santinho presença do Granito Florianópolis. No Morro das Aranhas há um dique da Formação Serra Geral e uma parte do morro é da Formação Cambirela. Os sedimentos são formados por marinhos litorâneos na praia, seguidos por sedimentos arenosos de origem eólica (formando dunas) e sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados como sedimentos mais antigos. | Frágil camada de Argissolos sobre o Morro dos Ingleses e das Aranhas, com afloramentos rochosos significativos. Domínio do Campo de Dunas e de Areias quartzosas marinhas sobre a planície. | Dissecação de morraria no Morro dos Ingleses e no Morro das Aranhas. Próximo a Lagoa do Jacaré rampas de dissipação. Planície eólica ao longo da praia do Santinho. Na vertente norte do Morro das Aranhas planície flúvio-marinha. Rampas de dissipação ao sul da vertente do Morro das Aranhas, assim como rampa colúvio- eluvionais. Os afloramentos do Embasamento Cristalino constituem as elevações conhecidas como: Morro dos Ingleses, com 195m, e o Morro das Aranhas com 255 m. | Aqüífero relacionado aos depósitos arenosos de origem marinho - praial ocorre em superfície. | Presença de vegetação de influencia marinha herbácea, arbustiva e arbórea. Com predomínio de vegetação herbácea fixando dunas. | Parque Florestal do Rio Vermelho (Estadual) Dec. Est. 2006/62 Área: 1100 ha (presente também na UTP Lagoa da Conceição). Dunas do Santinho Dec. 112/85 Área 91,5 hectares É um campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, situado ao longo da praia dos Ingleses e paralela a Estrada Geral do Santinho. |
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UTP | ÁREA40 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações41 |
JURERÊ | 7,564 | Granito Florianópolis no Morro do Norte (que separa da UTP Ponta Grossa) e no Morro do Jurerê que separa da UTP Papaquara. Na base do Morro do Jurerê presença de sedimentos colúvio-aluvio eluvionares indiferenciados. Na área da praia sedimentos marinhos litorâneos. Sob a área de maior ocupação no Jurerê sedimentos areno- silticos argilosos de baía e laguna. | Domínio de Espodossolos hidromórficos + areias quartzosas na UTP. Faixa da praia com presença de areias quartzosas marinhas. Nos divisores a leste e oeste fraca cobertura de argissolos sobre os maciços. | Dissecação em morraria no maciço granítico que faz limite com UTP Papaquara, assim como no Morro do Forte (mais a oeste). Planície de restinga formando o modelado de acumulação, com cordões de restinga. | Apresenta hidrologia completamente alterada pela ação antrópica com muitos canais de drenagem. Ocorrência do aquífero Ingleses. | Presença de capoeirinha no nas encostas dos morros. Na planície vegetação de capoeirinha em fragmentos e presença de vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva. Com predomínio de vegetação herbácea fixando dunas. | |
PONTA GROSSA | 0,724 | Granito Florianópolis no Morro do Norte. Na Praia do Forte sedimentos marinhos litorâneos. | Paredão rochoso com pouco solo sobre a rocha mãe, aparecimento de fina camada de Xxxxxxxxx. | Dissecação de morraria no Morro do Forte com a presença de acumulação marinha na praia. | Pequenos Córregos que deságuam a oeste na Baía Norte Aquífero Ilha. | Vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva. Capoeirinha nas encostas | |
PONTA DAS CANAS | 2,716 | No morro que separa da UTP Praia Brava presença do Granito Florianópolis, assim também como no morro que forma a ponta da Laje e a Ponta das Canas. Sedimentos marinhos litorâneos na área da praia. Presença de sedimentos silticos-argilosos-arenosos com matéria orgânica no entorno da laguna, assim como sedimentos areno-silticos argilosos de baía e laguna. | Na praia de Ponta das Canas domínio de areias quartzosas marinhas, com alteração para areias quartzosas após a laguna. Aparecimento de espodossolos + areias quartzosas. Com afloramentos da rocha mãe no maciço da ponta das Canas. | Dissecação em morraria no corpo granítico, com acumulação fluvial e lacustre nas margens da laguna. Cordões de restinga próximo a comunidade das Ponta das Canas. | Lagoa (laguna) de Ponta das Canas está isolada do oceano por uma linha arenosa formada pelo por sedimentos costeiros e pela atuação de correntes litorâneas. É um ambiente de deposição recente | Vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva. Com predomínio de vegetação herbácea fixando dunas. Capoeirinha nas encostas | Restinga da Ponta das Canas Dec. 216/85 Área: 21,5 hectares Restinga em processo de formação já recoberta por uma vegetação característica desse sistema, inclusive com a formação de mangue situado na extremidade norte e na porção sul, junto à foz do Rio Thomé. |
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UTP | ÁREA42 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações43 |
PRAIA BRAVA | 2,397 | Granito Florianópolis no Morro das Feiticeiras e no Morro da Cachoeira, assim como no Morro do Rapa (na ponta norte). Presença de sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados e na praia sedimentos marinhos litorâneos. | Argissolos em fina camada sobre o granito. Presença de areias quartzosas marinhas sobre a planície. | Dissecação em morraria com vertentes com rampa de dissipação, seguida pelos cordões de restinga. Acumulação em planície fluvial próximo ao Morro das Feiticeiras. | Pequenos Córregos que deságuam na ponta norte da Ilha. Presença do aquífero Ingleses. | Vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva. Com predomínio de vegetação herbácea fixando dunas. Capoeirinha nas encostas | |
LAGOINHA DO NORTE | 1,800 | Granito Florianópolis no Morro do Rapa e no Morro da Ponta das Canas e no Maciço ao sul que separa as três UTP’s da ponta norte. Da praia a montante, presença de sedimentos marinhos litorâneos, seguido por sedimentos areno-silticos argilosos de baía e laguna e por sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados. | Na praia de Lagoinha domínio de areias quartzosas marinhas, com alteração para areias quartzosas. Pequenas áreas com. espodossolos + areias quartzosas. Com afloramentos da rocha mãe no maciço na Ponta da Laje. | Dissecação em morraria no maciço granítico, com rampas de dissipação na vertente e com áreas de acumulação fluvial e acumulação lacustre. | Pequenos Córregos que deságuam na ponta norte da Ilha. Há uma pequena laguna em estágio adiantado de colmatação. Não alcança profundidades superiores a 1 metro e a expansão imobiliária e a abertura da barra de seu rio Sangradouro são as prováveis causas do rápido assoreamento da laguna. Presença do aquífero Ingleses. | Vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva. Capoeirinha nas encostas |
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UTP | ÁREA44 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações45 |
COSTEIRA | 3,907 | Domínio do Maciço Central que corta a Ilha, de Granito Florianópolis com lineamento NE-SW, com topo dominado pela Formação Cambirela (na divisa com UTP Itacorubi). Grande área de aterro na Baía Sul. | Predomínio de Argissolos em fina camada (por causa da declividade acentuada). Aterros recentes sobre a Baía Sul. Xxxxxxxxx eutrófico próximo ao manguezal do rio Tavares. | Dissecação em montanha com grandes desníveis altimétricos. Acumulação flúvio- marinha antes do aterro. Grande área de aterro da Baía Sul. | Por causa da declividade há várias pequenas sub-bacias independentes que correm para a Baía Sul. Os córregos são na sua maioria intermitentes. Domínio do Aquífero Ilha com possibilidade de abastecimento das comunidades dos Morros. | Domínio de capoeirinha com presença ainda de campos com espécies exóticas. Presença de Capoeirão no alto do Maciço. | Parque Municipal do Maciço da Costeira Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95 Área: 1453,3 ha (dividido com outras 3 UTP’s). Encostas Leis 2193/85 e 1851/82. Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna . |
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UTP | ÁREA46 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações47 |
RIO TAVARES | 49,238 | Morro do Campeche com domínio do Granito Florianópolis, mas aparecimento de Formação Cambirela s isolados na planície. Pequena elevação também na parte norte dominada pelo Granito Florianópolis. Ao sul da UTP na divisa com a UTP Tapera morros isolados sobre a planície de Granito com diques da Formação Cambirela. Na ponta da Caicanga-Mirim presença do Granito Florianópolis, assim como na ponta das Laranjeiras e morros próximo (no topo Formação Cambirela). A planície é formada pelos sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados (a leste); sedimentos areno-silticos argilosos de baía e laguna (próximo a rodovia que corta a planície); sedimentos marinhos litorâneos próximo no entorno do Aeroposto e em Carianos; sedimentos silticos-argilosos- arenosos com matéria orgânica nas áreas de manguezal do Rio Tavares e Tapera. | Pelo tamanho da UTP e pelo domínio da planície há diversos tipos de solos. Ao norte domínio de solo de manguezal. Areias quartzosas hidromórficas com domínio na UTP, na região do Aeroposto, Carianos e ao longo das margens da SC 405. Espodossolos aparecem próximos ao trevo do Capeche. Presença de Xxxxxxxxx eutrófico ao longo do rio Tavares. Areias quartzosas ao redor do Morro do Campeche. Nesse morro aparece fina camada de Argissolo com presença de afloramentos rochosos. | Terraço marinho recente na área onde está o aeroporto e próximo a ponta da Caiacanga- Mirim e terraço marinho mais antigo onde está a base aérea. Dissecação em morraria próximo a Tapera (comunidade) com acumulação marinha na praia. Ao longo da Planície do Campeche acumulação marinha mais antiga. Próximo ao manguezal presença da planície de maré com acumulação marinha em Carianos. | Ao norte, o Rio Tavares nasce no Morro do Sertão e do Badejo, ao sul seu principal afluente o Ribeirão da Fazenda, nasce no Morro dos Padres. Após união de suas águas dentro do Manguezal do Rio Tavares, ainda restará percurso de 2.175m até atingir a baía sul. A intensa modificação dos canais de drenagem na planície para diminuir as cheias e a entrada de maré. Pequena faixa de aquífero Ingleses a leste com possibilidade de aquífero Canasvieiras também. | Presença de vegetação de influencia marinha herbácea, arbustiva e arbórea. Presença de capoeirinha nas encostas dos morros com áreas de capoeira ainda na planície entre o Campeche e o Rio Tavares. | Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (no Manguezal Rio Tavares) Dec. Fed. 533/92 Área: 1444 ha. 740 hectares de manguezal, mais 700 hectares de baía. Parque Municipal do Maciço da Costeira Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95 Área: 1453,3 ha (dividido com outras 3 UTP’s). Manguezal da Tapera Lei 2193/85 Área: 52,2 ha É protegida toda área constituída pelo mangue, na data de aprovação do Plano Diretor (1985). |
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UTP | ÁREA48 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGI A | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações49 |
MORRO DAS PEDRAS | 10,798 | Morro do Campeche de formação Granito Florianópolis. Na ponta sul da UTP no Morro das Pedras presença de Granito Florianópolis com encostas com sedimentos colúvio-aluvio eluvionares indiferenciados. UTP dominada por sedimentos marinhos litorâneos, com sedimentos arenosos de origem eólica sobre a restinga (na praia do Campeche). No entorno da área da Lagoa da Chica e Lagoa Pequena sedimentos areno-silticos argilosos de baía e laguna. | Domínio de dunas, com areias quartzosas marinhas na linha de praia e de areias quartzosas hidromórficas nos cordões de restinga. | Rampas de dissipação na comunidade do Rio Tavares (ao norte da Lagoinha Pequena) e na baixa vertente do Morro do Campeche (este sendo dissecação em morraria). Acumulação em planície lacustre nas margens da Lagoinha Pequena e na Lagoa da Chica. Rampas de dissipação também ao sul do Morro do Campeche. Cordões de restinga ao longo da praia do Campeche com presença de dunas fixas e semi-fixas. | Pela faixa litorânea que essa UTP está localizada há apenas pequenos córregos que intermitentes. A Lagoa Pequena está próxima a depósitos eólicos e não possui ligação com o oceano. A Lagoa da Chica está relacionada à alta pluviosidade local e secando quando em períodos secos. São corpos aquosos típicos de formação lacustre de restinga. Presença de bons aquíferos, Ingleses, Canasvieiras e Joaquina. | Vegetação de influencia marinha herbácea, arbustiva e arbórea. Com predomínio de vegetação herbácea fixando dunas. | Lagoa da Chica Dec. 135/88 Área: 4,6 ha Estão protegidos a lagoa e uma faixa em seu entorno de 50 metros em relação ao leito. Lagoinha Pequena Dec. 135/88 Área: 27,5 ha A Lagoinha e uma área em seu entorno, de largura variável, é considerada Área Verde de Lazer (AVL), sendo assim definida pelo Plano Diretor dos Balneários. Dunas do Campeche Dec. 112/85 Área 121 ha É um campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, situado ao longo da praia do Campeche. |
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UTP | ÁREA50 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações51 |
TAPERA | 7,607 | Na parte sul da UTP domínio do Granito Florianópolis (Morro do Ribeirão e Morro dos Padres). Nas encostas do maciço presença de sedimentos colúvio-aluvio eluvionares indiferenciados. Nas margens do Rio Alto Ribeirão sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados. | Solo mais espesso em Argissolos próximo ao morro do Ribeirão e sobre as rampas de colúvio. Gleissolo eutrófico nas margens de rios e córregos com solo indiscriminado de manguezal na baía do Ribeirão. Areias Quartzosas hidromórficas + areias quartzosas no ao norte da UTP. | Dissecação de montanha no maciço rochoso do Morro do Ribeirão com rampas colúvio- eluvionais. Terraço marinho antigo e recente nas margens do Rio Alto Ribeirão. Presença de acumulação marinha próximo a baía. | O rio Alto Ribeirão é o principal rio dessa Bacia, alem de rios de planície como o ribeirão do Porto. O Rio Alto Ribeirão nasce no Morro do Ribeirão e pela declividade acentuada possui grau considerável de processos erosivo nas encostas. Alem do aquífero Ilha nas encostas, o aquífero Conceição também está presente, sobre a planície. | Vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva. Capoeira e capoeirinha nas encostas. | Manguezal da Tapera Lei 2193/85 Área: 52,2 ha É protegida toda área constituída pelo mangue, na data de aprovação do Plano Diretor (1985). |
RIBEIRÃO DA ILHA | 21,271 | Na UTP domínio do Granito Florianópolis. Na ponta do Caiacanguçu e em parte do Morro da Tapera presença de Granitóides Foliados. Formação Cambirela na ponta oeste do Morro do Ribeirão e ao norte da praia da Ponta. Na Praia de Naufragados sedimentos marinhos litorâneos seguido por sedimentos areno-silticos argilosos de baía e laguna. Ao longo da planície junto ao Rio da Tapera presença de sedimentos marinhos eólicos retrabalhados e sedimentos de baía e laguna. Na Praia de Fora e Praia da Ponta sedimentos de baía e laguna e entre as duas praias sedimentos marinhos eólicos retrabalhados. Na Costeira do Ribeirão da Ilha sedimentos marinhos litorâneos. | Domínio absoluto dos Argissolos com diferentes profundidades ao longo da UTP, muito argiloso acompanhando o relevo de grande declividade e montanhoso. Areias quartzosas marinhas + dunas na praia da Tapera e na praia da Ponta. Solo indiscriminado de manguezal também na praia da Tapera. | Dissecação em montanha. Acumulação flúvio-marinha próximo a comunidade do Ribeirão da Ilha e na Costeira do Ribeirão da Ilha. Na ponta do Caiacanguçu, rampa de dissipação envolta por acumulação flúvio-marinha. Na praia do Sinhô acumulação marinha. No rio Tapera rampa de dissipação (a montante) seguida por acumulação flúvio- marinha. Na praia da Tapera planície de maré. Na praia Grande e na Caieira da Barra do Sul planície flúvio-marinha. | Pela declividade e por correr diretamente das encostas para a Baía Sul, há poucos rios importantes nessa área, mas muitos córregos intermitentes. Dos rios perenes destaque para o rio Tapera e o rio Naufragados. Aquífero Ilha domina. | Vegetação de influencia marinha herbácea e arbustiva nas áreas próximas ao mar e Capoeira, capoeirinha e capoeirão nas encostas. | Parque do Tabuleirinho (estadual) – Parte integrante do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Dec.Est. 2335/77 Área: 346,5 ha. (presente também na UTP do Saquinho). Encostas Leis 2193/85 e 1851/82. Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna. |
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA52 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações53 |
LAGOA DO PERI | 19,866 | Na parte sul e oeste da UTP domínio do Granito Florianópolis com lineamento NE-SW ao sul, e a oeste tanto NE- SW quanto N-S. Na parte norte da UTP sedimentos colúvio- aluvio eluvionares indiferenciados. Próximo a entrada do Rio do Peri na Lagoa, ao sul, presença de sedimentos areno- silticos argilosos de baía e laguna, esse tipo de sedimento vai aparecer em toda a margem leste da Lagoa. Próximo a captação de água da CASAN sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados. Ao longo da Praia da Armação e na restinga presença de sedimentos marinhos litorâneos. | Argissolos no relevo montanhoso, com profundidades variáveis ao longo da UTP, sendo mais profundo próximo ao rio do Peri e na parte norte da UTP. A leste domínio das areias quartzosas hidromórficas e somente quartzosas. Areias quartzosas marinhas na praia da Armação. Presença de Gleissolo ao longo do canal Sangradouro. | Dissecação em montanha no material cristalino. Com acumulação lacustre nas margens da lagoa. O relevo apresenta domínio das terras altas, parte integrante das serras do Leste Catarinense, cujas, características são as cristas angulosas intercaladas por depressões e elevações. As maiores altitudes da Lagoa do Peri, estão situadas ao longo das cristas que contornam a bacia hidrográfica. Entre os picos mais elevados estão o morro da Chapada (440m), morro da Tapera (371m), morro da Boa Vista (350 m) e morro do Peri (320m). As encostas encontram-se dissecadas por vales encaixados e pouco profundos em forma de “V”, sendo em geral abruptas com uma declividade que varia de 20 a 45º graus. No rio Peri, acumulação fluvio-lacustre. A leste da lagoa rampa de dissipação com cordões de restinga. | Com 5,10 km2 de superfície da lagoa, possui dois rios principais: Cachoeira Grande e Ribeirão Grande (rio Sertão), que nascem no alto dos morros e desembocam na lagoa. O rio Cachoeira Grande possui uma extensão de 1.7 km, nasce a uma altitude de 280 m e apresenta uma declividade média de 20 cm/m, drenando uma área de 1.66 km2. O rio Ribeirão Grande ou Sertão nasce a 285m de altitude, possui uma extensão de 4.6 km e declividade média de 12 cm/m e drena uma área de 6.98 km2. A profundidade da Lagoa aumenta de Oeste pra Leste. Apresentando um canal Sangradouro com uma extensão de 6,7 m de largura e 0,90 m de profundidade utilizado quando a Lagoa está cheia. O Sistema de Abastecimento Costa Leste-Sul de concessão da CASAN que capta água da Lagoa desde 2000 para as localidades do sul e leste da Ilha, com vazão em torno de 190 L/s, não alterada nem no inverno ou no verão, mudando apenas o tempo em que é consumido o volume de água armazenado na caixa que fica no morro da Lagoa do Peri, com capacidade de 20 milhões de litros, segundo dados da CASAN. | Floresta Ombrófila Densa Sub-montana e montana no embasamento cristalino com elevado índice de preservação (técnicos da FLORAM consideram essa mata como um dos únicos espaços em Florianópolis com floresta primária). Com áreas de capoeirinha, capoeira e capoeirão no Sertão do Peri. Vegetação Litorânea na planície costeira; além de pequeno reflorestamento de espécies exóticas que está sendo substituído ao longo dos últimos anos por espécies nativas. | Parque Municipal da Lagoa do Peri Lei Mun.1828/81 e Dec. 091/82 Área: 2030 ha. Encostas Leis 2193/85 e 1851/82. Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna . |
52 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
53 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA54 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações55 |
PÂNTANO DO SUL | 16,267 | A oeste da UTP domínio | Na planície predomínio | Dissecação em | A planície do Pântano do | Vegetação de influencia | Dunas do Pântano do |
do Granito Florianópolis, | das areias Quartzosas | montanha a leste e a | Sul tem como rio | marinha herbácea e | Sul | ||
com o aparecimento da | hidromórficas. Presença | oeste da UTP. | principal o rio Armação. | arbustiva em dunas, com | Dec.112/85. Área 24,2 ha | ||
Formação Cambirela em | de Argissolos sobre o | Acumulação marinha | Há pequenos córregos | capoeirinha sobre a | Campo de dunas fixas, | ||
duas cristas de morros. A | embasamento cristalino. | com cordões de restinga | drenando o Morro do Boa | planície, com capoeira e | semi-fixas e móveis, | ||
leste grande maciço da | Na faixa litorânea | na praia do Pântano | Vista e o Morro do | capoeirão nas encostas. | situada ao longo da | ||
Formação Cambirela (no | aparecimento de dunas | (com dunas fixas e | Pântano , mas na sua | praia. | |||
morro do Cucuruto e | logo após as areias | móveis). Rampa de | maioria intermitentes. | Dunas da Armação | |||
Matadeiro). Na praia do | quartzosas marinhas. | dissipação no loteamento | Para efetuar drenagem | Dec.112/85 | |||
Pântano do | Gleissolo ao longo do rio | de Balneário de Açores. | da planície, há muitos | Área 5,9 hectares | |||
Sul sedimentos marinhos | da Armação. | Grande planície lacustre | canais de drenagem | É um campo de dunas | |||
litorâneos seguidos por | junto ao rio da Armação | antrópicos. | fixas, semi-fixas e | ||||
sedimentos arenosos de | e acumulação fluvial | Há bons aquíferos na | móveis, situado ao longo | ||||
origem eólica. No | próximo a comunidade | UTP, como o aquífero | da praia. | ||||
loteamento Balneário de | de Armação. Na praia da | Canasvieiras e Rio | |||||
Açores grande presença | Armação cordões de | Vermelho, alem do | |||||
de sedimentos marinhos | restinga. | aqüífero Ilha nas | |||||
litorâneos e eólicos | encostas. | ||||||
retrabalhados. Ao longo | |||||||
do rio Armação | |||||||
sedimentos areno-silticos | |||||||
argilosos de baía e | |||||||
laguna. Na Praia da | |||||||
Armação sedimentos | |||||||
marinho litorâneos. |
54 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
55 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP) | |||||||
UTP | ÁREA56 (KM2) | GEOLOGIA | SOLO | RELEVO/ GEOMORFOLOGIA | HIDROLOGIA/ HIDROGEOLOGIA | VEGETAÇÃO | U.C, APP e outras legislações57 |
XXXXXXXX XX XXXXX | 0,000 | Xxxxxx xxxxxxx xx | Xxxxxxxxxx em | Dissecação em | Os canais que abastecem a lagoinha | Vegetação de | Parque Municipal da |
Formação Cambirela no | predomínio, com | montanha. No entorno | apresentam pouco volume de água e | influencia marinha | Lagoinha do Leste Lei | ||
entorno da UTP. | muitas faces com | da laguna acumulação | estão encaixados nas falhas | herbácea e arbustiva | Mun.4701/92 | ||
Ao redor da laguna | afloramento de | de planície lacustre, com | estruturais do embasamento | em dunas, com | Área: 480,5 ha. | ||
presença de sedimentos | rochas. | rampa de dissipação | cristalino. O canal do escoamento | capoeira e capoeirão | Encostas | ||
areno-silticos argilosos de | Na praia aparece | entre o meandro da | lagunar geralmente isolado do | nas encostas. | Leis 2193/85 e 1851/82. | ||
baía e laguna. Ao norte da | as areias | laguna. Na praia cordão | oceano devido à presença da barra | Protege todas as encostas | |||
praia da Lagoinha do Leste | quartzosas | de restinga com dunas | arenosa no cordão praial. | com declividade igual ou | |||
sedimentos arenosos de | marinhas seguida | móveis e fixas. Na praia | Eventualmente, seja em períodos de | superior a 25°, ou 46,6%, | |||
origem eólica. Na praia | de um campo de | do Matadeiro | alta pluviosidade ou durante eventos | recobertas ou não por | |||
depósito sedimentar | dunas. No | acumulação flúvio- | de tempestades “ressacas”, rompe- | vegetação, o sistema | |||
marinho litorâneo. | meandro da | marinha junto aos | se a barra arenosa junto a praia e o | hidrográfico que forma as | |||
Sedimentos marinhos | laguna presença | riachos, e acumulação | canal da Lagoinha deságua no mar. | principais bacias de | |||
litorâneos e eólicos | de areias | marinha na praia. | Possui aquífero Rio Vermelho e Ilha. | captação de água potável, | |||
retrabalhados nos meandros | quartzosas. | a paisagem natural e a | |||||
do canal que liga a laguna | fauna . | ||||||
ao mar. | |||||||
SAQUINHO | 6,203 | Domínio absoluto do Granito | Argissolos | Dissecação em | Córregos intermitentes ao longo da | Capoeira e capoeirão. | Parque do Tabuleirinho |
Florianópolis com depósitos | predominam | montanha. Acumulação | UTP correndo diretamente ao mar. | (estadual) – Parte | |||
sedimentares marinhos | sendo | flúvio-marinha na praia | Destaque para o rio da Pacas na | integrante do Parque | |||
litorâneos nas praias do | normalmente de | da Solidão (rio das | praia da Solidão. | Estadual da Serra do | |||
Saquinho e Solidão. Na | pouca | Poças) e na praia do | Aquífero Ilha. | Tabuleiro. Dec.Est. | |||
ponta nordeste da UTP | profundidade pela | Saquinho, na linha de | 2335/77 | ||||
sedimentos arenosos de | declividade do | praia em ambas, | Área: 346,5 ha. (presente | ||||
origem eólica. | relevo. Na face do | acumulação marinha. Na | também na UTP do | ||||
litoral | praia de Naufragados, | Ribeirão da Ilha). | |||||
aparecimento de | cordão de restinga. | Encostas | |||||
muitos | Leis 2193/85 e 1851/82. | ||||||
afloramentos | Protege todas as encostas | ||||||
rochosos. | com declividade igual ou | ||||||
superior a 25°, ou 46,6%, | |||||||
recobertas ou não por | |||||||
vegetação, o sistema | |||||||
hidrográfico que forma as | |||||||
principais bacias de | |||||||
captação de água potável, | |||||||
a paisagem natural e a | |||||||
fauna . |
56 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
57 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.