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P AL AVRA DO PRESIDENTE
É PRECISO DECIDIR O MODELO DE PRIVATIZAÇÃO, O QUE INCLUI A OFERTA DA MELHOR TARIFA OU A CONCESSÃO PARA A EMPRESA QUE ASSUMIR O MAIOR NÚMERO DE INVESTIMENTOS
PRIVATIZAÇÕES EM PAUTA
Pelo Brasil a agenda de privatizações é ex- tensa: inclui portos, aeroportos e rodovias. Como não é ponto pacífico entre o Planalto e o Congresso, a pauta se arrasta e causa incer- tezas no mercado econômico. Os reflexos são sentidos por toda a nação, afinal, a iniciativa privada tem maior capacidade de investimen- to e quase sempre é mais ágil e adota práti- cas modernas.
É preciso decidir o modelo de privatização, o que inclui a oferta da melhor tarifa ou a con- cessão para a empresa que assumir o maior número de investimentos. Para a Eletrobras, por exemplo, o governo federal optou pelo formato de capitalização: a União ofereceu ações na bolsa de valores e deixou de ser acionista majoritária – a sua participação caiu de 68,6% para menos de 50% e, agora, não há um controlador definido. O ministro da Economia, Xxxxx Xxxxxx, disse apoiar o mes- mo tipo de concessão para a Petrobras.
O país também discute a privatização dos Cor- reios, um serviço com mais de 300 anos e que no ano passado apresentou lucro de R$ 3,7 bilhões. Apesar do resultado recorde, a esta- tal acumulou um período de prejuízos ao erá- rio entre os anos de 2013 e 2016 e se mos- trou ineficaz ao cumprir prazos de entrega aos clientes. Para o BNDES, no modelo atual,
a capacidade de investimentos dos Correios é baixa para que a empresa seja mais competi- tiva. Além disso, a terceirização dos serviços postais é uma tendência: países como Esta- dos Unidos, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Suécia escolheram o mesmo caminho.
Maior operador logístico do país, os Correios têm alcance em todos os municípios brasi- leiros e possuem 100 mil funcionários. Pelo projeto de lei enviado ao Congresso, a Anatel seria transformada em Agência Nacional de Telecomunicações e Serviços Postais e pas- saria a regular, fiscalizar o serviço e definir tarifas e reajustes. O governo também optou pela venda de 100%, em vez de dividir a em- presa por regiões e serviços ou de manter a participação majoritária.
Com marcos regulatórios bem definidos, a privatização é positiva. E ainda que o tema gere debates, a solução deve ir além da ideo- logia e do partidarismo. É preciso englobar nessa pauta uma gestão mais moderna, efi- caz e competitiva, com melhores serviços, além de gerar segurança jurídica para quem assumir e quem receber os serviços.
Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxx é presidente da Asso- ciação Comercial e Empresarial de Maringá
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(ACIM)
ÍNDICE
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ENTREVISTA
Oitavo comendador da Associação Comercial, Xxxx Xxxxxxxx fala sobre trajetória, erros, futuro
do cooperativismo e eficiência de gestão; para ele, o futuro da Cocamar está na expansão,
inclusive para o Mato Grosso, para diminuir perdas com quebras de safras regionais
REPORTAGEM DE CAPA
Entre os 13,4 milhões de microempreendedores individuais brasileiros está Xxxxxxx Xxxxxxx xxx Xxxxxx, dos Chinelos Lá & Cá, cuja produção é comercializada em pontos físicos da região; depois de mudar a forma de venda, antes por consignação, ela faz planos de ter
e-commerce e até franquias
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ECONOMIA
Os juros mais altos impactaram a demanda por crédito entre as empresas e também deixaram as instituições financeiras mais cautelosas, avalia Walter Schon, do Sicoob, mas há diversas linhas com recursos próprios, do BNDES, BRDE e com aval da Noroeste Garantias
DIREITO
Um acordo extrajudicial, na Câmara Privada de Mediação e Arbitragem, foi a forma escolhida pela Cocamar para intermediar a quitação de um contrato de trabalho; foi a primeira vez que a cooperativa escolheu a mediação, segundo o advogado Xxxxxxx Xxxxxx, e deve continuar usando essa forma de resolução
ERRAMOS
Diferente do que consta na reportagem ‘Metaverso, tendências e impactos nos negócios’, publicada nas páginas 30 e 31 da edição abril/maio, o professor e palestrante Xxxxxx Xxxxxxxxx leciona na Fundação Instituto de Administração (FIA)
– Universidade de São Paulo (USP), e não na Fundação Xxx Xxxxxx
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SOCIEDADE COM FUNDO DE INVESTIMENTO
O fundo Xxxxxx.xx firmou sociedade com a Bravo Empreendimentos, de Maringá, para os próximos seis projetos da incorpora- dora imobiliária, o que renderá um Valor Geral de Vendas (VGV) estimado de R$ 600 milhões. O primeiro empreendimento da so- ciedade é o BE Garden, localizado na Xxxx 0 xx Xxxxxxx, com 264 apartamentos do tipo studio, com 33 metros quadrados cada, distribuídos em 22 andares, além de área de lazer e eficiência térmica e energética garantidas pelas certificações WELL e GBC Condomínio.
A Trinus é um dos maiores fundos de tijolos do país com patrimônio líquido estimado de R$ 1,5 bilhão. Segundo o head de Xxxxxx xx Xxxxx, Xxxx Xxxxx, “uma parceria desse por- te mostra que a Xxxxx está trilhando o cami- nho certo. É o selo de confiança de uma em- presa estabelecida nacionalmente, com um portfólio respeitado. Com essa sociedade, a ideia é acelerar as entregas de tecnologia e a criação de produtos e serviços”.
SEGUNDA AGÊNCIA
Para expandir o cooperativismo de crédito, principalmente para empresas e profissio- nais da saúde, a Uniprime do Brasil inaugurou a segunda agência em Maringá, em maio, na praça Deputado Heitor Alcântara Furtado,
198. Trata-se do 39º ponto de atendimento da cooperativa que é presidida por Xxxxxx Xx- xxx. “Estamos felizes em inaugurar mais uma agência em Maringá, nesta cidade que é re- conhecida pela sua qualidade de vida e pela geração de empregos e negócios”, afirmou. A Uniprime é a maior cooperativa de crédito do país com foco na área da saúde, administran- do R$ 5,2 bilhões em recursos. Possui volume de crédito de R$ 2,3 bilhões e patrimônio líqui- do de R$ 770 milhões, tem 40 mil cooperados e atuação no Paraná e São Paulo.
FOTO/DIVULGAÇÃO
PIMENTA MAIS ARDIDA DO MUNDO É CULTIVADA EM MARINGÁ
Reconhecida pelo Guinness Book, o Livro dos Recor- des, como a pimenta mais ardida do mundo, a Caroli- na Reaper é cultivada o ano inteiro em Maringá pelo produtor Xxxxx Xxxx. No viveiro localizado na rua Xxxx Xxxxxxx, 153, Cidade Jardim, há 150 pés da exótica pimenta norte-americana, cultivada em vasos. A pro- dução é vendida no local e pela internet por R$ 50 o quilo - cada pé rende cerca de 10 quilos por ano.
Além de comercializar o produto para todo o Brasil, Cazé vende para outros países, como Estados Uni- dos, Trindade e Tobago, Sérvia e Kosovo. Ele vende tanto o fruto quanto a semente, a planta e um mo- lho de produção própria. Mas o produtor avisa: por mais popular que seja entre os amantes de pimenta, a Carolina Reaper é apenas para degustação e preci- sa ser consumida com cuidado, porque pode atingir um nível de pungência (ardência) de até 2,2 milhões
- para comparação, a pimenta malagueta fica em 75 mil. “Se alguém comer mais do que o recomendado, alimentos como iogurte e requeijão diminuem a quei- mação por causa da lactose”, explica o produtor.
SVN COMPRA BRAVUS E ASSESSORIA
CHEGA A R$ 16 BI
A SVN Investimentos, escritório parceiro da XP com sede em Maringá, anunciou a com- pra da Bravus, um dos maiores escritórios de investimentos de Londrina. Com a transa- ção, finalizada na primeira quinzena de maio, a SVN acrescentou R$ 1,5 bilhão ao patrimô- nio, atingindo R$ 16 bilhões sob assessoria
- o volume inclui outra associação recente no Nordeste, porém, ainda não formalizada. Fundada em 2007, a SVN foi adquirida por Xxxxxx Xxxxxxxxx em 2009, com o objetivo de revolucionar os investimentos na Bolsa de Valores. Para o escritório, que cobre as principais operações de renda variável e fixa, a aquisição da Bravus é uma estratégia para fortalecer a atuação no Paraná e faz parte da nova fase da SVN, que visa não só o crescimento orgânico, mas também por meio da compra de outros escritórios.
MARINGÁ É CIDADE ÁRVORE DO MUNDO, DIZ ONU
Maringá recebeu o título de ‘Cidade Árvore do Mundo’, concedido pela Organização das Na- ções Unidas Para a Alimentação e a Agricultu- ra (FAO-ONU) e Fundação Arbor Day. A cidade integra o ranking com um grupo seleto, ao lado de metrópoles como Paris, Milão, Madri e Nova Iorque. Além disso, são poucos os muni- cípios que possuem o título na América do Sul. Em documento enviado para a defesa do tí- tulo, a Secretaria de Limpeza Urbana de Ma- ringá explica que “a cidade possui 21 áreas de preservação ambiental. Destas, 14 são parques. São 90 praças e diversas calça- das ecológicas. Com floresta remanescente da Mata Atlântica, Maringá tem as árvores como patrimônio cultural. Atualmente a ci- dade apresenta, em média, 150 mil árvores”. No documento também foram citadas leis e projetos municipais que visam à preserva- ção do meio ambiente.
DIVULGAÇÃO
PLANEJADO, EUROGARDEN ESTÁ ABERTO À VISITAÇÃO
Planejado e unindo tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida, o bairro Eurogarden está aber- to à visitação da população desde maio, quando fo- ram inauguradas as avenidas Valdir Nogaroli e Xxxxx Xxxxxx Xxxxxxxx.
Há mais de dez anos, o empresário Xxxxxxxxx Xxxxxxxx contratou o escritório francês Archi 5 para projetar o Eurogarden, que é chancelado pela expertise de profis- sionais do Brasil e do mundo, como a A5 Arquitetura, responsável pela reestruturação do masterplan; Gui- do Petinelli, uma das maiores autoridades do país em projetos sustentáveis; e o arquiteto Xxxxx Xxxxxx, que trabalhou no escritório britânico Xxxxxx & Partners e participou de projetos de renome mundial. Já os jar- dins foram planejados pelo renomado paisagista Ser- xxx Xxxxxxx. “O Eurogarden deixará um legado para Maringá e região, desde a geração de empregos, im- postos, desenvolvimento, progresso, área de compras, lazer e turismo”, sintetiza Nogaroli.
O projeto prevê ciclovias, bike stop, conceito de cami- nhabilidade e lixeiras subterrâneas. “Construímos o Eurogarden para se tornar o melhor bairro na melhor cidade para se viver. No futuro próximo, contará com prédios modernos e ruas com paisagismo europeu, shopping a céu aberto com sistema viário de pedestre e total mobilidade. É o conceito one stop life: xxxxx, tra- balhar, ter filhos na escola, lazer e fazer compras sem sair do bairro”, diz o empreendedor.
O bairro, que fica ao lado do Hospital da Criança e do futuro centro cívico, tem 583 mil metros quadrados. A primeira fase está em andamento, com 179 mil metros, sendo que a pavimentação, ciclovias, jardins e praças estão prontas. Em seguida será construída uma torre comercial. Nas fases seguintes, a parte residencial. O projeto prevê o plantio de 20 mil árvores, de 300 espé- cies, sendo que 3 mil já foram plantadas.
MARINGÁ CAPITAL INVESTE R$ 3 MI EM STARTUP
Formada por investidores para fo- mentar o ecossistema de startups, o Maringá Capital realizou o primeiro aporte: R$ 3 milhões foram investidos na Iris Pay, de Londrina. Com seu primei- ro produto para o mercado de automação de vendas de bebi- das de forma fracionada, tec- nologia própria e patenteada, o negócio visa à estruturação de equipes e expansão a partir da parceria, cujo plano de ne- gócio seguirá pelos próximos 18 meses.
Pioneiro na cidade, o Marin- gá Capital nasceu em 2017 a partir de uma ação organizada pelo Sebrae Paraná para fo- mentar startups e negócios es- calonáveis. Os empresários, de diversas áreas, miram projetos de alto potencial, selecionando portfólios com filtro na quali- dade e em critérios como plano de negócio; equipe; potenciais clientes; foco em crescimento acelerado; modelo de negócio inovador e com transformação de mercado. Há preferência por negócios B2B, que busquem solucionar problemas por meio da tecnologia e com grande ca- pacidade de crescimento. “Es- tamos confiantes no projeto e na equipe da Xxxx Xxx e ajuda- remos a colocar mais uma em- presa escalando globalmente”, frisa o presidente do Maringá Capital, Xxxxx Xxxxxxx.
COM NOVA SIGLA, UNICV INAUGURA CENTRO JURÍDICO
DIVULGAÇÃO
Com mais de 60 cursos de graduação e aproximadamente 40 mil alunos, a UniCV, Centro Universitário Cidade Verde, passou por transição de marca, que resultou na mudança da sigla – antes era UniFCV. A instituição também conta com novo Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) para receber a estrutura do curso de Direito, Serviços Jurídicos, Servi- ços Penais, Segurança Pública, além do Núcleo de Prática Jurídica. Com 1,4 mil metros quadrados, o CCJ possibilita o desenvolvimento de projetos de ensino e extensão, como as orientações para a comunidade indigenista, audiências de mediação com consumidores endividados e atendimen- tos a jovens infratores, por meio da parceria com institui- ções como a Vara da Infância e Juventude.
A inauguração do Centro de Ciências Jurídicas foi pres- tigiada pelo jurista e ex-procurador da República Xxxxxx Xxxxxxxxx, que também ministrou palestra durante o XVI Ciclo de Estudos da UniCV e integrará o corpo docente dos cursos de pós-graduação. A sede administrativa da insti- tuição e o novo centro jurídico ficam na avenida Xxxxxxx Xxxxxxxxxx, 5.415; na foto, o jurista Xxxxxx Xxxxxxxxx, o rei- tor Xxxx Xxxxxx Xxxxxxxx e a diretora de Ensino e Xxxxxxxx, Xxxxx Xxxxxxxxxxx.
ENTREVISTA XXXX XXXXXXXX // / POR XXXXXXXXX XXXX
“É minha obrigação dar um bom destino à cooperativa”
FOTO/DIVULGAÇÃO
Quem é?
Xxxx Xxxxxxxx
O que faz?
Presidente do Conselho de Administração da Cocamar
É destaque por?
Líder cooperativista
Em 2014 Xxxx Xxxxxxxx deixou a função de presidente-
-executivo e assumiu a presidência do Conselho de Ad- ministração da Cocamar. Mesmo dispensado das obri- gações diárias de gestão do antigo cargo, ele continua ‘batendo ponto’ na cooperativa. “Tenho liberdade, che- go a hora que quero, mas como é um hábito de 50 anos não consigo deixar de vir ”, diz.
Ao longo das cinco décadas, Xxxxxxxx passou por vá- rios cargos até assumir a presidência executiva, no final da década de 80. Deixou importantes legados para os cerca de 16,5 mil produtores cooperados espalhados pelo Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Sob a gestão dele, a Cocamar implantou um dos maiores parques industriais cooperativos brasileiros e encampou práticas conservacionistas do solo, como a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). “Em 1997 começamos esse trabalho e me tornei conhecido por causa disso. Faço várias palestras sobre o tema pelo Brasil”, orgulha-se.
Também comandou uma profunda reestruturação ad-
ministrativa e financeira que, na opinião dele, abriu ca- minho para a Cocamar chegar à condição de melhor cooperativa agropecuária do país em 2021, segundo a Revista IstoÉ.
Referência em cooperativismo e no agronegócio brasi- leiro, Xxxxxxxx é diretor da Ocepar e presidente da Rede ILPF. Pela trajetória, recebeu vários prêmios e títulos de cidadão benemérito, e foi agraciado, em junho, com a comenda Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxx, da ACIM:
COMO FOI SUA TRAJETÓRIA NA COOPERATIVA ATÉ CHEGAR À PRESIDÊNCIA EXECUTIVA?
A empresa que eu trabalhava fechou no final de 1971 e logo depois recebi o convite para trabalhar na Cocamar. Entrei na cooperativa em 1° de janeiro de 1972 como au- xiliar na área operacional. Passado um tempo abriu uma vaga de gerente-geral e acabei assumindo. Em seguida, me envolvi com a comercialização internacional e cota- ção de soja. Naquela época havia dificuldade para saber
ENTREVIST A XXXX XXXXXXXX ///
o preço internacional e trazê-lo para
o interior. Ninguém conseguia calcu- lar, acabei resolvendo essa questão e me tornei gerente de comercializa- ção. Em 1979 fui convidado para ser diretor. Permaneci na área comercial bastante tempo, minha expertise da cooperativa veio dessa área. Depois virei diretor industrial e, passado mais um tempo, houve uma cisão na diretoria e acabei me candidatando à presidência. Xxxxxx a eleição em 1989 e assumi como executivo prin- cipal. Em 2014 fizemos uma modifi- cação importante. A Cocamar é uma empresa complexa, que dava muito trabalho. Estava completando 40 anos de casa e já estava um pouco cansado e sem ritmo. Então deci- dimos mudar a diretoria executiva. Antes o presidente era eleito pelos cooperados. Agora é o Conselho de Administração quem contrata o pre- sidente. O Didi [Divanir Xxxxxx] e o Zico [Xxxx Xxxxxx Xxxxxxxx] são di- retores executivos contratados pelo conselho. Com isso, me afastei da execução diária e passei a me dedi- car ao Conselho de Administração.
CONSIDERA A REFORMA ADMINISTRATIVA UM MARCO DA GESTÃO?
Com certeza. A Cocamar foi a pri- meira cooperativa que profissiona- lizou a gestão. Agora outras estão adotando o modelo. Um grande problema é que os líderes do coo- perativismo são mais ou menos idosos, e da forma como era a su- cessão era muito difícil. Se o presi- dente morresse, era uma encrenca, porque não tinha quem assumisse, era preciso fazer uma nova eleição e até lá a empresa pararia. Esse mo- delo de gestão profissional, que é adotado por multinacionais e ban- cos, resolve isso porque conta com um conselho de administração forte e executivos de base.
QUAIS OUTRAS AÇÕES MARCARAM SUA GESTÃO?
Quando assumi como presidente ganhei um tremendo problema. A Cocamar era uma empresa inchada, com 4,2 mil funcionários, e sem foco. O meu desafio foi mandar gente em- bora entre 1991 e 1992. Reduzimos o quadro de funcionários para 1,8 mil. Logo em seguida veio o Plano Real [do governo federal] e aí enfrenta- mos uma situação econômica muito grave. Os preços foram congelados, houve disparidade entre o custo e a receita, passamos por dificuldades fi- nanceiras. Diante disso acredito que o que fiz de melhor foi reestruturar financeiramente a cooperativa. Deu um trabalho enorme, foram muitos cortes. Gostaria de estar naquela si- tuação? Claro que não. Mas é aquela história: ‘um covarde sem alternativa acaba virando herói’. Precisei enfren- tar a situação porque tinha a respon- sabilidade de gerir a cooperativa e acabamos fazendo uma grande re- negociação. Levou tempo para colo- car tudo em ordem, mas hoje temos uma cooperativa robusta.
ERROS FAZEM PARTE DA TRAJETÓRIA. SE LEMBRA DE ALGUM ERRO OU ALGO QUE PODERIA TER FEITO DIFERENTE?
Trabalhávamos com seda e fizemos um grande investimento na área. Infelizmente, ao longo do tempo, por razões internacionais e de mer- cado, a seda praticamente desapa- receu. Eram 13 empresas no Brasil e elas viraram uma. Os preços desa- baram e até hoje temos uma estru- tura física grandiosa parada porque o negócio não deu certo. Teve outro negócio, mas neste tivemos mais sorte porque conseguimos vender. Era uma usina de cana-de-açúcar que não compensava manter por- que tínhamos que arrendar a terra
do agricultor para plantar, quando o certo era ele plantar e entregar a cana para nós. Decidimos sair do negócio e corrigimos o erro com a venda da usina. Quando se tem 16 mil cooperados e uma estrutura que atende 600 deles, como era o caso da usina, é descabido manter o investimento. Também iniciamos um projeto de laranja em Paranavaí, em parceria com o estado. O negó- cio não deu certo e tivemos que sair da atividade.
EM 2021 A COCAMAR FOI ELEITA A MELHOR
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DO PAÍS PELA REVISTA ISTOÉ
E REFERÊNCIA DE EFICIÊNCIA EM GESTÃO. A QUE O SENHOR ATRIBUIU O SUCESSO?
É fruto da profissionalização da ges- tão, termos colocado profissionais para gerir a empresa. Na verdade, profissionais que eram funcionários e foram promovidos a gestores. Até então eles estavam sob a minha su- pervisão. Hoje a gestão cabe a eles e dou palpites. A mudança estrutural que fizemos para profissionalizar a gestão foi um ponto de conversão. Uma cooperativa também tem que estar ligada à comunidade, fazer be- nevolência, resolver problemas co- munitários, apoiar e incentivar traba- lhos sociais.
COMO O COOPERATIVISMO SE DIFERENCIA DE OUTROS MODELOS DE NEGÓCIOS PRIVADOS?
Cooperativas e empresas privadas são completamente distintas. Em primeiro lugar, quando uma empre- sa ganha dinheiro, este dinheiro vai para o bolso dos sócios. Quando uma cooperativa ganha dinheiro, parte fica em fundos para desen- volver a cooperativa e a outra vai para o bolso do cooperado. Outro
diferencial é que nenhuma empresa do porte da nossa, multinacional ou não, tem agrônomo. Tem vendedor de insumo, mas não tem agrôno- mo para ajudar o produtor a deci- dir o que, quando e como plantar. Ou seja, não transfere tecnologia. Já nós pegamos as melhores tecnolo- gias do mercado, juntamos em um dia de campo e transferimos para o cooperado. É o mais nobre trabalho que fazemos: transferir conhecimen- to ao produtor para que ele evolua. Também transferimos informações de mercado, comportamento, câm- bio e economia. É como se fosse uma família, é assim que tratamos os cooperados. Uma cooperativa nun- ca deixa de ter preço num produto, já as empresas, por conveniência do momento, tiram o produto do mercado. Trabalhamos sempre com transparência. O Paraná é a meca do cooperativismo no Brasil, porque lidamos com pequenos produtores. O grande produtor não precisa da cooperativa, tem condições de ir ao mercado fazer compras e negociar sua produção. Já o pequeno produ- tor é dependente de uma estrutura como a nossa para crescer. Dá para entender a cooperativa como um grupo de pessoas que se unem para formar uma grande fazenda. Isto muda o olhar do vendedor de insu- mo e do comprador porque ele não está olhando para o produtor pe- quenininho, mas para uma fazenda.
QUAL É O FUTURO DO COOPERATIVISMO?
A previsão é de crescimento cons- tante. Recebemos recentemente a visita do vice-governador do Mato Grosso [Xxxxxxxx Xxxxxx], um grande produtor de soja, e ele veio dizer que a Cocamar precisa ir para lá porque os pequenos produtores não estão sendo assistidos. As multinacionais atendem os grandes e deixam os
UM GRANDE PROBLEMA É QUE OS LÍDERES DO COOPERATIVISMO SÃO MAIS OU MENOS IDOSOS. SE O PRESIDENTE MORRESSE, ERA UMA ENCRENCA,
PARARIA
PORQUE NÃO TINHA QUEM ASSUMISSE, ERA PRECISO FAZER UMA NOVA ELEIÇÃO E ATÉ LÁ A EMPRESA
pequenos de lado. Veja bem, o esta- do que é o maior produtor de grãos está à procura de uma cooperativa para ajudar os pequenos produtores. E estamos inclinados a pensar nisso. O sistema cooperativista do Paraná é altamente respeitado e reconhecido, principalmente no governo federal. Somos frequentemente chamados para discutir questões nacionais.
E O FUTURO DA COCAMAR?
Vejo a Cocamar crescendo. Nosso foco hoje é basicamente horizontal, espalhar um pouco as raízes para reduzir riscos. Tivemos uma quebra de safra de milho no ano passado e uma quebra de soja este ano, que- bras grandes. Se estivéssemos só em Maringá, iríamos sofrer muito. Como estamos em outras cidades e estados, conseguimos equilibrar. Quanto mais crescermos na horizontal, menores serão as oscilações de movimentação.
QUANDO ANALISA A TRAJETÓRIA, QUAL É O SEU SENTIMENTO?
Fui exitoso na empresa que traba- lhei antes da Cocamar. Entrei como ofice boy e virei gerente em seis anos. Aqui fui honrado com um car- go e agora uma posição que jamais imaginaria porque minha educação formal não foi boa. Na adolescên- cia, morava na roça e pedalava 13 quilômetros para chegar na esco- la. Quando chovia, vinha de burro. Quando terminei o ginásio fiz o cur- so de contabilidade. Na época não tinham tantas opções como hoje. Já trabalhando e casado cursei Direito. Eram tempos difíceis.
CONSIDERA-SE UM HOMEM REALIZADO?
O meu desejo, a minha preocupa- ção atual, é o encaminhamento da sucessão que estou fazendo. Tenho dois excelentes gestores e num determinado momento precisarei deixar o Conselho de Administra- ção. Esta será uma hora chave para mim, se conseguir fazer a engrena- gem funcionar, estarei liberado da Cocamar. É a minha vida, é minha obrigação dar um bom destino à cooperativa porque ela é útil às pessoas.
CONSIDERANDO A SUA GALERIA DE PRÊMIOS, QUAL O SENTIMENTO DE RECEBER A COMENDA XXXXXXX XXXXXXX XXXX?
Fico preocupado porque geral- mente esse tipo de prêmio é para quem já está se aposentando, e ainda não estou (risos). É uma honraria, ainda mais por ser aqui. Não nasci em Maringá, mas sou maringaense de coração. Faço propaganda da cidade em todas as palestras, falo que é a mais bo- nita do Brasil.
REPORT AGEM DE CAP A /// POR ROSÂNGELA GRIS
EMPREENDEDORISMO
Porta para o
Sem burocracia e com baixo custo, MEI abre caminho para quem sonha com renda extra ou prosperidade por meio do negócio próprio; essa figura jurídica soma mais de 13 milhões de empreendedores no país, o que corresponde a quase 70% das empresas em atividade
Depois de regressar de uma viagem para os
Estados Unidos, Xxxxxxx Xxxxxx abriu a Wordfy para ministrar inglês para negócios; com a expansão, a empresa vai
ser desenquadrada do MEI
_FOTO/XXXX XXXXXX
Foi durante uma temporada nos Estados Unidos, em 2017, que Xxxxxxx Xxxxxx descobriu a veia em- preendedora. Formada em Secretariado Executivo Trilíngue pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), ela havia se mudado para Nova Iorque para aprimorar o inglês e lá se ‘reencontrou’ com o Business, área que havia deixado para trás após experiências frustrantes.
“Logo que me formei trabalhei como secretária-
-executiva, entretanto me frustrei. Então, por ne- cessidade financeira, fui para sala de aula ensinar inglês e acabei me apaixonando pela profissão.
Lecionava em escolas, porém sentia que precisava estudar mais, fazer mestrado e doutorado e aí de- cidi passar um ano fora”.
Na bagagem de ida, Xxxxxxx levou a vontade de aprender. Na volta, trouxe conhecimento, cinco quilos de apostilas e um plano de negócio. Nascia ali a Wordfy - Inglês para Negócios. Para formalizar a empresa, ela buscou ajuda na UEM. “Fui até a universidade e um professor do curso de Conta- bilidade me ajudou a abrir o MEI. Queria trabalhar com tudo certinho, mas na época também estava de olho nos benefícios assegurados ao microem-
Para complementar a renda, Xxxxxxx Xxxx fazia trabalhos de cinegrafista como freelancer; com o aumento dos serviços, ele deixou o trabalho numa emissora de TV para se dedicar integralmente ao negócio _FOTO/XXXX XXXXXX
Depois de uma consultoria, Xxxxxxx Xxxxxxx xxx Xxxxxx, dos Chinelos Lá & Cá, decidiu abandonar as vendas por
consignação e apostar em parcerias com os pontos de vendas; ela também faz planos de ter e-commerce _FOTO/XXXX XXXXXX
preendedor individual”, conta.
A Wordfy começou ofertando aulas personalizadas presenciais. Larissa ia aos endereços indicados pelos alunos e focava a aula nas necessidades de cada um. “Uns queriam se preparar para uma entrevista de emprego, outros para uma prova ou uma viagem”.
Em 2019, a demanda cresceu a ponto de im- possibilitar o atendimento presencial e, após uma reestruturação do modelo de negócio, a Wordfy migrou para o online. Essa mudança ocorreu com auxílio de consultorias, inclusive do programa Em- preender da ACIM. “Quando a pandemia come- çou, em 2020, já estávamos no online e isso per- mitiu chegar rapidamente a outros estados, como São Paulo e Santa Catarina, e até a outros países”, conta Xxxxxxx, que havia desenvolvido uma meto- dologia própria de ensino.
No ano passado, ela contratou nova consultoria, desta vez para ajudar a tirar do papel o Wordfy Club que disponibiliza, em uma plataforma digi- tal, mais de 70 aulas gravadas com materiais em pdf e exercícios. “É uma espécie de assinatura de streaming em que o usuário adquire e consome o conteúdo disponibilizado na plataforma. É um produto escalável, que foi testado por três meses, validado e está sendo aprimorado”.
Com a nova ferramenta, Xxxxxxx projeta a expan-
são do negócio e faturamento superior aos R$ 81 mil anuais permitidos ao microempreendedor in- dividual, bem como a necessidade de reforçar a equipe para fazer o atendimento e o marketing. Por isso, já prepara o processo de desenquadra- mento como microempreendedora individual. “O MEI serviu como uma porta de entrada por conta dos baixos custos. Mas, felizmente, a Wordfy cres- ceu e vamos ter que migrar para outro modelo, até porque a ideia é continuar expandindo”.
EMPREENDEDOR EM TEMPO INTEGRAL
Quem também espera chegar nesse patamar é Xxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxxx Xxxx. O trabalho freelan- cer surgiu como renda extra, mas abriu as portas para uma guinada profissional. Trabalhando em uma emissora de TV de Maringá, ele aproveitava o horário livre para fazer ‘bicos’ de gravação e edição de vídeos. Em 2019, formalizou-se como microem- preendedor individual para emitir nota fiscal. “Mui- tos clientes pediam nota e o MEI foi a melhor solu- ção porque era fácil abrir e os custos são baixos”.
A partir daí, viu a demanda pelos serviços au- mentar inviabilizando a conciliação das duas ati- vidades. E na hora de escolher, não teve dúvidas: deixou o emprego com carteira assinada e abra- çou de vez o empreendedorismo. “Comecei a per-
REPORT AGEM DE CAP A
Xxxxxxx do Xxxxx Xxxxxx, consultor do Sebrae: “com o desemprego, surgem os empreendedores por necessidade. Mas tem o empreendedorismo por oportunidade. Por exemplo, aumentaram as possibilidades de negócios online” _FOTO/XXXX XXXXXX
der clientes por causa do horário fixo de trabalho na TV e decidi sair”, conta o agora microempreen- dedor individual em tempo integral.
A mudança, segundo o editor de vídeos film- maker, era planejada e foi impulsionada pela abertura do MEI, tanto que ele não se importou com a perda de benefícios assistenciais impos- ta pela formalização. “Estava ciente que perderia direitos como o seguro-desemprego, mas como planejava sair espontaneamente da TV, como aconteceu, isso não foi problema”.
A produtora de Rosa, batizada de VP Xxxxx e Vídeo, ganhou projeção e, consequentemente, clientes. Os vídeos comerciais são o carro-chefe, mas a procura por produções institucionais e para redes sociais vem crescendo.
Na condição de MEI, o editor de vídeos também teve a oportunidade de participar de capacitações e treinamentos, inclusive disponibilizados pelo Nú- cleo de Marketing do Empreender. E embora ainda não tenha recorrido a financiamentos e linhas de crédito, ele sabe que se precisar de recursos para investir na produtora, terá acesso a condições di- ferenciadas como microempreendedor individual. Por enquanto, ele segue trabalhando sozinho em home ofice, entretanto tem planos de ter espaço físico próprio para a produtora e ampliar as parce- rias com empreendedores. “Quero expandir. É uma
caminhada longa, o MEI é só o início”, afirma.
FIM DA CONSIGNAÇÃO
Das 19,3 milhões de empresas ativas no Brasil, 13,4 milhões são MEI, segundo o Ministério da Econo- mia. Isso representa quase 70% dos negócios ati- vos. E foi esse o caminho de Xxxxxxx Xxxxxxx xxx Xxxxxx, que traça planos ousados para os Chine- los Lá & Cá, empresa que adquiriu em 2017, ano em que se lançou como microempreendedora in- dividual. Até o final do ano ela planeja dobrar os pontos de vendas físicos e lançar o e-commerce. A longo prazo, não descarta a possibilidade de uma franquia. “É um sonho, mas preciso fazer cursos e entender esse modelo de negócio”, diz.
Até lá, a ideia é fortalecer a marca, abrir merca- dos e celebrar parcerias. Para isso, Xxxxxxx sabe que precisa intensificar a estratégia adotada desde o ano passado, quando passou a percorrer cida- des da região e mudou a forma de comercializar a produção dos Chinelos Lá & Cá.
“Vendia por consignação, ou seja, deixava os chi- nelos para que os vendedores os colocassem no expositor e oferecessem para seus públicos. Desco- bri que não era o melhor jeito depois de fazer uma consultoria no Sebrae. A consignação é para quem tem bom capital de giro e só funciona para divulgar a marca no início. São necessários vendedores e lo-
jistas que se esforcem para vender o produto, o que não acontece com o produto consignado”, explica. Para negociar e fechar as parcerias, ela resgatou os conhecimentos do período em que trabalhou no comércio, com carteira assinada, como vendedora. Também recorreu aos ensinamentos da mãe comer- ciante e investiu em cursos e consultorias. Atualmen- te, a marca conta com 15 pontos de vendas físicos
em dez cidades das regiões de Maringá e Londrina.
Não menos desafiador foi o processo de apren- dizagem de fabricação manual dos chinelos tera- pêuticos, para a saúde dos pés e alívio de dores. Hoje ela domina a técnica e, trabalhando sozinha nos fundos de casa na Vila Morangueira, consegue produzir entre 80 e 100 pares por dia. “No inverno aproveito para abastecer o estoque, porque é um trabalho 100% manual e sou exigente com a qua- lidade do produto”.
A exigência só não supera a confiança no suces- so do negócio. Chefe de família e formada em Ser- viço Social, Xxxxxxx se diz realizada com a carreira e recomenda o caminho do empreendedorismo para quem sonha com a independência financeira.
“Minha filha Xxxxxxxx, de 18 anos, fez curso de de- sign de sobrancelha e já abriu o MEI. O custo por mês é acessível, não tem burocracia, tem benefí- cios e facilidades para crescer”, conclui.
MODALIDADE EM ALTA
Não à toa o Brasil ganhou quase 6 milhões de mi- croempreendedores individuais desde 2020 – 646 mil só neste ano. O Paraná tem 865 mil microem- preendedores individuais, sendo que mais de 38,3 mil estão em Maringá.
“Ano após ano, aumenta o número de empresas registradas. Segundo pesquisas do Sebrae, com base em dados da Receita Federal, em 2021 fo- ram mais de 3,9 milhões de empreendedores que se formalizaram em busca de uma fonte de renda ou para realizar o sonho do negócio próprio. Esse número representa incremento de 19,8% em rela- ção a 2020, quando foram criados 3,3 milhões de CNPJs”, diz o consultor do Sebrae Paraná, Xxxxxxx do Xxxxx Xxxxxx.
Embora reconheça a relação desse aumento com o alto índice de desemprego e a reforma tra-
REPORT AGEM DE CAP A
balhista, o consultor enaltece a possibilidade de abrir negócios e prosperar. “Com o desemprego, surgem os empreendedores por necessidade. A reforma também impactou as terceirizações de trabalho. Mas, além disso, tem o empreendedoris- mo por oportunidade. Por exemplo, aumentaram as possibilidades de negócios online”.
Por necessidade ou oportunidade, é inegável que a figura do MEI abre caminho para quem quer alcançar a independência no trabalho, aumentar a renda mensal ou aceitar o desafio de um negócio autônomo devido à falta de melhores alternativas profissionais. Uma vez dado o pontapé é impor- tante conhecer as necessidades para entender o momento certo de mudar, adaptar-se e aproveitar uma oportunidade inesperada. E é por isso que o programa vai além do processo de formalização.
“O MEI tem acesso a apoio técnico do Sebrae com soluções como consultorias na área de gestão do negócio, palestras e oficinas, em sua maioria gratuitas”, destaca Campos. O amparo se estende à ampliação e garantia de acesso ao crédito, seja por meio de parcerias ou criação de fundo garan- tidores e negociação de dívidas. “Muitos MEIs ti- veram dificuldade para arcar com as contribuições por causa da pandemia. Em 2021, no mês de maio houve a maior taxa de inadimplência, segundo a Receita Federal: 65,7% dos 12,4 milhões atrasa- ram o imposto naquele mês. O governo propôs facilidades para o pagamento das taxas e regula- rização, já que a inadimplência faz com que o MEI perca os direitos”, alerta o consultor.
FUTURO COM APOSENTADORIA
Quando a figura do MEI foi criada em 2008, por meio da Lei Complementar nº128, a intenção do governo federal não era incentivo ao empreen- dedorismo, mas o combate à informalidade. “O objetivo era formalizar trabalhadores autônomos”, explica Xxxxxx.
São profissionais como Xxxxx Xxxx Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxxx, que há quase 20 anos trabalha como feirante em Maringá. Desde 2003 ela fre- quenta feiras livres da cidade e sua renda vem do food truck Blitz Churros & Crepes. Entretanto, até 2010, a feirante trabalhava sem amparo legal ou segurança jurídica. Essa situação mudou com a abertura do MEI. “É muito bom ter a segurança de uma aposentadoria no futuro”.
Além do benefício previdenciário, Xxxxx Xxxx teve outro ‘incentivo’ para buscar a formalização: a per- missão para emissão de nota fiscal. Isso porque além das feiras livres noturnas – realizadas durante a se- mana em quatro locais de Maringá – ela presta servi- ços em eventos. “Para os eventos os clientes querem nota, principalmente quando são empresas”, explica. Os crepes e os churros fazem sucesso. São dela as receitas e a produção das massas e de cinco das sete opções de recheios. “Só os doces de Nutella
compro no mercado e os morangos na Ceasa”.
Em média, são vendidos 120 churros e 80 crepes por dia, sendo o primeiro ao custo de R$ 8 e o se- gundo por R$ 9 - o crepe especial pode chegar a R$ 15. Para dar conta dos pedidos, Xxxxx Xxxx con- ta com a ajuda do marido, Xxxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxx. Ele, aliás, foi quem a incentivou a se tor- nar MEI e ‘emprestou’ o contador da sua empresa para auxiliá-la no processo de formalização.
Satisfeita com as vendas, a feirante faz planos de pequenos investimentos para garantir a manuten- ção do negócio, que espera deixar de ‘herança’. “Meus filhos estão casados, têm suas vidas, mas acredito que é algo que eles podem dar continui- dade”, finaliza.
SERVIÇOS, CONSULTORIAS E CAPACITAÇÃO
Embora o processo de formalização possa ser feito online no Portal do Empreendedor, quem precisar de orientação pode procurar ajuda no Espaço do Empreendedor - antiga Sala do Empreendedor. O espaço reúne os recursos para abrir, manter re- gularizado e desenvolver o negócio do microem- preendedor individual.
“Oferecemos serviços de formalização, alteração de dados, impressão do boleto DAS, declaração anual de faturamento, orientação e acesso ao cré- dito”, cita a diretora do espaço, Xxxxxx Xxxxxxxx. Lá, o microempreendedor também pode bus- car consultorias e capacitações ofertadas por meio de parcerias com o Sebrae e instituições de ensino. Em média, são realizados entre 70 e 80 atendimentos diários, que passaram a ser agen- dados após a pandemia. O agendamento é feito por meio da sala digital, no site da prefeitura de
Maringá, ou no site da Flugo.
O Espaço do Empreendedor fica na rua Xxxxxx Xxxxxx, 792, e funciona das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30.
QUER SER
Além de boas ideias e de dinheiro para investir, é preciso conhecer as regras do MEI
PASSO
A PASSO PARA O MEI
1 Para iniciar a formalização, é preciso ter
senha de acesso ao Portal de Serviços do Governo Federal, a plataforma xxx.xx
2 Quem ainda não possui senha, deve clicar na opção ‘Fazer Cadastro’
REQUISITOS
Faturamento anual de até R$ 81 mil ou proporcional
no ano de abertura
MUDANÇAS A VISTA
O limite de faturamento do MEI pode aumentar para R$ 130 mil, caso o projeto de lei 108/2021 seja aprovado no Congresso Nacional. O texto, que também prevê a contratação de até dois funcionários pelo microempreendedor individual, já passou pelo Senado
3 Com a senha em mãos, acesse o Portal do Empreendedor
Ter apenas um
Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados.
empregado (que receba o piso da categoria ou
466
ATIVIDADES PROFISSIONAIS SÃO PERMITIDAS
4 Consulte se a atividade
até um salário-mínimo)
Não ter participação em outra empresa (como sócio ou titular)
Não pode ter ou abrir filial
OBRIGAÇÕES
O registro é de graça, mas para se manter como MEI é preciso pagar mensalmente
o Documento de
Arrecadação do Simples Nacional
O empreendedor pode cadastrar uma atividade principal e outras 15 secundárias no CNPJ
VANTAGENS
Benefícios previdenciários e assistenciais (aposentadoria, licença-maternidade, auxílio-doença, pensão por morte etc)
Registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) Acesso facilitado a financiamentos e crédito
Isenção de tributos federais
VALORES
Empresas do comércio ou indústria
R$ 61,60 = R$ 60,60 de INSS + R$ 1 de ICMS
Prestação de serviços
R$ 65,60 = R$ 60,60 de INSS + R$ 5 de ISS
Comércio e serviços
R$ 66,60 = R$ 60,60 de INSS + R$ 1 de ICMS + R$ 5 de ISS
exercida é permitida ao MEI
5 Se a atividade for permitida, clique em ‘Quero ser MEI’
6 Em seguida, clique em ‘Formalize-se’
7 Preencha o cadastro on-line com os dados
(DAS) até o dia 20 de cada mês.
Emissão de nota fiscal para negociações com pessoas jurídicas
Declaração anual, a DASN Simei (Declaração Anual do Simples Nacional do Microempreendedor Individual)
pessoais e do
negócio
Arte: Welington Vainer
ECONOMIA L OCAL /// POR XXXXXXXX XXXXXXX
A cultura maringaense agradece
Instituto Cultural Ingá conquista resultado histórico em captação de recursos; desafio é aumentar número de projetos aptos a receber renúncia fiscal
Eventos como o jantar para contadores ajudam a difundir o trabalho do ICI e prospectar empresas _FOTO/XXXX XXXXXX
O Instituto Cultural Ingá (ICI), agência de fomento e incentivo à cultura e à criatividade, bateu recor- de de captação de recursos em 2021, conforme balanço divulgado em assembleia realizada em abril deste ano. Foram captados R$ 3,13 milhões, valor acima do recorde anterior - de R$ 2,1 mi- lhões - e da meta de R$ 2,5 milhões.
Segundo o presidente do ICI, Xxxxxx Xxxxxx, o resultado histórico se deve ao trabalho de sensi- bilização junto a potenciais apoiadores e à con- quista de novos parceiros. De acordo com ele, o bom desempenho econômico de empresas do agronegócio, que aportam recursos na cultura e estão entre os incentivadores do ICI, também contribuiu para o salto no valor captado. “Come- çamos 2021 ainda em pandemia. À medida que foram sendo liberadas as restrições de funcio- namento das empresas e o retorno das ativida- des culturais, iniciamos as ações. Uma delas, que gerou movimentação importante no aporte de recursos, foi um jantar para contadores e a pros-
pecção de empresas, em novembro do ano pas- sado”, conta Xxxxxx.
Mesmo com as medidas de combate à pande- mia, que afetaram diretamente o setor de eventos, com as destinações, o ICI viabilizou nove projetos no ano passado, entre eles programas remotos de formação continuada com a participação de pes- soas de várias localidades do Brasil, documentá- rios e duas grandes apresentações. Também foram realizados cursos de elaboração de projetos e en- contros com artistas e produtores.
NOVOS PROJETOS
Para este ano, o principal desafio tem sido estimu- lar a proposição de projetos. Para isso, o ICI pro- moverá ações de capacitação para produtores e outros atores envolvidos, com a transformação da instituição em um birô criativo. Com serviços em consultoria e gestão de projetos, o ICI passará a operar também como uma aceleradora de ideias.
“Por pouco não ficou recurso sem destinação
em 2021. Atualmente, para novas captações, não teríamos número suficiente de projetos candida- tos. O objetivo será estimular os produtores lo- cais para que enquadrem projetos na legislação de incentivo cultural e possam acionar os recur- sos”, explica Xxxxxx.
Entre outros objetivos, o ICI buscará reaproxima- ção com o governo federal, porque houve um dis- tanciamento por causa da pandemia e da mudan- ça de cadeiras no governo, o que gerou a extinção do Ministério da Cultura, incorporado ao Ministé- rio do Turismo e da Agricultura. “Com novas pes- soas e equipes, retomaremos o contato para uma relação sinérgica. Em anos anteriores, a proximida- de ajudou a articular a liberação de processos que viabilizaram o desenvolvimento de projetos”, diz.
O planejamento para o ano objetiva ainda uma parceria com o Instituto ACIM, para captação na Lei de Incentivo ao Esporte, e a criação de uma campanha anual de destinação fiscal, inclusive para pessoas físicas. A meta de captação deste ano é de R$ 3,5 mi.
Xxxxxx Xxxxxx, presidente do ICI: “por pouco não ficou recurso sem destinação. Atualmente, para novas captações, não teríamos número suficiente de projetos candidatos”_FOTO/XXXX XXXXXX
INFORME PUBLICITÁRIO
Planejamento Ambidestro foi tema de palestra na ACIM
A JValério realizou no dia 30 de maio, na sede da ACIM, palestra com o professor Xxxxx Xxxxxxx, da FDC. No encontro, empresários conferiram a respeito do Plane- jamento Ambidestro e o Cenário Econômico para os próximos anos. Na ocasião, Xxxxx Xxxxxxx xxxx- tou que 2022 será de gestão de riscos e que os empresários não busquem performance, mas sim resiliência e resistência. “O planejamento empresarial deve olhar para o hoje, para a crise que vivemos e pensar no futuro”, explica. O professor ainda afir- mou que o mundo de hoje não é o mesmo de janeiro e a tendência é ainda piorar. “Precisamos in- vestir apenas no que é necessá-
rio”, alerta.
Professor Xxxxx Xxxxxxx e o diretor geral da JValério, Clodoaldo Oliveira
Para Clodoaldo Oliveira, diretor geral da JValério, o planejamen- to estratégico é uma ferramenta para tomada de decisão e preci- sa sempre ser revisado. “Não se pode arquivar o planejamento ou simplesmente engavetar. Com a
revisão constante garantimos não apenas a sobrevivência da em- presa como também o seu cres- cimento”, reforça. “Muitos fazem o planejamento, porém de curto prazo ou no máximo dois anos”, complementa. “O planejamento deve ser feito pensando no longo prazo, caso contrário, serve ape- nas para apagar incêndio. E isso vale para empresas de todos os tamanhos”, pontua.
Xxxxx Xxxxxxx fez questão de ressaltar que vivemos um final de ciclo tecnológico em que tempos desesperados requerem medi- das desesperadas, nos quais as pessoas vão investir em soluções que nunca tinham tentado, “este é o momento para parar, pensar e não ousar”, finaliza.
DIREITO // / POR XXXXXXXX XXXXXXX
Mediação, uma saída
extrajudicial para conflitos
Serviço evita litígio, morosidade e pode custar menos; processo conta com mediação de especialistas de diferentes áreas e tem até núcleo especializado na ACIM
Diante da necessidade de solucionar uma resci- são contratual, o setor jurídico da Cocamar ino- vou na forma com que costuma conduzir situa- ções do gênero. Entre partir para um processo judicial ou fechar um acordo por meio de uma Câmara Privada de Mediação e Arbitragem, op- tou pela segunda possibilidade e resolveu o pro- blema de forma satisfatória para ambas as partes. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), que supervisiona a atuação das Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação, as entidades podem utilizar métodos consensuais para resolver conflitos. Pessoas físicas e jurídicas podem acionar os serviços para sanar questões de
contratos de compra e venda, locação, crédito, re- lações trabalhistas, divergências em departamen- tos de empresas, conflitos escolares, divórcios e outras áreas. Só não é possível acionar o instru- mento para direitos indisponíveis, que são aque- les que as pessoas não podem abrir mão, como o direito à vida, à liberdade, à saúde e à dignidade.
O advogado e responsável pelo setor jurídico da Cocamar, Xxxxxxx Xxxxxx, conta que em de- zembro do ano passado a cooperativa buscou um mediador do Núcleo Setorial de Mediação, Conciliação e Arbitragem, ligado ao programa Empreender, da ACIM, para intermediar a quita- ção do contrato de trabalho. Foi a primeira vez
Cocamar escolheu a mediação para a quitação de um contrato: “o valor atendeu às expectativas das duas partes. Não precisamos seguir para o processo judicial”, diz o advogado Xxxxxxx Xxxxxx _FOTO/XXXX XXXXXX
que a cooperativa utilizou o recurso.
Segundo Xxxxxx, desde a proposta à assinatura, os trâmites duraram uma semana. “O colabora- dor aceitou ouvir nossa proposta, depois resol- vemos tudo em uma sessão, com a assinatura do termo de acordo. O valor atendeu às expectativas das duas partes. Não precisamos seguir para o processo judicial”, diz.
Para o advogado, além do acordo extrajudicial ter sido mais rápido do que um processo judicial convencional, favoreceu um desfecho amigável e evitou gastos. “O relacionamento fica bom por- que o litígio é evitado. Houve agilidade na nego- ciação, economia de dinheiro e menos desgaste. Certamente usaremos o serviço mais vezes”, des- taca.
DIÁLOGO
Em Maringá, o Núcleo Setorial de Mediação, Conciliação e Arbitragem possui seis membros que atuam em parceria com a Câmara de Media- ção, Conciliação e Arbitragem da Cooperativa de Trabalho de Executivos em Gestão e Treinamento
– Pluricoop, com 42 cooperados – o objetivo é que com o aumento da demanda, o núcleo seja transformado em Câmara.
A advogada e mediadora Kellin Cris Vacari Con- chon, ligada à Câmara e ao núcleo, explica que a resolução de conflitos por meio da mediação ganhou força com a Lei 13.140, sancionada em 2015. Desde então políticas públicas foram cria- das para incentivar o uso dos meios autocompo- sitivos ou alternativos para a solução de conflitos e, também, incentivar a cultura da paz. “O judiciá- rio brasileiro é plenamente capaz e apto a solu- cionar as situações que chegam até ele. Porém, é preciso mostrar à população que, além do judi- ciário, há outras formas de solução dos conflitos”, explica.
Para o acordo, a parte interessada procura um mediador ou uma Câmara, que convida a outra parte. Em caso de aceite, os envolvidos são dire- cionados às sessões de mediação ou conciliação, podendo ser necessário um ou mais encontros (presenciais ou virtuais) – os honorários do me- diador escolhido são pagos à parte e podem ser assumidos pelo proponente ou divididos entre as partes. Só em comum acordo o termo, com valor de título executivo extrajudicial, é assinado.
Tempo e preservação de relacionamentos são
Xxxxxx Xxxx Xxxxxx Xxxxxxx, advogada: “conflitos em empresas familiares, sucessão, divórcios, inventários, entre outros, podem ser resolvidos por meio de um acordo que preserve as relações” _FOTO/XXXXX XXXXXXX
as principais vantagens da mediação. O custo geralmente é menor em relação aos processos judiciais, mas não é regra. “O trabalho das Câma- ras é extrajudicial, com procedimentos e regras seguidos pelos mediadores, que passam por trei- namento. Existe o código de ética do mediador e parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacio- nal de Justiça. Então, há direcionamentos e res- ponsabilidades envolvidos no papel do media- dor, que visa à cultura da paz”, explica Xxxxxx.
Embora possam ser utilizadas em variadas si- tuações, a advogada observa que as Câmaras são uma opção recomendada para casos que envolvem vínculos que as partes precisam ou gostariam de manter. “Além de demorar e poder custar mais, por vezes processos judiciais termi- nam com a decisão do juiz e uma parte, ou mais, acaba insatisfeita. Conflitos em empresas familia- res, sucessão, divórcios, inventários, entre outros, podem ser resolvidos por meio de um acordo que preserve as relações. E é possível ir para a mediação mesmo que um processo judicial esteja
DIREITO
Mediadora há três anos, a economista Xxxxxx Xxxxx acredita que a mediação
é menos burocrática para evitar brigas judiciais muitas vezes desnecessárias
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em andamento. Há situações que podem ter os termos definidos em mediação, mas precisarão de homologação judicial para ter validade, como nas ações de guarda e alimentos”, explica a ad- vogada. Quando não há acordo, o próximo passo pode ser a arbitragem. “Se os participantes não chegarem a um acordo, é possível escolher a ar- bitragem”, acrescenta.
FORMAÇÃO
Os mediadores podem ser profissionais de qual- quer área, como advogados, executivos, conta- dores, especialistas em agro e psicólogos, mas precisam ter cursos e conhecimento sobre meios alternativos de solução de conflitos. A Pluricoop oferece capacitação em mediação extrajudicial e soma forças com o núcleo do Empreender para ampliar o número de mediadores na cidade, bem como para estimular a demanda pelos serviços. Xxxxxx explica que para integrar a lista de media- dores da Pluricoop é preciso, além de formação em mediação, estudar um módulo sobre coope- rativismo e associativismo.
Além de ter conhecimento das técnicas, princí- pios e regulamentos que envolvem a mediação, a capacitação na área, a formação contínua e a experiência de vida são bem-vindas no currículo do mediador.
CULTURA
A economista e especialista em marketing Cleide
Bulla é mediadora há quase três anos e integra o núcleo e a Pluricoop. Como sempre gostou de atuar em negociações, aceitou o convite para se tornar mediadora e participou de curso.
Sobre a rotina na mediação, Xxxxxx explica que os participantes ficam à vontade para falar em um bate-papo confidencial e informal. “Marca- mos um horário e chamamos as partes. Explica- mos como é a mediação e começamos a ouvi-
-las, por tempo igual. Já no primeiro momento observamos se teremos a resolução em uma sessão ou se outras serão necessárias. Geral- mente vamos até quatro sessões.”
Para a mediadora, em se tratando de empresas, um dos segmentos que mais podem se beneficiar do serviço é o comércio. “Se a loja tem um cliente inadimplente, pode entrar com uma ação e per- der o cliente para sempre. A mediação reestabe- lece relações, proporcionando diálogo e um ca- minho viável. Assim, a relação cliente e empresa pode ser mantida. Para o comércio, a mediação é um ótimo recurso”, comenta.
Para Cleide, o principal desafio dos mediadores é desenvolver a cultura da resolução de confli- tos na base do diálogo. Na visão dela, trata-se de uma técnica menos burocrática para evitar brigas judiciais muitas vezes desnecessárias. Para quem quiser acionar o serviço em Maringá, ela indica entrar em contato com o Núcleo do Empreender (xxx.xxxx.xxx.xx/xxxxxxxxxx) ou com a Pluri- coop (xxx.xxxxxxxxx.xxx.xx/).
O maior grupo
REVISTA ACIM 2»
Multimídia do Paraná está de cara nova.
24
Julho/Agosto/2022
25
REVISTA ACIM
29 Julho/Agosto/2022
CANAL 13 .1
O desafio do crédito
mais barato
Com alta da Selic, linhas oferecidas via programas de financiamento e recursos de cooperativas são opções com taxas e prazos atrativos
ECONOMIA // / POR XXXXXXXX XXXXXXX
Xxxxxxx xx Xxxxx, da Uniprime: “mantenha escriturações contábeis e financeiras organizadas, elabore bons projetos de viabilidade econômica e solicite crédito com antecedência”_FOTO/XXXX XXXXXX
Diante da conjuntura econômica, com inflação, nível de endividamento e a taxa Selic em alta, as linhas de crédito ficaram mais caras e buro- cráticas. Entre as opções viáveis para micro e pequenas empresas (MPE) estão as oferecidas pelas instituições financeiras por meio de pro- gramas governamentais e recursos de coope- rativas de crédito.
As linhas de programas podem ser acionadas via instituições financeiras como Caixa Econômi- ca, Banco do Brasil, bancos privados, cooperati- vas e outros agentes. Na pandemia, o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), um conjunto de linhas de crédito para financiar quem quer iniciar ou investir no crescimento do próprio negócio, foi fortalecido. As taxas de juros variam,
ECONOMIA // /
girando em torno de 8% ao ano. Mas foi o Pro- grama Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) uma das principais fontes de socorro para empreendedo- res. Em 2020, o programa emprestou R$ 37,5 bi- lhões e, em 2021, quase R$ 25 bilhões, que foram utilizados para investimentos, folha de pagamen- to, compra de material, despesas operacionais, entre outras finalidades.
O Pronampe tem custo formado pela taxa básica de juros (Selic) mais 6% ao ano. Com as sucessivas altas na Selic, atualmente em 13,25% ao ano, a linha deixou de ser atrativa, até que os recursos acabaram. Mas um projeto de lei san- cionado pelo presidente Xxxx Xxxxxxxxx no final de maio faz o Pronampe retornar como opção. Embora não haja previsão de mudanças nas ta- xas, as empresas contempladas poderão demi- tir funcionários, o que antes não era permitido; Microempreendedores Individuais (MEI) poderão participar; e empresas com receita bruta anual de até R$ 300 milhões também passam a ser per- mitidas. Mas o destaque é a desburocratização: os proponentes ficam dispensados de apresentar certidões de regularidade fiscal, Fundo de Garan- tia do Tempo de Serviço (FGTS), Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e outras. São 48 meses para pagar, incluindo a carência de 11 meses.
O projeto de lei estabelece a prorrogação do programa, assegurando que recursos do Fundo
de Garantia de Operações (FGO) possam ser uti- lizados em aval de novas operações até o fim de 2024 – a lei atual só previa até o fim de 2021. O governo estima que até 2024 cerca de R$ 50 bi- lhões sejam emprestados via Pronampe.
Outra opção é a linha BNDES Crédito Pequenas Empresas, destinada a investimentos, capital de giro e outras necessidades diárias das empresas. A linha é repassada por meio de instituições fi- nanceiras. A taxa é uma composição de 1,25% ao ano mais o custo financeiro, além da taxa cobrada pelo agente financeiro. O prazo para pagar vai de um a cinco anos, com carência de até dois anos.
Microcrédito costuma ser mais acessível e é oferecido por instituições e agentes como BNDES e Fomento Paraná. Na Fomento, o microcrédito pode chegar a R$ 20 mil e é oferecido para negó- cios com faturamento até R$ 360 mil ao ano, para capital de giro e investimento. É possível solicitar o produto por meio de um agente de crédito na prefeitura da cidade, via Sala do Empreendedor, por exemplo. A taxa de juros gira entre 1,1% e 2% ao mês e entre 0,95% e 1,86% ao mês, pelo Banco da Mulher Paranaense. O prazo para pagar é de 36 meses, com carência de até três meses.
RECURSOS PRÓPRIOS
O gerente da Uniprime em Maringá, Xxxxxxx Xxxxxxxxxx xx Xxxxx, diz que a cooperativa atua com diversas linhas de crédito, sendo as princi-
“Tudo se tornou mais caro em razão da inflação. Com isso, as pessoas se endividaram mais
e as instituições financeiras buscam mais garantias de pagamento”, diz Cloves Xxxx xx Xxxxx, da Cresol_
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A demanda por crédito diminuiu, diz Xxxxxx Xxxxx, do Sicoob: “o tomador está reticente porque o crédito está mais caro, e as instituições estão mais cuidadosas” _FOTO/XXXX XXXXXX
pais: antecipação de recebíveis (cheques, duplica- tas, cartões de crédito); capital de giro (que pode ser parcelado dependendo do perfil de cliente); li- mites rotativos (conta garantida, cheque especial, hotmoney); créditos voltados à cadeia de expor- tação; destinados ao agronegócio, como custeio e CDCA. Também há linhas de financiamentos imobiliários, veículos, equipamentos profissionais e estudantil. A instituição atua apenas com recur- sos próprios, não possuindo créditos subsidiados de programas governamentais. “As taxas de juros são analisadas dentro das características de cada operação e momento econômico”, pontua.
Xxxxx explica que para chegar às taxas de ju- ros muitos fatores são levados em consideração, como custo de captação de recursos, situação econômica do país, tendência das taxas de juros básicas da economia e avaliação dos riscos espe- cíficos da operação. E cada instituição determi- na as taxas. “Em geral as cooperativas de crédito possuem linhas mais atrativas para os coopera- dos devido ao modelo de negócio, que é dife- rente dos bancos, que possuem como principal objetivo remunerar investidores”, diz.
Embora as oscilações econômicas e fatores como a guerra na Ucrânia afetem o mercado de crédito, Xxxxx afirma que bons projetos e empre-
sas organizadas continuam conseguindo atuar normalmente com várias linhas. Os empecilhos são ter o nome negativado, dívidas vencidas jun- to a outras instituições financeiras, falta de docu- mentação contábil organizada e falta de planeja- mento em novos projetos.
“Mantenha escriturações contábeis e financei- ras organizadas, elabore bons projetos de viabi- lidade econômica, solicite crédito com antece- dência para ter tempo de entender e negociar as operações e sempre que prever problema para pagar o empréstimo, atue de maneira preventiva em vez de tentar negociar depois”, aconselha.
ORIENTAÇÃO
Segundo o gerente-geral da Xxxxxx em Maringá, Cloves Xxxx xx Xxxxx, as taxas têm variado com frequência devido às oscilações de mercado e à Selic e podem ser mais altas ou mais baixas dependendo das garantias oferecidas. “Tudo se tornou mais caro em razão da inflação. Com isso, as pessoas se endividaram mais e, assim, as instituições financeiras buscam mais garantias de pagamento. Aumentam as negativas, mas há opções para diversos perfis de empreendedo- res”, diz Cloves.
De acordo com o gerente, a Xxxxxx oferece
ECONOMIA // /
Crédito Direto ao Consumidor (CDC), linhas para financiamentos de veículos, antecipação de rece- bíveis, cheque e duplicatas, crédito rotativo com liberação e amortização conforme a necessidade e capacidade do cliente, entre outras soluções.
A linha de crédito para financiamento de ener- gia solar tem sido bastante procurada, podendo ser parcelada em até 36 meses na taxa pré-fixada
– a taxa depende do score (pontuação de risco de crédito) do proponente, entre outros critérios. “O que existe no momento é uma seletividade, por isso se visa a ter garantias reais, capacidade de pagamento, aval com patrimônio computável, preferencialmente de terceiros e imposto de ren- da com bens declarados.”
Na cooperativa, há orientação e direcionamen- to para a linha de crédito adequada ao perfil do empreendedor. “Procuramos trabalhar dentro da linha que vai se enquadrar à necessidade do to- mador de crédito, seja pessoa física ou jurídica, e conforme a finalidade do recurso”, explica Cloves.
CAUTELA
Segundo o superintendente operacional no Si- coob, Xxxxxx Xxxxx, diminuiu a procura por cré- dito e também o apetite das instituições finan- ceiras em conceder o crédito, principalmente para o varejo. “Nas duas pontas a demanda é menor. O tomador está reticente porque o cré- dito está mais caro, e as instituições estão mais cuidadosas porque o momento econômico, a instabilidade econômica e política inspiram esse cuidado”, analisa.
Schon explica diante deste cenário, uma das principais opções da cooperativa é fruto da par- ceria com a Noroeste Garantias, Sociedade Ga- rantidora de Crédito (SGC) que honra parte do pagamento da dívida em caso de inadimplên- cia do tomador. Para investimento, a taxa parte de 0,8% ao mês mais CDI e para capital de giro, 0,9% ao mês mais CDI.
A cooperativa também oferece financiamentos a partir de recursos próprios. Para investimentos, a depender do perfil de risco e das garantias, é possível encontrar taxas em torno de 1,1% ao mês mais CDI. “Esse momento é delicado para ca- pital de giro. Algumas empresas vão precisar do crédito porque estão endividadas, mas pelo mes- mo motivo, que indica capacidade de pagamento comprometida, é mais difícil conseguir”, diz.
NOROESTE AVALIZA OPERAÇÕES
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PARA REDUZIR JUROS
Acessar empréstimo pode ser um entrave para micro e pequenos empresários que não pos- suem a garantia exigida pelas instituições fi- nanceiras. É aí que entra a Noroeste Garantias, entidade sem fins lucrativos que avaliza opera- ções, atuando em mais de 120 cidades para- naenses e em quatro regiões de São Paulo.
Como em caso de inadimplência a entidade honra a dívida, a operação se torna de baixo risco para as instituições financeiras, o que aumentam as opções de empréstimos para o empresário e ainda reduzem os juros. São li- nhas de R$ 4 mil a R$ 100 mil para capital de giro, investimento e energia fotovoltaica, com taxas de juros a partir de CDI + 0,55% e até 60 meses para pagar. Somente em 2021, a No- roeste aprovou R$ 48,8 milhões em crédito, superando 1,4 mil operações. E no primeiro trimestre do ano já foram mais de R$ 9 mi- lhões concedidos.
A emissão da carta de garantia é feita para MEI e empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões por ano. Para pleitear a carta, é pre- ciso entrar em contato com a Noroeste: (00) 0000-0000, (00) 00000-0000 (WhatsApp) ou
e-mail xxxxxxx@xxxxxxxxxxxxxxxxx.xxx.xx. A sede fica em Maringá, dentro da ACIM, na rua Xxxxxxx Xxxxxxxx, 388.
O Sicoob também oferece financiamentos por meio do BNDES e Banco Regional de Desenvol- vimento do Extremo Sul (BRDE). Schon diz que esses empréstimos podem ser mais burocráticos ou ter taxa de juros mais alta. “No começo da pandemia acessamos linhas do Pronampe e ou- tras. Em parceria com a SGC, oferecemos 0,49% ao mês, antes de qualquer programa ser instituí- do, mas hoje não é mais possível operar nesses termos. No Pronampe, neste momento não há recurso. Estamos aguardando o governo fazer novo aporte”, comenta.
Para capital de giro, Schon diz que a melhor for- ma da empresa conseguir recursos é por meio de antecipação dos recebíveis, ou seja, um recurso financeiro que permite o adiantamento do re- cebimento de valores futuros, principalmente os do cartão de crédito, sendo que a taxa pré-fixada fica em torno de 1,5% ao mês.
MERCADO /// POR XXXXXX XXXX
Da arte para os negócios
Com a ajuda do Empreender, pequenos empresários ligados à cultura almejam crescimento
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Xxxxxx Xxxxx Xxxxxx Xxxxxxx, da Biscuit e Cia MGA, integra o núcleo Ipê Criativo, voltado para designers e criativos
Transformar arte em fonte de renda é um de- safio para empreendedores ligados à cultura, principalmente para aqueles sem formação ou experiência em gestão. Com a pandemia, as di- ficuldades desses artistas empresários foram acentuadas, mas com a ajuda do Empreender, eles puderam trocar informações e desenvolver ações de crescimento em conjunto.
Um dos exemplos é o núcleo Ipê Criativo, vol- tado para criativos e designers como Xxxxxx Xxxxx Xxxxxx Xxxxxxx, da Biscuit e Cia MGA. Ela trabalha com modelagem de porcelana fria, a massa de biscuit, há 17 anos, desde que admi- nistrava uma loja de presentes com o marido. Lá Xxxxxx se interessou pelo artesanato e passou a ter aulas sobre a técnica. “Me apaixonei por essa massa. Xxxxxxxx a loja e continuei com o
trabalho em biscuit, atendendo clientes que me procuravam numa época em que só havia o Or- kut. Escolhi trabalhar com bonecos personaliza- dos, noivinhos e lembrancinhas. Vendia no boca a boca até que o Facebook abriu as portas para a maior divulgação do trabalho”, relata.
Com o crescimento do negócio graças às re- des sociais, Xxxxxx percebeu a necessidade de se profissionalizar. Foi quando procurou a ACIM e passou a fazer parte do Empreender, há dois anos. “É uma oportunidade de encontrar pes- soas que, como eu, querem deixar de ver o arte- sanato como hobby e crescer como empresa. Foi maravilhoso encontrar parceiras para falar sobre projetos e aprender com outras experiências. Percebi a importância de melhorar minha técni- ca e procurei fazer cursos para elevar a qualida-
MERCADO
de dos produtos”, explica.
Além disso, com as reuniões quinzenais do núcleo e as capacitações, Xxxxxx evoluiu como gestora, o que foi essencial para superar as di- ficuldades da pandemia. Com o setor de even- tos paralisado, houve diminuição drástica dos pedidos, mas mesmo sem a possibilidade de grandes festas as famílias continuaram cele- brando aniversários e realizando chás de bebê, entre outras comemorações, de forma inusita- da. Desse modo, Xxxxxx continuou recebendo pedidos e conseguiu manter o negócio.
“Desde 2020 comecei a me interessar mais pela qualidade da produção e capricho nas em- balagens. Criei logomarca, investi em divulgação digital e melhorei o atendimento por meio de um canal direto, além das redes sociais. É uma empresa de vários funcionários numa pessoa só. Tive que me capacitar, aprender a estabelecer horários para cada processo e deixar de ver o artesanato como hobby ou renda extra para en- cará-lo como principal fonte de renda”, detalha Xxxxxx. Agora ela faz planos de intensificar a divulgação nos meios digitais e investir na cap- tação de clientes em eventos. Outra forma de divulgação é a página do núcleo no Instagram: @nucleo_ipecriativo, que funciona como vitrine para sua arte.
SONHO VIROU FONTE DE RENDA
Diretora artística do Aéreo Estúdio de Dança, Xxxxxx Xxxxxxxx tem uma longa trajetória artís- tica. Começou a dançar aos seis anos e nunca mais parou. Graduada em Educação Física e pós-graduada em Dança e Atividades Gímnicas e Circenses, ela descobriu que para gerenciar uma empresa “não se deve pensar como artista, mas como empresário”.
“Como artista, trabalhar no estúdio é a reali- zação de um sonho, mas como empresária te- nho que pensar nos custos desse sonho, como manter o negócio e como vender a minha arte”, explica. Foi por isso que ela se juntou ao núcleo de Escolas de Dança, para aperfeiçoar os conhe- cimentos de gestão. Membro desde a criação do núcleo, em 2017, Xxxxxx viu empresas do setor fecharem na pandemia, enquanto outras procuravam o programa como forma de conse- guir apoio. “O Empreender é uma oportunidade
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Xxxxxx Xxxxxxxx é diretora artística do Aéreo Estúdio de Dança e faz parte do núcleo de Escolas
de Dança
de troca de experiências entre empresários que estão passando pelas mesmas situações. Desco- brimos o que os outros estão fazendo para su- perar os mesmos desafios, como se prevenir de problemas e ainda podemos aconselhar”, relata. Essa parceria foi essencial para Xxxxxx adaptar seu negócio à pandemia.
Fundado em 2014, o estúdio atende todos os públicos a partir dos três anos, oferecendo aulas de pole dance, tecido circense, stiletto/ chair dance, jazzdance, ballet adulto e infan- til, yoga, dança contemporânea e flexibilidade. Para a diretora artística, a principal dificuldade na pandemia foi a adaptação para o ensino re- moto, pois a maioria dos alunos não possuía os equipamentos em casa. A solução foi ofe- recer treinos de alongamento, flexibilidade e força muscular para manter o condicionamen- to físico. “Quando foi possível voltar presen- cialmente, tivemos que planejar as aulas, pen- sando no distanciamento e na higienização
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Xxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxx, do Centro Musical Som Maior, integra
o Núsica
dos equipamentos”, destaca. Ela conta que a quantidade de alunos foi reduzida para três ou quatro por aula. No caso de danças que utilizam barra de inox, como o pole dance, a higienização do equipamento é simples, mas a utilização de tecidos foi um entrave, porque a limpeza excessiva poderia danificar o ma- terial. “Então recorremos aos pontos móveis. São materiais que permitem descer e subir os tecidos”, explica Xxxxxx - cada tecido ficou guardado em uma embalagem com o nome do aluno. “Mesmo com todas as medidas, perdemos alunos durante a pandemia, princi- palmente por questões financeiras”, lamenta. Espetáculos também passaram a ser transmiti- dos de forma online, mas há previsão de retor- no presencial, até porque os alunos, em geral, gostam de se apresentar, e os espetáculos são essenciais para divulgar o trabalho das escolas e para a captação de recursos. “Queremos en- cher todas as nossas salas”, conclui.
DIFICULDADE DE ADAPTAÇÃO
Migrar para o ensino remoto também foi a prin- cipal dificuldade do Centro Musical Som Maior durante a pandemia, segundo a empresária Xxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxx, que integra o Núsica, o núcleo de escolas de música. A em- presa oferece mais de 50 cursos para todos os públicos, inclusive crianças e portadores de ne- cessidades especiais.
“No caso da musicalização infantil estimula- mos o desenvolvimento auditivo, visual, verbal, cognitivo e físico. Para alcançar isso, sempre fo- camos no ensino presencial. Com a pandemia, houve preocupação com um possível prejuízo no aprendizado dos alunos, porque não conse- guíamos visualizar como aplicar todos os aspec- tos e técnicas, e entre os próprios alunos houve dificuldade na aceitação do ensino remoto”, re- lata Xxxxxx.
Mas com planejamento, estratégias de gestão e o apoio do Núsica, a escola conseguiu superar as dificuldades. Para que as aulas remotas man- tivessem a essência das presenciais, algumas foram transmitidas do Centro Musical e outras das casas dos professores, sempre ao vivo. Além disso, foram disponibilizados equipamentos de gravação e instrumentos musicais para profis- sionais e alunos que não possuíam. Foi preciso até investir em mais equipamentos para garantir o ensino de qualidade. Ainda assim, houve que- da no número de alunos e professores.
Agora cerca de 80% dos 300 alunos estão tendo aulas presenciais. E algo positivo ficou da experiência remota: há flexibilidade entre as formas de ensino, já que o aluno que não pode comparecer em determinado dia, pode realizar a aula online.
E para quem não faz parte do Empreender, a empresária lança o convite: “o programa possi- bilita ações em grupo e dá visibilidade para as empresas. É uma forma de levar nossos projetos para mais pessoas”.
DA CONCORRÊNCIA À AMIZADE
O ensino remoto também foi ofertado pelo pro- fessor e diretor do Centro Musical Morimoto, Xxxxxxxx Xxxxxxxx. A escola, que ensina instru- mentos de corda e canto, sempre ofertou aulas presenciais individuais, o que facilitou a adapta-
MERCADO
ção para o online. “Para nós foi mais fácil, mas faltaram habili- dade técnica e experiência com o ensino remoto. Tivemos que aperfeiçoar nossa didática para manter a qualidade”, explica.
Xxxxxxxx conta que a prin- cipal perda foi em relação ao ‘Amigos do Jaspion’, grupo de estudos de viola em que os alunos se reúnem para tocar e trocar conhecimentos. O pro- jeto ficou paralisado por dois anos, mas as atividades retor- naram em abril, com direito à apresentação na Expoingá.
O empresário também desta- ca a importância da música para a saúde mental. “Na pandemia percebemos que muitos alunos usaram a música para colocar a ‘cabeça no lugar’. Foi uma for- ma de reforçarmos a importân- cia das aulas em um momento delicado”. Ainda assim, houve perda de alunos, principalmen- te dos mais velhos. “Tínhamos que fechar a escola mais cedo, por causa da restrição de fun- cionamento, e isso é compli- cado para quem trabalha em horário comercial e só poderia ter aulas à noite”, explica. A es- cola não precisou dispensar ne- nhum dos três professores.
Segundo o empresário, fazer
parte do Empreender foi es- sencial para superar as dificul- dades. Membro do Núsica há cinco anos, época em que ain- da era iniciante no empreende- dorismo, ele relata que entrou no programa para trocar expe- riências com empresários de escolas que admirava, e com a convivência, criou-se amizade entre os então concorrentes. “Todo mundo se ajuda. E o in- tuito do programa é justamen-
Xxxxxxxx Xxxxxxxx é professor e diretor do
Centro Musical Morimoto e também faz parte do núcleo de música
Confira as empresas que fazem parte dos três núcleos entrevistados nesta reportagem em xxx.xxxx.xxx.xx/ empreender#nucleos
te proporcionar a troca de in- formações. O faturamento não é o objetivo principal aqui, é uma consequência das ações”, completa.
Para fazer parte do Empreen- der, o maior programa do gêne- ro na América Latina, basta ser filiado à ACIM. As reuniões cos- tumam ser quinzenais, sempre acompanhadas por consultores. Quem tiver interesse em ingres- sar em um dos núcleos deve en- trar em contato pelo 0800 600 9595. E se não houver um nú- cleo do setor, os consultores da ACIM ajudam a criar.
H OMENAGEM /// POR GIOV ANA CAMP ANH A
Xxxx Xxxxxxxx, o novo comendador da ACIM
Maior honraria da entidade foi entregue ao presidente do Conselho de Administração da Cocamar, que dedica seu tempo e conhecimento à cooperativa há 50 anos
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxx, comendador desde 2019, e Xxxx Xxxxxxxx _FOTO/XXXX XXXXXX
Não dá para dissociar a história da melhor coo- perativa agropecuária do país, de acordo com a Revista IstoÉ, de Xxxx Xxxxxxxx. Afinal, a trajetó- ria da cooperativa e do presidente do Conselho de Administração da Cocamar se entrelaçou há 50 anos. Xxxx começou quando Xxxxxxxx in- gressou como auxiliar operacional, assumiu a gerência geral, foi diretor, presidente-executivo até chegar ao cargo atual. É uma trajetória co- roada de êxito: com mais de 16 mil cooperados, a Cocamar faturou quase R$ 10 bilhões no ano passado e é a maior empresa maringaense.
Nada mais justo do que reconhecer esse traba- lho com aquela que é a maior honraria da Asso- ciação Comercial, a Comenda Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxx. Assim, numa cerimônia realizada em 10 de junho, Xxxxxxxx se tornou o oitavo comendador da ACIM.
Na cerimônia, no Moinho Vermelho, que reu- niu quase 500 pessoas, estiveram presentes os deputados federais Xxxxxxx Xxxxxx e Xxxx Xxxxx- xxxx, os deputados estaduais Dr. Xxxxxxx e Xxxxx Xxxxxxxx, o prefeito Xxxxxxx Xxxx e o presidente da Câmara Municipal Xxxxx Xxxxxxxxx, além de presidentes de entidades de classe e lideranças associativistas.
O presidente da ACIM, Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxx, parabenizou Xxxxxxxx por sua “trajetória bri- lhante e pelos seus princípios, honrando o berço humilde que representa tantas famílias do cam- po que, com dignidade e muito trabalho, mo- vem a economia não só da nossa região, mas de todo o nosso país”. Xxxxxx também destacou que a honraria foi entregue a pouquíssimas per- sonalidades.
Para o prefeito Xxxxxxx Xxxx, Maringá é privile-
REVISTA ACIM 35
H OMENAGEM ///
giada por contar com cidadãos como Xxxx Xxx- xxxxx, cuja trajetória “é prova de que o trabalho, a dedicação, o comprometimento e a busca in- cessante do conhecimento são qualidades que, ao longo do tempo, premiam aqueles que delas fazem um bom uso”.
Durante o evento, o presidente da ACIM en- trevistou Xxxx Xxxxxxxx, em formato de talk show. Xxxxxxx, o homenageado afirmou não saber se merecia a honraria, mas brincou que, de fato, trabalhou bastante. “Estou envolvido no trabalho cooperativista há 50 anos, e isso me dá satisfação. A Cocamar é a maior empresa de Ma- ringá, tem trazido muitos resultados e se pro- jetado no Brasil. Acho que é essa a razão deste reconhecimento, mas é uma bondade também. Quando a gente começa a receber homenagens como esta é porque estamos ficando velhos, mas ainda tenho um pouco de tempo, quero trabalhar até morrer”, disse.
OUTROS TÍTULOS
Xxxxxxxx nasceu em Garça/SP, em 1942, e ainda criança se mudou para a área rural da recém-
-fundada Maringá, onde a família veio produ- zir café. Aos 18 anos começou a trabalhar como ofice-boy em uma multinacional de algodão e café e chegou à gerência. Em 1971 foi convi- dado para trabalhar na Cocamar como auxiliar operacional, passou por vários cargos até che- gar à presidência executiva, em 1989, eleito pe- los cooperados. Em 2013, deixou a gestão e se tornou presidente do Conselho de Administra- ção, cargo que ainda ocupa.
Referência em cooperativismo, ele foi presi- dente da Credimar (hoje Sicredi União PR/SP), diretor da Organização das Cooperativas do Es- tado do Paraná (Ocepar), sócio-institucional da Sociedade Rural do Paraná e diretor da Socieda- de Rural de Maringá, além de ter recebido co- mendas da Fecomércio e do governo do Paraná, e títulos de Cidadão Benemérito de Maringá, Pa- ranavaí e São Tomé. Da ACIM, Xxxxxxxx recebeu o título de Empresário do Ano em 2001.
A COMENDA
Oficializada em 2003, a Comenda Xxxxxxx Xxx- ques Xxxx leva o nome do primeiro presidente da ACIM e foi concedida somente a oito pes- soas. O primeiro comendador foi o arcebispo
Durante a cerimônia, o presidente da ACIM, Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxx, entrevistou Xxxx Xxxxxxxx _FOTO/XXXX XXXXXX
Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxx e quatro comendadores da ACIM: Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxx, Xxxx Xxxxxxxx, Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxx e Xxxxxxxxx Xxxxxxxx _FOTO/XXXX XXXXXX
Xxx Xxxxx Xxxx Xxxxxx. Depois vieram Adria- no Xxxx Xxxxxxx, advogado e ex-prefeito (2007); Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx, agropecuarista e um dos fundadores da Sociedade Rural de Maringá (2008); Xxxxxx Xxxxx xx Xxxxxx Xxxxxx, pioneiro e ex-presidente da ACIM (2013); empresário Xxx- xxxxxx Xxxxxxxx, que presidiu a ACIM, Faciap e Sebrae/PR (2015); Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxx, reitor da Unicesumar (2017) e Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx- xxxx, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (2019).
A cerimônia teve patrocínio de Cocamar, Coo- perCard, Colégio São Francisco Xavier, Ducz Benefícios Flexíveis, Engeblock, Fetranspar, Hu- mana Saúde, Kandyany Eventos, Maringá Park, Setcamar, Sistema Fiep, Revest Acabamentos, Sancor Seguros, Sicoob, Sicredi, Unicampo, Uni- cesumar, Unimed Maringá e Uniprime.
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O QUE DEU CERTO NO MEU NEGÓCIO?
Lethicia Conegero
Uma empresa pé vermelho
em terras espanholas
Reconhecido pela trajetória como fisioterapeuta de atletas renomados, Xxxxxx Xxxxxx abriu clínica em Barcelona, mas continua morando e atendendo em Maringá; inspirado pelo filho, desenvolve projeto social para atender crianças
Xxxxxx Xxxxxx chegou a ter 14 empresas: “estava mais movido pela ânsia de ter do que de ser e crescer. Abria empresas sem ter ideia do intuito daquilo”_FOTO/XXXX XXXXXX
A jornada empreendedora do fisioterapeuta Xxxxxx Xxxxxx chegou em Barcelona. Pro- prietário do centro de reabilitação e prepa- ração física Clinisport Prime, ele abriu uma unidade na Espanha em plena pandemia.
A decisão pelo negócio veio após viagens para Barcelona, onde conheceu um fisiotera- peuta brasileiro formado na Espanha e, junto a um terceiro sócio, eles abriram a Clinisport Prime há um ano e meio. O objetivo é, futu-
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REVISTA ACIM
O QUE DEU CERTO NO MEU NEGÓCIO?
ramente, levar o projeto para mais cidades europeias.
Mas a história de sucesso começou bem antes, há 15 anos, graças ao amor pelo es- porte. “Na minha juventude tinha um sonho típico dos garotos, ser jogador de futebol. Tentei a carreira e não deu certo. Era tão bom jogador que virei fisioterapeuta”, brinca.
Xxxxxx começou a cursar Educação Físi- ca e um ano depois iniciou a graduação de Fisioterapia. Foi levando os dois cursos até que precisou escolher. “Conclui Fisioterapia e precisei ‘trancar’ Educação Física, porque precisava trabalhar, mas estou terminando agora. Fiz três pós-graduações de reabilita- ção e preparação física”, conta.
Em 2007, quando era estagiário de uma academia, Xxxxxx arrendou uma sala de seis metros quadrados para fazer atendi- mentos. Um ano depois abriu a Clinisport, em um espaço de 300 metros quadrados. Hoje a empresa de Maringá tem estrutu- ra própria de dois mil metros quadrados, sendo um dos maiores e mais modernos centros de reabilitação e preparação fí- sica da América Latina. “Ao longo desse processo procurei empreender. Já tive 14 empresas: três academias, três clínicas de fisioterapia... Depois acabei centralizando tudo em um negócio que é a Clinisport Pri- me. Entrei até em empresas que não eram da área e foi um grande aprendizado. Não me arrependo, talvez hoje fizesse diferen- te, porque estou um pouco menos inex- periente. No começo estava mais movido pela ânsia de ter do que de ser e crescer. Abria empresas sem ter ideia do intuito daquilo”, conta.
E foi na família que ele encontrou o equilí-
brio que precisava. “Uma grande pivotagem na minha vida foi o nascimento do meu pri- meiro filho, que tem necessidades especiais. Foi em 2016, quando estava abrindo a Cli- nisport. Foi uma das principais causas para
me desfazer das outras empresas, porque me fez tirar o pé do acelerador e ‘arrumar a casa’”, acrescenta.
Inspirado pelo filho, a empresa conta com um projeto social de neuropediatria voltado para 20 crianças. “Meu filho está vivo por- que tenho formação, condição financeira e porque as pessoas me ajudaram. Meu filho precisa de fisioterapia e tudo o que tiver de modernidade outras crianças vão ter, po- dendo pagar ou não, por meio desse pro- jeto, porque hoje entendo a importância do tratamento”, afirma.
POR QUE MARINGÁ?
Como fisioterapeuta, Xxxxxx trabalhou com clubes e seleções de futsal, inclusive a Sele- ção Paranaense, Sporting Clube de Portugal e, desde 2013, a Seleção Brasileira de Futsal. Teve a oportunidade de atender jogadores famosos, como Xxxxxx, Xxx Xxxxx, Xxxxxxx- to Xxxxxxxxx, Xxxxxxx Xxxxxxx e Xxxx Xxxxxx.
Devido ao trabalho, Xxxxxx já visitou mais de 30 países. “Conhecer outras culturas me acrescenta e, consequentemente, trago isso para a Clinisport. Mas tem algo que me prende a Maringá: gosto demais da cidade. Quem vem se apaixona. Recebo atletas do mundo inteiro e alguns compraram aparta- mento em Maringá e planejam mudar para cá quando encerrarem a carreira. Maringá dá condição de empreender. Já recebi propos- tas para trabalhar até fora do Brasil, e até hoje não é o dinheiro que motiva, mas a ci- dade”, destaca.
SERVIÇO
A Clinisport Prime fica na avenida
Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxxxxxxx, 2.617, no Jardim Cidade Monções.
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MARKETING SOCIAL / // POR XXXXXXXX XXXXXXXX
Negócios alinhados ao fazer o bem
Mais do que tendência, marketing social conquista empatia dos consumidores; empresas estruturam projetos e envolvem as equipes para criar sentimento de pertencimento
No escritório Veríssimo e Xxxxx Advogados a equipe é incentivada a doar sangue e a arrecadar alimentos e brinquedos; há um ano, empresa estruturou o setor social, conta o sócio Xxxxxx Xxxxxxxxx_XXXX/XXXX XXXXXX
O clássico trio missão, visão e valores nunca es- teve tão em alta na promoção da reputação. A essência de um negócio, que chegava a ser es- quecida no papel, agora é indispensável, porque ações responsáveis trazem caráter representativo para a marca e levam o consumidor a se sentir bem com a escolha, em vez de apenas satisfazer uma necessidade de compra.
A tendência tem sido impulsionada pelo cres- cente número de consumidores conscientes: a pesquisa ‘Vida Saudável e Sustentável 2021: Um estudo global de percepções do consumidor’, da GlobeScan e Akatu, revela que 85% dos brasilei- ros desejam reduzir seu impacto individual sobre a natureza. O percentual está acima da média mundial, de 73%. Por outro lado, a avaliação da
responsabilidade socioambiental das empresas brasileiras pelos consumidores não é positiva.
Para melhorar esse indicador e obter diferen- cial, muitas marcas perceberam a importância de realçar a ética e o lado humano do negócio por meio do marketing social. O escritório Ve- ríssimo e Viana Advogados, por exemplo, desde que foi fundado, em 2014, incentiva os 15 cola- boradores a participar de campanhas de doação de sangue, alimentos e brinquedos, mas há um ano começou, de fato, a estruturar um setor so- cial, nomeando dois profissionais para escolher e organizar projetos que reflitam os valores da empresa. “Práticas de responsabilidade social, ambiental e de governança, o ESG, são essen- ciais e estão em alta. Por esse motivo, o mar-
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REVISTA ACIM
MARKETING SOCIAL / //
“Os colaboradores demonstram estar felizes em participar de ações sociais”, conta Xxxxxxxx Xxxxxxx, da VG Educacional, que já doou quase R$ 1 milhão em materiais para uma ONG _FOTO/XXXX XXXXXX
keting social terá um papel de relevância tanto para o posicionamento das empresas perante a comunidade quanto para a conquista de clientes em potencial. Além disso, é uma boa ferramen- ta para que as organizações percebam o papel social, que vai além da geração de emprego”, avalia o sócio Xxxxxx Xxxxxxxxx.
Para este ano, a empresa vai manter a participa- ção em campanhas beneficentes e de doação de sangue, e planeja um projeto de cunho ambiental para a limpeza e restauração de leitos de rios. O escritório também adota práticas internas com a finalidade de economizar recursos naturais, como a aquisição de papel sulfite com certificação am- biental e a substituição das lâmpadas incandes- centes por LED.
Para Veríssimo, os resultados desse posiciona- mento estão relacionados à construção de uma consciência coletiva, baseada na premissa de que uma sociedade melhor também depende de empresas que exerçam função para além do lu- cro. “Esse propósito tem unido e engajado toda a equipe, de modo que os maiores beneficiados somos nós enquanto humanos”.
“Nos surpreendemos ao perceber que estávamos no caminho certo, afinal dos 17 ODS, praticamos 11 de forma intuitiva”, diz Xxxxxx Xxxxxxxxxx, da Crivialli Brasil _FOTO/XXXX XXXXXX
TRANSFORMAÇÃO
Contribuir para o propósito de transformação social, dando oportunidade para os colaborado- res é o que também motivou a VG Educacional, especializada na produção de materiais didáticos para o ensino a distância, a ingressar na jornada de projetos de marketing social. A primeira ini- ciativa foi realizada em 2020, em parceria com a ONG Gerando Falcões de São Paulo.
O diretor de Recursos Humanos, Xxxxxxxx Xxxx- che, conta que o projeto da ONG veio ao encon- tro dos valores da empresa, sendo a paixão pela educação um dos pilares. “Doamos materiais di- dáticos que são utilizados pela Falcons University, universidade responsável pela formação dos líde- res sociais que atuam em comunidades de todo o Brasil. Esses líderes se capacitam para prestar atendimento a crianças e jovens que farão das fa- velas lugares melhores para viver”, explica.
A empresa também desenvolve projetos com base na agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é que o marketing social te- nha significativo impacto na comunidade global e, para isso, as ações visam a atender os 17 Obje-
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Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxx, da Prat´s: “nossa história vai além do suco que produzimos, porque envolve pessoas, famílias e o sentimento de que podemos fazer a diferença”_FOTO/XXXX XXXXXX
tivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “O investimento até o momento foi de quase R$ 1 milhão em doação de materiais didáticos, como videoaulas, jogos educativos e outros recursos pedagógicos que contribuem para o aprendiza- do”, informa Xxxxxxx.
Na avaliação do gestor, o principal benefício da doação de materiais é contribuir com a transfor- mação social e digital. “Os colaboradores envolvi- dos nas produções demonstram estar felizes em participar de ações sociais. Estamos realmente engajados em oferecer à comunidade aquilo que estiver ao nosso alcance para tornar o mundo um lugar melhor”, completa.
RESPONSABILIDADE
Na fábrica de produtos de higiene e limpeza, Cri- vialli Brasil o cumprimento de normas, leis, regu- lamentações e a responsabilidade socioambiental são praticados desde a fundação da empresa, em 1997. Tanto que a diretora industrial Xxxxxx Xxxxx- xxxxx conta que em 2005 a empresa começou a tra- balhar com a sistemática do ISO 9000, e em 2008 fazia a destinação final correta dos resíduos sóli- dos, com tratamento de efluentes e separação de resíduos na fonte geradora. “Também implemen- tamos ações sociais destinadas aos colaboradores, como treinamentos, avaliação de desempenho, assistência jurídica e acesso a exames, consultas e remédios. Só com plano de saúde e alimentação
a empresa investe R$ 70 mil por mês”, acrescenta. Anualmente, a fábrica doa material escolar completo para os filhos dos colaboradores, en- tre outras ações destinadas à qualidade de vida. “Com essas práticas, os profissionais se sentem seguros e apoiados, fortalecendo o sentimento de pertencimento. Isso gera estabilidade e me- lhora a reputação da empresa”, garante Xxxxxx ao citar que, durante a pandemia, a empresa também começou a promover ações solidárias
para a comunidade local.
A Crivialli Brasil promove ainda o desenvolvimen- to sustentável, participando de ações da Rede Bra- sil Pacto Global. Após conhecer os ODS, no Conse- lho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), e aprofundar os conhecimentos por meio da ACIM, a empresa transformou iniciativas próprias em projetos, que passaram a ser feitos de forma pro- fissional, com atividades distribuídas para equipes de todos os setores, dos gerentes aos auxiliares. “Nos surpreendemos ao perceber que estávamos no caminho certo, afinal dos 17 ODS, praticamos 11 de forma intuitiva”, comemora.
SOCIOAMBIENTAL
Na produção industrial da Prat’s, empresa de su- cos naturais que nasceu há dez anos em Marin- gá e conta com 340 colaboradores só na fábrica, a sustentabilidade é palavra de ordem. Só que além dos projetos para as fazendas produtoras
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REVISTA ACIM
Xxxxx Xxxxxxx, do Instituto ACIM: empresas podem apoiar projetos de futebol e tênis voltados para crianças e adolescentes _FOTO/XXXX XXXXXX
de laranja e para a distribuição de sementes em diversas cidades do Brasil, há quatro anos a em- presa começou a desenvolver ações sociais.
De acordo com a diretora de Marketing e Social, Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxx, o trabalho social é feito em parceria com instituições e projetos lo- cais, e até com programas nacionais envolvendo distribuidores. “São aulas de tênis para crianças, formação musical infantojuvenil e projetos de ar- recadação de livros, alimentos, agasalhos e brin- quedos”, cita.
Xxxxxx conta que todos os anos o setor respon- sável pelos projetos, o Prat´s Social, reúne a equi- pe para avaliar os projetos que chegam à empresa para planejar ações que responderão às necessida- des de alguma comunidade. “Nossas causas sem- pre abrangem o desenvolvimento sustentável e vão ao encontro dos valores e missão da empresa. Tam- bém estamos em constante busca por melhorias, o que inclui estudos voltados aos impactos de nossas ações junto à comunidade”, detalha Camila.
O objetivo do trabalho, segundo a diretora, é difundir por meio de boas práticas valores de integridade, transparência e comprometimento. “Nossa história vai além do suco que produzimos, porque envolve pessoas, famílias e o sentimen- to de que podemos fazer a diferença. Por isso, a ideia é que os projetos socioambientais estejam alinhados à marca, gerando um impacto positivo na comunidade”, afirma Xxxxxx.
INSTITUTO ACIM APROVA PROJETOS ESPORTIVOS DE RENÚNCIA FISCAL
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O Instituto ACIM lançou dois projetos de renúncia fiscal para incentivar crianças e adolescen- tes a praticar futebol de campo e tênis. As iniciativas estão ali- nhadas aos Objetivos de Desen- volvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), e reforçam o ODS 3, que trata de saúde e bem-estar.
De acordo com a presidente do instituto, Xxxxx Xxxxxxx, o projeto ‘Formando Campeões:
Futebol para Todos’ disponibiliza 90 vagas e as aulas serão iniciadas ainda neste ano em um bairro que tenha unidade do projeto Meu Campinho. A ação terá duração de nove me- ses e será desenvolvida pelo Maringá Fute- bol Clube, contará com o apoio da Secretaria Municipal dos Esportes, além do patrocínio da Fertipar Sudeste, Cocamar, FA Maringá e Lightsweet. “Para este trabalho ainda esta- mos captando recursos por meio da renún- cia fiscal”, acrescenta.
Já o projeto de tênis oferecerá 48 vagas e três aulas por semana para crianças e ado- lescentes. A captação por renúncia fiscal também está disponível, e o Instituto ACIM ainda trabalha na atração de patrocinadores. “Nosso objetivo é ter uma escolinha de tênis com viés social e integrativo”, planeja Nádia. As empresas podem apoiar os projetos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, que per- mite a destinação do imposto de renda. Basta efetuar uma doação para a conta de capta- ção de recursos e a coordenação emitirá o recibo de mecenato.
Vale ressaltar que o Instituto ACIM cum- pre o papel de responsabilidade social e ambiental da Associação Comercial e in- centiva as empresas a fazer o mesmo. En- tre os objetivos do instituto estão elaborar projetos, assessorar empresas na área de projetos socioambientais, incentivar a contribuição à responsabilidade social por meio de renúncia fiscal e a capacitação/ certificação de empresas sustentáveis. Mais informações pelo e-mail gestao@ins- xxxxxxxxxx.xxx.xx ou WhatsApp (44) 99977-
1376 e (00) 00000-0000.
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ASSOCIADO DO MÊS
Para quem deseja terapia breve para sanar um problema específico, como fobia, ou tratar doenças graves, como depressão e ansiedade, a hipnoterapia é uma opção. Depois de viver uma experiência intensa de hipnose ministrada por uma psicanalista, em 2018, Xxxxxxxx Xxxxxxx de- cidiu aprender mais sobre o assunto e abriu a própria clínica, no início de 2020, que leva seu nome.
“Para o tratamento, inicialmente realizo uma consulta de orientação com o paciente, para que ele possa compreender o processo. Den- tro da demanda, explico o porquê dos sintomas com base no que chamamos de modelo da mente e detalhes da hipnose, esclarecen- do mitos e verdades da prática. Também ofereço um livro que traz histórias de pessoas que tiveram sucesso após a hipnose, além de áudios sobre a prática”, relata Xxxxxxxx.
O hipnoterapeuta trabalha como um guia, cujo objetivo é encontrar a causa do problema relatado pelo paciente. Para isso, é aplicada a técnica de regressão, em que se investigam as memórias do paciente até ser en- contrado o momento que originou o problema, geralmente na primeira infância. Com a causa identificada, é possível tratar os sintomas. “Tem paciente que descobre a causa na primeira sessão, por isso falamos que é uma terapia breve. Costumo trabalhar com até três sessões de duas horas cada, mas isso varia”, pontua.
Natural da Paraíba, a empresária mora em Maringá há mais de 20 anos, e para exercer a profissão foi treinada no renomado Instituto de Hipnoterapia OMNI Brasil. Ela aplica os conhecimentos em seu negó- cio, no qual trabalha sozinha, e faz planos de expansão. “Atualmente ofereço cursos online e presenciais. Agora a meta é investir no digital para que meu negócio chegue a mais pessoas, inclusive de outros países”, conta.
A Xxxxxxxx Xxxxxxx Hipnoterapia fica na rua Xxxxxx Xxxxxx 2.166, saxx 000.
O telefone é (00) 00000-0000 e a conta no instagram é @pahipnoterapia.
PRÊMIO ACIM MULHER ELEGE XXXXXX XXXXXXXXX XX XXXXXX E XXXXX
A advogada, empresária e agropecuarista Xxxxxx Xxxxx- xxxx xx Xxxxxx e Xxxxx foi elei- ta, em 30 de maio, por uma comissão julgadora, a ganha- dora do Prêmio ACIM Mulher. Maringaense, ela assumiu o controle dos negócios da fa- mília, incluindo três fazendas, com apenas 27 anos e grávida de oito meses, após a morte prematura do pai.
Atualmente se dedica a dife- rentes empreendimentos, é di- retora da Sociedade Rural de Maringá e realiza ações sociais. A entrega do prêmio será em 19 de agosto. O prêmio é anual e foi criado em 2004, sendo que a última homenageada foi a também empresária e agro- pecuarista Xxxxx Xxxxx Xxxxx.
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DIGITALIZAÇÃO DO MAIOR ACERVO EMPRESARIAL DE MARINGÁ
Com mais de 84 mil itens, incluindo fotos, revistas e boletins, o Centro de Documentação da ACIM está sendo organizado e digitalizado desde maio. Isso está sendo possível por meio do projeto ‘Preservação da memória empresarial de Maringá: di- gitalização do Centro de Documentação Xxxx Xxxxxx Xxxxxx’. A expectativa é que o serviço seja executado em um ano.
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O projeto tem patrocínio da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, apoio da ACIM e é realizado pelo Maringá Histórica, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cul- tura e Governo Federal – Pátria Amada Brasil.
POSSE DA DIRETORIA DO E-NÚCLEO
O E-Núcleo, núcleo multissetorial das empresas de comércio eletrônico de Maringá, realizou, em 26 de abril, jantar com os associados para empossar a nova diretoria do grupo, além de apresentar o planeja- mento da gestão 2022. A nova presidente é Xxx Xxxx Xxxxxxx, da Xxxxxxx. Também compõem a nova di- retoria: Xxxxx Xxxxx Xxxx, Xxxxxxxx Xxxx xxx Xxxxxx, Xxxxxx Xxxxxxxx xxx Xxxxxx, Xxxxx Xxxxxxx, Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxx, Xxxxxxx Xxxxx Xxx Xxxx, Xxxxxx Xx- drigo Xxxxx xx Xxxxx e Xxxx Xxxxxx Xxxxx. A cerimônia contou com palestra da empresária e fundadora da Casa Feito Brasil, Xxxx Xxxxx, que falou sobre sua jornada empreendedora; na foto da esquerda para
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direita: Xxxxx Xxxxx Xxxx, Xxx Xxxx Xxxxxxx (nova pre- sidente), Xxxxxxxx Xxxx xxx Xxxxxx, Xxxxxx Xxxxxxxx xxx Xxxxxx, Xxxxx Xxxxxxx, Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxx, Xxxxxxx Xxxxx São João e Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxx xx Xxxxx. Xxxx Xxxxxx Xxxxx não está na foto.
VISITA DE ASSOCIAÇÕES DE TODO O BRASIL
Mais de 30 presidentes de federações e associações comerciais estiveram em Maringá, em 6 de junho, pois a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) realizou uma reunião do Conselho Deliberativo. O grupo também participou da reunião do Conselho de Administração da ACIM para conhecer detalhes do funcionamento e projetos da entidade.
No dia seguinte, a visita das lideranças de diversos estados brasileiros incluiu encontros com diretores e técnicos do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Norte e Noroeste do Paraná (Cacinor), além da apresentação do Empreender, o maior programa de união de pequenas empresas da América Latina.
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ACIM MULHER REALIZA VISITAS TÉCNICAS EM BRASÍLIA
As conselheiras do ACIM Mulher estiveram em Brasília, em maio, para uma série de visitas técnicas, que incluiu a Câmara Federal, onde foram recepcionadas pelo deputado maringaense e líder do governo na Câmara, Xxxxxxx Xxxxxx. Elas também estiveram no Senado, com recepção do senador Xxxxxx Xxxx e do segundo suplente, Xxxxxx Xxxxxxx, além da diretora geral do órgão, Xxxxx Xxxxxxx, e estiveram com o pre- sidente da República, Xxxx Xxxxxxxxx, durante o lançamento do programa “Brasil pra Elas” no Palácio do Planalto. A viagem também contemplou café da manhã com as embaixadoras do Haiti, República Domi- nicana, Canadá e Barbados. Segundo a presidente do ACIM Mulher, Xxxxxxx Xxxxxxxx, “foi uma experiência engrandecedora e que superou todas as expectativas. Foi empolgante conhecer os locais onde é feita a gestão do país e que nos enriqueceram em conhecimento tanto na esfera cultural como de gestão em- presarial e política. Também tivemos a oportunidade de entender as medidas do governo para incentivar o empreendedorismo feminino. Conhecer as histórias e desafios das embaixadoras foi outro momento único.” E como última visita da viagem elas conheceram a estrutura corporativa do Laboratório Sabin-
-Medicina Diagnóstica, um dos maiores da América Latina no segmento.
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FEIRÃO CONSCIENTIZA SOBRE ALTA CARGA TRIBUTÁRIA
Os impostos chegam a representar mais de 40% do va-
lor de alguns dos produtos que foram comercializados durante a 20ª edição do Feirão do Imposto, realizada de 23 a 28 de maio em Maringá. Na lista entraram produtos variados, como combustível, cerveja, sorvete, óculos e até o serviço de estacionamento. O feirão é uma realização nacional da Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) e localmente é organiza- do pelo Copejem. No Paraná mais de 20 cidades par- ticiparam da iniciativa, com o objetivo de conscientizar sobre a alta carga tributária cobrada no país.
HOMENAGEM
REVISTA ACIM 45
O presidente da ACIM, Xxxxxx Xxxxxxx Xxx- xxx, e o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxx, foram homenageados pelo Corpo de Bombeiros, em 5 de maio, com a medalha de honra ao mérito. A homenagem aconteceu durante a passagem de Comando do 5º Grupamento do tenente-coronel Xxxxx- xx Xxxxxxx ao tenente-coronel Xxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxx Xxxxxxx.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PARA 5G
Maringá poderá ser uma das cidades brasileiras pioneiras na implantação da tecnologia 5G, com maior alcance e velocidade. Para que possa receber essa tecnologia, Maringá conta com legislação própria, aprovada em ju- nho pela Câmara Municipal – lei com- plementar 2.136/2022. De autoria do poder executivo, a legislação regula- menta a instalação da infraestrutura de suporte da tecnologia.
EXPEDIENTE
Ano ü9 - nº 9?4 - jnlko/»«osto/?0??, Pn;lic»çmo Ðimcstí»l d» ACIM, 44 | 30?ü-9ü9ü | Diretor Responsável Xxxx X»ílos лí;icíi, vicc-pícsidcntc dc M»íkctin« | Conselho Editorial Cíis Sckcncidcí, Eí»ldo P»sqnini, Giov»n» C»mp»- nk», Hcloís» Moní» !cílin, J»ckclinc !cnilli, Joci»ni Pizzi, Jos»nc Pcíin», !niz !cín»ndo Xxxxxxxx, Xxxxxx !c»l, P»nl» Alinc Mozcí !»íi», P»nlo Alc:»ndíc dc Olivcií», Si;»m»í Sodíi«ncs, Sncllcn Xxxxx | Jornalista Responsável Giov»n» C»mp»nk» - MTÐ0ü?üü | Colaboradores Am»nd» Di»s, !cín»nd» Ðcítol», Giov»n» C»mp»nk», !ctkici» Conc«cío, Gí»zicl» C»stilko, Sosmn«cl» Gíis | Fotos Iv»n Amoíin | Revisão Giov»n» C»mp»nk», Joci»ni Pizzi, Sosmn«cl» Gíis | Capa A«ênci» Nov» Intcli«ênci» | Produção M»téíi» Comnnic»çmo 44| 303½-7979 | Editoração Andíé» Tí»«nct» | Grá- fica Idc»liz» | Escreva-nos Sn» лsilio S»ntcknk, 388, Caixa Postal ½033, M»íin«m-PS, 870½3-½90, ícvist»@»xxx.xxx.;í
Conselho de Administração Presidente Xxxxxx !clippc So»ícs | Conselho Superior Presidente Xxxx X»ílos V»lêncio | Copejem Presidente !nc»s Di !xxxxx Xxxxx | Xxxx Xxxxxx Presidente Clmndi» Mickiní» | Conselho do Comércio e Serviços Presidente Xxxxxxxx Xxx Xxxxx | Os anúncios veiculados na Revista ACIM são de íesponsabilidade dos anunciantes e não expíessam a opinimo d» ACIM.
Contato Comercial Joci»ni Pizzi 998?8-00½½
A implantação do 5G tem sido articula- da, de forma decisiva e antecipada, pela ACIM e Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), que encaminharam ofícios a executivos das operadoras Claro, Vivo e Tim, em agosto do ano passado, reforçando o interesse e apresentando os diferen- ciais da cidade para receber a tecno- logia. Em resposta, as operadoras in- formaram que seria necessário ajustar a legislação para que o 5G pudesse ser instalado aqui. Por isso, o presidente da ACIM, Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxx, e Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxx, representando o Co- dem, reuniram-se com prefeitura e Câ- mara Municipal solicitando a mudança e modernização da lei complementar 808/2010 – a solicitação também foi reforçada por meio de ofícios ao pre- sidente da Câmara Municipal, Xxxxx Xxxxxxxxx, e ao prefeito Xxxxxxx Xxxx.
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