PARTE A – TERMINOLOGIA
PARTE A – TERMINOLOGIA
Administração contratada: regime de execução de um serviço e/ou obra, mediante remuneração fixa ou percentual sobre o custo, inclusive encargos e ônus legais.
Anteprojeto: conjunto de estudos preliminares, discriminações técnicas, normas e projeções (gráficas e numéricas) necessários ao entendimento e a interpretação iniciais de um serviço, obra ou empreendimento de engenharia.
Assistência técnica: serviços de acompanhamento da execução da obra, da fabricação e montagem de equipamentos e de elementos construtivos, de interpretação de levantamentos e de resultados de ensaios e de análises necessárias à verificação da conformidade da execução e fabricação com os projetos a também a elaboração de pareceres, cálculos, perícias, vistorias, avaliações, organização e racionalização do trabalho da produção e da operação de equipamentos e instalações.
Ato convocatório: documento de convocação dos interessados para prestação de serviços e/ou obras de engenharia e arquitetura.
Cadastro: conjunto de registros de pessoas físicas ou jurídicas interessadas na contratação de serviços e/ou obras promovidos pelo contratante.
Caderno de encargos: conjunto de discriminações técnicas, críticas, condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante para contratação, execução, fiscalização e controle de serviço e/ou obras, atendidas as normas brasileiras.
Capacidade financeira: aptidão do interessado para execução de determinado volume de serviços e/ou obras, revelada pelos resultados da análise financeira e patrimonial traduzidos por um grau de liquidez suficiente.
Recebimento parcial: documento pelo qual o contratante declara concluída e aprovada uma etapa definida de serviço ou obra executado pelo contratado.
Recebimento final: documento pelo qual o contratante declara concluído, aprovado e aceito, em caráter definitivo, o serviço ou obra executado pelo contratado.
Consultoria de Engenharia e Arquitetura: atividade relativa à prestação de serviços, exercida por pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada com o objetivo de elaborar estudos, anteprojeto ou projeto, dirimir dividas, acompanhar, analisar e equacionar os problemas apresentando as suas soluções econômicas e técnicas.
Contrato: instrumento de Direito Público ou Privado, bi ou multilateral, formal, comutativo, oneroso, realizado “intuit personae”, firmado pelo contratante com pessoa jurídica ou física de Direito Privado, destinado à execução de serviços e/ou obras, pelo qual são ajustados o objeto, o modo, a forma, o tempo, o emprego e demais prestações a ele inerentes sob condições estabelecidas entre as partes.
Contratante: pessoa física ou jurídica de direito privado que, mediante instrumento hábil de compromisso, promove a execução de serviço e/ou obra através do contratado, técnica, jurídica e financeiramente habilitado.
Contratado: pessoa física ou jurídica de direito privado que, mediante instrumento hábil de compromisso se obriga à execução de serviços e/ou obras na forma estabelecida pelo contratante.
Controle de fabricação e de execução: acompanhamento efetivo da produção da verificação da conformidade do produto bem como da verificação da conformidade do produto com as normas técnicas e com os projetos, através da interpretação de resultados de ensaios, quando necessários, visando a correção de eventuais desvios, e o fornecimento à fiscalização de elementos para a aceitação ou rejeição.
Cronograma atualizado: resulta da revisão de cronograma anterior, feita de comum acordo pelas partes contratantes, sempre que ocorram circunstâncias que a determinem.
Cronograma financeiro: representação gráfica dos valores dos serviços e obras a serem executados, de conformidade com o cronograma físico.
Cronograma físico: representação gráfica da programação da execução e do desenvolvimento, parcial ou total, de um serviço ou obra. Xxxxxxxxxx aprovado pelas partes na ocasião da assinatura do contrato.
Gasto: somatório dos dispêndios efetuados para elaboração do produto final, obra acabada ou a consecução de um serviço.
Discriminação de materiais (relação de materiais): conjunto de materiais, equipamentos e técnicas de execução a serem empregados no serviço ou na obra determinada.
Empreendimento de engenharia: conjunto de obras, instalações e operações com a finalidade de produzir bens, de proporcionar meios e/ou facilidades ao desenvolvimento e ao bem-estar social.
Empreendimento com preço unitário: regime de execução de obras e/ou serviços na qual são fixados os preços unitários, reajustáveis ou não, a serem aplicados às quantidades obtidas de avaliações ou medições.
Fiscalização de serviços e obras de Xxxxxxxxxx e Arquitetura: atividade exercida de modo sistemático pelo contratante ou preposto que designar, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais em todos os seus aspectos.
Fiscalização administrativa: atividade relativa à efetivação das avaliações e medidas possíveis, parciais e final, de levantamento e apropriação de custos e composições de preços, de processamento das faturas, verificação dos prazos contratuais e das demais condições contratuais da mesma natureza, de modo a assegurar o atendimento das disposições contratuais entre o contratante e o contratado.
Fornecimento ou caso fortuito: ocorrência de fato ou acontecimento imprevisto que, independentemente da vontade do contratante e do contratado, prejudique ou empeça o cumprimento das prestações de serviço em geral, conforme Código Civil Brasileiro.
Garantia: instrumento pelo qual o assegurado ao contratante ressarcimento, parcial ou total, de prejuízos decorrentes da inadimplência do contratado ou proponente, através de caução em dinheiro, títulos de dívida pública ou fidejussória, fiança bancária, seguro garantia.
Índice inicial: índice econômico básico referido no edital e/ou proposta que deu origem ao contrato.
Índice de liquidez: relação entre a soma dos valores disponíveis e realizáveis a curto e longo prazo e a soma dos valores exigíveis a curto e a longo prazo.
Índice econômico: índice sistemático, periódico, de preferência calculado por entidade oficial e indicado nos atos convocatórios.
Medição: apuração dos quantitativos e valores realizados, dos serviços ou das obras.
Medição final: medição efetuada após a conclusão do serviço ou obra destinada a ratificar ou a retificar as medições provisórias ou parciais.
Medição parcial: medição de partes concluídas dos serviços ou obras durante sua execução.
Medição provisória: medição efetuada durante a execução de um serviço ou obra, quando de sua paralisação, computando as realizações havidas desde o seu início.
Metodologia: descrição sistemática dos métodos utilizados no desenvolvimento dos serviços ou obras.
Obra de engenharia e arquitetura: trabalho segundo as determinações do projeto e as normas adequadas, destinado a modificar, adaptar, recuperar ou criar um “bem” ou que tenha como resultado qualquer transformação, preservação ou recuperação do ambiente natural.
Ordem de serviço: aquela pela qual o contratante determina o inicio da execução de um serviço ou mão-de-obra, ou parte.
Plano de trabalho: descrição detalhada das etapas ou fases de um serviço ou obra, segundo determinada metodologia, elaborado tendo em vista o(s) objetivo(s) a atingir.
Preço inicial: preço básico estabelecido no contrato.
Preço parcial: preço de determinada quantidade ou etapa definida de um serviço ou obra.
Preço reajustável: preço contratual que admite variações para mais ou menos, de acordo com os critérios de revisão estabelecidos no contrato.
Preço total: preço de um serviço ou obra computado segundo a soma dos preços parciais, preços especiais e reajustes.
Preço unitário: preço estabelecido previamente à execução de uma unidade de serviço, conforme critérios de seleção.
Cronograma: descrição geral e coordenada de um elenco de atividades para a execução de um determinado serviço ou obra. Determinação das interdependências (precedências e subseqüências), prazos das atividades de um determinado programa e recursos financeiros.
Projeto: definição qualitativa e quantitativa dos atributos técnicos, econômicos e financeiros de um serviço ou obra de Engenharia e Arquitetura, com base em dados, elementos, informações, estudos, discriminações técnicas, cálculos, desenhos, normas, projeções e disposições especiais.
Projeto básico: projeto que reúne os elementos, discriminações técnicas necessárias e suficientes.
Projeto executivo: projeto que reúne os elementos necessários e suficientes à execução completa do mesmo.
Projeto concluído: definição qualitativa e quantitativa de todos os serviços executados, resultante do projeto executivo com as alterações e modificações havidas durante a execução.
Seleção: processo peculiar a escolha de pessoa física ou jurídica a ser contratada para prestação de serviços ou obras de Engenharia ou Arquitetura.
Seleção pública: processo de seleção pelo qual os interessados são informados da seleção através de edital público.
Seleção pro rata: processo de seleção que se utiliza um número restrito de interessados, geralmente através de cadastro existente.
Serviços de Engenharia e Arquitetura: trabalhos profissionais, inclusive interdisciplinares, que fundamentam e assistem um empreendimento de Engenharia ou Arquitetura ou dele decorrem, neles compreendidos o planejamento, estudo, projetos, assistência técnica, bem como vistoria, avaliações, inspeções, pareceres técnicos, controle de execução e supervisão técnica.
Subcontratado: ato pelo qual o contratado confia a outra pessoa física ou jurídica à execução de parte de serviço.
Temos de referência: conjunto de informações e prescrições estabelecidas preliminarmente pelo contratante, no intuito de definir e caracterizar as diretrizes, o programa e a metodologia relativa a um determinado serviço ou obra a ser executado.
Têmpera encruada leve (H55) (dobrável): aquela usada quando o tubo deve apresentar certa rigidez, mas pode ser dobrado se necessário.
Têmpera encruada média (H58): aquela usada para aplicações gerais, onde não há necessidade de grande rigidez nem de que o tubo seja dobrável.
Têmpera encruada dura (H80): aquela usada quando se necessita de um tubo com rigidez industrialmente possível para o tamanho solicitado.
Têmpera recozida mole (O50): aquela caracterizada por um tamanho de grão de 0,040 mm máximo. Esta deve ser completamente recristalizada.
Têmpera recozida extramole (O60): aquela caracterizada por um tamanho de grão de 0,040 mm mínimo. Esta deve ser completamente recristalizada.
Dimensões - comprimento: distância entre as extremidades do tubo, medida segundo seu eixo longitudinal.
Dimensões - comprimento nominal (L): comprimento solicitado e que serve de base para aplicar as tolerâncias correspondentes.
Dimensões - comprimento de produção: comprimento variável entre limites estabelecidos por acordo prévio entre o produtor e o comprador.
Dimensões - espessura de parede nominal (e): espessura solicitada e que serve de base para aplicar as tolerâncias correspondentes.
Dimensões - desvio de retilineidade: maior flecha do arco que se forma ao comparar um determinado comprimento do tubo com uma referência reta.
Dimensões - Tubos de seção circular - diâmetro nominal (Dn): diâmetro solicitado de um tubo e que serve de base para aplicar as tolerâncias correspondentes.
Dimensões - Tubos de seção circular - diâmetro médio (externo ou interno): média de duas medidas do diâmetro tiradas ortogonalmente na mesma seção transversal do tubo, em qualquer ponto.
Dimensões - Tubos de seção circular - ovalização: desvio da seção do tubo da forma circular, evidenciado pela diferença entre duas medidas do diâmetro externo na mesma seção transversal do tubo, em qualquer ponto.
Dimensões - Tubos de seção retangular e quadrada - distância nominal entre superfícies paralelas: distância externa ou interna entre superfícies paralelas, ou
ambas, conforme o caso, com que se solicita um tubo e que serve de base para aplicar as tolerâncias correspondentes.
Dimensões - Tubos de seção retangular e quadrada - torção: rotação, em torno do eixo longitudinal do tubo, de uma das suas extremidades em relação à outra.
Dimensões - Tubos de seção retangular e quadrada - cantos vivos: arestas nas quais a interseção das superfícies adjacentes é praticamente uma linha.
Dimensões - Tubos de seção retangular e quadrada - raio permissível nos cantos:
raio máximo permitido na curva que se produz no encontro das superfícies planas.
Adesão: valor mínimo das m6dias aritméticas dos grupos de 5(cinco) leituras obtidas num ensaio.
Adesivo sensível à pressão: adesivo secativo que em condições ambientais normais tem um tato agressivo e permanente, aderindo firmemente a uma grande variedade de superfícies por simples pressão.
Adesivo termoplástico: adesivo que amolece ou endurece com o aumento ou diminuição da temperatura, respectivamente.
Adesivo termoendurecedor: adesivo que sofre endurecimento permanente quando submetido a um ciclo de cura em conseqüência da sua retícula molecular. Esta modificação é caracterizada por um sensível aumento da sua resistência interna e melhor resistência a solventes do que o adesivo teria antes de ser submetido ao referido ciclo de cura.
Adesivo termoendurecedor resistência a solvente: adesivo termoendurecedor que oferece resistência a solventes antes de ser submetido a um ciclo de cura.
Ciclo de cura: relação de tempo e temperatura necessária para produzir modificações físicas e químicas permanentes no adesivo.
Desenrotamento: folga necessária para desenrolar um determinado comprimento de fita de rolo a uma determinada velocidade.
Dorso: material flexível sobre o qual o adesivo é aplicado.
Alongamento: acréscimo percentual no comprimento de um material através do esticamento até o ponto de ruptura.
Condicionamento: submeter um material à temperatura e umidade relativa pré- estabelecidas por um determinado período de tempo.
COMPONENTES DA INSTALAÇÃO
Componente (de uma instalação elétrica): Termo empregado para designar itens da instalação que, dependendo do contexto, podem ser materiais, acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos (de geração, conversão, transformação, transmissão, armazenamento, distribuição ou utilização de eletricidade), máquinas, conjuntos ou mesmo segmentos ou partes da instalação (por exemplo, linhas elétricas).
Quadro de distribuição principal: primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edificação. Naturalmente, o termo se aplica a todo quadro de distribuição que seja o único de uma edificação.
Proteção contra choques elétricos
Elemento condutivo ou parte condutiva: elemento ou parte constituída de material condutor, pertencente ou não à instalação, mas que não é destinada normalmente a conduzir corrente elétrica.
Proteção básica: Meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em condições normais.
Proteção supletiva: Xxxx destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas.
Proteção adicional: Meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de maior risco de perda ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno das condições de segurança associadas a determinada medida de proteção e/ou, ainda, em situações ou locais em que os perigos do choque elétrico são particularmente graves.
Dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual (formas abreviadas: dispositivo a corrente diferencial-residual, dispositivo diferencial, dispositivo DR): dispositivo de seccionamento mecânico ou associação de dispositivos destinada a provocar a abertura de contatos quando a corrente diferencial – residual atinge um valor dado em condições especificadas.
NOTA : o termo dispositivo não deve ser entendido como significando um produto particular, mas sim qualquer forma possível de se implementar a proteção diferencial- residual. São exemplos de tais formas: o interruptor, disjuntor ou tomada com proteção diferencial-residual incorporada, os blocos e módulos de proteção diferencial-residual acopláveis a disjuntores, os relés e transformadores de corrente que se podem associar a disjuntores, etc.
SELV (do inglês separated extra-low voltage): sistema de extrabaixa tensão que é eletricamente separado da terra, de outros sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico.
PELV (do inglês protected extra-low voltage): sistema de extrabaixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.
Proteção contra choques elétricos e proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas:
Eqüipotencialização: procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a eqüipotencialidade necessária para os fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos interligados resultante.
NOTA: a eqüipotencialização é um recurso usado na proteção contra choques elétricos e na proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. Uma determinada eqüipotencialização pode ser satisfatória para a proteção contra choques elétricos, mas insuficiente sob o ponto de vista da proteção contra perturbações eletromagnéticas.
Barramento de eqüipotencialização principal: barramento destinado a servir de via de interligação de todos os elementos incluíveis na eqüipotencialização principal.
NOTA: a designação barramento está associada ao papel de via de interligação e não a qualquer configuração particular do elemento. Portanto, em princípio o BEP pode ser uma barra, uma chapa, um cabo, etc.
Barramento de eqüipotencialização suplementar ou barramento de eqüipotencialização local (BEL): barramento destinado a servir de via de interligação
de todos os elementos incluíveis numa eqüipotencialização suplementar ou eqüipotencialização local.
Equipamento de tecnologia da informação (ETI): equipamento concebido com o objetivo de:
a) receber dados de uma fonte externa (por exemplo, via linha de entrada de dados ou via teclado);
b) processar os dados recebidos (por exemplo, executando cálculos, transformando ou registrando os dados, arquivando-os, triando-os, memorizando-os, transferindo-os); e
c) fornecer dados de saída (seja a outro equipamento, seja reproduzindo dados ou imagens).
NOTA: esta definição abrange uma ampla gama de equipamentos, como, por exemplo: computadores; equipamentos transceptores, concentradores e conversores de dados; equipamentos de telecomunicação e de transmissão de dados; sistemas de alarme contra incêndio e intrusão; sistemas de controle e automação predial, etc.
LINHAS ELÉTRICAS
Linha (elétrica) de sinal: linha em que trafegam sinais eletrônicos, sejam eles de telecomunicações, de intercâmbio de dados, de controle, de automação, etc.
Linha externa: linha que entra ou sai de uma edificação, seja a linha de energia, de sinal, uma tubulação de água, de gás ou de qualquer outra utilidade.
Ponto de entrega: ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora.
Ponto de entrada (numa edificação): Ponto em que uma linha externa penetra na edificação.
NOTA: em particular, no caso das linhas elétricas de energia, não se deve confundir ponto de entrega. A referência fundamental do ponto de entrada é a edificação, ou seja, o corpo principal ou cada um dos blocos de uma propriedade. No caso de edificações com pavimento em pilotis (geralmente o térreo) e nas quais a entrada da linha elétrica externa se dá no nível do pavimento em pilotis, o ponto de entrada pode ser considerado como o ponto em que a linha penetra no compartimento de acesso à edificação (hall de entrada). Além da edificação em si, outra referência indissociável de ponto de entrada é o barramento de eqüipotencialização principal (BEP), localizado junto ou bem próximo do ponto de entrada.
Ponto de utilização: ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de equipamento de utilização.
NOTA: um ponto de utilização pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão da linha elétrica, a natureza da carga prevista (ponto de luz, ponto para aquecedor, ponto para aparelho de ar-condicionado, etc.) e o tipo de conexão previsto (ponto de tomada, ponto de ligação direta). Uma linha elétrica pode ter um ou mais pontos de utilização. Um mesmo ponto de utilização pode alimentar um ou mais equipamentos de utilização.
Ponto de tomada: ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a serem alimentados é feita através de tomada de corrente.
NOTA: um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente. Um ponto de tomada pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão do circuito que o alimenta, o número de tomadas de corrente nele previsto, o tipo de equipamento a ser alimentado (quando houver algum que tenha sido especialmente
previsto para utilização do ponto) e a corrente nominal da ou das tomadas de corrente nele utilizadas.
Serviços de segurança: serviços essenciais, numa edificação, para a segurança das pessoas; para evitar danos ao ambiente ou aos bens.
NOTA: são exemplos de serviços de segurança:
a) Iluminação de segurança (iluminação de emergência),
b) Bombas de incêndio,
c) Elevadores para brigada de incêndio e bombeiros,
d) Sistemas de alarme, como os de incêndio, fumaça, CO e intrusão,
e) Sistemas de exaustão de fumaça,
f) Equipamentos médicos essenciais.
Alimentação ou fonte normal: alimentação ou fonte responsável pelo fornecimento regular de energia elétrica.
NOTA: uma determinada alimentação pode ser a normal durante certo período de tempo e não ser em outro. Por exemplo, em uma instalação cujo consumo de energia elétrica é suprido pela rede de distribuição pública durante certos períodos do dia, mas por geração própria em outros, a fonte normal pode ser a rede pública ou a geração local, dependendo do período considerado.
Alimentação ou fonte de reserva: alimentação ou fonte que substitui ou complementa a fonte normal.
Alimentação ou fonte de segurança: alimentação ou fonte destinada a assegurar o fornecimento de energia elétrica a equipamentos essenciais para os serviços de segurança.
NOTA: o conceito de fonte de segurança está associado à função (serviços de segurança) desempenhada por equipamentos que a fonte alimenta, enquanto o conceito de fonte de reserva está associado ao fato de a fonte complementar a fonte normal ou suprir a sua falta. Como se trata de atributos distintos, que não são incompatíveis, uma fonte pode ser ao mesmo tempo de segurança e de reserva, desde que reúna os dois atributos. Mas uma fonte de reserva destinada a alimentar exclusivamente equipamentos outros que não os de serviços de segurança não pode ser qualificada como de segurança.
Água fria: água à temperatura dada pelas condições do ambiente.
Água potável: água que atende ao padrão de potabilidade determinado pela Portaria nº 36 do Ministério da Saúde.
Alimentador predial: tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico.
Aparelho sanitário: componente destinado ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos (na maioria das vezes pertence à instalação predial de esgoto sanitário). Incluem-se nessa definição aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, e, também, lavadoras de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem, etc.
Barrilete: tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à fonte de abastecimento particular.
Camisa: disposição construtiva na parede ou piso de um edifício, destinada a proteger e/ou permitir livre movimentação à tubulação que passa no seu interior.
Cobertura: Qualquer tipo de recobrimento feito através de material rígido sobre um duto, um sulco ou um ponto de acesso, de resistência suficiente para suportar os esforços superficiais verificados na sua posição. Quando referida a reservatório domiciliar, define o fechamento superior horizontal do reservatório.
Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
Componente: qualquer produto que compõe a instalação predial de água fria e que cumpre individualmente função restrita. Exemplos: tubos, conexões, válvulas, reservatórios, etc.
Concessionária: termo empregado para designar genericamente a entidade responsável pelo abastecimento público de água. Na maioria dos casos esta entidade atua sob concessão da autoridade pública municipal. Em outros casos, a atuação se dá diretamente por esta mesma autoridade ou por autarquia a ela ligada.
Conexão cruzada: qualquer ligação física através de peça, dispositivo ou outro arranjo que conecte duas tubulações das quais uma conduz água potável e a outra água de qualidade desconhecida ou não potável.
NOTA: através dessa ligação a água pode escoar de uma para outra tubulação, sendo o sentido de escoamento dependente do diferencial de pressão entre as duas tubulações. A definição também se aplica à ligação física que se estabelece entre a água contida em uma tubulação da instalação predial de água fria e a água servida contida em um aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente que esteja sendo utilizado.
Construtor: agente interveniente no processo de construção de um edifício, responsável pelo produto em que o mesmo se constitui e, conseqüentemente, pela instalação predial de água fria, respondendo, perante o usuário, pela qualidade da instalação predial de água fria.
Diâmetro nominal (DN): número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto.
Dispositivo de prevenção ao refluxo: componente ou disposição construtiva, destinado a impedir o refluxo para a fonte de abastecimento.
Duto: espaço fechado projetado para acomodar tubulações de água e componentes em geral, construído de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu comprimento como em pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas, sem ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de baixo custo. Inclui também o shaft que usualmente é entendido como um duto vertical.
Fonte de abastecimento: sistema destinado a fornecer água para a instalação predial de água fria. Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água. No caso da rede pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do ramal predial.
Galeria de serviços: espaço fechado, semelhante a um duto, mas de dimensões tais que permitam o acesso de pessoas ao seu interior através de portas ou aberturas de visita. Nele são instalados tubulações, componentes em geral e outros tipos de instalações.
Instalação elevatória: sistema destinado a elevar a pressão da água em uma instalação predial de água fria, quando a pressão disponível na fonte de abastecimento
for insuficiente, para abastecimento do tipo direto, ou para suprimento do reservatório elevado no caso de abastecimento do tipo indireto. Inclui também o caso onde um equipamento é usado para elevar a pressão em pontos de utilização localizados.
Instalação predial de água fria: sistema composto por tubos, reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros componentes, destinado a conduzir água fria da fonte de abastecimento aos pontos de utilização.
Instalador: agente interveniente no processo de construção de uma instalação predial de água fria, responsável perante o construtor pela qualidade da sua execução.
Junta: resultado da união de dois componentes através de um determinado processo, envolvendo ou não materiais complementares.
Ligação hidráulica: arranjo pelo qual se conecta a tubulação ao reservatório domiciliar.
Metal sanitário: expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero, fabricados em liga de cobre. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, misturadores, válvulas de descarga, chuveiros e duchas, bicas de banheira.
Nível de transbordamento: nível do plano horizontal que passa pela borda do reservatório, aparelho sanitário ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, o nível é aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
Padrão de potabilidade: conjunto de valores máximos permissíveis das características de qualidade da água destinada ao consumo humano, conforme determina a Portaria nº 36 do Ministério da Saúde.
Peça de utilização: componente na posição a jusante do sub-ramal que, através de sua operação (abrir e fechar), permite a utilização da água e, em certos casos, permite também o ajuste da sua vazão.
Plástico sanitário: expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero, fabricados em material plástico. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, válvulas de descarga, chuveiros e duchas.
Ponto de suprimento: extremidade a jusante de tubulação diretamente ligada à fonte de abastecimento que alimenta um reservatório de água para uso doméstico.
Ponto de utilização (da água): extremidade a jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria passa a ser considerada água servida. Qualquer parte da instalação predial de água fria, a montante desta extremidade, deve preservar as características da água para o uso a que se destina.
Projetista: agente interveniente no processo de construção de uma instalação predial de água fria, responsável perante o construtor pela qualidade do projeto.
Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub- ramais.
Ramal predial: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial ou de rede predial de
distribuição. O ponto onde termina o ramal predial deve ser definido pela concessionária.
Rede predial de distribuição: conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização.
Refluxo de água: escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo como, por exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos comunicantes.
Registro de fechamento: componente instalado na tubulação e destinado a interromper a passagem da água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, empregam-se registros de gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o registro deve apresentar seção de passagem da água com área igual à da seção interna da tubulação onde está instalado.
Registro de utilização: componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão da água utilizada. Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvula- globo em sub-ramais.
Retrossifonagem: refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica.
Separação atmosférica: separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento do reservatório, aparelho sanitário ou outro componente associado ao ponto de utilização.
Sub-ramal: tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.
Sulco: cavidade destinada a acomodar tubulações de água, aberta ou pré-moldada, de modo a não afetar a resistência da parte do edifício onde é executado e onde o acesso só pode se dar pela destruição da cobertura ou das coberturas.
Tipo de abastecimento: forma como o abastecimento do ponto de utilização é efetuado. Pode ser tanto direto, quando a água provém diretamente da fonte de abastecimento, como indireto, quando a água provém de um reservatório existente no edifício.
Tubulação: conjunto de componentes basicamente formados por tubos, conexões, válvulas e registros, destinado a conduzir água fria.
Tubulação aparente: tubulação disposta externamente a uma parede, piso, teto ou qualquer outro elemento construtivo. Permite total acesso para manutenção. Pode estar instalada em galerias de serviço.
Tubulação de aviso: tubulação destinada a alertar os usuários que o nível da água no interior do reservatório alcançou um nível superior ao máximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar em local habitualmente observável.
Tubulação de extravasão: tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento.
Tubulação de limpeza: tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório, para permitir sua limpeza e manutenção.
Tubulação embutida: tubulação disposta internamente a uma parede ou piso, geralmente em um sulco, podendo também estar envelopada. Não permite acesso sem a destruição da cobertura.
Tubulação recoberta: tubulação disposta em espaço projetado para tal fim. Permite o acesso mediante simples remoção da cobertura, somente implicando destruição da mesma em casos de cobertura de baixo custo.
Uso doméstico da água: uso da água para atender às necessidades humanas, ocorrentes em edifício do tipo residencial; entre elas incluem-se aquelas atendidas por atividades como: preparação de alimentos, higiene pessoal, cuidados com roupas e objetos domésticos, cuidados com a casa, lazer e passatempo e outros como combate ao fogo e manutenção de instalações prediais.
Usuário: pessoa física ou jurídica que efetivamente usa a instalação predial de água fria, ou que responde pelo uso que outros fazem dela, respondendo pelo correto uso da instalação e por sua manutenção, podendo delegar esta atividade a outra pessoa física ou jurídica. Recorre ao construtor nos casos em que há problema na qualidade da instalação predial de água fria.
Vazão de projeto: valor de vazão, adotado para efeito de projeto, no ponto de utilização ou no ponto de suprimento. No caso de ponto de utilização, corresponde à consolidação de um valor historicamente aceito, referente ao maior valor de vazão esperado para o ponto.
Concreto estrutural: termo que se refere ao espectro completo da aplicação do concreto como material estrutural.
Elementos de concreto simples estrutural: elementos estruturais elaborados com concreto que não possui qualquer tipo de armadura ou que a possui em quantidade inferior ao mínimo exigido para o concreto armado.
Elementos de concreto armado: são aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência.
Elementos de concreto protendido: são aqueles nos quais parte das armaduras são previamente alongadas por equipamentos especiais de protensão com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no estado limite último (ELU).
Armadura passiva: qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente alongada.
Armadura ativa (de protensão): constituída por barra, fios isolados ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré alongamento inicial.
Concreto com armadura ativa pré-tracionada (protensão com aderência inicial): concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é feito utilizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com os referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se só por aderência.
Concreto com armadura ativa pós-tracionada (protensão com aderência posterior): concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do
próprio elemento estrutural, criando posteriormente aderência com o concreto de modo permanente, através da injeção das bainhas.
Concreto com armadura ativa pós-tracionada sem aderência (protensão sem aderência): concreto protendido em que o pré alongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, mas não sendo criada aderência com o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados.
Junta de concretagem: qualquer interrupção do concreto com a finalidade de reduzir tensões internas que possam resultar em impedimentos a qualquer tipo de movimentação da estrutura, principalmente em decorrência de retração ou abaixamento da temperatura.
Junta de concretagem parcial: redução de espessura igual ou maior a 25 % da seção de concreto.
Estado limite último (ELU): estado limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.
Estado limite de formação de fissuras: estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que este estado limite é atingido quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct..
Estado limite de descompressão: estado no qual em um ou mais pontos da seção transversal a tensão normal é nula, não havendo tração no restante da seção.
Estado limite de descompressão parcial: estado no qual se garante a compressão na seção transversal, na região onde existem armaduras ativas. Esta região deve se
estender a uma distância maior que ap da face mais próxima da cordoalha ou da bainha de protensão.
Estado limite de compressão excessiva: estado em que as tensões de compressão atingem o limite convencional estabelecido. Usual no caso do concreto protendido na ocasião da aplicação da protensão.
Estado limite de vibrações excessivas: estado em que às vibrações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal da construção.
Plastômero: polímero natural ou sintético que se caracteriza por apresentar deformação residual, quando submetido a tensões que ultrapassam seu limite elástico.
Elastômero: polímero natural ou sintético que se caracteriza por apresentar deformação elástica, proporcional à tensão aplicada.
Asfalto plastomérico: asfalto que tem suas características modificadas através da incorporação e mistura de polímeros plastoméricos, conferindo-lhe características inerentes ao polímero introduzido.
Asfalto elastomérico: asfalto que tem suas características modificadas através da incorporação e mistura de polímeros elastoméricos, conferindo-lhe características inerentes ao polímero introduzido.
Asfalto oxidado: asfalto obtido pela passagem de uma corrente de ar, através de uma massa de asfalto destilado de petróleo, em temperatura adequada.
Faces lisas: faces que não apresentam materiais de revestimento (por exemplo: lâmina metálica, grânulos de ardósia e outros) ou tratamentos durante a fase de produção que resultam em uma superfície plana.
Faces não lisas: faces que apresentam materiais de revestimento (por exemplo: lâmina metálica, grânulos de ardósia e outros) ou tratamentos durante a fase de produção que resultam em uma superfície não plana.
NOTA: as faces que apresentam sinais, relevo ou reentrâncias regulares de profundidade, altura ou espessura maior que 0,2 mm são consideradas não lisas.
Carga máxima: valor máximo da força obtido no ensaio de tração.
Alongamento na carga máxima: alongamento medido no momento em que a carga de tração é máxima.
PARTE B – CONDIÇÕES GERAIS
1. DISPOSIÇÕES GERAIS 2
2. CRITÉRIO DE SIMILARIDADE 2
3. REQUISITO 3
4. VERIFICAÇÃO 4
5. PAGAMENTO 4
6. AFASTAMENTO DE MATERIAIS 4
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
Todos os materiais a empregar nas obras serão novos, comprovadamente de primeira qualidade e satisfarão rigorosamente ás condições estipuladas na PARTE C – DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS, salvo disposição expressa e diversa estabelecida pela Fiscalização, cujas prescrições prevalecerão.
O Construtor só poderá usar qualquer material depois de submetê-lo ao exame e aprovação da Fiscalização, a quem caberá impugnar o seu emprego, quando em desacordo com a PARTE C - DESCRIÇÕES DOS SERVIÇOS.
Cada lote ou partida de material deverá, além de outras averiguações, ser comparado com a respectiva amostra, previamente aprovada.
As amostras de materiais aprovadas pela Fiscalização, depois de convenientemente autenticadas por esta e pelo Construtor, serão cuidadosamente conservadas no Canteiro de Obras até o fim dos trabalhos, de forma a facultar, a qualquer tempo, a verificação de sua perfeita correspondência aos materiais fornecidos ou já empregados.
Obriga-se o Construtor a retira do recinto das obras os materiais porventura impugnados pela Fiscalização, dentro de 72 (setenta e duas) horas, a contar da Ordem de Serviço atinente ao assunto sendo expressamente proibido manter no recinto das obras quaisquer materiais que não satisfaçam a essas especificações.
2. CRITÉRIO DE SIMILARIDADE
Se as circunstâncias ou condições locais tornarem aconselhável à substituição de algum dos materiais especificados na PARTE C - DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS, a substituição obedecerá ao disposto nas partes referentes a tal questão e só poderá ser efetuado mediante expressa autorização, por escrito, da Fiscalização, para cada caso.
Consideram-se dois materiais ou equipamentos sejam similares total ou equivalentemente se desempenham idêntica função construtiva e apresentam as mesmas características exigidas na especificação ou no serviço que a eles se refiram.
Dois materiais ou equipamentos apresentam similaridade parcial ou semelhança se desempenham idêntica função construtiva, mas não apresentam as mesmas características exigidas na especificação ou no serviço que a eles se refiram.
Na eventualidade de uma equivalência, a substituição se processará sem haver compensação financeira para as partes, ou proprietário ou o Construtor.
Na hipótese de uma semelhança, a substituição se processará com a correspondente compensação financeira para uma das partes, ou proprietário ou o Construtor, conforme contrato.
O critério de similaridade referido será estabelecido em cada caso pela Fiscalização, sendo objeto de registro no Diário de Obras.
Nas especificações a identificação de materiais ou equipamentos por determinada marca, implica, apenas, a caracterização de uma similaridade, ficando a distinção entre equivalência e semelhança subordinada ao critério de similaridade estabelecido conforme orientações anteriores.
A consulta sobre similaridade envolvendo equivalência ou semelhança será efetuada em tempo oportuno, pelo Construtor, não admitindo o proprietário, em hipótese nenhuma, que dita consulta sirva para justificar o não comprimento dos prazos estabelecidos na documentação contratual.
3. REQUISITO
Os laboratórios que realizarem os ensaios e testes de materiais e equipamentos deverão estar credenciados pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
4. VERIFICAÇÃO
Compete ao Construtor apresentar à Fiscalização o Certificado de Credenciamento, atualizado, expedido pelo INMETRO, sem o que poderá a Fiscalização considerar inaceitáveis os resultados dos ensaios e testes realizados por iniciativa do Construtor.
A apresentação do certificado citado anteriormente será efetuada antes da realização dos testes e ensaios ou, quando muito, concomitantemente com os resultados desses ensaios e testes.
5. PAGAMENTO
O pagamento será efetuado conforme preços unitários contratados, multiplicados pela quantidade medida, segundo critério acima. A remuneração contempla todos os materiais, mão-de-obra e ferramentas necessárias à execução dos serviços.
6. AFASTAMENTO DE MATERIAIS
Para efeito de medição, entende-se como afastamento de materiais a distancia menor ou igual a 10 m. Para distâncias superiores a 10 metros serão aplicados os valores constantes na PARTE E – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO, a saber: afastamento de materiais, transporte de materiais e demais serviços pertinentes aos assuntos. Quanto à disposição dos materiais afastados e/ou transportados, caberá á Fiscalização a orientação do Construtor quanto á disposição final dos materiais.
PARTE C – DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS
1. GRUPO 01- INSTALAÇÕES INICIAIS DA OBRA. 002
2. GRUPO 02 - DEMOLIÇÕES E REMOÇÕES. 019
3. GRUPO 03 - TERRAPLENAGEM E TRABALHOS EM TERRA. 021
4. GRUPO 04 - FUNDAÇÕES. 039
5. GRUPO 05 - ESTRUTURAS DE CONCRETO E METÁLICA. 069
6. GRUPO 06 - ALVENARIA E DIVISÕES. 118
7. GRUPO 07 - COBERTURAS E FORROS. 148
8. GRUPO 08 - IMPERMEABILIZAÇÕES E ISOLAMENTO. 175
9. GRUPO 09 - INSTALAÇÃO HIDRO-SANITÁRIA, INCÊNDIO E GÁS. 203
10. GRUPO 10 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, TELEFÔNICAS E SPDA. 262
11. GRUPO 11 - ESQUADRIA DE MADEIRA. 312
12. GRUPO 12 – ESQUADRIA E SERRALHERIA. 322
13. GRUPO 13 - REVESTIMENTOS. 355
14. GRUPO 14 - PISOS, RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS. 383
15. GRUPO 15 - VIDROS, ESPELHOS E ACESSÓRIOS. 435
16. GRUPO 16 - PINTURA. 443
17. GRUPO 17 - SERVIÇOS DIVERSOS 492
18. GRUPO 18 - DRENAGEM. 503
19. GRUPO 19 - PAVIMENTAÇÃO. 524
20. GRUPO 20 - URBANIZAÇÃO E OBRAS COMPLEMENTARES. 596
1. GRUPO 01 – INSTALAÇÕES INICIAIS DA OBRA
1.1. SEGURO DE RISCO DE ENGENHARIA
1.1.1. OBJETIVO
Antes do início de obras a CONTRATADA, obrigatoriamente terá de contratar o SEGURO DE RISCO DE ENGENHARIA do valor da obra de modo a garantir o ressarcimento a pessoas físicas e jurídicas quanto a possíveis danos que possam ser causados por obras ou equipamentos.
Este SEGURO DE RISCO DE ENGENHARIA deverá ser segurado por empresa seguradora especializada nesta modalidade de seguro. E necessário, para atendimento legal, apresentar a anotação de responsabilidade técnica dos trabalhos.
Os custos são considerados incluídos na composição ofertada pela CONTRATADA.
1.1.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
Com vista à execução da “Vistoria Cautelar” recomenda-se utilizar uma Ficha de Registro, que é um impresso padronizado de obtenção de informações necessárias e pertinentes, a qual deverá ser preenchida conforme instruções abaixo.
1.1.3. LOCALIZAÇÃO
Informar no documento técnico o número do lote, número da quadra, nome da rua, número e bairro onde se situa o imóvel a ser vistoriado. Indicar o tipo de zoneamento conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo.
1.1.4. INFRA-ESTRUTURA URBANA
Identificar o pavimento da via e seu tipo. Registrar os equipamentos e serviços públicos constantes da via local, tais como rede de abastecimento de água, rede de esgoto, energia elétrica, telefonia e transporte coletivo.
1.1.5. DESCRIÇÃO DO LOTE/TERRENO
Anotar, na descrição, a área total do lote ou terreno, formato da área, relevo topográfico, Confrontações laterais, de fundos e largura da frente para a via pública.
1.1.6. TIPO DE EDIFICAÇÃO
Explicitar se o imóvel é residencial, comercial, industrial ou institucional. Registrar, também, se é casa, edifício de apartamentos, edifícios de escritórios, galpão e também as benfeitorias de apoio como: barracões, edículas, garagens, anexos e cobertos.
1.1.7. POSTURAS MUNICIPAIS
O vistoriador será orientado para levantar a real situação do imóvel em relação às posturas municipais.
1.1.8. DESCRIÇÃO DOS IMÓVEIS
Elaborar “croquis” expedito da planta da edificação e benfeitorias se houver, contendo os cômodos e suas identificações.
1.1.9. DESCRIÇÃO DOS ACABAMENTOS
Descrever os tipos de telhados, forros, revestimentos, pinturas, pisos e atual estado de conservação dos mesmos para cada tipo de cômodo.
1.1.10. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E ELÉTRICAS
Descrever o atual estado de conservação destas instalações com observações eventuais quanto a mofos, umidades, vazamentos, desplacamentos, pontas de condutos elétricos desprotegidos, ligações provisórias de risco, sinais de curto-circuito, etc.
1.1.11. REGISTRO FOTOGRÁFICO
Registrar, fotograficamente, todas as ocorrências notáveis, como fissuras, trincas, rachaduras, umidades, vazamentos, centrando as imagens nestes focos com boa iluminação e nitidez. Quando necessário, à imagem, referências em termos de objetos ou números de identificação, para melhor análise e referência de proporção. Pode-se observar no Anexo II o modelo de relatório a ser apresentado.
1.1.12. APRESENTAÇÃO FINAL
Paginar 2 (duas) fotos em cada folha, sempre na posição horizontal, e apresentar os descritivos pertinentes, sobre a parte de cima das fotos.
Fotografar a placa da obra, trecho e fachada do imóvel. A colocação de data nas fotos é importante para que a vistoria não perca seus efeitos legais.
O documento deverá conter as assinaturas do engenheiro vistoriador e respectivo número de registro no CREA. O proprietário ou inquilino também assinará a vistoria concordando com o trabalho efetuado.
Na situação de não ser permitido a vistoria ou recusa de sua assinatura, o vistoriador deve proceder na ficha de vistoria, breve informação devidamente assinada, acompanhada também, da assinatura de duas testemunhas com registro de identidade.
1.2. CANTEIRO DE OBRAS E SERVIÇOS
1.2.1. OBJETIVO
O canteiro de serviços, para efeito deste Caderno de Encargos, compreende todas as instalações provisórias executadas junto à área a ser edificada, com a finalidade de garantir condições adequadas de trabalho, abrigo, segurança e higiene a todos os elementos envolvidos, direta ou indiretamente na execução da obra, além dos equipamentos e elementos necessários à sua execução e identificação.
1.2.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
A instalação do canteiro de serviços deverá ser orientada pela FISCALIZAÇÃO que aprovará ou não as indicações das áreas para sua implantação física, devendo a CONTRATADA visitar previamente o local das obras informando-se das condições existentes.
A CONTRATADA deverá apresentar disposição física do canteiro de serviços e submetê-lo à aprovação da FISCALIZAÇÃO, dentro do prazo máximo de dois dias, após a data de emissão da ordem de serviço.
1.2.3. INSTALAÇÕES
O canteiro deverá conter todas as instalações necessárias ao seu funcionamento, de acordo com as prescrições contidas nas “Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”, tais como:
▪ Escritório de obra/fiscalização;
▪ Escritório da CONTRATADA ou empreiteira;
▪ Vestiário com acomodações adequadas às necessidades e ao uso do pessoal de obra;
▪ Depósito e ferramentaria para a guarda e abrigo de materiais e equipamentos;
▪ Refeitório de acordo com o efetivo da obra;
▪ Instalações sanitárias compatíveis com o efetivo da obra;
▪ Tapumes e portões limitando a área de construção;
▪ Abertura de eventuais caminhos de serviço e acessos provisórios;
▪ Ligações provisórias e respectivas instalações de água, esgoto, telefone, luz e energia.
Prioritariamente, deverá ser executado o escritório de obras da FISCALIZAÇÃO.
No canteiro de obras deverão ser mantidos: diário da obra, segundo modelo padrão do DEOP, projeto executivo completo, edital, contrato, planilha, ordem de serviço inicial, cronograma, plano de segurança, projeto de sinalização, controle meteorológico, anotação de responsabilidade técnica (ART), inscrição no INSS, alvará de instalação, caderno de encargos, caderno de padrões.
Também ficarão à disposição cadastros de instalações da concessionárias de energia, serviços de água e esgotos, telefonia e infovias, a exemplo da CEMIG, COPASA, DMAEs, SAAEs, TELEMAR. Outros cadastros a considerar como os da CBTU, interferências de trânsito da cidade tais como semáforos e sinalizações, redes de tele- processamento e eventuais licenciamentos das Secretarias Municipais do Meio Ambiente e Saneamento Urbano.
Enfatiza-se a disponibilidade permanente de todos os documentos acima relacionados, por se tratarem de fontes de consultas diárias, objetivando qualidade, segurança e regularidade fiscal da obra.
Determinados documentos constantes desta relação devem ser fixados em painel próprio, como: a planta geral da obra, cronograma, controle meteorológico, alvará de instalação, Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), inscrição no INSS e licenciamentos eventuais.
Compete à CONTRATADA manter o Diário da Obra no escritório da FISCALIZAÇÃO, registrando no mesmo, as etapas de trabalho, equipamentos, número de operários, ocorrências, com os detalhes necessários ao entendimento da FISCALIZAÇÃO, que aprovará ou retificará as anotações efetuadas pela CONTRATADA. A escrituração do Diário de Obras tem prazo máximo de 48 horas para encerramento de cada parte diária. Para definir com clareza o período de vigência do Diário da Obra, a FISCALIZAÇÃO formalizará os termos de abertura e encerramento, em páginas separadas somente para este fim.
Os termos de abertura e encerramento do Diário de Obras serão formalizados na primeira e última página deste documento, além do texto principal, mencionando-se o número e data do edital, contrato e ordem de serviço inicial.
Os padrões e ligações provisórias de água, esgoto, luz e telefonia deverão ser executadas de modo a atender às necessidades da demanda de obra, devendo ser obedecidas as normas da ABNT e das concessionárias. Para a instalação do padrão provisório de energia, seguir a metodologia de execução para padrões, referidos no Grupo “Instalações elétricas, telefônicas e PDA”.
Quando da impossibilidade de ligação de esgoto à rede pública, deverá ser executada uma fossa séptica atendendo, conforme padronizado, às observações contidas em norma específica tanto em relação aos materiais a serem utilizados quanto à correta técnica operatória. O sumidouro será dimensionado em função da capacidade de absorção do solo. Observada a redução de capacidade de absorção do sumidouro, nova unidade deverá ser construída, para recuperação da capacidade perdida. Os sumidouros não devem atingir o lençol freático, sendo sua capacidade mínima, a mesma da fossa séptica contribuinte. Em relação ao sumidouro ou tanque absorvente e o tanque séptico, estes deverão ser limpos e aterrados no final da obra.
O canteiro de serviços deverá oferecer condições adequadas de proteção contra roubo e incêndio, e suas instalações, maquinário e equipamentos deverão propiciar condições adequadas de proteção e segurança aos trabalhadores e a terceiros, conforme as especificações contidas no “Ad. 170, Seções 1 a XIV, da Lei 6.514/77 que altera o Grupo 5 da Consolidação das Leis do Trabalho, bem como as suas respectivas “Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”.
Todos os elementos componentes do canteiro de serviços deverão ser mantidos em permanente estado de limpeza, higiene e conservação. A critério da CONTRATADA, com a anuência da FISCALIZAÇÃO, os escritórios de obra (fiscalização e empreiteira), podem ser substituídos por “containers”, e mesmo até, quando a situação assim o recomendar, poderá ser alugado um imóvel próximo à obra, visando melhor abrigar a estrutura.Nestas situações, não haverá acréscimo de nenhum ônus ao DEOP-MG, e toda as registrando exigências referenciadas pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho deverão ser respeitadas e atendidas.
A escolha do tipo de escritório de obra, barracão, vestiário, instalações sanitárias, refeitório, depósito e ferramentaria a ser utilizado, será realizada mediante a consulta ao Quadro 1 em anexo, função do valor da obra e/ou do seu efetivo médio de funcionários, de acordo com o DEOP-MG. Quando estes dados não forem conhecidos, será escolhida uma obra, com características bastante similares, da qual se conheça o valor e/ou o efetivo. Com estas informações, será realizada a escolha, mediante consulta ao Quadro 1.
COMPARTIMENTO | TIPO | PORTE | EFETIVO | VALOR |
Escritório da Fiscalização | I | Pequeno | até 30 | até R$ 250.000,00 |
Escritório da Empreiteira | I | |||
Vestiário de Pessoal | I | |||
Depósito de Ferramentas | I | |||
Instalações sanitárias | I | |||
Escritório da Fiscalização | I | Média | 30 a 60 | R$250.000,00 até R$1.000.000,00 |
Escritório da Empreiteira | I | |||
Vestiário de Pessoal | II | |||
Depósito de Ferramentas | II | |||
Instalações sanitárias | II | |||
Refeitório | I | |||
Escritório da Fiscalização | II | Grande | >60 | > R$ 1.000.000,00 |
Escritório da Empreiteira | II | |||
Vestiário de Pessoal | III | |||
Depósito de Ferramentas | III | |||
Instalações sanitárias | III | |||
Refeitório | II |
Quadro 1
Legenda | |
1 | Mapoteca |
2 | Armário |
3 | Arquivo |
50
550
50
19
100
110
110
110
100
19
100x100
100x100
2
1
3
50
110
9
50
330
50
9
110
110
110
9
60x60
Figura 1- Escritório da Fiscalização Tipo I
Legenda | |
1 | Mapoteca |
2 | Armário |
3 | Arquivo |
4 | Mesa com Computador |
50
660
50
9
100
110
110
110
110
110 9
100x100
100x100
100x100
3
2
2
1
4
50
330
9
110
110
60x60
Figura 2 – Escritório da Fiscalização Tipo II
Legenda | |
1 | Mapoteca |
2 | Armário |
3 | Arquivo |
50
550
50
19
100
110
110
110
100
19
100x100
100x100
2
1
3
50
110
9
50
330
50
9
110
110
110
9
60x60
Figura 3 – Escritório da Empreiteira Tipo I
Legenda | |
1 | Mapoteca |
2 | Armário |
3 | Arquivo |
4 | Mesa com Computador |
50
660
50
9
100
110
110
110
110
110 9
100x100
100x100
100x100
3
2
2
1
4
50
330
9
110
110
60x60
Figura 4 – Escritório da Empreiteira Tipo II
50 | 770 | 50 | |||||||||
9 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 9 |
Legenda | |
1 | Banco |
2 | Armário |
60x60
60x60
60x60
60x60
1 1
60x60
1 1
60x60
60x60
50
330
50
9
110
110
100
19
1
1
2
2
2
2
1
1
1
1
2
2
2
2
1
1
Figura 5 – Vestiário Tipo I
Legenda | |
1 | Banco |
2 | Armário |
458
50
440
50
110 110 110 110 9
50
Passeio
Passeio
50
50
110
110
110
110
110
110
110
110
110
110
110
110
110
110
1540
1556
Figura 6 - Vestiário Tipo II
50
440
50
9
110
110
110
110
9
Basculante Basculante
80x80
80x80
Prateleiras
9 80
40
9
80x80
Porta Balcão
80x210
Passeio
Basculante
320
Basculante Basculante Basculante
80x80
80x80
Prateleiras
80x80
40
Porta Balcão
80x210
Xxxxxx Xxxxxx
80x100
650
80
50
100
19
50
330
110
50
9
110
110
9
Prateleiras
Prateleiras
Figura 7 - Depósito e Ferramentaria Tipo I
50 | 770 | 50 | |||||||||
9 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 9 |
50
330
9
110
110
Basculante
80x80
Prateleiras
Prateleiras Basculante
80x80
Figura 8 – Depósito e Ferramentaria Tipo II
458
50
440
50
110
110
110
110
9
Basculante Basculante Basculante Basculante
80x80
80x80
80x80
80x80
40
Prateleiras
Xxxxxx Xxxxxx
80x100
Porta Balcão
80x210
50
Prateleiras
Basculante Basculante Basculante Basculante
80x80
80x80
Passeio
80x80
80x80
Passeio
Prateleiras
80
870
40
50
110
110
110
110
110
110
110
110
110
990
Figura 9 - Depósito e Ferramentaria Tipo III
50
440
50
9
110
110
110
110
9
Passeio
50
50
330
110
50
110
9
9
110
110
9
Basculante
80x80
Basculante
80x80
Figura 10 – Depósito de Materiais Ensacados
50
440
50
9
110
110
110
110
9
60x60
60x60
60x60
60x60
60x60
Passeio
50
330
9
110
110
Figura 11 – Instalação Sanitária Tipo I
50 | 550 | 50 | |||||||
9 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 9 |
60x60
60x60
60x60
Passeio
50
100
19
330
50
50
9
110
110
110
9
60x60
60x60
Figura 12 - Instalação Sanitária Tipo II
50 | 770 | 50 | |||||||||
9 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 9 |
60x60
60x60
60x60
60x60
60x60
60x60
60x60
80x210
50
330
9
110
110
60x60
60x60
Figura 13 - Instalação Sanitária Tipo III
50 | 550 | 50 | |||||||
9 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 9 |
60x60
60x60
60x60
60x60
60x60
60x60
Passeio
60x60
60x60
60x60
60x60
Bancada
Bancada
60x60
60x60
60x60
80x210
50
100
19
50
330
110
50
9
110
110
9
Bancada
60x60
60x60
Figura 14 – Refeitório Tipo I
50 | 770 | 50 | |||||||||
9 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 110 | 9 |
50
330
9
110
110
60x60
Figura 15 – Refeitório Tipo II
1.3. MÓDULOS METÁLICOS
1.3.1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO
Atendendo a norma regulamentadora – NR 18 que estabelece diretrizes de ordem administrativa de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção, os compartimentos do canteiro na sua totalidade ou alguns módulos, poderão ser instalados em contêineres ou módulos metálicos. A condição básica para a aceitação é a aprovação antecipada da fiscalização do lay-out integral das instalações.
Nas Áreas de Vivência os Canteiros de obras devem dispor de :
a) Escritório de obra/fiscalização;
b) Instalações sanitárias ;
c) Vestiário ;
d) Alojamento;
e) Local de refeições ;
f) Cozinha, quando houver preparo de refeições ;
g) Lavanderia ;
h) Área de lazer ;
i) Xxxxxxxxxxx, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores.
O cumprimento do disposto na alíneas “c”, “f” e “g” é obrigatório nos casos onde houver trabalhadores alojados.
Modelos e lay-outs de instalações em módulos metálicos:
600
430
920
690 | 230 |
Figura 16 – Modelo de canteiro módulo metálico
Figura 17 – Modelo de dormitório módulo metálico
2. GRUPO 02 – DEMOLIÇÕES E REMOÇÕES
2.1. DEMOLIÇÕES COM EXPLOSIVOS
É obrigatória a observação e atendimento a Lei estadual abaixo relacionada e também a NR 18, em especial os ítens e sub-ítens arrolados a seguir:
LEI 7302 de 21 de julho de 1978, Grupo ll, art 4°, FEAM, Governo do Estado de Minas Gerais: dispõe sobre o horário para uso de explosivos para demolições de 7 às 12 horas.
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (118.000-2)
▪ 18.6. Escavações, fundações e desmonte de rochas.
▪ 18.6.3. Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável técnico legalmente habilitado. (118.141-6 / I4)
▪ 18.6.17. Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver um blaster, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram, destinação adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às detonações. (118.156-4 / I4)
▪ 18.6.18. A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser a risco trabalhadores e terceiros. (118.157-2 / I4)
▪ 18.6.19. Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro. (118.158-0 / I4)
2.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Na ocasião do “check list” o DEOP-MG irá definir:
▪ As situações em que se fizer necessário, o transporte em carrinho de mão e carga manual. Estes serviços só serão executados quando não for possível a utilização e/ou o acesso de máquinas e equipamentos pesados;
▪ A utilização ou não de caçambas, cujo quantitativo será medido separadamente, porém, utilizando o mesmo critério dos caminhões. Quando o transporte for efetuado em carrinho de mão e posteriormente em caçambas, não será considerada a carga manual;
▪ As situações em que o transporte será executado em carrinho de mão, nas quais, já está incluída a operação de carga, devendo este volume ser coincidente com o volume a ser transportado, seja em caminhão ou caçamba;
▪ Utilização de cargas manuais ou mecânicas, cujo levantamento do quantitativo será efetuado utilizando-se o mesmo critério do transporte, devendo seus valores serem coincidentes.
▪ Material proveniente de demolição não poderá em hipótese alguma ser carregado em caçambas ou caminhão, juntamente com outros materiais provenientes de escavações, desmatamento, etc.
3. GRUPO 03 – TERRAPLENAGEM E TRABALHOS EM TERRA
3.1. ESCAVAÇÃO MECÂNICA INCLUSIVE TRANSPORTE ATÉ 50 m
3.1.1. OBJETIVO
Aplicação aos serviços de escavação com trator de esteira, exclusivamente usado na execução de cortes, onde a distância de transporte do material não ultrapasse 50 m, no interior dos limites das seções do projeto que definem o greide e a plataforma ou em seções mistas onde o material de corte é lançado no aterro lateral.
3.1.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
3.1.2.1. SERVIÇOS
As operações deste processo de escavação compreendem:
▪ Escavação dos materiais constituintes do terreno natural, até o greide da terraplenagem indicado no projeto;
▪ Escavação, em alguns casos, dos materiais constituintes do terreno natural, em espessuras abaixo do greide da terraplenagem, iguais a 60 cm, quando se tratar de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, conforme indicações do projeto, complementadas por observações da FISCALIZAÇÃO durante a execução dos serviços;
▪ Transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-foras.
Quando do início da obra, o DEOP-MG, solicitará uma equipe de topografia da empresa CONTRATADA, que verificará as seções primitivas, possibilitando a confirmação do levantamento topográfico do projeto e um consenso sobre a seção a ser adotada para efeito de medição.
A escavação fica condicionada aos elementos técnicos, fornecidos à CONTRATADA e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto.
A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza.
Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos, segundo as recomendações constantes das Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, garantindo as condições de circulação e segurança, para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.
O desenvolvimento da escavação se processará mediante a previsão da utilização adequada ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados para constituição dos aterros, os materiais que sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em conformidade com o projeto.
Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável a juízo da FISCALIZAÇÃO, as massas em excesso que resultariam em bota-fora poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio. A referida operação deverá ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro.
Nos cortes e aterros indicados no projeto, deverão ser providenciadas todas as proteções quanto à erosão e deslizamento de taludes, drenagem, revestimentos e demais serviços que se tornarem necessários à estabilidade da obra. Para tanto a CONTRATADA deverá apresentar à FISCALIZAÇÃO o escopo básico das soluções propostas para cada uma das situações.
Quando, ao nível da plataforma dos cortes for verificada ocorrência de solos de expansão maior que 2%, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promover- se-à rebaixamento na espessura indicada em projeto, procedendo-se à execução de novas camadas constituídas de materiais selecionados.
Os taludes deverão apresentar a superfície desempenada obtida pela normal utilização do equipamento de escavação. Não será permitida a presença de blocos de rocha ou matacões nos taludes, que possam colocar em risco a segurança de usuários.
O acabamento da plataforma de corte será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:
▪ Variação de altura máxima de + ou - 0,10 m para o eixo e bordos;
▪ Variação máxima de largura + 0,20 m para cada semi-plataforma, não se admitido variação para menos.
A FISCALIZAÇÃO deverá atentar-se para a possibilidade de haver na região próxima à obra em execução, outras obras do DEOP-MG ou da municipalidade que possam ceder, ou a ela ser fornecida, terra a ser utilizada em aterros.
3.1.2.2. MATERIAIS
Os materiais ocorrentes nos cortes, cuja implantação será efetuada, serão classificados em três categorias, de acordo com a tipologia dos materiais a serem escavados
conforme determinação do DEOP-MG durante o “Check List” e de acordo com descrição abaixo:
▪ Materiais de Primeira Categoria: Solo em geral, residual ou sedimentar, seixo rolado ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 metros;
▪ Materiais de Segunda Categoria: Constituído por rocha em decomposição que permitem a remoção com o uso de escarificador, lâminas ou canto de lâminas de equipamento rodoviário, sem a utilização de desmonte especializado (ex.: explosivo, perfuratriz, etc.) Estão incluídos nesta classificação, os blocos de rocha de volume inferior a 2,0 m e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 e 1,0 m;
▪ Materiais de terceira categoria: Constituído por rocha sã, em que será necessário o uso de explosivo ou perfuratriz para sua remoção. Inclui-se neste seguimento, blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,0 m ou volume igual ou superior a 2,0 m3.
3.1.2.3. EQUIPAMENTOS
A escavação de cortes nas condições desta especificação será executada mediante a utilização racional de equipamentos adequados que possibilite a execução dos serviços com a produtividade requerida . Serão empregados tratores de esteiras equipados com lâminas e, quando for o caso, escarificador.
A potência do trator empregado será aquela requerida para a execução do serviço, não podendo ser inferior a 140 HP.
A FISCALIZAÇÃO poderá ordenar a retirada, acréscimo, supressão ou troca de equipamento, toda vez que constatar deficiência no desempenho do mesmo ou falta de adaptabilidade aos trabalhos aos quais está destinado, bem como a necessidade de se proporcionar o desenvolvimento dos trabalhos, em respeito às exigências de prazo da citada obra.
3.2. ESCAVAÇÃO E CARGA MECANIZADA
3.2.1. OBJETIVO
Aplicação aos serviços de escavação e carga mecanizada usados para implantação de corte ao longo do eixo e no interior dos limites das seções transversais, construção de caminhos de serviços, bem como a execução de cortes para empréstimos ou para remoção de solos inadequados, de modo que tenhamos ao final, o greide de terraplenagem estabelecido no projeto.
3.2.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
3.2.2.1. SERVIÇOS
Quando do início da obra, a FISCALIZAÇÃO juntamente com o Supervisor de Projetos, solicitará uma equipe de topografia da empresa CONTRATADA, que verificará as seções primitivas, possibilitando a confirmação do levantamento topográfico do projeto e um consenso sobre a seção a ser adotada para efeito de medição.
A escavação fica condicionada aos elementos técnicos, fornecidos à CONTRATADA e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto.
A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza.
Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos, segundo as recomendações constantes das Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, garantindo as condições de circulação e segurança para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.
A escavação mecânica terá início no trecho liberado pela FISCALIZAÇÃO, obedecidas às exigências de segurança, mediante a prévia seleção de utilização ou rejeição dos materiais extraídos, bem como de uma programação de trabalho aprovada pela FISCALIZAÇÃO. Assim, apenas serão transportados, para constituição ou complementação dos aterros, os materiais que sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em conformidade com o projeto.
Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável a juízo da FISCALIZAÇÃO, as massas em excesso que resultariam em bota-fora poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio. A referida operação deverá ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro.
Nos cortes e aterros indicados no projeto, deverão ser providenciadas todas as proteções quanto à erosão e deslizamento de taludes, drenagem, revestimentos e demais serviços que se tornarem necessários à estabilidade da obra. Para tanto a CONTRATADA deverá apresentar â FISCALIZAÇÃO o escopo básico das soluções propostas para cada uma das situações.
Quando, no nível da plataforma dos cortes, for verificada ocorrência de solos de expansão maior que 2%, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promover- se-à rebaixamento na espessura indicada em projeto, procedendo-se à execução de novas camadas constituídas de materiais selecionados.
Constatada a conveniência técnica e econômica de materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais, em locais determinados pela FISCALIZAÇÃO, para sua oportuna utilização.
Os taludes deverão apresentar a superfície desempenada obtida pela normal utilização do equipamento de escavação. Não será permitida a presença de blocos de rocha ou matacões nos taludes, que possam colocar em risco a segurança dos usuários.
O acabamento da plataforma de corte será procedido mecanicamente, de forma a se alcançar a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:
▪ Variação de altura máxima de + ou - 0,10 m para o eixo e bordos;
▪ Variação máxima de largura + 0,20 m para cada semi-plataforma, não se admitido variação para menos.
No caso de escavação em material de 3ª categoria, deverão ser atendidas as prescrições específicas do Grupo - Terraplenagem - do Caderno de Encargos de Infra- Estrutura, ou a FISCALIZAÇÃO do DEOP-MG.
A FISCALIZAÇÃO deverá atentar-se para a possibilidade de haver na região próxima à obra em execução, outras obras do DEOP-MG ou da municipalidade que possam ceder, ou a ela ser fornecida, terra a ser utilizada em aterros.
3.2.2.2. MATERIAIS
Os serviços de escavação mecânica serão classificados em três categorias, de acordo com a tipologia dos materiais a serem escavados conforme determinação da FISCALIZAÇÃO do DEOP-MG durante o “Check List” e de acordo com descrição abaixo:
▪ Materiais De Primeira Categoria: Solo em geral, residual ou sedimentar, seixo rolado ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 metros.
▪ Materiais De Segunda Categoria: Constituído por rocha em decomposição, que permitem a remoção com o uso de escarificador, lâminas ou canto de lâminas de equipamento rodoviário, sem a utilização de desmonte especializado (ex.: explosivo, perfuratriz, etc.). Estão incluídos nesta classificação, os blocos de rocha de volume inferior a 2,0 m3 e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 e 1,0m.
▪ Materiais de Terceira Categoria: Constituído por rocha sã, em que será necessário o uso de explosivo ou perfuratriz para sua remoção. Inclui-se neste seguimento, blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,0 m ou volume igual ou superior a 2,0 m3.
3.2.2.3. EQUIPAMENTOS
A escavação e carga dos materiais de cortes, empréstimos ou bases de aterros, nas condições desta especificação, serão executadas mediante a utilização racional de equipamentos adequados, que possibilitem a execução dos serviços com a produtividade requerida. Para a escavação serão empregados tratores de esteiras ou pneus, equipados com lâmina e, quando for o caso, escarificador. A potência dos tratores empregados será aquela requerida para a execução dos serviços, não podendo ser inferior a 140 HP.
Para a operação de carga serão utilizadas pás carregadeiras de pneus com potência mínima de 100 HP para materiais sem ou com pouca umidade, e de esteiras quando houver teor de umidade que obrigue esta opção, principalmente no caso de preparação das bases dos aterros.
A FISCALIZAÇÃO poderá ordenar a retirada, acréscimo, supressão ou troca de equipamento, toda vez que constatar deficiência no desempenho do mesmo ou falta de adaptabilidade aos trabalhos aos quais está destinado, bem como a necessidade de se proporcionar o desenvolvimento dos trabalhos, em respeito ás exigências de prazo da citada obra.
3.3. CARGA DE MATERIAL DE QUALQUER CATEGORIA EM CAMINHÕES
3.3.1. OBJETIVO
Aplicação somente ao serviço de carga mecanizada de material de qualquer categoria, em caminhões basculantes ou , eventualmente, de carroceria fixa, ou em outro equipamento transportador, com utilização de pás carregadeiras ou escavadeiras. O material pode ser oriundo de corte ou empréstimos utilizados para complementação de aterro, substituição de materiais inservíveis retirados dos cortes, ou quaisquer outras finalidades.
3.3.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
3.3.2.1. SERVIÇOS
O material a ser carregado deverá ser adequadamente preparado e amontoado de maneira a possibilitar o trânsito das pás carregadeiras ou das escavadeiras. As praças
de trabalho desses equipamentos deverão permitir a movimentação necessária ao ciclo de trabalho.
A carga mecanizada será precedida da escavação do material e de sua colocação na praça de trabalho em condições de ser manipulado pelo equipamento carregador (pás carregadeiras ou escavadeiras).
As praças de trabalho deverão merecer da CONTRATADA especial atenção quanto à sua conservação, em condições de boa circulação e manobra, não só do equipamento carregador como do transportador.
O material deverá ser lançado na caçamba do caminhão, de maneira que o seu peso fique uniformemente distribuído e não haja possibilidade de derramamento pelas bordas laterais ou traseira.
3.3.2.2. MATERIAIS
Os materiais carregados são de qualquer das categorias estabelecidas para os serviços de escavação em terraplenagem, independente de sua natureza.
3.3.2.3. EQUIPAMENTO
Para se efetuar o carregamento do material no equipamento transportador deverão ser usadas pás carregadeiras com potência mínima de 100 HP, ou escavadeiras quando o material assim o exigir.
3.4. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER CATEGORIA EM CAMINHÃO INCLUSIVE DESCARGA
3.4.1. OBJETIVO
Determinar as diretrizes para execução do transporte e descarga de material de qualquer categoria, cujo carregamento é efetuado por pás carregadeiras ou escavadeiras trabalhando em cortes, empréstimos ou ocorrência de material destinado às diversas camadas do greide de terraplenagem.
3.4.2. CONDIÇÕES GERAIS
Todo transporte deverá ser realizado basicamente por caminhões de carga, tipo basculante ou de caixa, que devem estar em bom estado de conservação, provido de todos os dispositivos necessários para evitar queda e perda de material ao longo do percurso, em obediência às condições de transporte impostas pela municipalidade, bem como pelas recomendações do DNER – Departamento Nacional de Estradas e Rodagem.
O material deverá estar distribuído na báscula do caminhão, de modo a não haver derramamento pelas bordas laterais ou traseira, durante o transporte.
3.5. ATERRO COMPACTADO
3.5.1. OBJETIVO
Fixar as condições gerais e o método executivo para a construção de aterros implantados com o depósito e a compactação de materiais provenientes de cortes ou empréstimos.
3.5.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
3.5.2.1. SERVIÇOS
As operações de aterro compreendem:
▪ Descarga, espalhamento, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo de aterro, até 1,00 m abaixo da cota correspondente ao greide de terraplenagem;
▪ Descarga, espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais selecionados oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção da camada final do aterro até a cota correspondente ao greide de terraplenagem;
▪ Descarga, espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a substituir eventualmente os materiais de qualidade inferior, retirados dos cortes.
A execução de aterros deverá atender às seguintes orientações técnicas:
▪ Subordinar-se aos elementos técnicos fornecidos ao EXECUTANTE e constantes das notas de serviços em conformidade com o projeto;
▪ A operação deverá ser precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza;
▪ Recomenda-se o lançamento de uma primeira camada de material granular permeável, de espessura prevista em projeto, a qual atuará como dreno para as águas de infiltração do aterro;
▪ No caso de aterros assentes sobre encostas com inclinação transversal acentuada, estas deverão ser escarificadas com o bico da lâmina do trator, produzindo ranhuras, acompanhando as curvas de nível, de acordo com o projeto. Quando a natureza do solo exigir medidas especiais para solidarização do aterro ao terreno natural, a FISCALIZAÇÃO poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser aterrada. No caso de aterro em meia encosta, o terreno natural deverá ser também escavado em degraus;
▪ O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser efetuado em camadas. sucessivas, em toda a seção transversal e em extensões tais que permitam as operações necessárias à compactação. Para corpo de aterros a espessura da camada solta não deverá ultrapassar a 0,30 m. Para camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar 0,20 m;
▪ No caso de alargamento de aterros, sua execução obrigatoriamente será procedida de baixo para cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Desde que justificado em projeto, poderá a execução ser efetuada por meio de arrasamento parcial do aterro existente, até que o material escavado preencha a nova seção transversal, complementando-se, após, com material importado, toda a largura da referida seção transversal;
▪ A inclinação dos taludes de aterro, tendo em vista a natureza dos solos e as condições locais, será fornecida pelo projeto;
▪ A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua conveniente drenagem e obras de proteção, mediante o plantio de gramíneas e/ou a execução de patamares, com o objetivo de diminuir o efeito erosivo da água, de conformidade com o estabelecido no projeto;
▪ Havendo a possibilidade de solapamento da saia do aterro, em épocas chuvosas, deverá ser providenciado a construção de enrocamento no pé do aterro ou outro dispositivo de proteção desde que previsto no projeto;
▪ Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas;
▪ Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados, de acordo com a massa específica aparente seca e desvio de umidade exigidas;
▪ Durante a construção dos aterros, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa conformação e permanente drenagem superficial;
▪ As camadas soltas, deverão apresentar espessura máxima de 30 cm e serem compactadas, a um grau de 100 ou 95% do Proctor Normal, devendo ser umedecidas e homogeneizadas;
▪ Para o corpo do aterro, a compactação deverá ser na umidade ótima, mais ou menos 3%, até se obter a massa específica aparente máxima seca, correspondente a 95% da massa especifica aparente máxima seca, no ensaio DNER-ME 47-64 (Proctor Normal). Entretanto, para as camadas finais, a massa específica aparente seca, deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do mesmo ensaio (Proctor Nomal).
3.5.2.2. MATERIAIS
Os materiais deverão estar dentre os de 1ª, 2ª e eventualmente, 3ª categoria, atendendo à finalidade e à destinação no projeto.
Os solos relacionados para os aterros provirão de cortes ou empréstimos e serão devidamente indicados no projeto.
Os solos para os aterros, deverão ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Turfas e argilas orgânicas não devem ser empregadas.
Na execução do corpo dos aterros não será permitido o uso de solos que tenham baixa capacidade de suporte e expansão maior do que 4%, a não ser se indicado em contrário pelo projeto.
A camada final dos aterros deverá ser constituída de solos selecionados, dentre os melhores disponíveis. Não será permitido uso de solos com expansão maior do que 2%.
As características acima relacionadas deverão ser comprovadas através da análise dos resultados dos ensaios específicos antes do início dos serviços.
3.5.2.3. EQUIPAMENTOS
A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de equipamentos apropriados, atendidas as condições locais e a produtividade exigida.
Na construção e compactação dos aterros poderão ser empregados tratores de lâmina, escavo transportadores, moto-escavo-transportadores, caminhões basculantes ou, excepcionalmente, de carroceria fixa, motoniveladoras, rolos de compactação (lisos, de pneus, pés-de-carneiro, estáticos ou vibratórios), rebocados por tratores agrícolas ou auto-propulsores, grade de discos para aeração, caminhão-pipa para umedecimento, e pulvi-misturador para a homogeneização.
Em casos especiais, onde o acesso do equipamento usual seja difícil ou impossível (áreas de passeios estreitos, por exemplo), serão usados soquetes manuais, sapos mecânicos, placas vibratórias, ou rolos de dimensões reduzidas.
3.5.2.4. CONTROLE GEOMÉTRICO
O acabamento da plataforma de aterro será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:
▪ Variação da altura máxima de ± 0,05 m para o eixo e bordos;
▪ Variação máxima da largura de + 0,30 m para a plataforma, não se admitindo variação para menos.
O controle será efetuado por nivelamento do eixo e bordos.
O acabamento, quanto à declividade transversal e à inclinação dos taludes, será verificado pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com o projeto.
3.5.2.5. CONTROLE TECNOLÓGICO
Com relação aos ensaios, deverão ser seguidas as seguintes determinações:
▪ Um ensaio de compactação, conforme o método DNER–ME 47-64 (Proctor Normal), para cada. 1000 m³ de um mesmo material do corpo do aterro;
▪ Um ensaio de compactação, conforme o método DNER–ME 47-64 (Proctor Normal), para cada 200 m3 de um mesmo material das camadas finais do aterro;
▪ Um ensaio para a determinação da massa especifica aparente seca, “in situ”, para cada 1000 m3 de material compactado no corpo do aterro correspondente ao ensaio de compactação referido no 1° parágrafo deste item, e no mínimo duas determinações por dia, em cada camada de aterro;
▪ Um ensaio para a determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para cada 100 m3 das camadas finais do aterro; alternadamente no eixo e bordos, correspondente ao ensaio de compactação referido no 2° parágrafo deste item;
▪ Um ensaio de granulometria (DNER–ME 80-64), do limite de liquidez (DNER– ME 44-64), e do limite de plasticidade (DNER–ME 82-63) para o corpo do
aterro, para todo grupo de dez amostras. submetidas ao ensaio de compactação, conforme o 1° parágrafo deste item;
▪ Um ensaio de granulometria (DNER 80-64), do limite de liquidez (DNER–ME 44-64), e do limite de plasticidade (DNER–ME 82-63) para as camadas finais do aterro, para todo grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, conforme o 2º parágrafo deste item;
▪ Um ensaio do índice de suporte Califórnia com a energia do método (DNER- ME 47-64) (Proctor Normal), para as camadas finais, para cada grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, conforme o 2° parágrafo deste item.
▪ 3.5.2.6. REGULARIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO DO TERRENO.
Geralmente, a regularização e compactação são necessárias quando são executadas lajes de transição ou revestimento de pisos externos, além dos fundos de valas.
O serviço de acerto manual de taludes, quando da execução de obras de reforma ou ampliação, serão medidos neste item. Para as demais obras, o acerto de taludes está incluído nos serviços de escavação mecânica.
3.6. REATERRO DE VALAS
3.6.1. OBJETIVO
Apresentar as diretrizes para os serviços manuais de aterro ou reaterro de vala, com o emprego de solo selecionado e compactado.
3.6.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
3.6.2.1. SERVIÇOS
Os aterros ou reaterros, serão espalhados manualmente no interior da vala e compactados manual ou mecanicamente.
Para o reaterro compactado das valas, deverá ter o seguinte procedimento:
▪ Os fundos de valas deverão ser regularizados e fortemente compactados, utilizando-se compactadores de solos do tipo de placas (Mikasa ou equivalente);
▪ As atividades seqüenciais a serem realizadas nas cavas, como por exemplo, lançamento de formas, armaduras e concretos, só poderão ser realizadas após a aprovação e a liberação por parte da FISCALIZAÇÃO.
O reaterro compactado das áreas entre cintas e paredes das cavas, deverá ser executado mecanicamente com vibrador de placas. (CM-20, Mikasa ou equivalente). O material usado para o reaterro deverá ser umedecido e compactado até apresentar o grau de compactação adequado, em conformidade com a norma NBR-5681 - “Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações” da ABNT.
Os solos e materiais empregados como aterro ou reaterro, serão descarregados na área de trabalho ou no interior da vala, após a liberação e autorização da FISCALIZAÇÃO.
Os aterros serão espalhados e regularizados com o auxílio de ferramentas manuais. Na operação, serão removidos galhos, matacões, entulhos e demais rejeitos, indesejáveis ao bom desempenho do reaterro da vala.
3.6.2.2. MATERIAIS
O reaterro de vala será executado, sempre que possível, com o mesmo material removido da vala, utilizando-se equipamento compatível com a largura da vala e as condições locais de acessibilidade.
A operação deverá ser sempre mecanizada, só sendo permitido o reaterro manual com uso de soquete em locais onde não seja possível ou adequado o uso de equipamento mecânico (sobre tubulações por exemplo) a critério de FISCALIZAÇÃO.
3.6.2.3. EQUIPAMENTOS
Para a realização do reaterro compactado de valas, devem ser empregados os seguintes equipamentos:
▪ Compactadores de placa vibratória (elétricos, a diesel ou gasolina);
▪ Equipamentos de percussão (sapos mecânicos a ar comprimido);
▪ Rolos compactadores de pequenas dimensões;
▪ Soquetes manuais com mais de 30 kg.
3.7. ESCAVAÇÃO DE VALAS
3.7.1. OBJETIVO
Regulamentar os serviços inerentes à escavação mecânica e/ou manual de valas.
3.7.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
3.7.2.1. SERVIÇOS
Os serviços de escavação de valas e cavas, obedecerão o disposto nesta especificação quanto à execução, tipos de materiais escavados, esgotamento, escoramento e reaterro.
A execução dos serviços cobertos por esta especificação deverá atender às exigências da ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas.
A demarcação e acompanhamento dos serviços a executar devem ser efetuados por equipe de topografia da CONTRATADA após a liberação pela FISCALIZAÇÃO.
A utilização de explosivos, para qualquer que seja a finalidade, só será permitida após autorização da FISCALIZAÇÃO, não eliminando a CONTRATADA das responsabilidades de seus efeitos e riscos de uso.
A execução de todos os serviços deve ser regida, protegida e sinalizada contra riscos de acidentes, segundo as prescrições contidas nas Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.
Atenção especial deve ser dada às cavas e valas em proximidade de obras já existentes, acompanhando as diversas etapas de execução, para que seja possível adotar as medidas de proteção cabíveis em cada caso.
Em caso de divergência entre elementos do projeto, serão obedecidos os seguintes critérios:
- Divergências entre as cotas assinaladas em projeto e as suas dimensões medidas em escala: prevalecerão as primeiras;
- Divergência entre desenhos de escalas diferentes: prevalecerá o de maior escala e a última revisão efetuada.
Antes do inicio da escavação, deverá ser promovida a limpeza da área, retirando entulhos, tocos, raízes, etc. A escavação poderá ser manual e/ou mecânica, sempre com o uso de equipamentos e ferramentas adequadas, dependendo da localização da
obra a ser executada e sempre com autorização da FISCALIZAÇÃO. As valas deverão ser abertas preferencialmente no sentido de jusante para montante e executadas em caixão (talude vertical), a partir dos pontos de lançamento ou de pontos onde seja viável o seu esgotamento por gravidade, caso ocorra presença de água durante a escavação.
Durante a execução das escavações das valas ou cavas, estas deverão ser inspecionadas verificando-se a existência de solos com características e natureza tais que, comparadas com as exigências de projeto, necessitem ser removidos ou substituídos.
O fundo das cavas e valas, antes do assentamento da obra, deverá ser regularizado, compactado e nivelado nas elevações indicadas em projeto, com uma tolerância de ± 1 cm. Qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da cava ou vala, deve ser preenchido com material granular fino compactado, às expensas da CONTRATADA.
O material escavado será depositado, sempre que possível, de um só lado da vala, afastado de 1,0 m da borda da escavação.
Os taludes das escavações de profundidade superior a 1,50 m, quando realizados na vertical, devem ser escorados com peças de madeira ou perfis metálicos, assegurando estabilidade de acordo com a natureza do solo. O talude de escavação, com profundidade superior a 1,50 m, quando não escorado, deverá ter sua estabilidade assegurada com as paredes da cava rampada, em respeito às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
De acordo com a natureza do terreno e a profundidade da escavação, a critério da FISCALIZAÇÃO, podem ser utilizados os seguintes materiais de escoramentos contínuo ou descontínuo: pontaletes, tábuas, pranchas do tipo macho e fêmea, em madeira, metal ou fibras plásticas, etc.
Em relação a escavação mecânica, ela sempre se processará mediante o emprego de equipamento mecânico específico, função do tipo de solo e da profundidade de escavação desejada. A escavação poderá ser executada em talude inclinado, desde que previsto em projeto ou determinado pela FISCALIZAÇÃO. Na ocorrência de água, não sendo possível o escoamento natural pelo trecho à jusante, deverá ser previsto o esgotamento através de moto-bomba e um sistema definido de drenagem profunda, antes da execução de qualquer outro serviço na vala.
Além das recomendações descritas acima, para a execução de escoramentos de valas com profundidade maior que 1,50 m, de valas para tubulações com diâmetro maior ou igual a 400 mm de valas em solo mole ou de valas em material de 3ª categoria, deverão ser seguidos as prescrições do Grupo específico, do Caderno de Encargos de Infra-estrutura ou consultado o DEOP-MG.
Onde não for possível a escavação mediante a utilização de processo mecânico, devido às possíveis interferências, existência de uma área acanhada e de difícil acesso do equipamento, em caso de pequenas valas, acertos e regularizações de terreno, a escavação será executada manualmente com ferramentas adequadas.
As valas escavadas para a execução dos elementos das fundações e lançamento de tubulações, deverão ser alinhadas e apresentar paredes laterais verticais, fundo nivelado e largura compatível com as dimensões das peças a serem concretadas. A menos que as condições de estabilidade não o permitam, as escavações de valas de fundação, deverão ser executadas com largura de 15 cm para cada lado da peça a ser concretada ou da tubulação. Os fundos das valas deverão ser regularizados e fortemente compactados, precedendo o lançamento de uma camada de 50 mm de concreto magro. O lançamento do concreto da estrutura de fundação nas cavas só se dará após a aprovação e liberação pela FISCALIZAÇÃO.
3.7.2.2. EQUIPAMENTOS
Em função das características do material, profundidade da escavação ou condições específicas de projeto, podem ser utilizados na execução de serviço, equipamentos tais como:
▪ Ferramentas manuais;
▪ Retroescavadeiras;
▪ Escavadeiras sobre esteira ou pneus;
▪ Draga de arraste;
▪ Equipamentos e ferramentas a ar comprimido;
▪ Outras ferramentas ou equipamentos desde que aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
3.8. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA EM CARRINHO DE MÃO/CARGA MANUAL - TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA EM CAÇAMBA
3.8.1. OBJETIVO
Definir as diretrizes para a utilização do transporte em carrinho de mão, da carga manual e do transporte em caçambas.
3.8.2. CONDIÇÕES GERAIS
O transporte de material em carrinho de mão será executado quando o material proveniente das escavações manuais não for totalmente aproveitado nos reaterros de valas em ocasiões tais como:
▪ Escavação manual para fundações diversas (cintamento, sapatas, tubulões, estacas, etc.);
▪ Escavação manual para tubulações em geral (redes de água, esgoto, elétrica, lógica, incêndio, etc.).
A carga manual só será executada quando não for possível a carga mecânica. Havendo condições, o material a ser transportado deverá ser estocado e posteriormente carregado com a utilização de equipamento pesado adequado (carregadeiras, escavadeiras, etc.).
A critério da FISCALIZAÇÃO o transporte poderá ser efetuado em caçambas. A CONTRATADA deverá respeitar rigorosamente a legislação municipal vigente no que diz respeito aos locais e horários adequados para descarga, estacionamento e recolhimento das caçambas.
Os materiais provenientes de demolições ou entulhos não poderão ser carregados em caçambas juntamente com materiais provenientes de escavações, desmatamento, etc.
3.9. TERRAPLENO DE CAMPO DE FUTEBOL
3.9.1. OBJETIVO
De conformidade com projeto específico ou de acordo com as dimensões oficiais vigentes, o terrapleno de campo de futebol deverá atender os procedimentos técnicos necessários a sua construção.
3.9.2. ESPECIFICAÇÕES
As instruções ora apresentadas atendem a campos de futebol que não requeiram drenagem profunda para águas pluviais.
Em situações em que o terreno necessitar da execução destes serviços, utilizar drenos padronizados ou adotar projeto de drenagem específico.
O acabamento final será em piso de terra compactado, tipo saibro ou gramado.
O grau de compactação a ser adotado para toda a área do campo de futebol, será de 90% do Proctor Normal.
3.9.3. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
Toma-se necessário nivelamento topográfico da área conformada e com execução da declividade de 2% da linha central e longitudinal para escoamento de águas pluviais.
Selecionar materiais finos para sobreposição na camada final, evitando-se grânulos soltos que possam provocar escoriações aos usuários, em caso de quedas.
3.9.4. AUTORIZAÇÃO PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
Para qualquer tipo de movimentação de terra, em áreas públicas ou particulares, nos municípios, torna-se necessário licenciamento para cada obra, conforme dispõe a lei de posturas municipais, através dos COMAMs (Conselhos Municipais do Meio Ambiente), e deliberações normativas, que disciplinam toda a rotina necessária para autorização do processo.
4. GRUPO 04 – FUNDAÇÕES
4.1. FUNDAÇÕES EM SUPERFÍCIE
4.1.1. OBJETIVO
Estabelecer as diretrizes básicas para a execução dos serviços de fundação em superfície.
4.1.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
Os materiais utilizados para a execução das fundações diretas (concreto, aço e forma), obedecerão às especificações de projeto e normas da ABNT.
Os equipamentos para execução das fundações serão função do tipo e dimensão do serviço. Poderão ser utilizados: escavadeiras para as operações de escavação, equipamentos para concretagem, como vibradores, betoneiras, mangueiras, caçambas, guindastes para colocação de armadura, bombas de sucção para drenagem de fundo de escavação e outros que se fizerem necessários.
4.1.3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Todos os escoramentos necessários ficarão à cargo da CONTRATADA;
Quanto ao tipo do lençol d’água, caberá à CONTRATADA investigar a ocorrência de águas agressivas no subsolo, o que, caso constatado, será imediatamente comunicado à FISCALIZAÇÃO. A proteção das armaduras e do próprio concreto contra a agressividade de águas subterrâneas será objeto de estudos especiais por parte da CONTRATADA, bem como, de cuidados de execução no sentido de assegurar a integridade e durabilidade da obra.
A execução das fundações implicará na responsabilidade integral da CONTRATADA no que se refere a resistência das mesmas e à estabilidade da obra.
Durante a execução dos serviços, a natureza ou comportamento do terreno poderá acarretar modificações no tipo de fundação adotado. Nesta hipótese, deverá a CONTRATADA submeter à FISCALIZAÇÃO as alternativas possíveis para solução do problema. Aprovado pelo DEOP-MG a solução mais conveniente, caberá a CONTRATADA todas as providências concernentes às modificações do respectivo projeto.
Na execução de subsolos quando for o caso, será determinado o nível superior efetivo do lençol d’água, com vistas à impermeabilização de cortinas e lajes, o que será feito mediante escavação de poço-piloto.
O concreto a ser utilizado deverá satisfazer às condições previstas em projeto (fck, “slumps”, etc.), bem como às prescrições contidas nas especificações da obra, em tudo que lhe for aplicável admitindo-se o emprego do concreto convencional ou o concreto ciclópico, de acordo com o tipo de fundação.
Na execução das fundações em superfície a CONTRATADA não deverá restringir-se à profundidade prevista em projeto, a escavação será levada até a cota onde o terreno apresentar resistência suficiente.
O preparo adequado da superfície, sobre a qual o concreto será lançado, será governado pelas exigências de projeto, pelas condições e pelo tipo do material de fundação.
Antes do lançamento do concreto, as cavas deverão ser cuidadosamente limpas, isentas de quaisquer materiais, que sejam nocivos ao concreto, tais como: madeiras, solos carreados por chuvas, etc.
Águas, porventura existentes nas valas, deverão ser totalmente esgotadas.
O fundo das valas após devidamente compactados, deverá ser recoberto com uma camada de concreto magro de 5 cm.
No preparo da fundação em rocha, visando proporcionar uma perfeita aderência rocha- concreto, a superfície da rocha deverá ser preparada com certa rugosidade, seguida de uma limpeza total e lavagem completa da área de fundação. Rochas soltas, argamassas secas, depósitos orgânicos, substâncias oleosas, friáveis e outros materiais estranhos, deverão ser removidos. Fissuras abertas, impregnadas de argila ou outros materiais finos, deverão ser limpas com jatos de ar e água até uma profundidade adequada.
A complementação da limpeza será efetuada através do uso de picaretas, alavancas, vassouras duras, jatos de ar e água em alta velocidade, jatos de areia ou outros métodos adequados, seguidos de uma total lavagem.
Xxxxxx que não se desprendem facilmente com alavancas aplicadas manualmente serão removidas atrvavés de outra técnica.
O acúmulo de água de lavagem, que resulta nas depressões da fundação, deverá ser removido, antes do início do lançamento do concreto.
Corrimentos de água que procedem da parte externa da fundação a ser concretada, deverão ser direcionados para drenos ou locais de bombeamento.
Durante o lançamento a rocha deverá estar isenta de materiais finos e nas condições de “saturado superfície seca”, a fim de que não haja absorção de água do concreto fresco.
Durante a etapa de escavação das valas a CONTRATADA deverá providenciar dispositivos para a prevenção de acidentes, tais como cercas, gradis, tapumes, etc.
O controle tecnológico do concreto deverá ser rigorosamente executado de acordo com as normas da ABNT referenciadas no Grupo 05 – Estrutura de Concreto e Metálica.
4.1.4.TIPOS DE FUNDAÇÕES EM SUPERFÍCIE :
4.1.4.1. BLOCOS DE FUNDAÇÃO
Trata-se de fundação em superfície, isolada, rígida ou indeformável.
São utilizados quando as cargas estruturais não são muito elevadas e a taxa admissível no terreno não é muito reduzida. São caracterizados por sua grande altura.
As seções dos blocos deverão ter dimensões tais que evitem as tensões de tração admissíveis do concreto.
Deverá haver rigoroso controle de locação dos elementos. No caso da existência de tensões de tração, será necessária a armação da base do bloco para absorção dos esforços devidos à flexão. Os blocos de fundação poderão ter as seguintes formas:
▪ Tronco cônico;
▪ Tronco piramidal.
Os blocos de fundação poderão apresentar, faces inclinadas ou degraus verticais.
4.1.4.2. SAPATAS
Sapata isolada – trata-se de fundação em superfície, isolada, semi-flexível, ou semi- rígida, confeccionada em concreto armado.
Sapata corrida-contínua – trata-se de fundação em superfície, contínua, rígida, que acompanha as linhas das paredes recebendo a carga por metro linear, ou quando a base de duas ou mais sapatas se superpõem, por exigência de cálculo. Para edificações cujas cargas, não sejam muito grandes, pode-se utilizar alvenaria de tijolos ou blocos. Caso contrário, ou ainda para profundidades maiores do que 1,0 m, torna-se mais econômico o uso do concreto armado.
Para execução de sapata corrida em alvenaria, também conhecida como baldrame seguem-se as etapas: escavação: alvenaria de embasamento, onde os blocos serão assentados com argamassa de cimento e areia, cuidando-se para ter juntas verticais e horizontais de espessura constante, evitar o uso de pedaços de blocos, e observar sempre a amarração, cinta de concreto armado com a finalidade de maior distribuição das cargas evitando também deslocamentos indesejáveis, pelo travamento que confere à fundação, muitas vezes é usado o próprio bloco como forma lateral.
Para pequenos baldrames de contenção, utilizar alvenaria com blocos de concreto preenchidos com concreto na resistência especificada (04.30.00).
Os esforços de tração produzidos na parte inferior da sapata serão absorvidos por armadura, que deverá estar convenientemente envolvida no concreto de modo a se evitar a corrosão.
Para se evitar o aparecimento de tensões acima das previstas em projeto, deverá haver rigoroso controle na locação dos elementos, bem como nos respectivos ângulos de inclinação previstos.
No caso de sapatas contíguas, assentes em cotas diferentes, deverá se concretar primeiramente a sapata situada na cota mais baixa, respeitando-se também, as condições impostas nas normas específicas.
Competirá à CONTRATADA verificar se a taxa de fadiga (taxa de trabalho do terreno) é compatível com a adotada pelo autor do projeto de fundações, concretando as sapatas em camadas do solo que assegurem a perfeita estabilidade da obra.
4.1.4.3. VIGAS DE FUNDAÇÃO
Trata-se de fundação em superfície, semi-flexível, ou semi-rígida, em forma de viga contínua e comum a vários pilares, cujo centro, em planta, esteja situado em um mesmo alinhamento. Serão de concreto armado, destinadas a transmitir ao terreno, as cargas provenientes de todos os pontos (pilares) a ela associados.
4.1.4.4. RADIERS
Fundação em superfície, contínua e rígida, apresentando em geral a disposição de uma plataforma ou laje de concreto armado ou não. As cargas são transmitidas ao solo através de uma superfície igual ou superior a da obra.
Caberá à CONTRATADA, quando da escavação do local atingir uma cota de assentamento mais homogênea possível e com uma taxa de trabalho do solo compatível com as cargas do projeto.
Deverá a CONTRATADA executar um perfeito nivelamento da área, levando em consideração a uniformidade das pressões a que será submetido o radier.
Os mesmos cuidados citados no item anterior deverão ser observados quando do lançamento das camadas de brita e do concreto magro.
Tanto em radiers homogêneos, quanto em radiers de espessuras variadas, deverá haver um perfeito nivelamento das lajes, de modo a não comprometer a estabilidade da obra.
4.1.5. CONTROLE EXECUTIVO
As fundações diretas como: sapatas, blocos, sapatas associadas, vigas de fundação, vigas alavanca e vigas de travamento, “radier” e outros deverão ser locados perfeitamente de acordo com o projeto.
A escavação será realizada com a inclinação prevista no projeto ou compatível com o solo escavado. Uma vez atingida a profundidade prevista em projeto, o terreno de fundação será examinado para a confirmação da tensão admissível referenciada no projeto. No caso de não se atingir a resistência compatível com a adotada em projeto, a critério da FISCALIZAÇÃO e consultado o autor do projeto, a escavação será aprofundada até a ocorrência de material adequado. Será permitida a troca do solo ou por outro material, como pedras e areia, desde que consultado o autor do projeto.
Uma vez liberada a cota de assentamento das fundações, será preparada a superfície através da remoção de material solto ou amolecido, para a colocação do lastro de concreto magro previsto no projeto.
As operações de colocação de armaduras e a concretagem dos elementos de fundação serão realizadas dentro dos requisitos das especificações de serviço, tanto quanto às dimensões e locações, quanto às características de resistência dos materiais utilizados. Cuidados especiais serão tomados para permitir a drenagem da superfície de assentamento das fundações diretas e para impedir o amolecimento do solo superficial.
4.1.6. CONTROLE TECNOLÓGICO
A execução das fundações deverá satisfazer às normas da ABNT atinentes ao assunto, especialmente a NBR-6118 - “Projeto e execução de obras de concreto armado”, e aos Códigos e Posturas dos Órgãos Oficiais que jurisdicionem a localidade onde será executada a obra;
Um dos tópicos mais importantes do controle tecnológico é a realização da prova de carga em fundações, que objetiva determinar, por meios diretos, as características de
deformação ou resistência do terreno. Este tópico terá um tratamento especial no final desta Parte.
4.2. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
4.2.1. OBJETIVO
Estabelecer as diretrizes básicas para execução dos serviços de fundações profundas.
Quando os solos próximos à superfície do terreno são dotados de baixa capacidade de carga e são compressíveis, não permitindo o emprego de fundações em superfície, as cargas estruturais são transferidas para os solos de maior capacidade de suporte, situados em maiores profundidades, por meio de fundações ditas profundas.
4.2.2. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
Os materiais utilizados para a execução das fundações profundas, concreto, aço e forma, obedecerão às especificações de projeto e normas da ABNT. Os equipamentos para execução das fundações em profundidade serão em função do tipo e dimensão do serviço a ser realizado. Poderão ser utilizados: bate estaca, perfuratriz, trados mecanizados, escavadeira; equipamentos para concretagem, como vibradores, betoneiras, mangueiras, caçambas, guindastes para colocação de armadura, bombas de sucção para drenagem de fundo de escavação e outros que se fizerem necessários.
4.2.3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Caso a execução das fundações seja subempreitada para firma especializada, deverá a CONTRATADA submeter à apreciação prévia do DEOP-MG, todas as credenciais da firma. Somente após autorização da FISCALIZAÇÃO, os serviços poderão ser iniciados. A firma sub-empreiteira deverá obrigatoriamente estar ciente de todas as normas e especificações contidas no Caderno de Encargos, relativos a estes serviços é de responsabilidade da CONTRATADA.
Ao efetuar a fundação profunda, não deverá a CONTRATADA restringir-se às profundidades pré-estabelecidas em projeto, mas prosseguir na cravação e/ou escavação até onde a camada de base apresentar resistência compatível com as cargas previstas para as fundações.
Qualquer modificação durante a execução dos trabalhos, só poderá ser executada depois de autenticada pelo DEOP-MG, sem que tal autenticação prejudique de qualquer modo o disposto quanto à responsabilidade da CONTRATADA.
Correrão por conta da CONTRATADA todas as despesas necessárias com escoramentos de construções vizinhas e sustentação de taludes, ou quaisquer outros itens necessários à perfeita execução e estabilidade da obra.
4.2.4. TIPOS DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
4.2.4.1. ESTACAS DE CONCRETO MOLDADAS EM SOLO
As estacas serão moldadas no solo por meio de tubo de aço ou equipamento adequado, com um bulbo de alargamento da própria massa de concreto, na base, e deverão atender às normas da ABNT pertinentes ao assunto, em particular à NBR- 6118, além de:
▪ O diâmetro mínimo será de 25 cm;
▪ As estacas moldadas no solo poderão ser armadas ou não, com revestimento perdido ou recuperável, conforme o caso;
▪ A dosagem do concreto a ser utilizado na confecção das estacas deverá ser racional; admitir-se-á, contudo, a critério da FISCALIZAÇÃO, a dosagem empírica, quando a taxa nominal de trabalho da estaca for de 10 (dez) toneladas;
▪ No caso de se adotar a dosagem empírica, o concreto das estacas apresentará um teor mínimo de cimento, 300 kg/m3 de concreto, e será de consistência plástica;
▪ Em qualquer das hipóteses anteriores, deverá a CONTRATADA provar junto ao DEOP-MG, que a dosagem do concreto a ser utilizado na confecção das estacas atende às exigências de projeto;
▪ Para o cumprimento das prescrições relativas aos concretos, deverão ser executados pela CONTRATADA, a critério da FISCALIZAÇÃO, todos os ensaios necessários à perfeita caracterização da qualidade do concreto empregado nas estacas;
▪ O espaçamento das estacas, de eixo a eixo, deverá ser no mínimo, três vezes o diâmetro da menor delas;
▪ Quando não especificado de modo diverso, o recobrimento mínimo das armaduras das estacas será de 25 mm;
▪ As estacas sujeitas a deslocamento horizontal serão dotadas de armaduras e dispositivos adequados para absorver os esforços oriundos do citado deslocamento;
▪ No caso de ESTACAS PRÉ-MOLDADAS, o diâmetro deverá ser definido pelo projeto, em respeito à capacidade de carga necessária. Quando a FISCALIZAÇÃO julgar pertinente, ouvida a equipe técnica do DEOP-MG, poderá ser solicitada a realização de teste de cargas, com ônus exclusivo à CONTRATADA;
▪ As partes superiores dos fustes das estacas serão ligadas entre si por cintas ou blocos de fundações de concreto armado, de conformidade com indicações do projeto;
▪ Não se deverá utilizar blocos de coroamento com mais de 6 (seis) estacas;
▪ As estacas moldadas em solo, podem ser dos seguintes tipos: Strauss, broca, escavada, Franki e de hélice contínua.
4.2.4.1.1. ESTACA TIPO STRAUSS
Definição: São estacas executadas com revestimento metálico recuperável, de ponta aberta, de modo a permitir a escavação do solo. Poderão ser de concreto simples ou armado.
Utilização: São usadas para resistir a esforços verticais de compressão ou de tração. O DEOP-MG só admitirá seu uso em solos onde a camada resistente se situe acima do nível aqüifero; sendo terminantemente vedada sua utilização em argilas submersas de consistência muito mole. As estacas terão comprimento máximo de 15,0 m.
Execução: O equipamento empregado será basicamente o seguinte:
▪ Tripé semelhante ao utilizado para execução de sondagem a percussão;
▪ Forma metálica para cravação no terreno;
▪ Pilão com aproximadamente 300 kg;
▪ Guincho (sendo preferível o equipamento com 2 guinchos);
▪ Sonda de percussão, que escavará o terreno;
▪ Linhas de tubulação de aço com elementos de 2,0 a 3,0 m, rosqueáveis entre si, além das roldanas, cabos e ferramentas.
O tripé será localizado de modo, que o soquete preso ao cabo de aço fique centralizado no piquete de locação.
A perfuração será iniciada com o soquete até a profundidade de 1,0 a 2,0 m, o furo assim formado, servirá de guia para introdução do primeiro tubo dentado na extremidade inferior chamado coroa.
Após a introdução da coroa, o soquete será substituído pela sonda de percussão, a qual por golpes sucessivos irá retirando o solo interior abaixo da coroa, e a mesma irá se introduzindo no terreno. Quando estiver toda cravada, será rosqueado o tubo seguinte, e assim por diante, até atingir-se uma camada de solo resistente e/ou que se tenha um comprimento de estaca considerado suficiente para garantia da carga de trabalho.
Na primeira etapa de concretagem, a sonda será substituída pelo soquete. O concreto será lançado no tubo em quantidade suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,0 m. Sem puxar a tubulação, apiloa-se o concreto, formando uma espécie de bulbo.
A execução do fuste será efetuada lançando-se o concreto dentro da tubulação e, a medida em que for apiloado, deverá ser retirada a referida tubulação com emprego de guincho manual.
Para garantia da continuidade do fuste, deverá ser mantida, dentro da tubulação, durante o apiloamento, uma coluna de concreto suficiente para ocupar todo o espaço perfurado e eventuais vazios no subsolo. Dessa forma, o pilão não terá possibilidade de entrar em contato com o solo da parede da estaca e provocar desmoronamento e mistura de solo com o concreto.
Para se evitar o seccionamento do fuste, o molde deverá ser retirado com muito cuidado, e com velocidade tal a evitar invasão do solo no concreto.
A concretagem será efetuada até um pouco acima da cota de arrasamento da estaca. Deverá ser deixado um excesso para o corte da cabeça da estaca.
A operação final será a colocação dos ferros de “espera” para amarração aos blocos e baldrames, geralmente em número de 04 (quatro) ferros isolados com 2,0 m de comprimento, simplesmente cravados no concreto ainda fresco.
Quando houver necessidade de colocação de armadura para resistência aos esforços de tração, deverão ser tomadas as seguintes precauções:
▪ A bitola mínima para execução de estacas armadas, deverá ser dimensionada, de forma que a armação fique situada entre o tubo e o soquete, para que este possa trabalhar livremente no interior daquela;
▪ Os estribos deverão ser convenientemente amarrados, de modo a obedecer rigorosamente o espaçamento previsto.
Deverá haver especial cuidado quando da cravação do molde, principalmente próxima a uma estaca recém concretada, uma vez que o deslocamento lateral do solo causado pela cravação poderá danificar as estacas adjacentes.
4.2.4.1.2. ESTACA TIPO FRANKI
Definição: São estacas moldadas “in loco” executadas com revestimento metálico recuperável, de base alargada, sendo para isso necessário que os últimos 150 litros de concreto sejam introduzidos com uma energia mínima de 2,5 MNm, para estacas de diâmetro inferior ou igual a 45 cm e 5,0 MNm para estacas de diâmetro superior a 45 cm.
Utilização: Poderá ser utilizada em qualquer tipo de solo. Merecerá cuidados especiais, quando empregada em argilas submersas de consistência mole. Em argilas médias e rijas e em locais onde a cravação poderá acarretar danos a prédios vizinhos, será obrigatório que o fuste seja executado por escavação.
Execução: Na colocação do tubo, serão empregados equipamentos semelhantes aos mencionados para estacas tipo Xxxxxxx, atentando para o fato que o pilão (soquete) deverá ter peso variando de 1 a 3 toneladas e diâmetro de 180 a 380 mm (valores mínimos).
Colocado o tubo verticalmente, ou segundo a inclinação prevista, derrama-se sobre o mesmo uma certa quantidade de concreto seco que será socado de encontro ao terreno.
Sob os choques do pilão, o concreto forma, na parte inferior do tubo, uma “bucha” estanque, cuja base penetrará ligeiramente no terreno, sendo que sua parte superior comprimida energicamente contra as paredes do tubo o afundará por atrito.
Uma vez que o tubo tenha atingido a profundidade do solo que contém resistência suficiente para a carga a que será submetido (nega de 20 mm/10 golpes), o tubo será medido ligeiramente e mantido preso aos cabos de moitão da máquina.
Destaca-se em seguida a “bucha” por meio de golpes de pilão, tendo-se no entanto, o cuidado de deixar no tubo uma certa quantidade de concreto que garanta estanqueidade.
Nesta etapa será introduzido mais concreto no tubo e, sem levantá-lo, apiloa-se o concreto no terreno, provocando a formação de um bulbo.
Colocada a armadura, inicia-se a execução dos fustes, apiloando-se o concreto em camadas sucessivas de espessura conveniente, ao mesmo tempo que se retira o tubo, tendo-se o cuidado de deixar no mesmo uma quantidade de concreto, para que o solo e/ou água nele não penetre.
Sempre que a compressão do solo não for desejável, ou seja, houver possibilidade de levantamento de estacas próximas, ou vibrações muito intensas, a cravação do tubo será efetuada escavando-se o terreno previamente e mantendo-se as paredes do furo estáveis, no caso de terrenos arenosos.
A estaca Franki, será permitida, desde que seu comprimento não seja superior a 25,0
m. Ocorrendo comprimento superior a este, deverá ser utilizada a estaca Franki com tubo perdido de parede delgada de aço. Tal recomendação também será aplicada para casos onde existir argila mole acima da camada suporte.
4.2.4.1.3. ESTACAS TIPO BROCA
Definição: São estacas moldadas “in loco”, executadas sem revestimento, de modo a transmitir para camadas mais resistentes do solo, as cargas a que serão submetidas.
Utilização: Seu uso será limitado a terrenos com coesão por exemplo o DEOP-MG admitirá seu emprego apenas em serviços sem grandes responsabilidades (muros divisórios, galpões, etc.). Em nenhuma hipótese será admitido seu emprego quando submetidas á cargas superiores a 10 t.
Execução: Deverá ser executada por perfuração, com auxilio de trado espiral, manual ou mecanizado.
Será observada a perfeita verticalidade da mesma, não sendo permitido desvio superior a 1:100. As brocas são limitadas em diâmetro e comprimento, sendo seu diâmetro mínimo de 25 cm e comprimento variando no intervalo de 4,0 a 6,0 m.
Após a perfuração, o concreto será lançado em trechos de pouca altura e apiloado.
4.2.4.1.4. ESTACA ESCAVADA
Definição: É a estaca moldada “in loco” cujo processo de execução envolve a utilização de lama bentonítica. Geralmente são circulares e alongadas, e têm a sua resistência garantida pelo atrito ao longo do fuste.
Utilização: Em terreno onde haja a necessidade de grande capacidade de carga, garantindo a transmissão da carga da superestrutura ao estrato profundo e resistente do subsolo. Pode-se utilizar elementos do tipo diafragmas contínuos de concreto armado moldados no terreno, como forma de se construir no solo, muro vertical de profundidade e largura variável.
Execução: Compreende a realização das etapas de perfuração, colocação de armaduras e concretagem. No caso da perfuração ela poderá ser realizada a seco, em locais de solo coesivo ou mediante a utilização de sistemas de contenções das paredes dos furos, a ser realizada por meio da lama bentonítica ou mediante cravação de revestimento metálico apropriado. O sistema de perfuração pode ser por rotação ou por mandíbulas, conforme se trata de estacas cilíndricas ou paredes-diafragma e estacas- barrete. Terminada a perfuração procede-se a colocação da armadura em gaiolas pré- montadas, por meio de guindaste, devendo a armadura ser dotada de estribos espirais, anéis de rigidez e espaçadores que possam garantir o recobrimento conveniente da ferragem principal. O lançamento do concreto em perfuração preenchida com lama bentonítica, requer o uso de um tubo de concretagem denominado de tubo tremonha.
4.2.4.2. ESTACAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADAS
4.2.4.2.1. CRAVADAS
As estacas pré-moldadas de concreto armado, cravadas no solo, deverão atender as seguintes condições:
▪ Deverão ser dotadas de armadura para resistir aos esforços de transporte, manipulação e cravação, além do trabalho normal a que estarão sujeitas, inclusive deslocamento horizontal;
▪ O dimensionamento será conforme norma NBR-6118;
▪ O espaçamento mínimo entre os eixos será de 2,5 vezes o diâmetro da estaca do círculo de área equivalente;
▪ O recobrimento mínimo das armaduras das estacas será de 25 cm;
▪ O concreto apresentará uma resistência (fck) mínima de 20 MPa (200 kg/cm2);
▪ As emendas quando necessárias, deverão resistir a todas as solicitações que nelas ocorrerem. As emendas deverão ser efetuadas mediante o emprego de luvas de aço, onde o comprimento mínimo de cada aba de encaixe seja de 2 vezes o diâmetro médio da estaca;
▪ Durante a cravação deverá haver rigoroso controle com relação à verticalidade, corrigindo-se qualquer irregularidade neste sentido;
▪ A cravação será executada por bate-estacas, equipado com martelo especial apropriado, de modo que a estaca penetre com maior verticalidade Deverão ser obedecidas as recomendações da norma específica no que se refere à relação entre o peso do pilão e o peso da estaca;
▪ Para se evitar a compactação indevida do solo, impedindo a penetração de estacas vizinhas em um mesmo bloco, a seqüência de cravação deverá ser do centro do grupo para a periferia, ou de um bordo em direção ao outro;
▪ Nas estacas vazadas de concreto, antes da concretagem do bloco, o furo central deverá ser convenientemente tamponado;
▪ Deverá ser utilizado um capacete de aço com coxim de madeira, para proteção da cabeça da estaca durante a cravação;
▪ A nega máxima admitida para as estacas pré-moldadas será de 20 mm/10 golpes;
▪ Comprimento mínimo de cravação das estacas deverá ser de 5,0 m;
▪ O DEOP-MG admitirá a utilização de 3 tipos principais: concreto armado, concreto armado centrifugado e concreto armado protendido;
▪ Quaisquer dos tipos mencionados, deverão satisfazer as condições de projeto e serem compatíveis com o tipo de solo.
4.2.4.2.2. PRENSADAS
Também conhecida pelo nome de estaca mega. São estacas de concreto pré-moldado, constituídas de segmentos curtos, cravadas por pressão estática.
Este tipo de estaca será utilizado apenas com o reforço de fundação. Entretanto, será admitido, somente em casos excepcionais, como tipo de fundação, quando for inadmissível qualquer vibração, choque ou ruído na confecção da fundação de uma edificação.
Os segmentos serão cravados um após outro e sobrepostos por meio de um macaco hidráulico reagindo contra um peso.
Quando se utilizar a estrutura existente como reação para cravação do elemento, a força de prensagem ficará limitada ao valor da reação disponível.
O DEOP-MG admitirá a utilização de elementos com orifício central que servirão para circulação de água sob pressão, para facilitar a penetração, devendo porém serem confeccionados em concreto centrifugado.
Quando do emprego das estacas mega, ficarão dispensadas as provas de carga adiante especificadas.
4.2.4.3. ESTACAS METÁLICAS
Definição: Trata-se de elementos de fundação constituídos por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapa dobrada (seção quadrada, circular ou retangular), apresentando elevada resistência de ponta, bem como carga de trabalho em torno de 800 kg/cm².
Utilização: Serão empregadas em qualquer tipo de solo, sendo mais indicadas para os casos onde as peças têm função múltipla (fundação, escoramento e estrutura).
Execução: O DEOP-MG admitirá o emprego de: perfis H, perfis I, perfis tubulares e perfis soldados.
Na seção transversal dos perfis de aço, deverá ser desprezada a área ao longo da periferia em contato com o solo no valor de 1,5 mm da sua espessura.
Havendo, porém, trecho desenterrado, imerso em aterro com materiais capazes de atacar o aço ou a existência de qualquer outro meio agressivo, será obrigatória a proteção desse trecho.
As estacas metálicas deverão ser retilíneas, admitindo-se como tais as que apresentem raio de curvatura maior que 400,0 metros.
As estacas poderão ser emendadas por solda, de maneira que a emenda tenha resistência maior ou igual às partes emendadas.
Para efeito de cravação, o estaqueamento deverá obedecer às especificações próprias e sobretudo:
▪ Deve-se dimensionar o mínimo de 2 estacas por pilar;
▪ O cabeçote a ser colocado na cabeça das estacas deverá estar ajustado, evitando-se assim excentricidades e inclinações indesejáveis;
▪ O controle de execução deverá seguir rigorosamente as instruções contidas em especificações próprias.
4.2.4.4. ESTACAS DE MADEIRA
São elementos de fundação profunda, atualmente, aplicadas apenas em casos particulares e constituídas das seguintes madeiras: maçaranduba, pau d’arco, ipê, baraúna e, mais comumente, o eucalipto.
As estacas de madeira somente poderão ser utilizadas quando totalmente submersas, não sendo permitido seu emprego em terrenos com matacões. O DEOP-MG admitirá apenas em casos excepcionais, após prévia autorização.
A ponta e o topo deverão ter diâmetros maiores que 15 cm e 25 cm, respectivamente. A reta imaginária que une os centros das seções de ponta e topo deverá estar integralmente dentro do plano da estaca.
Será indispensável uma conveniente proteção nos topos das estacas para evitar danos durante a cravação.
Caso ocorra algum dano, durante a escavação, a parte afetada deverá ser cortada, quando tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas deverão ser protegidas por ponteiras de aço.
Emendas, se necessárias, deverão ter resistência no mínimo igual à da seção da estaca e, deverão ser executadas por sambladuras por anel metálico ou por talas de junção.
Quando submersas em água livre, quer doce ou salgada, no sentido de se evitar ataques de organismos vivos, deverá ser efetuado tratamento adequado para proteção, não sendo admitido o tratamento por pintura superficial.
O peso do martelo deverá obedecer as prescrições contidas na norma específica. O bate-estacas deverá ser lento, sendo admitida a velocidade de 60 golpes/minuto.
Quando utilizada como estaca de ponta, seu diâmetro maior será cravado para baixo. No caso de ser utilizada como estaca flutuante deverá ser deixado o diâmetro maior no topo.
A nega máxima admissível para a estaca de madeira será de 40 mm/10 golpes.
4.3. TUBULÕES
Definição: São elementos cuja função é transmitir as cargas estruturais para os solos de maior capacidade de suporte, situados em maiores profundidades. São
caracterizados por seção transversal que permite escavação interna, com entrada de pessoal em seu interior.
Deverão ser observadas as normas da ABNT atinentes ao assunto, em particular a norma específica.
4.3.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os tubulões serão sempre executados em concreto, armado ou simples. Poderão ser dotados de camisa externa de aço - perdida ou recuperável - ou de concreto armado.
Poderão ser escavados manual ou mecanicamente, usando eventualmente lamas betoníticas. Quando a escavação for manual, o diâmetro necessário para segurança do operador, deverá ser de no mínimo 60 cm.
Caso a escavação seja executada mecanicamente, os últimos 0,50 m deverão ser escavados e abertos manualmente, inclusive o alargamento da base (quando necessário), a fim de evitar-se a destruição da estrutura do terreno.
Os tubulões deverão ficar assentes sobre terreno de alta resistência à compressão. Na hipótese de ocorrência de desmoronamento, a CONTRATADA deverá submeter, previamente, a solução do problema à aprovação da FISCALIZAÇÃO.
Deverá a CONTRATADA prever adequada proteção junto aos fustes, de modo a impedir a entrada em seu interior de materiais estranhos.
Antes da concretagem, deverá ser efetuada uma nova inspeção no tubulão, devendo- se conferir as dimensões, qualidades e características do solo, inclusive da base, procedendo-se à limpeza do fundo da base, com remoção de camada eventualmente amolecida pela exposição ao tempo ou por água de infiltração.
Quando previstas cotas variáveis de assentamento entre tubulões próximos, a execução deverá ser iniciada pelos tubulões mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos.
Não será permitido trabalho simultâneo em bases alargadas de tubulões adjacentes, tanto em relação à escavação quanto a concretagem.
Quanto as cargas admissíveis e o cálculo estrutural dos tubulões, deverão ser observados, respectivamente, a norma específica.
Quanto a tolerâncias, serão de acordo com a norma específica, cabendo destacar:
▪ Excentricidade: 10% do diâmetro do fuste;
▪ Desaprumo: 1%.
4.3.2. TIPOS DE TUBULÃO
Quanto ao modo de execução os tubulões poderão ser:
4.3.2.1. TUBULÕES NÃO REVESTIDOS
Estes elementos de fundação serão executados com escavação manual ou mecânica e da seguinte maneira:
▪ A escavação manual só poderá ser executada acima do nível d’água, natural ou rebaixado, ou ainda, em casos especiais em que seja possível bombear a água sem risco de desmoronamento ou perturbação no terreno de fundação abaixo desse nível;
▪ Serão dotados, ou não, de base alargada tronco-cônica, conforme projeto;
▪ Poderão ser escavados mecanicamente com equipamento adequado;
▪ Quando abaixo do nível d’água a perfuração mecânica poderá prosseguir utilizando-se, se necessário, lamas betoníticas para manter estável o furo.
Na concretagem de tubulões , quanto à escavação, admitir-se-ão as seguintes variantes:
▪ Escavação seca – o concreto será simplesmente lançado da superfície, através de tromba (funil) de comprimento adequado para evitar que o concreto bate nas paredes da escavação e se misture com terra. Normalmente o comprimento do tubo do funil é de 5 vezes seu diâmetro;
▪ Escavação com água ou lama – o concreto será lançado através de tubo tremonha ou outro processo de eficiência comprovada.
4.3.2.2. TUBULÕES REVESTIDOS
Em terrenos com baixa coesão, a escavação do poço deverá ser acompanhada com escoramento para contenção lateral da terra, que poderá ser executado com camisa de concreto ou metálica.
4.3.2.2.1. COM REVESTIMENTO EM CONCRETO:
A camisa de concreto armado será concretada sobre a superfície do terreno ou em uma escavação feita preliminarmente com dimensões adequadas para cada trecho de
comprimento, e introduzida no terreno. O concreto tem que atingir resistência adequada à operação da escavação interna. Depois de cravado um elemento, concreta-se sobre ele o elemento seguinte, e assim sucessivamente, até atingir-se o comprimento final previsto.
Caso durante essas operações seja atingido o lençol d’água do terreno, será adaptado ao tubulão, equipamento pneumático conforme item adiante.
Atingida a cota prevista para assentamento do tubulão, procede-se, se for o caso, às operações de abertura da base alargada.
Durante essa operação a camisa deverá ser escorada de modo a evitar sua descida.
Terminado o alargamento concretra-se a base e o núcleo do tubulão, obedecendo-se o plano de concretagem previamente definido.
4.3.2.2.2. COM CAMISA DE AÇO:
A camisa de aço será utilizada do mesmo modo que a camisa de concreto, para manter aberto o furo e garantir a integridade do fuste do tubulão.
Poderá ser introduzida por cravação com bate-estacas ou através de equipamento especial. A escavação interna, manual ou mecânica, poderá ser executada a medida da penetração do tubo ou de uma só vez quando completada a cravação do tubo.
O alargamento da base poderá ser executado manual ou mecanicamente, sob ar comprimido ou não.
No caso de uso de ar comprimido a camisa deverá ser ancorada ou receber contrapeso de modo a evitar sua subida.
A camisa metálica, no caso de não ter sido considerada no dimensionamento estrutural do tubulão (conforme norma específica), poderá ser recuperada a medida em que se processe a concretagem, ou posteriormente.
A espessura mínima das paredes do tubo será de 10 mm.
Durante a cravação da camisa metálica, a verticalidade deverá ser controlada através de prumo de face.
Antes da concretagem deve-se limpar internamente as camisas, seja manualmente, seja através da circulação de água, ou renovação de lama bentonítica.
4.3.3. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS GERAIS (TUBULÕES)
4.3.3.1. ALARGAMENTO DE BASE
Os tubulões serão dimensionados de maneira a evitar alturas de bases superiores a 2,0 m; estas só admitidas em casos excepcionais e devidamente justificados.
Quando as características do solo indicarem que o alargamento de base será problemático, dever-se-á prever o uso de injeções, aplicações superficiais de argamassa de cimento ou mesmo escoramento, a fim de se evitar desmoronamento da base.
Quando a base do tubulão for assente sobre rocha inclinada, deverá ser observado o disposto na norma específica.
4.3.3.2. ARMADURA
A armadura do núcleo deverá ser montada de maneira a garantir sua rigidez e evitar deformações durante o manuseio e concretagem.
A armadura de ligação fuste-base, deverá ser projetada e executada de modo a garantir concretagem satisfatória da base alargada. Deve-se evitar que a malha constituída pelos ferros verticais e os estribos, tenha dimensões inferiores a 30 x 30 cm, usando-se, se necessário, feixes de barras ao invés de barras isoladas.
4.3.3.3. TEMPO DE EXECUÇÃO
Deve-se evitar que entre o término da execução do alargamento da base e sua concretagem decorra tempo superior a 24 horas.
4.3.3.4. CONCRETAGEM
O concreto será lançado da superfície, através de funil (tremonha ou calha), especialmente projetado para tal fim, com o comprimento da ordem de 5 vezes o seu diâmetro (por exemplo: 3m para diâmetro do fuste igual a 0,60m), de modo a evitar que o concreto bata nas paredes do tubulão e se misture com a terra, prejudicando a concretagem. O concreto se espalhará pela base pelo próprio impacto de sua descarga, mas é conveniente interromper a concretagem de vez em quando e descer para espalhá-lo, para evitar que fiquem vazios na massa de concreto.
4.3.3.5. PREPARO DA CABEÇA
O topo dos tubulões, quando não apresentar concreto satisfatório, deverá ser removido até que se atinja material adequado, ainda que abaixo da cota de arrasamento prevista, refazendo-se a concretagem.
Ligação do tubulão com o bloco de coroamento: em qualquer caso deverá ser garantida a transferência adequada da carga do pilar para o tubulão, conforme estabelecido em projeto.
4.3.3.6. ACOMPANHAMENTO
Quando da necessidade de bloco de coroamento, o fundo da cava deverá ser recoberto com uma camada de 5 cm de espessura de concreto magro.
Deverão ser apresentados ao DEOP-MG, pela CONTRATADA, os seguintes elementos para cada tubulão:
▪ Cota de arrasamento;
▪ Dimensões reais da base alargada;
▪ Material da camada de apoio da base;
▪ Equipamento usado nas várias etapas;
▪ Deslocamento e desaprumo;
▪ Consumo de material durante a concretagem e comparação com o volume previsto;
▪ Quantidade dos materiais;
▪ Anormalidade de execução e providências.
4.3.3.7. CONTROLE EXECUTIVO
Na execução das estacas, o operador não deverá restringir-se, rigorosamente, à profundidade prevista no projeto, realizando, porém, a cravação até onde a nega da estaca e o material extraído indicarem a presença de camada suficientemente resistente para suportar a obra a ser executada.
O conceito de nega a ser aplicado conforme item b.4.2, será empregado para o controle de cravação da estaca, não sendo recomendável seu uso para determinação da capacidade de carga da estaca. Quando não definido no projeto ou em
especificações, a nega admitida pela CONTRATANTE será de 20 mm para 10 golpes do martelo, obtida na terceira tentativa consecutiva.
As fundações não poderão ter os blocos invadindo o terreno vizinho nem o passeio da rua.
No caso de estacas parcialmente cravadas no solo, deverá ser apresentada justificativa de segurança das mesmas quanto à flambagem.
As estacas terão o comprimento mínimo necessário, evitando-se, tanto quanto possível, soldas ou emendas.
Quando da cravação de estacas vizinhas, sobretudo a distâncias inferiores a 5 (cinco) diâmetros e, mais particularmente, no caso de peças moldadas no solo, serão tomados os maiores cuidados no sentido de se evitar a possível danificação das estacas existentes (recém-cravadas), pela penetração das novas.
No cálculo das fundações em profundidade, serão considerados os momentos e os esforços verticais e horizontais.
Deverá ser considerado também, que a carga total de um bloco composto de várias estacas é menor que a soma das capacidades individuais das estacas, e que é tanto menor quanto maior for o número de estacas.
Em todos blocos de coroamento deverão ser utilizadas formas de madeira. Como o fundo da cava será recoberto com concreto magro, deverá ser evitado que ele cubra a cabeça das estacas. Para tanto, recomendar-se-á que a cabeça da estaca fique em cota mais alta que o fundo da escavação. A cota definitiva só deverá ser atingida após o lançamento do concreto magro.
As cabeças das estacas, caso seja necessário, deverão ser cortadas com ponteiros até que se atinja a cota de arrasamento prevista, não sendo admitido nenhum outro aparelho para tal serviço. Não será admissível a utilização de sistemas pneumáticos que possam ocasionar vibração excessiva nas estacas.
Para cortar o concreto, serão utilizados ponteiros bem afiados, trabalhando horizontalmente e se possível um pouco inclinado para cima.
O corte do concreto será efetuado em camadas de pouca altura, iniciando da periferia em direção ao centro.
As cabeças das estacas deverão ficar sempre em posição normal ao eixo das mesmas.
As estacas deverão penetrar no bloco de coroamento pelo menos 10 cm para estacas de concreto e 20 cm para estacas metálicas, salvo especificação contrária.
Os materiais a serem utilizados na produção de estacas (água, pedra, areia, aço, cimento e madeira), deverão respeitar as prescrições contidas nas respectivas normas da ABNT. É permitido a utilização de aditivos e adições respeitadas às especificações dos fabricantes.
Deverá a CONTRATADA apresentar à FISCALIZAÇÃO, planilha contendo:
▪ Comprimento real da estaca abaixo do arrasamento;
▪ Suplemento utilizado – tipo e comprimento;
▪ Desaprumos, desvios de locação e quebras ocorridas;
▪ Características do equipamento de cravação contendo: peso do martelo, diâmetro, altura de queda do martelo, número de golpes/minuto, etc.;
▪ Cota de arrasamento;
▪ Número de golpes/metro para cada estaca;
▪ Data da cravação;
▪ Nega final obtida em cada estaca (para 10 golpes de martelo);
▪ Deslocamento e levantamento de estacas, por efeito de cravação de estacas vizinhas, quando ocorrer.
Deverá a CONTRATADA apresentar diagrama de cravação em pelo menos 10% das estacas, sendo obrigatoriamente incluídas as estacas mais próximas aos furos de sondagem.
Em relação à prova de carga em fundações profundas esta será objeto de abordagem específica, contida no item 4.1.5 deste caderno.
4.3.4 TOLERÂNCIAS
4.3.4.1. QUANTO A EXCENTRICIDADE
4.3.4.1.1. ESTACAS ISOLADAS NÃO TRAVADAS
No caso de estacas isoladas não travadas em duas direções aproximadamente ortogonais, será tolerado um desvio entre eixos de estaca e ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, de 10% do diâmetro da estaca. Será obrigatório, na verificação de segurança à flambagem do pilar, levar em conta um acréscimo de flambagem dependente das condições de engastamento da estaca.
4.3.4.1.2. ESTACAS ISOLADAS TRAVADAS
Neste caso, as vigas de travamento deverão ser dimensionadas para a excentricidade real, quando a mesma ultrapassar o valor do item anterior. Quanto à flambagem e verificação, deverá ser efetuada apenas quanto ao pilar.
4.3.3.1.3. CONJUNTO DE ESTACAS ALINHADAS
Para excentricidade na direção do plano das estacas deverá ser verificada a solicitação nas estacas. Admitir-se-á sem correção, um acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível de projeto da estaca. Acréscimos superiores a este deverão ser corrigidos, mediante acréscimo de estacas ou recurso estrutural.
4.3.4.1.4. CONJUNTO DE ESTACAS NÃO ALINHADAS
Deverá ser verificada a solicitação em todas as estacas, admitindo-se, na estaca mais solicitada, seja ultrapassada em 15% a carga admissível de projeto. Acréscimos superiores a este, deverão ser corrigidos conforme ítem anterior.
4.3.4.1.5. QUANTO AO DESVIO DE INCLINAÇÃO
Sempre que uma estaca apresentar desvio angular em relação à posição projetada, deverá ser efetuada verificação de estabilidade, tolerando-se sem medidas corretivas um desvio de 1:100. Em se tratando de grupo de estacas, a verificação deverá ser efetuada para o conjunto, levando- se em conta a contenção do solo e as ligações estruturais.
4.4. PROVA DE CARGA DAS FUNDAÇÕES
4.4.1. FUNDAÇÕES DE SUPERFÍCIE
4.4.1.1. OBJETIVO
Determinar, por meios diretos, as características de deformação ou resistência do terreno.
4.4.1.2. CONDIÇÕES GERAIS
Obriga-se a CONTRATADA a realizar, pelo menos, duas provas de carga, em locais previamente designados pela FISCALIZAÇÃO.
Para perfeita verificação do comportamento das fundações, poderão ser exigidas, a critério da FISCALIZAÇÃO, novas provas de carga, responsabilizando-se ao DEOP- MG pelo pagamento.
Se os resultados não satisfizerem as condições pré-estabelecidas pelo DEOP-MG as provas de cargas subsequentes que se fizerem necessárias para comprovação da taxa de trabalho após a correção das irregularidades, serão executadas às expensas da CONTRATADA.
4.4.1.3. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO
As provas de cargas deverão obedecer ao preconizado em norma específica, além do adiante especificado:
▪ Serão executadas diretamente no terreno de base das fundações;
▪ Serão efetuadas, de preferência, nos trechos mais desfavoráveis do terreno.
4.4.1.4. INSTALAÇÕES E APARELHAGENS
A cota da superfície de carga deverá ser sempre a mesma que a das bases da futura fundação. A placa para aplicação das cargas deverá ser rígida, ter uma área não inferior a 0,5 m (geralmente usa-se placa circular com diâmetro de 0,80 m), sendo colocada sobre o solo em seu estado natural, devidamente nivelado.
O dispositivo de transmissão de carga a ser utilizado deverá ser um macaco hidráulico, munido de bomba e manômetro devidamente aferidos, reagindo contra uma carga de reação (caixão carregado, viga de reação, etc.).
Os recalques serão medidos por extensômetros sensíveis a 0,01 mm, colocados em dois pontos diametralmente opostos da placa, que deverão estar livres da influência dos movimentos da placa e do caixão de reação, devendo seus apoios estar posicionados a uma distância igual a pelo menos 1,5 vezes o diâmetro da placa, medida a partir do centro e nunca inferior a 1,50 m.
4.4.1.5. EXECUÇÃO
O carregamento será efetuado em estágios sucessivos, com aplicação de incrementos de tensão correspondente a 2 da taxa de trabalho provável do solo.
Em cada estágio da carga, a tensão será mantida constante, procedendo-se a leitura das deformações, imediatamente após a aplicação dessa carga e quando decorridos 1, 2, 4, 8, 15, 30 e 60 minutos.
O estágio é encerrado quando se obtém um acréscimo de deformação, de uma leitura para a seguinte, inferior a 5% da deformação ocorrida no estágio.
Caso não ocorra a ruptura do solo, a prova de carga será conduzida até que se observe um recalque total de 25 mm (considerado pelo DEOP-MG, como excessivo) ou que se atinja uma carga equivalente ao dobro da taxa de trabalho provável no solo.
Desde que não ocorra a ruptura, a carga máxima alcançada no ensaio deverá ser mantida pelo menos durante 12 horas.
Em seguida, deve-se fazer o descarregamento em estágios sucessivos, não superiores a 25% da carga total, lendo-se os recalques de maneira idêntica ao carregamento.
4.4.1.6. RESULTADOS
Como resultados do ensaio, deverá ser apresentada uma curva pressão x deformação, onde serão anotados os tempos iniciais e finais de cada estágio.
Em anexo a curva dos resultados serão fornecidas, ainda, as seguintes informações:
▪ Dia e hora do inicio e fim da prova;
▪ Situação do local da prova no terreno e cota da superfície carregada em relação a um RN bem determinado (preferencialmente o adotado no levantamento topográfico);
▪ Referência aos dispositivos de carga e medida;
▪ Ocorrências excepcionais durante a carga.
A CONTRATADA deverá, de imediato, enviar o resultado da prova de carga ao DEOP- MG, em duas vias. Somente após esta apresentação a FISCALIZAÇÃO autorizará a execução das fundações.
4.4.1.7. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
A carga admissível das fundações superficiais, baseada na prova de carga, será determinada dentro do seguinte critério:
▪ Ruptura do solo - Caso ocorra a ruptura do solo, será considerada como taxa de trabalho do terreno, a metade do valor da tensão que provocou a ruptura;
▪ Sensibilidade da estrutura - Caso não ocorra a ruptura do solo, a carga admissível será adotada admitindo-se a metade da carga que conduz a um recalque de 25 mm;
▪ Caso não ocorra ruptura do solo, nem se atinja o recalque compatível com a sensibilidade da estrutura (fixado em 25 mm no elemento isolado), adotar-se-á como pressão admissível, a pressão adotada em projeto.
4.4.1.8. PROVIDÊNCIAS COMPLEMENTARES
Caso as provas de cargas não obtenham resultados satisfatórios, caberá a CONTRATADA, às suas expensas, adotar todas as providências necessárias para a viabilidade das fundações, tais como: novas provas de cargas, redimensionamento das fundações e elementos intermediários, reforço das fundações, modificações das cotas de assentamento, controle de recalques, etc.
Quaisquer das providências mencionadas deverão ser previamente submetidas à apreciação e autenticação do DEOP-MG.
4.4.2. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
4.4.2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Em se tratando de fundações profundas à base de estacas, obriga-se a CONTRATADA a realizar, pelo menos duas provas de carga, em locais previamente designados pela FISCALIZAÇÃO, sobre estacas de blocos distintos. Para a perfeita verificação do comportamento das fundações, serão exigidas, a critério da FISCALIZAÇÃO, novas provas de carga, responsabilizando-se o DEOP-MG pelo pagamento das mesmas. Se as provas de carga não satisfizerem as condições pré-estabelecidas pelo DEOP-MG, as provas de cargas que se fizerem necessárias para comprovação da carga admissível serão realizadas às expensas da CONTRATADA.
As provas de carga deverão obedecer a NBR-12131 – “Estacas – Prova de carga estática” além do adiante especificado. Serão efetuadas, de preferência, nas estacas que estiverem com maior carga, em relação a sua capacidade e, no caso de estacas carregadas de ponta, nos trechos mais desfavoráveis, quanto à resistência do terreno.
4.4.2.2. INSTALAÇÃO E APARELHAMENTO
Serão adotados processos que garantam aplicação axial da carga e que evitem choques ou trepidações durante a realização das provas.
Será aconselhável a utilização dos macacos hidráulicos, munidos de bomba e manômetros, devidamente aferidos, opondo-se a uma carga de reação estável – caixa carregada, ancoragem, etc. – sendo vantajoso prever-se, para maior garantia de axiabilidade, uma rótula na cabeça do macaco ou da estaca.
Os recalques do topo da estaca serão medidos, simultaneamente, em dois extensômetros, sensíveis ao centésimo de milímetro, colocados em posição diametralmente opostas em relação a seção transversal da estaca.
Os dispositivos de referência para as medidas de recalques deverão estar ao abrigo de intempéries e suficientemente afastados para não serem influenciados pelo movimento das estacas, dos terrenos circunvizinhos, do caixão, da ancoragem, etc.
Os apoios dos dispositivos referidos no item anterior deverão situar-se a uma distância igual a, pelo menos, 05 (cinco) vezes o diâmetro das estacas e nunca inferior a 150 cm.
4.4.2.3. EXECUÇÃO
Nas estacas pré-fabricadas de concreto, de madeira ou aço, a prova de carga somente deverá ser iniciada 24 horas após a sua cravação, no caso de terreno arenoso e após 5 dias, no mínimo, em se tratando de terreno argiloso.
No caso de estacas moldadas no solo, a prova de carga só deverá ser realizada após um tempo mínimo de cura de 15 dias, exceto, se usado cimento de alta resistência inicial ou aditivos aceleradores. Contudo, o uso do cimento de resistência inicial e de aditivos aceleradores, ficará condicionado a prévia autorização da FISCALIZAÇÃO.
Deverá ser moldado um bloco de concreto armado na cabeça da estaca, com armadura devidamente dimensionada. Antes do processo de moldagem do bloco, a cabeça da estaca deverá ser convenientemente preparada. É importante que a estaca fique perfeitamente centrada no bloco.
O carregamento da estaca deverá ser feito em estágios sucessivos não superiores a 20% da carga de trabalho provável ou fixada para a estaca.
Em cada estágio da carga, os deslocamentos deverão ser unidos imediatamente após a aplicação da carga correspondente, efetuando-se leituras, quando decorridos os seguintes tipos a partir da aplicação da carga 1, 2, 4, 8, 15, 30 e 60 minutos, até a estabilização dos deslocamentos. A estabilização poderá ser admitida quando a diferença entre duas leituras sucessivas corresponder a um máximo de 5% do deslocamento havido no estágio.
O intervalo de tempo entre estágios deverá ser no mínimo de 30 minutos.
O ensaio, caso não seja levado até a ruptura, será continuado até se observar um deslocamento (medido no topo da estaca), compatível com a sensibilidade da estrutura (fixado pelo DEOP-MG em 15 mm) ou até 1,5 vezes a carga de trabalho prevista para a estaca.
Em quaisquer dos casos, não sendo atingida a ruptura, a carga máxima de ensaio deverá ser mantida durante 12 horas, pelo menos, após a estabilização dos deslocamentos.
A descarga, sempre que possível, será efetuada por estágios sucessivos não superiores a 25% da carga total atingida no ensaio. Cada estágio deverá ser mantido até a estabilização das deformações.
O intervalo de tempo entre intervalos de descarga não poderá ser inferior a 15 minutos.
4.4.2.4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados das provas de carga serão apresentados graficamente, através de uma curva carga-recalque, onde figurem as observações efetuadas no inicio e no fim de cada estágio, com indicação também, dos tempos decorridos.
Anexo ao gráfico, serão fornecidos os seguintes elementos:
▪ Localização da estaca no terreno, arrasamento, altura do bloco, volume (para estacas moldadas no local) e indicação dos furos de sondagem;
▪ Características e dados gerais da estaca testada: tipo, dimensões, cota de arrasamento, volume da estaca e da base (para estacas moldadas no solo), armação (se for o caso), tensão do concreto, data da cravação, data da moldagem, altura do bloco, etc.;
▪ Dados da cravação: tipos de bate-estacas e do martelo, peso do martelo, altura e tipo da queda ou energia de cravação, nega em cada série de golpes por minuto, etc.;
▪ Descrição suscinta dos dispositivos de carga, de medida e aferição dos manômetros;
▪ Ocorrências excepcionais verificadas durante a prova; perturbações dos dispositivos de carga e medida; modificações na superfície do terreno contíguo à estaca; alterações eventuais nos pontos fixos de referência, etc.;
▪ Diagrama – número de golpes (n) x penetração (e) – obtido na cravação das estacas relacionadas para as provas de carga;
▪ Nega do último golpe, obtida pela expressão e/10, sendo “e” a penetração alcançada com os últimos 10 golpes de cravação;
▪ Confirmação da viabilidade do comprimento alcançado pelas estacas, mediante cálculo com o emprego de fórmulas próprias a cada tipo de solo (deverá ser apresentado o demonstrativo de cálculo);
▪ Dia e hora do início e fim da prova;
▪ Representação das características do terreno de acordo com a sondagem mais próxima.
A CONTRATADA deverá, de imediato, enviar o resultado da prova de carga ao DEOP- MG, em duas vias. Somente esta apresentação e aprovação dos resultados a FISCALIZAÇÃO autorizará a concretagem dos blocos de coroamento.
4.4.2.5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
A carga admissível da estaca, baseada na prova de carga, será determinada dentro do seguinte critério:
▪ Ruptura do solo – caso ocorra a ruptura do solo, será considerada como taxa admissível da estaca, a metade do valor da tensão que provocou a ruptura do solo;
▪ Sensibilidade da estrutura – caso não ocorra a ruptura do solo, a carga admissível da estaca será adotada admitindo-se 1/1,5 da carga que conduz a um recalque compatível com a sensibilidade da estrutura projetada (fixado pelo DEOP-MG em 15 mm);
▪ Caso não ocorra ruptura do solo, nem se atinja o recalque compatível com a sensibilidade da estrutura (fixado em 15 mm), adotar-se-á como carga admissível da estaca, a carga adotada em projeto.
4.4.2.6. PROVIDÊNCIAS COMPLEMENTARES
Caso as provas de cargas não obtenham resultados satisfatórios, caberá a CONTRATADA, as suas expensas, adotar todas as providências necessárias para a viabilidade das fundações, tais como: novas provas de cargas, redimensionamento das fundações e elementos intermediários, reforço das fundações, modificações das cotas de assentamento (recravação), controle de recalques, etc..
Quaisquer das providências mencionadas deverão ser previamente submetidas à apreciação e autenticação do DEOP-MG.