ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DA CIDADE DE CANOAS / RS

CONTRATO 182/11 – PLAMSAB CANOAS

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DA CIDADE DE CANOAS / RS

PLAMSAB CANOAS

RELATÓRIO 8 – CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS

SET/2012

00	21/09/12	EMISSÃO INICIAL	STE	JP	JP
REV	DATA	NATUREZA DA REVISÃO	ELAB.	VERIF.	APROV
CLIENTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS
CONTRATO: Nº 182/2011
OBRA: PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DA CIDADE DE CANOAS / RS – PLAMSAB CANOAS
TÍTULO: RELATÓRIO 8 – CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS
ELABORAÇÃO: STE			VERIF.: XXX	XXXXX.: XXXX XXXXX
CÓDIGO:
DATA: 21/09/12

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DA CIDADE DE CANOAS / RS / PLAMSAB CANOAS

ÍNDICE DE VOLUMES

- RELATÓRIO 1 – PLANO DE TRABALHO

- RELATÓRIO 2 – CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

- RELATÓRIO 3 – DIAGNÓSTICO SOCIAL

- RELATÓRIO 4 – DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

- RELATÓRIO 5 – DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

- RELATÓRIO 6 – DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

TOMO I: DIAGNÓSTICO DE DRENAGEM

TOMO II: ANEXOS

- RELATÓRIO 7 – DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

- RELATÓRIO 8 – CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS

- RELATÓRIO 9 – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

LISTAS

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Projeções e população de canoas – cenários 22

Tabela 3.2 - Projeção PIB Diagnóstico 25

Tabela 3.3 – Projeção PIB diagnóstico desaceleração 27

Tabela 3.4 – Projeção PIB diagnóstico 29

Tabela 4.1 - População por setor de distribuição (hab) – cenários referencial 40

Tabela 4.2 - Consumo progressivo do município de canoas – cenário referencial 44

Tabela 4.3 - Projeções de ligações por quadrante – cenário referencial 45

Tabela 4.4 - Vazão máxima diária por setor de distribuição (l/s – cenário referencial 46

Tabela 4.5 - RESERVAÇÃO POR SETOR DE DISTRIBUIÇÃO (M³) – CENÁRIO REFERENCIAL 47

Tabela 4.6 - RESUMO DE DEMANDAS – CENÁRIO REFERENCIAL 48

Tabela 4.7- Resumo de análise da reservação – cenário referencial 49

Tabela 4.8 - Dimensionamento e composição do investimento – sistema de abastecimento de água 57

Tabela 4.9 - Resumo investimento por quadrante – sistema de abastecimento de água 58

Tabela 4.10 - RESUMO INVESTIMENTO – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 59

Tabela 4.11 – Drenagem urbana de canoas, frente às condicionantes, deficiências e potencialidades 89

Tabela 4.12 - Ruas com problemas pontuais de alagamento 94

Tabela 4.13- Resumo dos quantitativos por bacias das redes de microdrenagem 96

Tabela 4.14- Resumo dos Quantitativos por bacia das redes de macrodrenagem 97

Tabela 4.15 - Projetos de sistema de proteção contra cheias 99

Tabela 4.16 - Obras em andamento do sistema de drenagem 101

Tabela 4.17- Prováveis situações de evolução dos cenários previstos para o sistema de drenagem urbana 104

Tabela 4.18 - Evolução do cenário desejado e as proposições para o sistema de drenagem urbana 110

LISTA DE FIGURAS

Figura 4.1 – Interdependência dos sistemas de drenagem dos municípios

Canoas, Sapucaia, Esteio e Cachoeirinha 91

Figura 4.2 – Modelo de gestão proposto, vinculado à drenagem urbana 93

Figura 4.3 – Cenários de produção de resíduos sólidos baseados nas projeções populacionais de expansão de produto interno bruto. Cenário referencial: acréscimo de 10%; cenário a: método logístico: cenário b: subtração de 10% 123

Figura 4.4 – Hipóteses de variação 125

Figura 4.5 – Cenário 1 – balanço de massa de resíduos 129

Figura 4.6 – Cenário 2 – balanço de massa de resíduos 130

Figura 4.7 – Cenário 3 – balanço de massa de resíduos 132

Figura 4.8 – Cenário 4 – balanço de massa de resíduos 133

Figura 4.9 – Cenário 5 – balanço de massa de resíduos 135

Figura 4.10 – Cenário 6 – balanço de massa de resíduos 136

Figura 4.11– Comparativo entre os cenários 137

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 3.1 – Curvas de projeção de população de canoas – CENÁRIOS 23

LISTA DE QUADROS

Quadro 3.1 – Curvas de projeções de população de canoas – Cenários 35

Quadro 4.1 – Cenário Referencial: População por bacia 65

Quadro 4.2 – Cenário referencial: redes existentes e a executar por bacia 66

Quadro 4.3 – Cenário Referencial: vazões médias contribuintes 67

Quadro 4.4 – Cenário Referencial: cargas geradas 68

Quadro 4.5 – Cenário Referencial: extensão de rede coletora (m) e percentual de cobertura das redes 69

Quadro 4.6 – CENÁRIO REFERENCIAL: VAZÃO DOMÉSTICA MÉDIA (L/S) E PERCENTUAL DE ESGOTO TRATADO (%) 70

Quadro 4.7 – Cenário Referencial: vazão doméstica máxima (l/s) 71

Quadro 4.8 – Cenário Referencial: número de ligações prediais e percentual de atendimento 72

Quadro 4.9 – Cenário Referencial: extensão de rede e ligações e executar 73

Quadro 4.10–Cenário Referencial: dimensionamento dos coletores troncos 74

Quadro4.11–Cenário Referencial: dimensionamento das estações elevatórias 75

Quadro 4.12 – Cenário Referencial: dimensionamento dos emissários por recalque 76

Quadro 4.13 – Cenário Referencial: custos unitários para a projeção dos investimentos 79

Quadro 4.14 – Cenário Referencial: redes e coletores troncos 80

Quadro 4.15 – Cenário Referencial: investimentos com elevatórias 81

Quadro 4.16 – Cenário Referencial: investimentos com emissários 82

Quadro 4.17 – Cenário Referencial: investimentos com estação de tratamento 83

Quadro 4.18 – Cenário Referencial: investimentos com ligações 84

Quadro 4.19 – Cenário Referencial: resumo dos investimentos por quadrante 85

Quadro 4.20 – CENÁRIO REFERENCIAL: RESUMO GLOBAL DOS INVESTIMENTOS VINCULADOS AO SES 86

Quadro 4.21 – Quantidades coleta regular – resíduos domésticos 120

Quadro 4.22 – Projeção do produto interno bruto 121

Quadro 4.23 – Hipótese para os serviços de resíduos sólidos 126

Quadro 4.24 – Cenários para os serviços de resíduos sólidos 127

Quadro 4.25 – CENÁRIO 1 128

Quadro 4.26– Índice de separação da coleta seletiva 128

Quadro 4.27 – Índice de orgânicos enviados para Sistema de Compostagem 128

Quadro 4.28 – TAXA DE REDUÇÃO DE “FOCOS DE LIXO” 128

Quadro 4.29 – CENÁRIO 2 129

Quadro 4.30– Índice de separação da coleta seletiva 130

Quadro 4.31– Índice de orgânicos enviados para Sistema de Compostagem .130

Quadro 4.32– TAXA DE REDUÇÃO DE “FOCOS DE LIXO” 130

Quadro 4.33 – CENÁRIO 3 131

Quadro 4.34– Índice de separação da coleta seletiva 131

Quadro 4.35 – Índice de orgânicos enviados para Sistema de Compostagem 131

Quadro 4.36– TAXA DE REDUÇÃO DE “FOCOS DE LIXO” 131

Quadro 4.37– CENÁRIO 4 132

Quadro 4.38– Índice de separação da coleta seletiva 133

Quadro 4.39– Índice de orgânicos enviados para Sistema de Compostagem .133

Quadro 4.40 – TAXA DE REDUÇÃO DE “FOCOS DE LIXO” 133

Quadro 4.41– CENÁRIO 5 134

Quadro 4.42– Índice de separação da coleta seletiva 134

Quadro 4.43– Índice de orgânicos enviados para Sistema de Compostagem .134

Quadro 4.44– TAXA DE REDUÇÃO DE “FOCOS DE LIXO” 134

Quadro 4.45 – CENÁRIO 6 135

Quadro 4.46 – Índice de separação da coleta seletiva 136

Quadro 4.47 – Índice de orgânicos enviados para Sistema de Compostagem 136

Quadro 4.48– TAXA DE REDUÇÃO DE “FOCOS DE LIXO” 136

SUMÁRIO

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 14

2. INTRODUÇÃO 16

3. CENÁRIOS 18

3.1. População 19

3.2. PIB 23

3.3. Condicionantes, Deficiências e Potencialidades 30

3.3.1 CONSTRUÇÃO DA MATRIZ CDP 30

3.3.1.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CDP 32

3.3.1.2 Definição do cenário referencial 33

4. PROGNÓSTICOS 35

4.1 Sistema de abastecimento de água 36

4.1.1 Projeções de demandas 38

4.1.2 Projeções de infraestrutura necessária 47

4.1.2.1 NOVOS EMPREENDIMENTOS 51

4.1.2.2 ÁREAS DE EXPANSÃO 52

4.1.2.3 LOTEAMENTOS IRREGULARES 52

4.1.3 PROJEÇÃO DOS INVESTIMENTOS 52

4.1.4 Peças Gráficas 56

4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário 57

4.2.1 Prognóstico do sistema de esgotamento sanitário 57

4.2.1.1 PROJEÇÃO DO PROGNÓSTICO 57

4.2.1.2 Dimensionamento das unidades 58

4.2.2 Intervenções previstas 69

4.2.2.1 Novos empreendimentos 73

4.2.2.2 Loteamentos irregulares e zonas de expansão 73

4.2.3 PROJEÇÃO DE INVESTIMENTO 74

4.2.4 Peças Gráficas 83

4.3 Sistema de drenagem urbana 84

4.3.1 Cenários de evolução do sistema de drenagem 84

4.3.1.1 Condicionantes, deficiências e potencialidades 85

4.3.2 Cenário referencial do sistema de drenagem 87

4.3.2.1 Planejamento de drenagem Urbana e o Cenário Referencial 87

4.3.3 Operação da drenagem urbana e cenário tendencial 99

4.3.3.1 Ausência de cadastro topográfico e estrutural da rede de micro e macrodrenagem 99

4.3.3.2 Sistema de proteção contra cheias operando satisfatoriamente 99

4.3.3.3 Necessidade de frequente manutenção de estruturas especiais 100

4.3.3.4 Ausência de um sistema de alerta e procedimento operacional 100

4.3.3.5 Fiscalização e regulação de drenagem urbana e o cenário tendencial 100

4.3.4 FORMULAÇÃO DE CENÁRIOS POSSÍVEIS 101

4.3.5 Proposição do cenário desejável e ações específicas 105

4.3.6 Peças gráficas 112

4.4 Sistema de resíduos sólidos 113

4.4.1 Metodologia 114

4.4.2 Caracterização do cenário atual dos resíduos sólidos urbano em canoas 114

4.4.3 Cenários futuros da produção de RSU em canoas 115

4.4.3.1 Produção histórica de RSU em canoas 115

4.4.3.2 População de canoas 115

4.4.3.3 Produto interno bruto de canoas 116

4.4.3.4 Projeção dos cenários com base nos parâmetros de população e PIB 118

4.4.4 CENÁRIOS BASEADOS EM METAS E DEMANDAS 119

4.4.4.1 Definição das variáveis 119

4.4.4.2 Proposição das hipóteses 120

4.4.4.3 Construção dos cenários 120

4.4.4.4 Comparativo de cenários 130

Referências Bibliográficas 131

Glossário 134

Anexos 143

1. Apresentação

1. Apresentação

O presente documento tem por finalidade relatar as atividades desenvolvidas pela empresa STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico da Cidade de Canoas - PLAMSAB.

O trabalho apresentado é referente ao contrato nº 182/11, assinado entre a Prefeitura Municipal de Canoas e a empresa STE assinado no dia 17/08/2011, com ordem de início no dia 08/10/2011.

Especificamente este relatório apresenta as seguintes atividades desenvolvidas: Relatório 8 – Cenários e Prognósticos.

2. Introdução

2. INTRODUÇÃO

O relatório 8 está composto por cenários e prognósticos relativos aos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, de drenagem urbana e de resíduos sólidos.

3. CENÁRIOS

3. CENÁRIOS

A construção do cenário referencial partiu das previsões e pressupostos elaborados no diagnóstico e teve como objetivo comparar as diversas possibilidades de crescimento, levando em consideração as variáveis demográficas e socioeconômicas do município de Canoas.

A partir do cenário referencial será elaborado o prognóstico dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem urbana e de resíduos sólidos, contemplando as tendências atuais e futuras de crescimento.

3.1. População

A base de avaliação que norteou os cenários do estudo populacional foi a projeção demográfica realizada pelo método logístico apresentada no diagnóstico social do PLAMSAB. Essa projeção que dá início ao estudo de cenários é tratada nesta fase do trabalho como cenário referencial.

A partir do cenário referencial, considerando a população em 2010 de 323.827 habitantes, com base no Censo IBGE 2010, concentrados integralmente em área urbana, foi feito o estudo dividido em três panoramas de evolução:

• Cenário conservador: subtração de 10% nas taxas de projeção utilizando taxa média;

• Cenário referencial: projeção populacional balizada no diagnóstico social;

• Cenário de expansão: acréscimo de 10% na população utilizando taxa média.

Para chegar aos três parâmetros de avaliação descritos foi empregada inicialmente subtração de 10% nas taxas de crescimento populacional, mantendo-se a variação ano a ano.

Essa equação resultou em número populacional coerente com uma projeção conservadora em final de plano, da ordem de 360.209 habitantes em 2032, pouco inferior ao cenário referencial, porém, em início de plano os resultados não condizeram com a realidade, com uma curva populacional pouco ajustada, apresentando picos no número de habitantes por ano.

Para efetuar este ajuste, mantendo o resultado em final de plano, foi utilizada a média da taxa de crescimento populacional constante para os vinte anos de estudo.

Como resultado do cenário conservador obteve-se:

• População início de plano (2013): 328.563 habitantes;

• População final de plano (2032): 360.209 habitantes;

• Taxa média: 0,49 % a.a.

O estudo para o cenário de expansão iniciou com o acréscimo nas taxas em 10%, resultando na população em final de plano de 368.808 habitantes, apenas 4.324 habitantes superior ao obtido no cenário referencial.

Como o cenário de expansão pretende obter um aumento populacional mais expressivo, partiu-se para estudo de acréscimo de 10% na população a cada ano, obtendo-se assim um número de 400.932 habitantes no ano de 2032, avaliando-se esse resultado como o esperado para o cenário de expansão.

A exemplo do estudo de cenário conservador utilizou-se a taxa média de crescimento populacional em todo o horizonte de projeção para melhor distribuição do crescimento populacional em todos os anos estudados, evitando o pico de crescimento populacional que se observa em início de plano ao ser utilizado taxa variável.

O resultado do cenário de expansão resultou:

• População início de plano (2013): 333.397 habitantes;

• População final de plano (2032): 400.932 habitantes;

• Taxa média: 0,98 % a.a.

Os resultados das avaliações estão apresentados na tabela 3.1 e no gráfico 3.1 a seguir.

21

Tabela 3.1 - Projeções de População de Canoas - CENÁRIOS

ANO	MÉTODO LOGISTICO
	CENÁRIO REFERENCIAL		SUBTRAÇÃO DE 10% NAS TAXAS		ACRÉSCIMO DE 10% NAS TAXAS		SUBTRAÇÃO DE 10% NA POPULAÇÃO	ACRÉSCIMO DE 10% NA POPULAÇÃO		CENÁRIO EXPANSÃO ACRÉSCIMO DE 10% NA POPULAÇÃO UTILIZANDO TAXA MÉDIA		CENÁRIO CONSERVADOR SUBTRAÇÃO DE 10% NAS TAXAS UTILIZANDO TAXA MÉDIA
	POPULAÇÃO	TAXA	TAXA (-10%)	POPULAÇÃO	TAXA (+10%)	POPULAÇÃO	POPULAÇÃO	POPULAÇÃO	TAXA	POPULAÇÃO	TAXA	TAXA	POPULAÇÃO
2010	323.827			323.827				323.827		323.827			323.827
2011	325.627	0,56	0,50	325.447	0,61	325.807	293.064	358.190	10,61	326.986	0,98	0,49	325.398
2012	327.433	0,56	0,50	327.072	0,61	327.795	294.690	360.176	5,46	330.176	0,98	0,49	326.977
2013	329.243	0,55	0,50	328.699	0,61	329.788	296.319	362.167	3,80	333.397	0,98	0,49	328.563
2014	331.058	0,55	0,50	330.330	0,61	331.788	297.952	364.164	2,98	336.650	0,98	0,49	330.157
2015	332.878	0,55	0,50	331.964	0,61	333.794	299.590	366.166	2,49	339.934	0,98	0,49	331.759
2016	334.703	0,55	0,50	333.602	0,61	335.807	301.233	368.173	2,16	343.250	0,98	0,49	333.368
2017	336.532	0,55	0,50	335.243	0,61	337.826	302.879	370.185	1,93	346.599	0,98	0,49	334.986
2018	338.365	0,55	0,50	336.886	0,61	339.850	304.529	372.202	1,76	349.980	0,98	0,49	336.611
2019	340.203	0,55	0,49	338.533	0,60	341.880	306.183	374.223	1,62	353.394	0,98	0,49	338.244
2020	342.046	0,55	0,49	340.183	0,60	343.918	307.841	376.251	1,51	356.842	0,98	0,49	339.885
2021	343.893	0,55	0,49	341.837	0,60	345.961	309.504	378.282	1,42	360.323	0,98	0,49	341.534
2022	345.744	0,55	0,49	343.493	0,60	348.009	311.170	380.318	1,35	363.838	0,98	0,49	343.191
2023	347.599	0,55	0,49	345.151	0,60	350.063	312.839	382.359	1,29	367.388	0,98	0,49	344.856
2024	349.459	0,55	0,49	346.814	0,60	352.123	314.513	384.405	1,23	370.972	0,98	0,49	346.529
2025	351.323	0,54	0,49	348.478	0,60	354.189	316.191	386.455	1,19	374.591	0,98	0,49	348.210
2026	353.191	0,54	0,49	350.146	0,60	356.261	317.872	388.510	1,14	378.245	0,98	0,49	349.899
2027	355.063	0,54	0,49	351.816	0,60	358.338	319.557	390.569	1,11	381.935	0,98	0,49	351.597
2028	356.940	0,54	0,49	353.490	0,60	360.422	321.246	392.634	1,08	385.661	0,98	0,49	353.303
2029	358.820	0,54	0,49	355.166	0,60	362.510	322.938	394.702	1,05	389.424	0,98	0,49	355.017
2030	360.704	0,54	0,49	356.844	0,59	364.604	324.634	396.774	1,02	393.223	0,98	0,49	356.739
2031	362.592	0,54	0,49	358.525	0,59	366.703	326.333	398.851	1,00	397.059	0,98	0,49	358.470
2032	364.484	0,54	0,49	360.209	0,59	368.808	328.036	400.932	0,98	400.932	0,98	0,49	360.209

Gráfico 3.1 – Xxxxxx xx Xxxxxxxxx xx Xxxxxxxxx xx Xxxxxx - XXXXXXXX

000000

POPULAÇÃO

400000

350000

300000

250000

200000

150000

100000

DADOS CENSOS 1970/1980/1991/2000

EXPANSÃO (+10%)

REFERENCIAL

CONSERVADOR (-10%)

1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040

22

ANO

3.2. PIB

O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos aspectos relevantes no cenário socioeconômico, pois estabelece uma expectativa futura do comportamento da população em relação à renda e ao consumo.

Os fatores associados renda e consumo tem impacto direto sobre os tópicos do saneamento, podendo ser relacionados ao aumento ou redução da demanda por serviços de saneamento em seus aspectos quantitativos.

Também impacta no aspecto qualitativo do consumo, alterando o perfil de gastos e de consumo. Como exemplos pode-se citar o aumento de consumo de produtos com embalagens de resíduos sólidos recicláveis, por ocasião do aumento da renda da população. Outro exemplo ocorre na construção civil, com o aumento da área de residências com a utilização de espaços destinados à vegetação, também na ocorrência do aumento de renda, impactando na permeabilidade do solo.

Em acordo com o estudo populacional que estabeleceu um crescimento populacional baseado no método logístico e apresentado no Diagnóstico, mostrando logo em seguida mais dois cenários de comportamento do crescimento populacional, com variações para mais e para menos,o impacto nos cenários do PIB serão similares:

• Cenário Baseado no Diagnóstico: apresenta a projeção do PIB com base na população do Diagnóstico e também nas projeções estimadas pelos órgãos competentes para esse assunto, neste caso o Ministério do Planejamento. As

projeções do PIB realizadas pelo Ministério do Planejamento são feitas e divulgadas até o ano de 2015. Desse período em diante manteve-se a mesma taxa de crescimento. Tal Cenário está representado na Tabela 3.2 – Projeção do PIB – Diagnóstico;

• Cenário Desaceleração: apresenta a projeção do PIB com base em um decréscimo da população do cenário do diagnóstico e em um crescimento menos intenso do PIB para os próximos períodos. Tal Cenário está

representado na Tabela 3.3 – Projeção do PIB – Desaceleração;

• Cenário Expansão: apresenta a projeção do PIB com base em aumento da população, decorrente de incrementos econômicos realizados no município, que irão impactar no crescimento do PIB. Esse Cenário está representado na

Tabela 3.4 – Projeção do PIB – Expansão.

O cenário adotado do PIB do município de Canoas para aplicação no Prognóstico foi o de Cenário de Expansão, de acordo com os dados de projeção populacional e de investimentos a serem realizados no município, tais como os relacionados a novos empreendimentos imobiliários.

23

Tabela 3.2 – Projeção PIB Diagnóstico

FONTE	ANO	PIB			PIB per capita			POP.URB
		R$ milhão	Taxa de Crescimento Real	Variação	R$	Taxa de Crescimento Real	Variação
			%	%		%	%	hab
DIVULDADO FEE/IBGE	1995
	1996	3.023,96			10.646,00
	1997	3.590,98		18,75	12.224,00		14,82
	1998	3.534,84		- 1,56	11.859,00		- 2,99
	1999	3.930,91		11,20	13.142,84		10,83
	2000	4.841,35		23,16	15.694,42		19,41	306.093
	2001	5.872,73		21,30	18.789,54		19,72
	2002	5.952,95		1,37	18.798,36		0,05
	2003	7.342,94		23,35	22.886,97		21,75
	2004	8.674,00		18,13	26.689,73		16,62
	2005	8.868,10		2,24	26.940,00		0,94
	2006	9.596,23		8,21	28.790,00		6,87
	2007	10.763,59		12,16	32.971,00		14,52
	2008	14.783,28		37,35	44.811,00		35,91
	2009	16.444,48		11,24	49.523,00		10,52
ESTIMADO	2010	17.677,81	7,50	7,50	52.742,00	6,50	6,50	323.827
	2011	18.155,11	2,70	2,70	53.691,35	1,80	1,80	325.627
	2012	18.518,21	2,00	2,00	54.765,18	2,00	2,00	327.433
	2013	19.536,72	5,50	5,50	57.777,26	5,50	5,50	329.243
	2014	20.708,92	6,00	6,00	61.243,90	6,00	6,00	331.058
	2015	21.847,91	5,50	5,50	64.612,31	5,50	5,50	332.878
PROJETADO	2016	23.049,55	5,50	5,50	68.165,99	5,50	5,50	334.703
	2017	24.317,27	5,50	5,50	71.915,12	5,50	5,50	336.532
	2018	25.654,72	5,50	5,50	75.870,45	5,50	5,50	338.365
	2019	27.065,73	5,50	5,50	80.043,33	5,50	5,50	340.203
	2020	28.554,35	5,50	5,50	84.445,71	5,50	5,50	342.046
	2021	30.124,83	5,50	5,50	86.134,62	2,00	2,00	343.893
	2022	31.781,70	5,50	5,50	87.857,32	2,00	2,00	345.744
	2023	33.529,69	5,50	5,50	89.614,46	2,00	2,00	347.599
	2024	35.373,83	5,50	5,50	91.406,75	2,00	2,00	349.459
	2025	37.319,39	5,50	5,50	93.234,89	2,00	2,00	351.323
	2026	39.371,95	5,50	5,50	95.099,58	2,00	2,00	353.191
	2027	41.537,41	5,50	5,50	97.001,58	2,00	2,00	355.063
	2028	43.821,97	5,50	5,50	98.941,61	2,00	2,00	356.940
	2029	46.232,18	5,50	5,50	100.920,44	2,00	2,00	358.820
	2030	48.774,95	5,50	5,50	102.938,85	2,00	2,00	360.704
	2031	51.457,57	5,50	5,50	104.997,62	2,00	2,00	362.592
	2032	54.287,73	5,50	5,50	107.097,58	2,00	2,00	364.484

24

Fonte: FEE, Centro de Informações Estatísticas, Núcleo de Contabilidade Social. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais até 2.015. Após PLAMSAB. Na ordem do Bilhão.

PIB

54.287,73

ano

PIB per capita

107.097,58

ano

R$ milhões

R$

25

Tabela 3.3 – Projeção PIB Desaceleração

FONTE	ANO	PIB			PIB per capita			POP.URB
		R$ milhão	Taxa de Crescimento Real	Variação	R$	Taxa de Crescimento Real	Variação
			%	%		%	%	hab
DIVULDADO FEE/IBGE	1995
	1996	3.023,96			10.646,00
	1997	3.590,98		18,75	12.224,00		14,82
	1998	3.534,84		- 1,56	11.859,00		- 2,99
	1999	3.930,91		11,20	13.142,84		10,83
	2000	4.841,35		23,16	15.694,42		19,41	306.093
	2001	5.872,73		21,30	18.789,54		19,72
	2002	5.952,95		1,37	18.798,36		0,05
	2003	7.342,94		23,35	22.886,97		21,75
	2004	8.674,00		18,13	26.689,73		16,62
	2005	8.868,10		2,24	26.940,00		0,94
	2006	9.596,23		8,21	28.790,00		6,87
	2007	10.763,59		12,16	32.971,00		14,52
	2008	14.783,28		37,35	44.811,00		35,91
	2009	16.444,48		11,24	49.523,00		10,52
ESTIMADO	2010	17.677,81	7,50	7,50	52.742,00	6,50	6,50	323.827
	2011	18.155,11	2,70	2,70	53.691,35	1,80	1,80	325.447
	2012	18.518,21	2,00	2,00	54.765,18	2,00	2,00	327.072
	2013	19.258,94	4,00	4,00	56.955,79	4,00	4,00	328.699
	2014	20.125,60	4,50	4,50	59.518,80	4,50	4,50	330.330
	2015	20.930,62	4,00	4,00	61.899,55	4,00	4,00	331.964
PROJETADO	2016	21.767,84	4,00	4,00	64.375,53	4,00	4,00	333.602
	2017	22.638,56	4,00	4,00	66.950,55	4,00	4,00	335.243
	2018	23.544,10	4,00	4,00	69.628,57	4,00	4,00	336.886
	2019	24.485,86	4,00	4,00	72.413,72	4,00	4,00	338.533
	2020	25.465,30	4,00	4,00	75.310,26	4,00	4,00	340.183
	2021	26.483,91	4,00	4,00	76.439,92	1,50	1,50	341.837
	2022	27.543,27	4,00	4,00	77.586,52	1,50	1,50	343.493
	2023	28.645,00	4,00	4,00	78.750,31	1,50	1,50	345.151
	2024	29.790,80	4,00	4,00	79.931,57	1,50	1,50	346.814
	2025	30.982,43	4,00	4,00	81.130,54	1,50	1,50	348.478
	2026	32.221,73	4,00	4,00	82.347,50	1,50	1,50	350.146
	2027	33.510,60	4,00	4,00	83.582,71	1,50	1,50	351.816
	2028	34.851,02	4,00	4,00	84.836,45	1,50	1,50	353.490
	2029	36.245,06	4,00	4,00	86.109,00	1,50	1,50	355.166
	2030	37.694,86	4,00	4,00	87.400,64	1,50	1,50	356.844
	2031	39.202,66	4,00	4,00	88.711,65	1,50	1,50	358.525
	2032	40.770,76	4,00	4,00	90.042,32	1,50	1,50	360.209

26

Fonte: FEE, Centro de Informações Estatísticas, Núcleo de Contabilidade Social. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais até 2.015. Após PLAMSAB. Na ordem do Bilhão.

PIB

40.770,76

ano

PIB per capita

90.042,32

ano

R$ milhões

R$

27

Tabela 3.4 – Projeção PIB Diagnóstico

FONTE	ANO	PIB			PIB per capita			POP.URB
		R$ milhão	Taxa de Crescimento Real	Variação	R$	Taxa de Crescimento Real	Variação
			%	%		%	%	hab
DIVULDADO FEE/IBGE	1995
	1996	3.023,96			10.646,00
	1997	3.590,98		18,75	12.224,00		14,82
	1998	3.534,84		- 1,56	11.859,00		- 2,99
	1999	3.930,91		11,20	13.142,84		10,83
	2000	4.841,35		23,16	15.694,42		19,41	306.093
	2001	5.872,73		21,30	18.789,54		19,72
	2002	5.952,95		1,37	18.798,36		0,05
	2003	7.342,94		23,35	22.886,97		21,75
	2004	8.674,00		18,13	26.689,73		16,62
	2005	8.868,10		2,24	26.940,00		0,94
	2006	9.596,23		8,21	28.790,00		6,87
	2007	10.763,59		12,16	32.971,00		14,52
	2008	14.783,28		37,35	44.811,00		35,91
	2009	16.444,48		11,24	49.523,00		10,52
ESTIMADO	2010	17.677,81	7,50	7,50	52.742,00	6,50	6,50	323.827
	2011	18.155,11	2,70	2,70	53.691,35	1,80	1,80	325.807
	2012	18.518,21	2,00	2,00	54.765,18	2,00	2,00	327.795
	2013	19.536,72	5,50	5,50	57.777,26	5,50	5,50	329.788
	2014	20.826,14	6,60	6,60	61.590,56	6,60	6,60	331.788
	2015	22.096,53	6,10	6,10	65.347,59	6,10	6,10	333.794
PROJETADO	2016	23.444,42	6,10	6,10	69.333,79	6,10	6,10	335.807
	2017	24.874,53	6,10	6,10	73.563,15	6,10	6,10	337.826
	2018	26.391,88	6,10	6,10	78.050,50	6,10	6,10	339.850
	2019	28.001,78	6,10	6,10	82.811,58	6,10	6,10	341.880
	2020	29.709,89	6,10	6,10	87.863,09	6,10	6,10	343.918
	2021	31.522,20	6,10	6,10	89.796,08	2,20	2,20	345.961
	2022	33.445,05	6,10	6,10	91.771,59	2,20	2,20	348.009
	2023	35.485,20	6,10	6,10	93.790,57	2,20	2,20	350.063
	2024	37.649,80	6,10	6,10	95.853,96	2,20	2,20	352.123
	2025	39.946,43	6,10	6,10	97.962,75	2,20	2,20	354.189
	2026	42.383,17	6,10	6,10	100.117,93	2,20	2,20	356.261
	2027	44.968,54	6,10	6,10	102.320,52	2,20	2,20	358.338
	2028	47.711,62	6,10	6,10	104.571,57	2,20	2,20	360.422
	2029	50.622,03	6,10	6,10	106.872,15	2,20	2,20	362.510
	2030	53.709,97	6,10	6,10	109.223,33	2,20	2,20	364.604
	2031	56.986,28	6,10	6,10	111.626,25	2,20	2,20	366.703
	2032	60.462,44	6,10	6,10	114.082,02	2,20	2,20	368.808

28

Fonte: FEE, Centro de Informações Estatísticas, Núcleo de Contabilidade Social. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais até 2.015. Após PLAMSAB. Na ordem do Bilhão.

PIB

60.462,44

ano

PIB per capita

114.082,02

ano

R$ milhões

R$

3.3. Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

A formulação do cenário de evolução dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem urbana e de resíduos sólidos considerou um período de 20 (vinte) anos e foi fundamentada com base na construção da Matriz de Condicionantes, Deficiências e Potencialidades – CDP, construída a partir da abordagem dos aspectos abaixo relacionados:

• Localização;

• Clima;

• Geologia;

• Geomorfologia;

• Pedologia;

• Ocupação do Solo;

• Recursos Hídricos;

• Meio Ambiente;

• Acessos;

• Mobilidade;

• Comunicação;

• Energia Elétrica;

• Demografia;

• Educação;

• Saúde;

• Renda; e

• PIB.

3.3.1 Construção da Matriz CDP

A construção do Cenário será definida a partir da aplicação da matriz CDP, cujo objetivo é explicitar as tendências de crescimento frente às condicionantes, deficiências e potencialidades observadas para o município de Canoas.

A metodologia de análise conhecida como CDP - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades é usualmente recomendada para os processos de planejamento urbano e regional. Tal metodologia foi desenvolvida na Alemanha e adequada em diversos países, tornando-se ferramenta padrão dos organismos das Nações Unidas para a aferição e construção dos cenários de planejamento.

Do ponto de vista prático, a matriz CDP é um modelo sistêmico para a organização dos dados levantados, possibilitando uma análise de forma compreensível. A visão sintética proporcionada por esse método é também extremamente eficaz para a definição de estratégias de ação, com vistas ao alcance dos objetivos e das metas estabelecidas.

Ao se adotar a metodologia CDP, classifica-se os dados levantados em três categorias básicas, a saber:

• Condicionantes: elementos existentes ou projetados que não podem ou não devem ser alterados;

• Deficiências: elementos que representam problemas que devem ser solucionados;

• Potencialidades: elementos que podem ser aproveitados para melhorar a qualidade de vida da cidade.

Tais categorias podem ser assim sintetizadas:

a) Condicionantes:

As condicionantes são os elementos existentes ou projetados que não podem ou não devem ser alterados, devendo ser mantidos ou preservados pelo PLAMSAB.

O caráter das condicionantes pode ser espacial, funcional, infraestrutural, ambiental, socioeconômico, administrativo ou legal.

Cabe ressaltar que condicionantes são os elementos existentes no ambiente urbano, rural, natural ou construído, planos e decisões existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no desenvolvimento do município e que pelas suas características e implicações devem ser levadas em conta no planejamento e tomadas de decisões, como exemplos destacam-se rios, morros, vales, patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, dentre outros.

b) Deficiências:

Deficiências podem ser entendidas como aquelas situações que significam problemas qualitativos e quantitativos no contexto municipal e que devem ser alterados, melhorados ou eliminados.

Assim como as condicionantes, as deficiências também podem ser de caráter espacial, funcional, infraestrutural, ambiental, socioeconômico, administrativo ou legal, dando-se especial ênfase na elaboração do PLAMSAB àquelas deficiências de âmbito físico, territorial, econômico, legal, social e ambiental.

Portanto, as deficiências são elementos ou situações de caráter negativo que significam estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento sustentável do município, destacando as seguintes características:

• Técnica: carência ou inadequação de equipamentos ou da infraestrutura existente, sistema viário;

• Natural: rios e córregos poluídos, desmatamentos, vales inaproveitáveis;

• Cultural: patrimônios históricos degradados;

• Legal: deficiência, inadequação ou não obediência de legislação urbanística, ocupações irregulares;

• Financeira: baixo poder aquisitivo;

• Social: desamparo às classes menos favorecidas, desemprego, analfabetismo, falta de cursos profissionalizantes;

• Administrativa: excesso de burocracia nos procedimentos administrativos, falta de fiscalização, deficiência na execução e no controle das ações administrativas;

• Econômica: baixa produtividade nas ações administrativas, elevado custo de manutenção.

c) Potencialidades:

As potencialidades podem ser entendidas como aqueles elementos, recursos ou vantagens que até então não foram aproveitados adequadamente e poderiam ser incorporados positivamente ao sistema municipal, sanando suas deficiências ou desenvolvendo-o no sentido de melhorar seu estágio atual.

De forma exemplificativa, os aspectos potenciais existentes no município que devem ser explorados e/ou otimizados, resultando na melhoria da qualidade de vida da população, podem ter as seguintes características:

• Técnica: infraestrutura e equipamentos existentes ou com capacidade ociosa;

• Natural: áreas adequadas à urbanização, áreas com potencial de implantação de equipamentos de lazer, turístico ou paisagístico;

• Cultural: utilização e/ou otimização do uso de prédios históricos, preservação dos prédios históricos ou dos elementos culturais do município;

• Legal: terrenos públicos disponíveis;

• Financeira: aumento da eficiência fazendária na arrecadação municipal, capacidade de endividamento não utilizada, parcerias;

• Social: política social integrada, parcerias, aproveitamento de iniciativas comunitárias;

• Administrativa: ações administrativas no sentido de desburocratizar a máquina pública, aumentando sua eficiência com menor custo;

• Econômica: localização estratégica, recursos naturais possíveis, polo de abrangência, recursos humanos existentes e potenciais (universidades e escolas técnicas).

3.3.1.1 Sistematização das Informações CDP

A matriz CDP aplicada na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico - PLAMSAB apresenta basicamente o método de ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos, proporcionando apresentação compreensível, facilmente formatada e compatível com a situação do elemento a ser analisado.

A organização dos dados e informações levantadas no diagnóstico foi elaborada através das tabelas CDP, contendo a análise dos fatores encontrados quanto a sua relevância.

Com base nas informações obtidas no diagnóstico foram elaboradas tabelas CDP de acordo com os elementos de interesse para o planejamento das diversas áreas de abrangência do PLAMSAB - Canoas.

Após a classificação dos elementos do saneamento básico, a matriz CDP definirá as áreas prioritárias de ação a partir da sistematização dessas informações.

Considerando o diagnóstico elaborado e o alcance proposto para o Plano, a priorização das ações definidas pela matriz CDP, foram determinadas conforme a sistemática abaixo:

• Ações de curto prazo: 2013 a 2016;

• Ações de médio prazo: 2017 a 2022;

• Ações de longo prazo: 2023 a 2032.

Assim sendo, evidencia-se que os elementos caracterizados como Condicionante, Deficiente e Potencial deverá ser prioridade 1 pelo responsável da prestação dos serviços e pela execução das ações estabelecidas e assim sucessivamente até a prioridade 7, caracterizada apenas pelo elemento Condicionante.

Para cada componente do PLAMSAB foram analisados os aspectos físicos, as infraestruturas existentes e as características socioeconômicas do município com a finalidade de elencar as suas condicionantes, deficiências e potencialidades e relacioná- los com os serviços de saneamento.

3.3.1.2 Definição do Cenário Referencial

O cenário referencial foi elaborado a partir da análise do PIB e das projeções populacionais referentes ao cenário conservador e de expansão.

Analisando os resultados apresentados pela Matriz - CDP, constatou-se que o Cenário Referencial passa a ser o Cenário de Expansão, o qual considera o acréscimo de 10% da população definida pelo diagnóstico social.

34

4. PROGNÓSTICOS

4. PROGNÓSTICOS

O prognóstico dos diversos sistemas componentes do saneamento (água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos) foi desenvolvido a partir da consolidação e projeção do cenário referencial, obtido da análise dos cenários de evolução e da aplicação da Matriz CDP – Condicionantes, Deficiências e Potencialidades.

Os prognósticos componentes do Plano Municipal de Saneamento Básico foram elaborados com base na situação atual de cada sistema e nos documentos de referência abaixo relacionados:

• Caracterização Física;

• Diagnóstico Social;

• Diagnóstico de Abastecimento de Água;

• Diagnóstico de Esgotamento Sanitário;

• Diagnóstico de Drenagem e Águas Pluviais;

• Diagnóstico de Resíduos Sólidos;

• Consolidação do Cenário Referencial.

4.1 Sistema de Abastecimento de Água

A partir do diagnóstico da situação atual do sistema de abastecimento de água de Canoas, com base nas tendências de evolução definidas no estudo de cenários e determinação do cenário referencial, fez-se o prognóstico do SAA para um horizonte de 20 anos com as seguintes metas:

• Curto prazo (1ª etapa): imediatamente após a implementação do PLAMSAB, com resultados em um período máximo de quatro anos, etapa estabelecida no período entre os anos de 2013 a 2016;

• Médio prazo (2ª etapa): até dez anos após a implementação do PLAMSAB, etapa estabelecida no período entre os anos de 2017 à 2022;

• Longo prazo (3ª etapa): até vinte anos após a implementação do PLAMSAB, etapa estabelecida no período entre os anos de 2023 à 2032.

4.1.1 Projeções de Demandas

O cenário de referência definido a partir das condicionantes, deficiências e potencialidades estudadas, resultou em projeção populacional com acréscimo de 10% na população anteriormente projetada na ocasião do diagnóstico social.

A partir dos resultados previstos na projeção populacional estabelecida no cenário referencial, e em função do novo arranjo proposto, estabeleceu-se a população para cada setor de abastecimento em função dos setores censitários definidos pelo IBGE - base ano de 2010.

Determinada a população de cada setor no ano 2010, foi efetuada a projeção empregando-se a taxa média obtida a partir do acréscimo de 10% na população

conforme estabelecido no diagnóstico, da ordem de 0,98 % a.a. em função do resultado do método logístico, ou seja:

 KG (A−A1)

P = P1∗ 1+ 100 

 

Sendo:

KG	=	taxa de crescimento geométrico – método logístico
P1	=	população ano anterior
P	=	população a determinar
A1	=	ano anterior
A	=	ano da população a determinar

38

Tabela 4.1 - População por Setor de Distribuição (hab) – Cenário Referencial

ANO	TOTAL (HAB)	TAXA (% AA)	SETOR DE DISTRIBUIÇÃO
			R 2	R 3	R 4	R 5	R 6	R 7	R 9	R 10	R 11	R 12	R 13	R 14
2010	323.827		46.823	38.233	20.584	15.582	20.405	11.564	41.917	30.546	40.017	11.772	6.854	39.530
2011	326.986	0,98	47.281	40.377	20.785	15.734	19.599	10.904	42.327	30.845	40.409	11.887	6.921	39.917
2012	330.176	0,98	47.744	40.708	20.988	15.888	19.952	10.904	42.741	31.147	40.805	12.003	6.988	40.308
2013	333.397	0,98	48.211	41.052	21.193	16.043	20.300	10.904	43.159	31.452	41.204	12.120	7.056	40.703
2014	336.650	0,98	48.683	41.408	21.400	16.200	20.643	10.904	43.581	31.760	41.607	12.238	7.125	41.101
2015	339.934	0,98	49.160	41.776	21.609	16.358	20.980	10.904	44.008	32.071	42.014	12.357	7.194	41.503
2016	343.250	0,98	49.641	42.155	21.820	16.518	21.312	10.904	44.439	32.385	42.425	12.478	7.264	41.909
2017	346.599	0,98	50.127	42.547	22.033	16.679	21.639	10.904	44.874	32.702	42.840	12.600	7.335	42.319
2018	349.980	0,98	50.618	42.953	22.248	16.842	21.959	10.904	45.313	33.022	43.259	12.723	7.406	42.733
2019	353.394	0,98	51.114	43.370	22.466	17.007	22.273	10.904	45.757	33.345	43.682	12.847	7.478	43.151
2020	356.842	0,98	51.614	43.801	22.686	17.173	22.582	10.904	46.205	33.671	44.110	12.972	7.551	43.573
2021	360.323	0,98	52.119	44.244	22.908	17.341	22.885	10.904	46.657	34.000	44.542	13.099	7.624	44.000
2022	363.838	0,98	52.629	44.700	23.132	17.510	23.182	10.904	47.114	34.333	44.978	13.227	7.698	44.431
2023	367.388	0,98	53.144	45.170	23.358	17.681	23.474	10.904	47.575	34.669	45.418	13.356	7.773	44.866
2024	370.972	0,98	53.664	45.652	23.586	17.854	23.760	10.904	48.041	35.008	45.863	13.486	7.849	45.305
2025	374.591	0,98	54.189	46.148	23.817	18.028	24.040	10.904	48.511	35.351	46.312	13.618	7.925	45.748
2026	378.245	0,98	54.720	46.656	24.050	18.204	24.314	10.904	48.986	35.697	46.765	13.751	8.002	46.196
2027	381.935	0,98	55.256	47.179	24.285	18.382	24.581	10.904	49.466	36.046	47.223	13.885	8.080	46.648
2028	385.661	0,98	55.797	47.715	24.522	18.562	24.842	10.904	49.950	36.399	47.685	14.021	8.159	47.105
2029	389.424	0,98	56.343	48.266	24.762	18.743	25.098	10.904	50.439	36.755	48.152	14.158	8.238	47.566
2030	393.223	0,98	56.895	48.829	25.004	18.926	25.348	10.904	50.933	37.115	48.623	14.296	8.318	48.032
2031	397.059	0,98	57.452	49.405	25.249	19.111	25.592	10.904	51.432	37.478	49.099	14.436	8.399	48.502
2032	400.932	0,98	58.015	49.993	25.496	19.298	25.830	10.904	51.936	37.845	49.580	14.577	8.481	48.977

são:

Os parâmetros utilizados como base para cálculo de projeções das demandas

• População (P): projeção populacional de Canoas para cenário referencial

• Horizonte da avaliação: 2013 a 2032

• Índice de atendimento (IAA):

 2012 a 2013, IAA = 99,2%

 2014 a 2032, IAA = 100%

• Taxa de ocupação domiciliar (TD): 3,12 habitantes/domicílio

• Per capita de consumo (q): variável

 2012 a 2016, q = 140 l/habitante/dia

 2017 a 2020, q = 155 l/habitante/dia

 2021 a 2024, q = 170 l/habitante/dia

 2025 a 2028, q = 185 l/habitante/dia

 2029 a 2032, q = 200 l/habitante/dia

• Perdas de Água (IPA): variável

 2012 a 2013, IPA = 49%

 2014, IPA = 48%

 2015, IPA = 47%

 2016, IPA = 46%

 2017, IPA = 45%

 2018, IPA = 44%

 2019, IPA = 43%

 2020, IPA = 42%

 2021, IPA = 41%

 2022, IPA = 40%

 2023, IPA = 39%

 2024, IPA = 38%

 2025, IPA = 37%

 2026, IPA = 36%

 2027, IPA = 35%

 2028, IPA = 34%

 2029, IPA = 33%

 2030, IPA = 32%

 2031, IPA = 31%

 2032, IPA = 30%

• Coeficiente do dia de maior consumo (K1): 1,20

• Economias do sistema (ECO)

ECO = P

TD

• Economias atendidas pelo sistema (ECOA)

ECOA = IAA ∗ECO

100

• Consumo médio anual (CMA) CMA = TD ∗ q∗ 365

1.000

• Per capita de produção (qb)

qb =

q

1− IAA

100

• Volume consumido total (VCT)

VCT = ECOA ∗ CMA

• Vazão requerida pelo sistema (QR) QR = K1∗ qb ∗ECOA ∗ TD

86.400

Com esses parâmetros foram determinadas as seguintes demandas máximas atual e de final de plano:

• 2012 - aproximadamente 1.248,64 l/s;

• 2032 - 1.591 l/s.

Tal proximidade está vinculada à meta de redução de perdas físicas do sistema de abastecimento de água.

Mantida a situação atual de perdas físicas a demanda alcançaria em final de plano a 2.183,73 l/s.

A tabelas a seguir apresenta os resultados do consumo progressivo para o SAA Canoas de 2012 à 2032, para o cenário referencial.

41

Tabela 4.2 - Consumo Progressivo do Município de Canoas – Cenário Referencial

Ano	População Urbana (hab.)	TAXA	Nº Economias (3,12 hab/ec)	% Atendimento	Nº Economias Abastecidas	Per Capita Consumo (L/hab.dia)	Consumo Médio Anual (m 3/econ.ano)	Perdas (%)	Per Capita Produção (L/hab.dia)	Volume Consumido Total (m 3/ano)	Vazão Requerida (L/s)
2010	323.827		103.914	99,2	103.072	138	159	51,00	281,00	00.000.000	1.256,61
2011	326.986	0,98	104.920	99,2	104.070	138	159	50,00	276,00	00.000.000	1.243,29
2012	330.176	0,98	105.943	99,2	105.085	140	161	49,00	274,00	00.000.000	1.248,64
2013	333.397	0,98	106.977	99,2	106.110	140	161	49,00	274,00	00.000.000	1.260,82
2014	336.650	0,98	108.020	100	108.020	140	161	48,00	269,00	00.000.000	1.258,84
2015	339.934	0,98	109.000	000	000.074	140	161	47,00	264,00	00.000.000	1.247,14
2016	343.250	0,98	110.138	100	110.138	140	161	46,00	259,00	00.000.000	1.235,98
2017	346.599	0,98	111.213	100	111.213	155	178	45,00	281,00	00.000.000	1.356,64
2018	349.980	0,98	112.298	100	112.298	155	178	44,00	276,00	00.000.000	1.345,41
2019	353.394	0,98	113.393	100	113.393	155	178	43,00	271,00	00.000.000	1.334,70
2020	356.842	0,98	114.499	100	114.499	155	178	42,00	267,00	00.000.000	1.324,48
2021	360.323	0,98	115.616	100	115.616	170	195	41,00	288,00	00.000.000	1.441,97
2022	363.838	0,98	116.744	100	116.744	170	195	40,00	283,00	00.000.000	1.431,77
2023	367.388	0,98	117.883	100	117.883	170	195	39,00	278,00	00.000.000	1.422,04
2024	370.972	0,98	119.033	100	119.033	170	195	38,00	274,00	00.000.000	1.412,75
2025	374.591	0,98	120.195	100	120.195	185	213	37,00	293,00	00.000.000	1.527,76
2026	378.245	0,98	121.367	100	121.367	185	213	36,00	289,00	00.000.000	1.518,56
2027	381.935	0,98	122.551	100	122.551	185	213	35,00	284,00	00.000.000	1.509,79
2028	385.661	0,98	123.747	100	123.747	185	213	34,00	280,00	00.000.000	1.501,42
2029	389.424	0,98	124.954	100	124.954	200	230	33,00	298,00	00.000.000	1.614,53
2030	393.223	0,98	126.173	100	126.173	200	230	32,00	294,00	00.000.000	1.606,30
2031	397.059	0,98	127.404	100	127.404	200	230	31,00	289,00	00.000.000	1.598,47
2032	400.932	0,98	128.000	000	000.647	200	230	30,00	285,00	00.000.000	1.591,00

Para a proposição de intervenções no sistema de abastecimento de água foram elaboradas projeções de ligações e das vazões requeridas e demandas para cada setor de abastecimento.

A reservação necessária para cada setor foi determinada por:

• R = QR * 17,28 (relativo à 1/5 de reservação da vazão máxima diária).

Os resultados obtidos ano a ano para cada setor de distribuição estão apresentados nas tabelas a seguir.

Tabela 4.3 - Projeções de Ligações por Quadrante – Cenário Referencial

ETAPA	ANO	QUADRANTE
		NE	NO	SO	SE	TOTAL
	2012	27.311	26.901	13.097	13.831	81.140
1ª	2013	27.577	27.163	13.225	13.966	81.932
	2014	27.846	27.428	13.354	14.103	82.731
	2015	28.118	27.696	13.484	14.240	83.538
	2016	28.392	27.966	13.615	14.379	84.353
	2017	28.669	28.239	13.748	14.519	85.176
2ª	2018	28.949	28.514	13.882	14.661	86.007
	2019	29.231	28.792	14.018	14.804	86.846
	2020	29.517	29.073	14.155	14.949	87.693
	2021	29.805	29.357	14.293	15.094	88.549
	2022	30.095	29.643	14.432	15.242	89.412
3ª	2023	30.389	29.933	14.573	15.390	90.285
	2024	30.685	30.225	14.715	15.540	91.165
	2025	30.985	30.519	14.859	15.692	92.055
	2026	31.287	30.817	15.004	15.845	92.953
	2027	31.592	31.118	15.150	16.000	93.860
	2028	31.900	31.421	15.298	16.156	94.775
	2029	32.212	31.728	15.447	16.313	95.700
	2030	32.526	32.037	15.598	16.473	96.634
	2031	32.843	32.350	15.750	16.633	97.576
	2032	33.164	32.666	15.903	16.796	98.528

Tabela 4.4 - Vazão Máxima Diária por Setor de Distribuição (L/s) – Cenário Referencial

ANO	R 2	R 3	R 4	R 5	R 6	R 7	R 9	R 10	R 11	R 12	R 13	R 14	TOTAL
2010	183,17	149,56	80,52	60,96	79,82	45,24	163,97	119,49	156,54	46,05	26,81	154,64	1.266,78
2011	181,24	154,78	79,68	60,31	75,13	41,80	162,25	118,24	154,90	45,57	26,53	153,02	1.253,45
2012	182,03	155,21	80,02	60,58	76,07	41,57	162,96	118,75	155,57	45,76	26,64	153,68	1.258,84
2013	183,81	156,52	80,80	61,17	77,40	41,57	164,55	119,92	157,10	46,21	26,90	155,19	1.271,12
2014	182,04	154,84	80,02	60,58	77,19	40,77	162,96	118,76	155,58	45,76	26,64	153,69	1.258,84
2015	180,36	153,27	79,28	60,01	76,97	40,00	161,45	117,66	154,14	45,33	26,39	152,26	1.247,14
2016	178,75	151,79	78,57	59,48	76,74	39,26	160,02	116,61	152,76	44,93	26,16	150,91	1.235,98
2017	196,20	166,53	86,24	65,28	84,70	42,68	175,64	128,00	167,68	49,32	28,71	165,64	1.356,64
2018	194,59	165,12	85,53	64,74	84,42	41,92	174,19	126,94	166,30	48,91	28,47	164,28	1.345,41
2019	193,05	163,80	84,85	64,23	84,12	41,18	172,82	125,94	164,98	48,52	28,24	162,97	1.334,70
2020	191,57	162,58	84,20	63,74	83,82	40,47	171,50	124,98	163,72	48,15	28,03	161,73	1.324,48
2021	208,57	177,06	91,68	69,40	91,58	43,64	186,72	136,06	178,25	52,42	30,51	176,08	1.441,97
2022	207,10	175,90	91,03	68,91	91,23	42,91	185,40	135,11	177,00	52,05	30,29	174,84	1.431,77
2023	205,70	174,84	90,41	68,44	90,86	42,21	184,15	134,19	175,80	51,70	30,09	173,66	1.422,04
2024	204,37	173,85	89,82	67,99	90,48	41,53	182,95	133,32	174,66	51,36	29,89	172,53	1.412,75
2025	221,01	188,21	97,14	73,53	98,05	44,47	197,85	144,18	188,88	55,54	32,32	186,58	1.527,76
2026	219,69	187,31	96,55	73,08	97,61	43,78	196,67	143,31	187,75	55,21	32,13	185,47	1.518,56
2027	218,43	186,50	96,00	72,66	97,17	43,10	195,54	142,49	186,67	54,89	31,94	184,40	1.509,79
2028	217,22	185,76	95,47	72,26	96,71	42,45	194,46	141,70	185,64	54,59	31,76	183,38	1.501,42
2029	233,59	200,11	102,66	77,71	104,05	45,21	209,12	152,38	199,64	58,70	34,15	197,21	1.614,53
2030	232,41	199,46	102,14	77,31	103,55	44,54	208,06	151,61	198,62	58,40	33,98	196,21	1.606,30
2031	231,29	198,89	101,65	76,94	103,03	43,90	207,05	150,88	197,66	58,12	33,81	195,26	1.598,47
2032	230,22	198,39	101,17	76,58	102,50	43,27	206,10	150,18	196,75	57,85	33,65	194,35	1.591,00

Tabela 4.5 - Reservação por Setor de Distribuição (m³) – Cenário Referencial

ANO	R 2	R 3	R 4	R 5	R 6	R 7	R 9	R 10	R 11	R 12	R 13	R 14	TOTAL
2010	3.165	2.584	1.391	1.053	1.379	781	2.833	2.064	2.000	000	000	2.672	21.885
2011	3.131	2.674	1.376	1.042	1.298	722	2.803	2.043	2.676	787	458	2.644	21.654
2012	3.145	2.681	1.382	1.046	1.314	718	2.815	2.052	2.688	790	460	2.655	21.746
2013	3.176	2.704	1.396	1.056	1.337	718	2.843	2.072	2.714	798	464	2.681	21.959
2014	3.145	2.675	1.382	1.046	1.333	704	2.816	2.052	2.688	790	460	2.655	21.746
2015	3.116	2.648	1.369	1.037	1.330	691	2.789	2.033	2.663	783	456	2.631	21.546
2016	3.088	2.622	1.357	1.027	1.326	678	2.765	2.015	2.639	776	451	2.607	21.351
2017	3.390	2.877	1.490	1.128	1.463	737	3.035	2.211	2.897	852	496	2.862	23.438
2018	3.362	2.853	1.477	1.118	1.458	724	3.010	2.193	2.873	845	491	2.838	23.242
2019	3.335	2.830	1.466	1.109	1.453	711	2.986	2.176	2.850	838	488	2.816	23.058
2020	3.310	2.809	1.455	1.101	1.448	699	2.963	2.159	2.829	831	484	2.794	22.882
2021	3.604	3.059	1.584	1.199	1.582	754	3.226	2.351	3.000	000	000	3.042	24.913
2022	3.578	3.039	1.572	1.190	1.576	741	3.203	2.334	3.058	899	523	3.021	24.734
2023	3.554	3.021	1.562	1.182	1.570	729	3.182	2.318	3.037	893	519	3.000	24.567
2024	3.531	3.004	1.552	1.174	1.563	717	3.161	2.303	3.018	887	516	2.981	24.407
2025	3.819	3.252	1.678	1.270	1.694	768	3.418	2.491	3.263	959	558	3.224	26.394
2026	3.796	3.236	1.668	1.262	1.686	756	3.398	2.476	3.244	953	555	3.204	26.234
2027	3.774	3.222	1.658	1.255	1.679	744	3.378	2.462	3.225	948	551	3.186	26.082
2028	3.753	3.209	1.649	1.248	1.671	733	3.360	2.448	3.207	943	548	3.168	25.937
2029	4.036	3.457	1.773	1.342	1.798	781	3.613	2.633	3.449	1.014	590	3.407	27.893
2030	4.016	3.446	1.764	1.335	1.789	769	3.595	2.619	3.432	1.009	587	3.390	27.751
2031	3.996	3.436	1.756	1.329	1.780	758	3.577	2.607	3.415	1.004	584	3.374	27.616
2032	3.978	3.428	1.748	1.323	1.771	747	3.561	2.595	3.399	999	581	3.358	27.488

Tabela 4.6 - Resumo de Demandas – Cenário Referencial

DEMANDAS POR SETOR DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA	SETOR	ÁREA		POPULAÇÃO (hab)		VAZÃO DIÁRIA (l/s)		RESERVAÇÃO (m³)
		(km²)	(%)	INICIAL	FINAL	INICIAL	FINAL	INICIAL	FINAL
NITERÓI	R 2	6,41	7,97	51.114	58.015	183,81	230,22	3.176	3.978
	R 3	10,52	13,08	43.370	49.993	156,52	198,39	2.704	3.428
	R 4	6,18	7,68	22.466	25.496	80,80	101,17	1.396	1.748
	R 5	4,22	5,25	17.007	19.298	61,17	76,58	1.056	1.323
	R 6	5,74	7,14	22.273	25.830	77,40	102,50	1.337	1.771
	R 7	0,75	0,93	10.904	10.904	41,57	43,27	000	000
	R 13	5,94	7,39	7.478	8.481	26,90	33,65	464	581
	SUBTOTAL	39,76	49,44	174.612	198.017	628,17	785,78	10.851	13.576
RIO BRANCO	R 9	9,20	11,44	45.757	51.936	164,55	206,10	2.843	3.561
	R 10	10,56	13,13	33.345	37.845	119,92	150,18	2.072	2.595
	R 11	4,64	5,77	43.682	49.580	157,10	196,75	2.714	3.399
	R 12	2,00	2,49	12.847	14.577	46,21	57,85	000	000
	R 14	14,26	17,73	43.151	48.977	155,19	194,35	2.681	3.358
	SUBTOTAL	40,66	50,56	178.782	202.915	642,96	805,22	11.108	13.912
TOTAL		80,42	100,00	353.394	400.932	1.271,12	1.591,00	21.959	27.488

Pode-se observar na Tabela 4.6 que a distribuição de demandas e, portanto, de capacidade de cada subsistema proposto para o cenário referencial é de aproximadamente metade da vazão do sistema de abastecimento de água, mostrando que a organização proposta é adequada aos centros produtores ETA Niterói e ETA Rio Branco.

Tabela 4.7 - Resumo de Análise da Reservação – Cenário Referencial

46

DEMANDAS POR SETOR DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA	SETOR	ÁREA		POPULAÇÃO (hab)		VAZÃO DIÁRIA (l/s)		RESERV.	NOMENC. ANTIGA	NÍVEL MÉDIO	VOLUME RESERV. (m³)	RESERV. EXIST. SETOR (m³)	DÉFICIT RESERVAÇÃO (m³)
		(km²)	(%)	INICIAL	FINAL	INICIAL	FINAL						INICIAL (2013)	FINAL (2032)
NITERÓI	R 2	6,41	7,97	51.114	58.015	182,04	230,22	R2	R5	26,00	1.500	4.000	824	22
								R1	R4	1,50	2.500
	R 3	10,52	13,08	43.370	49.993	154,84	198,39	R3	R21	45,00	3.000	3.000	296	-428
	R 4	6,18	7,68	22.466	25.496	80,02	101,17	R4	R21A	68,00	500	1.500	104	-248
								R16	NOVO	68,00	1.000
	R 5	4,22	5,25	17.007	19.298	60,58	76,58	R5	R7	46,00	2.000	4.250	3.194	2.927
								R5A	R23	46,00	2.250
	R 6	5,74	7,14	22.273	25.830	77,19	102,50	R6	R8	62,00	500	1.500	163	-271
								R6A	R8A	62,00	1.000
	R 7	0,75	0,93	10.904	10.904	40,77	43,27	R7	R26	57,00	1.000	1.000	282	253
	R 13	5,94	7,39	7.478	8.481	26,64	33,65	R13	R27	50,00	500	1.000	536	419
								R17	R17		500
	SUBTOTAL	39,76	49,44	174.612	198.017	622,08	785,78				16.250	16.250
RIO BRANCO	R 9	9,20	11,44	45.757	51.936	162,96	206,10	R9	NOVO	25,00	1.000	3.500	657	-61
								R8		2,00	2.500
	R 10	10,56	13,13	33.345	37.845	118,76	150,18	R10	R9	30,00	3.000	3.000	928	405
	R 11	4,64	5,77	43.682	49.580	155,58	196,75	R11	R25	22,00	1.000	2.000	-714	-1.399
								R15	NOVO	22,00	1.000
	R 12	2,00	2,49	12.847	14.577	45,76	57,85	R12	R6	53,00	1.500	1.000	000	000
	R 14	14,26	17,73	43.151	48.977	153,69	194,35	R14	R24	34,00	3.000	3.000	319	-358
	SUBTOTAL	40,66	50,56	178.782	202.915	636,76	805,22				13.000	13.000
TOTAL		80,42	100,00	353.394	400.932	1.258,84	1.591,00				29.250	29.250	7.291	1.762

A Tabela 4.7 apresenta a análise de reservação existente em relação à demanda para o horizonte de projeto, considerando a implementação de três novos reservatórios, nos setores R4, R09 e R11, resultando em acréscimo de volume de reservação de 3.000 m³, suprindo déficit de reservação em final de plano.

O setor atendido pelo reservatório R11 ainda apresenta deficiências com relação à quantidade reservada, no entanto, como essa unidade situa-se junto à estação de tratamento e possui vazões de bombeamento superiores às demandas, na ordem de 50%, pode-se considerar a reservação proposta suficiente para atendimento do setor.

A reservação total, considerando acréscimo de novos reservatórios, apresenta excedente de 1.762 m³ para horizonte de 20 anos, volume considerado adequado ao sistema visando o cenário referencial.

4.1.2 Projeção de Infraestrutura Necessária

Abrange ações e obras/serviços nas estruturas físicas para melhoria do sistema de abastecimento de água.

Como referencial para as propostas de intervenção estabeleceu-se a diretriz de divisão do sistema em dois subsistemas de acordo com os centros produtores:

• Subsistema Niterói;

• Subsistema Rio Branco.

Como limite para os dois subsistemas utilizou-se a linha definida pela xxxxxxx XX-000, formando-se área de atendimento a leste da cidade pela ETA Niterói e a oeste pela ETA Rio Branco.

A ETA Rio Branco localizada nas proximidades do manancial hídrico Arroio das Garças encontra-se em funcionamento desde 2009, tendo como capacidade de xxxxxxx xx xxxxxxxxxx xx xxxxx xx 000 x/x xx xxxx xxxxx e atualmente produz 154 l/s, com operação durante 9 h/dia.

A ETA Niterói localizada na Rua Oliveira Lima, no bairro Niterói, foi implantada em 1968 e produz 675 l/s de água tratada operando praticamente 24 h/dia.

Canoas conta também com a ETA da Base Aérea.

Outro aspecto considerado foi a necessidade de melhor distribuição das demandas pelos centros de reservação, aperfeiçoando o aproveitamento da capacidade dos reservatórios existentes ou planejados.

Como consequência dessas ações foram propostas adequações a serem implementadas no Sistema de abastecimento de água, correspondendo a:

a) Captação:

Manutenção das captações atuais, implantando-se etapa de pré-tratamento para minimização dos efeitos de floração de algas e presença do mexilhão dourado.

b) Tratamento:

As estações de tratamento não necessitam de adequações, devendo a ETA Niterói operar com produção para sua vazão nominal que é de 900 l/s.

A ETA Rio Branco deverá aumentar sua produção para a capacidade de projeto que é de 900 L/s.

A ETA da Base Aérea será desativada.

c) Setores de Distribuição:

Propõe-se nova delimitação para os setores de distribuição em função do centro produtor de suprimento, abrangência espacial e característica altimétrica, a saber:

• SUBSISTEMA NITERÓI

 Setor R2: composto pelas áreas atendidas pelo reservatório elevado de

1.500 m3 existente na ETA Niterói (antigo reservatório R5), abaixo da cota

16 metros na porção Sudeste da cidade com nível médio de abastecimento: 26 metros;

 Setor R3: composto pelas áreas atendidas pelo reservatório apoiado de

3.000 m3 existente (antigo reservatório R21), abaixo da cota 35 metros na porção central ao leste da cidade, com nível médio de abastecimento: 45 metros;

 Setor R4: Nova área de abastecimento a ser atendida por reservatório elevado de 500 m3 recém construído (antigo R21A), composta pelas regiões da porção oeste da cidade situadas entre as cotas 35 e 60 metros, com nível médio de abastecimento: 68 metros;

 Setor R5: composto pelas áreas atendidas pelos reservatórios apoiados de 2.000 e 2.250 m3 existentes (antigos reservatórios R7 e R23), abaixo da cota 35 metros na porção centro-norte da cidade, com nível médio de abastecimento: 46 metros;

 Setor R6: composto pelas áreas atendidas pelos reservatórios elevados de 500 m3 existente (antigo reservatório R8) e R6-A de 1.000 m3 recém construído (antigo R8A), composta por regiões da porção noroeste da cidade situadas entre as cotas 35 e 52 metros, com nível médio de abastecimento: 62 metros;

 Setor R7: nova área de abastecimento a ser atendida por reservatório elevado de 1.000 m3, recém construído (antigo R26), composta pelas regiões da área denominada de macro-quarteirões a noroeste da cidade situadas entre as cotas 35 e 50 metros, com nível médio de abastecimento: 57 metros;

 Setor R13: nova área de abastecimento a ser atendida por reservatório elevado de 500 m3 (existente – não operacional), composta pelas regiões ao norte da cidade situadas entre as cotas 20 e 40 metros, com nível médio de abastecimento: 50 metros;

• SUBSISTEMA RIO BRANCO

 Setor R9: nova área de abastecimento a ser atendida por reservatório elevado de 1.000 m3 na ETA Rio Branco (novo), composta por regiões da porção sudoeste da cidade, situadas abaixo da cota 15 metros, com nível médio de abastecimento: 25 metros;

 Setor R10: composto pelas áreas atendidas pelo reservatório apoiado de

3.000 m3 existente (antigo reservatório R9), abaixo da cota 20 metros na porção centro-oeste da cidade, com nível médio de abastecimento: 30 metros;

 Setor R11: nova área de abastecimento a ser atendida por reservatório elevado de 1.000 m3 no bairro Xxxxxxx Xxxxx recém construído (antigo R25) a oeste da cidade, composta por regiões abaixo da cota 10 metros, com nível médio de abastecimento: 22 metros;

 Setor R12: composto pelas áreas atendidas pelo reservatório elevado de

1.500 m3 existente (antigo reservatório R6 – 04 Taças), entre as cotas 20 e 40 metros na porção central da cidade, com nível médio de abastecimento: 53 metros;

 Setor R14: composto pelas áreas atendidas pelo reservatório apoiado de

3.000 m3 existente (antigo reservatório R24), abaixo da cota 25 metros na porção noroeste da cidade, com nível médio de abastecimento: 34 metros;

d) Elevação e Adução de Água Tratada:

Serão ajustadas em relação aos novos setores de distribuição propostos, sendo:

• EBA 4: atenderá os reservatórios R3 e R5/R5A, através das adutoras de DN 400 e DN 500 existentes, novas adutoras de DN 600 e DN 700, adutoras de DN 600 e DN 400 existentes e nova adutora DN 600. Será necessária a

execução de duas interligações às adutoras existentes em DN 400 e DN 500 mm, e substituição da rede de DN 400 em fibrocimento na Avenida Boqueirão;

• EBA 5: mantida da forma atual;

• EBA 6: mantida da forma atual;

• EBA 7: mantida da forma atual considerando ampliações realizadas recentemente para as novas demandas;

• R6/R6A/R7: nova adutora em DN 400 para atender a área dos macro- quarteirões;

• R6/R6A/R13: nova adutora em DN 250 para atender a área do Parque Igara;

• EBA 8: mantida da forma atual considerando implantação recente para abastecimento do reservatório R4;

• EBA 9: nova elevatória para abastecimento do reservatório R9;

• EBA 10: mantida da forma atual atendendo os reservatórios R11, R10 e R14, através da adutora de DN 500 existente, adutoras de DN 600 e DN 400

existentes e adutora DN 300 que abastece o R11. Será necessária a inclusão de válvulas controladoras de vazão nos reservatórios R11 e R10 em função da menor altitude destes em relação ao R14.

e) Reservação:

Deverá se ajustar ao novo arranjo dos setores de distribuição propostos e sofrer ação de curto e médio prazo para redução dos déficits existentes.

Como o sistema de abastecimento de água não mais fará parte do SICES – Sistema Integrado de Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul, não há motivo para manter denominação destas unidades em relação a esse sistema.

As unidades serão denominadas em função somente da sua participação no sistema de abastecimento de água de Canoas, a saber:

• Reservatório R1: reservatório apoiado de 2.500 m3 existente na ETA Niterói (antigo reservatório R4) com finalidade de acumulação da produção com nível médio na cota 1,50 metros;

• Reservatório R2: reservatório elevado de 1.500 m3 existente na ETA Niterói (antigo reservatório R5) com nível médio de abastecimento na cota 26 metros;

• Reservatório R3: reservatório apoiado de 3.000 m3 existente (antigo reservatório R21), com nível médio de abastecimento na cota 45 metros;

• Reservatório R4: reservatório elevado de 500 m3, com nível médio de abastecimento na cota 68 metros, antigo R21A;

• Reservatório R5: reservatório apoiado de 2.000 m3 existente (antigo reservatório R7) com nível médio de abastecimento na cota 46 metros;

• Reservatório R5A: reservatório apoiado de 2.250 m3 existente (antigo reservatório R23) com nível médio de abastecimento na cota 46 metros;

• Reservatório R6: reservatório elevado de 500 m3 existente (antigo reservatório R8) com nível médio de abastecimento na cota 62 metros;

• Reservatório R6A: reservatório elevado de 1.000 m3 com nível médio de abastecimento na cota 62 metros, antigo R8A;

• Reservatório R7: novo reservatório elevado de 1.000 m3 com nível médio de abastecimento na cota 57 metros;

• Reservatório R7: Nova área de abastecimento a ser atendida por reservatório elevado de 1.000 m3 (novo), composta pelas regiões da área denominada de macro-quarteirões a noroeste da cidade situadas entre as cotas 35 e 50

metros – nível médio de abastecimento 57 metros;

• Reservatório R8: reservatório apoiado de 2.500 m3 existente na ETA Rio Branco com finalidade de acumulação da produção com nível médio na cota 2,00 metros;

• Reservatório R9: novo reservatório elevado de 1.000 m3 com nível médio de abastecimento na cota 25 metros;

• Reservatório R10: reservatório apoiado de 3.000 m3 existente (antigo reservatório R9) com nível médio de abastecimento na cota 30 metros;

• Reservatório R11: novo reservatório elevado de 1.000 m3 com nível médio de abastecimento na cota 22 metros;

• Reservatório R12: reservatório elevado de 1.500 m3 existente (antigo reservatório R6 – 04 Taças) com nível médio de abastecimento na cota 53 metros;

• Reservatório R13: reservatório elevado de 500 m3 (existente – não operacional) com nível médio de abastecimento 50 metros;

• Reservatório R14: reservatório apoiado de 3.000 m3 existente (antigo reservatório R24) com nível médio de abastecimento na cota 34 metros;

A representação do sistema proposto esta apresentada no Mapa Setores de Distribuição cenário referencial e Sistema de Abastecimento de Água cenário referencial.

f) Distribuição:

Para distribuição é proposto a substituição das redes em fibrocimento e precárias no período de 20 anos, estabelecendo-se metas de substituição em três etapas.

Também deverá ser implantada macro medição nas unidades de bombeamento.

4.1.2.1. Novos Empreendimentos

A cidade de Canoas apresenta atualmente um número significativo de novos empreendimentos em diversas fases de implantação. O mapa 3-5 – Novos Empreendimentos – apresenta a localização da grande maioria dessas iniciativas.

Vale salientar que ainda existem outros empreendimentos em estágio de parcelamento do solo.

Pode-se observar no mapa o destaque de novos empreendimentos nos bairros de Estância Velha e Igara, ambos no quadrante Nordeste, que pertencerão ao setor de distribuição de água R3, que é abastecido pelo reservatório R3 (antigo R21) apoiado com volume de reservação de 3.000 m³ e elevatória EBA 8 com vazão de 105 l/s.

Cumpre também destacar grandes empreendimentos no bairro São José que serão abastecidos pelas estruturas pertencentes ao setor R5.

Os loteamentos Park e Central Park serão abastecidos pelas novas estruturas previstas para serem instaladas no setor R9 em curto prazo.

A matriz CDP, estudo que deu origem ao cenário referencial, considera a implantação dos novos empreendimentos na cidade de Canoas e como consequência prevê um crescimento populacional em nível de expansão urbana.

Com base nessas premissas e diante da análise de cada novo empreendimento diante de estruturas disponíveis e previstas, conclui-se que as projeções do cenário referencial, resultados de demandas e estruturas existentes contemplam os novos empreendimentos de Canoas projetando-se para horizonte de 20 anos.

4.1.2.2. Áreas de expansão

O Plano Diretor Urbano de Canoas estabelece limite de expansão urbana que está apresentado neste trabalho no mapa 04-05 - Áreas de Expansão Urbana.

Sobrepondo-se o sistema de abastecimento de água com os setores de distribuição do cenário referencial com as áreas do Plano Diretor, pode-se verificar que há áreas que extrapolam o limite externo dos setores.

Não considerando as áreas de transição ambiental e as unidades de conservação, as áreas excedentes estão denominadas áreas de expansão.

Essas áreas são objeto de estudo desde a etapa de definição da matriz CDP e estão consideradas nas projeções populacionais e de demandas. O possível crescimento urbano para essas áreas serão atendidos pelo sistema de abastecimento de água da cidade.

Grande parte da área de expansão localiza-se no quadrante Nordeste e Noroeste, sendo absorvidas pelo abastecimento dos setores R7 e R14.

Algumas áreas localizam-se no setor Sudeste, próximo à Base Aérea, sendo atendidas pelos setores R4 e R2. Ressalta-se que nessa região deve ser respeitado limite de altura em função do espaço aéreo, fator também considerado no estudo de condicionantes, deficiências e potencialidades.

4.1.2.3. Loteamentos Irregulares

Os loteamentos irregulares estão apresentados no mapa 05-05 - Loteamentos Irregulares. Dentre esses loteamentos há uma grande parcela que não conta com abastecimento publico de água tratada e deve ser enquadrado no sistema com o objetivo de garantir a saúde pública com 100 % de acesso ao saneamento à população de Canoas.

Os loteamentos irregulares são abordados no estudo da matriz CDP e estão a colaborar com a projeção de demanda calculada. Ao todo registram-se 122 ocupações irregulares, podendo-se observar grande concentração no quadrante Nordeste, mais especificamente no bairro Guajuviras. Ocorrem também unidades irregulares no bairro Xxxxxxx Xxxxx no quadrante Noroeste e no quadrante Sudoeste.

O estudo de demandas realizado com base no cenário referencial e com análise em toda a infraestrutura do SAA, prevê o atendimento desses loteamentos irregulares.

4.1.3. Projeção dos investimentos

Os custos decorrentes da implantação das estruturas necessárias foram estimados com base em custos de obras implantadas atualmente pela CORSAN.

a) Custos Unitários de Investimentos:

Para a determinação dos custos unitários das estruturas a serem implantadas, baseou-se nas experiências de obras que ocorreram e estão em implantação na cidade de Canoas, principalmente em decorrência do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e média de valores de projetos semelhantes na região.

Com isso obteve-se valores médios para implantação de obras como adutoras, elevatórias, reservatórios, redes de distribuição, instalações de macro e micromedição.

b) Resumo dos Investimentos:

Nas Tabelas 4.8 e 4.9 estão apresentados os resultados encontrados para todos os investimentos das unidades propostas nas etapas previstas para o sistema de abastecimento de água.

54

Tabela 4.8 – Dimensionamento e Composição do Investimento - Sistema de Abastecimento de Água

ITEM	SUBSISTEMA	SETOR	QUADRANTE	ETAPA	DN	EXTENSÃO (M)	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
ADUTORAS	NITERÓI	R3	NE	2ª	F°F°400	269	690,00	185.610,00
					F°F°500	266	960,00	255.360,00
					F°F°600	2.213	1.240,00	2.744.120,00
					F°F°700	400	1.400,00	560.000,00
		R6	NE	2ª	F°F°400	3.210	690,00	2.214.900,00
		R13	NE	1ª	PVC 250	2.138	210,00	448.980,00
	SUBTOTAL							6.408.970,00
	SUBSISTEMA	UNIDADE	QUADRANTE	ETAPA	POTÊNCIA (cv)	VAZÃO (L/s)	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
ELEVATÓRIAS	RIO BRANCO	EBA 9	SO	1ª	150	210	616.000,00	616.000,00
	SUBTOTAL							616.000,00
	SUBSISTEMA	UNIDADE	QUADRANTE	ETAPA	TIPO	VOLUME (M³)	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
RESERVATÓRIOS	RIO BRANCO	R 9	SO	1ª	ELEVADO	1.000	1.000.000,00	1.000.000,00
		R 15	NO	1ª	ELEVADO	1.000	1.000.000,00	1.000.000,00
		R 16	NE	2ª	ELEVADO	1.000	1.000.000,00	1.000.000,00
	SUBTOTAL							3.000.000,00
	SUBSISTEMA	SETOR	QUADRANTE	ETAPA	DN	EXTENSÃO (M)	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
REDES	RIO BRANCO	R9	SO	1ª	F°F°500	890	960,00	854.400,00
				1ª	F°F°400	1.000	690,00	690.000,00
				1ª	PVC 300	2.710	250,00	677.500,00
				1ª	PVC 250	6.730	210,00	1.413.300,00
				1ª	PVC 200	3.000	180,00	540.000,00
	SUBTOTAL							4.175.200,00
	SUBSTITUIÇÃO DE REDES		NO	1ª	VÁRIOS	103.750	110,00	00.000.000,00
			NO	2ª	VÁRIOS	20.750	110,00	2.282.500,00
			NE	2ª	VÁRIOS	83.000	110,00	9.130.000,00
			NE	3ª	VÁRIOS	59.800	110,00	6.578.000,00
			SE	3ª	VÁRIOS	79.730	110,00	8.770.300,00
			SO	3ª	VÁRIOS	67.970	110,00	7.476.700,00
	SUBTOTAL							45.650.000,00
	FINALIDADE		QUADRANTE	ETAPA	DN	QUANTIDADE	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
MACROMEDIÇÃO	MEDIÇÃO DE VAZÃO EBA's		SE	1ª	VÁRIOS	3	83.000,00	249.000,00
			SO	1ª	VÁRIOS	2	83.000,00	166.000,00
			NO	2ª	VÁRIOS	1	83.000,00	83.000,00
			NE	2ª	VÁRIOS	1	83.000,00	83.000,00
	SUBTOTAL							581.000,00
	FINALIDADE		QUADRANTE	ETAPA	DN	QUANTIDADE	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
MICROMEDIÇÃO	MEDIÇÃO DE VAZÃO HIDRÔMETROS		NO	1ª	VÁRIOS	20.285	800,00	00.000.000,00
			NO	2ª	VÁRIOS	4.057	800,00	3.245.600,00
			NE	2ª	VÁRIOS	16.228	800,00	12.982.400,00
			NE	3ª	VÁRIOS	11.692	800,00	9.353.600,00
			SE	3ª	VÁRIOS	15.589	800,00	12.471.200,00
			SO	3ª	VÁRIOS	13.289	800,00	00.000.000,00
	SUBTOTAL							64.912.000,00
TOTAL								125.343.170,00

55

Tabela 4.9 - Resumo Investimento por Quadrante - Sistema de Abastecimento de Água

UNIDADE	1ª ETAPA (2013 A 2017)				2ª ETAPA (2018 - 2022)				3ª ETAPA (2023 - 2032)				TOTAL
	NO	NE	SE	SO	NO	NE	SE	SO	NO	NE	SE	SO
ADUTORAS		448.980,00				5.959.990,00							6.408.970,00
ELEVATÓRIAS				616.000,00									616.000,00
RESERVATÓRIOS	1.000.000,00			1.000.000,00		1.000.000,00							3.000.000,00
REDES				4.175.200,00									4.175.200,00
SUBSTITUIÇÃO DE REDES	11.412.500,00				2.282.500,00	9.130.000,00				6.578.000,00	8.770.300,00	7.476.700,00	45.650.000,00
MACROMEDIÇÃO			249.000,00	166.000,00	83.000,00	83.000,00							581.000,00
MICROMEDIÇÃO	16.228.000,00				3.245.600,00	12.982.400,00				9.353.600,00	12.471.200,00	10.631.200,00	64.912.000,00
TOTAL (R$)	28.640.500,00	448.980,00	249.000,00	5.957.200,00	5.611.100,00	29.155.390,00				15.931.600,00	21.241.500,00	18.107.900,00	125.343.170,00
NO	28.640.500,00				5.611.100,00								34.251.600,00
NE		448.980,00				29.155.390,00				15.931.600,00			45.535.970,00
SE			249.000,00								21.241.500,00		21.490.500,00
SO				5.957.200,00								18.107.900,00	24.065.100,00
TOTAL ETAPA (R$)	35.295.680,00				34.766.490,00				55.281.000,00				125.343.170,00

Tabela 4.10 - Resumo Investimento - Sistema de Abastecimento de Água

UNIDADE	1ª ETAPA (2013 A 2017)	2ª ETAPA (2018 - 2022)	3ª ETAPA (2023 - 2032)	TOTAL
ADUTORAS	448.980,00	5.959.990,00	-	6.408.970,00
ELEVATÓRIAS	616.000,00	-	-	616.000,00
RESERVATÓRIOS	2.000.000,00	1.000.000,00	-	3.000.000,00
REDES	4.175.200,00	-	-	4.175.200,00
SUBSTITUIÇÃO DE REDES	11.412.500,00	00.000.000,00	00.000.000,00	00.000.000,00
MACROMEDIÇÃO	415.000,00	166.000,00	-	581.000,00
MICROMEDIÇÃO	16.228.000,00	00.000.000,00	00.000.000,00	00.000.000,00
TOTAL (R$)	35.295.680,00	34.766.490,00	00.000.000,00	000.000.000,00

4.1.4. Peças Gráficas

A seguir estão apresentados os mapas referentes ao prognóstico do sistema de abastecimento de água.

• 01 – 05 Setores de distribuição de água para o cenário referencial

• 02 – 05 Sistema de distribuição de água para o cenário referencial

• 03 – 05 Novos empreendimentos setores de cenário referencial

• 04 – 05 Áreas de expansão setores de cenário referencial

• 05 – 05 Loteamentos irregulares com limite de setores do cenário referencial

4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário

O prognóstico do SES foi norteado pelas intervenções necessárias para a melhoria das condições de vida da população, buscando o objetivo de prevenir a ocorrência das doenças de veiculação hídrica e promovendo a melhoria das condições sanitárias da população.

Conforme descrito anteriormente no item dos cenários de expansão, as demandas e projeções definidas a partir da Matriz CDP tiveram como base as deficiências diagnosticadas e a constatação das deficiências dos serviços públicos prestados. Contudo, o prognóstico dos serviços de esgotamento sanitário previu a intervenção nas seguintes estruturas:

• Rede de coleta do sistema público;

• Coletores troncos e interceptores;

• Estações de bombeamento;

• Linhas de recalque;

• Ligações prediais de esgotamento sanitário;

• Ampliação do Sistema de Tratamento de Esgoto.

4.2.1 Características atuais e projeções de atendimento

Para o prognóstico do sistema de esgotamento sanitário foram utilizados os seguintes critérios e dados:

• Índice atual de cobertura da rede coletora: 27,56 % (229.547 m)

• Índice atual de atendimento pela ETE: 35,02 % (205,01 l/s)

• Índice de ligações de esgoto: 34,69% (28.151 ligações)

• Taxa de infiltração tratamento– qi (L/s.m): 0,0002

• Taxa de infiltração redes e coletores – qi (L/s.m): 0,0005

• Taxa de ocupação (hab/econ.): 3,12

• Relação ligação/economia: ~76,67%

Com base nas estruturas existentes e em projeções de contribuições serão avaliadas as unidades componentes do sistema de esgotamento sanitário, visando determinar a adequabilidade das mesmas em função das vazões e cargas previstas ou ainda de suas condições operacionais e de instalações físicas.

4.2.1.1 Projeção do prognóstico

Para a avaliação da compatibilidade das unidades existentes frente às contribuições estabelecidas pelo Cenário Referencial, elaborou-se a projeção do referido cenário com base nos parâmetros operacionais do sistema e na expansão do crescimento populacional. Inicialmente foi elaborada a projeção de população de cada

bacia e do sistema com base na população residente no ano 2010.

Determinada à população de cada bacia no ano de 2010, a população foi projetada empregando as taxas geométricas determinadas ano a ano, em função do cenário de expansão, o qual previu taxas de crescimento anual equivalentes a 0,98%, ou seja:

 KG (A−A1)

P = P1∗ 1+ 100 

 

Sendo:

KG	=	taxa de crescimento geométrico – método logístico
P1	=	população ano anterior
P	=	população a determinar
A1	=	ano anterior
A	=	ano da população a determinar

Na seqüência foi elaborada a projeção de contribuições por bacia hidrossanitária e para o sistema, em que as vazões foram determinadas para absorver tanto as contribuições dos novos empreendimentos, como para os loteamentos irregulares e e zonas de expansão urbana, onde:

L	=	estimativa da rede coletora requerida;
QM	=	Vazão Média

QM = C ∗P ∗ q + TI∗L 86.400

Com esta modelagem, a vazão média do prognóstico pode ser estimada para cada bacia hidrossanitária e para as etapas de implantação do Plano Municipal de Saneamento.

4.2.1.2 Dimensionamento das unidades

A definição do prognóstico a ser avaliado e os paradigmas para implantação e operação do sistema ao longo do horizonte de 20 anos, determinou o dimensionamento das estruturas, de modo a estabelecer-se base para levantamento dos custos de implantação.

a) Sistema Coletor:

O sistema coletor foi definido como sendo composto pelas seguintes unidades:

• Coletores troncos e interceptores;

• Emissários por recalque;

• Elevatórias;

• Ligações prediais.

Para o dimensionamento das unidades, extraíram-se algumas informações das estimativas de contribuições.

b) Coletores Troncos por Gravidade:

Os coletores troncos foram dimensionados de acordo com as vazões a esgotar e os desníveis naturais existentes, adotando-se os seguintes critérios:

 Q 0,375

D = 1.000 ×          

 21,57823 ×I0,5 

 

I = DH

L

Sendo:

DH = Desnível, m

L = extensão do trecho, m

c) Elevatórias:

As elevatórias foram dimensionadas de acordo com as vazões a esgotar e desníveis a vencer, adotando-se os seguintes critérios:

• Perda de Carga:

10,65 × Q1,85 ×L

hf =

C1,85

×D4,87

Sendo:

Q	=	Vazão a esgotar, m³/s
L	=	extensão do emissário, m
C	=	coeficiente de rugosidade, C = 130
D	=	Diâmetro de emissário, m

• Potência:

BHP = Q × AMT

75 × n

Sendo:

Q = Vazão a esgotar, l/s

AMT = altura manométrica, mca

N = rendimento da bomba, n = 50%

d) Emissário por Recalque:

Emissários por Recalque, dimensionados de acordo com as vazões a esgotar, adotando-se os seguintes critérios:

D = 1.000 ×K × Q0,5

Sendo:

D	=	Diâmetro de cálculo, mm
Q	=	Vazão a esgotar, m³/s
K	=	Coeficiente, K =1,0

e) Ligações Prediais:

Ligações Prediais, estimadas de acordo com a projeção de economias atual, adotando-se os seguintes critérios:

• Ligações = Número de economias * taxa de ligações por economia

• Taxa de ligação por economia = 0,705

Cabe destacar que o cenário referencial definiu um acréscimo de 10% da população de final de plano, inicialmente estabelecido pelos métodos de projeção populacional na etapa do diagnóstico, resultando uma taxa média anual de aproximadamente 0,98% a.a. e na população de 330.176 habitantes em 2012 e 400.932 habitantes no ano de 2032.

O quadro 4.1 apresentado a seguir, demonstra a nova projeção populacional definida pelo cenário referencial.

Do ponto de vista da cobertura das redes coletoras de esgotamento sanitário, salienta-se que Canoas tem 229.547 m de rede coletora, sendo 142.500 m já implantadas e 87.047 m em fase de conclusão com as obras do PAC II.

Considerando que o PLAMSAB prevê a universalização dos serviços de coleta e afastamento, deverão ser executados ainda 603.488 m de rede coletora ao longo do horizonte de 20 anos.

No quadro 4.2 está apresentada a extensão de rede existente e a extensão de rede a ser implantada por bacia e por Quadrante.

Em continuação, será apresentado os quadros 4.3 a 4.8, as condições de atendimento estabelecidas para o cenário referencial, atendendo as projeções e critérios estabelecidos pelo prognóstico.

61

Quadro 4.1 – Cenário Referencial: População por bacia

ANO	TOTAL (HAB)	TAXA (% AA)	BACIA HIDROSSANITÁRIA
			B 1	B 2	B 3	B 4	B 5	B 6	B 7	B 8	B 9	B 10	B 11	B 12	B 13	B 14	B 15	B 16	B 17	B 18	B 19
2010	323.827	-	7.814	5.358	838	2.870	47.547	2.413	11.155	21.011	10.019	10.172	23.089	29.434	3.205	5.827	3.866	99.234	5.188	27.133	7.654
2011	326.986	0,98	7.890	5.410	846	2.897	48.010	2.436	11.263	21.215	10.116	10.271	23.314	29.721	3.245	5.883	3.903	100.202	5.238	27.397	7.729
2012	330.176	0,98	7.966	5.462	854	2.925	48.478	2.459	11.372	21.421	10.214	10.371	23.541	30.010	3.286	5.940	3.941	101.179	5.289	27.664	7.804
2013	333.397	0,98	8.043	5.515	862	2.953	48.950	2.482	11.482	21.629	10.313	10.472	23.770	30.302	3.328	5.997	3.979	102.166	5.340	27.933	7.881
2014	336.650	0,98	8.121	5.568	870	2.981	49.427	2.506	11.594	21.840	10.413	10.574	24.001	30.597	3.369	6.055	4.017	103.162	5.392	28.205	7.958
2015	339.934	0,98	8.200	5.622	878	3.010	49.909	2.530	11.707	22.053	10.514	10.677	24.235	30.895	3.407	6.114	4.056	104.168	5.444	28.480	8.035
2016	343.250	0,98	8.279	5.676	886	3.039	50.395	2.554	11.821	22.268	10.616	10.781	24.471	31.196	3.448	6.173	4.095	105.184	5.497	28.757	8.114
2017	346.599	0,98	8.359	5.731	894	3.068	50.886	2.578	11.936	22.485	10.719	10.886	24.709	31.500	3.491	6.233	4.134	106.210	5.550	29.037	8.193
2018	349.980	0,98	8.440	5.786	902	3.097	51.382	2.603	12.052	22.704	10.823	10.992	24.950	31.807	3.532	6.293	4.174	107.246	5.604	29.320	8.273
2019	353.394	0,98	8.522	5.842	910	3.127	51.883	2.628	12.169	22.925	10.928	11.099	25.193	32.117	3.574	6.354	4.214	108.292	5.658	29.606	8.353
2020	356.842	0,98	8.605	5.898	918	3.157	52.389	2.653	12.287	23.148	11.034	11.207	25.438	32.430	3.618	6.415	4.255	109.348	5.713	29.894	8.435
2021	360.323	0,98	8.688	5.955	926	3.187	52.900	2.678	12.406	23.373	11.141	11.316	25.686	32.746	3.664	6.477	4.296	110.414	5.768	30.185	8.517
2022	363.838	0,98	8.772	6.013	935	3.218	53.416	2.704	12.527	23.601	11.249	11.426	25.936	33.065	3.705	6.540	4.337	111.491	5.824	30.479	8.600
2023	367.388	0,98	8.857	6.071	944	3.249	53.937	2.730	12.649	23.831	11.358	11.537	26.189	33.387	3.749	6.603	4.379	112.578	5.880	30.776	8.684
2024	370.972	0,98	8.943	6.130	953	3.280	54.463	2.756	12.772	24.063	11.468	11.649	26.444	33.712	3.794	6.667	4.421	113.676	5.937	31.076	8.768
2025	374.591	0,98	9.030	6.189	962	3.311	54.994	2.782	12.896	24.297	11.579	11.762	26.701	34.040	3.842	6.732	4.464	114.784	5.994	31.379	8.853
2026	378.245	0,98	9.118	6.249	971	3.343	55.530	2.809	13.021	24.534	11.691	11.876	26.961	34.372	3.887	6.797	4.507	115.903	6.052	31.685	8.939
2027	381.935	0,98	9.206	6.309	980	3.375	56.071	2.836	13.148	24.773	11.805	11.991	27.224	34.707	3.933	6.863	4.550	117.033	6.111	31.994	9.026
2028	385.661	0,98	9.295	6.370	989	3.407	56.618	2.863	13.276	25.014	11.920	12.107	27.489	35.045	3.981	6.929	4.594	118.174	6.170	32.306	9.114
2029	389.424	0,98	9.385	6.432	998	3.440	57.170	2.890	13.405	25.258	12.036	12.225	27.757	35.386	4.028	6.996	4.638	119.326	6.230	32.621	9.203
2030	393.223	0,98	9.476	6.494	1.007	3.473	57.727	2.918	13.535	25.504	12.153	12.344	28.027	35.731	4.075	7.064	4.683	120.490	6.290	32.939	9.293
2031	397.059	0,98	9.568	6.557	1.016	3.506	58.290	2.946	13.667	25.752	12.271	12.464	28.300	36.079	4.124	7.132	4.728	121.665	6.351	33.260	9.383
2032	400.932	0,98	9.661	6.620	1.025	3.540	58.858	2.974	13.800	26.003	12.390	12.585	28.576	36.430	4.173	7.201	4.774	122.851	6.412	33.584	9.475

Quadro 4.2 – Cenário Referencial: Redes existentes e a executar por bacia

BACIA HIDROSSANITÁRIA	REDE EXISTENTE (m)	REDE A EXECUTAR (m)	TOTAL DE REDE (m)
B 1	0,00	8.200	8.200
B 2	0,00	8.700	8.700
B 3	0,00	4.200	4.200
B 4	0,00	3.800	3.800
B 5	0,00	103.500	103.500
B 6	0,00	5.200	5.200
B 7	15.000	11.100	26.100
B 8	30.000	24.100	54.100
B 9	16.000	0,00	16.000
B 10	19.600	14.000	33.600
B 11	39.812	13.088	52.900
B 12	41.000	56.900	97.900
B 13	7.633	0,00	7.633
B 14	0,00	21.600	21.600
B 15	14.102	0,00	14.102
B 16	12.000	239.400	251.400
B 17	0,00	75.700	75.700
B 18	26.900	6.500	33.400
B 19	7.500	7.500	15.000
TOTAL	229.547	603.488	833.035

Quadro 4.3 – Cenário Referencial: Vazões médias contribuintes

CONTRIBUIÇÃO DOMÉSTICA
BACIA	ÁREA	POPULAÇÃO (hab)		EXT. REDE	VAZÃO MÉDIA (l/s)
	(Ha)	INICIAL	FINAL	m	INICIAL	FINAL
B 1	82	7.814	9.661	8.200	12,49	19,53
B 2	87	5.358	6.620	8.700	9,18	14,00
B 3	42	838	1.025	4.200	2,00	2,74
B 4	38	2.870	3.540	3.800	4,75	7,32
B 5	1.035	47.547	58.858	103.500	86,74	129,70
B 6	52	2.413	2.974	5.200	4,39	6,55
B 7	261	11.155	13.800	26.100	20,71	30,78
B 8	541	21.011	26.003	54.100	40,00	58,97
B 9	160	10.019	12.390	16.000	17,12	26,14
B 10	196	10.172	12.585	33.600	20,85	30,03
B 11	529	23.089	28.576	52.900	42,65	63,50
B 12	979	29.434	36.430	97.900	60,46	87,04
B 13	75	3.205	4.173	7.633	5,98	9,26
B 14	216	5.827	7.201	21.600	12,41	17,66
B 15	134	3.866	4.774	14.102	8,19	11,66
B 16	2.514	99.234	122.851	251.400	188,11	277,78
B 17	757	5.188	6.412	75.700	22,35	27,01
B 18	269,00	27.133	33.584	33.400	44,36	68,87
B 19	75,00	7.654	9.475	15.000	13,63	20,55
TOTAL	8.042	323.827	400.932	833.035	616,37	909,07
SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS DE CANOAS

Quadro 4.4 – Cenário Referencial: Cargas Geradas

CONTRIBUIÇÃO DOMÉSTICA
BACIA	CARGA (kgDBO/DIA)		VAZÃO MÉDIA (l/s)		CONCENTRAÇÃO (mg/L)
	INICIAL	FINAL	INICIAL	FINAL	INICIAL	FINAL
B 1	421,96	521,69	12,49	19,53	390,93	309,16
B 2	289,33	357,48	9,18	14,00	364,72	295,55
B 3	45,25	55,35	2,00	2,74	261,37	233,96
B 4	154,98	191,16	4,75	7,32	377,94	302,44
B 5	2.567,54	3.178,33	86,74	129,70	342,61	283,63
B 6	130,30	160,60	4,39	6,55	343,43	283,89
B 7	602,37	745,20	20,71	30,78	336,59	280,25
B 8	1.134,59	1.404,16	40,00	58,97	328,28	275,58
B 9	541,03	669,06	17,12	26,14	365,86	296,19
B 10	549,29	679,59	20,85	30,03	304,95	261,96
B 11	1.246,81	1.543,10	42,65	63,50	338,37	281,27
B 12	1.589,44	1.967,22	60,46	87,04	304,27	261,58
B 13	173,07	225,36	5,98	9,26	335,08	281,83
B 14	314,66	388,85	12,41	17,66	293,39	254,92
B 15	208,76	257,80	8,19	11,66	295,03	255,87
B 16	5.358,64	6.633,95	188,11	277,78	329,72	276,41
B 17	280,15	346,25	22,35	27,01	145,11	148,35
B 18	1.465,18	1.813,54	44,36	68,87	382,24	304,77
B 19	413,32	511,65	13,63	20,55	350,96	288,22
TOTAL	17.486,66	21.650,35	616,37	909,07	328,36	275,65
SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS DE CANOAS

65

Quadro 4.5 – Cenário Referencial: Extensão de rede coletora (m) e percentual de cobertura das redes

ANO	B 1	B 2	B 3	B 4	B 5	B 6	B 7	B 8	B 9	B 10	B 11	B 12	B 13	B 14	B 15	B 16	B 17	B 18	B 19	TOTAL	% COBERTURA
ATUAL							15.000	30.000	16.000	19.600	39.812	41.000	7.633		14.102	12.000		26.900	7.500	229.547	27,56
2013							15.000	30.000	16.000	19.600	39.812	41.000	7.633		14.102	12.000		26.900	7.500	229.547	27,56
2014							15.000	30.000	16.000	19.600	39.812	41.000	7.633		14.102	12.000		26.900	7.500	229.547	27,56
2015							15.000	30.000	16.000	19.600	39.812	41.000	7.633		14.102	12.000		26.900	7.500	229.547	27,56
2016							15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633		14.102	251.400		26.900	7.500	507.047	60,87
2017							15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633		14.102	251.400		26.900	7.500	507.047	60,87
2018	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2019	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2020	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2021	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2022	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2023	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2024	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2025	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2026	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2027	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500		15.000	54.100	16.000	33.600	39.812	41.000	7.633	21.600	14.102	251.400		33.400	15.000	671.047	80,55
2028	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500	5.200	26.100	54.100	16.000	33.600	52.900	97.900	7.633	21.600	14.102	251.400	75.700	33.400	15.000	833.035	100,00
2029	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500	5.200	26.100	54.100	16.000	33.600	52.900	97.900	7.633	21.600	14.102	251.400	75.700	33.400	15.000	833.035	100,00
2030	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500	5.200	26.100	54.100	16.000	33.600	52.900	97.900	7.633	21.600	14.102	251.400	75.700	33.400	15.000	833.035	100,00
2031	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500	5.200	26.100	54.100	16.000	33.600	52.900	97.900	7.633	21.600	14.102	251.400	75.700	33.400	15.000	833.035	100,00
2032	8.200	8.700	4.200	3.800	103.500	5.200	26.100	54.100	16.000	33.600	52.900	97.900	7.633	21.600	14.102	251.400	75.700	33.400	15.000	833.035	100,00

66

Quadro 4.6 – Cenário Referencial: Vazão doméstica média (l/s) e percentual de esgoto tratado (%)

ANO	B 1	B 2	B 3	B 4	B 5	B 6	B 7	B 8	B 9	B 10	B 11	B 12	B 13	B 14	B 15	B 16	B 17	B 18	B 19	TOTAL	% TRATADO
ATUAL							13,55	27,10	17,39	17,70	35,95	37,03	6,09		8,30	10,84		24,29	6,77	205,01	32,79
2013							18,95	36,04	17,52	18,46	40,98	50,29	6,15		8,35	144,30		44,18	12,45	397,65	63,15
2014							20,71	39,37	19,11	20,07	44,63	54,95	6,67		8,96	160,01		48,47	13,66	436,61	64,12
2015							20,89	39,69	19,26	20,23	44,99	55,40	6,73		9,02	161,55		48,89	13,78	440,42	64,21
2016							21,06	44,84	19,42	23,19	45,35	55,86	6,79		9,08	210,98		49,31	13,90	499,78	72,33
2017							21,24	45,17	19,58	23,35	45,71	56,33	6,86		9,14	212,55		49,74	14,02	503,67	72,35
2018	14,53	10,58	2,22	5,49	99,20		21,41	45,51	19,74	23,51	46,08	56,79	6,92	13,93	9,20	214,13		51,47	15,64	656,36	93,59
2019	15,84	11,48	2,36	5,97	107,17		23,28	49,03	21,41	25,22	49,95	61,73	7,48	14,91	9,84	230,77		56,02	16,92	709,39	93,88
2020	15,98	11,57	2,37	6,02	108,02		23,48	49,40	21,59	25,40	50,36	62,25	7,56	15,01	9,91	232,53		56,50	17,06	715,00	93,91
2021	16,12	11,67	2,38	6,07	108,87		23,68	49,78	21,77	25,58	50,77	62,78	7,63	15,12	9,98	234,30		56,99	17,20	720,67	93,94
2022	16,26	11,76	2,40	6,12	109,73		23,88	50,16	21,95	25,76	51,19	63,31	7,70	15,22	10,05	236,10		57,48	17,33	726,39	93,97
2023	16,40	11,86	2,41	6,18	110,60		24,08	50,54	22,13	25,95	51,61	63,85	7,77	15,33	10,12	237,91		57,97	17,47	732,17	94,00
2024	17,37	12,52	2,52	6,53	116,51		25,47	53,15	23,38	27,21	54,48	67,51	8,20	16,05	10,60	250,27		61,35	18,43	771,55	94,18
2025	17,53	12,63	2,53	6,58	117,45		25,69	53,56	23,57	27,41	54,94	68,09	8,29	16,16	10,67	252,21		61,88	18,57	777,77	94,21
2026	17,68	12,73	2,55	6,64	118,39		25,91	53,98	23,77	27,61	55,39	68,67	8,37	16,28	10,75	254,18		62,42	18,73	784,05	94,23
2027	17,84	12,84	2,56	6,70	119,34		26,13	54,40	23,97	27,82	55,86	69,26	8,45	16,39	10,83	256,17		62,97	18,88	790,39	94,26
2028	17,99	12,95	2,58	6,75	120,31	6,08	28,58	54,83	24,17	28,02	58,94	81,23	8,53	16,51	10,90	258,18	25,99	63,51	19,03	845,09	100,00
2029	19,02	13,65	2,69	7,13	126,57	6,39	30,04	57,59	25,49	29,36	61,98	85,11	8,99	17,28	11,41	271,25	26,68	67,09	20,04	887,76	100,00
2030	19,19	13,77	2,70	7,19	127,60	6,44	30,28	58,05	25,71	29,58	62,48	85,75	9,07	17,40	11,49	273,41	26,79	67,68	20,21	894,80	100,00
2031	19,36	13,88	2,72	7,25	128,64	6,50	30,53	58,51	25,92	29,80	62,99	86,39	9,16	17,53	11,58	275,59	26,90	68,27	20,38	901,90	100,00
2032	19,53	14,00	2,74	7,32	129,70	6,55	30,78	58,97	26,14	30,03	63,50	87,04	9,26	17,66	11,66	277,78	27,01	68,87	20,55	909,07	100,00

67

Quadro 4.7 – Cenário Referencial: Vazão doméstica máxima (l/s)

ANO	B 1	B 2	B 3	B 4	B 5	B 6	B 7	B 8	B 9	B 10	B 11	B 12	B 13	B 14	B 15	B 16	B 17	B 18	B 19	TOTAL
ATUAL							35,93	68,55	33,54	35,73	78,76	95,53	12,03		16,90	258,95		82,61	23,26	741,78
2013							36,21	69,07	33,78	35,98	79,33	96,26	12,14		17,00	261,42		83,28	23,45	747,91
2014							39,38	75,06	36,64	38,88	85,91	104,64	13,08		18,10	289,70		91,01	25,63	818,03
2015							39,69	75,65	36,91	39,16	86,55	105,46	13,19		18,21	292,46		91,77	25,85	824,90
2016							40,01	88,29	37,19	46,45	87,20	106,29	13,30		18,31	414,96		92,53	26,06	970,59
2017	22,99	15,76	2,46	8,44	139,94		40,32	88,88	37,48	46,74	87,86	107,13	13,42		18,42	417,78		93,30	26,28	1.167,18
2018	27,31	20,26	4,58	10,42	193,05		40,64	89,49	37,76	47,03	88,52	107,97	13,53	28,11	18,53	420,63		97,33	30,25	1.275,40
2019	29,67	21,88	4,83	11,28	207,40		44,01	95,83	40,78	50,10	95,49	116,85	14,54	29,86	19,69	450,58		105,52	32,56	1.370,85
2020	29,92	22,04	4,85	11,37	208,92		44,36	96,49	41,10	50,42	96,22	117,79	14,67	30,05	19,82	453,74		106,38	32,81	1.380,95
2021	30,16	22,22	4,88	11,46	210,45		44,72	97,17	41,42	50,75	96,96	118,74	14,81	30,23	19,94	456,94		107,26	33,05	1.391,15
2022	30,42	22,39	4,91	11,55	212,00		45,08	97,85	41,75	51,08	97,71	119,70	14,93	30,42	20,06	460,17		108,14	33,30	1.401,45
2023	30,67	22,56	4,93	11,65	213,56		45,45	98,54	42,07	51,41	98,47	120,66	15,06	30,61	20,19	463,43		109,03	33,55	1.411,86
2024	32,42	23,76	5,12	12,29	224,22		47,94	103,25	44,32	53,69	103,65	127,25	15,83	31,91	21,05	485,67		115,11	35,27	1.482,74
2025	32,70	23,95	5,15	12,38	225,90		48,34	103,99	44,67	54,05	104,46	128,29	15,98	32,12	21,19	489,18		116,07	35,53	1.493,94
2026	32,97	24,14	5,17	12,49	227,60		48,73	104,74	45,02	54,41	105,28	129,34	16,13	32,32	21,32	492,73		117,04	35,81	1.505,24
2027	33,25	24,33	5,20	12,59	229,31		49,14	105,50	45,38	54,77	106,12	130,41	16,27	32,53	21,46	496,30		118,01	36,08	1.516,65
2028	33,53	24,52	5,23	12,69	231,04	11,67	55,09	106,26	45,75	55,14	113,50	159,93	16,42	32,74	21,60	499,92	57,39	119,00	36,36	1.637,78
2029	35,38	25,79	5,43	13,37	242,32	12,23	57,73	111,24	48,12	57,55	118,97	166,90	17,24	34,12	22,51	523,45	58,62	125,44	38,18	1.714,60
2030	35,69	26,00	5,46	13,48	244,17	12,33	58,17	112,06	48,51	57,95	119,87	168,05	17,40	34,35	22,66	527,33	58,82	126,50	38,48	1.727,26
2031	35,99	26,21	5,49	13,59	246,05	12,42	58,61	112,89	48,90	58,35	120,78	169,21	17,56	34,57	22,81	531,25	59,02	127,57	38,78	1.740,05
2032	36,30	26,42	5,52	13,70	247,94	12,51	59,05	113,73	49,30	58,75	121,70	170,38	17,73	34,80	22,96	535,20	59,22	128,65	39,08	1.752,96

68

Quadro 4.8 - Cenário Referencial: Número de ligações prediais e percentual de atendimento (%)

ANO	TOTAL ÁGUA	TOTAL ESGOTO	BACIA HIDROSSANITÁRIA																			% LIGAÇÕES
			B 1	B 2	B 3	B 4	B 5	B 6	B 7	B 8	B 9	B 10	B 11	B 12	B 13	B 14	B 15	B 16	B 17	B 18	B 19
ATUAL	81.140	28.151							1.866	3.733	2.510	2.439	4.953	5.101	808		968	1.493		3.347	933	34,69
2013	81.932	28.428							1.884	3.769	2.534	2.463	5.001	5.151	818		978	1.508		3.380	942	34,70
2014	82.731	28.708							1.903	3.806	2.559	2.487	5.050	5.201	828		987	1.523		3.413	951	34,70
2015	83.538	28.988							1.921	3.843	2.584	2.511	5.099	5.252	837		997	1.538		3.446	960	34,70
2016	84.353	55.273							1.940	5.472	2.609	2.649	5.149	5.303	847		1.006	25.849		3.480	969	65,53
2017	85.176	55.815							1.959	5.526	2.634	2.675	5.199	5.355	858		1.016	26.101		3.514	978	65,53
2018	86.007	79.714	2.074	1.422	222	761	12.627		1.978	5.579	2.660	2.701	5.250	5.407	868	1.546	1.026	26.355		7.205	2.033	92,68
2019	86.846	80.495	2.094	1.436	224	768	12.750		1.997	5.634	2.686	2.728	5.301	5.460	878	1.561	1.036	26.613		7.276	2.053	92,69
2020	87.693	81.280	2.115	1.449	226	776	12.874		2.017	5.689	2.712	2.754	5.353	5.513	889	1.576	1.046	26.872		7.346	2.073	92,69
2021	88.549	82.073	2.135	1.463	228	783	13.000		2.036	5.744	2.738	2.781	5.405	5.567	900	1.592	1.056	27.134		7.418	2.093	92,69
2022	89.412	82.876	2.156	1.478	230	791	13.127		2.056	5.800	2.764	2.808	5.458	5.621	911	1.607	1.066	27.399		7.490	2.113	92,69
2023	90.285	83.682	2.177	1.492	232	798	13.255		2.076	5.856	2.791	2.835	5.511	5.676	921	1.623	1.076	27.666		7.563	2.134	92,69
2024	91.165	84.498	2.198	1.506	234	806	13.384		2.097	5.913	2.818	2.863	5.565	5.731	932	1.638	1.086	27.936		7.637	2.155	92,69
2025	92.055	85.325	2.219	1.521	236	814	13.515		2.117	5.971	2.846	2.890	5.619	5.787	944	1.654	1.097	28.208		7.711	2.176	92,69
2026	92.953	86.158	2.241	1.536	239	822	13.646		2.138	6.029	2.873	2.918	5.674	5.843	955	1.670	1.108	28.483		7.787	2.197	92,69
2027	93.860	86.998	2.262	1.550	241	829	13.779		2.159	6.088	2.901	2.947	5.729	5.900	967	1.687	1.118	28.761		7.862	2.218	92,69
2028	94.775	94.774	2.284	1.565	243	837	13.914	704	3.263	6.147	2.929	2.975	6.755	8.612	978	1.703	1.129	29.041	1.516	7.939	2.240	100,00
2029	95.700	95.699	2.306	1.581	245	845	14.049	710	3.294	6.207	2.958	3.004	6.821	8.696	990	1.719	1.140	29.324	1.531	8.017	2.262	100,00
2030	96.634	96.634	2.329	1.596	247	853	14.186	717	3.326	6.268	2.987	3.034	6.888	8.781	1.001	1.736	1.151	29.610	1.546	8.095	2.284	100,00
2031	97.576	97.577	2.351	1.611	250	862	14.325	724	3.359	6.328	3.016	3.063	6.955	8.866	1.013	1.753	1.162	29.899	1.561	8.174	2.306	100,00
2032	98.528	98.529	2.374	1.627	252	870	14.464	731	3.391	6.390	3.045	3.093	7.022	8.953	1.026	1.770	1.173	30.190	1.576	8.253	2.328	100,00

4.2.2 Intervenções previstas

As intervenções e obras previstas indicadas pela Matriz CDP abrangeram as redes coletoras, os coletores troncos e interceptores, estações de bombeamento, linhas de recalque, ligações de esgoto e estação de tratamento, sendo cada uma delas definidas pelos quadrantes, conforme demonstram as informações contidas nos quadros 4.9 a 4.12.

Quadro 4.9 - Cenário Referencial: Extensão de rede e ligações a executar

METAS	BACIA	QUADRANTE	HORIZONTE		EXT. REDE (m)	LIGAÇÕES
			INICIAL	FINAL
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 8	NE	2013	2017	20.244	1.368
		NO			964	65
		SO			2.892	195
	B 10	SE			14.000	138
	B 16	NO			193.914	19.692
		SO			45.486	4.619
	SUBTOTAL				277.500	26.077
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B1	SE	2018	2022	8.200	2.074
	B2				8.700	1.422
	B3	SO			4.200	222
	B4				3.800	761
	B5	SE			18.630	2.273
		SO			84.870	10.354
	B14	NE			21.600	1.546
	B18				6.500	3.691
	B19				7.500	1.055
	SUBTOTAL				164.000	23.398
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B6	SO	2023	2032	5.200	704
	B7	SE			9.435	938
		SO			1.665	166
	B11	NE			13.088	1.026
	B12	NE			53.486	2.549
		NO			569	27
		SO			2.845	136
	B17	NE			75.700	1.516
	SUBTOTAL				161.988	7.062
TOTAL					603.488	56.538

69

70

Quadro 4.10 - Cenário Referencial: Dimensionamento dos coletores troncos

METAS	BACIA	QUADRANTE	UNIDADE	DESNÍVEL (m)	EXT. (m)	DECLIVIDADE (m/m)			VAZÃO (l/s)	DIÂMETRO (mm) ADOTADO
						NATURAL	MÍNIMA	ADOTADA
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 16	NO	CT 16A	2,00	1.102	0,00181	0,00048	0,00181	214,08	000
			XX 00X	2,00	941	0,00213	0,00036	0,00036	401,40	000
			XX 00X	3,00	1.098	0,00273	0,00053	0,00273	174,31	000
			XX 00X	3,00	1.192	0,00252	0,00047	0,00252	227,83	500
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 0	XX	XX 0	5,00	910	0,00549	0,00129	0,00549	26,42	000
	X 0	XX	XX 4	5,00	745	0,00671	0,00175	0,00671	13,70	000
	X 0	XX	XX 5.1	5,00	170	0,02941	0,00183	0,02941	12,51	000
		XX	XX 5.2	5,00	840	0,00595	0,00086	0,00595	61,99	000
			XX 0X	10,00	1.936	0,00517	0,00086	0,00517	61,99	000
			XX 0X	2,00	286	0,00699	0,00069	0,00069	98,29	000
		XX	XX 0X	2,00	414	0,00483	0,00053	0,00483	174,29	500
			CT 5D	2,00	361	0,00554	0,00047	0,00554	229,40	000
			XX 0X	1,00	311	0,00322	0,00039	0,00322	329,88	600

71

Quadro 4.11 - Cenário Referencial: Dimensionamento das estações elevatórias

METAS	BACIA	QUADRANTE	ELE	VAZÃO (l/s)	XXXXXXXXXXX (x)	XXXXXXXX (x)	XXXXXXXX (xx)	XXXXX XX XXXXX (x)	XXXXXXXX (cv) ADOTADA
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 16	NE	ELE 14	80,28	1.705	5	300	8,7	50
			ELE 15	53,52	1.144	5	250	6,9	20
			ELE 16	107,04	1.070	5	400	2,7	25
			ELE 17	214,08	513	5	500	2,3	50
			ELE 18	401,40	1.493	5	700	3,2	100
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 1	SE	ELE 2	36,30	520	5	200	5,1	10
	B 3	SO	ELE 6	5,52	1.175	5	100	8,1	5
	B5	SE	ELE 1	124,71	350	15	400	1,8	100
		SO	ELE 3	311,61	1.547	12	600	4,1	150
			ELE 5	61,99	989	5	250	8,1	25
	B 14	NE	ELE 13	34,80	1.250	10	200	9,6	20
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B 6	SO	ELE 4	12,51	547	5	150	2,7	5
	B 17	NE	ELE 20	59,22	2.640	15	250	17,3	75

72

Quadro 4.12 - Cenário Referencial: Dimensionamento dos emissários por recalque

METAS	BACIA	QUADRANTE	EMISSÁRIO	VAZÃO (l/s)	VELOCIDADE (m/s)	COMPRIMENTO (m)	DIÂMETRO (mm) ADOTADO
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 16	NE	EM 14	80,28	1,14	1.705	300
			EM 15	53,52	1,09	1.144	250
			EM 16	107,04	0,85	1.070	400
			EM 17	214,08	1,09	513	500
			EM 18	401,40	1,04	1.493	700
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 1	SE	EM 2	36,30	1,16	520	200
	B 3	SO	EM 6	5,52	0,70	1.175	100
	B5	SE	EM 1	124,71	0,99	350	400
		SO	EM 3	311,61	1,10	1.547	600
			EM 5	61,99	1,26	989	250
	B 14	NE	EM 13	34,80	1,11	1.250	200
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B 6	SO	EM 4	12,51	0,71	547	150
	B 17	NE	EM 20	59,22	1,21	2.640	250

4.2.2.1 Novos Empreendimentos

O município de Canoas apresenta forte demanda de novos empreendimentos residenciais e comerciais, os quais estão enumerados e espacializados no Mapa 2-5, verifica-se que sua localização exclusivamente nos Quadrantes Nordeste e Sudoeste.

No tocante ao Quadrante Sudoeste constata-se a previsão de um centro comercial na bacia hidrossanitária B4, onde as demandas referentes ao SES contribuirão para os coletores troncos CT4, CT5E, ELE3, EM3 e coletor tronco afluente da ETE – Mato Grande. Também está prevista a execução de loteamento residencial na bacia hidrossanitária B12, onde as demandas contribuirão para as mesmas estruturas da bacia hidrossanitária B4. Por sua vez, na bacia hidrossanitária B16, está previsto empreendimento residencial onde as demandas contribuirão por gravidade para o Interceptor NB existente - DN 1000, o qual deságua por gravidade na elevatória ELE F, localizada na ETE - Mato Grande.

Analisando a previsão dos novos estabelecimentos, verifica-se que no Quadrante Nordeste está prevista a execução de diversos loteamentos residenciais e empreendimentos comerciais. Especificamente na bacia hidrossanitária B12, observa-se que as demandas contribuirão para os coletores troncos existentes com diâmetros DN600 e DN900, desaguando por gravidade as suas contribuições no coletor tronco afluente da elevatória ELE F.

Na bacia hidrossanitária B11 está prevista a execução de diversos loteamentos residenciais, onde as demandas serão interligadas nos coletores troncos existentes com DN400 e DN500 e escoando por gravidade até a ELE 11A, de onde o emissário EM11A recalca para o Interceptor NA – DN1000, ELE12, EM12 e Interceptor NB – DN 1000, afluente da ETE Mato – Grande.

Tambem no Quadrante Nordeste, observa-se que nas bacias hidrossanitárias X0, X00, X00 x X00 estão previstos tanto empreendimentos residenciais como comerciais. Na bacia B8, os empreendimentos serão interligados no coletor existente, afluente da elevatória ELE P. Nas bacias B11, B14 e B17, as contribuições deságuam diretamente nos elementos do sistema previstos pelo prognóstico.

A análise das contribuições dos novos empreendimentos permite concluir que os elementos componentes do prognóstico, definidos para o Cenário Referencial de Expansão, atendem às demandas previstas para os novos empreendimentos, tanto pela expansão de usuários, como pela cobertura das redes coletoras previstas pelo prognóstico.

4.2.2.2 Loteamentos Irregulares e zonas de expansão

Os loteamentos irregulares e as zonas de expansão espacializadas e identificadas nos Mapas 3-5 e 4-5 serão plenamente atendidas pelo prognóstico estabelecido pelo cenário referencial, no qual as redes coletoras requeridas foram previstas no montante de redes coletoras a serem executadas, bem como a população será absorvida pela estimativa populacional do cenário referencial, tanto para os loteamentos irregulares, como para as zonas de expansão previstas e demonstradas nos Mapas apresentados no item das peças gráficas do prognóstico do SES.

4.2.3 Projeção do investimento

Após o estabelecimento dos elementos do sistema, parte-se para a obtenção dos custos com o objetivo de obter a projeção dos investimentos estabelecidos para o prognóstico. Os custos de cada unidade do SES foram estimados com base nos custos de obras implantadas pela CORSAN, atualizadas para o ano de 2012.

a) Custos Unitários de Investimentos:

Os custos unitários de investimento foram retirados da média ocorrente em outros projetos, selecionados em função do porte das redes coletoras, coletor tronco ou emissário por gravidade, elevatórias, emissários por recalque, estação de tratamento e ligações prediais.

b) Custos com Coletores por Gravidade:

Os custos de investimentos para implantação das redes coletoras e coletores troncos foram determinados em função do porte de cada unidade.

c) Custos com Elevatórias:

O custo para implantação das elevatórias foi determinado em função da expectativa do porte de cada unidade.

d) Custos com Emissários por Recalque:

Foram determinados em função do dimensionamento, extensão do recalque e custos unitários indicados para os estudos.

e) Custos com Estação de Tratamento:

O custo de investimento para uma estação de tratamento do tipo lodo ativado, com aeração prolongada, seguida de remoção de nitrogênio e fósforo foi determinado pela estimativa apontada pela ETE de Esteio, a qual apresenta concepção de tratamento similar e serve como referência para o custo de ampliação da ETE – Mato Grande.

f) Custos com Ligações Prediais

Os custos de investimentos para ligações prediais foram determinados pela média da CORSAN que é de R$ 350,00 por ligação.

g) Resumo dos Investimentos do SES:

Nos quadros 4.13 a 4.20 são apresentados os resultados encontrados para todos os investimentos decorrentes do prognóstico para as unidades propostas do Sistema de Esgotos Sanitários – SES de Canoas, agrupando os investimentos por bacia hidrossanitária, etapas previstas de implantação e por Quadrante.

75

Quadro 4.13 - Cenário Referencial: Custos unitários para a projeção dos investimentos

REDE COLETORA		ELEVATÓRIAS		EMISSÁRIOS		ETES			LIGAÇÕES
PORTE	VALOR (R$/M)	PORTE	VALOR (R$)	PORTE	VALOR (R$/M)	TIPO	PORTE	VALOR (R$)	PORTE	VALOR (UN)
ATÉ DN 150	240,00	10 L/S	125.000	DN 100	375,00	LODO ATIVADO	260 L/S	11.500.000	DN 100	350,00
DN 200	250,00	20 L/S	200.000	DN 150	500,00
DN 250	270,00	50 L/S	700.000	DN200	660,00
DN 300	300,00	100 L/S	950.000	DN 250	785,00
DN 400	450,00	150 L/S	1.000.000	DN 300	1.125,00
DN 500	700,00	200 L/S	1.250.000	DN 400	1.500,00
DN 600	980,00	300 L/S	1.650.000	DN 500	1.750,00
DN 900	1.900,00	400 L/S	2.350.000	DN 600	3.125,00
DN 1000	2.200,00	800 L/S	2.950.000	DN 700	3.850,00

Quadro 4.14 - Cenário Referencial: Redes e coletores troncos

METAS	BACIA	QUADRANTE	UNIDADE	EXTENSÃO (m)	PORTE	UNITÁRIO (R$/M)	INVESTIMENTO (R$)
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B8	NE	REDE	20.000	000	000,00	4.858.560,00
		NO	REDE	964	150	240,00	231.360,00
		SO	REDE	2.892	150	240,00	694.080,00
		SUBTOTAL					5.784.000,00
	B10	SO	REDE	14.000	150	240,00	3.360.000,00
		SUBTOTAL					3.360.000,00
	B 16	NO	REDE	193.914	150	240,00	00.000.000,00
		SO	REDE	45.486	150	240,00	00.000.000,00
		NO	CT 16A	1.102	600	980,00	1.079.960,00
			CT 16B	941	900	1.900,00	1.787.900,00
			CT 16C	1.098	500	700,00	768.600,00
			CT 16D	1.192	500	700,00	834.400,00
		SUBTOTAL					61.926.860,00
	TOTAL CURTO PRAZO						71.070.860,00
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 1	SE	REDE	8.200	150	240,00	1.968.000,00
		SUBTOTAL					1.968.000,00
	B 2	SE	REDE	8.700	150	240,00	2.088.000,00
			CT 2	910	200	250,00	227.500,00
		SUBTOTAL					2.315.500,00
	B 3	SO	REDE	4.200	150	240,00	1.008.000,00
		SUBTOTAL					1.008.000,00
	B 4	SO	REDE	3.000	000	000,00	912.000,00
			CT 4	745	200	250,00	186.250,00
		SUBTOTAL					1.098.250,00
	B 5	SE	REDE	18.630	150	240,00	4.471.200,00
		SO	REDE	84.870	150	240,00	00.000.000,00
		SO	CT 5.1	170	150	240,00	40.800,00
		SE	CT 5.2	840	300	300,00	252.000,00
		SE	CT 5A	1.936	300	300,00	580.800,00
		SE	CT 5B	286	500	700,00	200.200,00
		SO	CT 5C	414	500	700,00	289.800,00
		SO	CT 5D	361	500	700,00	252.700,00
		SO	XX 0X	311	600	980,00	304.780,00
		SUBTOTAL					26.761.080,00
	B 14	NE	REDE	21.600	150	240,00	5.184.000,00
		SUBTOTAL					5.184.000,00
	B 18	NE	REDE	6.500	150	240,00	1.560.000,00
		SUBTOTAL					1.560.000,00
	B 19	NE	REDE	7.500	150	240,00	1.800.000,00
		SUBTOTAL					1.800.000,00
	TOTAL MÉDIO PRAZO						41.694.830,00
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B6	SO	REDE	5.200	150	240,00	1.248.000,00
		SUBTOTAL					1.248.000,00
	B7	SO	REDE	9.435	150	240,00	2.264.400,00
		SUBTOTAL					2.264.400,00
	B 11	NE	REDE	13.088	150	240,00	3.141.120,00
		SUBTOTAL					3.141.120,00
	B12	NE	REDE	53.486	150	240,00	00.000.000,00
		NO	REDE	569	150	240,00	136.560,00
		SO	REDE	2.845	150	240,00	682.800,00
		SUBTOTAL					13.656.000,00
	B 17	NE	REDE	75.700	150	240,00	00.000.000,00
		SUBTOTAL					18.168.000,00
	TOTAL LONGO PRAZO						38.477.520,00
TOTAL							151.243.210,00

76

77

Quadro 4.15 - Cenário Referencial: Investimentos com elevatórias

METAS	BACIA	QUADRANTE	UNIDADE	PORTE	POTÊNCIA	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
				(l/s)	(cv)
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 16	NE	ELE 14	80,28	50	825.000,00	825.000,00
			ELE 15	53,52	20	700.000,00	700.000,00
			ELE 16	107,04	25	950.000,00	950.000,00
			ELE 17	214,08	50	1.450.000,00	1.450.000,00
			ELE 18	401,40	100	2.350.000,00	2.350.000,00
	SUBTOTAL						6.275.000,00
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 1	SE	ELE 2	36,30	10	450.000,00	450.000,00
	B 3	SO	ELE 6	5,52	5	125.000,00	125.000,00
	B5	SE	ELE 1	124,71	100	975.000,00	975.000,00
		SO	ELE 3	311,61	150	1.650.000,00	1.650.000,00
			ELE 5	61,99	25	825.000,00	825.000,00
	B 14	NE	ELE 13	34,80	20	450.000,00	450.000,00
	SUBTOTAL						4.475.000,00
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B 6	SO	ELE 4	12,51	5	125.000,00	125.000,00
	B 17	NE	ELE 20	59,22	75	700.000,00	700.000,00
	SUBTOTAL						825.000,00
TOTAL							5.300.000,00

78

Quadro 4.16 - Cenário Referencial: Investimentos com emissários

METAS	BACIA	QUADRANTE	UNIDADE	EXTENSÃO	PORTE	CUSTO UNITÁRIO (R$/M)	INVESTIMENTO (R$)
				(m)	(mm)
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 16	NE	ELE 14	1.705	300	1.125,00	1.918.125,00
			ELE 15	1.144	250	785,00	898.040,00
			ELE 16	1.070	400	1.500,00	1.605.000,00
			ELE 17	513	500	1.750,00	897.750,00
			ELE 18	1.493	700	3.850,00	5.748.050,00
	SUBTOTAL						11.066.965,00
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 1	SE	ELE 2	520	200	660,00	343.200,00
	B 3	SO	ELE 6	1.175	100	375,00	440.625,00
	B5	SE	ELE 1	350	400	1.500,00	525.000,00
		SO	ELE 3	1.547	600	3.125,00	4.834.375,00
			ELE 5	989	250	785,00	776.365,00
	B 14	NE	ELE 13	1.250	200	660,00	825.000,00
	SUBTOTAL						7.744.565,00
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B 6	SO	ELE 4	547	150	500,00	273.500,00
	B 17	NE	ELE 20	2.640	250	785,00	2.072.400,00
	SUBTOTAL						2.345.900,00
TOTAL							10.090.465,00

79

Quadro 4.17 - Cenário Referencial: Investimentos com estação de tratamento

ETE	METAS	QUADRANTE	VAZÃO MODULAR	Nº MÓDULOS	CAPACIDADE	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
LODOS ATIVADOS	CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	XX	000 X/X	0	000 X/X	11.500.000,00	11.500.000,00
	MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	NE	260 L/S	1	780 L/S	11.500.000,00	11.500.000,00
	LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	SO	260 L/S	1	1.040 L/S	11.500.000,00	11.500.000,00
	TOTAL						34.500.000,00

Quadro 4.18 - Cenário Referencial: Investimentos com Ligações

METAS	BACIA	QUADRANTE	LIGAÇÕES PREDIAIS	CUSTO UNITÁRIO (R$)	INVESTIMENTO (R$)
CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	B 8	NE	1.368	350,00	478.800,00
	B 8	NO	65	350,00	22.750,00
	B 8	SO	195	350,00	68.250,00
	B 10	SE	138	350,00	48.300,00
	B 16	NO	19.692	350,00	6.892.200,00
	B 16	SO	4.619	350,00	1.616.650,00
	SUBTOTAL		26.077	-	9.126.950,00
MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	B 1	SE	2.074	350,00	725.900,00
	B 2		1.422	350,00	497.700,00
	B 3	SO	222	350,00	77.700,00
	B 4		761	350,00	266.350,00
	B 5	SE	2.273	350,00	795.550,00
	B 5	SO	10.354	350,00	3.623.900,00
	B 14	NE	1.546	350,00	541.100,00
	B 18		3.691	350,00	1.291.962,00
	B 19		1.055	350,00	369.274,50
	SUBTOTAL		23.398	-	8.189.436,50
LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	B6	SO	704	350,00	246.400,00
	B 7	SE	938	350,00	328.300,00
	B 7	SO	166	350,00	58.100,00
	B 11	NE	1.026	350,00	359.100,00
	B 12	NE	2.549	350,00	892.150,00
	B 12	NO	27	350,00	9.450,00
	B 12	SO	136	350,00	47.600,00
	B 17	NE	1.516	350,00	530.691,00
	SUBTOTAL		7.062	-	2.471.791,00
TOTAL			56.538	-	19.788.177,50

80

81

Quadro 4.19 - Cenário Referencial: Resumo dos investimentos por Quadrante

UNIDADE	CURTO PRAZO - (2013 A 2017)				MÉDIO PRAZO - (2018 - 2022)				LONGO PRAZO - (2023 - 2032)				TOTAL
	NO	NE	SE	SO	NO	NE	SE	SO	NO	NE	SE	SO
COLETORES	51.241.580,00	4.858.560,00		14.970.720,00		8.544.000,00	9.787.700,00	23.363.130,00	136.560,00	34.145.760,00		4.195.200,00	151.243.210,00
ELEVATÓRIAS		6.275.000,00				450.000,00	1.425.000,00	2.600.000,00		700.000,00		125.000,00	11.575.000,00
EMISSÁRIOS		11.066.965,00				825.000,00	868.200,00	6.051.365,00		2.072.400,00		273.500,00	21.157.430,00
TRATAMENTO	11.500.000,00					11.500.000,00						11.500.000,00	34.500.000,00
LIGAÇÕES PREDIAIS	6.914.950,00	478.800,00	48.300,00	1.684.900,00		2.202.336,50	2.019.150,00	3.967.950,00	9.450,00	1.781.941,00	328.300,00	352.100,00	19.788.177,50
TOTAL (R$)	69.656.530,00	22.679.325,00	48.300,00	16.655.620,00		23.521.336,50	14.100.050,00	35.982.445,00	146.010,00	38.700.101,00	328.300,00	16.445.800,00	238.263.817,50
NO	69.656.530,00								146.010,00				69.802.540,00
NE		22.679.325,00				23.521.336,50				38.700.101,00			84.900.762,50
SE			48.300,00				14.100.050,00				328.300,00		14.476.650,00
SO				16.655.620,00				35.982.445,00				16.445.800,00	69.083.865,00
TOTAL ETAPA (R$)	109.039.775,00				73.603.831,50				55.620.211,00				238.263.817,50

82

Quadro 4.20 - Cenário Referencial: Resumo global dos investimentos vinculados ao SES

ELEMENTOS DO SES	RESUMO DO INVESTIMENTO
	CURTO PRAZO ( 2.013 A 2.017 )	MÉDIO PRAZO ( 2.018 A 2.022 )	LONGO PRAZO ( 2.023 A 2.032 )	TOTAL
COLETORES	71.070.860,00	41.694.830,00	38.477.520,00	151.243.210,00
ELEVATÓRIAS	6.275.000,00	4.475.000,00	825.000,00	11.575.000,00
EMISSÁRIOS	11.066.965,00	7.744.565,00	2.345.900,00	21.157.430,00
TRATAMENTO	11.500.000,00	11.500.000,00	11.500.000,00	34.500.000,00
LIGAÇÕES PREDIAIS	9.126.950,00	8.189.436,50	2.471.791,00	19.788.177,50
TOTAL (R$)	109.039.775,00	73.603.831,50	55.620.211,00	238.263.817,50

4.2.4. Peças Gráficas

A seguir estão apresentados os mapas referentes ao prognóstico do sistema de esgoto sanitário.

• 01 – 05 Distribuição de bacias hidrossanitárias

• 02 – 05 Localização de novos empreendimentos

• 03 – 05 Áreas de expansão rede de esgoto

• 04 – 05 Localização de loteamento irregulares

• 05 – 05 Rede de esgoto proposta

4.3 Prognóstico do Sistema de Drenagem Urbana

O presente relatório refere-se aos CENÁRIOS, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES, OBJETIVOS, PLANOS E METAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES, AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIAS, AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO E

DIVULGAÇÃO DO PLANO, o qual está fundamentado pela Lei 11.445/07 que define drenagem como sendo o conjunto de atividades, estruturas e instalações operacionais, reservatórios de retenção de cheias e tratamento e disposição final das contribuições pluviais.

“É importante destacar que a TITULARIDADE dos serviços de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais é da Prefeitura Municipal de Canoas”.

No tocante ao presente relatório, destaca-se a formulação de cenários de evolução do sistema de saneamento para um período de 20 (vinte) anos.

A construção dos cenários foi fundamentada com base em condicionantes, deficiências e potencialidades, considerando o tema drenagem urbana em relação a população, habitação, sistema territorial urbano, desenvolvimento econômico e outras ameaças e oportunidades já identificadas anteriormente.

Com base na explicitação de um cenário tendencial, fez-se a formulação de mais duas situações possíveis, quais sejam de evolução positiva das ações de planejamento em comparação com um cenário de involução, frente às condicionantes, deficiências e potencialidades.

Essa inferência alimentou a proposição de medidas estruturais e não estruturais, buscando a situação desejável para a drenagem urbana e manejo das águas pluviais, considerando as características intrínsecas à prestação de serviços de drenagem urbana.

Na sequência apresentam-se os princípios, diretrizes, objetivos e plano de metas, considerando curto, médio e longo prazo, bem como os programas, projetos e ações previstas para atingimento da universalização da prestação de serviços de drenagem urbana, acompanhada de cronograma físico-financeiro sugerido.

Posteriormente faz-se a proposição do plano de ações para atender situações de emergências e contingências, e ainda a avaliação e monitoramento, contendo a metodologia proposta para medição e avaliação dos resultados obtidos com os planos, programas e ações.

4.3.1 Cenários de Evolução do Sistema de Drenagem

A formulação dos cenários de evolução da prestação de serviços e do sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais para um período de 20 (vinte) anos, foi realizada com base no diagnóstico da drenagem urbana e ainda considerando as condicionantes, deficiências e potencialidades intrínsecas ao tema.

Inicialmente faz-se uma análise do cenário tendencial e na sequência formula-se os cenários de evolução e involução da prestação de serviços de drenagem urbana de Canoas.

4.3.1.1 Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

A Tabela 4.11 apresenta a caracterização da prestação de serviços e do sistema de drenagem urbana de Canoas, frente a metodologia que apontas as condicionantes, deficiências e potencialidades, considerando a população, habitação, sistema territorial urbano, desenvolvimento econômico e outras ameaças e oportunidades já identificadas anteriormente.

Tabela 4.11: Drenagem urbana de Canoas, frente às condicionantes, deficiências e potencialidades.

Colocar Tabela EM A3

4.3.2 Cenário Referencial do Sistema de Drenagem

Para fins de apresentação do cenário tendencial, faz-se uma análise das questões referentes ao planejamento, fiscalização, regulação e operação da prestação dos serviços de drenagem urbana e manejo da águas pluviais.

4.3.2.1 Planejamento da Drenagem Urbana e o Cenário Referencial

A Secretaria Municipal de Obras é a responsável pelas atividades de planejamento, operação, manutenção e administração dos meios materiais, humanos e financeiros do sistema de drenagem urbana de Canoas.

Para realização destas atividades conta com recursos humanos e materiais próprios, bem como utiliza mão de obra e equipamentos terceirizados.

Na sequência apresentam-se as principais condicionantes, deficiências e potencialidades identificadas durante a elaboração do diagnóstico, consideradas na formulação do cenário tendencial.

a) Inserção na Região Hidrográfica do Lago Guaíba (G80)

As águas dos Rios Gravataí, Sinos, Caí e Jacuí desembocam no Delta do Jacuí, formando o Lago Guaíba que banha os municípios de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão.

A área aproximada da bacia é de 2.300 km², contando com uma população de cerca de 1,1 milhão de habitantes e inclui 14 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, inclusive o município de Canoas, que drena as águas das bacias G10 – Rio Gravataí, G20 – Rio dos Sinos e G80 – Lago Guaíba.

O município de Canoas possui divisas com Esteio, Porto Alegre e Cachoeirinha delimitadas pelos cursos d`água Arroio Sapucaia, Rio dos Sinos, Rio Gravatai e Arroio Brigadeiro.

Identifica-se a tendência de serem realizados planejamentos distintos para as bacias do Gravataí e Sinos de forma a não contemplar de maneira integrada as características e potencialidades identificadas no território canoense.

b) Arroio Araçá desaguando diretamente no Delta do Jacuí, de forma independente das bacias do Rio dos Sinos e Gravataí

Existe a tendência de que esta bacia permaneça desassistida em termos de planejamento, haja vista sua característica geográfica de isolamento entre as bacias do Rio dos Sinos e Gravataí.

c) Interface com Municípios de outras Bacias

A zona urbana de Canoas recebe as contribuições externas das bacias do Arroio Sapucaia e do Arroio Brigadeiro, sendo que a bacia do Arroio Sapucaia abrange os municípios de Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul, enquanto que a bacia de contribuição do Arroio Brigadeiro abrange os municípios de Canoas e Cachoeirinha.

A Figura 4.1 apresenta essas interfaces físicas, que necessariamente geram laços institucionais e devem ser contempladas nos modelos de planejamento do tema drenagem urbana.

O compartilhamento de bacias hidrográficas comuns aos municípios vizinhos cria interfaces relevantes em termos de planejamento e as ações de interdependência geram comprometimento e programas de resultados e metas comuns e, consequentemente, convergentes em se tratando de usos do solo, elaboração de estudos, projetos e obras.

Entre os desafios a serem enfrentados pelo planejamento institucional da drenagem urbana está a efetivação de um facilitador para a adequação das interfaces existentes entre os municípios, contemplando as distintas metas e prioridades, associadas aos recursos disponíveis.

Figura 4.1 – Interdependência dos sistemas de drenagem dos municípios Canoas, Sapucaia, Esteio e Cachoeirinha.

Verifica-se assim a necessidade de formalização de um foro supra-municipal, que realize o planejamento, regulação e controle destas interfaces, nos seguintes âmbitos:

• Garantia de preservação das condições pré-estabelecidas em se tratando de quantidade e valores de vazão de pico ao longo do sentido natural de escoamento do sistema planejado;

• Qualidade das águas de escoamento nos canais naturais e construídos;

• Estabelecimento de valores de vazão de restrição em pontos estratégicos do sistema como limites municipais e confluências relevantes;

• Sistema de monitoramento integrado da qualidade e quantidade das águas de escoamento superficial;

• Manutenção conjunta dos sistemas de drenagem integrados;

• Otimização de custos de implantação, operação e manutenção dos sistemas;

• Ações integradas de gestão sustentável das águas urbanas;

• Ações de integração intermunicipal de educação ambiental, visando a conscientização das comunidades pertencentes a mesma bacia de contribuição, transcendendo os limites municipais.

• Integração dos Planos Diretores Urbanísticos no sentido de preservar as condições de escoamento superficial, em função das taxas de ocupação e impermeabilização do solo.

O estudo integrado dos recursos hídricos apresenta a bacia hidrográfica como unidade de planejamento, considerando dependentes entre si todos os atores, as instituições públicas e privadas contidas na área de abrangência deste limite geográfico.

Aparecem como instituições com atuação relevante na área de planejamento e controle das ações em drenagem urbana:

• Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio do Sinos e Gravataí: Gestão integrada dos recursos hídricos;

• METROPLAN: Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional.

• DRH/SEMA: Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente;

• AGERGS: Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul;

• CORSAN: Companhia Riograndense de Saneamento.

O dinâmico cenário institucional da drenagem urbana foi apresentado pelo FCTH- SP/2003, conforme apresentado pela Figura 4.2. (Adaptado da Figura original para o PLAMSAB).

Figura 4.2. - Modelo de Gestão Proposto, vinculado à drenagem urbana. Fonte: (Adaptado de FCTH 2003).

A referida figura apresenta caráter universal no que tange a abrangência da visão sistêmica para a questão drenagem urbana, incluindo todas as esferas institucionais envolvidas no processo, e tem no Plano Diretor de Drenagem o ponto de convergência das ações.

A unidade específica do planejamento em Recursos Hídricos é o limite da bacia hidrográfica. Esta consideração vem sendo colocada em prática de maneira paulatina, e conforme a real necessidade de organização e regulação.

d) Articulação com municípios vizinhos para planejamento, operação e manutenção do sistema de drenagem

Existe a tendência de serem elaborados por municípios vizinhos planejamentos, projetos, obras e medidas de operação e manutenção desconexas, reduzindo a otimização de recursos, nas ações de implantação de revestimentos, cobertura, manutenção e conservação dos cursos dágua, bem como gerando a execução de planejamento e obras sem a devida convergência.

e) Carência de Áreas para expansão urbana

O território de Canoas apresenta relativa carência de espaço físico para ampliação urbana, haja vista ausência de áreas rurais.

Identifica-se uma tendência a verticalização, com aumento exacerbado da taxa de ocupação, e consequente impermeabilização das bacias de contribuição, com incremento da exigência por infraestrutura urbana, sobretudo do sistema de drenagem.

f) Existência de Sistema de Proteção Contra Cheias das Áreas Baixas

Quanto às cheias, existem duas importantes áreas consideradas inundáveis em Canoas: Várzea do Rio dos Sinos e Banhado Grande, que abrangem cerca de 40 % da superfície municipal (Ver Anexo - Peças Gráficas).

Identifica-se um aumento significativo da demanda por manutenção e operação do sistema de proteção contra cheias, que ao longo do tempo exige substituição dos grupamentos moto-bomba, reforma e estruturação dos sistemas de canais e diques de proteção.

A realização de desassoreamentos periódicos e emergenciais dos canais que interligam as casas de bombas, bem como de geradores para eventuais faltas de energia são essenciais para o pleno funcionamento do sistema.

A manutenção periódica das comportas tipo Flap são procedimentos que garantem a proteção das áreas baixas, possibilitando o fechamento total do mecanismo e evitando a xxxxxxx xx xxxx xxxxxx xx xxxxxxxx xx xxxxx xxxxx xx Xxxx Xxxxxx.

O desconhecimento da quantidade de sedimentos, lodos e resíduos sólidos depositados nos referidos canais, aumenta o risco de colapso do sistema por conta de eventual obstrução da rede.

g) Ocorrência de Inundações Devido a Carência do Sistema de Microdrenagem

O zoneamento das áreas onde ocorrem alagamentos por deficiência da microdrenagem foi obtido através da análise do sistema de drenagem existente, das informações obtidas nas oficinas de mobilização social realizadas com a comunidade e nas reuniões realizadas com cada subprefeitura, contendo os pontos com a incidência de alagamento, bem como pelas informações catalogadas pela Secretaria XXI, conforme Tabela 4.12.

Tabela 4.12: Ruas com problemas pontuais de alagamento

Subprefeitura	Ruas com Alagamentos
Nordeste (Total de 103 km)	♦ Rua Xxxxxxx Xxxxxxx, esquina com Xxx Xxxxxxxxx x Xxx Xxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx. ♦ Rua Desafio Jovem, esquina com a Estrada do Nazário e com a fazenda Guajuviras. ♦ Avenida Norte, alagamentos em decorrência da falta de rede de drenagem. ♦ Rua Xxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxx, junto a REFAP. ♦ Rua Boqueirão com Rua Itapemerim. ♦ Tietê com Rua Paracatú. ♦ Rua Xingú com a Rua Xxxx Xxxxxxxx. ♦ Rua Aurora com Rua Liberdade. ♦ Setor seis, quadra O, com a Rua 17 de abril.. ♦ Setor 2, Quadra D. ♦ Setor 1, Quadra M. ♦ Rua Dezenove de Março, na Escola Guajuviras.
Sudeste (Total de 28 km)	♦ Rua Xxxxxxxxx Xxxxxxx. ♦ Xxx Xxxxxxx Xxxx. x Xxx Xxxxxx Xxxxx. ♦ Rua Xxxxxxxx Xxxxxx. ♦ Rua Pandiá Calógeras. ♦ Xxx Xxxxx Xxxxxx, xxxxxxx Xxx Xxxxx xx Xxx Xxxxxx. ♦ Xxx Xxxxxxxxxxx, xxxxxxx Xxx Xxxxx xx Xxx Xxxxxx. ♦ Rua Xxx Xxxxx Xxxxxxx, entre as Ruas Osvaldo Cruz e Xxxxxx Xxxxx. ♦ Rua Xxxxxx Xxxxxx com a Rua Itália ♦ Entorno da Rua Itália com a Rua Xxxxxx Xxxxxx e Rua Farroupilha. ♦ Rua Santa Cruz, com as Ruas Farroupilha e Itália. ♦ Rua Iraí, próximo da Rua Xxxxxxxx Xxxxxxx. ♦ Rua Xxxxx Xxxx, com a Xxx Xxxxx Xxxxxxxx.
Xxxxxxxx (Xxxxx xx 00 xx)	♦ Vila Getúlio Vargas, antiga Vila Sapo. ♦ Vila Bom Sucesso. ♦ Vila União dos Operários. ♦ Vila Santo Operário. ♦ Vila Cerne. ♦ Rua Passo Fundo, entre as Ruas Santa Catarina e Rua Curitiba. ♦ Residencial Pitangueiras. ♦ Loteamento Ludwig.
Sudoeste (Total de 46 km)	♦ Rua Xxxxxxx Xxxxxxx, na região dos números 606 e 616. ♦ Rua Xxxxxxxxxxx, entre a Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx e Rua Cairú. ♦ Xxx Xxxxxxxxxx, xx xxxxxx xx xxxxxx 000. ♦ Xxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxx, xx xxxxxx xx xxxxxx 000. ♦ Rua Montenegro, entre a Rua Conde D’eu e Travessa Iguaçu. ♦ Xxx Xxxx xx Xxxxx, xx xxxxxx xx xxxxxx 000. ♦ Xxx Xxxxxx xx Xxxxxxx, xx xxxxxx xx xxxxxx 000. ♦ Rua Xxxxxx Xxxx Terra, entre Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx até Rua Paes Lemes. ♦ Rua Néri, entre Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx até Rua Paes Lemes. ♦ Rua Xxxxx Xxxxx Xxxxxx, entre Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx até Rua Paes Lemes. ♦ Rua Vereador A. Nascimento, entre Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx e Paes Lemes. ♦ Rua Xxxxxxx Xxxxxx, entre Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx e Rua Xxx Xxxx Xxxxxx. ♦ Rua Primavera, entre Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx e Rua Cairu. ♦ Rua Boa Saúde, até Av.Xxxxxxxxx Xxxxxx. ♦ Rua Xxxxxxx Xxxxxxxxx, na região do número 341. ♦ Rua General Câmara, esquina Av. Xxxxxxxxx Xxxxxx. ♦ Rua Xxxx Xxxxx, entre a Rua 3 de Outubro e Rua Primavera. ♦ Xxx 00 xx Xxxxx, entre a Xxx Xxxxxx x Xxx Xxx. Xxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxx.

Obs.: Os totais apresentados em quilômetros incluem as áreas delimitadas na Planta "11 - ZONAS DE ALAGAMENTO (REV.1).dwg" que compõe o Diagnóstico do PLAMSAB.

A Tabela 4.13 apresenta um resumo dos quantitativos por bacia de drenagem das redes de microdrenagem necessárias para solução dos problemas pontuais de inundações identificados no diagnóstico.

Para estimativa de custo total das redes de microdrenagem a serem executadas, foram previstas implantações de diâmetros nominais usualmente utilizados na seguinte proporção e valores unitários com base em trabalhos similares da experiência da Consultora :

• DN 400 - 50 % - R$ 400,00/m;

• DN 600 - 30 % - R$ 650,00/m;

• DN 1000 - 20% - R$ 1300,00/m.

Tabela 4.13: Resumo dos Quantitativos por Bacia das Redes de Microdrenagem.

Bacia	Redes Avulsas	Redes em Loteamentos	Total Geral
Xxxxxx Xxxxx	45.789	4.085	49.874
Arroio Brigadeiro	8.367	3.814	12.181
Arroio Sapucaia	16.740	11.445	28.186
Xxxxxx Xxxxx	13.905	-	13.905
Gravataí-Niterói	2.491	-	2.491
Gravataí-Rio Branco	-	1.354	1.354
Xxxxxx Xxxxx	13.718	7.172	20.889
Pôlder Matias Velho	26.489	44.292	70.780
Pôlder Niterói	20.542	-	20.542
Pôlder Rio Branco	11.409	19.585	30.994
Rio dos Sinos	10.851	398	11.250
São José e Brigadeira	2.548	-	2.548
Total Geral	172.849	92.145	264.993

Obs.: Os quantitativos foram obtidas com Microdrenagem: Rede a Executar - Planta No 10, do

Diagnóstico do PLAMSAB.

Estima-se um valor total de R$ 175 milhões para complementação da rede de microdrenagem.

h) Ocorrência de Inundações Devido a Carência do Sistema de Macrodrenagem

O zoneamento das áreas onde ocorrem alagamentos por deficiência da macrodrenagem foi obtido através da análise do sistema de drenagem existente, das informações obtidas nas oficinas de mobilização social realizadas com a comunidade e nas reuniões realizadas com cada subprefeitura, contendo os pontos com a incidência de alagamento, bem como pelas informações catalogadas pela Secretaria XXI, conforme Tabela 4.14.

A referida Tabela apresenta ainda a necessidade de serviços de manutenção de taludes, desassoreamento e de planejamento quanto a integração com outros municípios, com divisas compartilhadas pelo recurso hídrico.

Tabela 4.14 - Resumo dos Quantitativos por Bacia das Redes de Macrodrenagem.

Bacia	Necessidade	Extensão (m)	Observação
Arroio Araçá	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e Mata Ciliar	3.200	Serviços de manutenção. XX-000
Xxxxxx Brigadeiro	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e Mata Ciliar	5.800	Serviços de manutenção divisa com Cachoeirinha
Arroio Sapucaia	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e Mata Ciliar	11.700 m nesta bacia	6.300 m do Guajuviras em contratação do estudo e 5.400 m do Sapucaia na divisa com Esteio
Bairro Igara	Redimensionar canal e adequar microdrenagem	2.100 m	Verificar trecho de montante e microdrenagem
Gravataí-Niterói	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes	6.500 m	Rio Gravataí divisa com Porto Alegre (navegação)
Gravataí-Rio Branco	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes	2.600 m	Rio Gravataí divisa com Porto Alegre (navegação)
Pôlder Araçá	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e valas internas do dique	6.000 m de valas internas dos diques	Reconstrução do dique. BR- 448
Pôlder Matias Velho	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e valas internas do dique	8.800 m de valas internas dos diques	Cobertura da Vala do Leão em execução e vala paralela a Florianópolis em licitação. BR-448
Pôlder Niterói	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes	5.300 m de valas internas dos diques	Adequar microdrenagem
Pôlder Rio Branco	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e valas internas do dique	6.000 m de valas internas dos diques	Cobertura da Vala do Irineu em fase final de execução. BR-448
Rio dos Sinos	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes e Mata Ciliar	6.600 m + 6.700 + 5.000 + 4.000 m	6.600 m Rio Sinos Divisa com Nova Santa Rita e 6.700 m de vala externa do dique Mathias + 5.000 Arroio Sapucaia divisa com Esteio + 4.000 m vala Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx. XX-000
Xxx Xxxx e Brigadeira	Desassoreamento e Estabilidade dos Taludes, Redimensionar canal e adequar microdrenagem	4.000 m	1.800 m do canal e 2.200 m do Sapucaia na divisa com Esteio

Fonte: Obtido do diagnóstico do PLAMSAB.

i) Implantação da Xxxxxxx XX-000

A materialização do maciço da Xxxxxxx XX-000 acarreta o comprometimento da APP - Área de Preservação Permanente e Parque Estadual Delta do Jacuí (PEDJ), através da criação de uma barreira para o escoamento das águas em direção ao Rio dos Sinos e Delta do Jacuí, favorecendo a elevação do nível do lençol freático.

Há tendência de aproveitamento e ocupação da área mediante planejamento e implantação de sistema de proteção contra cheias e escoamento superficial.

j) Área urbana segmentada pela BR-101 e Trensurb

A configuração do segmentado espaço urbano de Canoas privilegia a formação de áreas que ignoram os limites das bacias de contribuição, que afluem em direção aos rios do Sinos e Gravataí (Ver Anexo - Peças Gráficas).

Identificam-se estrangulamentos e limitações físicas no planejamento do escoamento das águas pluviais, condicionadas às travessias existentes.

Há tendência de realização de alterações na infraestrutura existente, e a mudança nas travessias, sem a devida precaução com o planejamento integrado e com o cenário de ocupação futura, que condicionam o funcionamento da rede de drenagem.

Como evidência tem-se o planejamento futuro de curto/médio prazo, prevendo o rebaixamento do Trensurb na área central, com reflexos diretos no sistema existente;

k) Existência de Estudos e Projetos que preveem soluções para diversos problemas de inundações na cidade

Entre os principais instrumentos de planejamento do sistema de drenagem de Canoas podem ser destacados:

• Plano de Bacia Hidrográfica do Rio do Sinos: O Relatório sob o título: "Definição do Programa de Ações Meta 5 – Programa de Ações apresenta um conjunto de dez Programas e vinte e três Ações de Melhoria da condição

dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio dos Sinos. Destacam-se: Programa 3

– Monitoramento Quali-Quantitativo, Programa 4 – Redução de Cargas Poluidoras, Programa 5: Gestão de Áreas Protegidas, Programa 6: Controle de Cheias e Programa 9 – Educação, Mobilização e Comunicação. Identifica- se a necessidade de incorporação das soluções propostas pelo presente Plano de Saneamento e participação ativa da Municipalidade nas questões técnicas e operacionais nas sub-bacias que integram a Bacia do Rio dos Sinos, a saber, Arroio Sapucaia (Guajuviras), Igara, São José, Sinos e Xxxxxxx Xxxxx.

• Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Gravatai: Recentemente (Jul/2012) aprovado pelo comitê de gerenciamento da Bacia do Rio Gravatai, contém todas as etapas do planejamento (diagnóstico, cenários futuros e plano de

ações), conforme Lei que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos. O Plano Gravataí prevê investimentos de cerca de R$ 75 milhões nos próximos quatro anos, com 80% desse montante em ações de controle de poluição da água, através de obras de saneamento em áreas urbanas e rurais. Além disso, o Plano apresenta diretrizes para implementação e consolidação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos, principalmente, outorga e cobrança. Os estudos foram elaborados pela Bourscheid Engenharia S.A. sob a contratação do Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). Identifica-se a necessidade de incorporação das soluções propostas pelo presente Plano de Saneamento e participação ativa da Municipalidade nas questões técnicas e operacionais nas sub-bacias que integram a Bacia do Rio Gravataí, a saber, Arroio Brigadeiro, Niterói, Gravataí/Niterói, Rio Branco e Rio Branco/Niterói.

• Projetos Existentes ou em implantação de obras: A existência de projetos concluídos, ou já contratados em andamento, pode comprometer a eficácia do planejamento da drenagem, haja vista a concepção de soluções

divergentes dos princípios que norteiam a gestão e manejo sustentável das águas urbanas.

A Tabela 4.15 apresenta os projetos concluídos, segundo o DEP (Ver Anexo - Peças Gráficas).

Tabela 4.15 - Projetos do Sistema de Proteção contra Cheias

Titulo	Objeto	Data Conclusão	Observações
Casa de Bombas n°8	Casa de Bombas n° 8 do Dique no bairro Mathias Velho entre a Casa de Bombas n°6 e 7	Não licitado	Em análise na CEF R$ 8.271.312,00 (Estimado em DEZ/2010)
Casa de Bombas n°5 e By-Pass	Casa de Bombas n° 5 e estrutura de desvio (by-pass) no extremo sul do Dique Araçá	Não licitado	R$ 14.767.391,90 (Estimado em JAN/2011)
Casa de Bombas n°9 e By-Pass	Casa de Bombas n° 9 e estrutura de desvio (by-pass) na parte central do Dique Araçá	Não licitado	R$ 13.369.306,14 (Estimado em JAN/2011)
Complementação do Dique Araçá	Complementação do Dique Araçá	Não licitado	R$ 26.976.914,98 (Estimado JAN/2011)
Galeria Pluvial da Vala paralela à Xxx Xxxxxxxxxxxxx	0000x de extensão na vala paralela à Rua Florianópolis	em licitação	Valor Previsto R$ 11.000.000,00
Rede Pluvial na Rua Xxxx Xxxxx	Rede pluvial com 800m de extensão a ser executada com tubos de concreto DN 1,20m	em licitação	Valor Previsto R$ 1.117.000,00
Galeria pluvial da Rua Buttembender	Entre as Ruas Xxxxxxxxx Xxxxx e Av Irineu C. Braga, galeria pluvial com aduelas pré moldadas de 1,0m de altura, por larguras variáveis até 1,60m.	em licitação	Valor Previsto R$ 2.403.000,00
Galeria pluvial da Rua Xxxxx Xxxxx Xxxxxx	Inicia na Xxxxxxxxx Xxxxx, percorre além da Xxxxx, a Xxxxxxx Xxxxxxxxxx , Pistóia e Xxx Xxxx até Irineu C. De Braga.	em licitação	Valor Previsto R$ 4.681.000,00
Galeria Pluvial paralela à Av. Itamar de Xxxxxx Xxxx	Complementação de galeria situada na divisa entre o Bairro Niterói e a Vila João de Barro.Extensão de 700m, seção de 3,0m x 1,8m	em licitação	Valor Previsto R$ 4.971.000,00

Fonte: DEP (SET/2012)

A contratação de novos projetos e estudos de melhorias devem atender às premissas de integração intermunicipal, bem como às tendências de gestão e manejo sustentável das águas urbanas, conforme já vem sendo empregado pela PM de Canoas.

l) Ausência de Instrumentos de planejamento de drenagem integrado com o planejamento urbano que envolva os diversos projetos

Existe uma tendência de que vários projetos sejam elaborados de maneira não convergente em termos de:

• Determinação dos coeficientes de escoamento superficial para um cenário futuro;

• Padronização da metodologia e encadeamento integrado;

• Ausência de um caderno de encargos e manual de drenagem urbana próprio para o município;

• Falta de instrumentos normativos para fiscalização e controle da padronização das soluções propostas.

m) Obras em andamento

Encontram-se em andamento as obras apresentadas pela Tabela 4.16, conforme informações obtidas junto ao DEP (Ver Anexo - Peças Gráficas).

Existe a possibilidade de que estas obras de melhorias não apresentem a devida convergência com o cenário de integração e desenvolvimento urbano previsto pelo Plano Diretor Urbanístico.

Tabela 4.16 - Obras em andamento do Sistema de Drenagem

Titulo	Objeto	Valor Contratado	Data Conclusão
Galeria Pluvial da Vala do Leão (trechos 3,4 e 7)	Trechos 3, 4 e 7 da Vala do Leão, no centro da Rua República.	R$ 13.000.000,00	Julho/2013
Galeria Pluvial da Av. Irineu C. Braga	Entre as ruas Machadinho e CB4, 1900m, com aduelas duplas de seções variáveis entre 4,10m x 2,50m até 4,10m x 3,00m	R$ 29.000.000,00	Nov/2013
Modernização e Automatização das Casas de Bombas	Modernização e Automatização das Casas de Bombas n°1 e 2-Niteroi, 3-Rio Branco, 6 e 7-Xxxxxxx Xxxxx	R$ 2.412.095,84	25/09/2010 (Após os Termos Aditivos de Prazo e Valor)
Rede pluvial na Rua São João	Rede pluvial com tubos de concreto em ambos os lados da via.Via importante da Vila Santo Operário.	R$ 4.2000.000,00	Abril/2013

Fonte: DEP (SET/2012)

n) Interfaces com os sistemas de esgotamento sanitário e de coleta e tratamento de resíduos sólidos

O Planejamento desconexo das ações previstas para o SES e RSU tende a gerar sobreposição de custos por conta da perda de otimização de ações em larga escala, como limpeza, desassoreamento e manutenção de canais.

Redes de micro e macrodrenagem assoreadas pelos sedimentos oriundos dos efluentes domésticos sem devido tratamento, comprometem o revestimento existente nas tubulações, bem como as estruturas dos canais de macrodrenagem, pela presença agressiva de efluentes não tratados ao longo dos anos.

A educação ambiental, em evidente crescimento no município, avança para suprir medidas profiláticas de prevenção da degradação do ambiente natural e construído, de forma a minimizar as ações corretivas de limpeza e desassoreamento.

o) Eventual Expansão Urbana no Quadrante Noroeste

O cenário futuro estabeleceu como diretriz principal a implementação das medidas propostas pelo Plano Diretor Urbanístico vigente.

A elaboração do PLAMSAB destacou a necessidade de se prever uma eventual expansão urbana além dos limites estabelecidos em Lei pelo referido plano Diretor Urbanístico, conforme observado pelas lideranças municipais ao longo das participações da comunidade em reuniões, audiências e oficinas realizadas.

Assim ficou estabelecido que seria concebido um sistema de proteção contra cheias no Quadrante Noroeste, haja vista sua previsão de ocupação urbana em longo prazo, mesmo que eventualmente.

A Figura 4.2 apresenta um esboço da estrutura prevista, composta por dique de proteção, implantação de canais internos e três casas de bombas.

Uma eventual ocupação além da área de expansão urbana prevista, depende de alteração do Plano Diretor Urbanístico vigente e sujeito às seguintes condicionantes:

• Adequação ao novo Código Florestal, Lei nº 12.651 de 25 de Maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;

• Manutenção da vala externa ao dique do Polder Xxxxxxx Xxxxx, que drena parte da bacia do Bairro Igara e escoa as águas drenadas do próprio dique Xxxxxxx Xxxxx;

• Adaptações à via férrea existente, nos trechos junto ao Polder Xxxxxxx Xxxxx, na derivação de uma ramal próximo ao arroio Sapucaia, divisa com Esteio;

• Adaptações na interseção com a BR-386;

• Consideração quanto à faixa de domínio da BR-448;

• Projeto deve prever a baixa capacidade de suporte do solo existente.

Figura 4.2. - Proposição de implantação de um Polder além da área de expansão prevista pelo Plano Diretor no Quadrante Noroeste.

Entre os quantitativos previstos estão:

• Comprimento total do dique: 12,4 km;

• Cota de Coroamento 5,5 m;

• Largura no Coroamento 6 m;

• Taludes: 2(H):1(V);

• Volume de aterro: 1.736.000 m³;

• Necessidade de 3 casas de bombas com cerca de 10 m³/s cada;

• Canal interno com escavação de 372.000 m³.

• Valor estimado para implantação do polder: R$ 140.000.000,00.

4.3.2 Operação da Drenagem Urbana e o Cenário Tendencial

4.3.3.1 Ausência de Cadastro topográfico e estrutural da rede de micro e macrodrenagem

Identifica-se o desconhecimento da geometria detalhada do sistema de drenagem, ou ainda de levantamentos "como construído" dificultando o planejamento e gerando riscos de colapso operacional e estrutural da rede existente.

4.3.3.2 Sistema de proteção contra cheias operando satisfatoriamente

A operação do Sistema de proteção contra cheias mostra-se eficaz, em se