RELATÓRIO FINAL
RELATÓRIO FINAL
“Estudo Paleontológico Complementar com foco na ocorrência de Paleotocas na área de estudo do Projeto Vale do Rio Pardo”
Contrato de Prestação de Serviços de Pessoa Física - Nº PCA002/2012-CO
Responsável: Dr. Xxxxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxxxx
Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia
UNESP
Código do Contrato: 1VNNS004
Estudo Paleontológico Complementar que irá compor o Estudo de Relevância das cavidades identificadas na Área de Influência do Complexo Minerário do Projeto Vale do Rio Pardo, localizado na divisa dos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho, Norte de Minas Gerais.
1. OBJETIVO
Execução de Estudo Paleontológico Complementar com foco na ocorrência de Paleotocas para integrar o Estudo de Valoração das cavidades identificadas na área do Projeto 1VNNS004 da Sul Americana Metais (SAM) e a elaboração das ilustrações.
2. INTRODUÇÃO
2.1 GEOLOGIA
No Neopróterozoico, por volta de 900 Ma, o continente São Francisco-Congo começa a se fragmentar (XXXXXXX-XXXXXX et al. 2007; VILELA, 2010). O inicio desse processo é registrado por diques da Suíte Xxxxx Xxxxx com aproximadamente 906 Ma (XXXXXXX et al. 1989), granitos anorogênicos da Suíte Salto da Divisa com idade aproximada de 870 Xx (XXXXX et al. 2008) e pelos xistos verdes basálticos do membro Rio Preto da Formação Chapada Acauã (GRADIM et al. 2005; XXXXXXXX et al. 2005), indicando a fase rifte da bacia Xxxxxxxx (figura 1).
Figura 1 – Distribuição do Supergrupo Espinhaço no Brasil oriental, com destaque
para o Grupo Macaúbas (retirado de CAXIXO et al. 2008).
Segundo Xxxxxxx-Xxxxxx et al. (2007) por volta de 950Ma ocorreu a Tafrogênese Toniana, acompanhada de magmatismo e sedimentação glaciogênica, sendo esta responsável pela formação da Bacia Macaúbas. São encontradas a leste do cráton, no Orógeno Araçuaí, lascas ofiolíticas em meio a unidades de mar profundo pertencentes ao Grupo Macaúbas, o que evidencia a formação de um oceano. Esse processo provocou ainda a reativação de ramos do rifte Espinhaço então existentes (ALKMIM & XXXXXXX-XXXX 2001).
Na fase rifte da bacia Xxxxxxxx (figura 2) depositaram-se as rochas das formações Matão, Duas Barras, Rio Peixe Bravo, pré-glaciais, e Serra do Catuni, Nova Aurora e a parte inferior da Formação Chapada Acauã, glaciogênicas (XXXXXXX- XXXXXX et al. 1992; NOCE et al. 1997; XXXXXX et al. 1998; XXXXXXX et al. 2008).
Esse rifte evolui para margem passiva e assoalho oceânico.
Figura 2 – Levantamento aerofísico (2005/2006) na área do Membro Riacho das
Poções com destaque em preto para o Bloco 8 (retirado de VILELA, 2010).
Os metadiamictitos do Grupo Macaúbas (figura 2) representam depósitos subaquosos que foram muito deformados e metamorfisados (NOCE et al., 1997; XXXXXX et al., 2007; XXXXXXX-XXXXXX et al. 2010). Estes autores identificaram entre Salinas e Porteirinha, no norte de Minas Gerais as formações Rio Peixe Bravo (filitos e quartzitos) e Nova Aurora (diamictitos ferruginosos ou não, filitos, quartzitos hematítos bandados). A Formação Nova Aurora apresenta deposição cíclica de sedimentos grossos a finos, acamamento gradado, contatos erosivos entre ciclos e estruturas de carga. é caracterizada pelo enriquecimento em hematita, encerrando enormes depósitos (NOCE et al. 1997). Morfologicamente, trata-se de uma área de extensas chapadas dissecadas por meio de um novo ciclo de denudação (VILELA, 1986; XXXXXXXX et al. 1979).
O Bloco 8 (figura 3) está inserido localmente no geossistema cangas/formações ferríferas associado ao membro Riacho Poções (Formação Nova Aurora). O Membro Riacho Poções é representado por pacote de metadiamictito hematítico, com espessura de até 90m, e intercalações localizadas de metadiamictito magnetítico cinza com até 10m de espessura. Essa unidade constitui-se predominantemente por metadiamictitos hematíticos, quartzitos hematíticos e xistos hematíticos subordinados (VILELA, 1986). Segundo Xxxxxx et al. (1978), os metadiamictitos hematíticos, que constituem o minério de ferro, apresentam bandeamento e são formados por leitos de quartzo contendo cristais de hematita, que se alternam com leitos de hematita associada à sericita e clorita. Grande parte de toda essa sequência de litotipos hematíticos está sob uma extensa cobertura de canga, que frequentemente atinge cerca de 30 m de espessura. Superficialmente, as cangas apresentam fragmentos detríticos de minério rico e são compostas geralmente por limonita pura (VILELA, 1986). As altitudes dos platôs de canga variam entre 850 e 950 m, ocorrendo um desnível de até 80 m em relação às superfícies terciárias contíguas.
Figura 3 – Mapa geológico do Bloco 8 (retirado de VILELA, 2010).
Figura 4 – Distribuição das cavidades no Bloco 8 (Fonte: BRANDT).
2.2 PALEONTOLOGIA
As paleotocas encontradas no Brasil se enquadram na classificação de cavidades naturais subterrâneas, ou seja, são cavernas (FRANK et al., 2010a,b,c,d), portanto, devem ser resguardadas pelos parâmetros legais de proteção do patrimônio espeleológico. Os autores classificam as paleotocas de acordo com seu grau de preservação e abundância em quatro tipos: a) formado pelas paleotocas integralmente preservadas, sem preenchimento e cuja seção é praticamente circular, sem apresentar feições de colapso de teto nem de erosão do piso; b) formado por paleotocas que sofreram a erosão por águas correntes; c) formado pelas paleotocas parcialmente preenchidas por sedimentos; d) formado por paleotocas integralmente preenchidas, denominadas de crotovinas.
Xxxxxxxx et al. (2009, 2011) destacam a importância das paleotocas por representarem um grande potencial paleontológico, provavelmente contendo fósseis em seu interior. No caso das paleotocas do Peixe Bravo, Minas Gerais, por se tratarem de estruturas ocorrentes dentro de cavernas, o potencial paleontológico aumenta, uma vez que os condutos das cavernas se encontram em zona afótica e distante da entrada, o que dificulta a ação do intemperismo, facilitando a preservação de possíveis fragmentos fósseis. Além disso, as cavernas apresentam uma alta taxa de sedimentação no solo, o que pode ter encoberto possíveis registros fósseis. Cavernas podem se formar por vários processos geológicos, sendo os mais comuns a dissolução de rochas sedimentares químicas (calcários) e processos erosivos em rochas sedimentares clásticas ou em zonas cisalhadas em rochas magmáticas e metamórficas. Um caso especial de cavernas são as paleotocas, que são icnofósseis, túneis escavados por mamíferos extintos de grande porte da megafauna pleistocênica sul-americana (FRANK et al. 2010e,f,g,h, 2011b).
As paleotocas (icnofósseis) na América do Sul foram primeiramente descritas em afloramentos do litoral argentino entre as cidades de Mar del Plata e Miramar (Província de Buenos Aires), em sedimentos areno-lamosos de coloração castanha amarelado a castanho avermelhado, de idade Plio-Pleistoceno com cerca de 3 milhões de anos (AMEGHINO, 1908; KRAGLIEVICH, 1952; DONDAS et al. 2009). No Uruguai
as paleotocas são recentemente descritas por Xxxxxx et al. (2010, 2011). São estruturas de bioerosão e ocorrem na forma de galerias desobstruídas, possibilitando acesso ao seu interior.
A ausência de restos fósseis no interior das galerias impede a identificação precisa do organismo responsável por sua escavação. As dimensões das galerias, as
marcas de escavação e marcas de osteodermos presentes ao longo das galerias sugerem pelo menos dois escavadores: a) mamíferos xenartros dasipodídeos (tatu- gigante) no caso de galerias com diâmetro entre 0,7 e 1,4 m, e b) mamíferos xenartros milodontídeos (preguiça-gigante) no caso das galerias com diâmetro de até 4 m. A idade das paleotocas está entre 3 milhões de anos e 400 mil anos, devido a ocorrência em depósitos pleistocênicos, não se descarta a possibilidade de idades próximas a 10 mil anos (XXXXXXXX et al. 2009).
Entre os dasipodídeos de grande tamanho (tatus-gigantes) temos o Pampatherium sp. e/ou Holmesina sp. (Pampatheriinae), Eutatus e/ou Propraopus sp. (Dasypodinae). Entre os milodontídeos cavadores (preguiças-gigantes) temos Nothrotherium (Valgipes) ou Eremotherium que habitavam o cerrado brasileiro e o pampa argentino, respectivamente (ZÁRATE & FASANO, 1989; XXXXXXXX, 1992; XXXXXX et al., 1998; VIZCAÍNO et al., 2001). A megafauna de mamíferos representada pelos seus fósseis e icnofósseis (paleotocas) foi extinta no final do Pleistoceno, e pode ser encontrada em diversas fácies sedimentares em toda a América do Sul (figura 5).
No Brasil, as paleotocas foram registradas por paleontólogos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo (XXXXXXXXX & XXXXXX, 1994; XXXXXXXX et al., 2003, 2005, 2008a,b, 2009, 2011; XXXXX et al. 2008a,b, 2009, 2010a,b,c,d,e,f,g,h; 2011a,b,c; XXXX et al., 2010, 2011, XXXXXXX et al., 2010), e
recentemente em Minas Gerais (CARMO et al. 2011b). São consideradas estruturas de moradia temporária ou permanente, e podem ser incluídas na classe etológica Domichnia (CARVALHO & XXXXXXXXX, 2000). “Crotovina” é o termo que se atribui a uma paleotoca preenchida por sedimento, enquanto “dolina” é uma paleotoca cujo teto sofreu desabamento.
Segundo Xxxxxxxx et al. (2011) e Xxxxx et al. (2011a,b,c) os levantamentos topográficos e fotográficos das paleotocas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, revelaram túneis com dezenas a centenas de metros de comprimento. As análises têm como objetivo a descrição das dimensões e estrutura interna da galeria (morfologia, orientação, ramificações) que permitiram visualizar seu posicionamento espacial (figura 6). Segundo os autores, a galeria de passagem tem seção transversal variando de subcircular a subelíptico, sendo utilizada para a locomoção no interior da toca, conectando duas ou mais câmaras de giro. A câmara de giro tem forma elíptica horizontal, sendo o local dentro da galeria onde o animal pode fazer um giro sobre si mesmo, mudando a direção de locomoção dentro da toca.
Figura 5 – Esqueleto de Nothrotherium (preguiça-gigante) e Pampatherium (tatu-
gigante). Originais fotografados no Museu da PUC-MG. Desenhos de Xxxxxx Xxxxx.
Normalmente a galeria e a câmara de giro apresentam marcas de arrasto da carapaça e/ou marcas de garras dos membros durante a escavação. A classificação das marcas nas paredes das galerias foi feita através de comparação com as descrições nos trabalhos de Xxxxx Xxxxx (1973, 1980a, 1980b, 1982); Edmond (1985a, 1985b); Quintana (1992); Xxxxxxxxx & Xxxxxx (1994), Xxxxxx & Xxxxxxxx (1999), Xxxxxxxx et al. (2009) e Xxxxx et al. (2010b,c, 2011b).
Figura 6 – Atividades de pesquisa desenvolvidas pelo projeto Paleotocas (retirado de
Xxxxxxxx et al. 2011)
A primeira descrição de paleotocas em sistemas ferruginosos foi feita por Xxxxx et al. (2011a,b). Os autores não descrevem longos túneis conectados por câmaras, entretanto, descrevem salões e galerias de grande volume, com três novas ocorrências no estado de Minas Gerais. As cavidades estão localizadas na região conhecida como Vale do Rio Peixe Bravo, MG.
Xxxxx et al. (2010b,e) registram paleotocas semelhantes as de Carmo et al. (2011b), Xxxxx et al. (2010c, 2011b) descrevem paleotocas compostas por grandes túneis ou salões, com larguras de até 4,2 metros, alturas de até 2,0 metros e comprimento de até 40 metros. Possuem sinuosidade média e, em suas paredes, observamos marcas de escavação e superfícies lisas por atrito. No teto estão preservadas mais de 3.000 marcas de garra. As características gerais do abrigo e a análise da ornamentação das paredes das porções acessíveis permitem concluir que se trata de um abrigo subterrâneo escavado por preguiças-gigantes da megafauna Sul-Americana.
LEI DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO FOSSILÍFERO
A lei de proteção ao patrimônio fossilífero (paleontológico), é a Constituição Federal da República Federativa do Brasil que, nos seus artigos 20 e 216, V, determina que esse patrimônio é de propriedade da União. Ademais a legislação infraconstitucional também trata do tema através das seguintes fontes: Portaria n. 55/90 do Ministério da Ciência e Tecnologia (regulamenta a coleta de materiais por estrangeiros); Código Penal (art. 163 e 180 tratam dos crimes de destruição de coisa alheia e receptação); Lei n. 7.347/85 (trata da ação civil pública em virtude de danos contra o meio-ambiente); Lei n. 8.176/91 (art. 2 trata do crime de usurpação do patrimônio da União quando explorado em desacordo com o título); Lei n. 9.605/98 (art. 63 e 64 estabelecem crimes ambientais contra o patrimônio cultural).
Nesses termos é possível afirmar que os fósseis são de propriedade da União (art. 20 e 216, V da Constituição Federal) e, portanto, somente a ela podem pertencer. Tal patrimônio, entretanto, pode ficar sob a guarda de instituições nacionais de ensino e pesquisa, assim como parques temáticos e museus.
Quanto à coleta do material fossilífero, os fósseis podem ser coletados por instituições nacionais de ensino e pesquisa e, as instituições estrangeiras poderão participar dessa coleta somente em parceria com instituições nacionais e sob a autorização do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), conforme ditames da Portaria n. 55/90 do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A legislação brasileira estabelece penas para os crimes de destruição e receptação do material (art. 163 e 180 do Código Penal) bem como para o crime de exploração em desacordo com a autorização (art. 2º da Lei n. 8.176/91). Ademais, a Lei n. 9.605/98 estabelece crimes ambientais contra o patrimônio cultural (art. 63 e 64). A SBP (Sociedade Brasileira de Paleontologia) e o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tem por competência a proteção ao patrimônio cultural brasileiro. Sendo o patrimônio paleontológico considerado patrimônio cultural por determinação legal (art. 216, V da Constituição Federal). Por outro lado, o DNPM tem a função de fiscalizar e controlar o exercício das atividades relacionadas ao patrimônio fossilífero (coleta, transporte, entre outras), conforme previsão do Decreto-lei n. 4.146/42. A SBP e o IPHAN devem buscar a proteção ao patrimônio fossilífero, principalmente, através do tombamento de sítios paleontológicos.
Considera- se patrimônio fossilífero:
I - sítio paleontológico, o lugar, a área ou a região onde existam fósseis expostos ou qualquer sinal de plantas ou animais, pré-históricos ou extintos.
II – Fóssil é todo resto ou vestígio de plantas ou animais pré-históricos, sob qualquer forma de preservação, ainda que em partes, bem como os sinais de suas atividades biológicas;
§ 2º - São, também, declarados integrantes do patrimônio cultural do Estado, para os fins desta lei:
I - os icnofósseis, como tocas, rastros ou pegadas de animais pré-históricos, bem como seus ovos e coprólitos;
II - os fósseis de invertebrados, inclusive impressões ou qualquer outra forma de preservação, ainda que parcial;
III - os fósseis de vertebrados, especialmente quando permineralizados ou conservados de outro modo, como os moldes ou qualquer outra forma de fossilização.
IV- os fósseis de plantas, inclusive as silicificações, como ágatas, impressões e carbonizações ou qualquer outra qualquer forma de fossilização de raízes, troncos, ramos, folhas, inflorescências, flores e frutificações.
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1. Atividade de campo
O método utilizado no trabalho de campo segue Xxxxxxxx et al. (2009), e consiste no georreferenciamento com uso de um GPS marca Garmin modelo Etrex Legend (tabelas 1,2,3). Na paleotoca são feitas medidas de largura, altura com trena e rumo com bússola para avaliar a geometria da galeria. Foram feitas fotografias da paleotoca e das marcas nas paredes, com o objetivo de identificar o organismo responsável pela escavação da galeria, com uma máquina NIKON D60 com lente SIGMA grande angular 12-24mm F4.5-5.6 DG para avaliar o formato da galeria. Na caverna Mocororô (coordenadas UTM 745721 e 8228605) foi feito um molde em silicone das marcas para posterior avaliação em laboratório.
Tabela 1 – Cavidades avaliadas no Bloco 8 e entorno.
Xxxxxx | UTM E | UTM N | Projeção (m) | Elevação (m) |
039 | 000000 | 0000000 | 46,24 | 780 |
045 | 741660 | 8205009 | 8,11 | 857 |
046 | 741641 | 8204973 | 822 | |
059 | 741066 | 8204152 | 74,88 | 829 |
072 | 742071 | 8200970 | 36,55 | 852 |
0117 | 000000 | 0000000 | 787 | |
0118 | 741056 | 8204137 | 6,63 | 788 |
0121 | 741304 | 8204206 | 8,41 | 793 |
0110 | 743182 | 8199933 | 21,07 | 783 |
Tabela 2 – Cavidades avaliadas no Vale do Peixe Bravo e entorno.
Xxxxxx | UTM E | UTM N | Projeção (m) | Elevação (m) |
Mocororô | 745721 | 8228605 | 110,00 | 929 |
Px - 01 | 743820 | 8217159 | 5,90 | 735 |
Px - 03 | 743744 | 8217248 | 9,90 | 740 |
Px - 05 | 000000 | 0000000 | 33,30 | 756 |
Px - 07 | 743661 | 8217252 | 9,10 | 741 |
Px - 08 | 743732 | 8217240 | 18,30 | 740 |
Px - 09 | 000000 | 0000000 | 22,90 | 749 |
Px - 10 | 743860 | 8217133 | 12,80 | 731 |
Jatobá | 743172 | 8215002 | 748 |
Tabela 3 – Cavidades avaliadas na área da adutora e entorno.
Xxxxxx | UTM E | UTM N | Projeção (m) | Elevação (m) |
Boca Soberba | 756105 | 8156155 | 180,00 | 732 |
Tocaia de Paca | 756044 | 8156111 | 170,00 | 740 |
Maracanã | 755934 | 8156029 | 26,50 | 709 |
3.2. Atividade de laboratório
Após o trabalho de campo as fotografias das cavidades e o molde de silicone das marcas foram analisados e avaliados, e a seguir entregue o relatório final com figuras e dados em formato editável para avaliação pela Brandt e eventuais solicitações de adequações. As atividades foram desenvolvidas no Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da UNESP – Universidade Estadual Paulista.
4. RESULTADOS
O Estudo Paleontológico Complementar avaliou 21 cavidades. Na figura 7 observamos o mapa das estradas e cavidades elaborado com os pontos e o traçado do GPS. As cavidades 039, 045, 046, 059, 110, 117, 118, 121, Px-01, Jatobá, Soberbo e Tocaia de Paca foram identificados como cavernas de dissolução e/ou abatimento. Não foram identificados fósseis ou icnofósseis, portanto, não foram valoradas sob aspecto paleontológico. As cavidades 072, Mocororô, Maracanâ, Px-03, Px-05, Px-07, Px-08, Px-09 e Px-10 foram identificadas como paleotocas escavadas pela megafauna de mamíferos extintos, sendo valoradas sob aspecto paleontológico, e descritas a seguir.
Figura 7 – Mapa das estradas e cavidades elaborado com os dados obtidos do GPS.
4.1 Cavidade 072
Cavidade apresenta duas aberturas em arco, voltadas SW se expandindo em um salão com 36 metros de desenvolvimento, que mostra luminosidade somente nos primeiros metros, sendo consideradas afóticas. Em sua extensão interna havia icnofósseis (marcas de garras). Os icnofósseis foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos. Identificamos marcas duplas (figura 8), sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 8 – Cavidade 072 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a megafauna
de mamíferos extintos.
4.2 Cavidade Mocororô
Cavidade com 96,5 metros de desenvolvimento e amplos condutos irregulares, atingindo uma altura máxima de 5 metros no salão central. No salão não foram identificados icnofósseis, haviam grande blocos abatidos; mas em toda extensão interna havia abundantes icnofósseis (marcas de garras) muito bem preservados (figura 9). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. As marcas de garras foram identificadas desde o nível do solo até 3,0 metros de altura.
Figura 9 – Cavidade Mocororô com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos. Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos). Foi retirado um molde dos icnofósseis em silicone liquido na cavidade Mocororô (figura 10). O molde foi depositado na coleção paleontológica da UNESP (Universidade Estadual Paulista – campus de São Vicente) para posterior comparação entre outras localidades.
Figura 10 – Molde dos icnofósseis em silicone líquido na cavidade Mocororô.
4.3 Cavidade Maracanã
Cavidade com 26 metros de desenvolvimento. No salão havia icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. As marcas de garras foram identificadas desde o nível do solo até o teto com cerca de 2,5 metros de altura. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 11). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 11 – Cavidade Maracanã com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
4.4 Cavidade Px-03
Cavidade com 10 metros de desenvolvimento. No salão havia icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 12). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 12 – Cavidade Px-03 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
4.5 Cavidade Px-05
Cavidade com 33 metros de desenvolvimento. No salão havia icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 13). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 13 – Cavidade Px-05 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
4.6 Cavidade Px-07
Cavidade com 10 metros de desenvolvimento. No salão havia icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 14). Não identificamos marcas duplas descartando uma preguiça-gigante de 2 dedos (milodontídeo). As dimensões da galeria (diâmetro constante) sugerem que um dasipodídeo de grande tamanho (tatu-gigante) foi responsável pela escavação.
Figura 14 – Cavidade Px-07 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
4.7 Cavidade Px-08
Cavidade com 18 metros de desenvolvimento. No salão havia excelentes icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 15). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 15 – Cavidade Px-08 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
4.8 Cavidade Px-09
Cavidade com 22 metros de desenvolvimento. No salão havia excelentes icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 16). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 16 – Cavidade Px-09 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
4.9 Cavidade Px-10
Cavidade com 12 metros de desenvolvimento. No salão havia registros de icnofósseis (marcas de garras). Alguns setores com marcas paralelas, outros com marcas entrelaçadas. Os icnofósseis (marcas de garras) foram atribuídos a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos (figura 17). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos).
Figura 17 – Cavidade Px-10 com icnofósseis (marcas de garras) atribuídos a
megafauna de mamíferos extintos.
5. CONCLUSÕES
Foram identificadas 09 paleotocas atribuídas a megafauna de mamíferos extintos, sendo 08 atribuídas a milodontídeos (preguiças-gigantes de 2 dedos), e 01 atribuída a dasipodídeos (tatus-gigantes) (tabela 4).
As cavidades 072, Mocororô, Maracanâ, Px-03, Px-05, Px-8, Px-09, Px-10 são salões escavados na rocha friável. Apresentam em suas paredes muitos icnofósseis (marcas de garras). Identificamos marcas duplas atribuídas a escavação de uma toca pela megafauna de mamíferos extintos, sugerindo que um milodontídeo cavador (preguiça-gigante de 2 dedos) foi responsável pela escavação e/ou ampliação da cavidade.
A cavidade Px-07 é um túnel escavado na rocha friável. Apresenta em sua parede icnofósseis (marcas de garras). Devido o formato tubular e as dimensões da galeria sugerem que um dasipodídeo de grande tamanho (tatu-gigante) foi responsável pela escavação e/ou ampliação da cavidade.
A análise preliminar indica que as cavidades Mocororô, Maracanã e Px-8 apresentam excelente preservação das marcas. As cavidades Px-05 e Px-09 apresentam boa preservação das marcas. As cavidades 072, Px-03, Px-7 e Px-10 apresentam poucas marcas mal preservadas.
Sugerimos estudos detalhados em todas as cavidades.
Tabela 4 – Paleotocas atribuídas a megafauna de mamíferos extintos.
UTM E | UTM N | Projeção (m) | Elevação (m) | |
O72 | 742071 | 8200970 | 36,55 | 852 |
Mocororô | 745721 | 8228605 | 110,00 | 929 |
Maracanã | 755934 | 8156029 | 26,50 | 709 |
Px - 03 | 743744 | 8217248 | 9,90 | 740 |
Px - 05 | 000000 | 0000000 | 33,30 | 756 |
Px - 07 | 743661 | 8217252 | 9,10 | 741 |
Px - 08 | 743732 | 8217240 | 18,30 | 740 |
Px - 09 | 000000 | 0000000 | 22,90 | 749 |
Px - 10 | 743860 | 8217133 | 12,80 | 731 |
6. CONSIDERAÇÕES FUTURAS
A supressão de cavidades exige a preservação de outras cavidades de igual relevância. O Vale dos Gigantes esta associado a drenagem do rio Esmeril, que por sua vez é afluente do rio Peixe Bravo (figura 18). As cavidades identificadas neste relatório foram escavadas pela megafauna de mamíferos extintos na encosta íngreme composta por metadiamictito. As cavidades estão dispostas três de um lado do rio, e quatro do outro lado do rio. O lugar realmente sugere o nome “Vale dos Gigantes”.
As cavidades no Vale dos Gigantes, em especial a cavidade Px-08 (figura 15) exibem os melhores registros de icnofósseis dentre as cavidades analisadas neste relatório. Nos seus salões se preservou excelentes registros de icnofósseis (marcas de garras). Identificamos marcas duplas sugerindo um milodontídeo cavador (preguiças- gigantes de 2 dedos), além de um dasipodídeo de grande tamanho (tatu-gigante). Existe a possibilidade de encontrarmos ossos fossilizados no interior das cavidades.
Sugerimos transformar o “Vale dos Gigantes” numa Unidade de Conservação.
Figura 18 – Mapa de localização do “Vale dos Gigantes” com destaque na distribuição
das paleotocas no vale do rio Esmeril, afluente do rio Peixe Bravo.
BIBLIOGRAFIA
Xxxxxx, X.X & Xxxxxxx-Xxxx M.A. 2001. A bacia intracratônica do São Francisco: Arcabouço estrutural e cenários evolutivos. In: Xxxxx, X.X.; Xxxxxxx-Xxxx, M.A. (eds.) Bacia do São Francisco: geologia e recursos naturais. Belo Horizonte, SBG-MG, p.9-30.
Xxxxxxxx, X. 1908 Las formaciones sedimentarias de la región litoral de Mar del Plata y Chapadmalal. Museo de Historia Natural de Buenos Aires, 7(3): 343-428.
Xxxxxxxx, X.; Xxxxxx, R.J.; Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxxxx, F.F.; Xxxx, X.X. & Xxx, X. 2005. Geocronologia U-Pb (SHRIMP) e Sm-Nd de xistos verdes basálticos do Orógeno Araçaí: Implicações para a idade do grupo Macaúbas. Revista Brasileira de Geociências, 35(4-suplemento): 77-81.
Xxxxxx, X. & Xxxxxxxx, J.C. 1999. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros. Ed.
UnB; Ed. IBAMA, 180p.
Xxxxxxxxx, X.X. & Xxxxxx, X. 1994 Icnofósseis de mamíferos (crotovinas) na planície costeira do Rio Grande do Sul. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 66(2): 189-197.
Xxxxxxxx, F.S.C.; Xxxxx, F; Xxxxx, X.X. & Xxxxxxxxx, L.J. 2003. Traços fósseis (paleotocas e crotovinas) da megafauna extinta no Rio Grande do Sul, Brasil. 9O Congresso da ABEQUA Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, Recife, PE, Anais ... CD-ROOM.
Xxxxxxxx, F.S.C.; Xxxxx, X. & Xxxxx, X.X. 2005. Novas paleotocas de tatus gigantes extintos identificadas no Estado de São Paulo: Comparação com o Rio Grande do Sul e a Argentina. Reunião Regional de Paleontologia - Paleo 2005, Porto Alegre. Resumos.
Xxxxxxxx, F.S.C.; Xxxxxx, D.S.E. & Xxxxxxx, M. 2008ª. Ocupação das paleotocas de tatus gigantes extintos por índios do grupo Jê no sul de Santa Catarina, Brasil. VI Encontro SAB Sul, Tubarão, SC. Resumos, p.35.
Xxxxxxxx, F.S.C.; Xxxxx, X.X. & Xxxxx, X. 2008b. Paleotocas de mamíferos extintos no sudeste e sul do Brasil. VI Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, Ribeirão Preto, SP, Boletim de resumos, 56-57.
Xxxxxxxx, F.S.; Xxxxx, X.X., Xxxxx, X. 2009. Icnofósseis (Paleotocas e Crotovinas) atribuídos a mamíferos extintos no Sudeste e Sul do Brasil. Revista Brasileira de Paleontologia, 12(3): 247-256.
Xxxxxxxx, F.S.; Xxxxx, H.T.; Xxxx, L.G.; Xxxxx, F.; Xxxxxxx, M. & Xxxxx, X.X. 2011 10 anos do Projeto Paleotocas: Estado da arte. In: 13 Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário - ABEQUA, 13, Armação dos Búzios, RJ, Brasil. Anais... 1 CD-ROM.
Xxxxx, F.F.; Xxxxx, F.F.; Xxxxxxx, A.A.S. & Xxxxxx, C.M. 2011a. Novo sítio espeleológico em sistemas ferruginosos, no vale do rio Peixe Bravo, norte de Minas Gerais, Brasil. Espeleo-Tema 22(1): 25-39.
Xxxxx, F.F.; Xxxxx, F.F.; Xxxxxxxx, F.S.C.; Xxxxx, X.X. & Xxxxxx, C.M. 2011b. Primeiros registros de paleotocas desenvolvidas em formações ferríferas, Minas
Gerais, Brasil. Anais do 31º Congresso Brasileiro de Espeleologia, Ponta Grossa, PR, pp. 531-540.
Xxxxxxxx, X.X. & Xxxxxxxxx, A.C.S. 2000. Icnofósseis. In: Xxxxxxxx, X.X. (ed.) Paleontologia. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 628p.
Xxxxxx, F.A.; Xxxxxx, Y.L.O.P.; Xxxxxx, A.; Xxxxxxxx, X.X. & Xxxxxxxxx, F.R.L. 2008. A geologia entre Macaúbas e Canatiba (Bahia) e a evolução do Supergrupo Espinhaço no Brasil Oriental. Geonomos, 16(1): 11-20.
Xxxxxx, X.; Xxxx, F.I. & Xxxxxxxxx, J.L. 2009. Paleocaves exhumed from Miramar Formation (Ensenadense Stage-age, Pleistocene), Mar del Plata, Argentina. Quaternary International, 210: 44–50.
Xxxxxx, X. 1985a. The fossil giant armadillos of North America (Pampatheriinae, Xenarthra = Edentata). In: Xxxxxxxxxx, X. X. (ed) The evolution and ecology of armadillos, sloths, and vermilinguas. Smithsonian Institution Press, 83-93.
Xxxxxx, X. 1985b. The armor of fossil giant armadillos (Pampatheriinae, Xenarthra = Edentata). Number 40, Pearce-Sellards series, Texas Memorial Museum, University of Texas, 1-40.
Xxxxx, H.T.; Xxxxxxxx, F.S.C.; Xxxxxxx, A.M.; Xxxxx, R.P.; Xxxxx, X. & Xxxx, L.G. 2008a. New palaeoburrows (ichnofossils) in the state of Rio Grande do Sul, Brazil (Southeastern edge of the Paraná basin, South America). Reunião Regional de Paleontologia - Paleo 2005, Porto Alegre. Resumos, p.27.
Xxxxx, H. T.; Xxxxxxxx, F. S. C.; Xxxxxxx, A. M.; Xxxxx, R. P.; Xxxxx, X. & Xxxx, X. X. (2008b). Crotovine (filled palaeoburrows) patterns on the southeast limit of the Paraná basin (Rio Grande do Sul, Brazil). Reunião Regional de Paleontologia - Paleo 2005, Porto Alegre. Resumos, p.26.
Xxxxx, X. X. 2009. Paleotocas na região metropolitana de Porto Alegre. Boletim eletrônico da Sociedade de Espeleologia Brasileira - SBE, ano 4, no114, xxx.xxx.xxx.xx/xxxxxxxxxxx/XXXXxxxxxxx_000.xxx
Xxxxx, X.X.; Xxxxx, F.; Xxxx, L.G.; Xxxxx, R.P.; Xxxxxxx, M. & Xxxxxxxx, F.S.C. 2010a. Public understanding of science as a key factor in vertebrate paleontology research. In: VII Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, Rio de Janeiro, Anais, 1 CD-ROM.
Xxxxx, X.X.; Xxxxx, F.; Xxxx, L.G.; Xxxxx, R.P.; Xxxxxxx, M. & Xxxxxxxx, F.S.C 2010b. The occurrence pattern of large Cenozoic palaeoburrows in a pilot area in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. In: VII Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, Rio de Janeiro, Anais, 1 CD-ROM.
Xxxxx, X.X.; Xxxxx, F.; Xxxx, L.G.; Xxxxx, R.P.; Xxxxxxx, M. & Xxxxxxxx, F.S.C 2010c. Uma caverna formada por processos biofísicos e geológicos: A Paleotoca do Arroio da Bica (Nova Hartz, Rio Grande do Sul, Brasil). In: II Simpósio Sul- Brasileiro de Espeleologia. Ponta Grossa (PR), Julho de 2010. Anais, 1 CD-ROM.
Xxxxx, X.X.; Xxxxx, F.; Xxxx, L.G.; Xxxxx, R.P.; Xxxxxxx, L.W.; Xxxxxxx, X. & Xxxxxxxx, F.C.S. 2010d. Paleotocas e o Cadastro Nacional de Cavernas Brasileiras - Uma Discussão. In: II Simpósio Sul-Brasileiro de Espeleologia. Ponta Grossa (PR), Julho de 2010. Anais, 1 CD-ROM.
Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, M. & Xxxxx, X.X., 2010e. The megatunnels of the South American Pleistocene megafauna. In:
Simpósio Latinoamericano de Icnologia, São Leopoldo, Brasil, Novembro 2010.
Resúmenes/Abstracts, p. 39.
Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, M. & Xxxxx, X.X., 2010f. Palaeovertebrate tunnels from the granitic area of Porto Alegre and Viamão (Rio Grande do Sul, Brazil). In: Simposio Latinoamericano de Icnología, São Leopoldo, Brasil, Novembro 2010. Resúmenes/Abstracts, p. 40.
Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxx, R.P., Xxxxxxxx, F.C.S. & Xxxxxxx, M., 2010g. Phealth and life risks in large palaeovertebrate Tunnel Research. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia - PALEO 2010, Seção RS, 9-10 de Dezembro de 2010, Porto Alegre, RS, Brasil. Resumos... 1 CD-ROM.
Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxx, R.P., Xxxxxxxx, F.C.S. & Xxxxxxx, M., 2010h. Discovery Strategies of Large Palaeovertebrate Tunnels in Southernmost Brazil. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia - PALEO 2010, Seção RS, 9-10 de Dezembro de 2010, Porto Alegre, RS, Brasil. Resumos... 1 CD-ROM.
Xxxxx, H.T., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxx, L.G., Xxxxx, R.P., Xxxxxxx, M. & Xxxxx, X. 2011a. Interdisciplinaridade Aplicada a Paleotocas. In: Congresso Brasileiro de Espeleologia, 31, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Resumos..., 1 CD-ROM.
Xxxxx, H.T., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxx, R.P. & Xxxxxxx, M., 2011b. Karstic Features Generated from Large Palaeovertebrate Tunnels in Southern Brazil. Espeleo-Tema, 22(1): 139-143, SBE, Campinas, SP.
Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, M., Xxxxx, X. & Xxxxx, X.X., 2011c. Paleotocas em Terrenos Graníticos no Rio Grande do Sul, Brasil. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia - PALEO 2011, Seção RJ/ES, 7-10 de Dezembro de 2011, Alegre, MG, Brasil. Resumos... 1 CD-ROM.
Xxxxxx, X.X.; Xxxxxx, F.F.; Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxxxxxx, M.; & Xxxx, C.M. 2005. Xistos verdes do Alto Araçaí, Minas Gerais: Vulcanismo básico do rifte Neoproterozóico Macaúbas. Revista Brasileira de Geociências, 35(4- suplemento): 59-69.
Xxxxxxxxxxx, X. 1952. El perfil geológico de Chapadmalal y Miramar, Prov. de Buenos Aires. Revista del Museo de Ciencias Naturales y Tradicionales, Mar del Plata, 1(1): 8-37.
Xxxx, X.X., Xxxxx, X.X., Xxxxx, X., Xxxxx, R.P., Xxxxxxxx, F.C.S. & Xxxxxxx, M., 2010. A New Pattern of Digging Marks in Large Palaeovertebrate Tunnels. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia - PALEO 2010, Seção RS, 9-10 de Dezembro de 2010, Porto Alegre, RS, Brasil. Resumos... 1 CD-ROM.
Xxxx, X.X., Xxxxx, H.T., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, X., Xxxxx, X. & Xxxxx, X.X., 2011. Archaeology versus Paleontology: The Question of the South American Palaeovertebrate Tunnels. In: Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário - ABEQUA, 13, Armação dos Búzios, RJ, Brasil. Anais... 1 CD-ROM.
Xxxxxxx, X.; Xxxxxxx, A.; Xxxxx, F.R.; Xxxxxx, X.X. & Xxxxxxx-Xxxxx, P.A. 1989. Resultados preliminares da geocronologia U-Pb na serra do Espinhaço Meridional. Boletim do Núcleo Minas Gerais – Sociedade Brasileira de Geologia, 10: 171- 174.
Xxxxxxx, M.S.; Xxxxxxxxx, J.; Xxxx, X.X.; Xxxxxxxx, M.; Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxx, A.N. & Xxx, X. 2008. A sequencia pré-glacial do Grupo Macaúbas na área-tipo e o registro da abertura do rifte Araçaí. Revista Brasileira de Geociências, 38: 768- 779.
Xxxx, C.M.; Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxxxx-Xxx, J.H.; Xxxxx, F.J.; Xxxxxxxxx, M.L.V.; Xxxxxx, M.A.A.; Xxxxxxxx, M.J.R. & Xxxxx, N.C. 1997. Nova divisão estratigráfica regional do Grupo Macaúbas na faixa de Araçaí: Registro de uma bacia Neoproterozóica. Boletim do Núcleo Minas Gerais – Sociedade Brasileira de Geologia, 14: 29-31.
Xxxx, C.M.; Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxxxx-Xxx, J.H.; Xxxxx, F.J.; Xxxxxxxxx, M.V.; Xxxxxx, M.A.A.; Xxxxxxxx, M.J.R. & Xxxxx, N.C. 1997 Nova subdivisão Estratigráfica regional do Grupo Macaúbas na Faixa Araçuaí: O Registro de uma bacia Neoproterozóica. Boletim do Núcleo Minas Gerais-Sociedade Brasileira de Geologia, 14: 29-31.
Xxxxxx, X., Xxxxx, H.T., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, X., Xxxxx, X., Xxxx, X.X. & Xxxxx, R.P., 2011. Características cársticas generadas en terrenos graniticos a partir de túneles de paleovertebrados de la Megafauna de América del Sur. In: Encuentro Uruguayo de Espeleología, 3. Montevideo, Uruguay, Octobre 2011. Anais...
Xxxxxx, X., Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, M. & Xxxxx, X.X., 2010. Paleocuevas en la región de la Formación Tacuarembó (Cuenca del Paraná), Uruguay. In: II Encuentro Uruguayo de Espeleología, Montevideo, Uruguay, Setiembre 2010. Anais.
Xxxxx-Xxxxx, X. 1973. Edentados fósseis de São Paulo. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 45(2): 261-275.
Xxxxx-Xxxxx, X. 1980a. Um tatu gigante do Pleistoceno de Santa Catarina. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 52(3): 527-531.
Xxxxx-Xxxxx, X. 1980b. Propraopus punctatus (Lund, 1840) no Pleistoceno de Cerca Grande, Minas Gerais. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 52(2): 323- 325.
Xxxxx-Xxxxx, X. 1982. Pleistocene armadillo from Cantagalo, State Rio de Janeiro.
Iheringia, série geológica, Porto Alegre, 7: 65-68.
Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxx, C.M.; Xxxxx, P.H.; Xxxxxxxx, R.L.B.P. & Xxxxxxxxx, O.H. 1992. Towards a new tectonic model for the Late Proterozoic Araçaí (SE-Brazil)- West Congolian (SW African) belt. Journal of South American Earth Sciences, 6(1/2): 33-47.
Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C.; Xxxx, C.M.; Xxxxxx, F.F.; Xxxxx, L.C.; Xxxxxxxx, M.; Xxxxxxx, U. & Xxxxxxxxx, X. 2007. Orógeno Araçaí: Síntese do conhecimento 30 anos após Xxxxxxx 1977. Geonomos, 15(1): 1-16.
Xxxxxxxx, X. X. 1992. Estructura interna de una paleocueva, posiblemente de un Dasypodidae (Mammalia, Edentata) del Pleistoceno de Mar del Plata (provincia de Buenos Aires, Argentina). Ameghiniana, 29(1): 87-91.
Xxxxx, X.X.; Xxxxxxx-Xxxxxx, A.C. & Xxxxxxxx, L.R. 2008. Tonian rift-related, A-type continental plutonism in the Araçaí orogeny, Eastern Brazil: New evidences for the
breakup stage of the Sao Francisco-Congo paleocontinent. Gondwana Research, 13: 527-537.
Xxxxxxx, R., Xxxxx, H.T., Xxxx, L.G., Xxxxx, X., Xxxxxxxx, F.C.S., Xxxxxxx, M. & Xxxxx, X.X. 2010. Palaeovertebrate tunnel pattern in granitic terrains: an example from Viamão (state of Rio Grande do Sul, Brazil). In: Simposio Latinoamericano de Icnología, São Leopoldo, Brasil, Novembro 2010. Resúmenes/Abstracts, p. 60.
Xxxxxx, X.; Xxxxxxxx, X.X. & Xxxxxx-Xxxxx, M. 1998. Proterozoic rifting and closure, SE border of the São Francisco Craton, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 11(2): 191-203.
Xxxxxx, X.; Xxxxxxxxx, R.R.; Xxxxxx-Xxxxx, M. & Xxxxxxx, X. 2007. A Glaciação Sturtiana (750 MA), a Estrutura do Rifte Macaúbas-Santo Onofre e a Estratigrafia do Grupo Macaúbas, Faixa Araçuaí. Geonomos, 15(1): 45-60.
Xxxxxx, X.X.; Xxxx, C.A.; Xxxxxxxx, T.M. & Xxxxx, A.S. 1978. Prospecção das jazidas de minério de ferro dos municípios de Porteirinha, Rio Pardo de Minas, Riacho dos Machados e Grão-Mogol, norte de Minas Gerais. Congresso Brasileiro de Geologia. 20, Recife. Anais. Recife: p.1914-1921.
Vilela, O.V. 1986. As jazidas de minério de ferro dos municípios de Porteirinha, Rio Pardo de Minas, Riacho dos Machados e Grão-Mogol, norte de Minas Gerais. In: Schobbenhaus C. & Coelho C.E.S. Principais Depósitos Minerais do Brasil: Ferro e Metais da Indústria do Aço, 2: 111-120.
Xxxxxx, F. T. 2010. Caracterização de metadiamictitos ferruginosos da Formação Nova Aurora (Grupo Macaúbas, Orógeno Araçuaí) a oeste de Salinas, MG. Dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal de Minas Gerais, 135p.
Xxxxxxxx, S. F., Xxxxxx, M., Xxxxx, M. S., & Xxxxxx, X. 2001. Pleistocene burrows in the Mar del Plata area (Argentina) and their probable builders. Acta Palaeontologica Polonica, 46: 157–169.
Xxxxxxxx, X.X.X.; Xx, X.X.; Xxxxxx, O.V.; Xxxxxx, X.X. & Xxxxxxx, J.M.P. 1979. Geologia dos vales dos Rios Peixe Bravo e Alto Vacaria. Norte de Minas Gerais. Atas 1º Simpósio Geologia de Minas Gerais. SBG – Núcleo MG, Boletim 1: 75-87.
Xxxxxx, X. X. & Xxxxxx, J. L. 1989. The Plio-Pleistocene Record of the central eastern Pampas, Buenos Aires province, Argentina: The Chapadmalal case study. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 72: 27-52.
Xxxxxx, M. A.; Xxxxx, M. S.; Xxxxxxxx, S. F.; Xxxxxx, X. & Xxxxxxx, X. 1998. Estructuras biogénicas en el Cenozoico tardío de Mar del Plata (Argentina) atribuibles a grandes mamíferos. Revista AAS - Associação Argentina de Sedimentologia, 5(2): 95-103.