Relatório de Atividades nº 3 – Implantação da Segunda TS “Hortas Comunitárias” (Empreendimento Cidade do Povo/Rio Branco – Acre).
Relatório de Atividades nº 3 – Implantação da Segunda TS “Hortas Comunitárias” (Empreendimento Cidade do Povo/Rio Branco – Acre).
À Fundação Banco do Brasil Brasília (DF)
Nº do Contrato
2017/02 – OS 15.613
2017/02 – OS 15.614
Período
26/05/2018 a 21/11/2018
Instituição
Associação Veracidade
Empreendimento
Cidade do Povo - Quadra 06 e 08.
Município/UF
Rio Branco/AC
Responsável técnico
Xxxxx Xxxxx/ e-mail: xxxxxxxxxxxx@xxxxx.xxx.xx Telefone: (00) 0 0000-0000 Apoio – Xxxxxxxx Xxxxx (Consultor e Administrador)
A. APRESENTAÇÃO
Este relatório contém informações sobre as atividades realizadas após as escolhas das duas tecnologias sociais para o empreendimento Cidade do Povo, especificamente quanto à implantação da segunda TS “Hortas Comunitárias” para a Xxxxxx 00 x 00 xx Xxxxxx xx Xxxx em Rio Branco – Acre. Além disso, apresenta perspectivas futuras quanto ao processo implantado a partir do projeto MUTS.
B. EXECUÇÃO FÍSICA
B.1. Preparação da área, Mobilização e planejamento da oficina.
ATIVIDADE - Mapeamento de parcerias e áreas para implantação da TS Horta Comunitária
Após a realização da 2ª assembleia do projeto e a escolha das TS realizada em Maio de 2018, iniciaram conversas prévias com lideranças e possíveis interessados para o trabalho em relação à implantação da horta comunitária na Cidade do Povo. Neste sentido, em Julho de 2018 orientamos alguns moradores que participaram mais ativamente das atividades do projeto, além da presidente da associação de bairro e liderança comunitária da Cidade do Povo, Xxxxxxxx Xxxxxxxx (Mana), quanto ao levantamento de áreas minimamente adequadas a implantação da TS, considerando o domínio/posse do terreno e também condições de água, solo, uso do espaço, dentre outros. Os técnicos locais e presidente da associação tiveram contato com os responsáveis da Secretaria de Estado de Habitação e da Prefeitura, localizados na Cidade do Povo, já habituados e conhecedores do Projeto, a respeito de possíveis áreas que poderiam ser destinadas a implantação da horta comunitária.
A partir destas mobilizações iniciais, algumas áreas e parcerias em potencial foram identificadas para a implantação de atividades de horta comunitária na Cidade do Povo:
• A SEHAB e a Prefeitura, a princípio, indicaram que haveria possiblidades que o projeto da Horta Comunitária utiliza-se o espaço público da Quadra 08 (para futuras instalações de esporte e lazer – implantado em todas as quadras, exceto esta quadra);
• Por intermédio de um encontro com presidente da Associação de Moradores, os representantes do estado e da prefeitura expuseram a dificuldade de outros terrenos e áreas na Cidade do Povo, se não, aquelas que já foram disponibilizadas aos moradores;
• Este espaço atualmente (praça da quadra 08) é utilizado para alojamento de entulhos e lixos diversos entre vários moradores da quadra 06 e de quadras próximas;
• A presidente da Associação de Moradores trouxe uma proposta a partir do mapeamento realizado junto a Cidade do Povo, diante do interesse da Igreja Católica em implantar uma horta comunitária na Cidade do Povo (Centro Comunitário da Igreja Católica – Quadra 01, ao lado da quadra 06);
• Segundo este mapeamento, haveria um espaço a ser concedido para o desenvolvimento do projeto de horta (“sonho da paróquia1”, com uma prévia abertura das irmãs -
1 Por conta própria e com ajuda de alguns moradores que participam da paróquia, as irmãs já possuem uma horta e canteiros suspensos dentro do espaço da casa da paroquia.
administradores do espaço- para que houvesse uma integração);
• Mapeou-se o Viveiro de Produção de Mudas do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (UFAC) como possível local de doação de mudas – principalmente frutíferas;
• Foi feito um contato com a UTRE (Unidade de Tratamento de Resíduos do município de Rio Branco), cadastrando o nome da Horta Comunitária da Cidade do Povo para disponibilidade de doação de composto orgânico produzido na unidade;
• Além destas parcerias locais, pode-se mapear a localização dos primeiros fornecedores de materiais e equipamentos em proximidade com a Cidade do Povo;
ATIVIDADE- Caracterização da(s) área(s) potencial (is) para implantação da TS Hortas
No processo de mapeamento e caracterização, apenas duas áreas foram mapeadas com potencial para a implantação da TS Horta comunitária na Cidade do Povo, são elas:
(1ª) Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxx 00: área pública abandonada e com utilização de depósito de todo o tipo de resíduos e utensílios. Contaminação com animais e esgoto. Diferentemente de outras quadras, que possuem um espaço de esporte e lazer “centrais”, nesta quadra específica, ainda não foi construída nenhuma estrutura, mesmo que os gestores públicos relatam que “está no planejamento”. Área central por volta de 4.000 m². Não há disponibilidade de água nas proximidades, com dificuldade dos moradores por acesso nos meses de seca amazônica.
Figura I: Área pública entre as quadras 08 e 09
(2ª) Centro Comunitário da Igreja Católica - Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora (Salesianas – São João Bosco)
Quadra 01 D – Xxx Xxxxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxx, X/Xx --Xxxxxx Xxxxxxxxxxx xx Xxxxxx Católica.
Área particular destinada à igreja católica na Cidade do Povo pelo governo do estado do Acre. Neste espaço, além da casa paroquial e de um grande salão para encontros religiosos, existe hoje um pequeno campo de futebol improvisado para as crianças e jovens da quadra e grande espaço sem uso. É neste espaço sem utilização, que as irmãs diziam “ ter o sonho de trabalhar uma horta comunitária”.
O terreno para o trabalho de uma horta comunitária seria de aproximadamente 469 m². O solo é de aterro, sendo que, a igreja está construindo/terminado um poço artesiano para captação de água para uso dos espaços paroquianos.
Figura II: Área da Igreja Católica da Cidade do Povo (quadra 01 – ao lado da quadra 06 e nas proximidades das quadras 08 e 09)
– DEFINIÇÃO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO –
Após a conclusão do processo de busca e levantamento de possíveis áreas potenciais para implantação da TS Horta Comunitária, analisou-se conjuntamente com lideranças e moradores mais atuantes da quadra 06 e 08 o contexto para desenvolvimento do trabalho nestas duas áreas e concluiu-se que seria mais estratégico desenvolver a tecnologia no espaço cedido e em parceria com a Paróquia da Igreja Católica na Cidade do Povo por considerar:
⮚ Ampla abertura e interesse da igreja e das irmãs que residem na Cidade do Povo em contribuir no desenvolvimento de uma horta comunitária na área em questão;
⮚ Boas condições estruturais e de apoio para o desenvolvimento da TS nesta área – segurança, condições de água, monitoria, dentre outros;
⮚ Fortalece questões de respeito e segurança de outros moradores por saberem que a área é da igreja;
⮚ Boa disponibilidade de água, principalmente no período de seca (construção de um poço que pode ser utilizado pela horta);
⮚ Começar em uma área menor, com maior capacidade de gestão e autonomia do grupo frente às tarefas e trabalhos no tempo;
⮚ Ter apoio da igreja na manutenção e no condicionamento de equipamentos e materiais da horta;
⮚ Mesmo que não seja propriamente nas quadras 06 e 08, a área da paróquia é vizinha às quadras (quadra 01);
⮚ O grupo considerou que a área da xxxxx xxxxxxx xx xxxxxx 00 seria um passo grandioso para este momento, além do que, no caso da área, mesmo com uma indicação positiva do estado, não se tem uma certeza quanto a estes processos (ainda mais em momento de eleições e pleitos estaduais). Ainda sim, a própria gestão, segurança do local e condicionamento de equipamentos e materiais do projeto, monitoramento e vistoria, sem apoio do poder público e um amplo processo de mobilização e educação dos moradores; poderia inviabilizar o processo de implantação do processo da TS.
Neste processo de caracterização de áreas potenciais, os técnicos locais já tiveram contato com a empresa detentora da TS, visando nivelar processos formais e orientadores quanto à escolha e definição da área de implantação da horta comunitária. Da mesma forma, internamente, a equipe da Veracidade problematizou estas possibilidades, estando de acordo, neste momento, com a previsibilidade da parceria com a igreja no desenvolvimento do projeto e a incerteza quanto ao território público.
Assim, em meados de Agosto e Setembro de 2018, ocorreram encontros entre a equipe técnica local da Veracidade, moradores e lideranças das quadras e as representações e responsáveis da igreja católica na Cidade do Povo a fim de nivelar, construir laços e acordos necessários para a implantação da horta.
Esta estratégia foi articulada por moradores locais, sabedores que a Igreja possuía uma área ampla e com espaço para o desenvolvimento de atividades como esta, além desta motivação de representantes da Igreja em desenvolver uma horta comunitária neste ponto.
Figura III: Encontros com representantes da Igreja da Cidade do Povo e lideranças comunitárias mais atuantes no projeto para prospecção e apresentação do trabalho
Figura IV: Área destinada à implantação da TS Horta Comunitária. A implantação será atrás da Casa Paroquial (casa branca).
ATIVIDADE: Mobilização de moradores para oficina de implantação da TS
Após a definição e acordos iniciais realizados entre os moradores, Veracidade e a igreja católica para o desenvolvimento da TS horta comunitária na área cedida pela Igreja, iniciou-se conversas prévias com lideranças comunitárias, quanto à seleção e mobilização de interessados para o trabalho em relação à atividade proposta. Neste sentido, contamos com o apoio da presidente da associação de bairro e liderança comunitária da Cidade do Povo, Elineide
Xxxxxxxx (Mana) e de outras lideranças que estão participando ativamente do projeto quanto à indicação e mapeamento de moradores das quadras interessados no trabalho. Da mesma forma, utilizamos para mobilização a rede de contatos e de e-mails/aplicativos construídos desde o início das atividades no ano de 2017 e 2018. A Igreja católica, na presença das três irmãs de caridade que residem na casa da paróquia, também contribuiu no processo, visto que, já possuíam famílias e residentes que já tinham mostrado interesse em trabalhar em projetos de hortas e quintais familiares e ajudaram inclusive as mesmas na construção de alguns canteiros e plantio de árvores no entorno.
Em Outubro deste ano foi mobilizado e contatado lideranças e moradores no sentido de agendar uma reunião para conversar sobre o projeto, o treinamento e formação para aplicação da tecnologia, acordos de trabalho necessários, bem como, a mobilização dos participantes (entre 20 a 30 pessoas) e a definição do espaço para a realização da oficina, além de outras questões operacionais. Esta atividade foi realizada no dia 17 de Outubro de 2018, na varanda da casa paroquial das irmãs, Centro Comunitário da Igreja Católica, com a presença de 16 comunitários, 02 Irmãs Católicas e 02 técnicos da Associação Veracidade, totalizando 20 presentes. A partir deste encontro, foram definidos e encaminhados os seguintes processos:
✓ Nivelamento e conceituação do Projeto MUTS e da TS Horta Comunitária;
✓ Acordos e definições operacionais para a realização da oficina de implantação da TS;
✓ Agendamento dos dias de oficina;
✓ Aplicação do DLP – Diagnóstico Local Participativo (Metodologia Instituto Pólis);
✓ Acordos para a mobilização de moradores e interessados (fazer um credenciamento);
✓ Levantamento das principais espécies e variedades na visão dos moradores e da horta em um conceito geral;
✓ Planejamento para estruturação mínima da área (cercamento, estrutura de canteiros e área de viveiro/mudas);
Neste processo, a todo o momento, os técnicos locais estiveram em contato com técnicos da empresa detentora da TS, visando garantir um bom planejamento da atividade, com datas pré- definidas pelos mesmos, questões de logística, estrutura mínima para oficina e implantação da horta (projeto e orçamento).
Figura V: Encontro de mobilização para oficina da horta e de implantação com moradores e técnicos locais (Outubro de 2017).
ATIVIDADE: Projeto e Orçamento
Esta atividade se deu exclusivamente entre a equipe local e institucional da Veracidade e os técnicos da empresa detentora da TS Horta Comunitária. Assim, entre os meses de Outubro e Novembro de 2018 foram relacionadas às tarefas de planejamento financeiro da implantação da horta a partir de um projeto base da área a ser implantada com a descrição dos itens necessários.
Assim, nesta atividade, as principais tarefas foram:
- Levantamento e mapeamento dos principais fornecedores locais e próximos a Cidade (de preferência) para as necessidades de implantação de hortas comunitárias e horticultura;
- Nivelamento e elaboração de uma lista de materiais, insumos e equipamentos necessários à oficina e a horta inicialmente (em conjunto com a organização detentora);
- Listagem de mudas/sementes necessárias para a oficina;
- Listagem de insumos para adubação orgânica (terra, esterco, outros elementos);
- Tomada de preços de fornecedores de materiais e insumos necessários à implantação da horta;
- Organização de processos operacionais à realização da oficina – espaço de realização, questões de alimentação e hidratação, materiais técnicos e de papelaria para realização da oficina, dentre outros;
- Tomada de preços de serviços necessários à implantação da estrutura mínima da horta;
- Definição de uma estrutura mínima da horta para a realização da oficina de implantação – em conjunto com técnicos detentores da TS;
- Compra e aquisição de materiais, insumos, equipamentos e todos os materiais necessários para a realização da oficina e da implantação da horta;
Quanto à execução desta atividade, tem-se a conclusão de que houve falhas na conclusão de um “projeto base” mais bem definido, o que consequentemente influenciou em uma melhor organização do orçamento para itens constitutivos, principalmente quanto a materiais/insumos que ainda não haviam sido adquirido-repassados nos dias antecedentes à mesma. Assim, houve necessidades de movimentações financeiras emergentes sem planejamento adequado ou com um pedido emergencial de repasse.
NOME | ESPECIFICAÇÃO | CONTATO | OBSERVAÇÃO |
Xxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxx | Matéria orgânica - UTRE | 999752977 | Compostos a partir dos resíduos sólidos domiciliares recolhidos pela prefeitura. NÃO ENTREGA |
Xxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxx | Xxxxxxxx, terra rica, paú, adubos | 999171620 com Xxxxxx | NÃO ENTREGA |
Remulo Jarude | Ferramentas, lonas, máquinas, sombrite | 30282032 | No centro, ao lado do terminal central dos ônibus urbanos. |
Apoio Rural | Agropecuária (sementes, insumos...) | 32213367 | Via Xxxxx Xxxxxx, Triângulo |
Agrorural | Agropecuária | 999544552 | AC 40 |
Ponto Certo | Agropecuária | 32441500 | Seis de Agosto 1295, Segundo Distrito – Próximo da ponte |
Coelho | Terra | 999973237 | ENTREGA |
Abaixo, está a relação dos principais fornecedores até o presente momento para as atividades de estruturação básica a ser implantada para a realização da oficina e o início dos trabalhos.
Figura VI: Encontros com representantes ATIVIDADE: Construção e Infraestrutura básica
A partir do levantamento de itens necessários e do planejamento técnico e financeiro da estrutura, o passo seguinte foi a limpeza, organização e estruturação de infraestrutura básica para a Horta Comunitária, para oficina de implantação e início dos trabalhos propriamente pelo
grupo atuante.
Em conjunto com a orientação técnica da implantação, foram realizadas as seguintes intervenções na área:
• Cercamento de madeira na área disponibilizada para implantação da horta;
• Estrutura de viveiro básica:
- 03 canteiros suspensos – 10 X 0,80;
- Casinha para depósito e sustento da caixa d’água;
- Estrutura para área coberta para bancada e acomodação de substratos;
- Instalação da rede de água.
• Conclusão do poço artesiano para captação de água (realizada pela paróquia).
Quanto à execução desta atividade, tanto as compras quanto as obras se deram em Outubro e foram concluídos em Novembro de 2018.
Figura VII: Imagens da atividade de cercamento da área destinada para implantação da TS Horta Comunitária (Outubro de 2018).
Figura VIII: Imagens da estruturação básica da área destinada para implantação da TS Horta Comunitária (Outubro e Novembro de 2018).
B.2. Implantação da tecnologia Social “Horta Comunitária”
A implantação da Tecnologia Social “Horta Comunitária” foi realizada nos dias 07, 08 e 09 de Novembro de 2018 na Cidade do Povo em Rio Branco estado do Acre, com a participação de mais de 30 moradores, irmãs da paróquia, técnicos locais da Veracidade e do Instituto Pólis. As Instrutoras do da instituição detentora foram “Ceceo” e “Neto”. O representante da Associação Veracidade, Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx, contratado localmente para desenvolver o trabalho junto à comunidade, organizou o espaço para o desenvolvimento das atividades e acompanhou durante os dois de atividades para a transferência da TS Horta Comunitária. As informações sobre a oficina especificamente e com maior detalhamento foram citadas do relatório do Instituto Pólis e enviadas às instituições gestoras.
DIAS DE FORMAÇÃO: OFICINA IMPLANTAÇÃO TS HORTA COMUNITÁRIA
1º Dia: 07/11/2018
As atividades deste dia se deram apenas no período do final da tarde, mais precisamente as 16:00h, no centro comunitário da Igreja Católica da Cidade do Povo, quando se reuniram moradores interessados em participar da oficina, técnicos do Instituto Pólis e Veracidade, representantes e lideranças comunitárias e da Igreja. Neste sentido, este encontro teve como objetivo e tarefas:
⎯ Apresentação dos moradores envolvidos, representantes da Veracidade, Instituto Pólis e da Igreja;
⎯ Apresentação e nivelamento geral do Instituto e trabalho a ser desenvolvido na Cidade;
⎯ Nivelamento sobre o diagnóstico situacional realizado pelos técnicos locais sobre aspectos da horta junto aos interessados;
⎯ Pactuação de acordos coletivos para o trabalho dos dois dias adiante;
⎯ Vistoria do local, da infraestrutura mínima construída, dos equipamentos, materiais e insumos para o início prático da oficina;
⎯ Acompanhamento da conclusão das obras: instalação da caixa d´água e hortas suspensas;
⎯ Xxxxxxx e perguntas gerais sobre o trabalho a ser desenvolvida e questões da horta em geral.
Figura IX: Encontro Inicial da Oficina Implantação TS no dia 07 de Novembro de 2018.
2º Dia: 08/11/2018
As atividades do segundo dia se constituíram propriamente na implantação da horta comunitária. A atividade teve início por volta das 09h00min e término às 18h00min. Assim, de forma resumida, foram realizadas as seguintes atividades/temas no dia:
⎯ Busca de 35 mudas de árvores nativas frutíferas na UFAC (Parque Zoobotânico);
⎯ Café da manhã para os moradores e participantes da oficina;
⎯ Explicação de conceitos agroecológicos e de aspectos da produção orgânica para horticultura (apresentação datashow);
⎯ Aspectos da TS horta Comunitária (apresentação Datashow);
⎯ Filme “Da Horta à Floresta”;
⎯ Atividade de desenhar a horta no papel;
⎯ Apresentação dos desenhos.
⎯ Atividade prática na horta: capina, montagem de canteiros, berço para as árvores,
3º Dia: 09/11/2018
A atividade teve início às 08h30min e término às 18h00min. Assim, de forma geral e resumida, foram realizadas as seguintes atividades/temas no dia:
⎯ Abertura e roda de alongamento;
⎯ Mistura de substratos;
⎯ Enchimento dos canteiros suspensos;
⎯ Adubação orgânica;
⎯ Orientações para cerca viva;
⎯ Semeadura das bandejas de mudas;
⎯ Mistura de substratos para berços de mudas arbóreas;
⎯ Semeadura dos canteiros;
⎯ Plantio fora da área cercada (banana, cana, feijão guandu e milho);
⎯ Compostagem;
⎯ Encontro final para encaminhamentos gerais.
Figura X: Fotos do dia 08 e 09 de Novembro de 2018.
B.3. Acompanhamento do Grupo “Horta Comunitária”
Como encaminhamento da Oficina de Implantação da Horta, ficou definido que haveria uma reunião no dia 14 de Novembro junto ao grupo participante para definir/organizar tarefas necessárias à continuidade do processo. A reunião se deu entre 14h00min as 16h00min.
As principais discussões e encaminhamentos foram:
⎯ Tarefas mencionadas: desvio de água das áreas plantadas, cobertura dos canteiros, plantio de árvores, rastelar e amontoar o mato roçado.
⎯ Alerta para roubo de colheita;
⎯ Foi marcado mutirão para plantio de árvores no dia 16/11
⎯ Foi decidido que no próximo encontro, dia 16/11, será marcado o encontro seguinte e assim por diante.
⎯ Xxx ficou encarregada de trazer mudas de macaxeira, banana e cana;
⎯ Foi lembrada a tarefa de guardar e trazer garrafas pet para contenção dos canteiros;
⎯ Para a cobertura dos canteiros suspensos foi listados os seguintes matérias necessários:
• 26 ripões de 4 metros
• 1 Kg de pregos 17x27
• Lona 10 x 11m
• Para a finalização da área coberta da bancada:
• 24 tábuas
• 10 ripões de 4 m
• 2kg de pregos 17x27
C. PRINCIPAIS RESULTADOS
Até o presente momento, podemos considerar como principais resultados e indicativos da implantação desta TS:
• Grupo de moradores interessados e motivados com a implantação do projeto;
• Apropriação da tecnologia por um grupo de 30 moradores;
• 30 moradores/famílias participantes da oficina e apropriadas das tarefas e rotinas de implantação e desenvolvimento de uma horta comunitária;
• Oficina de implantação de TS realizada com 30 famílias participantes, tendo 20 horas técnicas de formação na tecnologia;
• Primeiros acordos e regras de funcionamento do grupo estabelecidas;
• Área da horta comunitária cedida, demarcada e cercada, tendo mais segurança no trabalho;
• Horta semiestruturada com o grupo continuando as atividades;
• Plantas e árvores germinadas;
• 35 mudas plantadas no entorno (arbóreas e frutíferas);
• Fortalecimento e apoio do Centro Comunitário da Igreja no projeto, com a presença das irmãs e de representantes da igreja católica da Cidade do Povo e do município;
• Parcerias iniciadas com o Parque Zoobotânico (UFAC) e a UTRE (Unidade de Tratamento de Resíduos do Município);
D. CONSIDERAÇÕES FINAIS E AVALIAÇÃO DO PROCESSO
Até o presente momento, estão sendo realizados encontros sistematicamente semanais entre pessoas que participaram da oficina com apoio dos técnicos locais e do Centro da Igreja. A partir da consultoria agronômica específica, espera-se que haja um acompanhamento semanal entre 02 a 03 vezes por semana, considerando 12 horas semanais. Mesmo com boa apropriação, os desafios percorrem a realidade de existir e se qualificar constantemente enquanto grupo, com a necessidade iminente de continuar a implantação dos processos inerentes a hortas comunitárias: compostagem, cuidados com a horta e a repicagem (replantar as mudas) e principalmente neste momento a cobertura das áreas de plantio suspensas, cobertura da (casa de trabalho) e fechamento do almoxarifado. Isto em um ambiente ou histórico de vulnerabilidade social e econômica.
Mesmo assim, consideramos que o desenvolvimento da TS trouxe boas premissas até o presente momento, com um grupo motivado em parceria com as irmãs do Centro Católico que até o presente momento se mostrou um parceiro propositivo, mobilizador e de inclusão.
Os desafios atuais consideram a própria organização do grupo e das tarefas do cotidiano, bem como, concluir a estruturação necessária principalmente quanto ao período de inverno amazônico.
O próximo passo é estimular mais intensamente práticas de gestão e de trabalho coletivos mais intensos a partir da estruturação final, tendo já uma produção em curto período na cidade de Rio Branco, a partir de estratégias pactuadas entre o grupo, assim como, busca por possíveis estratégias futuras de apoio e parcerias.
E.ANEXOS
Anexo 01- LISTAS DE PRESENÇA da Oficina implantação da TS Horta Comunitária (07, 08 e 09 de Novembro de 2018)
parceiros da TS Horta comunitária (17 de Outubro de 2018)
Figura XI: Lista de Presença do Encontro do dia 17 de Outubro.
Imagem: Exemplos de orçamentos realizados para a semiestruturarão da horta comunitária. O restante das cotações e respectivas notas fiscais foram enviados conforme relatórios financeiros enviados.
comunitária da Cidade do Povo
A) CANTEIROS
Relação de madeiras:
24 estacas de 2:20m x 12x12;
24 tábuas de 3m x18cm; (para paredes dos canteiros). 24 ripôes de 3m /0,7 x 0,3;
60 tábuas de 3m x 18cm; (para assoalho). 2 kg de pregos 19 x 33;
6 kg de pregos 17 x 27
sombrite 40 m. Obs1: o sombrite tem 3m de largura. Obs2: precisamos combinar.
Os canteiros somarão 40m², sendo divididos em 4 x 10 x 1m. Obs3: Por ser espaços de aprendizado, sugiro deixar espaçamento de 2m entre canteiros. Obs4: Os canteiros terão que seguir a direção: nascente x poente. Isso está ligado diretamente com a quantidade de luz solar, de que as plantas precisam.
Quando ao sistema de irrigação a ser utilizado.
100 metros de mangueiras, Irrigação por gotejamento? Encontraremos no mercado local? De forma mecânica, Bombeada? Existe poço no local?
Metragem: 2 x 2 x 2:50;
2 esteios de 4m de 12x12; 36 tábuas de 2,50m x 20 cm; 3 peças de 4m x 12 x 7cm;
6 perna mancas de 4m x 7 x 4cm; 1 kg de prego 19 x 39;
1 kg de prego de 17 x 27; Duas dobradiças para porta; Porta cadeado com cadeado.
C) COBERTURA PARA COMPOSTO ORGÂNICO
Metragem 2 x 3m;
3 estacas de 2,20 cm; 6 pernamancas de 3m; 1 kg de prego 19 x 33 Lona para cobertura. Xxx de obra: 5 dias
Valor diária: R$ 80,00 x 5 dias = R$ 400,00.
Obs. O sistema de irrigação, não está incluso neste orçamento, pelos seguintes motivos: 1- Método utilizado;
2- Não sugestão e quantificação do material (tubulações e conexões).
Rio Branco 24 de outubro de 2018
Xxxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx
Anexo 04- Diagnóstico Local Participativo (DLP)
2º TECNOLOGIA SOCIAL:
PLANTIO AGROECOLÓGICO DE ALIMENTOS EM MEIO URBANO ONG IDEALIZADORA INSTITUTO POLIS
Diagnóstico Local Participativo
Estado / Município: Acre / Rio Branco
Nome do empreendimento: Conjunto Habitacional Cidade do Povo Data da aplicação do questionário: 17 de Outubro de 2018 Instituição Local: MEI JCSAMBIENTAL (Veracidade)
1. Aspectos sociais:
− Número de Unidades Habitacionais / Total de famílias/pessoas no empreendimento
(relatórios muts da Cidade do Povo já enviados)
− Pessoas que optaram pela Tecnologia Social Hortas Urbanas: número de pessoas: gênero ( mulheres / homens), jovens, adultos, idosos;
Escolha em assembleia e sem esses registros pormenorizados.
− Número de pessoas previstas para participar da oficina? (número ideal 30 pessoas, máximo 50 – quanto maior o grupo, maior deverá ser o número de pessoas da instituição local envolvida)
De 25 a 30 pessoas
− Há pessoas com alguma experiência ou vivência com o plantio (campo ou quintal produtivo) participando do grupo interessado na aplicação da TS?
Sim, 11 pessoas.
− A separação dos resíduos é realizada pelos moradores? O município possui serviço de coleta seletiva?
Pouco. A coleta seletiva municipal não atende a localidade. Existe iniciativa de Catadores, um grupo que recolhe, mas apenas alguns tipos de plásticos como o PET.
− Existe alguma iniciativa de separação dos resíduos orgânicos (úmidos) para a produção de adubo (composto)?
Não.
− Culturas pretendidas : quais espécies de verduras, legumes, ervas preferidas pelo grupo - ver página 10 da cartilha “Plantar para Colher” .
As pessoas presentes citaram:
- Macaxeira, alface, couve, repolho, melancia, melão, acerola, tomate, pimenta de cheiro, pimentão, berinjela, cebolinha, chicória, maxixe, coentro, salsa, feijão
guandu, xuxu, alho, batata inglesa e doce, gengibre, quiabo, rúcula, brócolis, cenoura, beterraba, banana, açafrão, abacaxi.
− Os moradores envolvidos estão dispostos a trabalhar em mutirão? A trabalhar em grupo e se necessário, ajudar na cotização para aquisição de materiais?
Sim.
2. Aspectos regionais, locais e espaciais:
− Quais são os espaços possíveis para o cultivo (terrenos baldios, áreas comum do empreendimento, pequenos espaços, canteiros verticais – muros etc - ver página 8 da cartilha “Observar o espaço e as potencialidades” e página 19 “Cultivo em pequenos espaços”)
Área de aproximadamente 600m2, de propriedade da Igreja Católica local, limpa e com uma lateral murada, com plantio de árvores em estágio inicial (mudas) e com água disponível.
− Tamanho das áreas possíveis para a horta comunitária e tempo de insolação (quantas horas por dia bate sol)
Aproximadamente 600m2 com insolação intensa o dia todo.
− Há espaço na horta ou nas proximidades para fazer compostagem? Há disponibilidade de folhas secas, ou serragem ou capim seco ou para roçar para servir de base da compostagem?
Sim. A área pode ser ampliada se necessário.
− Aspectos do solo: argiloso/ arenoso/ cor. Está com entulho? Sujo ou limpo?
O terreno recebeu aterro, está limpo, aplainado e de solo pobre.
− Existência de pontos de água próximo a área pretendida?
Sim. A rede de água pública será ampliada até o local da horta. Além disso a Igreja está perfurando um poço artesiano e será instalada uma caixa para reservatório.
O grupo tem interesse em instalar um sistema de captação de água da chuva.
− Possibilidade de instalar sistema simples e barato de coleta de água da chuva?
Sim, há interesse e necessidade.
− Existência de lojas agrícolas nas proximidades (região)? Sim.
− É possível obter as mudas e sementes dessas espécies que se deseja cultivar com facilidade em local próximo ao empreendimento? (região)
Sim.
− Quais recursos locais existem para compor a horta: madeiras , bambu, blocos , garrafas pet etc, para contenção dos canteiros e plantio em pequenos espaços.
Garrafas PET.
− Conhecem experiências de cultivo de hortaliças orgânicas e produtores na região? Quantos produtores ?
Não.
− Enviar fotos e um croqui (desenho com medidas) do local pretendido para a horta, e se possível, uma planta ( mapa ) do empreendimento.
FOTOS
− Além do local da horta, quais outros espaços coletivos como praças, campo de futebol, quadras, centro comunitário, etc, há na comunidade? Enviar fotos.
Sim.
3. Aspectos necessários para a OFICINA*
− Durante o desenvolvimento das atividades com o grupo alguma vez já foi servido lanche? É comum fazerem isso?
Não. O grupo está em formação, mas o local oferece estrutura e se pretende servir, durante a oficina, cafés, lanches e refeições almoço.
− Há um local adequado, como a casa de algum morador por exemplo, para servir um lanche nos dias da oficina?
Sim. A paróquia conta com salão e casa; mesa para refeição e cadeiras.
O grupo definiu por trazerem os pratos, copos e talheres (cada um para seu uso).
− Tem projetor DataShow? Há algum local adequado para projeção de filmes e slides? ( Não havendo local fechado para a realização da oficina teórica, uma sugestão é utilizar o quintal de algum morador por exemplo, e a projeção seria feita no muro, no inicio da noite).
Sim para equipamentos e estrutura.
− Durante o desenvolvimento das atividades, já foi realizado algum mutirão de limpeza e conservação das áreas coletivas da comunidade? Antecedendo a oficina se faz necessário um mutirão de limpeza e cercamento do local de implantação da horta. Não, mas a área já esta limpa e organizada, promovido pela Igreja.
− Serão necessários 3 dias inteiros consecutivos para realizar a oficina. Quais os melhores dias da semana para o grupo? Dias úteis ou fim de semana?
Dias de semana, como os determinados: quarta, quinta e sexta, 07, 08 e 09 de novembro de 2018.
OBS. Este questionário deve ser respondido somente em parceria com os moradores.
Anexo 05- Ofício enviado ao Parque Zoobotânico (UFAC)
Imagem: Ofício enviado ao Parque Zoobotânico (UFAC) para pedido de mudas
Imagem: Relação de mudas doadas pelo Parque para as oficinas de implantação
Anexo 06- Modelo de Cadastro de Moradores Interessados na TS Horta Comunitária
LISTA DE INSCRITOS NA OFICINA HORTAS COMUNITÁRIAS
INSTITUTO PÓLIS – RIO BRANCO – ACRE – OUT/ 2018
Nº | QDRA | CASA | NOME | CPF | Telefone | Assinatura |
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