TERMO DE COLABORAÇÃO
Termo de Colaboração Nº 001/2022 PROCESSO Nº 01.053.934.22-78
Instrumento Jurídico: 01.2022.2800.0011.00.00
TERMO DE COLABORAÇÃO QUE ENTRE SI CELEBRAM O MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE E A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL BAMBUZERIA CRUZEIRO DO SUL - BAMCRUS, OBJETIVANDO A EXECUÇÃO DE AÇÕES RELATIVAS À GERAÇÃO DE RENDA, TRABALHO E EMPREGO JUNTO AOS QUILOMBOS.
O Município de Belo Horizonte, inscrito no CNPJ nº 18.715.383/0001-40, com sede na Xx. Xxxxxx Xxxx, xx 0000, Xxxxxx Xxxxxx, neste ato representado pelo Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Xxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxxx de Faria, ADMINISTRADOR PÚBLICO da presente parceria, doravante denominado MUNICÍPIO, e a Organização da Sociedade Civil BAMBUZERIA CRUZEIRO DO SUL - BAMCRUS, CNPJ nº 03.211.130/0001-61, situada na ROD XX 000, x/x, xx
000, Xxxxxxxx xx Xxxxxx, Xxxxxxx, Xxxxxx/XX, XXX 00.000-000, neste ato representada por Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx, titular do CPF nº 000.000.000-00, doravante denominada, O.S.C., e ambos em conjunto denominados PARCEIROS, sujeitando-se, no que couber, aos termos da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, Decreto Municipal nº 16.746, de 10 de outubro de 2017, Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente, e demais normas que regulamentam a espécie, em conformidade com o Plano de Trabalho deste instrumento, RESOLVEM celebrar o presente Termo de Colaboração.
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
1.1. O presente Termo de Colaboração tem por objeto a formalização da relação de parceria, em regime de mútua cooperação entre o MUNICÍPIO e a O.S.C., para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução do Programa de formação técnica em bambuzeria, implantação e adaptação de unidades produtivas, para geração de renda, trabalho e emprego aos quilombos de Belo Horizonte, de relevância pública e social definido no Plano de Trabalho, que rubricado pelas partes, integra o presente instrumento.
CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES DOS PARCEIROS
2. Como forma mútua de cooperação na execução do objeto do Termo de Colaboração, comprometem-se os Parceiros a executar a integralidade das obrigações assumidas, no âmbito das respectivas competências.
2.1. São obrigações comuns dos PARCEIROS:
I - conjugar esforços e cooperar um com o outro para a plena realização do objeto;
II - promover publicidade e transparência das informações referentes a esta parceria;
III - promover o registro das informações cabíveis na plataforma eletrônica do Sistema Unificado de Contratos Convênios e Congêneres – SUCC – ou em outra que venha a substituí-la;
IV – fornecer, quando requisitadas pelos órgãos de controle interno e externo e nos limites de sua competência específica, informações relativas à parceria independente de autorização judicial; e
V - priorizar a busca por soluções pacíficas e extrajudiciais, na hipótese de qualquer dúvida ou controvérsia sobre a interpretação e cumprimento deste Termo.
2.2. São obrigações do MUNICÍPIO:
I - efetuar o repasse dos recursos necessários à execução do Plano de Trabalho, na forma prevista na Cláusula Terceira;
II - apoiar a O.S.C. no alcance dos resultados previstos no objeto da presente parceria, conforme o Plano de Trabalho;
III - direcionar esforços para garantir a formação continuada de dirigentes e técnicos da O.S.C.;
IV - sempre que solicitado, prestar informações e esclarecimentos referente à parceria aos integrantes da O.S.C.;
V - designar, por ato publicado no Diário Oficial do Município - DOM, o gestor da parceria e os membros da Comissão de Monitoramento e Avaliação;
VI - publicar o extrato desta parceria no Diário Oficial do Município (DOM) e respectivas alterações, se for o caso;
VII - supervisionar, fiscalizar, monitorar e avaliar a execução do objeto da presente parceria;
VIII - analisar as prestações de contas na forma das Cláusulas Sexta e Sétima deste instrumento;
IX - publicar e manter atualizados os manuais de orientação a gestores públicos e
O.S.C. sobre a aplicação da Lei 13.019/2014, ouvida a Gerência de Apoio às Parcerias do Município de Belo Horizonte.
2.3. São obrigações da O.S.C.:
I - desenvolver, em conjunto com o MUNICÍPIO o objeto desta parceria conforme o Plano de Trabalho, prestando ao MUNICÌPIO as devidas informações sempre que solicitado;
II - realizar o gerenciamento administrativo e financeiro dos recursos recebidos, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, de investimento e de pessoal, na forma da Cláusula Quinta deste instrumento;
III - responsabilizar-se pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do objeto desta parceria, conforme Cláusula Terceira;
IV – realizar as compras e contratações necessárias à execução do objeto da parceria, observada a compatibilidade do custo efetivo com os valores praticados no mercado, conforme orçamentação realizada no Plano de Trabalho, tendo como norteadores os princípios da legalidade, moralidade e economicidade, sob pena de nulidade das despesas;
V – manter a guarda dos documentos referentes à orçamentação realizada no momento de apresentação do Plano de Trabalho, pelo período de 10 (dez) anos a contar da data de envio das informações na planilha consolidada.
VI - manter e movimentar os recursos exclusivamente em conta bancária específica, aplicando-os em cadernetas de poupança, fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, todos com liquidez diária, enquanto não empregados na sua finalidade;
VII - alocar os recursos repassados nos seus registros contábeis conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade, sendo vedada sua classificação como receita própria ou pagamento por prestação de serviços;
VIII - não remunerar com os recursos repassados: (i) membro de Poder ou do Ministério Público ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública municipal; (ii) servidor ou empregado público, inclusive que exerça cargo em comissão ou função de confiança, de órgão ou entidade da administração pública municipal celebrante, ressalvadas as hipóteses previstas em lei específica e na lei de diretrizes orçamentárias; (iii) pessoas naturais condenadas pela prática de crimes contra a administração pública ou contra o patrimônio público, de crimes eleitorais sujeitos a pena privativa de liberdade, e de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX - efetuar a restituição de recursos nos casos previstos na Lei nº 13.019/2014 e/ou no Decreto Municipal nº 16.746/2017;
X - zelar pela qualidade das ações e serviços prestados, buscando alcançar eficiência, eficácia e efetividade social em suas atividades, assegurando a correção de quaisquer irregularidades;
XI - prestar informações aos munícipes e quaisquer interessados sobre o caráter público das ações realizadas em decorrência dessa parceria, quando for o caso;
XII - permitir a supervisão, fiscalização, monitoramento e avaliação do MUNICÍPIO sobre a execução do objeto da parceria, garantindo o acesso de agentes da administração pública, do controle interno e do Tribunal de Contas correspondente aos processos, documentos e informações relativos a esta parceria, e aos locais de execução do objeto;
XIII - prestar contas na forma fixada na Cláusula Sexta, mantendo a guarda dos documentos pelo prazo de 10 (dez) anos, contados do dia útil subsequente ao da apresentação da prestação de contas final ou do decurso do prazo para a sua apresentação;
XIV - comunicar quaisquer alterações em seus atos societários e em seu quadro de dirigentes, quando houver, em até trinta dias da data de registro no órgão competente;
XV - operar, manter e conservar adequadamente o patrimônio público gerado pelos investimentos decorrentes do Termo de Colaboração, de forma a possibilitar a sua funcionalidade;
XVI - manter sua habilitação jurídica, fiscal, trabalhista e previdenciária devidamente regularizada durante toda a vigência da parceria; e
XVII - garantir o cumprimento da contrapartida em bens e serviços conforme estabelecida no Plano de Trabalho, se for o caso.
CLÁUSULA TERCEIRA - DA MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
3.1. O MUNICÍPIO transferirá à O.S.C. o valor total de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) , de acordo com o cronograma de desembolso e com o plano de aplicação previstos no Plano de Trabalho aprovado, anexo único deste instrumento;
3.2. Os recursos serão automaticamente aplicados em cadernetas de poupança, fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, todos com liquidez diária, enquanto não empregados na sua finalidade.
3.3. O repasse dos recursos financeiros a que se refere esta cláusula será efetuado da seguinte forma:
R$ 190.000,00 (cento e noventa mil) na assinatura do Termo e
R$ 10.000,00 (dez mil reais) mediante a certificação das cinco unidades produtivas.
3.4. Toda a movimentação financeira deve ser efetuada, obrigatoriamente, em conta corrente específica da parceria, isenta de tarifa bancária, em agência de instituição financeira pública.
3.4.1. A conta corrente deverá ser aberta no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis após a publicação do presente termo no Diário Oficial do MUNICÍPIO de Belo
Horizonte, e seus dados informados ao MUNICÍPIO no prazo máximo de 03 (três) dias úteis após a abertura.
3.4.2. Excepcionalmente, na hipótese de não haver isenção da tarifa bancária pela instituição financeira, após comprovação da negativa por parte da instituição financeira e comunicação formal ao MUNICÍPIO a fim de que o mesmo possa tomar as devidas providências, os valores pagos pela O.S.C. a título de tarifa bancária deverão ser registrados na plataforma eletrônica, nos termos da CLÁUSULA SEXTA, item 6.3.1;
3.5. Os rendimentos de ativos financeiros serão aplicados no objeto da parceria, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos transferidos;
3.6. As despesas decorrentes da execução deste Termo de Colaboração, ocorrerão à conta de recursos alocados no respectivo orçamento do MUNICÍPIO, na dotação orçamentária a seguir informada, ou suas equivalentes para os próximos exercícios financeiros:
Dotação Orçamentária nº.
2800.1100.04.122.217.2.853.0017.339039-69.0000.100
CLÁUSULA QUARTA – DA EXECUÇÃO FINANCEIRA
4.1. Os recursos somente poderão ser utilizados para pagamento de despesas constantes do Plano de Trabalho, nas hipóteses previstas na Lei nº 13.019/14 e no Decreto Municipal nº 16.746/17, vedada sua utilização em finalidade diversa da pactuada neste instrumento.
4.2. Toda movimentação de recursos no âmbito desta parceria será realizada mediante transferência eletrônica sujeita à identificação eletrônica do beneficiário final, ou seja, os pagamentos devem ser realizados mediante crédito na conta bancária de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços, por meio da Transferência Eletrônica Disponível – TED –, Documento de Ordem de Crédito – DOC –, débito em conta e boleto bancário, todos sujeitos à identificação do beneficiário final.
4.3. Os recursos transferidos pelo MUNICÍPIO não poderão ser utilizados para despesas efetuadas em período anterior ou posterior à vigência da parceria, permitido o pagamento de despesas após o término da parceria, desde que a constituição da obrigação tenha ocorrido durante a vigência da mesma e esteja prevista no plano de trabalho, sendo a realização do pagamento limitada ao prazo para apresentação da prestação de contas final.
4.3.1. O pagamento das verbas rescisórias da equipe de trabalho da organização da sociedade civil, poderá ser realizada ainda que após o término da execução da parceria, desde que provisionada e proporcional ao período de atuação do profissional na execução das metas previstas no plano de trabalho.
4.4. O MUNICÍPIO reterá as parcelas dos recursos financeiros destinados à O.S.C. nas hipóteses e condições previstas no item 7.9 deste Termo.
4.5. Por ocasião da conclusão, denúncia ou rescisão da parceria, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, deverão ser devolvidos ao MUNICÍPIO, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias.
CLÁUSULA QUINTA – DA RESPONSABILIDADE PELO VÍNCULO TRABALHISTA, PREVIDENCIÁRIO, FISCAL E COMERCIAL
5.1. A O.S.C. é exclusivamente responsável pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relativos ao seu funcionamento e à execução do objeto previsto no presente Termo de Colaboração, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária do MUNICÍPIO a inadimplência da O.S.C. em relação aos respectivos pagamentos, aos ônus incidentes sobre o objeto da parceria ou danos decorrentes da restrição à sua execução.
5.2. A inadimplência da O.S.C. em relação às obrigações previstas no item anterior não transfere ao MUNICÍPIO a responsabilidade por seu pagamento.
5.3. A remuneração de equipe de trabalho com recursos transferidos pelo MUNICÍPIO não gera vínculo trabalhista com o MUNICÍPIO.
CLÁUSULA SEXTA - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
6.1. A prestação de contas tem por objetivo o controle de resultados e deverá conter elementos que permitam verificar o cumprimento do objeto da parceria e o alcance das metas e dos resultados previstos.
6.2. A O.S.C. apresentará, 30 (trinta) dias após o encerramento do prazo de vigência, relatório de execução do objeto, na plataforma eletrônica, que deverá conter:
I – descrição das ações desenvolvidas para o cumprimento do objeto; II – demonstração do alcance das metas;
III – documentos de comprovação da execução das ações e do alcance das metas que evidenciem o cumprimento do objeto, definidos no plano de trabalho como meios de verificação, como listas de presenças, fotos, vídeos e outros;
IV – documentos de comprovação do cumprimento da contrapartida em bens ou serviços, quando houver;
V – relação de bens adquiridos, produzidos ou transformados, quando houver; VI – justificativa na hipótese de não cumprimento do alcance das metas.
6.2.1. O relatório de que trata este item deverá fornecer elementos para avaliação: I – dos impactos econômicos ou sociais das ações desenvolvidas;
II – do grau de satisfação do público-alvo, quando pesquisado;
6.3. A O.S.C. obterá de seus fornecedores e prestadores de serviços notas, comprovantes fiscais ou recibos, com data, valor, nome e número de inscrição no
CNPJ da O.S.C. e do CNPJ ou CPF do fornecedor ou prestador de serviço, para fins de comprovação das despesas.
6.3.1. A O.S.C. registrará na plataforma eletrônica os dados de que trata o item anterior até o vigésimo dia do mês subsequente à liquidação da despesa, sendo obrigatória a inserção de cópia dos comprovantes referentes aos pagamentos das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, ficando dispensada a inserção de notas, comprovantes fiscais ou recibos.
6.4. A O.S.C. manterá a guarda dos documentos originais relativos à execução das parcerias pelo prazo de dez anos, contados do dia útil subsequente ao da apresentação da prestação de contas final ou do decurso do prazo para a apresentação da prestação de contas final.
6.5. Quando descumprida a obrigação constante do item 6.2, nos casos em que não estiver comprovado o alcance das metas no relatório de execução do objeto ou diante de suspeita circunstanciada de irregularidades, a O.S.C. será notificada para apresentar o relatório de execução financeira, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, que deverá ser instruído com os seguintes documentos:
I – relação das receitas auferidas, inclusive rendimentos financeiros e recursos captados, e das despesas realizadas com a demonstração da vinculação com a origem dos recursos e a execução do objeto, em observância ao plano de trabalho;
II – extratos da conta bancária específica da parceria;
III – memória de cálculo do rateio das despesas, quando for o caso;
IV – cópias simples das notas e comprovantes fiscais ou recibos, inclusive holerites, com data do documento, valor, dados da O.S.C. e do fornecedor e indicação do produto ou serviço;
V – justificativa das receitas e despesas realizadas, inclusive rendimentos financeiros, fazendo constar os fatos relevantes.
6.5.1. A memória de cálculo referida no inciso III do item 6.5 deverá conter a indicação do valor integral da despesa e o detalhamento da divisão de custos, especificando a fonte de custeio de cada fração, com identificação do número e do órgão ou entidade da parceria, vedada a duplicidade ou a sobreposição de fontes de recursos no custeio de uma mesma parcela da despesa.
6.6. A O.S.C. deverá apresentar a prestação de contas final, por meio de relatório final de execução do objeto, que deverá conter os elementos previstos no item 6.2.
6.6.1. A prestação de contas final deverá ser apresentada no prazo de até noventa dias, contados do dia seguinte ao término da vigência da parceria.
6.6.2. Caso haja, deverá ser apresentado na prestação de contas final o comprovante de recolhimento do saldo remanescente de que trata o art. 52 da Lei Federal nº 13.019/14, e eventual provisão de reserva de recursos para pagamento
das verbas rescisórias de que trata o § 3º e §4º do art. 44 do Decreto nº. 16.746/17 e o inciso I do art. 46 da Lei Federal nº 13.019/14.
6.6.3. O MUNICÍPIO analisará a prestação de contas final em até cento e cinquenta dias, contados da data de recebimento do relatório final de execução do objeto.
6.7. A análise da prestação de contas final pelo MUNICÍPIO será formalizada por meio de parecer técnico conclusivo, a ser inserido na plataforma eletrônica, que deverá verificar o cumprimento do objeto, o alcance das metas previstas no plano de trabalho e os efeitos positivos da parceria, considerando:
I – o relatório final de execução do objeto;
II – os relatórios de visita técnica in loco, se houver; III – o relatório técnico de monitoramento e avaliação;
IV – o relatório de execução financeira, quando for solicitado nas hipóteses previstas no item 6.5.
6.7.1. O parecer técnico conclusivo embasará a decisão da autoridade competente, nos termos dos artigos 70 a 74 do Decreto Municipal nº 16.746/17, e concluirá pela:
I – aprovação das contas, quando constatado o cumprimento das metas e, quando necessária, da regularidade na execução financeira da parceria;
II – aprovação das contas com ressalvas quando, apesar de cumpridos o objeto e as metas da parceria, for constatada impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal que não resulte em dano ao erário;
III – rejeição das contas, nas hipóteses previstas no art. 72, inciso III, da Lei Federal nº 13.019/14.
CLÁUSULA SÉTIMA – DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
7.1. As ações de monitoramento e avaliação terão caráter preventivo e saneador, objetivando a gestão adequada e regular das parcerias, diante do que deverão contemplar a análise das informações da parceria constantes da plataforma eletrônica e da documentação técnica apresentada;
7.2. Cabe ao MUNICÍPIO exercer as atribuições de monitoramento e avaliação do cumprimento do objeto da parceria podendo valer-se de recursos tecnológicos e apoio técnico de terceiros, que será designado em ato próprio;
7.3. As ações de monitoramento e avaliação deverão contemplar:
I – a análise das informações da parceria constantes da plataforma eletrônica e da documentação que comprove o pagamento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias até vinte dias do vencimento da obrigação;
II – consulta ao SUCC que permita aferir a regularidade da parceria;
III – medidas adotadas para atender a eventuais recomendações existentes dos órgãos de controle externo e interno;
IV – a verificação de existência de denúncias aceitas.
7.4. O MUNICÍPIO designará um gestor para realizar o acompanhamento e fiscalização desta parceria, através de publicação no Diário Oficial do Município - DOM.
7.5. O MUNICÍPIO poderá designar técnicos responsáveis para subsidiar o gestor da parceria em relação à análise dos relatórios de execução do objeto e de execução financeira, se houver; dos lançamentos dos dados financeiros em plataforma eletrônica, e ainda para a elaboração de seu relatório de monitoramento e avaliação;
7.6. O MUNICÍPIO designará, em ato específico, os integrantes da comissão de monitoramento e avaliação para analisar e homologar, se for o caso, os relatórios técnicos de monitoramento e avaliação elaborados pelo Gestor da Parceria.
7.7. O gestor da parceria analisará os relatórios de execução do objeto e os relatórios de execução financeira, se houver, e emitirá Relatório Técnico de Monitoramento e Avaliação da parceria e o submeterá à Comissão de Monitoramento e Avaliação designada para possível homologação.
7.7.1. O relatório técnico de monitoramento e avaliação deverá conter os elementos dispostos no § 1º do art. 59 da Lei Federal nº 13.019/14 e deverá demonstrar:
I – avaliação das metas já alcançadas e seus benefícios; II – descrição dos efeitos da parceria na realidade local;
III – os impactos econômicos e/ou sociais das ações desenvolvidas; IV – o grau de satisfação do público alvo, quando pesquisado;
V – a possibilidade de sustentabilidade das ações após a conclusão do objeto, em se tratando de projeto.
7.8. Na hipótese de o relatório técnico de monitoramento e avaliação evidenciar irregularidade e/ou inexecução parcial do objeto, o gestor da parceria notificará a
O.S.C. para que possa, no prazo de 30 (trinta) dias sanar a irregularidade, cumprir a obrigação ou apresentar justificativa para impossibilidade de saneamento da irregularidade ou cumprimento da obrigação, sem prejuízo da notificação prevista no item 6.5 deste termo.
7.8.1. Na hipótese de existência de irregularidade ou inexecução parcial do objeto, mesmo após a notificação da O.S.C. para saná-las, o relatório técnico parcial de monitoramento e avaliação poderá concluir pela rescisão unilateral da parceria, determinando a devolução dos valores repassados relacionados à irregularidade ou inexecução apurada ou à prestação de contas não apresentada e, em não havendo a referida devolução, proceder-se-á à instauração de tomada de contas especial.
7.8.2. Serão glosados os valores relacionados às metas descumpridas sem justificativa suficiente, avaliadas no caso concreto.
7.9. Nas hipóteses em que, por meio do monitoramento e avaliação da parceria, se constate a existência de evidências de irregularidades na aplicação de parcelas anteriormente recebidas; desvio de finalidade da aplicação dos recursos ou o inadimplemento da O.S.C. em relação a obrigações estabelecidas no presente Termo de Colaboração; ou de situação em que a O.S.C. deixe de adotar sem justificativa suficiente as medidas saneadoras apontadas pelo MUNICÍPIO ou pelos órgãos de controle interno ou externo, o MUNICÍPIO reterá as parcelas dos recursos financeiros destinados à execução da parceria, até o saneamento das impropriedades constatadas.
7.10. O MUNICÍPIO deverá informar à Controladoria Geral do Município e à Procuradoria Geral do Município sobre as irregularidades verificadas nas parcerias celebradas.
7.11. A execução da parceria poderá ser acompanhada e fiscalizada pelos conselhos de políticas públicas, sem prejuízo da fiscalização realizada pelo MUNICÍPIO, pelos órgãos de controle e mecanismos de controle social previstos na legislação.
CLÁUSULA OITAVA – DAS SANÇÕES
8.1. Caso a execução da parceria esteja em desacordo com o estabelecido no Plano de Trabalho e ou com as normas e legislação vigente, o MUNICÍPIO poderá aplicar à
O.S.C. sanções de advertência, suspensão temporária e declaração de inidoneidade, na forma da Lei 13.019/2014 e do Decreto Municipal nº 16.746/2017, sendo garantidos à O.S.C. os direitos de ampla defesa e contraditório.
8.1.1. É facultada a defesa da O.S.C. no prazo de dez dias, contados da data de abertura de vista dos autos processuais.
8.1.2. Da decisão administrativa que aplicar as sanções previstas nesta cláusula caberá recurso administrativo, no prazo de dez dias, contados da data de ciência da decisão.
8.2. Nas hipóteses dos itens 12.2.1 e 12.2.2 da Cláusula Décima Segunda, a rescisão poderá levar à:
8.2.1. suspensão temporária da participação em chamamento público, suspensão temporária para requerer credenciamento prévio, suspensão temporária do credenciamento prévio e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades do MUNICÍPIO, por prazo não superior a dois anos;
8.2.2. declaração de inidoneidade para participar de chamamento público, declaração de inidoneidade para requerer credenciamento prévio ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da sanção ou até que seja promovida a reabilitação perante o MUNICÍPIO, que será concedida sempre que a
O.S.C ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes, e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no item 8.2.1.
8.3. Nas hipóteses dos itens 12.2.1 e 12.2.2 da cláusula décima segunda, a rescisão deverá gerar apuração dos possíveis prejuízos gerados ao MUNICÍPIO.
8.3.1. Havendo constatação de prejuízo para o MUNICÍPIO, a O.S.C. deverá ressarci-lo sob pena de suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades do MUNICÍPIO, pelo prazo máximo de dois anos;
8.3.2. Passado o prazo de dois anos e perdurando os motivos determinantes da sanção, a O.S.C será declarada inidônea para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, até que ocorra o saneamento.
8.4. Quando não houver devolução dos saldos financeiros remanescentes da parceria, na forma e prazo estabelecidos no item 4.5 deste termo, será instaurada Tomada de Contas Especial pela autoridade administrativa competente.
CLÁUSULA NONA - DA DIVULGAÇÃO E TRANSPARÊNCIA
9.1. Obriga-se a O.S.C., em razão deste Termo de Colaboração, a fazer constar identificação do MUNICÍPIO de Belo Horizonte, nos formulários, cartazes, folhetos, anúncios e matérias na mídia, assim como produtos da parceria, tais como livros, relatórios, vídeos, internet e outros meios de divulgação, observando a legislação eleitoral vigente.
9.2. A utilização de logomarca, brasão ou demais símbolos do MUNICÍPIO deverão ser previamente autorizados pela Assessoria da Comunicação do Município.
9.3. A O.S.C. compromete-se a publicar no seu sítio eletrônico oficial, quando houver, ou no sítio eletrônico público do Mapa das O.S.C.s, e em locais visíveis de suas sedes sociais e dos estabelecimentos em que exerçam suas ações, desde a celebração das parcerias até cento e oitenta dias após a apresentação da prestação de contas final, as informações de que trata o art. 11 da Lei Federal nº 13.019/2014.
9.4. Fica vedada a utilização de símbolos partidários e ou de caráter eleitoral em qualquer material de divulgação.
CLÁUSULA DÉCIMA – DA VIGÊNCIA
10.1. Este Termo de Colaboração, terá vigência de 04 (quatro) meses, contados a partir da data de sua assinatura, possibilitada a sua prorrogação.
10.2. A vigência da parceria poderá ser alterada, por meio de Termo Aditivo, mediante solicitação fundamentada da O.S.C., devidamente justificada e formalizada, a ser apresentada ao MUNICÍPIO, em, no mínimo, 30 (trinta) dias antes do término da sua vigência, ou mediante a verificação desta necessidade pelo MUNICÍPIO, com a anuência da O.S.C., desde que não haja alteração de seu objeto.
10.3. A alteração do prazo de vigência do Termo de Colaboração, em decorrência de atraso na liberação dos recursos por responsabilidade do MUNICÍPIO, será promovida “de ofício”, limitada ao período do atraso verificado, por meio de Termo de Apostila.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DA ALTERAÇÃO
11.1. Este Termo de Colaboração, poderá ser alterado, com as devidas justificativas, mediante Termo Aditivo, Certidão de Apostilamento e ajuste no Plano de Trabalho, devendo o respectivo pedido ser apresentado pela O.S.C com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
11.2. É vedada a alteração do objeto do Termo de Colaboração, permitida a ampliação, redução ou exclusão de metas, sem prejuízo da funcionalidade do objeto, desde que respeitados os limites legais e devidamente justificada e aprovada pelo MUNICÍPIO.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA RESCISÃO
12.1. É facultado aos PARCEIROS rescindirem este instrumento a qualquer tempo, delimitando as respectivas condições, sanções e responsabilidades, estipulando-se prazo mínimo de antecedência para a comunicação dessa intenção, não inferior a 60 (sessenta) dias.
12.2 - Esta parceria poderá ser rescindida quando:
12.2.1. ocorrer o descumprimento de qualquer das obrigações ou condições nela estabelecidas;
12.2.2. quando a O.S.C., após notificada, não sanar as impropriedades, conforme item 7.8.1 da cláusula sétima;
12.2.3. pela superveniência de normas legais ou razões de interesse público que a torne formal ou materialmente inexequível;
12.2.4. for denunciada a qualquer tempo, por qualquer das partes mediante prévio aviso com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias;
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DOS BENS PERMANENTES E DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
13.1. Fica desde já definida a titularidade da O.S.C. acerca dos bens permanentes remanescentes adquiridos, produzidos e/ou transformados com recursos repassados pelo MUNICÍPIO em razão da execução deste Termo.
13.1.1. Na hipótese de rejeição da prestação de contas final, a titularidade dos bens permanentes remanescentes permanecerá com a O.S.C., sendo que:
I – Não será exigido ressarcimento do valor relativo ao bem adquirido quando a motivação da rejeição não estiver relacionada ao seu uso ou aquisição;
II – O valor pelo qual o bem permanente remanescente foi adquirido deverá ser computado no cálculo do dano ao erário a ser ressarcido, quando a motivação da rejeição estiver relacionada ao seu uso ou aquisição.
13.1.2. Caso ocorra a dissolução da O.S.C. durante a vigência da parceria, os bens remanescentes deverão ser retirados pela administração pública municipal, no prazo de até 90 (noventa) dias, contado da data da notificação da dissolução.
13.2. Fica vedada a doação, venda, cessão, empréstimo, transferência ou qualquer outra transmissão de titularidade dos bens permanentes remanescentes adquiridos, produzidos e/ou transformados em razão da execução deste Termo, devendo estes bens serem gravados com cláusula de inalienabilidade.
13.3. A O.S.C. deverá formalizar promessa de transferência de propriedade dos bens permanentes adquiridos com recursos provenientes da celebração da parceria, na hipótese de sua extinção.
13.4. Nas hipóteses de produção de bens de propriedade intelectual decorrente da execução do objeto desta parceria, a titularidade dos referidos bens será compartilhada pelos PARCEIROS, ficando sua utilização condicionada à celebração de instrumento próprio, observada a legislação vigente.
13.4.1. Nas hipóteses em que, em virtude da execução do objeto desta parceria, a
O.S.C. contratar quaisquer serviços dos quais decorram bens previstos no item 13.3, fica a O.S.C. obrigada a constar do contrato a ser celebrado, cláusula de cessão dos referidos direitos por parte de seu detentor.
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – DA PROTEÇÃO E TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO, DADOS PESSOAIS E OU BASE DE DADOS
14.1. A O.S.C. obriga-se ao dever de proteção, confidencialidade e sigilo de toda informação, dados pessoais e/ou base de dados a que tenha acesso, inclusive em razão de licenciamento ou da operação dos programas/sistemas, nos termos da Lei nº 13.709/2018, suas alterações e regulamentações posteriores, durante o cumprimento do objeto descrito no presente instrumento.
14.2. A O.S.C. obriga-se a implementar medidas técnicas e administrativas suficientes visando a segurança, a proteção, a confidencialidade e o sigilo de toda informação, dados pessoais e/ou base de dados a que tenha acesso a fim de evitar acessos não autorizados, acidentes, vazamentos acidentais ou ilícitos que causem destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer outra forma de tratamento não previstos.
14.3. A OSC deve assegurar-se de que todos os seus colaboradores, consultores e/ou prestadores de serviços que, no exercício das suas atividades, tenham acesso e/ou conhecimento da informação e/ou dos dados pessoais, respeitem o dever de proteção, confidencialidade e sigilo.
14.4. A OSC não poderá utilizar-se de informação, dados pessoais e/ou base de dados a que tenha acesso, para fins distintos ao cumprimento do objeto deste instrumento jurídico.
14.5. A OSC não poderá disponibilizar e/ou transmitir a terceiros, sem prévia autorização escrita, informação, dados pessoais e/ou base de dados a que tenha acesso em razão do cumprimento do objeto deste instrumento contratual.
14.5.1. A OSC obriga-se a fornecer informação, dados pessoais e/ou base de dados estritamente necessários caso quando da transmissão autorizada a terceiros durante o cumprimento do objeto descrito neste instrumento contratual.
14.6. A OSC fica obrigada a devolver todos os documentos, registros e cópias que contenham informação, dados pessoais e/ou base de dados a que tenha tido acesso durante a execução do cumprimento do objeto deste instrumento jurídico no prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados da data da ocorrência de qualquer uma das hipóteses de extinção da parceria, restando autorizada a conservação apenas nas hipóteses legalmente previstas.
14.6.1. À OSC não será permitido deter cópias ou backups, informação, dados pessoais e/ou base de dados a que tenha tido acesso durante a execução do cumprimento do objeto deste instrumento jurídico.
14.6.1.1. A OSC deverá eliminar os dados pessoais a que tiver conhecimento ou posse em razão do cumprimento do objeto deste instrumento tão logo não haja necessidade de realizar seu tratamento.
14.7. A OSC deverá notificar o Município, imediatamente, no caso de vazamento, perda parcial ou total de informação, dados pessoais e/ou base de dados.
14.7.1. A notificação não eximirá a OSC das obrigações e/ou sanções que possam incidir em razão da perda de informação, dados pessoais e/ou base de dados.
14.7.2. A OSC que descumprir nos termos da Lei nº 13.709/2018 suas alterações e regulamentações posteriores, durante ou após a execução do objeto descrito no presente instrumento jurídico fica obrigada a assumir total responsabilidade e ao ressarcimento por todo e qualquer dano e/ou prejuízo sofrido, incluindo sanções aplicadas pela autoridade competente.
14.8. A OSC fica obrigada a manter preposto para comunicação ao Município para os assuntos pertinentes à Lei nº 13.709/2018, suas alterações e regulamentações posteriores.
14.9. O dever de sigilo e confidencialidade, e as demais obrigações descritas na presente cláusula, permanecerão em vigor após a extinção das relações entre os Parceiros, bem como, entre a OSC e os seus colaboradores, subcontratados, consultores e/ou prestadores de serviços sob pena das sanções previstas na Lei nº
13.709/2018, suas alterações e regulamentações posteriores, salvo decisão judicial contrária.
14.10. O não cumprimento de quaisquer das obrigações descritas nesta cláusula sujeitará a OSC a processo administrativo para apuração de responsabilidade e, consequente, sanção, sem prejuízo de outras.
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DO FORO
15.1. Não logrando êxito na tentativa de conciliação e solução administrativa, fica eleito o foro da comarca de Belo Horizonte para dirimir os conflitos decorrentes deste Instrumento, com renúncia expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
E, por estarem acordados com os termos dessa parceria as partes firmam em 3 (três) vias de igual teor e forma o presente instrumento.
Belo Horizonte,
XXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXX DE
_FARIA:01502035600
Assinado de forma digital por XXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXX XX XXXXX:01502035600
Dados: 2022.10.03 16:22:51 -03'00'
Xxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxxx de Faria Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx Representante Legal da O.S.C CPF: 000.000.000-00
ANEXO ÚNICO PLANO DE TRABALHO
PLANO DE TRABALHO | |
1. DADOS DO PROJETO: | |
Nome do Projeto: Programa de Formação Técnica em Bambuzeria | |
Prazo de execução: 04 meses, a contar da assinatura do Termo de Colaboração. | Valor total de execução: R$ 200.000,00 |
Objeto da Parceria: execução do Programa de formação técnica em bambuzeria, implantação e adaptação de unidades produtivas, para geração de renda, trabalho e emprego aos quilombos de Belo Horizonte. |
2. DADOS CADASTRAIS | ||
Organização da Sociedade Civil: BAMBUZERIA CRUZEIRO DO SUL – BAMCRUS | ||
CNPJ: 03.211.130/0001-61 | Data de Abertura do CNPJ: 08/06/1999 | |
Endereço: XX 000,X/X XX 000-XXXXXX | ||
Bairro: Brumado | Cidade: Sabará | CEP: 34.740-000 |
Telefone: (00) 0000-0000 | ||
Nome do representante legal: Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx | ||
Responsável pela elaboração do Plano de Trabalho: Xxxxxx Xxx Xxxxx Xxxxxxxxx | ||
Contato corporativo do responsável (e-mail e telefone): 31 – 992602271 Email: xxxxxxxx@xxxxx.xxx | ||
Período de Mandato da Diretoria: De 08/07/2022 a 07/07/2025 |
3. DESCRIÇÃO DA REALIDADE E JUSTIFICATIVA DO PROJETO
Belo Horizonte conta com cinco Comunidades Tradicionais em contexto urbano já reconhecidos pela Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura como patrimônio cultural imaterial da cidade: Xxxxxxxx Xxxxxxxxxx, Quilombo Luízes, Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango e Xxxxxxxx Xxxxx, além de uma quinta Comunidade Tradicional Matias, que atualmente se encontra em fase de obtenção da certificação emitida pela Fundação Palmares a partir da declaração de autorreconhecimento.
O Plano Diretor de Belo Horizonte, por meio da Lei 11.181, artigo 254, tem categorização específica para esses territórios, definidos como Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs) dos Quilombos: porções do território municipal sujeitas a políticas específicas de preservação cultural, histórica e ambiental que visem a reforçar a identidade territorial das comunidades quilombolas. Além disso, o artigo 254 estabelece uma série de salvaguardas que coadunam com a presente proposta, a saber:
§ 3º - São objetivos das ADEs dos Quilombos:
- reconhecer as especificidades da ocupa- ção de cada quilombo como patrimônio histórico, cultural e simbólico do Município;
- proteger os espaços e as práticas culturais construídas por essas coletividades, com res- peito às suas formas de expressão e aos seus modos de criar, fazer e viver.
- reconhecer e proteger os territórios quilombolas como parte essencial da identidade dos descendentes negros, bem como elementos necessários à manutenção de um estilo de vida e de formas de sociabilidade próprias;
- possibilitar a ocupação e o uso dessas porções territoriais de forma condizente com o modo de vida das respectivas comunidades quilombolas, considerada a condição de uso coletivo da propriedade dos quilombos;
- garantir a permanência da população residente nos quilombos, em condições de seguran ça do ponto de vista geológico e geotécnico;
Importante ressaltar que os quilombos não são grupos isolados ou determinados exclusivamente por critério de identificação racial, homogêneo, tampouco seria adequado pensá-los simplesmente como descendentes de escravos fugidos. Mas, os quilombos são melhor compreendidos por “(...) grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida característicos e na consolidação de um território próprio” (O’DWYER, 2002).
Conforme o projeto denominado “Conhecendo o Patrimônio Cultural de Belo Horizonte”, desenvolvido pela Diretoria de Patrimônio Cultural e Arquivo Público, da Fundação Municipal de Cultura, Quilombos são
comunidades autônomas, vivas, lugares de produção material e simbólica. Constitui-se como sistema político-econômico- religioso, de parentesco, que margeia ou é alternativo à sociedade abrangente. Essas características os identificam como patrimônio vivo, que comunica passado, presente e futuro. O território adquire grande importância, uma vez que materializa sentimento comum de pertencimento, no qual todos compartilham as mesmas condições de vida e trajetórias (que não destoam muito entre si e que, por sua vez, conformam uma linguagem própria). FMC, 2020, p. 02
Segundo os dados e as informações reunidos no documento Base de Informações Geográficas e Estatísticas sobre os Indígenas e Quilombolas para enfrentamento à Covid-19, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e publicado em 2020, encontramos 1.672 municípios com Comunidades Quilombolas. Minas Gerais é o estado da federação que concentra a maior quantidade de municípios com quilombos. Segundo a Fundação Palmares, instituída pelo governo federal em agosto de 1988, como a primeira instituição pública voltada para promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira, encontramos em sua base de dados atualizada em junho de 2022, o total de 2.851 Comunidades Quilombolas Certificadas pelo Brasil afora. Deste total, 341 estão em Minas Gerais e 4 quilombos já certificados e 1 em processo de certificação situam- se na capital do Estado. Assim sendo, todos os quilombos certificados em Belo Horizonte serão contemplados e beneficiados com este reforço orçamentário.
Em artigo intitulado A Economia dos Quilombos, escrito por Xxxxx Xxxxxxx e publicado pela Revista da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em 2016, consta que a atividade econômica nas comunidades quilombolas, sobrevive, em essência, nos atuais aglomerados remanescentes, teria sua origem numa peculiaridade da escravidão no Brasil:
o hábito dos senhores de conceder parcelas de terra e um ou dois dias por semana aos escravos para o cultivo de alimentos, a fim de se manterem. Era um modo de os proprietários se eximirem dos gastos com o sustento dos cativos, pelo menos em parte, mas havia outras razões, como reforçar o “amor à terra” para desestimular as insurreições e fugas em grupo. Nesse aspecto, o efeito foi o oposto:
o hábito e o domínio da agricultura, incluindo a comercialização de excedentes, inspiraram escravos a fugir e a construir uma vida sustentada pelo cultivo da terra. FAPESP, 2016, Ed. 242, p.82
Em face dessa realidade, em consonância com as competências da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico - SMDE, no planejamento, coordenação e execução de ações de
promoção do desenvolvimento, aqui concebido numa dimensão não meramente econômica, mas relativo ao etnodesenvolvimento, conceito difundido pela Organização das Nações Unidas – ONU, que consiste no “exercício da capacidade social de um povo para construir seu futuro, aproveitando para isso os ensinamentos de sua experiência histórica e os recursos reais e potenciais de sua cultura, de acordo com um projeto que seja definido segundo seus próprios valores e aspirações.” Para além do desenvolvimento econômico local e sustentável, as comunidades tradicionais vêm, por meio da execução desta emenda impositiva, em busca destes objetivos.
O presente programa tem por finalidade promover formação técnica em bambuzeria, e implantação e adaptação de unidades produtivas, também chamadas simplesmente oficinas (bambuzerias), em cinco comunidades tradicionais urbanas, em especial Quilombos, com a participação de integrantes das próprias comunidades. A partir de consulta realizada junto às comunidades tradicionais e dos quilombos, identificou- se que esse tipo de capacitação produtiva usando por matéria prima o bambu, fortaleceria a preservação dos meios de produção específicos quilombolas, além da utilização de recursos naturais renováveis, auxiliando no processo de fortalecimento da identidade, a relação com o território e promovendo o desenvolvimento econômico local.
O diferencial deste programa de formação técnica em bambuzeria, consiste em auxiliar a capacitação em técnicas de manejo e bioconstrução, e fomentar a geração de trabalho e renda, segundo princípios de permacultura, e a constituição de redes para as comunidades a partir da produção local, com vistas a auxiliar na preservação das comunidades tradicionais e, em especial, os quilombos urbanos enquanto um espaço imediato de reprodução de modos de vida, saberes e crenças.
4. PÚBLICO ALVO:
Constitui o público-alvo das ações do projeto as seguintes comunidades tradicionais, em especial, quilombos urbanos já reconhecidos pela Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura como patrimônio cultural da cidade: Xxxxxxxx Xxxxxxxxxx, Quilombo Luízes, Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango e Xxxxxxxx Xxxxx, além da Comunidade Tradicional Matias, que atualmente se encontra em fase de obtenção da certificação emitida pela Fundação Palmares, a partir da declaração de autorreconhecimento.
5. ÁREA DE ABRANGÊNCIA:
Quilombo Luízes
Localização: Xx. Xxxxx Xxxx, 0000 – Xxxx Xxxxx Xxxxx, Xxxxxx, Xxxx Xxxxxxxxx - XX, 00000-000 Regional Oeste.
Quilombo Mangueiras
Localização: Rod. Xxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxx (MG 20) KM 13,5 - Novo Xxxxx Xxxx, Xxxx Xxxxxxxxx - XX, 00000-000. Regional Nordeste.
Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango
Localização: X. Xxx Xxxxx, 000 - Xxxxx Xxxxxxxx, Xxxx Xxxxxxxxx - XX, 00000-000 - Regional Leste
Xxxxxxxx Xxxxx
Localização: X. Xxxxxxxx Xxxxxx, 000 - x 0000 - Xxxxx Xxxxxx, Xxxx Xxxxxxxxx - XX, 31015-040 - Regional Leste
Comunidade Tradicional Matias
Localização: X. Xxxxxx, 000 - Xxxxx Xxxxxx, Xxxx Xxxxxxxxx - XX, 00000-000 – Regional Leste
6. QUADRO DE METAS:
Preencha as informações solicitadas conforme explicação constante em cada coluna. Adicione quantas linhas forem necessárias para atender a descrição completa do projeto.
Documentos para verificação | ||||
METAS Uma das partes do objeto da parceria a ser realizado por meio de ações, para atingir um resultado esperado. Deve conter a quantidade que será atingida com sua execução. | RESULTADOS ESPERADOS O resultado esperado a partir da execução integral da meta, a finalidade que se busca com a realização das ações. | AÇÕES Tarefas concretas a serem realizadas para o atingimento da meta. Uma mesma meta pode exigir a realização de mais de uma ação. | PERÍODO DE EXECUÇÃO Prazo de início e término previsto para a execução da ação. Descrito em meses (ex. mês 1 ao mês 4). | O documento deve ser capaz de demonstrar que aquela ação foi devidamente executada. Ex. fotografias, Lista de presença, planilha, banco de dados, certificados etc. |
Realizar 1(um) Curso Civilização do Bambu completo, ministrado presencialmente, totalizando 80 horas/aulas, para a formação de 17 aprendizes. | 17 (dezessete) aprendizes certificados | Preparação para o Curso Civilização do Bambu Especial para a Comunidade Quilombola de Belo Horizonte (preparação do espaço, compra de materiais, colheita da matéria prima, organização da hospedagem e alimentação, dentre outros) | Mês 1 Outubro | -Registro Fotográficos -Ficha de inscrição preenchidas -Listas de presença assinadas -Recibos assinados do Bolsa Auxílio Aprendiz – - Pesquisa de avaliação feita pelos aprendizes, ao final do curso |
Início da formação técnica | ||||
Encerramento da etapa de formação técnica e retorno dos alunos para os quilombos. | ||||
Construir e estruturar 5 (cinco) Unidades Produtivas. | Unidades Produtivas construídas e estruturadas. | Encomenda e/ou aquisição da materialidade necessária à construção das unidades produtivas, acessando os fornecedores e negociando, atentando para o prazo de entrega, que é curtissimo. | - Orçamentos - Notas Fiscais |
Construir e estruturar 5 (cinco) Unidades Produtivas. . | Unidades produtivas construídas e estruturadas. | Encomenda e/ou aquisição da materialidade necessária à construção das unidades produtivas, acessando os fornecedores e negociando, atentando para o prazo de entrega, que é curtissimo. | Mês 2 Novembro | - Projeto Arquitetônico das Unidades Produtivas - Registros Fotográficos - Orçamentos - Notas Fiscais - Prints das telas do site em teste. |
Construção de cada unidade produtiva | ||||
Entrega de materiais e instalação dos equipamentos. | ||||
Colocação do site na internet para testes. | ||||
Construir e estruturar 5 (cinco) Unidades Produtivas. | Unidades produtivas construídas e estruturadas. | Encomenda e/ou aquisição de materiais e equipamentos. | Mês 3 Dezembro | - Orçamentos - Notas Fiscais |
Entrega de materiais e instalação dos equipamentos. | ||||
Colocação definitiva do site na internet. | - Prints das telas do site definitivo. | |||
Certificar as 5 (cinco) unidades produtivas. | Unidades Produtivas Certificadas. | Visitas técnicas às unidades produtivas para orientações operacionais e Certificação de cada uma pela CERBAMBU, atestando plenas condições de funcionamento. | - Relatório de acompanhamento às Visitas Técnicas com material fotográfico. |
7. METODOLOGIA PARA EXECUÇÃO DO PROJETO:
Meta 01: Formação técnica em Bambuzeria
Formação de uma turma envolvendo 3 alunos de cada um dos 5 quilombos, além de 1 aluno para formação administrativa e 1 arquiteto, resultando em 17 aprendizes. As ações formativas e estruturantes serão realizadas pela BAMCRUS – Bambuzeria Cruzeiro do Sul. A BAMCRUS foi fundada em 1999 com o objetivo de popularizar o uso do bambu no Brasil. Em 23 anos de atuação, gerou oportunidades de trabalho e renda com bambu em mais de 50 comunidades em situação de vulnerabilidade social nas 5 regiões do país, com formação de mais de 10.000 profissionais.
As aulas serão ministradas no estúdio geodésico do CERBAMBU RAVENA - Centro de Referência do Bambu e das Tecnologias Substitutivas, em Ravena – MG, sob a coordenação do Mestre Bambuzeiro Xxxxx Xxxxxxxx. O CERBAMBU RAVENA é a plataforma de desenvolvimento técnico, científico e formação profissional da BAMCRUS.
Serão 80 horas/aula de curso, com toda a infraestrutura necessária para a formação técnica, incluindo alimentação, transporte e hospedagem dos alunos. Cada aprendiz receberá uma bolsa-auxílio no valor de R$700,00 no início das aulas.
O curso aborda temas fundamentais para manejo e construção em bambuzeria, tais
como: ferramentaria, materiais, visita a bambuzais, métodos de cultivo, manejo, colheita, caracterização das espécies para cada fim, métodos de tratamento, temperamento de fibras e imunização, técnicas de montagem, encurvamento de varas, ponteamento e amarrações com junco, impermeabilização da base para fundação, tabicagem, acabamento, manutenção e orientações teóricas.
Os alunos ficarão hospedados no CERBAMBU RAVENA, com o custo já incluído no programa. As aulas se iniciarão em uma segunda-feira, dia 10/10/22 às 08:00 e, na sexta feira seguinte, dia 14/10/22, os alunos serão liberados para voltarem para os quilombos ao final do dia. Os aprendizes retornarão na próxima segunda-feira, dia 17/10/22, para continuidade das aulas até o final da formação técnica, no dia 19/10/22. O transporte dos alunos e alunas entre os quilombos e o CERBAMBU será realizado por vans cujo custo já está incluído na proposta. No último dia de curso, após a aula haverá uma cerimônia de encerramento com apresentação dos trabalhos realizados e entrega dos certificados de conclusão.
Meta 2: Implantação e adaptação de unidades produtivas em cada quilombo
Para cada quilombo, está prevista a implantação de uma oficina (bambuzeria) com investimento no valor de R$15.000,00. Quatro delas serão construídas em bambu com área de aproximadamente 18m² cada. Em um dos quilombos, o espaço produtivo será implantado em uma construção já existente. O mesmo valor de recurso empregado nos outros quilombos, será também empregado neste espaço com reforma e adaptações.
Cada quilombo receberá o mobiliário, material e equipamentos necessários para o início da produção de móveis e adereços em bambu com capacidade para até 5 trabalhadores.
Além disso, cada quilombo receberá 20 mudas de espécies diferentes de bambu.
O conjunto das 5 bambuzerias terá uma pessoa responsável pelo registro fotográfico, divulgação dos trabalhos em redes sociais, desenvolvimento de um site e relacionamento com a imprensa.
Um(a) arquiteto(a) visitará cada uma das 5 sedes dos quilombos e desenvolverá um projeto de unidade produtiva conforme a característica de cada terreno.
Após a formação técnica, implantação das oficinas e entrega dos mobiliários e equipamentos, a equipe da BAMCRUS fará uma visita em cada quilombo para orientações operacionais.
8. EQUIPE DE TRABALHO:
Inserir no quadro, todos os profissionais que serão necessários à execução da parceria, integral ou parcialmente, incluindo as diversas formas de contratação (CLT, RPA, Pessoa Jurídica).
CARGO | ATRIBUIÇÕES NO PROJETO | QUANT. PESSOAS | CARGA HORÁRIA SEMANAL | Nº DE MESES | VALOR MENSAL INDIVIDUAL |
Coordenador Geral do Projeto | Idealização, elaboração, organização, execução e acompanhamento de toda a implementação do Projeto. | 1 | 60 | 4 | 2.055,50 |
Pessoa responsável por comunicação | Responsável pelo registro fotográfico, divulgação dos trabalhos em redes sociais, desenvolvimento de um site e relacionamento com a imprensa. | 1 | 40 | 4 | 1.212,00 |
Arquiteto | Visita técnica a cada uma das 5 sedes dos quilombos e desenvolvimento do projeto de unidade produtiva, conforme a característica de cada terreno. | 1 | 20 | 4 | 500,00 |
Instrutor | Condução das aulas teóricas e práticas, conforme proposta constante no presente Plano de Trabalho. | 2 | 40 | 1 | 2.000,00 |
Pedreiro | Auxiliar na construção das unidades produtivas. | 1 | 40 | 2 | 4.500,00 |
9. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO:
Descrever detalhadamente (tópicos) os aspectos a serem avaliados através do monitoramento e avaliação;
- Descrever os procedimentos que serão realizados pelo Gestor da Parceria no âmbito do monitoramento e avaliação, bem como a periodicidade e as ferramentas e instrumentais que serão utilizados (Ex: visitas técnicas e respectivos relatórios, pesquisa de satisfação, ferramentas tecnológicas como aplicativos, redes sociais, etc.);
Ao Gestor da Parceria enquanto responsável pelo monitoramento e avaliação do processo, das entregas e dos resultados caberá acompanhar todo o processo de execução, preferencialmente por visitas técnicas e pelos documentos de verificação constantes no Quadro de Metas, item 6 do presente Plano de Trabalho, gerando um relatório sintético mensal a ser enviado à Comissão de Monitoramento e Avaliação, conforme o seguinte:
1) Mês 1: Acompanhamento presencial da formação denominada Curso Civilização do Bambu;
2) Mês 2: Monitoramento realizado por visitas feitas às unidades produtivas em construção;
3) Mês 3: Participação nas visitas técnicas a serem realizadas pela CERBAMBU, que visam compartilhar instruções operacionais e a certificação de cada unidade produtiva.
- Descrever os procedimentos que serão realizados pela Comissão de Monitoramento e Avaliação, bem como a periodicidade e as ferramentas e instrumentais que serão utilizados.
A Comissão de Monitoramento caberá verificar o relatório de execução do objeto, que será apresentado 30 (trinta) dias após o encerramento do prazo de vigência.
10. PREVISÃO DE RECEITAS:
ORIGEM | VALOR |
Repasse | R$ 200.000,00 |
Contrapartida (somente se houver) | - |
TOTAL | R$ 200.000,00 |
11. PREVISÃO DE DESPESAS:
ITEM | DESCRIÇÃO | VALOR R$ | REFERÊNCIA |
Curso (Incluindo remuneração do Instrutor) | Curso Civilização do Bambu completo para 17 alunos, incluindo hospedagem, alimentação, equipamentos, materiais e certificado. Valor por aluno = R$3.890,00 | 66.130,00 | A despesa informada do curso é equivalente ao valor ofertado para alunos pagantes pela própria instituição, conforme a publicação xxxxx://xxx.xxxxxxxx.xxx.xx/xxxxx- 2022 |
4 meses de salário para pessoa responsável por comunicação | 4 meses x R$1.212,00 | 4.848,00 | O salário para o profissional de comunicação indicado corresponde ao Salário Mínimo conforme a Lei Federal Nº 14.358/2022 |
Transporte | Van com 17 lugares para 4 viagens | 4.400,00 | O valor estimado do frete é compatível com o valor praticado segundo empresas de transporte, por exemplo xxxxx://xxxxxxxxx.xxx.xx/xxxx/xxxxxxx- de-van-preco/#:~: texto%20 Pre%C3%A7o%20do%20aluguel%20 d e%20 passageiros%20que%20 ser%C3%A3o%20 transportados. |
Bolsa auxílio aprendiz | R$700 por aluno | 11.900,00 | O valor da bolsa-auxílio de R$700,00 estipulada por alunos é devida como ajuda de custo da formação, considerando o afastamento de atividades regulares pelos alunos, estipulando aproximadamente R$100,00 por dia de curso. |
Projeto arquitetônico da unidade produtiva, (incluindo remuneração do Arquiteto) | R$400 x 5 quilombos | 2.000,00 | Nota fiscal: Vide nota fiscal 00000071- Série E, emitida em 08/12/2019, pelos serviços prestados ao Sindicato Rural de Sâo Sebastião do Passe. Lembramos que nos anos de 2020 e 2021, várias organizações interromperam as suas atividades em função da Pandemia Covid -19, inclusive a Bamcrus. |
Mudas de bambu para cada quilombo | 5 de gigante (R$40 cada), 5 de nigra, 5 de áurea e 5 de mossô(R$20 cada) = R$500 para cada quilombo | 2.500,00 | Convêm lembrar que estamos tratando de um projeto especial, conforme os documentos técnicos incluídos e a justificativa de inexigibilidade e as mudas são do próprio viveiro do Mestre Xxxxx Xxxxxxxx, onde são cultivadas respeitando a ancestralidade e a sacralidade da cultura Africana, que coaduna com a cultura e a história dos Quilombos. |
Construção de unidades produtivas (incluindo remuneração do Pedreiro) | Construção de unidade produtiva de 6m x 3m(estrutura de bambu gigante, piso e telhado). Valor para cada quilombo: R$15.000,00 | 75.000,00 | Para comparações de estimativa de custo, ver os modelos padronizados degeodésicas conforme a estrutura e a área total publicadas no site xxxxx://xxx.xxxxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxx a-2. Exemplo: geodésica de 78m quadrados sem cobertura, é apresentada no site por R$53.000,00, portanto a geodésica de 18m quadrados proporcionalmente orçada seria R$12.000,00, então o valor proposto de R$15.000,00 entendendo que há cobertura e piso está de acordo. |
Equipamentos e materiais das unidades produtivas | R$4.000,00 de mobiliário e equipamentos e R$1.000,00 de matéria prima para cada quilombo | 25.000,00 | Dada as particularidades de cada unidade a ser mobiliada e equipada, seja para a produção de estruturas, mobiliário ou biojóias, em cada Quilombo, não é possível no momento detalhar os itens. Estes itens também são bem específicos conforme a complexidade, a particularidade e a customização de cada unidade a ser implantada, conforme constante neste documento. Entende-se que neste caso, cabe a razoabilidade e até economicidade em sua análise. Estes itens serão levantados ao longo da formação e da execução do projeto conforme a necessidade e demanda de cada quilombo e respectivo projeto arquitetônico que será realizado, também, durante a execução da presente proposta. Tudo aqui é sob medida para cada unidade produtiva. |
Coordenador Geral do Projeto | Coordenação geral do projeto pelo Mestre bambuzeiro Xxxxx xxxxxxxx | 8.222,00 | Nota fiscal: Serviço de orientação técnica em Bambuzeria, realizado em São Sebastião do Passe em setembro de 2019, R$2.000,00, considerando que serão atendidos 5 quilombos urbanos em locais distintos, e com especificidades, justifica-se o preço cobrado |
Valor de | 200.000,00 |
12. CONTRAPARTIDA DA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL (SE HOUVER):
Descrever os bens, serviços e despesas complementares a serem aportados na execução da parceria, a partir de recursos próprios da OSC, com a respectiva forma de mensuração.
Este item não é obrigatório e deve ser preenchido apenas se houver contrapartidas a serem apresentadas (Não pode ser financeira). Não haverá contrapartida por parte da OSC.
BEM OU SERVIÇO | VALOR MENSURADO |
TOTAL |
13. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO:
PARCELA | PERIODO | VALOR |
1ª | Assinatura do Termo de colaboração (Setembro) | R$ 190.000,00* |
2ª | Mediante certificação das cinco unidades produtivas (Novembro)) | R$ 10.000,00 |
TOTAL | R$ 200.000,00 |
*O repasse antecipado de 95% do valor total do projeto faz-se necessário em função da necessidade de aquisição antecipada de toda a materialidade a ser utilizada durante o Curso de Formação em Bambuzeria, contração do arquiteto e respectivos projetos arquitetônicos, bem como a aquisição de matéria prima - bambu, de todo o material para a construção e de todos os equipamentos e a materialidade para cada unidade produtiva. Lembramos que grande parte da materialidade a ser adquirida é sob encomenda, ou seja, sob medida para cada unidade produtiva, cujos fornecedores também exigem pagamento antecipado.
14. ASSINATURA DO REPRESENTANTE LEGAL OSC:
Belo Horizonte, 26 de agosto de 2022.
-03'00'
XXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXX DE
Assinado de forma digital por XXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXX XX XXXXX:01502035600
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx
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Nome/Assinatura do Representante legal da Organização da Sociedade Civil