MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME
CONTRATO Nº 48000.003155/2007-17: DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DUODECENAL (2010 - 2030) DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL-SGM
BANCO MUNDIAL
BANCO INTERNACIONAL PARA A RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO - BIRD
PRODUTO 35
CADEIA DA FUNDIÇÃO
Relatório Técnico 61
Perfil da Fundição
CONSULTOR
Xxxxxxxxxx Xxxxxxxx xxXxxxx Xxxxx SETEPLA TECNOMETAL ENGENHARIA
PROJETO ESTAL
PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA AO SETOR DE ENERGIA
Agosto de 2009
PROJETO ESTAL MME X.MENDO CONSULTORIA
SETEPLA TECNOMETAL ENGENHARIA
SUMÁRIO
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 3
2. RECOMENDAÇÕES 6
3. APRESENTAÇÃO 7
4. CARACTERIZAÇÃO DO SEGMENTO PRODUTIVO 9
4.1. A ATIVIDADE DE TRANSFORMAÇÃO DO SETOR DE FUNDIÇÃO 9
4.2. INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – PRODUÇÃO 11
4.3. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL - FATURAMENTO E PREÇOS 14
4.4. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – RECURSOS HUMANOS 14
4.5. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – ASPECTOS PRODUTIVOS 16
4.6. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – CAPACIDADE PRODUTIVA 17
4.7. PADRÃO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO 18
4.8. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – CONSUMO DE MATERIAIS E ENERGÉTICOS 21
4.9. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – GERAÇÃO DE RESÍDUOS E RECICLAGEM 22
4.10. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – INVESTIMENTOS 22
5. A UTILIZAÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL 23
5.1. DESTINO DA PRODUÇAO TOTAL DE FUNDIDOS 23
5.2. DESTINO DA PRODUÇAO DE FUNDIDOS POR METAL 24
6. O CONSUMO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL 25
6.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONSUMO - QUADRO EVOLUTIVO 25
6.2. COMPARAÇÕES QUANTO AO CONSUMO DE FUNDIDOS – MUNDO E BRASIL 26
6.3. PROJEÇÕES DO CONSUMO DE FUNDIDOS NO BRASIL 27
7. CAPACIDADE E PRODUÇAO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL 31
7.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUÇÃO – QUADRO EVOLUTIVO 31
7.2. PROJEÇÃO FUTURA DA PRODUÇÃO 32
8. RECURSOS HUMANOS – PROJEÇÃO DAS NECESSIDADES 32
9. FATORES TRIBUTÁRIOS E FINANCIAMENTOS INCENTIVADOS 33
10. A ECONÔMIA DA CADEIA PRODUTIVA DE FUNDIÇÃO 34
10.1. FORMAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DE FUNDIDOS 34
10.2. ESTIMATIVA DO RESULTADO ECONÕMICO MÉDIO DO SETOR 35
11. CONCLUSÕES 36
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
No contexto dos objetivos dos Estudos para Elaboração do Plano Duodecenal de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, proposto para constituir-se em instrumento fundamental para o planejamento e longo prazo do Setor Mineral e base para a formulação de políticas públicas setoriais, importância adequada foi concedida às Cadeias da Transformação Mineral no Brasil.
A Cadeia da Fundição de Peças (Produto 35) está enquadrada no Termo de Referência do Estudo dentro do ‘’Grupo de Metálicos’’ da Transformação Mineral, juntamente com outras Cadeias Produtivas, como a do aço, do gusa, das ferro-ligas, e as dos diversos metais não-ferrosos (Al, Cu, Ni, Zn, Pb e Sn).
A Indústria Brasileira de Fundição, fabricante de peças de diferentes qualificações e usos compreende cerca de 1.340 unidades fabris, 48% produzido peças em metais ferrosos (ferro e aço) e 52% fabricando peças em metais não-ferrosos, principalmente em alumínio (2/3 deste seguimento). 97% dos números das empresas de fundição são controladas por Capital Nacional e 95% são classificáveis como Pequenas ou Médias Empresas.
No entanto, as 30 empresas maiores entre as 40 de Capital Estrangeiro representam cerca de 33% de produção nacional de fundidos, e as 43 empresas de grande porte – acima de 1.000 t/mês de peças – contribuem com mais de 63% da produção total brasileira.
A fundição brasileira é o 7º parque produtor no Mundo e produziu em 2008: 3,35 milhões de toneladas de peças, quase o dobro do realizado no fim do século XX, com a seguinte recente evolução:
Produção de Fundidos | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 |
Milhões de t/ano | 1,8 | 2,0 | 2,2 | 2,8 | 3,0 | 3,1 | 3,2 | 3,4 |
Mais de 90% da tonelagem produzida referem-se a peças fundidas ferrosas (92,4% em 2008), e as peças de alumínio participaram com 6,7% do total nesse ano.
Com capacidade de produção estimada em 3,9 milhões de toneladas ao fim de 2008 (contra 3,7 Mt/ano em final de 2007), o setor de fundição operou, naquele último ano, com um aproveitamento da ordem de 88% da capacidade instalada média do ano.
O setor empregava, em 2008, 59.721 pessoas, atingindo então um índice de produtividade de 56,2 t/homem/ano, quase o dobro do verificado dez anos atrás, porém inferior ao mesmo índice das fundições em países mais desenvolvidos (Espanha: 77 t/homem/ano; Alemanha: 119; Estados Unidos: 138).
A indústria de fundição faturou em 2008: US$ 11 bilhões, sendo 14% com a receita na exportação de peças, que em tonelagem representou 18,3% da produção total.
O perfil das vendas do setor brasileiro de fundição está resumido abaixo em % das toneladas
produzidas:
EXPORTAÇÕES 18,3%
BENS DE CAPITAL 19,0%
INFRAESTRUTURA 6,0%
OUTROS 8,0%
AUTOMOTIVO 67,0%
MERCADO INTERNO 81,7%
TOTAL MERCADO INTERNO
Nas peças destinadas ao setor de Bens de Capital, releva o consumo de fundidos na fabricação de equipamentos, máquinas e implementos para os seguintes setores:
▪ Agrícola e rodoviário 24%
▪ Geração e distribuição de energia 23%
▪ Siderurgia, mineração e cimento 22%
▪ Ferroviário e naval 10%
▪ Açúcar e álcool 9%
▪ Outros 12%
00%
A qualidade do fundido brasileiro e a competitividade da produção nacional estão comprovadas pela tonelagem exportada, acima de 600.000 t/ano e os países/regiões atendidos:
▪ América do Norte (NAFTA) 59%
▪ Europa (Comunidade) 22%
▪ América do Sul 10%
▪ Outros (Ásia) 9%
A produção de quase 3,4 milhões de toneladas de peças fundidas no ano de 2008, distribui- se por metal de seguinte forma:
METAL | mil t | “share’’ | ACUMULADO |
Ferro | 2.777 | 82,8% | 82,8% |
Aço | 324 | 9,7% | 92,5% |
Alumínio | 225 | 6,7% | 99,2% |
Cobre | 20 | 0,6% | 99,8% |
Outros (*) | 9 | 0,2% | 100,0% |
TOTAL 3.355 | 100,0% |
(*) não-ferrosos: zinco, magnésio, estanho.
Para esta produção, foram consumidos principalmente os seguintes materiais primários da transformação mineral:
▪ Gusa ou ferro gusa 1.125 mil t/ano
▪ Sucata ferrosa (*) 2.195 mil t ano
▪ Alumínio (**) 215 mil t/ano
▪ Ferro-ligas 75 mil t/ano
(*) adquirida (não inclui a reciclada na própria fundição)
(**) principalmente Al secundário, muitas vezes recebido na fundição na forma liquida.
PERSPECTIVAS DO SETOR DE FUNDIÇÃO
Nos últimos 18 anos, desde 1990 a 2008, o consumo brasileiro de fundidos cresceu a uma média de 4,2% ao ano e representou, na media do período e no ano mais recente da série histórica, 11,4% do consumo de laminados de aço no Brasil. O consumo per capita de peças fundidas no Brasil atingiu a apenas 14,5 kg/habitante/ano em 2008 contra (12,7 kg em 2005), ano em que, para outros paises este índice apresentava-se bem mais elevado:
kg/habitante kg/habitante
▪ Japão 52 EUA 47
▪ Europa 52 Canadá 39
▪ Taiwan 57 Coréia 38
Para o corrente ano de 2009, face à Crise Econômica Financeira Global, a expectativa para o consumo de fundidos é de uma regressão de 17%, atingindo a 2,26 milhões de toneladas, contra 2,74 milhões verificados em 2008.
A análise de 3 Cenários de Projeção da Economia e do Consumo de Fundidos, explorando coeficientes de elasticidade (1,80) de regressão no PIB e relação com o consumo projetado de laminados de aço levou aos resultados ilustrados no desenho seguinte:
(15,4)
(18,6)
(23,4)
(39,5)
106 t/ano
12
PROJEÇÃO DO CONSUMO BRASILEIRO DE FUNDIDOS
CENÁRIO OTIMISTA CENÁRIO INTERMEDIÁRIO CENÁRIO PESSIMISTA
(27,7)
Em Milhões de toneladas/ano
10
8
6
4
2
-
2009
2010
2015
2020
2025
2030
(19,3)
( ) consumo per capita kg/habitante/ano
Considerando estimativamente as seguintes probabilidades para cada Cenário
▪ Otimista 10%
▪ Intermediário 70%
▪ Pessimista 20%,
E ponderando os resultados obtidos, conclui-se pelo Cenário Médio, cuja projeção está abaixo qualificada:
ANOS | CONSUMO FUNDIDOS | EVOLUÇÃO (% ao ano) | CONSUMO PER CAPITA |
(mil/t) | (kg/hab/ano) | ||
2009 | 2.261 | -17,0% | 11,4 |
2010 | 2.339 | +3,4% | 11,7 |
2015 | 3.212 | +6,5% | 15,4 |
2020 | 4.580 | +7,4% | 21,2 |
2025 | 6.842 | +8,4% | 31,0 |
2030 | 10.440 | +8,8% | 46,3 |
A projeção de produção futura de fundidos no Brasil foi estimada considerando 100% de abastecimento da demanda interna por produção nacional e mais uma oferta brasileira de fundidos
para exportação. Nos 5 últimos anos, as exportações representaram em média 20,2% da produção de fundidos, percentual que sofreu queda em 2008 (para 18,3%) e agora em 2009 (para 16,4%).
Como indicador referencial da produção futura de fundidos, conclui-se pela série abaixo:
ANOS | PRODUÇÃO FUNDIDOS | EXPORTAÇÃO FUNDIDOS | %EXPO/PRODUÇÃO |
(mil/t) | |||
2008 | 3.355 | 614 | 18,3% |
2009 | 2.704 | 443 | 16,4% |
2010 | 2.924 | 585 | 20,0% |
2015 | 4.118 | 906 | 22,0% |
2020 | 5.948 | 1.368 | 23,0% |
2025 | 9.123 | 2.281 | 25,0% |
2030 | 13.920 | 3.480 | 25,0% |
A ABIFA projetava uma capacidade instalada no setor para 2012 de 5,15 milhões de toneladas anuais (GUIA ABIFA 2008), mas vários projetos foram postergados, de forma que este horizonte deve evoluir para o entorno de 2015.
Grosso modo, o Setor Brasileiro de Fundição deverá elevar sua capacidade do nível de 3,9 Mt/ano (atuais) para a casa dos 10 Mt/ano até 2030, o que exigiria vultosos investimentos, como calculado a seguir:
▪ Ampliação da capacidade 10,0 Mt/ano
▪ Investimento médio unitário US$1.500/t
▪ Investimento total US$15 bilhões
▪ Investimento anual (em 20 anos) US$750 milhões
Esta expansão do setor de fundição, até 2030, promoverá a geração de 40.000 novos empregos, supondo que se progrida para um nível de produtividade entre os obtidos hoje para Espanha e Alemanha, centros de excelência na produção de fundidos.
Não se prevê radical evolução da tecnologia produtiva de peças fundidas, mas cabe o registro da permanente atualização tecnologia do parque fundidor brasileiro, comprovada pelo destino ‘’nobre’’ de sua exportação de peças (EUA e Europa), os mais exigentes em qualidade e preço.
Os elevados montantes a investir no setor de fundição estão de certa forma carentes de financiamentos incentivados ou de benefícios fiscais que incentivam o interesse de pequenas e médias empresas em investir na produção de peças.
A produção projetada para o ano de 2030, igual a 4 vezes a verificada em 2008 exigirá do Setor Mineral secundário o suprimento de cerca de 4,7 milhões de toneladas ao ano de gusa, 310 mil toneladas de ferro-ligas e mais de 1 milhão de toneladas de alumínio primário ou secundário.
2. RECOMENDAÇÕES
Considerando-se que a Cadeia de Fundição de peças em metais e ligas ferrosos e não ferrosos, no Brasil, por congregar mais de 1.300 unidades fundidoras, a maioria classificada como pequena ou média empresa, merece atenção como destacado setor de Transformação Mineral, e que o setor processa grande quantidade de sucata ferrosa e de alumínio em sua produção, contribuindo para que o meio-ambiente esteja liberto de material obsoleto descartado,
Recomenda-se a revisão da cobrança de ICMS no abastecimento destes materiais ao setor de fundição, já que a tributação na compra da sucata e do metal secundário, nas transações
interestaduais, diminui a competitividade de produção de fundidos especialmente nas regiões menos desenvolvidas, onde é menor a geração de sucata e a atividade de reciclagem.
Por outro lado, considerando-se que as fundições ferrosas brasileiras consomem intensivamente gusa ofertado por produtores independentes, em sua maioria localizados no estado de Minas Gerais, e que o Brasil e o estado de Minas são grandes exportadores de gusa e há uma sistemática de nivelar seu preço para as fundições nacionais ao valor obtido no mercado externo.
Recomenda-se a concessão de incentivos do tipo ‘’draw-back verde - amarelo’’, dada a elevada participação do gusa no preço final da peça fundida ferrosa, já que esta prática de valoração do material transcende à realidade do mercado brasileiro e acarreta perda de competitividade para o setor de fundição.
Finalmente, como recomendações de caráter mais geral, que provavelmente condizem com as aspirações do Setor Mineral e da Transformação Mineral, como um todo, listam-se as seguintes providências:
a) Melhores condições de crédito para investimentos no setor, inclusive face aos montantes envolvidos, cujo porte, maioria das vezes, não possibilita acesso direto às fontes mais favorecidas (BNDES, financiamentos externos).
b) Melhorias substanciais nas infra-estruturas de transporte e de portos de exportação, única forma de descentralização da produção de fundidos das regiões Sudeste e Sul (96,5% em tonelagem) para as regiões menos desenvolvidas do país.
c) Segurança quanto à disponibilidade a preços competitivos de energia elétrica, já que 78% da produção de fundidos é originada em fornos elétricos.
d) Incentivos à produção de carvão mineral e coque no Sul do Brasil e rearranjo da infra- estrutura local para transporte deste material. A importação de coque chinês, praticada pelo setor, não é mais competitiva, por força do aumento de seus preços e do custo do frete marítimo.
A Fundição no Brasil é um setor exemplo da convivência de grandes unidades de produção seriada de peças, por exemplo, para a Indústria Automobilística, com fundições de pequenos e médios portes que produzem peças sob encomenda ou por desenho.
A ABIFA – Associação Brasileira de Fundição representa o setor de forma plena, sendo assim reconhecida pelos órgãos governamentais pertencentes, como o MDIC – Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior e MME – Ministério de Minas Energia. Através de financiamento da FINEP, a ABIFA realizou recentemente e Estudo Setorial de Fundição 2004- 2006, cuja leitura recomendamos, como um retrato da Fundição Brasileira nos aspectos produtivo e tecnológico.
3. APRESENTAÇÃO
No contexto dos objetivos dos Estudos para Elaboração do Plano Duodecenal de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, proposto para constituir-se em instrumento fundamental para o planejamento e longo prazo do Setor Mineral e base para a formulação de políticas públicas setoriais, importância adequada foi concedida às Cadeias da Transformação Mineral no Brasil.
A Cadeia da Fundição de Peças (Produto 35) está enquadrada no Termo de Referência do Estudo dentro do ‘’Grupo de Metálicos’’ da Transformação Mineral, juntamente com outras Cadeias Produtivas, como a do aço, do gusa, das ferro-ligas, e as dos diversos metais não-ferrosos (Al, Cu, Ni, Zn, Pb e Sn).
Os objetivos dos Relatórios Técnicos do Projeto, para cada segmento produtivo, como a Cadeia de Fundição de Peças, percorrem o seguinte escopo:
a) Caracterização do setor produtivo, objeto do capitulo 4, seguinte, discorrendo sobre:
▪ A atividade de transformação do setor de Fundição
▪ A produção setorial da Indústria de Fundição de Peças no Brasil:
- por metal
- por estado/região do país
- segundo o porte das fundições
- segundo o controle acionário
▪ Faturamento do setor e preços médios obtidos para as peças:
- mercado interno
- exportação
▪ Recursos Humanos
- efetivo
- produtividade
- escolaridade
▪ Aspectos Produtivos
- fornos
- moldagem
- integração vertical
▪ Capacidade Produtiva
▪ Padrão Tecnológico e Atividades em P&D&E&I
▪ Consumo de Materiais e Energéticos
▪ Geração de Resíduos e Reciclagem
▪ Investimentos
b) A utilização de peças fundidas no Brasil, objeto do capítulo 5
▪ Destino da produção total brasileira
▪ Destino da produção por metal
c) O consumo de peças fundidas no Brasil; evolução e projeção, apresentadas no capítulo 6.
▪ Evolução do consumo brasileiro
▪ Comparativos com dados mundiais, fatores macroeconômicos e consumo de aço laminado.
▪ Estimativa da demanda em 2009
▪ Projeções da demanda, segundo 3 cenários.
▪ Estimativa do Cenário Médio, mais provável.
d) Evolução e projeção da produção de fundidos (capítulo 7)
▪ Evolução da produção desde 1980 e % exportada
▪ Projeção da produção
- atendimento ao mercado interno
- metas de exportação
e) Projeção das necessidades de Recursos Humanos (capítulo 8)
f) Fatores tributários e financiamentos incentivados (capítulo 9)
g) Economia da Cadeia de Fundição (capítulo 10)
O relatório termina no capítulo 11, com uma Síntese Conclusiva da situação atual e futura da Cadeia de Fundição no Brasil que, de certa forma, consolida sinteticamente a exposto no Sumário Executivo (capítulo 1).
4. CARACTERIZAÇÃO DO SEGMENTO PRODUTIVO
4.1. A ATIVIDADE DE TRANSFORMAÇÃO DO SETOR DE FUNDIÇÃO
O segmento produtor de peças metálicas fundidas tem por característica o processamento de materiais metálicos, de produção primária ou de reciclagem como sucata, para a elaboração de peças moldadas em ligas ferrosas: ferro cinzento, branco, maleável, nodular, aço ao carbono, ao manganês e ligados; e em ligas de metais não ferrosos: cobre, zinco, alumínio, magnésio e estanho. As peças são moldadas em areia, resinas ou coquilha metálicas em diversos tamanhos e seguem para acabamentos superficiais antes de sua entrega para uso final ou para formação de componentes e sistemas a incorporar ao bem final da indústria consumidora.
Como exemplos de peças utilizadas diretamente na forma fundida/acabada, podem ser citadas:
▪ Peças de desgaste para as indústrias de mineração e cimento
▪ Lingoteiras, matrizes e peças de manutenção na siderurgia.
▪ Tampas de bueiros e outros fins, saneamento básico e mobiliário urbano.
▪ Tubos centrifugados
▪ Panelas, caçarolas, frigideiras e utensílios domésticos.
▪ Campânulas para isoladores elétricos e peças para iluminação
▪ Conexões hidráulicas e de uso geral – registros
▪ Sinos, esculturas, troféus e peças artísticas.
▪ Maçanetas e ferragens
E como exemplos de peças incorporadas a veículos, máquinas e equipamentos, veja-se a relação incluída na página seguinte:
EXEMPLOS DE PEÇAS FUNDIDAS E SETORES ATENDIDOS
PEÇAS SETORES
Abraçadeiras Acoplamentos Alavancas Anéis e luvas
Aros e cubos de rodas Peças para balanças
Bases de máquinas e suportes Bielas
Blocos de motor e cabeçotes Buchas e grampos
Autopeças e montadoras de carros e caminhões Alimentícia e bebidas
Açúcar e álcool Equipamentos de som e vídeo Equipamentos elétricos Bombas e compressores Bicicletas e motos
Calçados
Maquinas operatrizes
Tratores e máquinas rodoviárias
Tambores, discos e peças para freios Peças para cambio e transmissão Carcaças, corpos e camisas.
Xxxxxx de óleo Cilindros e rolos Coletores
Componentes de suspensão Contra peso
Corpos de válvulas Eixos e mangas Engrenagens e garfos Ferramentais Virabrequim
Grelhas e mandíbulas Guias e luvas Mancais
Mandíbulas Martelos Perfis fundidos
Polias e roldanas Sapatas
Placas Rotores Sapatas Tampas Válvulas Volantes
Fabricação de caldeiras e similares
Estaleiros navais, navios, dragas, plataformas. Construção civil em geral
Elevadores
Maquinas e implementos agrícolas Exportação de petróleo Eletrodomésticos
Mineração e cimento Equipamento/material esportivos Construção e equipamento ferroviário Química e petroquímica
Instalações hidráulicas e irrigação Siderurgia e metalurgia Maquinas de costura e setor têxtil Geração de energia
Estamparia de metais Setor hospitalar e dentário
Equipamentos pneumáticos Papel e celulose Equipamento de refrigeração Telecomunicações
Móveis – ind. Moveleira Prensas
Saneamento Utensílios domésticos
O fluxo produtivo básico da produção de peças fundidas está abaixo esquematizado:
MATÉRIAS-PRIMAS PRICIPAIS METÁLICOS FERROSOS NÃO FERROSOS
gusa ou ferro-gusa (*) metal primário(Cu,Zn,Al,Mg,Sn) sucata ferrosa ligas preparadas
ferro-ligas sucata não ferrosa
fluxos e aditivos fluxos e aditivos
MATERIAIS CONSUMO
coque e energéticos areia de moldagem moldes em coquilha resinas
refratários dos fornos
FUSÃO E REFINO DO METAL
fornos tipo cubilô fornos a óleo ou gás fornos elétricos
MOLDAGEM
modelagem preparação da areia moldes das peças
retorno de sucata metálica
vazamento do metal nos moldes
desmodagem - extração da peça bruta
rebarbação e limpeza da peça retorno da areia acabamento e tratamento térmico
reciclagem de metálicos e de areia
(*) algumas fundições produzem in situ o gusa, neste caso o forno da fundição – cubilô ou rotativo, sendo alimentado pelo gusa líquido produzido em seus altos-fornos, processando minério de ferro e carvão vegetal ou coque.
Cabe registrar ainda o abastecimento de metálicos recebidos na forma líquida:
▪ gusa, na região central e oeste de Minas Gerais
▪ alumínio em Minas e São Paulo
Todas as perdas metálicas no processo de fundição (rendimento peça/metal na faixa de 70%) são recicladas na própria fundição, complementando a carga dos fornos (sucata interna recuperada).
Na fundição ferrosa, por força desta reciclagem, são adquiridos apenas 1,08 t de metálicos por tonelada de peça.
4.2. INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – PRODUÇÃO
Indústria representada no Brasil pela ABIFA - Associação Brasileira de Fundição, considerado segmento de elevada importância no fornecimento de peças para indústrias de bens finais e para uso diverso em geral, o parque de produção de fundidos no Brasil compreende cerca de 1.340 unidades fabris, em sua grande maioria (95%) pequenas e médias empresas, presente em praticamente todos os estados brasileiros.
No ano de 2008, produziu mais de 3,3 milhões de toneladas de peças fundidas, o que coloca o Brasil como 7o. maior país no ranking da produção mundial de fundidos, em seqüência à China (1º) Estada Unidos, Rússia, Índia, Japão e Alemanha (6º).
QUADRO 4.1 - PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PEÇAS FUNDIDAS, POR METAL Em mil toneladas | ||||
METAL | 2006 | 2007 | 2008 | SHARE 08 |
FERRO | 2.531,8 | 2.689,9 | 2.777,1 | 82,8% |
AÇO | 325,1 | 303,2 | 323,8 | 9,7% |
TOTAL FERROSOS | 2.856,9 | 2.993,1 | 3.100,9 | 92,4% |
COBRE | 20,3 | 19,8 | 19,9 | 0,6% |
ZINCO | 6,5 | 3,6 | 3,5 | 0,1% |
ALUMÍNIO | 198,0 | 227,4 | 224,9 | 6,7% |
MAGNÉSIO | 5,3 | 5,6 | 6,0 | 0,2% |
ESTANHO e outros (*) | - | - | 0,0% | |
TOTAL NÃO FERROSOS | 230,1 | 256,4 | 254,3 | 7,6% |
TOTAL GERAL | 3.087,0 | 3.249,5 | 3.355,2 | 100,0% |
Fonte: ABIFA
(*) produção desprezível em tonelagem
A produção mundial total de peças fundidas encontra-se na casa dos 100 milhões de toneladas por ano, historicamente em torno de 9,0% da produção de aço pela Siderurgia mundial. A proporção da produção brasileira de fundidos em relação à produção mundial é pouco maior que 3%. O ‘’share’’ do Brasil na produção siderúrgica (aço bruto) atingiu a 2,6% no ano de 2008.
O mix da produção brasileira, com destaque para o ferro fundido e para aço e alumínio, reflete a proporção estimada da produção mundial:
BRASIL 2208 MUNDO (*)
FERRO | 82,8% | 73,7% |
AÇO | 9,7% | 11,4% |
ALUMÍNIO | 6,7% | 12,3% |
OUTRAS LIGAS | 0,9% | 2,6% |
Fontes: ABIFA/MODER CASTING
(*) 6 MAIORES PRODUTORES
Por unidade da Federação brasileira: São Paulo, Minas Gerais e os estados da região Sul concentram 90% da produção de peças fundidas, cabendo notar o crescimento da participação de MG e N/NE após 2004, na tendência da fundição em mais se aproximar de suas matéria primas principais: o gusa e o alumínio primário, mais abundantes no Quadrilátero Ferrífero de Minas e nas frentes minerais e de produção primária no Pará e no Maranhão.
QUADRO 4.2 - PRODUÇÃO REGIONAL DE PEÇAS FUNDIDAS Em mil toneladas | |||||||
ESTADO/REGIÃO QUADRO ATUAL QUADRO HÁ 5 ANOS | |||||||
PROD.08 | SHARE | ACUMUL. | PROD.04 | SHARE | ACUMUL. | ||
SÃO PAULO | 1.162,4 | 34,6% | 34,6% | 1.029,9 | 36,4% | 36,4% | |
SUL (PR,SC,RS) | 942,0 | 28,1% | 62,7% | 839,4 | 29,7% | 66,1% | |
MINAS GERAIS/OESTE | 889,7 | 26,5% | 89,2% | 667,9 | 23,6% | 89,7% | |
RIO DE JANEIRO | 244,7 | 7,3% | 96,5% | 228,7 | 8,1% | 97,7% | |
NORTE/NORDESTE | 116,4 | 3,5% | 100,0% | 64,0 | 2,3% | 100,0% | |
TOTAL | 3.355,2 | 100,0% | 2.829,9 | 100,0% | |||
Fonte: ABIFA
Quando se verifica o perfil regional da produção de peças fundidas, segundo o metal, tem-se a seguinte distribuição:
QUADRO 4.3 - REPARTIÇÃO REGIONAL DA PRODUÇÃO, POR METAL | |||||
ESTADO/REGIÃO | FERRO | AÇO | ALUMÍNIO | OUTROS | |
SÃO PAULO | 30,1% | 73,8% | 62,5% | 88,2% | |
SUL (PR,SC,RS) | 33,6% | 10,6% | 7,4% | 6,2% | |
MINAS GERAIS/OESTE | 25,0% | 15,2% | 18,8% | 5,2% | |
RIO DE JANEIRO | 9,5% | 0,4% | 1,0% | 0,4% | |
NORTE/NORDESTE | 1,8% | 0,0% | 10,3% | 0,0% | |
TOTAL | 100,0% | 100,0% | 100,0% | 100,0% | |
Fonte: ABIFA
Na produção de ferro fundido, o balanceamento entre os estados/regiões, começa pela localização dos 4 maiores produtores: TUPY (Joinville-SC), TEKSID (Betim-MG), SAINT GOBAIN (Barra Mansa-RJ) e MAHLE-Divisão Ferro (Mogi Guaçu-SP).
O maior produtor de peças fundidas em aço: AMSTED MAXXION, com mais de 40% de market-share, tem suas fundições localizadas no estado de São Paulo. Fora deste estado, destaque para ALTONA (SC) e para MAGGOTTEAUX (MG).
A produção de fundidos de alumínio apresenta como destaques os produtores de peças para o setor automotivo: NEMAK (MG), ITALSPEED, KS PISTÔES, MAGAL e MAHLE METAL
LEVE (SP) e a MOTO HONDA (AM), justificando a mais elevada participação da região Norte/Nordeste.
De forma a ilustrar com números o perfil da produção por tamanho das empresas fundidoras, foi consolidado quadro demonstrativo que, apesar de referido á produção de 2005, certamente reflete a situação atual do setor.
QUADRO 4.4 - PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS, FUNÇÃO DO TAMANHO DAS EMPRESAS Em mil toneladas | |||||
TAMANHO DAS FUNDIÇÕES No.EMPRESAS PROD.05 SHARE ACUMUL. | |||||
FERROSOS | |||||
> 100 mil t/ano | 4 | 847,5 | 31,1% | 31,1% | |
de 30 mil a 100 mil t/ano | 10 | 508,2 | 18,6% | 49,7% | |
de 12 mil a 30 mil t/ano | 23 | 431,4 | 15,8% | 65,5% | |
de 6 mil a 12 mil t/ano | 23 | 200,2 | 7,3% | 72,9% | |
de 2,4 mil a 6,0 mil t/ano | 28 | 103,8 | 3,8% | 76,7% | |
< 2,4 mil t/ano | 362 | 635,9 | 23,3% | 100,0% | |
TOTAL FUND.FERROSA | 450 | 2.727,0 | 100,0% | ||
NÃO FERROSOS | |||||
> 12 mil t/ano | 6 | 107,8 | 45,1% | 45,1% | |
de 4,8 mil a 12,0 mil t/ano | 6 | 33,9 | 14,2% | 59,3% | |
de 1,2 mil a 4,8 mil t/ano | 13 | 27,9 | 11,7% | 71,0% | |
< 1,2 mil t/ano | 775 | 69,4 | 29,0% | 100,0% | |
TOTAL FUND.NÃO FERROSA 800 239,0 100,0% | |||||
Fonte: ABIFA - Relatório de Mercado e Competitividade - CONVÊNIO APEX dezembro de 2006
Participam com mais de 70% da produção de peças fundidas:
▪ 60 fundições de ferrosos 13,3% do número de fundições
▪ 25 fundições de não ferrosos 3,1% do número de fundições
PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL NACIONAL
Com relação ao controle acionário das empresas, das 60 maiores entre as fundições de ferrosos, 20 empresas apresentam controle de capital estrangeiro, e produziram em 2005, 881 mil toneladas de peças ou 32,3% do total nacional de produção de fundidos ferrosos.
Na produção de não ferrosos, as fundições de controle estrangeiro, em número de 10 empresas no contexto das 25 maiores, contribuíram com 111 mil toneladas produzidas em 2005, participando assim com 46,4% da produção nacional.
No total, com base na produção de 2005, estima-se em 67% a participação das empresas de Capital nacional na produção brasileira de peças fundidas.
Em número de empresas, as de Capital nacional representam 97%. Na produção total de fundidos: 66%.
CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE
% DAS FUNDIÇÕES (*)
ISO 9001 47%
ISO 14000 9%
OHSAS 18000 3%
(*) resultado da pesquisa realizada no Estudo Setorial de Fundição 2004/2006, por consulta a mais de 300 empresas de fundição.
4.3. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL - FATURAMENTO E PREÇOS
A destinação primária das peças produzidas e os faturamentos correspondentes evoluíram da seguinte forma:
QUADRO 4.5 - DESTINO E VALOR DA PRODUÇÃO (*) DE PEÇAS FUNDIDAS (*) não certamente faturamento, pois inclui valor das peças consumidas na própria empresa | ||||||
DISCRIMINAÇÃO | 2006 | 2007 | 2008 | |||
PRODUÇÃO | MIL t/ano | FERRO | 2.531,8 | 2.689,9 | 2.777,1 | |
AÇO | 325,1 | 303,2 | 323,8 | |||
NÃO FERROSOS | 230,1 | 256,4 | 254,3 | |||
TOTAL | 3.087,0 | 3.249,5 | 3.355,2 | |||
VENDAS | MIL t/ano | FERRO | 1.975,4 | 2.129,6 | 2.256,7 | |
INTERNAS | AÇO | 199,5 | 210,1 | 252,5 | ||
NÃO FERROSOS | 201,2 | 232,1 | 231,5 | |||
TOTAL | 2.376,1 | 2.571,8 | 2.740,7 | SHARE | ||
EXPO/PROD 08 | ||||||
EXPORTAÇÃO | MIL t/ano | FERRO | 556,4 | 560,3 | 520,4 | 18,7% |
AÇO | 125,6 | 93,1 | 71,3 | 22,0% | ||
NÃO FERROSOS | 28,9 | 24,3 | 22,8 | 9,0% | ||
TOTAL | 710,9 | 677,7 | 614,5 | 18,3% | ||
SHARE EXPO/PROD. | 23,0% | 20,9% | 18,3% | |||
RECEITA COM | US$ MILHÃO | FERRO | 811,4 | 872,8 | 990,3 | |
EXPORTAÇÃO | FOB | AÇO | 328,7 | 244,7 | 271,6 | |
NÃO FERROSOS | 233,9 | 236,1 | 232,1 | |||
TOTAL | 1.374,0 | 1.353,6 | 1.494,0 | ACRÉSC. | ||
2008/2006 | ||||||
PREÇO MÉDIO | US$/t | FERRO | 1.458,30 | 1.557,74 | 1.902,96 | 30,4% |
EXPORTAÇÃO | FOB | AÇO | 2.617,04 | 2.628,36 | 3.809,26 | 45,5% |
NÃO FERROSOS | 8.093,43 | 9.716,05 | 10.179,82 | 25,8% | ||
TOTAL | 1.932,76 | 1.997,34 | 2.431,24 | 25,7% | ||
RECEITA TOTAL | US$ MILHÃO | FERRO | 3.557 | 4.171 | 5.731 | 52,1% |
AÇO | 1.399 | 1.519 | 2.365 | 21,5% | ||
NÃO FERROSOS | 1.746 | 2.206 | 2.904 | 26,4% | ||
TOTAL | 6.702 | 7.896 | 11.000 | 100,0% | ||
RECEITA VENDAS | US$ MILHÃO | FERRO | 2.746 | 3.298 | 4.741 | |
MERC.INTERNO | AÇO | 1.071 | 1.275 | 2.093 | ||
(VALOR) | NÃO FERROSOS | 1.512 | 1.969 | 2.672 | ||
TOTAL | 5.328 | 6.542 | 9.506 | |||
VALOR MÉDIO | US$/t | FERRO | 1.390 | 1.549 | 2.101 | |
MERC.INTERNO | AÇO | 5.366 | 6.067 | 8.291 | ||
NÃO FERROSOS | 7.514 | 8.485 | 11.542 | |||
TOTAL | 2.242 | 2.544 | 3.468 | |||
Fonte: ABIFA
4.4. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – RECURSOS HUMANOS
Na média anual de 2008, o segmento de Fundição brasileiro ocupava 59.721 empregados, resultando este efetivo numa produtividade média de 56,2 toneladas por ano por homem.
A evolução do efetivo e do índice de produtividade no setor, conforme registrada pela ABIFA está apresentada no quadro seguinte:
QUADRO 4.6 - EMPREGO E PRODUTIVIDADE NO SETOR BRASILEIRO DE FUNDIÇÃO | ||||
ANO | No. DE EMPREGADOS | PRODUTIVIDADE t/ano/homem | PRODUTIVIDADE | COMPARADA t/ano/homem |
1995 | 52.517 | 30,7 | ESTADOS UNIDOS | 138,0 |
ALEMANHA | 118,7 | |||
2000 | 40.635 | 44,6 | ESPANHA | 77,0 |
CANADÁ | 57,9 | |||
2005 | 57.719 | 51,4 | FRANÇA | 51,6 |
2006 | 57.961 | 53,2 | MÉXICO | 43,7 |
2007 | 57.314 | 56,7 | RÚSSIA | 22,5 |
2008 | 59.721 | 56,2 | CHINA | 18,7 |
ÍNDIA | 9,2 |
Fonte: ABIFA Fonte: ABIFA/MODERN CASTING
Note-se a evolução positiva do índice de produtividade da fundição brasileira, passando de um patamar semelhante ao da Rússia para o nível de países relevantes na produção mundial de fundidos, como França e Canadá.
Segundo o tipo de metal produzido, as fundições brasileiras apresentam os seguintes índices de produtividade para o pessoal total empregado (produção+administração).
t/ano/homem
FUNDIÇÕES DE FERROSOS 61,5
FUNDIÇÕES DE NÃO FERROSOS 27,4
Fonte: ABIFA
No Estudo Setorial de Fundição (2004/2006), a tabulação da amostra pesquisada de empresas do setor abordou o índice de produtividade segundo o tamanho da fundição:
NÍVEL DE CAPACIDADE t/ano/homem
> 30 mil t/ano 77,93
de 10 mil a 30 mil t/ano 49,14
de 500 mil a 10 mil t/ano 21,69
< 500 t/ano 6,15
Fonte: ABIFA
Esse mesmo levantamento possibilitou o estabelecimento do seguinte perfil da escolaridade do pessoal empregado no setor de fundição brasileiro:
QUADRO 4.7 - ESCOLARIDADE DE PESSOAL EMPREGADO NO SETOR DE FUNDIÇÃO AMOSTRA ESTUDO SETORIAL 2004/2006 | |||||||
ESCOLARIDADE | ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL | PRODUÇÃO DA FUNDIÇÃO | TOTAL DO EFETIVO | ||||
AMOSTRA | % | AMOSTRA % | AMOSTRA | % | |||
1o. GRAU INCOMPLETO | 106 | 2,3% | 6.036 | 24,5% | 6.142 | 20,9% | |
1o. GRAU COMPLETO | 334 | 7,2% | 9.229 | 37,4% | 9.563 | 32,6% | |
2o. GRAU COMPLETO | 1.710 | 36,6% | 7.403 | 30,0% | 9.113 | 31,1% | |
CURSO TÉCNICO | 947 | 20,3% | 1.731 | 7,0% | 2.678 | 9,1% | |
SUPERIOR COMPLETO | 1.238 | 26,5% | 226 | 0,9% | 1.464 | 5,0% | |
PÓS-GRADUAÇÃO | 334 | 7,2% | 33 | 0,1% | 367 | 1,3% | |
TOTAL | 4.669 | 100,0% | 24.658 | 100,0% | 29.327 | 100,0% | |
4.5. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – ASPECTOS PRODUTIVOS
O perfil da produção de peças fundidas no Brasil está estabelecido a seguir com base nas tabulações do ESF- Estudo Setorial de Fundição 2004/2006, último censo da Indústria de Fundição no país:
4.5.1. FORNOS DE FUSÃO Nº SHARE SEGMENTO
Elétrico a Arco | 17 | 2,2% | Fundição de aço ou ferro |
Indução a cadinho | 56 | 46,4% | Ferrosos e não ferrosos |
Indução a canal | 12 | 1,6% | Fundição de não ferrosos |
Resistência elétrica | 104 | 13,5% | Fundição de não ferrosos |
Cubilô | 88 | 11,5% | Fundição de ferro |
Rotativo - carga líquida | 37 | 4,8% | Fundição de ferro |
Cadinho a óleo ou gás | 122 | 15,9% | Fundição de não ferrosos |
Outros fornos | 32 | 4,2% | Fundição de não ferrosos |
TOTAL AMOSTRA ESF | 768 | 100,0% |
Dados mais recentes da ABIFA - Guia de Fundição 2008 - permitiu a consolidação de um perfil da produção de fundidos por tipo de forno:
QUADRO 4.8 - ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO POR TIPO DE FORNO DE FUSÃO, EM 2008 AMOSTRA ABIFA - GUIA TOTAL 3.142 mil t REPRES. AMOSTRA 93,6% | ||||||
FORNOS | FERROSOS | % | DA PRODUÇÃO NÃO FERR. | EM | 2008 TOTAL | |
Elétrico a Arco | 5,8% | 0,5% | 5,4% | |||
Indução | 65,5% | 30,8% | 62,9% | |||
Resistência elétrica | 7,9% | 21,4% | 8,9% | |||
Cubilô | 10,2% | 0,0% | 9,4% | |||
Cadinho a gás | 5,8% | 18,2% | 6,7% | |||
Cadinho a óleo | 4,8% | 24,6% | 6,3% | |||
Outros | 0,0% | 4,5% | 0,4% | |||
TOTAL | 100,0% | 100,0% | 100,0% | |||
4.5.2. SISTEMAS DE MOLDAGEM – NÚMERO DE LINHAS – ESTUDO ESF2004/2006
QUADRO 4.9 - LINHAS DE MOLDAGEM CAPACIDADE DA FUNDIÇÃO | MANUAL | TIPOS DE MOLDAGEM MECANIZADA AUTOMATIZADA | TOTAL | |
Até 500 t/ano | 57 | 25 | 0 | 82 |
De 500 a 10.000 t/ano | 137 | 103 | 30 | 270 |
De 10.000 a 30.000 t/ano | 14 | 17 | 12 | 43 |
Acima de 30.000 t/ano | 6 | 7 | 10 | 23 |
TOTAL AMOSTRA ESF | 214 | 152 | 52 | 418 |
SHARE | 51,2% | 36,4% | 12,4% | |
Por outro lado, o tipo de areia usada em cada tipo de moldagem de peças varia segundo o grau de mecanização da Linha:
Na moldagem manual e mecanizada, 44% das linhas utilizam areia verde, 28% resina de cura a frio, 9% o sistema “cold box ", 7% o shell moulding, 6% o CO2, 2% cera perdida , e 3% em outros sistemas,como coquilha, isopor e centrifugação.
Na moldagem automatizada, 57% das linhas utilizam areia verde, 23% resina de cura a frio, e 6% em cada sistema: CO2, cold box e shell.
Estimativamente, a produção em tonelagem de peças fundidas distribui-se da seguinte forma: Moldagem manual 44%
Moldagem mecanizada 36%
Moldagem automatizada 20%
INTEGRAÇÃO DA PRODUÇÃO PARA 270 FUNDIÇÕES PESQUISADAS NO ESF
LINHAS | % DA AMOSTRA | |
FUSÃO | 100,0% | |
MODELAÇÃO | 52,9% | |
MOLDAGEM | 100,0% | |
MACHARIA | 77,2% | |
SOLDAGEM | 47,4% | |
LIMPEZA E ACABAMENTO | 93,9% | |
TRATAMENTO TÉRMICO | 32,3% | |
USINAGEM | 50,4% | |
TRATAMENTO SUPERFICIAL | 17,5% | |
PROJETOS | 44,7% | |
LABORATÓRIOS | 62,4% |
4.6. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – CAPACIDADE PRODUTIVA
A tabulação de dados mais recentes da ABIFA - Guia de Fundição 2008 - consolidou o seguinte quadro de capacitação da produção de fundidos:
QUADRO 4.10 – ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO, EM 2008. XXXXXXX XXXXX – GUIA TOTAL 3.142 mil t
REPRES. AMOSTRA 93,6%
DISCRIMINAÇÃO
FERROSOS
NÃO
FERROSOS TOTAL
PRODUÇÃO 2008
mil t
AMOSTRA ABIFA 2.911 231 3.142
UNIVERSO ABIFA 3.101 254 3.355
% AMOSTRA 93,9% 90,8% 93,6%
CAPACIDADE INSTALADA – AMOSTRA
mil t/ano
3.280 372 3.652
UNIVERSO ESTIMADO DA
CAPACIDADE mil t/ano
3.494 410 3.903
CAPACIDADE POR ESTADO/REGIÃO | SHA RE CAP | |||
SÃO PAULO | 1.130 | 216 | 1.346 | . 36,9 |
MINAS GERAIS | 722 | 61 | 783 | % 21,4 |
RIO DE JANEIRO | 270 | 56 | 326 | % 8,9 |
PARANÁ | 55 | 5 | 60 | % 1,6 |
SANTA CATARINA | 828 | 11 | 839 | % 23,0 |
RIO GRANDE DO SUL | 193 | 15 | 208 | % 5,7 |
OUTROS | 82 | 8 | 90 | % 2,5 |
TOTAL | 3.280 | 372 | 3.652 | % 100, |
0% | ||||
COMPARATIVO COM PRODUÇÃO EM 2008 SÃO PAULO | SHARE CAP. 36,9% | PRODUÇÃO 2008 34,6% | ||
MINAS GERAIS | 21,4% | 26,5% | ||
RIO DE JANEIRO | 8,9% | 7,3% | ||
REGIÃO SUL | 30,3% | 28,1% | ||
OUTROS | 2,5% | 3,50% | ||
TOTAL | 100,0% | 100,0% |
4.7. PADRÃO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO
4.7.1. TECNOLOGIA DO SETOR
O padrão tecnológico da fundição brasileira, mormente nas unidades de maior porte e exportadoras, é suficientemente avançado, tendo em vista a aceitação do fundido brasileiro em regiões e setores de grandes exigências de qualidade e custo, como países do NAFTA, Europa e indústrias como a de produção de veículos automotores.
As tecnologias de fusão estão adaptadas às disponibilidades de insumos metálicos e energéticos no país, utilizando nossas fundições: gusa, alumínio e ligas não ferrosas nacionais e selecionando seu processo de fusão em função dos fatores clássicos: escala e fonte de calor, além dos requisitos de qualidade do produto final. Como exemplo, a produção de contrapesos para tratores e máquinas rodoviárias está desenvolvida no Brasil a partir da simples homogeinização do gusa líquido fundido em altos-fornos em fornos rotativos a gás. A peça fundida tem utilização estática, portanto não exige especificações mais rígidas do metal. O Brasil exporta significativas tonelagens desta peças para o mercado americano.
Os sistemas de preparação de areia e de moldagem vão sendo mecanizados e até automatizados, na medida do permitido pelas escalas de produção e seriação das peças e seu peso unitário.
O acabamento das peças fundidas também é ponto de destaque no parque brasileiro, que vem evoluindo do suprimento de peças brutas, só rebarbadas, para as peças acabadas (usinadas) e mais recentemente para a produção de subconjuntos, acompanhando a desverticalização em curso nas indústrias consumidoras, produtoras de bens finais, como o setor automobilístico.
Na sua maior parte, a indústria nacional de Bens de Capital supre as encomendas de novos equipamentos para o setor de fundição, a partir de projetos desenvolvidos pela Engenharia brasileira.
4.7.2 . PESQUISA, DESENVOLVIMENTO, ENGENHARIA E INOVAÇÃO
P&D&E&I RESULTADOS DO ESTUDO SETORIAL DE FUNDIÇÃO 2002/2006
QUADRO 4.11 - INTENSIDADE DAS ATIVIDADES INOVADORAS NO SETOR DE FUNDIÇÃO % DO NÚMERO DE EMPRESAS | |||||
ATIVIDADES | MUITO | MÉDIO | POUCO | ~ NULO | TOTAL |
ATIVIDADES INTERNAS DE P&D | 9% | 30% | 34% | 27% | 100% |
AQUISIÇÃO EXTERNA DE P&D | 2% | 20% | 34% | 44% | 100% |
AQUIS. DE CONHECIMENTOS EXTERNOS | 3% | 9% | 17% | 71% | 100% |
AQUIS. DE MÁQS E EQUIPAMENTOS | 23% | 39% | 22% | 16% | 100% |
TREINAMENTO INTERNO ORIENTADO | 17% | 42% | 26% | 15% | 100% |
INOVAÇÕES NA COMERCIALIZAÇÃO | 9% | 30% | 32% | 29% | 100% |
NOVOS PRODUTOS E PROCESSOS | 21% | 37% | 20% | 22% | 100% |
QUADRO 4.12 - INTENSIDADE DAS ATIVIDADES INOVADORAS POR PORTE DA EMPRESA % DO NÚMERO DE EMPRESAS COM MÉDIO +MUITO RESPOSTAS MÚLTIPLAS | ||||||
ATIVIDADES | ACIMA DE 500 funcionários | de 101 a 500 funcionários | de 31 a 100 funcionários | ATÉ 30 funcionários | MÉDIO | |
ATIVIDADES INTERNAS DE P&D | 40% | 47% | 42% | 21% | 38% | |
AQUISIÇÃO EXTERNA DE P&D | 27% | 27% | 25% | 14% | 25% | |
AQUIS. DE CONHECIMENTOS EXTERNOS | 27% | 12% | 12% | 4% | 12% | |
AQUIS. DE MÁQS E EQUIPAMENTOS | 80% | 77% | 61% | 32% | 62% | |
TREINAMENTO INTERNO ORIENTADO | 80% | 73% | 54% | 29% | 59% | |
INOVAÇÕES NA COMERCIALIZAÇÃO | 53% | 47% | 39% | 14% | 39% | |
NOVOS PRODUTOS E PROCESSOS | 80% | 79% | 54% | 18% | 57% | |
INOVAÇÕES EM PRODUTOS RESULTADO | 73% | 72% | 50% | 31% | 55% | |
PARA AUTOMOTIVO | 33% | |||||
PARA MÁQS. E EQUIP | 34% | |||||
INFRA/SANEAMENTO | 22% | |||||
OUTROS | 11% | |||||
INOVAÇÕES EM PROCESSOS RESULTADO | 80% | 72% | 56% | 25% | 59% | |
FUSÃO+VAZAMENTO | 24% | |||||
MOLDAGEM+MACHARIA | 42% | |||||
LABORATÓRIO/CONTROLE | 13% | |||||
ACABAMENTO DAS PEÇAS | 14% | |||||
MEIO-AMBIENTE (AREIA) | 7% |
4.7.3. INVESTIMENTOS EM P&D&E&I
Em % do Faturamento Base: 2004/2005
QUADRO 4.13 FERROSOS NÃO FERROSOS FERROSO NÃO FERROSO AUTOMOTIVO AUTOMOTIVO | ||||
INVESTIMENTO TOTAL | ||||
ACIMA DE 500 FUNC | 2,54% | 3,00% | 3,33% | 10,00% |
DE 101 A 500 FUNC | 2,33% | 2,16% | 2,89% | 4,00% |
DE 31 A 100 FUNC | 2,20% | 2,83% | 2,86% | |
ATÉ 30 FUNC | 2,38% | 0,75% | ||
INVESTIMENTO POR ÁREA | ||||
ACIMA DE 500 FUNC | ||||
PRODUTO | 38% | 20% | ||
PROCESSO | 52% | 69% | ||
ENERGIA | 8% | 10% | ||
OUTROS | 2% | 1% | ||
DE 101 A 500 FUNC | ||||
PRODUTO | 42% | 23% | ||
PROCESSO | 50% | 72% | ||
ENERGIA | 4% | 3% | ||
OUTROS | 4% | 2% | ||
DE 31 A 100 FUNC | ||||
PRODUTO | 38% | 37% | ||
PROCESSO | 52% | 50% | ||
ENERGIA | 4% | 10% | ||
OUTROS | 6% | 3% | ||
ATÉ 30 FUNC | ||||
PRODUTO | 0% | 33% | ||
PROCESSO | 100% | 33% | ||
ENERGIA | 0% | 17% | ||
OUTROS | 0% | 17% |
4.8. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – CONSUMO DE MATERIAIS E ENERGÉTICOS
4.8.1. SEGMENTO DA FUNDIÇÃO DE FERROSOS (AÇO E FERRO)
GUSA | SUCATA COMPRADA | SUCATA INTERNA | FE-LIGAS | |||
363 kg | 708 kg | (RETORNO) | 24,3 kg | |||
328 kg |
TOTAL ADQUIRIDO
METÁLICOS | 1.071 | kg/t peças |
FE-LIGAS | 24 | kg/t peças |
SUB-TOTAL | 1.095 | kg/t peças |
RECICLADOS DA FUNDIÇÃO | 328 | kg/t peças |
TOTAL METÁLICOS | 1.423 | kg/t peças |
RENDIMENTO METÁLICO 70,3% MÉDIO
relação areia/metal
INPUTS DA MOLDAÇÃO areia total
AREIA NOVA 14% 856 kg/t peças 6.114 4,3
RESINAS 16 kg/t peças
CONSUMO DE ENERGÉTICOS
COQUE | MÉDIO | 70 | kg/t metálicos, ou | |
99 | kg/t peças | |||
ENERGIA ELÉTRICA | 850 | kWh/t peças | ||
ÓLEO COMBUSTÍVEL | 34 | kg/t peças | válido para o total do setor |
4.8.2. SEGMENTO DA FUNDIÇÃO DE NÃO FERROSOS (ALUMÍNIO – MAIS QUE 88% DA PRODUÇÃO)
CONSUMO DE METÁLICOS POR TONELADA DE PEÇA FUNDIDA ALUMÍNIO ADQUIRIDO (*) 1.033 kg/t peças SUCATA INTERNA (RETORNO) 300 kg/t peças
TOTAL METÁLICOS 1.333 kg/t peças
(*) primário e secundário
RENDIMENTO METÁLICO 75,0% MÉDIO
relação areia/metal
INPUTS DA MOLDAÇÃO areia total AREIA NOVA 14% 2.240 kg/t peças 16.000 12,0
CONSUMO DE ENERGÉTICOS
ENERGIA ELÉTRICA 2.570 kWh/t peças
ÓLEO COMBUSTÍVEL 34 kg/t peças válido para o total do setor
4.9. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – GERAÇÃO DE RESÍDUOS E RECICLAGEM
RESÍDUOS METÁLICOS - RECICLADOS 100% NO PRÓPRIO PROCESSO – REFUSÃO
Representados por canais, retornos de metal e sucata nos processos de acabamento das peças.
AREIAS DE MOLDES E MACHOS
▪ PARTE RECICLADA COMO AREIA VERDE - MAIS DE 84%
▪ PARTE DESCARTADA - CERCA DE 16%, ou 800kg/t de peças fundidas
Na indústria da fundição, as oportunidades ou desafios nesta área estão em:
▪ Redução da areia residual
▪ Redução da emissão de particulados
▪ Melhoria da eficiência energética
A ABIFA participa do Programa P+L - Produção mais Limpa - e consolida grupo de empresas fundidoras para, com apoio do meio acadêmico, estudar e operacionalizar utilizações e/ou formas adequadas de descarte das areias usadas, pelo volume significativo de sua utilização, conforme comprovam as relações em peso areia/metal na produção de peças:
▪ FERRO - 3 areia para 1 metal
▪ AÇO - 5 para 1
▪ ALUMÍNIO - 12 para 1
A geração típica de sub-produtos derivados da atividade de fundição está abaixo discriminada:
▪ AREIA 65%
▪ POEIRA DE COLETOR 15%
▪ ESCÓRIA DOS FORNOS 8%
▪ OUTROS 12%
As fundições têm buscado alternativas para a geração e disposição dos seus resíduos, não apenas através de processos de reciclagem interna, mas também através de estudos de valorização dos resíduos como matéria prima em outros processos ou atividades. No caso da reutilização das areias descartadas de fundição, sua utilização na produção de concreto asfáltico e artefatos de concreto não estrutural foi aprovada em 26 de agosto de 2008 na reunião ordinária do CONSEMA e assinada no dia 29 de setembro de 2008 pelo Secretário de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina.
Como impacto ambiental mais relevante da Cadeia de Fundição em Santa Catarina, mas também em São Paulo, Rio Grande do Sul e em outros estados, a quantidade de areia descartada pelo setor, cerca de 2,8M t/ano, é já, em grande parte, reutilizada como agregado em misturas asfálticas, visando reduzir o volume do material disposto em aterros, e atender as grandes demandas regionais de pavimentação de ruas e estradas.
4.10. A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL – INVESTIMENTOS
Entre 2002 e 2005, segundo tabulação do ESF, o setor (amostra) investiu cerca de R$1 bilhão, adicionando 340 mil toneladas à capacidade instalada de produção de fundidos.
Na média, verifica-se um custo de investimento de R$ 2.941 por tonelada adicionada, valor que condiz com a expectativa da ABIFA de custo médio de investimento na faixa de US$ 1.500/t de peças.
No GUIA 2008 da ABIFA, o Setor projetava um aumento de capacidade instalada de 850 mil t/ano entre 2008 e 2012, prevendo investir cerca de US$ 930 milhões no período. Na média, resulta investimento unitário de US$ 1.100/t de peças, índice representativo para expansão das fundições. A TUPY sozinha previa investir em sua expansão 38% do montante total.
A queda na demanda e a crise econômica global levaram as indústrias a rever as aplicações então projetadas para ampliação e modernização de suas fundições. Artigo da Revista da ABIFA, de março de 2009, comenta que 25% dos US$ 1 bilhão foram postergados e outros 25% cancelados.
Projetos de novas unidades de fundição, divulgados pela Imprensa e analisados pela ABIFA, contemplam investimentos médios na casa dos US$ 1.800 por tonelada de capacidade anual.
Em resumo, pode-se estimar como investimentos em projetos de unidades de fundição: ‘’greenfield’’ US$1.800/t
‘’brownfield’’ US$1.100/t
5. A UTILIZAÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL
5.1. DESTINO DA PRODUÇAO TOTAL DE FUNDIDOS
A evolução recente do destino da produção total de fundidos consta do quadro incluído a seguir, cabendo enfatizar que a importação de fundidos em bruto é irrelevante, mas vem ocorrendo de forma indireta na importação de conjuntos completo, como: componentes automotivos, motores, veículos montados ou CKD e bens de capital.
QUADRO 5.1 - DESTINO DA PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS | |||||
DISCRIMINAÇÃO QUADRO ATUAL QUADRO HÁ 5 ANOS % ao ano PROD.08 SHARE PROD.04 SHARE | |||||
mil t | mil t | ||||
TOTAL DA PRODUÇÃO | 3.355 | 2.830 | 4,3% | ||
MERCADO EXTERNO MERCADO INTERNO | 615 2.741 | 18,3% 81,7% | 535 2.295 | 18,9% 81,1% | 3,5% 4,5% |
MERCADO INTERNO POR SETOR | SHARE MI | SHARE MI | |||
AUTOMOTIVO, inclusive tratores | 1.839 | 67,1% | 1.545 | 67,3% | 4,4% |
BENS DE CAPITAL,incl. siderurgia | 520 | 19,0% | 521 | 22,7% | 0,0% |
INFRAESTRUTURA | 173 | 6,3% | 85 | 3,7% | 19,6% |
OUTROS | 208 | 7,6% | 144 | 6,3% | 9,6% |
TOTAL MI | 2.741 | 100,0% | 2.295 | 100,0% | 4,5% |
Fonte: ABIFA
No setor AUTOMOTIVO, o consumo de peças fundidas em 2004 foi de 700 kg por veículo produzido: 2,21 milhões naquele ano. Em 2008, este índice acusa queda até por força do aumento na importação de componentes acontecida no 1o. semestre desse ano:
▪ Consumo de fundidos nacionais 1.839 mil t
▪ Produção de veículos 3.220 mil veículos
▪ Índice de consumo 571 kg/veículo
No consumo setorial na fabricação de veículos, tratores e máquinas rodoviárias, destacam-se as peças abaixo listadas:
blocos e cabeçotes | anéis e discos | estampos e matrizes |
rodas e sistemas de freio | pistões e bielas | mancais e polias |
contrapesos | peças de suspensão | sistema de direção |
Detalhando o consumo no setor de BENS DE CAPITAL, listam-se os seguintes destaques: SEGMENTO INDUSTRIAL % base 2005
Máquinas e Implementos Agrícolas 23,9% Geração e Distribuição de Energia 23,3% Siderurgia, Mineração e Cimento (*) 22,3% Açucar e Álcool 8,6%
Ferroviário e Naval 9,6%
Diversos (**) 12,3%
100,0%
Fonte: ABIFA e ESF
(*) inclusive lingoteiras, corpos moedores e peças de desgaste.
(**) como máquinas para indústrias alimentícia, química e petroquímica, de movimentação de materiais, etc.
No setor de INFRAESTRUTURA, o maior destaque é para tubos, conexões e tampões para sistemas de água e esgoto. Também ferragens e materiais diversos para CONSTRUÇÃO CIVIL, para decoração e utilidades estão incluídos no consumo setorial de peças fundidas.
O destino das EXPORTAÇÕES brasileiras de fundidos apresenta o seguinte perfil:
NAFTA | AMÉRICA DO NORTE | 59,4% | CE |
EUROPA | 22,1% | ||
MERCOSUL | AMÉRICA DO SUL | 9,5% | |
OUTROS | 9,0% |
5.2. DESTINO DA PRODUÇAO DE FUNDIDOS POR METAL
Os registros da ABIFA para o ano de 2008 discriminam os consumos setoriais dos fundidos de maior produção: ferro, aço e alumínio, conforme o quadro seguinte:
QUADRO 5.2 - DESTINO DA PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS, EM 2008 Em mil toneladas | |||
DISCRIMINAÇÃO | FERRO | AÇO | ALUMÍNIO |
TOTAL DA PRODUÇÃO | 2.777 | 324 | 225 |
MERCADO EXTERNO MERCADO INTERNO | 520 2.257 | 71 253 | 19 206 |
MERCADO INTERNO POR SETOR | |||
AUTOMOTIVO | 1.457 | 72 | 176 |
BENS DE CAPITAL | 486 | 170 | 15 |
INFRAESTRUTURA (*) | 171 | - | 12 |
OUTROS | 143 | 11 | 2 |
TOTAL MI | 2.257 | 253 | 206 |
SHARE NO MERCADO INTERNO | |||
AUTOMOTIVO | 64,6% | 28,6% | 85,7% |
BENS DE CAPITAL | 21,5% | 67,1% | 7,1% |
INFRAESTRUTURA (*) | 7,6% | 0,0% | 6,0% |
OUTROS | 6,3% | 4,3% | 1,2% |
TOTAL MI | 100,0% | 100,0% | 100,0% |
(*) no alumínio, principalmente, inclusive utilidades.
A comentar: a concentração do consumo das peças em alumínio e em ferro no setor automotivo, e a predominância, no consumo de fundidos de aço, do setor de fabricação de máquinas e equipamentos.
6. O CONSUMO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL
6.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONSUMO - QUADRO EVOLUTIVO
QUADRO 6.1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONSUMO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL Em mil toneladas | ||||||
ANOS | FERROSOS | NÃO FER- ROSOS | TOTAL FUNDIDOS | TOTAL AÇO LAMIN. | FUND/AÇO | |
(*) | ||||||
1970 | 663 | 82 | 745 | 4.295 | 17,3% | |
1971 | 747 | 92 | 839 | 4.977 | 16,9% | |
1972 | 844 | 104 | 948 | 5.580 | 17,0% | |
1973 | 982 | 121 | 1.103 | 6.900 | 16,0% | |
1974 | 1.154 | 143 | 1.297 | 8.070 | 16,1% | |
1975 | 1.294 | 160 | 1.454 | 8.637 | 16,8% | |
1976 | 1.374 | 170 | 1.544 | 9.056 | 17,0% | |
1977 | 1.388 | 172 | 1.560 | 9.162 | 17,0% | |
1978 | 1.403 | 173 | 1.576 | 9.882 | 16,0% | |
1979 | 1.470 | 182 | 1.652 | 10.696 | 15,4% | |
1980 | 1.600 | 122 | 1.722 | 11.938 | 14,4% | |
1981 | 1.253 | 96 | 1.349 | 9.598 | 14,1% | |
1982 | 1.091 | 96 | 1.187 | 8.952 | 13,3% | |
1983 | 933 | 93 | 1.026 | 7.612 | 13,5% | |
1984 | 1.217 | 134 | 1.351 | 9.296 | 14,5% | |
1985 | 1.299 | 171 | 1.470 | 10.336 | 14,2% | |
1986 | 1.515 | 175 | 1.690 | 12.664 | 13,3% | |
1987 | 1.353 | 166 | 1.519 | 11.834 | 12,8% | |
1988 | 1.483 | 127 | 1.610 | 10.768 | 15,0% | |
1989 | 1.408 | 127 | 1.535 | 11.748 | 13,1% | |
1990 | 1.188 | 116 | 1.304 | 8.810 | 14,8% | |
1991 | 1.115 | 104 | 1.219 | 9.216 | 13,2% | |
1992 | 924 | 125 | 1.049 | 8.861 | 11,8% | |
1993 | 1.207 | 117 | 1.324 | 10.564 | 12,5% | |
1994 | 1.447 | 132 | 1.579 | 12.061 | 13,1% | |
1995 | 1.279 | 128 | 1.407 | 11.994 | 11,7% | |
1996 | 1.226 | 129 | 1.355 | 13.033 | 10,4% | |
1997 | 1.287 | 138 | 1.425 | 15.326 | 9,3% | |
1998 | 1.187 | 130 | 1.317 | 14.483 | 9,1% | |
1999 | 1.207 | 118 | 1.325 | 14.078 | 9,4% | |
2000 | 1.430 | 107 | 1.537 | 15.760 | 9,8% | |
2001 | 1.390 | 133 | 1.523 | 16.694 | 9,1% | |
2002 | 1.397 | 250 | 1.647 | 16.484 | 10,0% | |
2003 | 1.599 | 289 | 1.888 | 15.955 | 11,8% | |
2004 | 1.943 | 352 | 2.295 | 18.316 | 12,5% | |
2005 | 1.985 | 392 | 2.377 | 16.813 | 14,1% | |
2006 | 2.175 | 201 | 2.376 | 18.534 | 12,8% | |
2007 | 2.340 | 232 | 2.572 | 22.040 | 11,7% | |
2008 | 2.509 | 232 | 2.741 | 24.048 | 11,4% | |
1990/2008 | 28.835 | 3.425 | 32.260 | 283.070 | 11,4% | |
(*) na década de 70, estimado em 11% do total. Fonte: ABIFA e IBS
Cabe ressalvar que os elevados índices de relação entre o consumo de fundidos e de aço laminado, verificado nos anos 70 e em parte da década de 80 sofrem grande influência da utilização de lingoteiras de ferro fundido então consumidas na produção siderúrgica no lingotamento convencional do aço, hoje prática 100% substituída pelo processo de lingotamento contínuo na siderurgia brasileira.
A nível mundial, a relação de produção de peças fundidas com a produção de aço laminado apresenta-se decrescente: de 9,7% entre 2000 e 2002 para 9,3% nos últimos dois anos.
6.2. COMPARAÇÕES QUANTO AO CONSUMO DE FUNDIDOS – MUNDO E BRASIL
O quadro abaixo apresenta os dados macro-econômicos das 15 maiores economias do Mundo, com destaque para os países emergentes como os BRIC e o México.
QUADRO 6.2 - ECONOMIAS MUNDIAIS - DADOS BÁSICOS | |||||||
EFETIVADO EM 2005 (*) | PROJETADO PARA 2010 (*) | ||||||
PAÍS | % PIB 05 | POPULA- ÇÃO mil hab | PIB US$ BI | PIB per cap US$mil | POPULA- ÇÃO mil hab | PIB US$ BI | PIB per cap US$mil |
USA - EST.UNIDOS | 20,8% | 295.734 | 11.651 | 39,4 | 317.429 | 13.612 | 42,9 |
CHINA | 13,7% | 1.306.313 | 7.643 | 5,9 | 1.366.454 | 11.534 | 8,4 |
JAPÃO | 6,7% | 127.417 | 3.737 | 29,3 | 128.598 | 4.126 | 32,1 |
ÍNDIA | 6,1% | 1.080.264 | 3.390 | 3,1 | 1.257.639 | 4.835 | 3,8 |
ALEMANHA | 4,2% | 82.431 | 2.335 | 28,3 | 83.530 | 2.528 | 30,3 |
REINO UNIDO | 3,3% | 60.441 | 1.845 | 30,5 | 61.704 | 2.029 | 32,9 |
FRANÇA | 3,2% | 60.656 | 1.769 | 29,2 | 69.522 | 1.930 | 27,8 |
ITÁLIA | 2,9% | 58.103 | 1.624 | 28,0 | 58.710 | 1.743 | 29,7 |
BRASIL | 2,7% | 187.235 | 1.507 | 8,0 | 201.705 | 1.880 | 9,3 |
RÚSSIA | 2,5% | 143.420 | 1.424 | 9,9 | 149.193 | 1.888 | 12,7 |
ESPANHA | 1,9% | 40.341 | 1.069 | 26,5 | 40.717 | 1.245 | 30,6 |
MÉXICO | 1,8% | 106.202 | 1.017 | 9,6 | 115.835 | 1.230 | 10,6 |
CANADÁ | 1,8% | 32.805 | 1.000 | 30,5 | 33.835 | 1.129 | 33,4 |
CORÉIA DO SUL | 1,8% | 48.640 | 986 | 20,3 | 50.509 | 1.298 | 25,7 |
TAIWAN - FORMOSA | 1,1% | 22.894 | 631 | 27,6 | 22.962 | 796 | 34,7 |
TOTAL 15 | 74,4% | 3.652.896 | 41.628 | 11,4 | 3.958.341 | 51.802 | 13,1 |
(*) Fontes: PIB 2005 OECD - Economic Outlook
População – ONU
PIB 2010 OECD - Economic Outlook, maio 2009
O consumo estimado de fundidos, em 2005, correlaciona-se com aqueles fatores macro- econômicos da forma abaixo indicada:
QUADRO 6.3 - MUNDO - CONSUMO DE FUNDIDOS X FATORES MACRO-ECONÔMICOS | |||||||
PAÍS CONSUMO DE FUNDIDOS EM 2005 - MIL t CONSUMO INTENSIDADE PRODUÇÃO IMPORT. EXPORT. CONSUMO P/CAPITA DE CONSUMO kg kg p/cap/US$ p/cap | |||||||
USA - EST.UNIDOS | 12.340 | 3.100 | 1.600 | 13.840 | 46,8 | 1,19 | |
CHINA | 23.200 | 900 | 1.900 | 22.200 | 17,0 | 2,90 | |
JAPÃO | 6.800 | 170 | 350 | 6.620 | 52,0 | 1,77 | |
ÍNDIA | 4.830 | 300 | 1.100 | 4.030 | 3,7 | 1,19 | |
EUROPA 5 PAÍSES | 12.900 | 6.800 | 4.080 | 15.620 | 51,7 | 1,81 | |
BRASIL | 2.970 | - | 593 | 2.377 | 12,7 | 1,58 | |
RÚSSIA | 6.550 | - | 2.600 | 3.950 | 27,5 | 2,77 | |
MÉXICO | 2.300 | 250 | 900 | 1.650 | 15,5 | 1,62 | |
CANADÁ | 1.000 | 630 | 350 | 1.280 | 39,0 | 1,28 | |
CORÉIA DO SUL | 1.000 | 000 | 000 | 1.840 | 37,8 | 1,87 | |
TAIWAN - FORMOSA | 1.460 | 250 | 400 | 1.310 | 57,2 | 2,08 | |
TOTAL 15 | 76.320 | 12.670 | 14.273 | 74.717 | 20,5 | 1,79 | |
% DO TOTAL MUNDIAL | 82,1% | 78,2% | 88,1% | 80,4% | |||
MUNDO | 92.951 | 16.200 | 16.200 | 92.951 | |||
Fontes: PIB 2005 OECD - Economic Outlook
População – ONU
FUNDIDOS – METAL CASTING/ABIFA
6.3. PROJEÇÕES DO CONSUMO DE FUNDIDOS NO BRASIL
6.3.1. ANÁLISE DE REGRESSÃO NO PIB – ABORDAGEM TRADICIONAL
Analisando período recente, já sem a influência do consumo de lingoteiras para siderurgia tem-se a seguinte série comparada e sua correlação:
QUADRO 6.4 - BRASIL - CONSUMO DE FUNDIDOS X FATORES MACRO-ECONÔMICOS | |||
ANO | PIB 1990=100 | CONSUMO DE REAL mil t | FUNDIDOS AJUSTADO mil t |
1990 | 100,0 | 1.304 | 1.190 |
1991 | 101,0 | 1.219 | 1.216 |
1992 | 100,6 | 1.049 | 1.206 |
1993 | 105,2 | 1.324 | 1.324 |
1994 | 110,9 | 1.579 | 1.472 |
1995 | 115,8 | 1.407 | 1.598 |
1996 | 118,2 | 1.355 | 1.660 |
1997 | 122,2 | 1.425 | 1.764 |
1998 | 122,3 | 1.317 | 1.766 |
1999 | 122,6 | 1.325 | 1.774 |
2000 | 127,9 | 1.537 | 1.911 |
2001 | 129,6 | 1.523 | 1.955 |
2002 | 133,0 | 1.647 | 2.043 |
2003 | 134,5 | 1.888 | 2.082 |
2004 | 142,2 | 2.295 | 2.281 |
2005 | 146,7 | 2.377 | 2.397 |
2006 | 151,8 | 2.376 | 2.529 |
2007 | 154,7 | 2.572 | 2.604 |
2008 | 159,3 | 2.741 | 2.724 |
% ao ano | 2,6% | 4,2% | 4,7% |
CORRELAÇÃO CONSUMO X PIB
Coeficiente de determinação = 94,424% EQUAÇÃO linear
Y = B.X + A
Y X B A
consumo fundidos em mil toneladas PIB em números Índices (1990 = 100)
25,847
(1.394,7)
COEFICIENTE DE ELASTICIDADE = 1,80
6.3.2. PROJEÇÃO DO PIB E DO CONSUMO PARA 2009
O Projeto ESTAL/MME estabeleceu 3 Cenários de evolução do PIB:
QUADRO 6.5 - BRASIL - CENÁRIOS DE PROJEÇÃO DO PIB | |||||||
CENÁRIOS % ao ano 2009 2010 2015 2020 2025 2030 | |||||||
OTIMISTA (1) 0% 5,0% 5,0% 6,5% 8,0% 8,0% INTERMEDIÁRIO (2) -1% 4,0% 4,0% 4,5% 5,0% 5,0% PESSIMISTA (3) -2% 2,8% 2,8% 2,5% 2,0% 2,0% (1) INOVADOR: ESTABILIDADE,REFORMAS E INOVAÇÃO (2) VIGOROSO: ESTABILIDADE E REFORMAS (3) FRÁGIL: INSTABILIDADE E RETROCESSO FONTE: MME/PROJETO ESTAL | |||||||
PIB RESULTANTE | 2009 | 2010 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 | médio período |
1990=100 OTIMISTA INTERMEDIÁRIO PESSIMISTA | 159,3 157,7 156,2 | 167,3 164,1 160,5 | 213,5 199,6 184,3 | 292,6 248,7 208,5 | 429,9 317,5 230,2 | 631,6 405,2 254,2 | 6,8% 4,6% 2,3% |
ANO DE 2009
O ano de 2009, em curso, por força da incidência atípica de uma crise econômica global, deverá ser analisado de forma particular. Nos três primeiros meses do ano, o consumo de fundidos decresceu 34% em relação a mesmo período do ano anterior:
CONSUMO DE FUNDIDOS mil t EXPO DE FUNDIDOS mil t
2009 | 2008 | 2009 | 2008 | |||
JANEIRO | 134,7 | 207,6 | 22,4 | 56,4 | ||
FEVEREIRO | 137,9 | 232,2 | 21,6 | 57,0 | ||
MARÇO | 175,0 | 235,5 | variação | 30,0 | 55,6 | variação |
1º TRIMESTRE | 447,6 | 675,3 | -34% | 74,0 | 169,0 | -56% |
A queda no consumo interno de fundidos é similar ao ocorrido com a demanda de aço laminado, que regrediu de 6.146,3 para 3.652,4 mil toneladas, decréscimo de 41%. Neste trimestre, a relação entre o consumo de fundidos e o consumo de aço laminado prossegue no entorno dos 12%.
As expectativas para os próximos trimestres de 2009 são de uma lenta recuperação em relação aos primeiros meses do ano, mas em ritmo ainda menor do que o verificado em 2008:
CONSUMO DE FUNDIDOS mil t EXPO DE FUNDIDOS mil t
2009 | 2008 | 2009 | 2008 | |||
1º TRIMESTRE | 447,6 | 675,3 | -34% | 74,0 | 169,0 | -56% |
2º TRIMESTRE | 513,5 | 733,6 | -30% | 104,6 | 174,4 | -40% |
3º TRIMESTRE | 650,0 | 764,7 | -15% | 132,0 | 155,3 | -15% |
4º TRIMESTRE (*) | 650,0 | 567,0 | -15% | 132,0 | 115,8 | -14% |
ANO de 2009 | 2.261,1 | 2.740,6 | -17% | 442,7 | 614,5 | -28% |
(*) igual ao 3o trimestre de 2009.
Fonte: ABIFA
6.3.3. PROJEÇÃO DO CONSUMO NO HORIZONTE ATÉ 2030, COMO FUNÇÃO DO PIB
QUADRO 6.6 - CRESCIMENTOS RESULTANTES PARA O CONSUMO SEGUINDO EQUAÇÕES DE REGRESSÃO COM PIB Em mil toneladas | |||||||
2009 2010 2015 2020 2025 2030 | |||||||
AÇO LAMINADO IBS (*) | médio período | ||||||
OTIMISTA | 22.927 | 24.718 | 35.111 | 52.878 | 83.749 129.108 | 9,6% | |
INTERMEDIÁRIO | 22.569 | 23.987 | 31.979 | 43.026 | 58.477 78.197 | 7,1% | |
PESSIMISTA | 22.210 | 23.194 | 28.537 | 33.982 | 38.862 44.249 | 4,2% | |
PROVÁVEL 2009 | 18.700 | coeficiente de elasticidade | 1,68 | ||||
CONSUMO DE FUNDIDOS | |||||||
OTIMISTA | 2.724 | 2.930 | 4.124 | 6.167 | 9.716 14.931 | 9,4% | |
INTERMEDIÁRIO | 2.683 | 2.846 | 3.764 | 5.034 | 6.811 9.078 | 6,8% | |
PESSIMISTA | 2.641 | 2.754 | 3.369 | 3.995 | 4.556 5.175 | 4,0% | |
PROVÁVEL 2009 | 2.261 | ||||||
FUNDIDOS/AÇO | |||||||
OTIMISTA | 11,9% | 11,9% | 11,7% | 11,7% | 11,6% 11,6% | ||
INTERMEDIÁRIO | 11,9% | 11,9% | 11,8% | 11,7% | 11,6% 11,6% | ||
PESSIMISTA | 11,9% | 11,9% | 11,8% | 11,8% | 11,7% 11,7% | ||
EM 2008 | 11,4% | 12,1% |
(*) Fonte: IBS - Relatório de Acompanhamento de Mercado 2008 - REGRESSÃO LINEAR
O reflexo da crise econômica global não está refletido pela mera aplicação das equações de regressão consumo X PIB. Para 2009, por exemplo, a previsão provável é 16% inferior à resultante para o cenário intermediário.
Desta forma, como caminho alternativo, o fator histórico do COEFICIENTE DE ELASTICIDADE do consumo no PIB será aplicado para o período 2010 a 2030, a saber:
▪ consumo de fundidos (ver Quadro 6. 4), CE = 1,80
▪ consumo de aço laminado (ver Quadro 6.6), CE = 1,68
QUADRO 6.7 - CRESCIMENTOS RESULTANTES PARA O CONSUMO SEGUINDO COEFICIENTES DE ELASTICIDADE NO PIB EM % AO ANO | |||||||
CONSUMO FUNDIDOS | 2010 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 | ||
CENÁRIO OTIMISTA CEN.INTERMEDIÁRIO CENÁRIO PESSIMISTA | 9,0% 7,2% 5,0% | 9,0% 7,2% 5,0% | 11,7% 8,1% 4,5% | 14,4% 9,0% 3,6% | 14,4% 9,0% 3,6% | ||
CONSUMO AÇO LAM. | |||||||
CENÁRIO OTIMISTA | 8,4% | 8,4% | 10,9% | 13,4% | 13,4% | ||
CEN.INTERMEDIÁRIO | 6,7% | 6,7% | 7,6% | 8,4% | 8,4% | ||
CENÁRIO PESSIMISTA | 4,7% | 4,7% | 4,2% | 3,4% | 3,4% |
6.3.4. PROJEÇÃO DO CONSUMO NO HORIZONTE ATÉ 2030, RESULTADO FINAL
QUADRO 6.8 - BRASIL - COMPARATIVOS DA PROJEÇÃO DO CONSUMO DE FUNDIDOS Em mil toneladas | ||||||
CENÁRIOS | 2009 PROVÁVEL | 2010 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 |
CONSUMO AÇO LAMIN. | ||||||
CENÁRIO OTIMISTA | 18.700 | 20.271 | 30.340 | 50.941 95.697 179.775 | ||
CEN.INTERMEDIÁRIO | 18.700 | 19.957 | 27.626 | 39.771 59.527 89.097 | ||
CENÁRIO PESSIMISTA | 18.700 | 19.580 | 24.639 | 30.266 35.704 42.120 | ||
IBS maio 09 | 18.700 | 22.600 | 32.100 | OTIMISTA EM PALESTRA IBS PARA ABM | ||
CONSUMO FUNDIDOS CENÁRIO OTIMISTA OU INOVADOR | ||||||
COEF.ELASTICIDADE | 2.261 | 2.464 | 3.787 | 6.577 | 12.868 | 25.174 |
CORR.C/ AÇO A 11,4% | 2.261 | 2.310 | 3.458 | 5.806 | 10.908 | 20.491 |
MÉDIO | 2.261 | 2.387 | 3.623 | 6.192 | 11.888 | 22.832 |
POPULAÇÃO MM hab | 199 | 201 | 209 | 216 | 220 | 225 |
CONSUMO P/CAPITA kg | 11,4 | 11,9 | 17,3 | 28,7 | 53,9 | 101,3 |
CENÁRIO INTERMEDIÁRIO OU VIGOROSO | ||||||
REGRESSÃO NO PIB | 2.261 | 2.424 | 3.428 | 5.056 | 7.771 | 11.944 |
CORR.C/ AÇO A 11,4% | 2.261 | 2.275 | 3.149 | 4.533 | 6.785 | 10.155 |
MÉDIO | 2.261 | 2.349 | 3.288 | 4.794 | 7.278 | 11.050 |
POPULAÇÃO MM hab | 199 | 201 | 209 | 216 | 220 | 225 |
CONSUMO P/CAPITA kg | 11,4 | 11,7 | 15,7 | 22,2 | 33,0 | 49,0 |
CENÁRIO PESSIMISTA OU FRÁGIL | ||||||
REGRESSÃO NO PIB | 2.261 | 2.375 | 3.035 | 3.780 | 4.509 | 5.379 |
CORR.C/ AÇO A 11,4% | 2.261 | 2.232 | 2.808 | 3.450 | 4.070 | 4.801 |
MÉDIO | 2.261 | 2.303 | 2.922 | 3.615 | 4.289 | 5.090 |
POPULAÇÃO MM hab | 199 | 201 | 209 | 216 | 220 | 225 |
CONSUMO P/CAPITA kg | 11,4 | 11,5 | 14,0 | 16,8 | 19,5 | 22,6 |
CENÁRIO MÉDIO (*) | ||||||
REGRESSÃO NO PIB | 2.261 | 2.413 | 3.346 | 4.825 | 7.302 | 11.298 |
CORR.C/ AÇO A 11,4% | 2.261 | 2.265 | 3.078 | 4.335 | 6.383 | 9.583 |
MÉDIO | 2.261 | 2.339 | 3.212 | 4.580 | 6.842 | 10.440 |
EVOLUÇÃO % ao ano | -17,0% | 3,5% | 6,5% | 7,4% | 8,4% | 8,8% |
POPULAÇÃO MM hab | 199 | 201 | 209 | 216 | 220 | 225 |
CONSUMO P/CAPITA kg | 11,4 | 11,7 | 15,4 | 21,2 | 31,0 | 46,3 |
(*) Probabilidades
▪ CENÁRIO OTIMISTA OU INOVADOR 10%
▪ CENÁRIO INTERMEDIÁRIO 70%
▪ CENÁRIO PESSIMISTA OU FRÁGIL 20%
7. CAPACIDADE E PRODUÇAO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL
7.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUÇÃO – QUADRO EVOLUTIVO
QUADRO 7.1 - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL Em mil toneladas | |||||
ANOS PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS EXPORTAÇÃO FERROSOS NÃO FERR. TOTAL MIL t % PROD. | |||||
1980 | 1.675 | 123 | 1.798 | 76 | 4,2% |
1981 | 1.306 | 99 | 1.404 | 55 | 3,9% |
1982 | 1.149 | 100 | 1.249 | 61 | 4,9% |
1983 | 981 | 96 | 1.078 | 51 | 4,7% |
1984 | 1.326 | 109 | 1.436 | 84 | 5,9% |
1985 | 1.462 | 124 | 1.585 | 115 | 7,3% |
1986 | 1.698 | 136 | 1.834 | 144 | 7,9% |
1987 | 1.485 | 124 | 1.609 | 90 | 5,6% |
1988 | 1.600 | 128 | 1.728 | 118 | 6,8% |
1989 | 1.543 | 130 | 1.673 | 138 | 8,2% |
1990 | 1.334 | 119 | 1.453 | 149 | 10,3% |
1991 | 1.252 | 113 | 1.365 | 146 | 10,7% |
1992 | 1.077 | 106 | 1.183 | 134 | 11,3% |
1993 | 1.351 | 128 | 1.479 | 154 | 10,4% |
1994 | 1.614 | 147 | 1.760 | 181 | 10,3% |
1995 | 1.466 | 144 | 1.610 | 203 | 12,6% |
1996 | 1.431 | 144 | 1.575 | 220 | 14,0% |
1997 | 1.510 | 148 | 1.658 | 233 | 14,1% |
1998 | 1.430 | 142 | 1.572 | 255 | 16,2% |
1999 | 1.442 | 132 | 1.574 | 249 | 15,8% |
2000 | 1.670 | 142 | 1.811 | 274 | 15,1% |
2001 | 1.612 | 149 | 1.761 | 238 | 13,5% |
2002 | 1.803 | 167 | 1.971 | 324 | 16,4% |
2003 | 2.073 | 176 | 2.249 | 361 | 16,0% |
2004 | 2.589 | 241 | 2.830 | 535 | 18,9% |
2005 | 2.729 | 239 | 2.969 | 592 | 19,9% |
2006 | 2.857 | 230 | 3.087 | 711 | 23,0% |
2007 | 2.993 | 256 | 3.250 | 678 | 20,9% |
2008 | 3.101 | 254 | 3.355 | 614 | 18,3% |
Fonte: ABIFA
Como a capacidade instalada de produção de fundidos é de 3,9 milhões de toneladas anuais, em 2008 esta capacidade foi utilizada em 86% na média do ano. Em julho de 2008, antes da crise econômica global, o setor produziu 321 mil toneladas, o que corresponde a um aproveitamento de 98,7% da capacidade instalada.
No quadro mundial, base 2005, foram produzidas cerca de 93 milhões de toneladas de peças fundidas, das quais 16,2 milhões de toneladas foram objeto de exportação para outros países, exatamente 17,4% do total produzido. O Brasil participou com cerca de 4% do comércio exterior de fundidos em 2005.
7.2. PROJEÇÃO FUTURA DA PRODUÇÃO
Numa primeira aproximação, a necessidade de produção de fundidos no Brasil pode ser estimada somando-se consumo interno projetado e perspectivas de exportação futura, que podemos fixar a nível de 20 a 25% da produção brasileira.
QUADRO 7.2 - PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS NO BRASIL Em mil toneladas | |||
2009 2010 2015 PROVÁVEL VER CAP.3 | 2020 2025 | 2030 | |
CONSUMO INTERNO | |||
MÉDIO GERAL MÍNIMO MÁXIMO | 2.261 2.339 3.212 2.261 2.303 2.922 2.261 2.387 3.623 | 4.580 6.842 3.615 4.289 6.192 11.888 | 10.440 5.090 22.832 |
EXPORTAÇÃO % PROD | 16,4% 20% 22% | 23% 25% | 25% |
EXPORTAÇÃO | |||
MÉDIO GERAL MÍNIMO MÁXIMO | 443 585 906 443 576 824 443 597 1.022 | 1.368 2.281 1.080 1.430 1.849 3.963 | 3.480 1.697 7.611 |
PRODUÇÃO com importações desprezadas | |||
MÉDIO GERAL MÍNIMO MÁXIMO | 2.704 2.924 4.118 2.704 2.879 3.746 2.704 2.984 4.645 | 5.948 9.123 4.695 5.719 8.041 15.850 | 13.920 6.787 30.443 |
PROJEÇÃO ABIFA GUIA 2008 | |||
2008 | 2009 2010 2012 | 2015 (extrapolação) | |
INTERNO 2.681 | 2.773 2.870 3.050 | 3.371 | |
EXPORTAÇÃO 769 | 857 960 1.150 | 1.379 | |
PRODUÇÃO 3.450 | 3.630 3.830 4.200 | 4.750 | |
PROD.REAL 3.355 | |||
% REAL/PRV 97,3% | CAPAC.PROJETADA ABIFA | 5.150 GUIA 2008 | |
PROD/CAP. | 92,2% |
8. RECURSOS HUMANOS – PROJEÇÃO DAS NECESSIDADES
Estimativas de necessidades de pessoal, por nível de escolaridade, para o Cenário Central de projeção da produção de fundidos, conforme Capítulo 7, Quadro 7.2, "MÈDIO GERAL", admitindo-se premissa de aumento progressivo da produtividade setorial da mão-de-obra.
QUDRO 8.1 - PROJEÇÃO DO EMPREGO EM FUNDIÇÃO | |||||
DISCRIMINAÇÃO | 2008 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 |
PRODUÇÃO PROJETADA mil t/ano | 3.355 | 4.118 | 5.948 | 9.123 | 13.920 |
PRODUTIVIDADE t/ano/homem | 56,2 | 57,9 | 67,5 | 77,0 | 97,5 |
FRANÇA | CANADÁ | CANADÁ ESPANHA | ESPANHA | ESPANHA ALEMANHA | |
EFETIVO DE PESSOAL-EMPREGO | 59.721 | 71.118 | 88.190 | 118.482 | 142.770 |
ESCOLARIDADE (*) | |||||
1o. GRAU | 31.981 | 38.085 | 47.227 | 63.448 | 76.455 |
2o. XXXX E CURSO TÉCNICO | 24.011 | 28.593 | 35.457 | 47.636 | 57.401 |
SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO | 3.729 | 4.440 | 5.506 | 7.397 | 8.914 |
59.721 | 71.118 | 88.190 | 118.482 | 142.770 |
(*) Na Proporção da Amostra do ESF
9. FATORES TRIBUTÁRIOS E FINANCIAMENTOS INCENTIVADOS
A Cadeia de Fundição de peças em metais e ligas ferrosos e não ferrosos, no Brasil, por congregar mais de 1.300 unidades fundidoras, a maioria classificada como pequena ou média empresa, merece maior atenção no que tange à tributação e incentivos financeiros, já que constitui destacado setor de Transformação Mineral, atendendo a exigentes setores consumidores no mercado domestico e também a exportação para países, como os do NAFTA e Comunidade Européia, ainda mais exigentes quanto à qualidade do produto.
O setor processa grande quantidade de sucata ferrosa e de alumínio em sua produção, contribuindo para que o meio-ambiente esteja liberto de material obsoleto descartado. A tributação na compra da sucata e do metal secundário, nas transações interestaduais, diminui a competitividade de produção de fundidos especialmente nas regiões menos desenvolvidas, onde é menor a geração de sucata e a atividade de reciclagem. A revisão da cobrança de ICMS no abastecimento destes materiais ao setor de fundição é recomendada neste estudo.
Por outro lado, as fundições ferrosas brasileiras consomem intensivamente o gusa ou ferro- gusa ofertado por produtores independentes, em sua maioria localizados no estado de Minas Gerais, e que reduzem o minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero em altos-fornos a carvão vegetal.
O Brasil e o estado de Minas são grandes exportadores de gusa e há uma sistemática de nivelar seu peço para as fundições nacionais ao valor obtido no mercado externo. Esta prática de valoração do material, em muitas ocasiões transcende à realidade do mercado brasileiro e acarreta perda de competitividade para o setor de fundição.
Incentivos do tipo ‘’draw-back verde - amarelo’’ são recomendados, dada a elevada participação do gusa no peço final da peça fundida ferrosa.
No que tange o financiamento incentivado, o setor carece de condições favorecidas de crédito para investimentos, inclusive face aos montantes envolvidos, cujo porte, maioria das vezes, não possibilita acesso direto às fontes mais favorecidas (BNDES, financiamentos externos).
Em esforço para amenizar esta dificuldade da indústria de fundição em obter financiamentos a custos de capital competitivos, a ABIFA firmou Convenio com Banco Particular, repassador de fundos públicos, inclusive do BNDES, disponibilizando as seguintes linhas de credito para empresas associadas a ABIFA:
▪ REPASSES BNDES
✓ Finame
✓ BNDES Automático
✓ Finame Leasing
✓ Cartão BNDES
▪ ANTECIPAÇÃO DE RECEBIVEIS
✓ Duplicatas
✓ Cheques
▪ APORTE FLUXO DE CAIXA
✓ Conta Garantida
✓ Capital de Giro
▪ AQUISIÇÃO VEÍCULOS/MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
✓ CDC
✓ Leasing
10. A ECONÔMIA DA CADEIA PRODUTIVA DE FUNDIÇÃO
10.1. FORMAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DE FUNDIDOS
A ABIFA permanentemente atualiza os custos de produção de peças, para o cálculo do índice denominado INPF - índice nacional do preço de fundidos. Desta fonte, foi elaborado o quadro mais recente (abril de 2009) sobre a composição de custos:
QUADRO 10.1 - COMPOSIÇÃO DO CUSTO DE FU AMOSTRA ABIFA - INPF | NDIDOS | EM % DO TOTAL | ||
FATORES DE CUSTO | FERRO | AÇO AO C | ALUMÍNIO | |
SUCATA FERROSA | 10,9 | 14,5 | ||
GUSA | 7,0 | 7,0 | ||
FERRO LIGAS E INOCULANTES | 8,7 | 3,9 | ||
metálicos | 26,6 | 25,4 | LIGAS | 26,0 |
AREIA | 2,4 | 4,1 | ||
RESINAS | 4,0 | 5,3 | ||
BENTONITA | 1,7 | |||
MATERIAIS DIVERSOS (*) | 7,2 | 7,2 | ||
OXIGÊNIO | 1,0 | |||
GLP/GÁS NATURAL | 1,0 | 3,5 | ||
COQUE | 2,4 | |||
ENERGIA ELÉTRICA | 10,1 | 9,8 | ||
MATS/ENERGIA | 29,7 | 30,0 | 21,0 | |
MÃO DE OBRA | 25,4 | 25,7 | 49,0 | |
SUB-TOTAL | 81,7 | 81,0 | 49,0 | |
G.I.F (**) | 18,3 | 19,0 | 4,0 | |
TOTAL GERAL | 100,0 | 100,0 | 100,0 | |
(*) eletrodos, abrasivos, revestimentos e tintas, luvas e filtros, granalhas, embalagens.
(**) gastos indiretos de fabricação
10.2. ESTIMATIVA DO RESULTADO ECONÕMICO MÉDIO DO SETOR
PREÇO MÉDIO DE VENDA 3.278 US$/t Ver Quadro 4.5
MARGEM SB. CUSTO FABRICAÇÃO
15% Estimativa do Setor
CUSTO FABRICAÇÃO 2.851 US$/t
INSUMOS METÁLICOS 26,4% Ponderado dos Metais - Quadro 10.1
753 US$/t
MATS/ENERGIA 29,1%
829 US$/t MÃO DE OBRA 27,2%
775 US$/t
G.I.F 17,3%
494 US$/t
TOTAL CUSTO 100,0%
2.851 US$/t
INVESTIMENTO MÉDIO 1.500 US$/t Ver Item 4.10 CUSTO/REMUNERAÇÃO 12,0% ao ano
180,0 US$/t
RESULTADO GLOBAL 247,6 US$/t
7,6% do Preço de Venda
11. CONCLUSÕES
O presente capítulo objetiva uma Síntese Conclusiva da situação atual e futura da Cadeia de Fundição no Brasil, destacando resumidamente as características do setor e suas perspectivas dentro do quadro da Transformação Mineral.
O quadro da página seguinte resume o tamanho e o desempenho presente do setor de fundição no Brasil.
O perfil das vendas do setor brasileiro de fundição está resumido abaixo em % das toneladas produzidas:
EXPORTAÇÕES 18,3%
BENS DE CAPITAL 19,0%
INFRAESTRUTURA 6,0%
OUTROS 8,0%
AUTOMOTIVO 67,0%
MERCADO INTERNO 81,7%
TOTAL MERCADO INTERNO
Nas peças destinadas ao setor de Bens de Capital, releva o consumo de fundidos na fabricação de equipamentos, máquinas e implementos para os seguintes setores:
▪ Agrícola e rodoviário | 24% | |
▪ Geração e distribuição de energia | 23% | |
▪ Siderurgia, mineração e cimento | 22% | |
▪ Ferroviário e naval | 10% | |
▪ Açúcar e álcool | 9% | |
▪ Outros | 12% | |
100% |
QUADRO 11.1 - A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO - SITUAÇÃO PRESENTE | |
A - NÚMERO DE EMPRESAS TOTAL = 1.340 | |
% No EMPRESAS % PRODUÇÃO | |
SEGUNDO O METAL DA PEÇA EM 2008 | |
FUNDIÇÕES DE FERROSOS 48,0% 92,4% | |
FUNDIÇÕES DE ALUMÍNIO 35,0% 6,7% | |
FUNDIÇÕES DE NÃO FERROSOS(*) 17,0% 0,9% | |
(*) ligas de cobre,zinco,magnésio e estanho | |
% No EMPRESAS % PRODUÇÃO | |
SEGUNDO O TAMANHO DAS EMPRESAS EM 2008 | |
UNIDADES DE GRANDE PORTE >1.000t/mês 3,2% 63,0% | |
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 96,8% 37,0% | |
SEGUNDO O CONTROLE DO CAPITAL | |
CONTROLE ESTRANGEIRO 3,0% 33,0% | |
CONTROLE NACIONAL 97,0% 67,0% | |
B - PRODUÇÃO DE PEÇAS FUNDIDAS | |
EVOLUÇÃO RECENTE 2008 2007 2006 2005 | 2000 |
EM MILHÕES DE TONELADAS 3,35 3,25 3,09 2,97 | 1,67 |
PRODUÇÃO EM 2008 POR METAL FERRO AÇO ALUMÍNIO OUTROS | TOTAL |
EM MILHÕES DE TONELADAS 2,78 0,32 0,23 0,02 | 3,35 |
SHARE 83,0% 9,6% 6,9% 0,6% | |
PRODUÇÃO EM 2008 POR DESTINO FERRO AÇO NÃO FERR. TOTAL | |
EM MILHÕES DE TONELADAS | SHARE |
MERCADO INTERNO 2,26 0,25 0,23 2,74 | 81,8% |
EXPORTAÇÃO 0,52 0,07 0,02 0,61 | 18,2% |
TOTAL 2,78 0,32 0,25 3,35 | 100,0% |
CAPACIDADE INSTALADA EM FINAL DE 2008 FERROSOS NÃO FERR. TOTAL | |
EM MILHÕES DE TONELADAS 3,49 0,41 3,90 | |
APROVEITAMENTO CAPAC. 2008 88,8% 61,0% 85,9% | |
C - EMPREGO E PRODUTIVIDADE | |
EVOLUÇÃO RECENTE 2008 2007 2006 2005 | 2000 |
EFETIVO mil pessoas 59,7 57,3 58,0 57,7 | 40,6 |
PRODUTIVIDADE t/homem/ano 56,2 56,7 53,2 51,4 | 44,6 |
PRODUTIVIDADE t/homem/ano EUA 138 CANADÁ 58 | |
(dados de 2005) ALEMANHA 119 FRANÇA 52 | |
ESPANHA 77 MÉXICO 44 | |
D - FATURAMENTO E VALOR DA PRODUÇÃO ANO DE 2008 | |
EM BILHÕES DE US$ | |
FERROSOS NÃO FERR. TOTAL | SHARE |
RECEITA NO MERCADO INTERNO 6,84 2,67 9,51 | 86,5% |
RECEITA COM EXPORTAÇÃO 1,26 0,23 1,49 | 13,5% |
TOTAL 8,10 2,90 11,00 | 100,0% |
SHARE 73,6% 26,4% 100,0% | |
PREÇO MÉDIO EM US$/tonelada FERROSOS NÃO FERR. MÉDIO | |
RECEITA NO MERCADO INTERNO 2.723 11.542 3.468 | |
RECEITA COM EXPORTAÇÃO 2.132 10.180 2.431 |
A qualidade do fundido brasileiro e a competitividade da produção nacional estão comprovadas pela tonelagem exportada, acima de 600.000 t/ano e os países/regiões atendidos:
▪ América do Norte (NAFTA) 59%
▪ Europa (Comunidade) 22%
▪ América do Sul 10%
▪ Outros (Ásia) 9%
A produção de quase 3,4 milhões de toneladas de peças fundidas no ano de 2008, distribui- se por metal de seguinte forma:
METAL | mil t | ‘’share’’ | ACUMULADO |
Ferro | 2.777 | 82,8% | 82,8% |
Aço | 324 | 9,7% | 92,5% |
Alumínio | 225 | 6,7% | 99,2% |
Cobre | 20 | 0,6% | 99,8% |
Outros (*) | 9 | 0,2% | 100,0% |
TOTAL | 3.355 | 100,0% |
(*) não-ferrosos: zinco, magnésio, estanho.
Para esta produção, foram consumidos principalmente os seguintes materiais primários da transformação mineral:
▪ Gusa ou ferro gusa 1.125 mil t/ano
▪ Sucata ferrosa (*) 2.195 mil t ano
▪ Alumínio (**) 215 mil t/ano
▪ Ferro-ligas 75 mil t/ano
(*) adquirida (não inclui a reciclada na própria fundição)
(**) principalmente Al secundário, muitas vezes recebido na fundição na forma liquida.
PERSPECTIVAS DO SETOR DE FUNDIÇÃO
Nos últimos 18 anos, desde 1990 a 2008, o consumo brasileiro de fundidos cresceu a uma média de 4,2% ao ano e representou, na media do período e no ano mais recente da série histórica, 11,4% do consumo de laminados de aço no Brasil. O consumo per capita de peças fundidas no Brasil atingiu a apenas 14,5 kg/habitante/ano em 2008 contra (12,7 kg em 2005), ano em que, para outros paises este índice apresentava-se bem mais elevado:
kg/habitante kg/habitante
▪ Japão 52 EUA 47
▪ Europa 52 Canadá 39
▪ Taiwan 57 Coréia 38
Para o corrente ano de 2009, face à Crise Econômica Financeira Global, a expectativa para o consumo de fundidos é de uma regressão de 17%, atingindo a 2,26 milhões de toneladas, contra 2,74 milhões verificados em 2008.
A análise de 3 Cenários de Projeção da Economia e do Consumo de Fundidos, explorando coeficientes de elasticidade (1,80) de regressão no PIB e relação com o consumo projetado de laminados de aço levou aos resultados ilustrados no desenho seguinte:
PROJEÇÃO DO CONSUMO BRASILEIRO DE FUNDIDOS
106 t/ano
12
(39,5)
10
8
6
(23,4)
(18,6)
4
(15,4)
2
-
2009
2010
2015
2020
2025
2030
CENÁRIO OTIMISTA CENÁRIO INTERMEDIÁRIO CENÁRIO PESSIMISTA
(27,7)
Em Milhões de Toneladas/Ano
(19,3)
( ) consumo per capita kg/habitante/ano
Considerando estimativamente as seguintes probabilidades para cada Cenário
▪ Otimista 10%
▪ Intermediário 70%
▪ Pessimista 20%,
e ponderando os resultados obtidos, conclui-se pelo Cenário Médio de consumo e produção de fundidos, cuja projeção está abaixo qualificada:
QUADRO 11.2 - PROJEÇÃO DO CONSUMO E DA PRODUÇÃO BRASILEIROS DE FUNDIDOS Em mil toneladas | ||||||
DISCRIMINAÇÃO 2008 | 2009 | 2010 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 |
CONSUMO PROJETADO | ||||||
(pelo cenário médio) 2.724 | 2.261 | 2.339 | 3.212 | 4.580 | 6.842 | 10.440 |
% ao ano | -17,0% | 3,4% | 6,5% | 7,4% | 8,4% | 8,8% |
per capita(kg) | 11,4 | 11,7 | 15,4 | 21,2 | 31,0 | 46,3 |
PRODUÇÃO PROJETADA | ||||||
(pelo cenário médio) | ||||||
MERCADO INTERNO 2.741 | 2.261 | 2.339 | 3.212 | 4.580 | 6.842 | 10.440 |
EXPORTAÇÃO 614 | 443 | 585 | 906 | 1.368 | 2.281 | 3.480 |
TOTAL PRODUÇÃO 3.355 | 2.704 | 2.924 | 4.118 | 5.948 | 9.123 | 13.920 |
% EXPO/PRODUÇÃO 18,3% 16,4% 20,0% 22,0% 23,0% 25,0% 25,0% PREMISSAS OU METAS SETORIAIS DA ABIFA | ||||||
A ABIFA projetava uma capacidade instalada no setor para 2012 de 5,15 milhões de toneladas anuais (GUIA ABIFA 2008), mas vários projetos foram postergados, de forma que este horizonte deve evoluir para o entorno de 2015.
Grosso modo, o Setor Brasileiro de Fundição deverá elevar sua capacidade do nível de 3,9 Mt/ano (atuais) para a casa dos 13,9 Mt/ano até 2030, o que exigiria vultosos investimentos, como calculado a seguir:
▪ Ampliação da capacidade 10,0 Mt/ano
▪ Investimento médio unitário US$1.500/t
▪ Investimento total US$15 bilhões
▪ Investimento anual (em 20 anos) US$750 milhões
Esta expansão do setor de fundição, até 2030, promoverá a geração de 40.000 novos empregos, supondo que se progrida para um nível de produtividade entre os obtidos hoje para Espanha e Alemanha, centros de excelência na produção de fundidos.
Não se prevê radical evolução da tecnologia produtiva de peças fundidas, mas cabe o registro da permanente atualização tecnologia do parque fundidor brasileiro, comprovada pelo destino ‘’nobre’’ de sua exportação de peças (EUA e Europa), os mais exigentes em qualidade e preço.
Os elevados montantes a investir no setor de fundição estão de certa forma carentes de financiamentos incentivados ou de benefícios fiscais que incentivam o interesse de pequenas e médias empresas em investir na produção de peças.
A produção projetada para o ano de 2030, igual a 4 vezes a verificada em 2008 exigirá do Setor Mineral secundário o suprimento de cerca de 4,7 milhões de toneladas ao ano de gusa, 310 mil toneladas de ferro-ligas e mais de 1 milhão toneladas de alumínio primário ou secundário.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABIFA, Associação Brasileira de Fundição – Anuários ABIFA, Guias ABIFA de Fundição 2005 a 2008 ABIFA, Revistas Mensais “Fundição”
ABIFA, Prospecção do Mercado Internacional de Fundidos Ferrosos e não Ferrosos, 2008
ABIFA, Estudo Setorial de Fundição – O Setor de Fundição no Brasil - Perfil Produtivo e Tecnológico, financiado por FINEP e com execução, por.
⮚ ABIFA (Associação Brasileira de Fundição)
⮚ SETEPLA TECNOMETAL ENGENHARIA
⮚ REDE METAL MECÂNICA (PUC-Rio), editado em 2007
DEUS, Xxxxxxx Xxxx, Diretor Executivo da ABIFA, A Indústria de Fundição no Brasil, maio 2009