HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Item 18.26 - Proteção Contra Incêndio
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVOS
1.2. RESUMO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA PREVENÇÃO NO CORPO DE BOMBEIROS
1.3. CONCEITOS
2.ITEM 18.26 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
2.1 – ITEM 18.26.1
2.2 – ITEM 18.26.2
2.3 – ITEM 18.26.3
2.4 – ITEM 18.26.4
2.5 – ITEM 18.26.5
3.IMAGENS DA IT 02 – INCÊNDIOS HISTÓRICOS
1.1.OBJETIVOS
A proteção contra incêndio é definida como medidas tomadas para a detecção e controle do crescimento do incêndio e sua conseqüente contenção ou extinção.
Os objetivos da Prevenção são:
1) a garantia da segurança à vida das pessoas que se encontrarem no interior de um edifício, quando da ocorrência de um incêndio;
2) a prevenção da conflagração e propagação do incêndio, envolvendo todo o edifício;
3) a proteção do conteúdo e a estrutura do edifício;
4) minimizar os danos materiais de um incêndio.
Esses objetivos são alcançados pelo:
1) controle da natureza e da quantidade de materiais combustíveis constituintes e contidos no edifício;
2) dimensionamento da compartimentação interna, do distanciamento entre edifícios e da resistência ao fogo dos elementos de compartimentação;
3) dimensionamento da proteção e de resistência ao fogo da estrutura do edifício;
4) dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de sistemas de chuveiros automáticos de extinção de incêndio e/ou equipamentos manuais para combate;
1.1.OBJETIVOS
5) dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do movimento da fumaça.
6) controle das fontes de ignição e riscos de incêndio;
7) acesso para os equipamentos de combate a incêndio;
8) treinamento de pessoal habilitado a combater um princípio de incêndio e coordenar o abandono seguro da população de um edifício;
9) gerenciamento e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndio instalado;
10) controle dos danos ao meio ambiente decorrente de um incêndio.
A implantação da prevenção de incêndio se faz por meio de atividades que visam a evitar o surgimento do sinistro, possibilitar sua extinção e reduzir seus efeitos antes da chegada do Corpo de Bombeiros.
As atividades que visam à proteção contra incêndio podem ser agrupadas em:
1) atividades relacionadas com as exigências de medidas de proteção contra incêndio nas diversas ocupações;
2) atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta de dados dos incêndios pelos órgãos públicos, que visam aprimorar técnicas de combate e melhorar a proteção contra incêndio por meio da investigação, estudo dos casos reais e estudo quantitativo dos incêndios no estado de São Paulo.
1.2.RESUMO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA PREVENÇÃO NO CORPO DE BOMBEIROS
❑ Desde 1909 o Corpo de Bombeiros atua na área de prevenção de incêndio por meio do “Regulamento para os Locais de Divertimentos Públicos”.
❑ Em 1936 o Corpo de Bombeiros passa ao Município de São Paulo, e atua na fiscalização junto com o Departamento de Obras.
❑ Em 1942 surge a primeira Seção Técnica;
❑ Em 1961, surge a primeira Especificação Para Instalações de Proteção Conta Incêndio, com referência a normas da ABNT.
❑ De 1961 a 1980, o Corpo de Bombeiros atua por meio das Especificações baixadas pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que exigia somente extintores, hidrantes e sinalização de equipamentos.
1.2.RESUMO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA PREVENÇÃO NO CORPO DE BOMBEIROS
Em 1983, surge a primeira Especificação do Corpo de Bombeiros anexa a um Decreto. Esta Especificação passou a exigir:
1) extintores;
2) sistema de hidrantes;
3) sistema de alarme de incêndio e detecção de fumaça e calor;
4) sistema de chuveiros automáticos;
5) sistema de iluminação de emergência;
6) compartimentação vertical e horizontal;
7) escadas de segurança;
8) Isolamento de risco;
9) sistemas fixos de Xxxxxx, XX0 e Halon; e outras proteções.
PREVENÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO
Em 1993:
1) passou a vigorar o Decreto Estadual 38069;
2) iniciou-se a publicação em Diário Oficial de Despachos Normativos;
3) foi publicada no Diário Oficial do Estado, a regulamentação do Sistema de Atividades
Técnicas, no que diz respeito ao funcionamento de forma sistemática das Seções de Atividades Técnicas das Unidades Operacionais do Corpo de Bombeiros;
4) foi criado um Projeto de Lei Complementar para instituição do Código Estadual de Proteção Contra Incêndio e Emergência.
Para Prevenção e Combate a incêndios, O Corpo de Bombeiros junto à Polícia militar elaboraram as Instruções Técnicas (ITs). São 38 ITs abordando diversas medidas de prevenção e sistemas de combate a incêndios como escadas, saídas de
emergência, alarmes, hidrantes, acesso de veículos, áreas de risco,etc.
No slide seguinte estão enumeradas as 38 ITs.
As ITs estão disponíveis em < xxxx://xxx.xxxxxx.xx.xxx.xx/xxx/xxxxxx00.xxxx>.
INSTRUÇÕES TÉCNICAS:
IT1: Procedimentos Administrativos
IT2: Conceitos Básicos de Proteção Contra Incêndio IT3: Terminologia de Proteção Contra Incêndio
IT4: Símbolos Gráficos Para Projeto de Segurança Contra Incêndio IT5: Segurança Contra Incêndio – Urbanística
IT6: Acesso de Viatura na Edificação e Área de Risco IT7: Separação Entre Edificações
IT8: Segurança Estrutural Nas Edificações
IT9: Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical IT10: Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento IT11: Saídas de Emergência em Edificações
IT12: Dimensionamento de Lotações e Saídas de Emergência IT13: Pressurização de Escada de Segurança
IT14: Carga de Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco IT15: Controle de Fumaça
IT16: Plano de Intervenção de Incêndio IT17: Brigada de Incêndio
IT18: Iluminação de Emergência
IT19: Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio
IT20: Procedimentos Administrativos
IT21: Conceitos Básicos de Proteção Contra Incêndio IT22: Terminologia de Proteção Contra Incêndio
IT23: Símbolos Gráficos Para Projeto de Segurança Contra Incêndio
IT24: Segurança Contra Incêndio – Urbanística
IT25: Acesso de Viatura na Edificação e Área de Risco IT26: Separação Entre Edificações
IT27: Armazenagem de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis IT28: Manipulação, Armazenamento, Comercialização, e
Utilização de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
IT29: Comercialização, Distribuição e Utilização de Gás Natural IT30: Fogos de Artifício
IT31: Heliponto e Heliporto
IT32: Medidas de Segurança Para Produtos Perigosos IT33: Cobertura de Sapé, Piaçava e Similares
IT34: Hidrante de Coluna IT35: Xxxxx Xxxxxxxxxx IT36: Pátios de Contêineres IT37: Subestações Elétricas
IT38: Proteção Contra Incêndios em Cozinhas Profissionais
1.3) CONCEITOS
A) A propagação de fogo, fumaça e gases quentes no interior das edificações.
A.1)Fenômeno Característico
O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico onde se tem lugar uma reação de oxidação com emissão de calor e luz.
Devem coexistir quatro componentes para que ocorra o fenômeno do fogo:
1) combustível ;
2) comburente (oxigênio);
3) calor;
4) reação em cadeia.
Imagine o fogo como sendo
Um Triangulo em que, cada lado, representa um elemento formador do conjunto. Ele,evidentemente,não existira se apenas um dos lados deixar de existir.Eis os elementos do fogo:
A.2) MECANISMO DE EXTINÇÃO DO FOGO
A.3) CONCEITOS GERAIS
❑ Os meios de extinção se utilizam deste princípio, pois agem por meio da inibição de um dos componentes para apagar um incêndio.
❑ O combustível pode ser definido como qualquer substância capaz de produzir calor por meio da reação química.
❑ O comburente é a substância que alimenta a reação química, sendo mais comum o oxigênio.
❑ O calor pode ser definido como uma forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma diferença de temperatura. Ele se distingue das outras formas de energia porque, como o trabalho, só se manifesta num processo de transformação.
❑ Podemos, ainda, definir incêndio como sendo o fogo indesejável, qualquer que seja sua dimensão.
❑ Como foi dito, o comburente é o oxigênio do ar e sua composição percentual no ar seco, é de 20,99%; os demais componentes são o nitrogênio com 78,03% e outros gases (CO2, Ar, H2, He, Ne, Kr) com 0,98%.
❑ O calor, por sua vez, pode ter como fonte à energia elétrica, o cigarro aceso, os queimadores a gás, a fricção ou mesmo a concentração da luz solar através de uma lente.
A.3) CONCEITOS GERAIS
❑ O fogo se manifesta diferentemente em função da composição química do material; mas, por outro lado, um mesmo material pode queimar de modo diferente em função da sua superfície específica, das condições de exposição ao calor, da oxigenação e da umidade contida.
❑ A maioria dos sólidos combustíveis possui um mecanismo seqüencial para sua ignição. O sólido precisa ser aquecido, quando desenvolve vapores combustíveis que se misturam com o oxigênio, formando a mistura inflamável (explosiva), a qual, na presença de uma pequena chama (mesmo fagulha ou centelha) ou em contato com uma superfície aquecida acima de 500ºC, igniza-se; aparece então a chama na superfície do sólido, que fornece mais calor, aquecendo mais materiais e assim sucessivamente.
❑ Alguns sólidos pirofóricos (sódio, fósforo, magnésio etc.) não se comportam conforme o mecanismo acima descrito.
❑ Os líquidos inflamáveis e combustíveis possuem mecanismos semelhantes, ou seja, o líquido, ao ser aquecido, vaporiza-se e o vapor se mistura com o oxigênio, formando a "mistura inflamável" (explosiva) que na presença de uma pequena chama (mesmo fagulha ou centelha) ou em contato com superfícies aquecidas acima de 500ºC, ignizam-se e aparece então a chama na superfície do líquido, que aumenta a vaporização e a chama. A quantidade de chama fica limitada à capacidade de vaporização do liquido.
❑ Os líquidos são classificados pelo seu ponto de fulgor, ou seja, pela menor temperatura na qual liberam uma quantidade de vapor que ao contato com uma chama produz um lampejo (uma queima instantânea).
A.4) EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
A evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com três fases características:
1) Fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição);
2) Fase de aquecimento;
3) Fase de resfriamento e extinção;
❑ A primeira fase inicia-se como ponto de inflamação inicial e caracteriza-se por grandes variações de temperatura de ponto a
ponto, ocasionadas pela inflamação sucessiva dos objetos existentes no recinto, de acordo com a alimentação de ar.
❑ Normalmente os materiais combustíveis (materiais passíveis de se ignizarem) e uma variedade de fontes de calor coexistem no interior de uma edificação.
❑ A manipulação acidental destes elementos é, potencialmente, capaz de criar uma situação de perigo.
❑ Os focos de incêndio, deste modo, originam-se em locais onde fonte de calor e materiais combustíveis são encontrados
juntos, de tal forma que ocorrendo a decomposição do material pelo calor são desprendidos gases que podem se inflamar.
A.4) EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
❑ Considerando-se que diferentes materiais combustíveis necessitam receber diferentes níveis de energia térmica para que ocorra a ignição é necessário que as perdas de calor sejam menores que a soma de calor proveniente da fonte externa e do calor gerado no processo de combustão.
❑ Neste sentido, se a fonte de calor for pequena, ou a massa do material a ser ignizado for grande, ou, ainda, a sua temperatura de ignição for muito alta, somente irão ocorrer danos locais sem a evolução do incêndio.
❑ Se a ignição definitiva for alcançada, o material continuará a queimar desenvolvendo calor e produtos de decomposição. A temperatura subirá progressivamente, acarretando a acumulação de fumaça e outros gases e vapores junto ao teto.
❑ Há, neste caso, a possibilidade de o material envolvido queimar totalmente sem proporcionar o envolvimento do resto dos materiais contidos no ambiente ou dos materiais constituintes dos elementos da edificação. De outro modo, se houver caminhos para a propagação do fogo, através de convecção ou radiação, em direção aos materiais presentes nas proximidades, ocorrerá simultaneamente à elevação da temperatura do recinto e o desenvolvimento de fumaça e gases inflamáveis.
❑ Com a evolução do incêndio e a oxigenação do ambiente, através de portas e janelas, o incêndio ganhará ímpeto; os materiais passarão a ser aquecidos por convecção e radiação acarretando um momento denominado de “inflamação generalizada –
Flash Over”, que se caracteriza pelo envolvimento total do ambiente pelo fogo e pela emissão de gases inflamáveis através de portas e janelas, que se queimam no exterior do edifício.
A.4) EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
❑ Neste momento torna-se impossível a sobrevivência no interior do ambiente.
❑ O tempo gasto para o incêndio alcançar o ponto de Inflamação generalizada é relativamente curto e depende, essencialmente, dos revestimentos e acabamentos utilizados no ambiente de origem, embora as circunstâncias em que o fogo comece a se desenvolver exerçam grande influência.
Fase anterior ao Flashover – grande desenvolvimento de fumaça e gases, acumulando-se no nível do teto
A.4) EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
A possibilidade de um foco de incêndio extinguir ou evoluir para um grande incêndio depende, basicamente dos seguintes fatores:
1) quantidade, volume e espaçamento dos materiais combustíveis no local;
2) tamanho e situação das fontes de combustão;
3) área e locação das janelas;
4) velocidade e direção do vento;
5) a forma e dimensão do local.
❑ Pela radiação emitida por forros e paredes, os materiais combustíveis que ainda não queimaram, são pré-aquecidos à temperatura próxima da sua temperatura de ignição.
❑ As chamas são bem visíveis no local;
❑ Se estes fatores criarem condições favoráveis ao crescimento do fogo, a inflamação generalizada irá correr e todo o compartimento será envolvido pelo fogo.
❑ A partir dai, o incêndio irá se propagar para outros compartimentos da edificação seja por convecção de gases quentes no interior da casa ou através do exterior, na medida em que as chamas que saem pelas aberturas (portas e janelas) podem transferir fogo para o pavimento superior, quando este existir, principalmente através das janelas superiores.
❑ A fumaça, que já na fase anterior è Inflamação generalizada, pode ter-se espalhado no interior da edificação, se intensifica e se movimenta perigosamente no sentido ascendente, estabelecendo, em instantes, condições críticas para a sobrevivência na edificação.
A.4) EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
❑ Caso a proximidade entre as fachadas da edificação incendiada e as adjacentes possibilite a incidência de intensidades críticas de radiação, o incêndio poderá se propagar (por radiação) para outras habitações, configurando uma conflagração.
❑ A proximidade ainda maior entre habitações pode estabelecer uma situação ainda mais crítica para a ocorrência da conflagração na medida em que o incêndio se alastrar muito rapidamente por contato direto das chamas entre as fachadas.
❑ No caso de habitações agrupadas em bloco, a propagação do incêndio entre unidades poderá se dar por condução de calor via paredes e forros, por destruição destas barreiras, ou ainda, através da convecção de gases quentes que venham a penetrar por aberturas existentes.
❑ Com o consumo do combustível existente no local ou decorrente da falta de oxigênio, o fogo pode diminuir de intensidade, entrando na fase de resfriamento e conseqüente extinção.
A.5) FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A
EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
Os fatores que contribuem para a evolução de um incêndio, já citados acima, estão relacionados com a transmissão de calor que ocorre de três formas fundamentais:
1) por condução, ou seja, através de um material sólido de uma região de temperatura elevada em direção a uma outra região de baixa temperatura;
2) por convecção, ou seja, por meio de um fluido líquido ou gás, entre dois corpos submersos no fluido, ou entre um corpo e o fluido;
3) por radiação, ou seja, por meio de um gás ou do vácuo, na forma de energia radiante.
A.5) FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A
EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
• Num incêndio as três formas geralmente são concomitantes, embora em
determinado momento uma delas seja predominante.
Propagação por Condução (contato direto das chamas)
Propagação por Convecção
onde gases quentes fazem com que ocorra focos de incêndio em andares distintos
Radiação de calor de um Edifício para o outro
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
O item 18.26.1 da NR18 prescreve que é obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras.
O fogo é classificado conforme o tipo de material queimado, diferenciando assim o modo que será combatido. Os tipos de fogo são:
❑ Classe A - Materiais de combustão fácil e que queimam tanto em sua superfície quanto em sua profundidade e
obrigatoriamente deixam resíduo, tais como papel,material,tecidos etc;
❑ Classe B - São materiais que queimam apenas em sua superfície e que não deixa resíduos, tais como gasolina, verniz, óleo, etc;
❑ Classe C - É o fogo que ocorre em equipamentos elétricos, quando energizados,como motores, estabilizadores, transformadores, etc.
❑ Classe D - É aquele que surge de elementos pirofógraficos, tais como titânio, magnésio, zircônio, potássio, sódio, etc.
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
Meios de prevenção Fogo classe A
❑ Pode ser evitado em se tomando medidas simples,fruto de uma boa administração interna.
❑ Nas empresas com quadro de pessoal que abrigue cinqüenta ou mais trabalhadores,o armazenamento de água deve ser substancial e sob pressão.Assim,o inicio do fogo de classe A pode ser combatido com facilidade.
❑ Trapos ,ou algo similar, impregnados de óleo,devem ser descartados em utensílios metálicos e bem tampados e distantes de fontes de ignição.
❑ As lixeiras devem ser esvaziadas diariamente.
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
Meios de prevenção Fogo classe B
❑ Devem-se tomar cuidados especiais. As preocupações devem ser redobradas quando se está trabalhando próximo a recipientes com líquidos inflamável ou diante de atmosferas com apresenta de gases igualmente inflamáveis.
❑ O uso ou manuseio de líquidos inflamáveis só deve ser feito em áreas suficiente ventiladas.
❑ Sobra de líquidos inflamáveis só devem ser guardados em armários bem fechados em vasilhames bem tampados e a prova de vazamento.
❑ O estoque de líquidos inflamáveis deve ficar distante de qualquer meio que venha a provocar faísca.
❑ Quando uma quantidade de líquidos inflamáveis tiver de ser deslocada para execução de determinada atividade ,nunca conduzi-los em vasilhames com capacidade superior a cinco galões cada.
❑ Quantidade superior a vinte e cinco galões nunca deve ser armazenado num edifício,a menos que esteja em recipiente aprovado para tal.
❑ Quanto o fogo da classe B nunca devemos usar água,a menos que ela seja pulverizada sob a forma de neblina.
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
Meios de prevenção Fogo classe C
❑ Os equipamentos antigos devem ter sua fiação,nos materiais insolentes ou nos encaixe,tome as medidas cabíveis
❑ O superaquecimento de um motor já é motivo para preocupação.Para invitar tais danos e futuros problemas , mantenha os equipamentos que estejam sub seu cuidado,na mais perfeita ordem e em funcionamento.
❑ Compatibilize o uso de fazíveis.Nunca instalem um fazível com capacidade superior a dimensionamento para cada caso.
❑ Não sobrecarreguem os pontos de sua instalação elétrica.Cada um deles não deve ter mais de duas tomadas,por exemplo.
❑ Nuca liguem varias equipamentos na mesma tomada,ao mesmo tempo.Assim,você evita o superaquecimento da saída.
❑ Desligue imediatamente qualquer equipamento quando você sentir cheiro de queimado.Essa ocorrência pode significar um sinal de incêndio.
❑ Quando na extensão elétrica,você usar uma lâmpada como iluminação auxiliar, procurem usar as que possui proteção metálica em volta dela.Dessa forma,você evita o calor direto da lâmpada sobre um material combustível,caso ela entre eventualmente em contato com ele.
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras Meios de prevenção
Fogo classe D
❑ A melhor forma de evitá-los e em adotando todas as medidas relativas aos cuidados com o manuseio de elementos dessa natureza.O combate a este fogo normalmente é feito com a instalação de chuveiro automático(Sprinkler).
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
Agentes extintores
Agente extintor é toda substância que, aplicada em princípio de fogo, interfere
❑ na combustão, provocando descontinuidade na reação química, alterando as condições para que haja fogo.
❑ Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados líquido, gasoso ou sólido.
❑ Existe uma variedade muito grande de agentes extintores, dos quais os mais comuns são:
• Água
• Espuma (química e mecânica)
• Gás carbônico (CO2)
• Pó químico seco
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
Tipos de extintores
2.1 - 18.26.1 – Prevenção e Combate a Incêndio no Canteiro de Obras
• Utilização dos extintores
2.2 - 18.26.2 – Sistema de Alarme
O item 18.26.2 da NR18 prescreve que deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção.
Segundo a IT03 , “Terminologia de Proteção Contra Incêndio”, Alarme de Incêndio é o dispositivo de acionamento
automático e desligamento manual, destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio no risco protegido.
A IT19 “ Sistemas de Detecção e Alarmes de Incêndio” especifica recomendações básicas para instalações de sistemas de alarmes e procedimentos a se adotar no caso de ocorrência do sinistro.
São apresentados, a seguir, algumas dessas recomendações:
❑ O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio deve conter os elementos necessários ao seu completo entendimento, onde os procedimentos para elaboração da Proposta de Proteção devem atender à Instrução Técnica de Procedimentos Administrativos.
❑ Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A principal é a rede de tensão alternada e a auxiliar é constituída por baterias ou no-break. Quando a fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de acumuladores, esta deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de no mínimo 15 minutos, para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação. Quando a alimentação auxiliar for por gerador, também deverá ter os mesmos parâmetros de autonomia mínima.
2.2 - 18.26.2 – Sistema de Alarme
❑ As centrais de detecção e alarme deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos.
❑ A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30 (trinta) metros.
❑ Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto aos hidrantes.
❑ Nos edifícios com mais de um pavimento, deverá ser previsto pelo menos um acionador manual em cada pavimento. Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, caso o acionador manual do piso principal dê cobertura/caminhamento para a área do mezanino, atendendo o item 5.7 acima.
❑ Os acionadores manuais serão obrigatórios nos locais onde haja sistema de detecção.
❑ Nos locais onde, devido a sua atividade sonora intensa, não seja possível ouvir o alarme geral, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros.
2.2 - 18.26.2 – Sistema de Alarme
❑ Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema deverão ter resistência mínima de 60 minutos.
❑ Os eletrodutos e a fiação devem atender aos itens 5.3.8.1 a 5.3.8.5 da NBR 9441/98. Quando houver mais de 05 (cinco) acionadores manuais instalados na edificação, estes devem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema. Para as centrais com até 05 (cinco) acionadores manuais, dispensa-se essa exigência.
❑ Nas centrais de detecção e/ou alarme é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central. Esse painel pode ser substituído por um display da central que indique a localização do acionamento.
❑ Nos locais de reunião de público, tipo: casas de show, música, espetáculos, dança, discoteca, danceteria, salões de baile, etc, onde se tem naturalmente uma situação acústica elevada, será obrigatória também a instalação de sinalizadores visuais, quando houver a exigência de sistema de detecção e alarme.
❑ Deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros, quando do pedido de vistoria, um quadro resumo, conforme Tabela 2 do Anexo B da NBR 9441/98, descrevendo o sistema de detecção instalado, constando observação garantindo que os detectores foram escolhidos de acordo com as dificuldades da área supervisionada e que os ensaios práticos ou simulação artificial de alarmes foram executados conforme NBR 9441/98; mostrando que os detectores foram instalados corretamente dentro do ambiente para facilitar a detecção da fumaça e da diferença de temperatura no começo de um incêndio. Esse quadro resumo deve ser preenchido pelo responsável técnico pela instalação, acompanhado da respectiva ART.
2.2 - 18.26.2 – Sistema de Alarme - Imagens
Detector de Incêndio Acionador Manual e Sirene
Detalhe de Sirene Inspeção em Central de Alarme
2.3 - 18.26.3 – Soldagem e Corte
Este item prescreve que é proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos locais onde estejam depositadas, ainda que temporariamente, substâncias combustíveis, inflamáveis e explosivas.
❑ Para a realização de serviços de soldagem e corte, como no geral serviços denominados “a quente” é indicado que a empresa ou responsável pelo local abra uma OS (Ordem de Serviço), Através delas busca-se garantir que todos os trabalhos que impliquem em maiores riscos sejam controlados e em alguns casos submetidos previamente a analise do SESMT. Como exemplo há em uma empresa situada em Bauru um sistema interno denominado PTE (Permissão para Trabalhos Especiais) que é pedido a brigada de bombeiros internos à empresa quando qualquer funcionário, interno ou terceirizado, necessita executar um serviço de solda, utilização de aparelhos cortantes e/ou perfurantes e serviços em alturas maiores que 2,0m.
❑ O procedimento para autorização do serviços deve ser claro, escrito em linguagem compreensível pelos executantes. No caso de locais onde os riscos sejam constantes e significativos , o procedimento deve deixar claro logo em seu inicio que sempre que possível outros meios são preferidos nos casos onde o emprego de aparelhos de solda e lixamento possam ser substituídos. Importante também mencionar que sempre que possível os materiais ou peças a serem soldados ou lixados deverão ser removidos para locais mais apropriados.
❑ Deve-se conter também neste procedimento, a necessidade de haver nas proximidades equipamentos para combate a incêndio compatíveis a classe da operação
❑ Nos casos mais complexos, deve se prever também a necessidade de acompanhamento, seja por bombeiro industrial - no caso
onde estes existam - ou mesmo pelo Brigadista de Incêndio. Tal presença pode ser decisiva para a contenção do fogo na sua
fase inicial evitando um incêndio.
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança
Este item da NR18 apresenta algumas medidas de segurança que devem ser tomadas nos locais confinados, locais onde são executados pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de parede e similares, com emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, a saber:
❑ Proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material que possa produzir faísca ou chama;
❑ Evitar, nas proximidades, a execução de operação com risco de centelhamento, inclusive por impacto entre peças;
❑ Utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão;
❑ Instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases, vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente;
❑ Colocar nos locais de acesso placas com a inscrição "Risco de Incêndio" ou "Risco de Explosão";
❑ Xxxxxx cola e solventes em recipientes fechados e seguros;
❑ Quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de fôrmas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas.
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança
Na construção civil há muita utilização de substâncias inflamáveis tais como tintas, solventes, impermeabilizantes, madeiras, além da utilização de equipamentos que produzem centelhas como solda, discos de corte,etc. Assim, o ambiente da construção civil fica caracterizado como de grande risco de incêndio, caso não se tomem os devidos cuidados na manipulação de materiais e execução de serviços, seguindo orientações das NRs e das ITs relacionadas a estes eventos.
Assim, complementa-se, a seguir, algumas recomendações para prevenção de incêndio no ramo da construção
civil:
❑ Promover a sinalização do local de trabalho com placas e avisos, com orientação de condutas preventivas como não fumar em locais perigosos e procedimentos de emergência como saída e escada de emergência;
❑ Manter sempre, que possível, a substância inflamável longe de fonte de calor e de comburente, como no caso de operações de solda e oxi-corte. A operação de solda e a fábrica estarão muito mais seguras se os tubos de acetileno estiverem separados ou isolados dos tubos de oxigênio.
❑ Armazenagem em locais separados contribuí muito para aumentar a segurança;
❑ Manter sempre, no local de trabalho, a mínima quantidade de inflamável para uso, como no caso, por exemplo, de operações de pintura, nas quais o solvente armazenado deve ser apenas o suficiente para um dia de trabalho;
❑ Possuir um depósito com boas condições de ventilação para armazenagem de inflamável e o mais longe possível da área de trabalho, de operações;
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança
❑ Proibição de fumar nas áreas onde existam combustíveis ou inflamáveis estocados. Não se deve esquecer que todo fumante é um incendiário em potencial. (Ele conduz um dos elementos essenciais do fogo: o calor.) Uma ponta de cigarro acesa poderá causar incêndio de graves proporções;
❑ Tomar cuidado com cera, utilizada nos pisos quando dissolvida. Não deixar estopas ou flanelas embebidas em óleos ou graxas em locais inadequados;
❑ Proibir a queima de lixo e outros materiais no canteiro de obras;
❑ Treinar-se situações de fuga no caso de sinistro;
❑ Treinar-se pessoal capacitado a lidar com as situações de incêndio tanto na manipulação de equipamentos de combate ao fogo como na orientação da evacuação dos operários.
❑ Instalar-se sistema de alarme sendo, ao menos um, de funcionamento manual;
❑ Planejar, no local de trabalho, rotas de evacuação, escadas, rampas e elevadores de emergência;
❑ Evitar pânico do pessoal, em caso de sinistro, para garantir-se operação de evacuação sem falhas e acidentes.
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança - Imagens
❑ Exemplo de placas com a inscrição proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material que possa produzir faísca ou chama.
Proibido Fumar Proibido Produzir Chamas
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança - Imagens
❑ Exemplo de placas com a inscrição "Risco de Incêndio" ou "Risco de Explosão”.
Risco de Incêndio Risco de Explosão
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança - Imagens
Saída de Emergência Saída de emergência
Escada de emergência Escada de emergência
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança - Imagens
Coleção de equipamentos De combate à incêndio
Comando manual de alarme ou bomba de incêndio
Extintor de incêndio Alarme sonoro
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança - Imagens
Mangotinho Hidrante de incêndio
Abrigo de mangueira e hidrante Telefone de emergência
2.4 - 18.26.4 – Medidas de Segurança - Imagens
Extintor de incêndio Inspeção de equipamento
Saída e corredor
2.5 - 18.26.5 – Equipes Treinadas
Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.
Um treinamento constante deverá ser dado a todos os elementos da empresa ensinando-os a:
❑ saber localizar, de imediato, o equipamento de combate ao fogo;
❑ se utilizar de um extintor;
❑ engatar mangueiras;
❑ fechar uma rede de sprinklers (chuveiros automáticos contra fogo)
❑ Este treinamento poderá ser feito na própria área, quando possível e, para efeito de economia, pode-se utilizar os próprios extintores com carga vencida. Uma vez que o pessoal esteja plenamente adestrado, será conveniente, vez por outra, fazer exercícios mais reais, isto é, provocando-se e extinguindo-se focos de incêndio, a fim de que, no caso de um sinistro a saiba agir automaticamente.
❑ Após esta etapa, alguns alarmes falsos completam o treinamento.
❑ É também, interessante transmitir aos funcionários alguns conhecimentos de primeiros socorros.
❑ Deve-se sempre recordar que os primeiros cinco minutos, no combate ao incêndio, são os mais importantes e deles pode depender todo o êxito ou fracasso da missão.
2.5 - 18.26.5 – Equipes Treinadas
A IT17 Aborda o tema “Brigada de incêndio”, que consiste em uma modalidade com treinamento mais profundo para o combate a incêndio. Deve ser organizada de acordo com o organograma:
Brigada de incêndio – Organograma:
❑ O organograma da brigada de incêndio da empresa varia de acordo com o número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o número de empregados em cada pavimento/compartimento.
❑ As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com apenas um pavimento/compartimento, devem ter um líder que deve coordenar a brigada (ver exemplo 1).
❑ As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação, com mais de um pavimento/compartimento, devem ter um líder para cada pavimento/compartimento, que é coordenado pelo chefe da brigada dessa edificação (ver exemplo 2).
❑ As empresas que possuem em sua planta mais de uma edificação, com mais de um pavimento/compartimento, devem ter um líder por pavimento/compartimento e um chefe da brigada para cada edificação, que devem ser coordenados pelo coordenador geral da brigada.
2.5 - 18.26.5 – Equipes Treinadas
Brigada de incêndio – Atribuições:
❑ Ações de prevenção: avaliação dos riscos existentes, inspeção de rotas de fuga, exercícios simulados, elaboração de relatório das irregularidades encontradas, encaminhamento do relatório aos setores competentes.
❑ Ações de emergência: identificação da situação, alarme/abandono de área, corte de energia, primeiros socorros, combate ao
princípio de incêndio, recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros, dentre outras.
❑ Procedimentos básicos de emergência: alerta, análise de situação, primeiros socorros, corte de energia, abandono de área, confinamento do sinistro, isolamento da área, extinção e investigação.
3.Imagens da IT 02 – Programas de Prevenção, Incêndios Históricos.
Edifício Joelma - 1974
Engarrafadora de GLP - 1991
Edifício CESP - 1987
Engarrafadora de GLP - 1991
3.Imagens da IT 02 – Programas de Prevenção, Incêndios Históricos.
Incêndio no Edifício Grande Avenida 1987
Pessoas presas no edifício