RELATÓRIO FINAL DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
RELATÓRIO FINAL DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Cliente | Potencial Biodiesel Ltda. | Contrato Nº | C3827/2023 |
Data | 06/10/2023 | Versão | 03 |
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1. Índice
3.1 Objetivos da Auditoria de Campo 4
3.2 Agenda da visita ao local 5
3.3 Relação de documentos e Registros a verificar 6
3.6 Elaboração e envio do Protocolo de Verificação 16
4. Sumário Técnico-Operacional 16
5. Conclusão e Declaração de Verificação 18
6. Conceitos-Chave Da Verificação 18
6.1 Intervalo de Confiança e margem de erro 18
6.2 Aleatoriedade e independência das amostras e dos erros 18
10. Avaliação da Conformidade com os Requisitos de Elegibilidade do Programa 23
11. Avaliação Dos Sistemas de Obtenção De Dados 23
12. Avaliação de Dados da Fase Industrial – Produção do Biodiesel 24
13. Protocolo de Verificação 26
16. Equipe da Produtora de Biocombustível 31
18. Rota de Produção do Biocombustível: Biodiesel 35
2. Entidades e Equipes
Firma Inspetora | |
Green Domus Desenvolvimento Sustentável Ltda | CNPJ: 07.658.544/0001-94 |
Endereço: Av. Sagitário,138 – Alpha Offices,bl.1,cj401-Alphaville-Barueri/SP – CEP: 06473-073 | |
x00(00) 0000 0000 |
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Equipe de Auditoria
Xxxxxxxx Xxxxxxx | Auditor Líder | |
Xxxxxxxx Xxxxx | Xxxxxxx independente | |
Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxx xx Xxxxx | Analista de Geoprocessamento/ Auditor | <.. image(Fundo preto com letras brancas Descrição gerada automaticamente) removed ..> |
Xxxxxx Xxxxxxx | Ponto Focal Responsável Técnico Representante legal |
Emissor Primário
Potencial Biodiesel Ltda. | CNPJ: 12.613.484/0001-23 |
Endereço: Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxxxxxx , 0.000, Xxxxxx Xxxxxxxxxx, Xxxxxxx-Xxxx / Xxxx, XX
+55 (41) 3163- 3000 |
3. Plano de Auditoria
3.1 Objetivos da Auditoria de Campo
A auditoria fornece uma avaliação completa e independente da conformidade da mensuração de aspectos relativos à produção ou importação de biocombustíveis em função da eficiência energética e das emissões de gases de efeito estufa no, com base em avaliação do ciclo de vida.
As atividades de campo visam complementar as análises feitas em gabinete, desde a observação do funcionamento do sistema de gestão, checagem de registros que não puderem ser verificados remotamente e observação da existência e adequação das características relatadas na RenovaCalc “fase industrial”, in-situ, A visita é parte do processo e não tem por objetivo exaurir todas as análises, que em sua maior parte ocorrem por interações remotas e ficam registradas no protocolo de auditoria.
As principais etapas da auditoria de campo incluem:
• Visita às operações industriais;
• Entrevista com os responsáveis pelo sistema de gestão e preenchimento das informações utilizadas na RenovaCalc e suas correspondentes.
• Recolha de evidências do sistema de gestão de qualidade.
Não faz parte da visita de campo:
• Verificação do atendimento aos “Critérios de Elegibilidade” do programa;
• Verificação do cálculo da fração de volume de biocombustível elegível;
• Verificação das informações referentes à fase agrícola;
Horário | Participantes | Assuntos / Atividade |
Auditor(es), Ponto focal e pessoas do sítio conforme necessidade | Reunião de Abertura | |
Auditor(es), Ponto focal e pessoas do sítio conforme necessidade | Verificação da forma de coleta e gestão dos dados utilizados no preenchimento da RenovaCalc | |
Conforme necessidade | ||
Auditor(es), Ponto focal e pessoas do sítio conforme necessidade | Verificação da documentação disponibilizada conforme relação previamente enviada e esclarecimentos sobre coleta dos dados. | |
Auditor(es), Ponto focal e pessoas do sítio conforme necessidade | Reunião de Encerramento |
Questões que serão abordadas durante a visita de campo:
• Reconhecimento das instalações e operações industriais;
• Composição do quadro organizacional para disponibilização, coleta e compilação dos dados. Nome e qualificação dos responsáveis;
• Como os dados são elaborados, coletados e enviados;
• Como é feita a gestão e transferência dos dados (Sistemas);
• Evidências documentais (amostragem).
3.3 Relação de documentos e Registros a verificar
FASE AGRÍCOLA | |||
1. | Informações Gerais | O que informar | Como comprovar |
1.1 | Área total | Área plantada de cada produtor. | Registros internos |
1.2 | Produção Total | Produção de cada produtor | Registros internos |
1.3 | Quantidade adquirida | Quantidade adquirida de cada fornecedor | Registros internos com a relação dos fornecedores e quantidade fornecida. |
Será selecionada uma amostra de fornecedores. Enviar as NFs de compra de soja de cada um dos fornecedores selecionados. | |||
1.4 | Umidade | Teor de umidade da soja adquirida e própria | Comprovar o valor com análises laboratoriais ou utilizar valor típico |
2. | Corretivos e Fertilizantes | ||
2.1 | Corretivos | Quantidade aplicada | Registros internos com a quantidade aplicada em cada área |
2.2 | Fertilizantes | Quantidade aplicada e composição (N-P-K) de cada fertilizante. | Registros internos com a quantidade aplicada em cada área. Composição (N-P- K) de cada fertilizante |
Preencher planilha de informações da GD | |||
2.3 | Corretivos + Fertilizantes | Quantidade adquirida | Enviar relação com as NFs de compra (Corretivos e Fertilizantes, todos juntos). Será selecionada uma amostra de NFs a serem enviadas. |
3. | Sementes | Quantidade de sementes utilizada | Registros internos |
4. | Combustíveis | Quantidade de cada tipo de combustível utilizado | Registros internos |
Quantidade adquirida de cada tipo de combustível | Enviar relação com as NFs de compra (todos os combustíveis juntos). Será |
selecionada uma amostra de NFs a serem enviadas. | |||
5. | Energia Elétrica | Energia elétrica consumida nas áreas produtivas | Contas de consumo da concessionária nas áreas selecionadas para amostra |
FASE INDUSTRIAL - EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE SOJA | |||
1. | Processamento efetivo de soja | ||
1.1 | Quantidade de soja processada | Quantidade de soja processada | Será utilizada a mesma amostragem da Soja Adquirida (item 1.3) |
1.2 | Distância de transporte. | Distância de transporte do armazenamento até a planta | Se a planta for verticalizada, não preencher. |
1.3 | Rendimento do Óleo | Quantidade de Óleo de Soja produzida | Registros internos |
1.4 | Rendimento do Farelo | Quantidade de Farelo de Soja produzida | Registros internos |
2. | Energia Elétrica |
2.1 | Rede de distribuição | Quantidade de Energia Elétrica consumida da rede de distribuição | Contas de consumo da concessionária |
2.2 | Outras fontes de energia elétrica | Quantidade de Energia Elétrica consumida de outras fontes | Contrato de fornecimento e contas de consumo |
3. | Combustíveis | ||
3.1 | Tipo de Diesel | Quantidade de cada tipo de Diesel consumido | Registros internos. Enviar relação de NFs de compra de todos os combustíveis consumidos juntas. Será extraída uma amostra de NFs que deverão ser enviadas para conferência. |
3.2 | Biodiesel B100 | Quantidade de Biodiesel B100 consumida | Registros internos |
4. | Biocombustíveis | ||
4.1 | Biocombustível | Quantidade de cada Biocombustível consumida | Relação de fornecedores contendo localização, quantidade, umidade e distância. Será selecionada amostra de fornecedores cujas NFs deverão ser |
disponibilizadas. Comprovar o teor de umidade | |||
4.2 | Teor de umidade | Teor de umidade do biocombustível | Comprovar o valor com análises laboratoriais ou utilizar valor típico |
FASE INDUSTRIAL - PRODUÇÃO DO BIODIESEL | |||
1. | Matérias Primas | ||
1.1 | Óleo de Soja próprio | ||
1.1. 1 | Quantidade processada | Quantidade efetivamente utilizada na produção de Biodiesel no ano | Registros internos contemplando estoque inicial, consumo e estoque final. |
1.1. 2 | Distância | Distância de transporte da unidade de processamento até a planta | Se a planta for verticalizada, não preencher. |
1.2 | Gordura Animal | ||
1.2. 1 | Quantidade processada | Quantidade efetivamente utilizada na produção de Biodiesel no ano | Registros internos contemplando estoque inicial, consumo e estoque final. |
1.2. 2 | Quantidade adquirida | Quantidade de cada matéria prima adquirida de cada um dos fornecedores | Relação de fornecedores contendo localização, quantidade e distância. Será selecionada amostra de fornecedores cujas NFs deverão ser disponibilizadas. |
1.2. 3 | Distância de transporte | Distância média, ponderada pela carga, de transporte da matéria prima até a planta | Relação de fornecedores contendo localização, quantidade e distância. Cálculo da média ponderada. |
2. | Produtos e Subprodutos | ||
2.1 | Produção de Biodiesel | Quantidade de Biodiesel produzido no ano | Registros internos |
2.2 | Produção de Glicerina purificada | Quantidade de Glicerina purificada produzida no ano | Registros internos |
3. | Insumos | ||
3.1 | Metanol | Quantidade de Metanol adquirida | Registros internos e NFs de compra |
Quantidade de Metanol consumida | Registros internos contemplando estoque inicial, consumo e estoque final. |
3.2 | Metilato de Sódio | Quantidade de Metilato de Sódio adquirida | Registros internos e NFs de compra |
Quantidade de Metilato de Sódio consumida | Registros internos contemplando estoque inicial, consumo e estoque final. | ||
3.3 | Hidróxido de Sódio (soda cáustica) | Quantidade de Hidróxido de Sódio adquirida | Registros internos e NFs de compra |
Quantidade de Hidróxido de Sódio consumida | Registros internos contemplando estoque inicial, consumo e estoque final. | ||
4. | Combustíveis e Eletricidade | ||
4.1 | Energia Elétrica | ||
4.1. 1 | Rede de distribuição | Quantidade de Energia Elétrica consumida da rede de distribuição | Contas de consumo da concessionária |
4.1. 2 | Outras fontes de energia elétrica | Quantidade de Energia Elétrica consumida de outras fontes | Contrato de fornecimento e contas de consumo |
4.2 | Combustíveis |
4.2. 1 | Tipo de Diesel | Quantidade de cada tipo de Diesel consumido | Registros internos. Enviar relação de NFs de compra de todos os combustíveis consumidos juntas. Será extraída uma amostra de NFs que deverão ser enviadas para conferência. |
4.2. 2 | Biodiesel B100 | Quantidade de Biodiesel B100 consumida | Registros internos |
4.3 | Biocombustíveis | ||
4.3. 1 | Biocombustível | Quantidade de cada Biocombustível consumida | Relação de fornecedores contendo localização, quantidade, umidade e distância. Será selecionada amostra de fornecedores cujas NFs deverão ser disponibilizadas. Comprovar o teor de umidade |
4.3. 2 | Teor de umidade | Teor de umidade do biocombustível | Comprovar o valor com análises laboratoriais ou utilizar valor típico |
5. | Balanço de Massa | Apresentar balanço de massa da produção anual contendo densidade dos produtos e insumos, bem | Quantidades de matérias-primas, insumos, produtos e subprodutos e efluentes. |
Comprovar as densidades com os FISPQs |
como os consumos específicos das Matéria Primas. | Evidenciar os consumos específicos das matérias-primas | ||
6. | Ferramentas de Gestão | Detalhamento sobre as ferramentas de Gestão utilizadas; | Nome (SAP, PIMS, etc) |
Como funcionam; | |||
Responsáveis pelo carregamento de dados (por setor); | |||
Quais os profissionais autorizados a alterar dados dos sistemas. | |||
Esclarecer se as notas fiscais ficam carregadas no sistema; | |||
Se há comunicação entre os sistemas da empresa e; | |||
Fabricante de cada software utilizado, versão e data de implantação. | |||
8. | Análises Laboratoriais | Teor de umidade da Soja | Comprovar o valor com análises laboratoriais |
Teor de umidade Biocombustíveis utilizados | Comprovar o valor com análises laboratoriais | ||
FASE DE DISTRIBUIÇÃO | |||
1. | Modal Rodoviário | Percentual de Biodiesel distribuído por modal rodoviário | Registros internos ou NFs que comprovem o percentual do modal informado |
2. | Modal Fluvial | Percentual de Biodiesel distribuído por modal fluvial | Registros internos ou NFs que comprovem o percentual do modal informado |
3. | Modal Ferroviário | Percentual de Biodiesel distribuído por modal ferroviário | Registros internos ou NFs que comprovem o percentual do modal informado |
As pessoas constantes da relação abaixo devem estar disponíveis para entrevista durante a visita de auditoria:
Descrição | Responsabilidade |
Ponto Focal | Pessoa responsável pela gestão da certificação RenovaBio no Emissor Primário (Usina). |
Responsável pelo recebimento centralizado dos dados e disponibilização para preenchimento da RenovaCalc. | Xxxxxx responsável pelo recebimento dos dados e disponibilização para preenchimento da RenovaCalc. |
Responsável pelo preenchimento da RenovaCalc | Xxxxxx responsável pela inserção dos dados nas planilhas da RenovaBio. |
Responsável pelo setor de armazenamento dos diversos dados utilizados. | Pessoa responsável pela operação do sistema de gestão (Controller, ERP, suprimentos ou contabilidade) |
Responsável pelas medições de consumo. | Pessoa responsável por utilidades. |
3.6 Elaboração e envio do Protocolo de Verificação
Finda a visita de campo, em até 3 dias úteis, todas as interações que tiverem gerado necessidade de esclarecimento ou correções, serão enviadas no Protocolo de Auditoria para que o emissor primário tome as providências.
O emissor primário deve responder aos questionamentos do protocolo com eventuais ajustes e esclarecimentos, no próprio protocolo, de forma a permitir o rastreio das interações entre firma inspetora e emissor primário.
4. Sumário Técnico-Operacional
Rota de Produção do Biocombustível |
Biodiesel |
Fronteiras de Análise
Ano Civil Auditado | 2022 |
O processo de renovação se deu a partir dos dados de média móvel dos três anos anteriores (2020, 2021 e 2022).
Arcabouço Normativo (Critérios de Validação) | Resolução nº 758 de 27 de novembro de 2018; • Informe Técnico ANP nº 02/2018/SBQ; • Instruções integrantes da RenovaCalc. |
Consulta Pública
Período de Consulta Pública | 05/09/2023 – 05/10/2023 |
Número de Manifestações | Não houve manifestação |
Documentos Submetidos | • RenovaCalc V.8.1 • Relatório Parcial sobre o Processo de Certificação • Proposta de Certificado |
Apreciação | Os comentários analisados são detalhados após Consulta Pública. Resultado da Consulta Pública pode ser acessado em: |
Resumo da Proposta de Certificado | |
Nota de Eficiência Energético-Ambiental | 80,51 gCO2e/MJ |
Fração do volume de Biocombustível Elegível | 30,18 % |
Referências Documentais Externas
Documentos Analisados | Constam na “Relação de Evidências e Memória de Cálculos” |
5. Conclusão e Declaração de Verificação
Na qualidade de verificador líder, atesto que a equipe de verificação executou os serviços de verificação conforme exigido pelo Arcabouço Normativo e Regulatório do Programa RenovaBio e declaro que esse trabalho resultou em asseguração razoável por não haverem sido detectadas distorções relevantes ou incorrigíveis que pudessem representar risco às informações apresentadas.
6. Conceitos-Chave Da Verificação
6.1 Intervalo de Confiança e margem de erro
O intervalo de confiança é o grau de confiabilidade que uma amostra como representação de uma população. A margem de erro é a variação máxima aceita do parâmetro amostral como representativo da população.
Assim, a RenovaBio, ao requerer um intervalo de confiança de 95%, determina que 95% das amostras sejam representativas do parâmetro populacional em estudo, tal que nessas amostras o parâmetro observado não seja mais do que 10% diferente do parâmetro populacional.
6.2 Aleatoriedade e independência das amostras e dos erros
Há um cuidado rigoroso com os dados amostrais uma vez que são utilizados para projetar parâmetros populacionais. Para tanto, a aleatoriedade, independência das amostras e não-correlação entre erros, situações em que pode haver viés amostral, são cuidadosamente analisados. A arquitetura específica
de amostragem utilizada para a auditoria está detalhada no Plano de Amostragem e foi elaborada de forma a garantir todas as características necessárias à uma amostragem efetivamente aleatória.
Sempre que houver divergência de registros durante a auditoria dos dados amostrados será tomada a medida mais conservadora, ou seja, os dados divergentes serão substituídos pelo dado mais conservador disponível na amostra de forma que a correção gere um viés conservador e não o contrário.
7. Objetivo da Validação
O objetivo da validação da Nota de Eficiência Energético-Ambiental (NEEA) por terceira-parte independente é assegurar em nível-razoável que os valores propostos pelo emissor primário na RenovaCalc e comprovados por documentação acessória representam informações materialmente corretas e de acordo com as regras de contabilização e elaboração estabelecidas pela regulamentação do programa.
8. Princípios De Validação
A equipe de validação seguiu os princípios de auditoria da ISO 14065:
• Independência
Permanecer independente da atividade a ser validada e livre de qualquer viés ou conflito de interesse. Manter a objetividade ao longo da validação, para assegurar que os resultados e as conclusões sejam baseados em indícios objetivos obtidos durante a validação.
• Conduta ética
Demonstrar conduta ética através de confiança, integridade, xxxxxx e discrição ao longo do processo de validação.
• Apresentação justa
Refletir com veracidade e exatidão as atividades, os resultados, as conclusões e os relatórios de verificação.
Informar os obstáculos significativos encontrados durante o processo de verificação, bem como as opiniões divergentes não conciliadas entre validadores e produtor de biocombustíveis.
• Cuidado profissional
Exercer diligência e discernimento profissionais, de acordo com a importância da tarefa realizada e a confiança depositada por stakeholders.
9. Atividades de Auditoria
A Auditoria se dividiu nas seguintes fases:
a) Elaboração do Plano de Amostragem;
b) Análise da RenovaCalc devidamente preenchida pelo Produtor de Biocombustível;
c) Análise dos documentos que instruíram o preenchimento da RenovaCalc;
d) Visita ao sítio da Unidade de produção do Biocombustível para reconhecer o processo produtivo, entrevistar os atores envolvidos e examinar documentação suplementar necessária à comprovação dos valores inseridos.
e) Resolução das questões pendentes e emissão de relatório preliminar de validação;
f) Realização de Consulta Pública;
g) Emissão de relatório resumo da consulta pública;
h) Relatório Final de validação e;
i) Emissão do Certificado de Produção Eficiente de Biocombustíveis
Essa equipe de auditoria analisou a consistência de dados de preenchimento da RenovaCalc, revisou a documentação e registros que geraram os quantitativos inseridos na mesma, visitou a planta industrial, e entrevistou pessoas chaves no processo de gestão de informações e processos industriais.
Participaram do processo de verificação os seguintes profissionais:
Xxxx Xxxxxxx
Engenheiro civil – Escola de Engenharia Mauá, com mais de quatro décadas de experiência Profissional. Sócio-diretor técnico da Green Domus desde 2007. Responsável pelo desenvolvimento de metodologias, produtos e serviços, e procedimentos de gestão de qualidade de projetos. Membro do Conselho Técnico de Assessoramento do INMETRO para o Programa Brasileiro GHG Protocol.
Xxxxxx Xxxxxxx
Mestre em Sustentabilidade com especialização em Políticas Ambientais e Desenvolvimento Internacional pela Harvard University. Bacharel em Ciências Economicas pela Universidade de São Paulo (USP). Sócio fundador da Green Domus (2005). Responsável pelas áreas de Negócios, Novos Negócios, e Relações Institucionais. Membro do Conselho da One Young World e Presidente da ABRAVERI.
Xxxxxxxx Xxxxxxx
Engenheira ambiental – Faculdade Xxxxxxx Xxxx e pós-graduanda em Gestão Estratégica da Sustentabilidade - Fundação Instituto de Administração da USP (FIA). Experiência em auditoria de certificação de biocombustíveis e Verificação de Inventários de Gases de Efeito Estufa. Consultoria e desenvolvimento de projetos de Análise de Ciclo de Vida e apoio à empresas respondentes do CDP (Disclosure Insight Action) para os questionários de Mudanças Climáticas, Florestas e Segurança Hídrica.
Victoria Risso
Bacharel em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP), e Pós-graduanda em Economia e Gestão da Sustentabilidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Auditora-líder certificada para NBR ISO 19.011, Renovabio e Internacional Sustainability and Carbon Certification (ISCC). Experiência em gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde e comunicação ambiental institucional, elaboração e verificação de inventários de emissões de gases de efeito estufa e auditora em certificações de biocombustíveis.
Xxxxxxx Xxxxxxx
Doutorando em Meio Ambiente pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MBE Coppe/UFRJ e Engenheiro Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Especialista em geoprocessamento e gestão de banco de dados. 16 anos de experiência em consultorias ambientais relacionadas às vulnerabilidades sociais e ambientais, impactos das mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos, gestão e política ambiental. Atuação em projetos com equipes multidisciplinares, desenvolvimento de metodologias e ferramentas. Participação em projetos de certificação e auditoria ambiental.
Relatório Do Processo De Certificação De Biocombustíveis | Rev #: 013 | Firma Inspetora Credenciada pela ANP 001 | |
GPV 009.2.a (DM) | Vigente desde: MAIO 2022 |
De acordo com o programa, Óleo de Fritura Usado e Gordura Animal são 100% elegíveis.
11. Avaliação Dos Sistemas de Obtenção De Dados
Questão | Resposta |
Quem foi o responsável pela inserção dos dados na RenovaCalc | Edinéia Xxxxx Xxxxxx |
Como é feita a coleta de dados e organização de documentos | Sistema ERP SAP |
Ferramenta de Gestão integrada (nome do sistema, fabricante e versão) | Sistema ERP SAP |
Funcionamento (utilização) | Sistema ERP SAP |
Quem é responsável pela inserção e alteração dos dados nos Sistemas de Gestão? | Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxx |
Notas fiscais ficam carregadas no sistema? Se sim, em qual? Se não, explicar como é feito o controle. | Sistema ERP SAP |
12. Avaliação de Dados da Fase Industrial – Produção do Biodiesel
DADOS INDUSTRIAIS Fase de extração de óleo e produção de Biodiesel | Narrativa | As informações fornecidas foram validadas pela firma inspetora e consideradas conformes? |
Como é feito o controle do processamento da biomassa? | Através de equipamentos de radares e medidores de fluxo no processo | Sim Não |
Explicar origem de informações de produção inseridas na Renovacalc. | Sistema ERP SAP | Sim Não |
Como é feito o controle da produção de óleo? | Através de equipamentos de radares e medidores de fluxo no processo | Sim Não |
Como é feito o controle da produção de farelo? | Não aplicável. | Sim Não |
As matéria-primas, óleos e insumo, tem o seu consumo para produção de biodiesel controlado? Caso sim, explicar como é feito. Caso não, explicar como foram considerados para reportar na Renovacalc. | Sim, através de equipamentos de radares e medidores de fluxo no processo | Sim Não |
Como é feito o controle da produção de biodiesel e glicerina? | Através de equipamentos de radares e medidores de fluxo no processo | Sim Não |
Há produção de glicerina purificada? Como é o processo? | Sim. Através de destilação. | Sim Não |
Como é feito o controle de consumo de biocombustíveis. Se não houver controle, explicar como foram considerados para reportar na Renovacalc. | Único Biocombustível consumido é o existente no Óleo Diesel, o controle acontece através de equipamentos de radares e medidores de fluxo no processo | Sim Não |
Como é feito o controle da umidade de biocombustíveis. Se não houver controle, explicar como foram considerados para reportar na Renovacalc. | Umidade Padrão conforme Informe Técnico nº2 | Sim Não |
Explicar origem das informações para cálculo da distância dos fornecedores de biocombustíveis. | Através do cadastro de fornecedores no sistema SAP e verificação de distancias através do google maps | Sim Não |
Como é feito o controle de consumo de combustíveis. Se não houver controle, explicar como foram considerados para reportar na Renovacalc. | Único combustível consumido é o Óleo Diesel, o controle acontece através de equipamentos de radares e medidores de fluxo no processo | Sim Não |
Como é feito o controle de consumo da energia elétrica. | Sistema ERP SAP | Sim Não |
DISTRIBUIÇÃO | Narrativa | As informações fornecidas foram validadas pela firma inspetora e consideradas conformes? |
Qual modal foi considerado? | Rodoviário- | Sim Não |
Como é feito o controle de distribuição dos diversos modais. | N/A- | Sim Não |
Foram analisados os documentos pertinentes e considerados conformes. (Ajustados conforme protocolo)
13. Protocolo de Verificação
Correções
e Esclarecimentos
ESC 01
(26/06/2023)
Com base nas observações efetuadas na análise dos documentos apresentados e nas visitas aos locais, foi preparado o Protocolo de Verificação que inclui as Ações Corretivas – COR e Esclarecimentos – ESC necessários que são enviados à Organização Produtora de Biocombustível para procedimentos cabíveis.
Ações Corretivas Solicitadas e /ou Esclarecimentos | Resumo da Resposta da Organização | Conclusão |
Na RenovaCalc o valor para cavaco de madeira é referente ao consumo do mesmo: | ||
Fase Industrial – Biocombustíveis | ||
A soma dos valores encontrados nas evidências (memorial de cálculo média cavaco 2020, 2021 e 2022) foi de 251.820 t / ano. 67.352 t/ano (2020), 112.166 t/ano (2021) e 72.302 t/ano (2022) | 2020: 67.000,545 t/ano 2021: 110.483,230 t/ano 2022: 72.772,378 t/ano | OK |
Diferente do valor reportado na RenovaCalc. 250.256,00 t / ano. | 2020 + 2021 +2022: 67.000,545 + 110.483,230 + 72.772,378 = 250.256,153 t/ano. | |
No memorial de cálculo, o valor da quantidade está diferente porque refere-se a quantidade da compra de cavaco. |
É utilizado a quantidade de compra para fins de cálculo da distância média ponderada de transporte do cavaco até a usina. Na RenovaCalc, o valor correto para a distância média ponderada de transporte do cavaco do fornecedor até usina é 107,63 km | |||
ESC 02 (26/06/2023) | Fase Industrial – Combustíveis Não foram encontradas as evidências para o consumo de diesel B10, B11, B12 e Bx. Por favor, identificar os nomes dos arquivos enviados como envidências. | Evidências em anexo. | OK |
ESC 03 (06/07/2023) | Favor encaminhar as Notas Fiscais do Diesel e das matérias-primas utilizadas para produção do biodiesel. | Enviado | OK |
ESC 04 (18/07/2023) | Print de tela da quantidade do óleo de soja terceiros/fritura usada e gordura animal | Em anexo. Quantidade de Óleo de Soja de Terceiros = 259.838 toneladas Quantidade de Óleo de Fritura Usado = 4.226 toneladas Quantidade de Gordura Animal = 89.680 toneladas. | OK |
ESC 05 (18/07/2023) | Corrigir os valores da fritura usada e gordura animal conforme visto em auditoria | Em anexo. | OK |
Quantidade de Óleo de Soja de Terceiros = 259.838 toneladas. Quantidade de Óleo de Fritura Usado = 4.226 toneladas. Quantidade de Gordura Animal = 89.680 toneladas. | |||
ESC 06 (18/07/2023) | Enviar print da tela da quantidade da fritura usada para as distâncias | Em anexo. 4.329,140 toneladas. | OK |
ESC 07 (18/07/2023) | Enviar print de tela do biodiesel/glicerina bruta e puritifcada | Em anexo. Quantidade de Biodiesel Produzido = 399.522 toneladas. Quantidade de Glicerina bruta produzida = 44.687 toneladas. Quantidade de Glicerina purificada produzida = 43.475 toneladas | OK |
ESC 08 (18/07/2023) | Enviar print de tela metanol/ metilato e hidróxido | Em anexo. Quantidade de Metanol consumida = 35.304 toneladas. Quantidade de Metilato de Sódio consumida = 3.196 toneladas. | OK |
Quantidade de Hidróxido de Sódio consumida = 832 toneladas. | |||
ESC 09 (18/07/2023) | Enviar printi de tela da quantidade de cavaco de madeira consumida e da quantidade utilizada para o cálculo das distâncias | Em anexo. Quantidade de cavaco de madeira consumida = 72.772 toneladas Quantidade de cavaco de madeira comprada = 72.982 toneladas | OK |
ESC 10 (18/07/2023) | Informar os rendimentos das reações na acessória para cálculo da fração elegível | Planilha em anexo. Óleo de Fritura Usado = 100,00% Gordura animal = 100,00% | OK |
ESC 11 (26/07/2023) | Encaminhar nf 000572213 referente ao diesel | Encaminhado | OK |
ESC 12 (26/07/2023) | A nf 000000277 encaminhado é referente ao cavaco de pinus, porém na relação das amostras essa nota se refere ao OLEO DE VISCERAS DE FRANGO. Encaminhar nf correta ou justificar | Em anexo NF 000000277 de 19/01/23 do Fornecedor Farimax referente ao produto óleo de visceras. | OK |
ESC 13 (26/07/2023) | A quantidade de óleo de soja da nf 000042438 é de 50 kg, porém na relação das nfs encaminhada o valor é de 20 kg. Justificar diferença | Na relação de notas encaminhada há dois lançamentos referente a NF 000042438: um está localizado na linha 5084 com o volume de 20 KG e o outro está localizado na linna 5085 com o volume de 30 KG, totalizando 50 KG. | OK |
COR.01 (26/07/2023) | Corrigir os seguintes valores em RenovaCalc: -Óleo de fritura usado -Gordura Animal -Glicerina Purificada e Bruta -Cavaco de Madeira | Corrigido | OK |
16. Equipe da Produtora de Biocombustível
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BALANÇO DE MASSA – 2022
PRÉ-TRATAMENTO
Matéria-prima animal (MPA)
SAÍDAS t 397.051 t
ENTRADAS 397.717 t
17. Balanço de Massa
MATÉRIAS-PRIMAS | Unidade | Quantidade |
Xxxx Xxxxxxxx | t | 259.838,43 |
Sebo bruto | t | 30.788,71 |
Sebo bruto sustentável | t | 210,73 |
Gordura suína | t | 20.150,95 |
Óleo de víceras | t | 36.610,05 |
Óleo Fritura Usado 1 - MPA | t | 4.218,49 |
Óleo Fritura Usado 2 - MPV | t | |
Óleo Algodão | t | |
Gordura mista MPA | t | 1.927,23 |
Óleo Refinado | t | |
Óleo de Milho - MPV | t | |
Óleo de Milho - MPA | t | |
TOTAL | t | 353.744,59 |
PRODUTOS/SUBPRODUTOS | Unidade | Quantidade |
Óleo Neutralizado | t | 252.605,40 |
Sebo Desacidificado | t | 88.412,59 |
Borra | t | 21.597,46 |
Ácido Graxo | t | 15.594,70 |
Resíduo de Filtração | t | - |
Óleo Sintético | t | 18.840,46 |
TOTAL | t | 397.051 |
INSUMOS Soda Cáustica | Unidade t | Quantidade 707,56 | RENDIMENTOS DA REAÇÃO Matéria-prima vegetal (MPV) | 97,22% |
Ácido Fosfórico | t | 95,64 | Matéria-prima animal (MPA) | 94,15% |
Auxiliar de Filtração | t | 1,91 | ||
Água t 43.167,00 TOTAL t 43.972 | LEGENDA: Matéria-prima vegetal (MPV) |
SAÍDAS 396.654 t
ENTRADAS 386.253 t
TRANSESTERIFICAÇÃO
MATÉRIAS-PRIMAS | Unidade | Quantidade |
Óleo Neutralizado | t | 252.605,40 |
Sebo Desacidificado | t | 88.412,59 |
Óleo Sintético | t | 18.840,46 |
TOTAL | t | 359.858 |
INSUMOS Unidade Quantidade
PRODUTOS/COPRODUTOS Unidade Quantidade Biodiesel m³ 399.521,67
Biodiesel t 349.221,89
Glicerina Bruta t 44.939,45 Oleina t 1.898,31 Resíduo de Filtração t 594,16 TOTAL m³ 399.522
TOTAL t 396.654
Metanol | t | 35.303,97 | ||||
Metilato de Sódio | t | 3.196,13 | ||||
Ácido Clorídrico | t | 2.105,23 | densidade média anual | kg/m³ | 0,87410 | |
Auxiliar de Filtração | t | 457,05 | ||||
Água t - 14.668,00 TOTAL t 26.394 | ||||||
ENTRADAS
REFINO DE GLICERINA
56.009 t SAÍ
MATÉRIAS-PRIMAS Unidade Quantidade Glicerina bruta produzida
Glicerina bruta comprada
TOTAL
t t
44.686,70
Relatório Do Processo De Certificação De Biocombustíveis | Rev #: 013 | Firma Inspetora Credenciada pela ANP 001 | |
GPV 009.2.a (DM) | Vigente desde: MAIO 2022 |
18. Rota de Produção do Biocombustível: Biodiesel
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Relatório Do Processo De Certificação De Biocombustíveis | Rev #: 014 | Firma Inspetora Credenciada pela ANP 001 | |
GPV 009.2.a (DM) | Vigente desde: MAR 2023 |
19. Histórico de Versões
# Versão | Data | Descrição e motivo da Revisão |
001 | 12/07/2023 | Adoção inicial - Plano de Auditoria |
002 | 25/08/2023 | Adoção inicial – Relatório parcial do processo de recert |
003 | 06/10/2023 | Adoção final – Relatório final do processo de recert |