SIXTY DEGREES
SIXTY DEGREES
Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo S.A.
RELATÓRIO E CONTAS
EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE
2022
Sixty Degrees - S.G.O.I.C., SA.
Sociedade matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único 515 373 508 Sede: Xxxxxxx Xxxx Xxxxxxxxxx, 00 0x xxx. 1050-127 Lisboa, PORTUGAL Capital Social: 1.145.835€
ÍNDICE
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
1. ÓRGÃOS SOCIAIS 6
2. INTRODUÇÃO 8
3. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E DE MERCADO 10
4. ATIVIDADE E DESEMPENHO 19
5. GOVERNAÇÃO E RISCO 21
6. ANEXOS 27
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Órgãos Sociais
1. ÓRGÃOS SOCIAIS
A Administração da Sociedade compete a um Conselho de Administração composto por um mínimo de três e um máximo de sete membros, sendo um Presidente, eleitos pela Assembleia Geral por períodos de três anos.
Introdução
2. INTRODUÇÃO
O ano de 2022 foi marcado pelo desencadear da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Por outro lado, a China continuou a aplicar uma política de Covid Zero decretando quarentenas em cidades inteiras com o objetivo de diminuir a propagação do vírus. Esta política trouxe vários constrangimentos a um mundo muito dependente da capacidade produtiva e económica da China. Estes dois fatores, conjugados com a acumulação de vários anos de política monetária expansionista, trouxeram um surto de inflação persistente nas economias desenvolvidas, levando os respetivos bancos centrais a iniciar um ciclo agressivo de subida nas suas taxas de juro diretoras. Tanto os mercados acionistas como os obrigacionistas foram muito afetados por esta conjuntura. Nas ações, destaque para as fortes quedas nas empresas americanas do setor tecnológico, em claro contraste com as empresas energéticas que obtiveram o melhor retorno do ano.
Na Europa, a evolução dos fluxos financeiros no mercado de Fundos apresentou, no ano de 2022 uma quebra de 12.33%, passando o volume de ativos de 18.594 milhões para 16.301 milhões, com a Holanda e a Dinamarca a apresentarem as maiores quedas nos volumes de ativos, nomeadamente 25.39% e 23.05%. Portugal por seu lado registou no ano de 2022 um fluxo negativo nos volumes sob gestão dos fundos passando de 19.849 milhões para 17.119 milhões no final de 2022. De acordo com os dados publicados pela APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, no final de 2022, os PPR's constituíam a categoria com maior volume sob gestão (3,6 mil milhões de euros), apesar de terem diminuído os seus ativos em cerca de 700 milhões de euros neste ano. Em Portugal, o mercado de gestão de ativos continua muito concentrado, verificando-se que a 4 maiores gestoras de Organismos de Investimento Coletivo em Valores mobiliários detêm cerca de 90,0% de quota de mercado.
Quem Somos:
A Sixty Degrees foi constituída, em maio de 2019, fruto da junção de experiências de um conjunto de gestores de ativos, reconhecidos e premiados, nacional e internacionalmente, ao longo de mais de 30 anos de carreira.
Este grupo de profissionais entendeu canalizar a sua vasta experiência na gestão de ativos neste projeto inovador e diferenciador, para dar resposta à crescente consciência dos investidores e aforradores para o valor das estruturas de gestão independentes dos grupos financeiros. Esta é a grande mais-valia da Sixty Degrees – a gestão de ativos totalmente independente dos grandes grupos financeiros, sem cedência a fatores e pressões exteriores, privilegiando, acima de tudo, os mais elevados interesses dos seus Clientes.
Enquanto sociedade gestora de Organismos de Investimento Coletivo, a Sixty Degrees pretende prestar um serviço de proximidade, alicerçado na construção de uma relação de confiança com os seus Clientes. Nesse sentido, procurará sempre atender às suas necessidades de forma a oferecer a melhor gestão do seu património. regendo-se pelo incentivo de uma cultura conservadora ao nível da construção das carteiras e pelo respetivo controlo de risco, optando por instrumentos financeiros líquidos e cotados, em detrimento de produtos complexos de elevadas comissões, ativos ilíquidos e empresas de dimensão residual.
O alinhamento da Sixty Degrees com os interesses dos seus Clientes é tão importante que são os próprios sócios a avocar a gestão dos fundos, assumindo desde logo uma responsabilidade acrescida.
A gestão dos Fundos é efetuada tendo como prioridade a seleção correta das classes de ativos a investir. Essa seleção tem de ser feita a cada momento, dada a flutuabilidade do mercado. Esta abordagem é justificada por o retorno de uma carteira ser, maioritariamente, explicável pelas decisões de asset allocation e não pela seleção individual dos ativos financeiros, as métricas de risco, que permitem uma construção equilibrada e informada da carteira, sendo mais estáveis considerando classes de ativos e os riscos fora da seleção das classes ficarem largamente mitigados.
A Sixty Degrees acredita que a responsabilidade pelo incremento ou redução da exposição do Cliente a cada classe e tipo de ativos (dinâmica do asset allocation), deve ser da competência e da iniciativa de uma equipa de gestores profissionais, permitindo deste modo uma gestão eficaz e efetiva do património que lhe foi confiado.
Em 1 de outubro de 2019, a Sixty Degrees lançou o seu primeiro OICVM denominado Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível. Em 2021, foram lançados mais dois fundos, o Sixty Degrees Flexible Allocation e o Sixty Degrees Ações Portugal que vieram alargar a oferta da Sociedade. No final de 2022, os ativos totais sob gestão atingiam os 12,4 milhões de euros.
Enquadramento Económico e de Mercado
3. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E DE MERCADO
3.1. Enquadramento
O mundo mudou bastante em 2022. Os acontecimentos deste último ano trouxeram grande incerteza às perspetivas económicas e geopolíticas de médio e longo prazo. Tal conjuntura traduziu-se em acréscimos de volatilidade e desvalorizações nos mercados financeiros, em função dos maiores prémios de risco exigidos pelos investidores, tanto em ações como em obrigações, desde a grande crise global de 2008
A dinâmica de subida de inflação, que já se vinha a manifestar desde o final do ano anterior, levou ao crescimento dos preços na Europa (acima dos 10% yoy) e nos EUA e despoletou um dos mais agressivos ciclos de subidas de taxas de juro, por parte dos Bancos Centrais, com o intuito de a conter. Paralelamente, a maioria dos Bancos Centrais decidiu terminar os respetivos programas de compras de ativos, reduzindo a liquidez nos mercados financeiros e levando a movimentos mais amplos nos preços dos ativos sempre que surge uma surpresa no mercado. A contração da Política Monetária além de ter tido um efeito direto negativo no preço dos ativos de risco, especialmente no segmento obrigacionista, poderá vir a
provocar uma recessão em 2023.
Adicionalmente, assistimos ao deflagrar de um conflito militar às portas da Europa, com a invasão da Ucrânia pela Rússia. A
Europa posicionou-se abertamente em apoio da Ucrânia, lançando sanções económicas sobre a Rússia com impacto direto no volume e preço dos bens energéticos importados da
Rússia. A escassez de bens energéticos e os constrangimentos logísticos associados ao abastecimento através de outros produtores, impactaram fortemente a indústria e o consumidor particular europeus. Por seu lado, o afastamento em relação à Rússia tem levado este país a estreitar relações com a Índia, a China e o Irão, que em bloco poderão vir a desafiar com sucesso o atual equilíbrio económico e geopolítico mundial.
Já na China, Xx Xxxxxxx foi reconduzido como líder para um terceiro mandato, nos próximos 4 anos, propondo uma mudança nas prioridades estratégicas chinesas, em favor da segurança e em detrimento do desenvolvimento económico. A hipótese duma invasão chinesa a Taiwan continua a manter os aliados da ilha Formosa em alerta, especialmente os Estados Unidos que declararam apoio explícito em caso de invasão, e criou uma fonte de incerteza geopolítica sobre a nação responsável por parte significativa da produção mundial de semicondutores. Internamente, na China, a contestação popular subiu de tom com protestos em algumas províncias, motivados pelos efeitos da crise imobiliária que afeta a China desde 2020 e que levou ao congelamento das poupanças de cidadãos expostos a bancos regionais. Esta crise tem feito crescer as dúvidas não só sobre os construtores/promotores, mas também sobre o sistema bancário, muito exposto ao setor. Contrariamente ao resto do mundo, as autoridades chinesas mantiveram, durante quase todo o ano, a política de zero tolerância a casos COVID com impacto relevante sobre o crescimento económico doméstico e que, mais recentemente, reacendeu a contestação social contra o Governo, após um incêndio com vítimas mortais num edifício trancado devido a casos COVID.
Com toda esta incerteza no final de 2022, o que se pode esperar de 2023. Será que a guerra da Rússia acabará rapidamente ou irá alastrar-se e durar muito mais tempo? Será que a China irá decidir invadir Taiwan? O abrandamento económico será forte e com repercussões ou assistiremos apenas ao suave ajustamento da economia a taxas de juro mais “normais”? Estará a inflação efetivamente controlada, voltando para cerca de 2% como pretendem os Bancos Centrais, ou o ciclo de aumentos das taxas de juro irá contribuir para o prolongamento da sua subida? Estas e muitas outras questões tornam 2023 num ano desafiante e muito interessante, onde o dinamismo da abordagem de investimento deverá ser chave.
3.2. Mercado dos Organismos de Investimento Coletivo
Em 31 de dezembro de 2022, o valor dos ativos geridos ascendeu a 17.118 milhões de euros, apresentando-se distribuída conforme gráfico abaixo. Os montantes sob gestão, verificaram uma queda de 13.8% durante o ano de 2022
Fonte: APFIPP
No que respeita à evolução de ativos sob gestão por categoria, os fundos PPR, mantêm a preferência dos investidores com uma quota de 21.09%. Note-se igualmente o interesse dos investidores para os fundos Multi-Ativos-Moderados com uma quota de mercado de 17,22%.
3.2.1. O Mercado de Planos Poupança Reforma em 2022
Em 2022, a preferência dos investidores por fundos em formato PPR, voltou a manifestar-se de forma positiva tendo esta categoria mantido o nível de captações de 2021. No final de 2022, representavam 21.09% dos recursos captados em fundos mobiliários, representando um volume sob gestão de 3.609 milhões.
3.3. Alterações Regulamentares
O ano de 2022 foi um ano com várias alterações legislativas merecendo destaque as alterações ao Regime Geral dos OIC por via do Decreto-Lei nº 109-F/2021 de 9 de dezembro em matérias relacionadas com a distribuição transfronteiriça de
OIC e com os riscos e fatores de sustentabilidade a ter em conta por parte dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários por via da Transposição da Diretiva (UE) 2019/1160 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de junho de 2019, e da Diretiva Delegada (UE) 2021/1270 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril de 2021 que vem estabelecer que a partir de 1 de agosto de 2022, os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e os seus gestores devem integrar e ponderar os riscos e fatores de sustentabilidade na sua atividade.
Legislação Nacional
A nível de nacional merece destaque:
O novo projeto do Regime da Gestão de ativos que visa regular de forma integrada o regime aplicável à gestão de ativos, unificando a transposição da disciplina decorrente da Diretiva 2009/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 7 2009, que coordena as disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes a alguns organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (Diretiva UCITS) e da Diretiva 2011/61/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho de 2011, relativa aos gestores de fundos de investimento alternativos (Diretiva AIFMD). Propõe-se distinguir o regime aplicável a sociedades gestoras de grande e de pequena dimensão (cf. artigo 7.º do RGA) consoante giram ativos que se encontrem acima ou abaixo dos montantes estabelecidos no artigo 7.º/1 7. do RGA (em linha com os previstos no artigo 3.º/2 da Diretiva AIFMD). “Esta distinção considera os diferentes riscos inerentes às atividades das sociedades gestoras de grande e de pequena dimensão, refletindo-os na maior ou menor exigência do regime aplicável segundo critérios de proporcionalidade. Permite-se, deste modo, que as SGOIC possam também beneficiar de um regime proporcional, eliminando-se o goldplating existente neste âmbito com o consequente fomento da competitividade e atratividade do mercado nacional”
Decreto-Lei n.º 31/2022, 6 de maio de 2022 - que aprova o regime jurídico das obrigações cobertas (“RJOC”) e transpôs para o ordenamento jurídico interno as Diretivas (UE) n.º 2019/2162 e 2021/2261, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativas à emissão de obrigações cobertas e à supervisão pública dessas obrigações e à utilização dos documentos de informação fundamental pelas sociedades gestoras de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, respetivamente. Este diploma procedeu ainda à alteração do Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo (“RGOIC”), do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades
Financeiras (“RGICSF”) e do Código de Valores Mobiliários (“CVM”).
Relevam-se ainda as seguintes Circulares
Circular relativa aos deveres em matéria de governação de produtos (3 de fevereiro de 2022), através da qual a CMVM veio reforçar a necessidade de ser assegurado o integral cumprimento do quadro normativo vigente em matéria de governação dos produtos e, em particular, ao nível da identificação do mercado-alvo e da estratégia de distribuição, análise da estrutura de custos e encargos e da revisão dos produtos.
Circular relativa aos custos e encargos aplicáveis aos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (15 de fevereiro de 2022), através da qual a CMVM veio reforçar a necessidade de ser assegurado o integral cumprimento do quadro normativo vigente e respetivas orientações aplicáveis em matéria de custos e encargos aplicáveis aos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, em especial no que concerne à divulgação dos custos e encargos junto dos investidores, ao cumprimento do dever de não imputação de custos indevidos na esfera do investidores e na promoção de comportamentos com um elevado grau de cuidado, diligência, lealdade, competência e no melhor interesse dos participantes.
Circular Anual à Gestão de Ativos 2022 (25 de fevereiro de 2022), a através da qual a CMVM resumiu as alterações regulatórias operadas em 2021, enquadrando a abordagem da CMVM à supervisão, bem como anunciando o plano estratégico para 2022-2024.
Legislação europeia
Em matéria europeia, o destaque vai para a sustentabilidade com realce para:
Consulta pública realizada pela ESMA (Entre janeiro de 2022 e abril 2022) sobre a revisão e atualização “Guidelines on certain aspects of the MiFID II suitability requirements” por forma a introduzir na avaliação do caráter adequado dos instrumentos financeiros a consideração das preferências dos investidores em matéria de sustentabilidade de acordo com a alteração ao regulamento delegado da DMIF II (EUR- Lex - 32021R1253 - EN - EUR-Lex (xxxxxx.xx), aplicável a partir de 2 de agosto de 2022. O relatório final foi publicado a 17 de outubro de 2022
• Regulamento (UE) 2020/852 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de junho de 2020, (Regulamento da Taxonomia) relacionado com os requisitos de informação e organização relacionados
com sustentabilidade. Assim sendo as entidades gestoras passam a ser obrigadas a divulgar informação sobre a forma e em que medida os OIC por elas geridos estão alinhados com os objetivos da taxonomia ambiental relativos à mitigação e à adaptação às alterações climáticas. As entidades gestoras, têm de proceder à alteração da informação pré-contratual de todos OIC por si geridos, por forma a refletir a informação exigida pelo referido Regulamento da Taxonomia. Adicionalmente, tendo presente o Regulamento relativo à divulgação de informações relacionadas com a sustentabilidade no setor dos serviços financeiros (conhecido pela sigla SFDR), a partir de 1 de agosto de 2022 são aplicáveis as novas normas respeitantes aos riscos e fatores de sustentabilidade a ter em conta pelas entidades gestoras de OICVM e à integração dos fatores, dos riscos e das preferências de sustentabilidade em determinados requisitos em matéria de organização por parte das entidades gestoras de fundos de investimento alternativos.
Regulamento Delegado 2022/1288A 17 de novembro - as três Autoridades Europeias de Supervisão (EBA, EIOPA e ESMA – ESAs) publicaram um conjunto de perguntas e respostas com o objetivo de fornecer orientações ao mercado, aplicáveis a partir de 1 de janeiro de 2023, em complemento ao Regulamento SFDR.
Perspetivas regulatórias para 2023
Relativamente a 2023, espera-se que o novo Regime da Gestão de ativos (RGA) venha simplificar de fato a atividade e promover a competitividade do mercado português. Como previsto, o Regime da Gestão de Ativos terá de ser complementado através de regulamentação especifica que se espera venha a ser publicada durante o decurso de 2023.
3.4. Cenário Macroeconómico - 2023
Nota Prévia
As perspetivas que adiante se apresentam refletem o conhecimento à data de 31 de dezembro de 2022.
Com o custo do crédito mais elevado para os vários agentes económicos, devido à subida das taxas de juro e ao alargamento de spreads, é natural que muitos prevejam um abrandamento da atividade económica em 2023. Muitas empresas estão já a diminuir os seus stocks de matérias- primas e a ajustar a sua força laboral, deixando fortes pistas sobre as expectativas de abrandamento da sua atividade, algo que já vinha a ser observado nos últimos tempos através da diminuição do número de unidades vendidas. Assim, é expectável que tenhamos um maior ajustamento negativo nos resultados das empresas no decurso do primeiro trimestre de
2023 e que só posteriormente será possível medir a verdadeira extensão do abrandamento que agora se antecipa. Nesse sentido, é provável que os mercados venham a antecipar esta desaceleração com novas quedas de preços.
Já o afastamento da Rússia como exportador de energia para a Europa e consequente aproximação à China, Índia e Irão, deverá levar a um aumento dos custos energéticos no Velho Continente e a uma maior polarização do mundo, aumentando os custos das cadeias de produção espalhadas por estas geografias e que vendem os seus produtos nos EUA e na Europa. No plano energético, com a escalada da regulação ESG e com a viragem das empresas petrolíferas para o investimento em energias renováveis, no lugar da exploração e produção de novos poços de petróleo, poderemos vir a assistir a movimentos abruptos no preço do ouro negro causados quer pela redução de stocks de petróleo ou produtos derivados (gasolina e gasóleo) em pontos específicos do globo, quer pelo restabelecimento dos stocks estratégicos de alguns países, com os Estados Unidos à cabeça face às vendas recentes de boa parte das suas reservas estratégicas.
Numa primeira fase, estes deverão ser os principais fatores a pressionar a economia global.
Por outro lado, as subidas de taxas de juro, que tiveram um impacto significativo e negativo no mercado de obrigações, deverão originar um abrandamento no número de transações imobiliárias em 2023, com a taxa de crédito à habitação a 30 anos a atingir já valores próximos dos 7% nos EUA e de cerca de 4% a 5% na Europa.
Adicionalmente, a potencial escalada do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, com o envolvimento de armas mais letais ou o alargamento a outros territórios, poderá agravar a incerteza em torno da evolução da economia mundial. O impacto económico deverá ser ainda mais negativo caso se inicie mais algum conflito entre nações relevantes para o bom funcionamento das cadeias de abastecimento. Tal poderá ser o caso se a China decidir avançar para Taiwan, onde os últimos são responsáveis por parte significativa da produção mundial de semicondutores, e a China, caso venha a sofrer potenciais sanções económicas, poderá pôr em causa o fornecimento de muitos bens essenciais para o funcionamento de muitas indústrias.
Caso nenhum destes choques negativos se concretize, o mercado de ativos de risco poderá registar uma rentabilidade positiva que remunere os investidores pela falta de materialização da incerteza já descontada. A situação em 2023 deverá manter-se fluída e por isso o investimento nas várias classes de ativos deverá ser dinâmico e adaptativo aos vários cenários possíveis.
Economias
Estados Unidos
De acordo com o WSJ, a mediana das expetativas de 23 economistas dos primary dealers atribui uma probabilidade de recessão para os EUA acima dos 67%, com a maioria a considerar que essa recessão vai ser suave, derivada das quedas na poupança e nos preços das casas bem como no incremento do desemprego até aos 5%. É natural que, numa primeira fase do ano, possamos assistir à desaceleração conjunta do consumo privado, dos gastos de capital das empresas e a uma forte redução do nível de stocks que tenham um impacto razoável sobre o crescimento real do PIB. Porém, esse crescimento deverá manter-se positivo, em termos reais, em função do elevado nível de poupança das famílias, acumulado durante a pandemia ou recebido via transferência direta do governo federal.
Neste sentido, apesar de grande parte das previsões para 2023 apontarem para uma recessão nos EUA, a Sixty Degrees projeta o contrário. Na nossa opinião, a economia americana vai permanecer em estagflação, ou seja, a inflação vai continuar a aumentar mais depressa do que o crescimento económico do país. Esta ideia de estagflação parece sair reforçada com o aumento substancial dos programas de ajuda governamental às famílias e aos emigrantes ilegais, que continuam a entrar nos EUA em número record, a par do incremento no número de beneficiários do sistema Medicaid, da permanente falta de trabalhadores para ocupar vagas em muitos negócios, seja por preferência por teletrabalho ou por reforma antecipada, e dos problemas nas cadeias de abastecimento, iniciados durante a pandemia da Xxxxx e agravadas pelas sanções impostas à Rússia em resultado da guerra na Ucrânia.
Ao nível da inflação, é razoável admitir que numa primeira fase possa descer até aos 5%, mas que volte a subir em função do imprudente e incessante aumento da despesa do Estado. Por outro lado, a inflação oriunda dos serviços e dos custos laborais parece ter-se enraizado, impedindo uma redução sustentável do nível geral de preços. Estamos perante um cenário semelhante ao dos anos 70 do século passado, com crescimento muito débil e inflação elevada, em resultado do elevado nível de endividamento dos diversos agentes económicos.
Por estas razões, parece-nos prematuro vaticinar uma rápida alteração na política monetária americana. Caso este cenário se materialize e a guerra na Europa não se resolva de forma pacífica, não é difícil imaginar que o dólar americano se volte a valorizar, podendo mesmo voltar a atingir novos máximos face à generalidade das moedas das economias desenvolvidas.
Zona Euro
A economia europeia continua a enfrentar maiores dificuldades que a sua congénere americana, pelo que continuamos a atribuir uma elevada probabilidade de recessão na Zona Euro no decorrer do 1º semestre do ano, algo que poderá já ter começado no decurso do último trimestre de 2022. Quatro grandes questões poderão complicar e arrastar ainda mais esta situação: guerra na Ucrânia, crise energética, atraso na recuperação económica chinesa e dificuldades nas dívidas soberanas.
A economia alemã deverá continuar a liderar a desaceleração económica da região, apesar dos potencias efeitos positivos da política fiscal ainda serem uma incógnita. Tanto o setor da manufatura como o dos serviços alemães deverão continuar a desacelerar nos próximos meses em função da queda nos salários reais europeus e do choque substancial ao nível do comércio externo. A queda dos salários reais deverá levar ao enfraquecimento do consumo da Zona Euro no decurso dos próximos meses, enquanto o impacto do aumento dos custos energéticos sobre a rendibilidade das empresas deverá colocar maiores pressões sobre o nível de emprego da região. A estabilização do mercado energético é essencial para uma melhoria no consumo de bens duradouros que permita uma surpresa positiva no crescimento económico.
Porém, os choques originados pela pandemia da Xxxxx e pela guerra trouxeram uma forte alteração na política fiscal dos governos europeus que até ao momento têm conseguido manter o suporte das respetivas populações. Os vários programas implementados recentemente pelos diversos Governos europeus, cerca de €500 mil milhões, têm ajudado a mitigar parte das dificuldades criadas pela subida dos custos energéticos e a criar alguma proteção aos balanços do setor privado que poderão vir ser um boa ajuda na recuperação económica da região. Além disso, o retorno da guerra convencional ao continente europeu veio alterar de forma permanente as políticas de defesa dos países ocidentais, o que deverá levar ao exacerbar dos deficits orçamentais primários e dos problemas ligados à sustentabilidade das dívidas soberanas.
O outlook para a inflação vai estar novamente dominado pelos desenvolvimentos no mercado energético. Em primeiro lugar, parece existir um risco estrutural sério sobre o nível base da inflação, em resultado da conjuntura energética europeia, derivado da substituição permanente do barato gás natural russo por GNL de preço consideravelmente superior. O preço do LNG tenderá a manter-se elevado em função das necessidades de abastecimento estratégico para fazer face ao inverno de 2023/24. Não é também de descartar a escalada na guerra na Ucrânia ou novos atos de sabotagem de infraestruturas chave para o seu fornecimento. Para colmatar parte deste problema, algumas economias europeias têm
vindo a alterar o seu mix energético em favor da maior utilização de petróleo, carvão e nuclear (França). No entanto, tendo em conta a intervenção sem precedentes que os governos têm exercido sobre os mercados energéticos, com diferentes políticas e regulação sobre o grau de passagem para os preços no consumidor, a reversão destas mesmas políticas poderá resultar num menor efeito desinflacionista, em especial nos países sujeitos a maior apoio público.
Por seu lado, o BCE parece ainda muito preocupado com o nível da inflação, que continua teimosamente elevado, pelo que deverá continuar a subir o nível das taxas diretoras durante a primeira metade de 2023, caso os dados mensais da inflação não mostrem abrandamento ou a inflação core continue a surpreender em alta. No entanto, é nossa convicção que esta subida das taxas de juro deverá contribuir para a intensificação da subida de preços, uma vez que a inflação que enfrentamos não é resultado dum boom económico especulativo, mas sim dum problema nas cadeias de produção e abastecimento globais, agravando por um cenário de guerra/sanções. Se este cenário se verificar e ao mesmo tempo a crise energética não melhorar, é muito provável que o BCE continue a contração da sua política monetária. Em contraste, caso tenhamos uma desaceleração no mercado laboral ou uma contração nas políticas fiscais, o BCE poderá não ter outra solução que não seja o recurso à descida das taxas de juro de curto prazo /ou à retoma dos seus programas de compra de ativos.
China
No seguimento do 20º congresso do PCC, as autoridades chinesas anunciaram a alteração da sua posição face à pandemia da Xxxxx e ao setor imobiliário, as duas maiores restrições à recuperação económica, bem como a intenção de implementar um conjunto de novas políticas amigas do setor empresarial, com o objetivo claro de melhorar o crescimento do PIB chinês em 2023. Aliás, é intenção do governo chinês melhorar o nível de consumo e investimento domésticos para um novo patamar de crescimento até 2035, propondo, entre outras coisas, (i) a redução significativa do gap entre os rendimentos da população urbana e rural, (ii) suportar a ambição da sua população no que toca à habitação residencial e reduzindo a especulação, (iii) encorajar a transição para veículos elétricos, e (iv) aumentar a oferta de bens de consumo de qualidade.
Porém, no curto prazo, a incerteza é ainda muito grande quanto à capacidade destas políticas promoverem um forte incremento no crescimento doméstico ou se servirão apenas como estabilizador da atividade económica. Ao mesmo tempo, na última década, o governo chinês tem mostrado grande relutância em estimular agressivamente a sua economia, para enfrentar momentos de fraqueza, em resultado do aumento do endividamento do setor privado para níveis superiores aos
observados nas economias avançadas pré-2008/09. Convém também realçar que as preocupações com a Segurança/Defesa do Estado chinês passaram a liderar as prioridades das autoridades, numa mudança notável face às reformas económicas liberais dos últimos 20 anos que priorizavam a economia.
O caminho pós-saída da política de covid-zero vai ser sinuoso, divergente entre regiões e com muitos contratempos. Aliás, desde que tal foi anunciado, o número de casos aumentou substancialmente, colocando pressão sobre o sistema hospitalar e, ao mesmo tempo, sobre a economia chinesa como um todo. De qualquer forma, é expectável que venhamos a assistir a algumas melhorias na situação no decorrer do 1T23. As autoridades chinesas, preocupadas pelos recentes tumultos sociais, têm vindo a optar por uma política de vacinação generalizada para cidadãos mais vulneráveis e a aconselhar os governos regionais a procurarem soluções equilibradas entre crescimento económico e a contenção de surtos de covid. Os governos das regiões de Pequim e Guangzhou têm já em curso programas piloto com menores restrições que, em caso de sucesso, deverão ser alargados às restantes regiões chinesas.
A recuperação dos promotores imobiliários requer não só um forte crescimento nas vendas de casas, mas também um fortalecimento da confiança dos compradores na capacidade de os promotores entregarem as casas vendidas em planta. Para tal, foram anunciadas 16 medidas de melhoria da liquidez para os promotores de alta qualidade que terão assim acesso a novas linhas de crédito bancário, a emissões de obrigações e/ou de ações. Espera-se assim que se crie um círculo virtuoso que atraia novos compradores, aumente as vendas, melhore as condições financeiras dos promotores e permita o acesso a outras formas de financiamento. A melhoria na situação pandémica também facilitará o regresso dos compradores. Porém, esta recuperação do setor deverá ser turbulenta, lenta e totalmente diferente do boom a que assistimos com os estímulos ao setor imobiliário residencial pós-2008/09.
Até que os benefícios do final dos confinamentos e da recuperação do setor imobiliário sejam sentidos na economia, o governo chinês deverá continuar a utilizar os estímulos fiscais, na forma de projetos de investimento, como forma de promover o crescimento. Deverá, por isso, continuar o forte investimento em infraestruturas e em ativos fixos industriais, a par da extensão de linhas de financiamento fiscais especificas para o efeito.
A inflação no consumidor tem sido muito moderada quando comparada com o resto do mundo, com pressões significativas apenas ao nível do preço da carne de porco, deixando poucas dúvidas sobre a dificuldade de ultrapassar os 3%.
Apesar de nos últimos anos as autoridades chinesas terem desiludido os investidores com promessas de forte crescimento, é possível que a nossa visão da economia chinesa se torne mais positiva na fase final de 2023 caso surjam fortes evidências de catalisadores robustos.
Breve Outlook para algumas classes de ativos Ações
Apesar de ser razoável admitir um potencial choque negativo no preço das ações no início de 2023, em função do ajustamento em baixa dos resultados das empresas por redução nas vendas e aumento dos custos, as ações continuam a ser o ativo de risco preferido para a obtenção de retorno.
A maioria das grandes empresas sai deste ciclo de taxas de juro baixas com balanços sólidos, custos controlados, fruto do impacto da pandemia, e com uma maior visibilidade sobre o seu negócio, devido à utilização massiva de dados. Esta realidade é mais presente nos Estados Unidos, onde o dinamismo da economia cria inúmeras oportunidades de crescimento que podem ser exploradas de modo eficiente pela interpretação de dados devidamente tratados. As empresas americanas saem ainda beneficiadas deste ciclo em resultado da força do dólar, em relação às outras moedas, que lhes permite olhar para as empresas do resto do mundo numa perspetiva aquisitiva.
Assim, na nossa opinião relativamente à escolha geográfica, é preferível a exposição aos Estados Unidos relativamente à Europa, até porque esta última região continua a enfrentar o caos burocrático na tomada de decisões estruturantes, depara-se com uma crise energética de dimensões ainda desconhecidas, com impacto relevante sobre a sua indústria, e tem uma guerra de resolução imprevisível à porta, que pode desencadear um incidente menos agradável no bloco europeu.
Sectorialmente, poderá ser interessante manter um olhar atento sobre oportunidades no setor tecnológico, nomeadamente na produção de semicondutores nos Estados Unidos ou no espaço de cyber-segurança, no sector energético, especialmente em empresas que possam abastecer a Europa e tenham recursos provados por explorar, ou mesmo na banca, caso as taxas de juro estabilizem e não exista um aumento significativo da taxa de falências.
Em relação ao investimento em mercados emergentes, é necessário dividir a China dos restantes países. A China enfrenta problemas económicos internos que podem ser debilitantes do poder de consumo, nomeadamente pelo impacto negativo do mercado imobiliário, mas algumas empresas exportadoras parecem transacionar a múltiplos muito atrativos. No entanto, não é possível descurar o risco político, as alterações inesperadas na legislação ou o congelamento dos ativos em caso de conflito armado, pelo
que se aconselha muita prudência a quem quiser estudar e investir no país. Relativamente aos restantes mercados emergentes, por muito baratos que possam parecer, não é expetável assistirmos a um movimento de apreciação sustentável e continuado sem a suspensão das subidas de taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana. Muitos destes mercados emergentes e respetivas empresas têm vindo a financiar-se em dólares dos EUA, pelo que o impacto do aumento real dos custos de financiamento, resultado da subida das taxas de juro e da valorização do dólar, só será visível nos próximos 12 meses. Caso as taxas de juro norte-americanas parem de subir, será mais fácil estimar o impacto nos diferentes países e os agentes de mercado poderão voltar a investir neste segmento. Porém, a valorização do dólar poderá continuar a pesar sobre estes mercados uma vez que depende de muitos outros fatores além do diferencial de taxas de juro.
Obrigações
Após vários anos de taxas baixas, zero ou mesmo negativas, esta classe de ativos volta a apresentar uma rentabilidade positiva para os títulos que forem detidos até à maturidade. Uma vez mais, mantemos a preferência por obrigações do espaço norte-americano que conjugam taxas de remuneração superiores e estão potencialmente menos expostas a choques binários negativos, ou seja, a possibilidade de materialização de cenários de rápida degeneração da qualidade dos ativos, sejam eles resultantes dum conflito armado ou do agravamento exógeno dos custos de produção, (ex. escalada dos preços da energia).
As obrigações de tesouro americano já apresentam um rendimento potencial atrativo, mas são ainda esperadas algumas subidas de taxas de juro por parte da Fed. Caso a situação económica se degrade rapidamente, esta poderá ser uma classe de ativos a ter em conta, especialmente se o abrandamento económico for severo que “obrigue” a Reserva Federal Americana a reverter algumas das subidas recentes das taxas de juro diretoras.
No segmento de crédito empresarial, os spreads de crédito já são de algum modo atrativos, em comparação com as taxas de falência registadas, mas, como sublinhado anteriormente, a situação permanece fluída. É por isso importante notar a menor liquidez nestes mercados desde que os programas de compra de ativos por parte dos Bancos Centrais terminaram.
Já na Europa, uma vez que as taxas de juro se mantêm mais baixas que nos Estados Unidos e o Banco Central Europeu ainda tenta controlar os prémios de risco dos vários países face aos títulos de dívida da Alemanha, torna-se menos atrativo investir. Na realidade, o verdadeiro risco e a situação orçamental de cada país não estão corretamente refletidos nos preços de mercado.
No espaço dos mercados emergentes, o único segmento que poderá estar mais atrativo são as empresas exportadoras de matérias-primas, uma vez que os seus custos são denominados em moeda local e as vendas são maioritariamente em dólares. No entanto, será razoável esperar por um ponto de inflexão nos preços das matérias- primas que têm registado quedas significativas desde meados de 2022.
Matérias-Primas
Com a polarização do mundo, o processo de globalização está efetivamente a dar um passo atrás. É por isso normal que o preço de algumas matérias-primas possa variar rapidamente e de forma acentuada, especialmente no caso das matérias- primas estratégicas para o setor da Defesa, como alguns metais-base, essenciais à produção de alguns componentes eletrónicos, ou bens energéticos.
Com a crise energética que afeta atualmente a Europa, situação agravada pela guerra na Ucrânia e pela falta de investimento das empresas petrolíferas em novos recursos fósseis, devido à preponderância das políticas ESG que favorecem o investimento em energias renováveis, o preço dos bens energéticos poderá também vir a registar oscilações significativas durante o ano.
Adicionalmente, com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, dois dos maiores exportadores de trigo do mundo, a questão da segurança alimentar voltou a estar em cima da mesa para muitos países que gerem os seus stocks de bens essenciais de modo dinâmico. O preço dos bens alimentares deverá também continuar a subir em resultado do aumento dos custos relacionados com os fatores de produção (mão-de- obra, fertilizantes, impacto ambiental) e do aumento das reservas estratégicas por parte dos países que sentem a segurança alimentar dos seus cidadãos sob pressão.
Moeda
Em 2022, o mercado cambial foi dominado pela valorização do dólar americano (USD) face à grande maioria dos seus pares. Esta apreciação relativa deveu-se não só à magnitude e ritmo das subidas de taxas de juro por parte da Reserva Federal, mas também ao clima de incerteza no futuro próximo em relação ao desenvolvimento económico e geopolítico do mundo.
Para 2023, o diferencial de taxas de juro para as outras geografias poderá vir a diminuir, caso a reserva Federal reduza a magnitude das subidas de taxas de juro. Porém, a incerteza económica e geopolítica manter-se-á em níveis elevados, especialmente na fronteira da Europa, o que poderá ditar a continuação do dólar forte.
Apesar de uma nova valorização acentuada do dólar contra todas as moedas não ser de momento o cenário central, por
prudência, pretendemos manter o nosso investimento diversificado justificando, por isso, uma exposição ativa a dólares americanos. O USD deverá continuar forte até ao início da recessão que se antecipa, podendo então voltar a enfraquecer à medida que os investidores se começarem a focar na redução relativa das taxas de juro reais norte- americanas. Contudo, os conflitos geopolíticos existentes ou latentes, para os quais não parecem existir soluções óbvias, poderão ditar o renovado fortalecimento do USD em função dos fluxos de capitais internacionais para a moeda de reserva. Esta exposição deverá ser continuamente analisada durante o ano e ajustada de modo a adaptar o risco dos investimentos em carteira aos desenvolvimentos que ocorram.
Atividade e Desempenho
4. ATIVIDADE E DESEMPENHO
4.1. Dados da Entidade e Dados do Supervisor e Auditor Externo
Sociedade
A Sixty Degrees – Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A. – matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único 515 373 508 com sede social e morada na Xxxxxxx Xxxx Xxxxxxxxxx, 00-0x xxx., 0000-000 Xxxxxx, e Capital Social 995.081m€.
A Sixty Degrees - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A. é detida a 100% por investidores independentes tendo iniciado a sua atividade em agosto de 2019, tendo-lhe sido atribuídos os números de registo 343 e 395, junto do Banco de Portugal (BdP) e Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) respetivamente.
Supervisor da Sociedade
A responsabilidade de supervisão da Sociedade é da competência da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), através dos Departamentos de Autorizações e Registos, Supervisão Contínua e Supervisão Presencial.
CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários Xxx Xxxxx Xxxxx, 0. Apartado 14258. 0000-000 XXXXXX
Telefone: (x000) 000 000 000 Fax: (x000) 000 000 000
Auditores Externos
Sociedade
Kreston - SROC
Inscrição na OROC nº 104 Registo na CMVM nº 20161426
Morada Av. Xxxxxx Xxxxxxx, 19 4º esq. 1070-100 Lisboa
4.2. Atividade da Sixty Degrees
A Sixty Degrees SGOIC SA, constituída em maio de 2019 e com início de atividade em agosto de 2019, está autorizada a desenvolver atividades de gestão de Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários e Organismos de Investimento Alternativo.
A atividade atual da Sociedade centraliza-se na gestão de Organismos de Investimento Coletivo de Valores Mobiliários, gerindo, à data do fecho deste exercício, os seguintes fundos:
Fundo Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível com início de atividade em 01 de outubro de 2019.
Fundo Sixty Degrees FLEXIBLE ALLOCATION /OICVM Flexível com início de atividade em 13 de agosto de 2021 Fundo Sixty Degrees AÇÕES PORTUGAL/OICVM de Ações com início de atividade em 01 de setembro de 2021.
Governação e Risco
5. GOVERNAÇÃO E RISCO
5.1. Sistema de Governação
O sistema de Governação da Sixty Degrees, garante uma gestão prudente e independente das atividades desenvolvidas. A Sixty Degrees tem implementado um sistema robusto e abrangente de forma a assegurar, em permanência, a sua eficácia e conformidade com as exigências regulatórias e com as orientações que as entidades de supervisão emitem para os intervenientes no mercado.
Para além de uma estrutura organizacional adequada ao exercício das suas atividades, assente na definição e segregação de responsabilidades e funções aos diversos níveis da sua organização, a Sixty Degrees tem implementadas políticas e procedimentos que gerem e garantem uma governação adequada da sua atividade e dos seus colaboradores.
O modelo de negócio da Sixty Degrees está focado na gestão dos seus fundos, tendo como entidades comercializadoras a própria Sociedade e o Banco Best.
A Sixty Degrees atua enquanto sociedade gestora de Organismos de Investimento Coletivo que são por si comercializados. Constitui-se como uma unidade funcional e orgânica assente numa estrutura operacional otimizada, recorrendo à externalização de várias funções administrativas e de suporte, mantendo-se na Sociedade a sua capacidade de decisão e gestão autónoma e independente.
A partilha de serviços com outras entidades terceiras, permite à Sociedade prosseguir o cumprimento das suas responsabilidades num quadro de maior eficiência operativa, sempre numa perspetiva de maior benefício dos seus clientes. Não obstante a partilha de serviços com entidades terceiras, os processos de decisão relativos à atividade de gestão dos Organismos de Investimento e à de gestão de carteiras, são prosseguidos de forma autónoma pelos órgãos da Sociedade e pelos seus recursos humanos e técnicos, com a necessária independência e autonomia.
Atendendo ao princípio da proporcionalidade, a unidade funcional da Sociedade é simplificada, o que se reflete na sua estrutura e organização, estabelecendo-se a linha decisória da seguinte forma:
Nível estratégico, o Conselho de Administração;
Nível executivo, a Comissão Executiva, com delegação no seu presidente, no âmbito dos poderes delegados;
Nível operativo, responsáveis de equipa.
Os níveis executivo e operativo asseguram em permanência todo o âmbito de responsabilidades da Sociedade, cabendo a responsabilidade das decisões à Comissão Executiva que dirige a atividade corrente suportada nas equipas operacionais.
Administração e Fiscalização
A gestão da Sociedade compete ao Conselho de Administração que compreende uma Comissão Executiva na qual o Conselho delegou amplos poderes de gestão para a condução da atividade corrente da Sociedade.
Assembleia Geral
A Assembleia Geral (AG) delibera sobre as matérias que lhe são especialmente atribuídas pela lei ou pelos Estatutos bem como, se tal lhe for solicitado pelo Conselho de Administração, sobre matérias de gestão da Sociedade.
Conselho de Administração
A administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração composto por um número mínimo de três e um número máximo de sete membros, eleitos pela Assembleia Geral que de entre eles designará o presidente e, se assim o entender, um ou mais Vice-Presidentes.
Os titulares dos órgãos sociais são eleitos por períodos de três anos, sendo sempre, salvo na medida em que exista disposição legal em contrário, permitida a sua reeleição.
As deliberações do Conselho de Administração são tomadas por maioria dos votos dos Administradores presentes ou representados e dos que votem por correspondência.
O Conselho de Administração para o mandato 2022-2024 tem a seguinte composição: Presidente; Emídio Xxxx Xxxxxxx e Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx, Vogais: Xxxxx xx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxx (não executiva), Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx, e Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx.
O Conselho de Administração delegou numa Comissão Executiva a gestão corrente da Sociedade, nomeadamente a definição e implementação das políticas de investimento do património sob gestão dos OIC’s em atividade. O Conselho de Administração mantém responsabilidades de monitorização do risco e compliance, fiscalização e acompanhamento da atividade da Comissão Executiva.
Comissão Executiva
A Comissão Executiva, composta por um Presidente (Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx) e 1 vogal (Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx) atua nos limites da delegação do Conselho de Administração. A
distribuição de pelouros pelos membros da Comissão Executiva é a seguinte:
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx (CEO): Operações e Valorização, Tecnologias de Informação, Contabilidade e Recursos Humanos
Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx: Gestão de Investimentos e Trading, Marketing e Vendas
Fiscal Único Efetivo e Fiscal Único Suplente
Decorrente das alterações introduzidas pela Lei n.º 99- A/2021, de 31 de dezembro, a Sixty Degrees já não é, com efeitos a 1 de janeiro de 2022, qualificada como uma entidade de interesse público e, por esse motivo, deixou de ter de adotar um dos modelos de administração e fiscalização previstos no n.º 1 do artigo 278.º do Código das Sociedades Comerciais, nos termos e para os efeitos do artigo 3.º da Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro, tornando-se conveniente proceder, por razões de simplificação, a alteração aos Estatutos da Sixty Degrees para os adaptar à nova possibilidade de a sua fiscalização passar a ser composta por um Fiscal Único Efetivo e um Fiscal Único Suplente, ao invés de um Conselho Fiscal e um Suplente do Conselho Fiscal, nos termos do n.º 2 do artigo 278.º do Código das Sociedades Comerciais. Face ao exposto a Sociedade passou a ser fiscalizada por um Fiscal Único e um Fiscal Único Suplente, garantindo desta forma a continuidade de uma fiscalização eficiente da sua atividade.
São competências do Fiscal Único Efetivo e Fiscal Único suplente, fiscalizar a administração da Sociedade, vigiar pela observância da lei e do contrato de Sociedade, verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte, verificar a exatidão dos documentos de prestação de contas e, em geral, supervisionar a qualidade e integridade da informação financeira constante dos mesmos, fiscalizar o processo de preparação e divulgação de informação financeira, verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados pela Sociedade conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados, elaborar anualmente um relatório sobre a sua ação fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas pelo Conselho de Administração, fiscalizar a revisão de contas e a auditoria aos documentos de prestação de contas da Sixty Degrees, fiscalizar a independência da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais, fiscalizar a qualidade e eficácia do sistema de gestão de riscos e do sistema de controlo interno, receber as comunicações de irregularidades, reclamações e/ou queixas apresentadas pelos acionistas, colaboradores da Sixty Degrees ou outros, e implementar os procedimentos destinados à receção, registo e tratamento daquelas,
contratar a prestação de serviços de peritos que coadjuvem no exercício das suas funções, devendo a contratação e a remuneração dos mesmos ter em conta a importância dos assuntos e a situação económica da Sixty Degrees.
Sistema de Controlo Interno
A Sixty Degrees organizou-se definindo estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos, e ações com o objetivo de garantir que o desempenho de médio e longo prazo são alcançados de forma eficiente e rentável, os ativos e recursos são utilizados eficazmente, a continuidade do negócio e a própria sobrevivência da instituição se encontram assegurados através de uma adequada gestão e controlo dos riscos da atividade, da prudente e adequada avaliação dos ativos e responsabilidades e da implementação de mecanismos de proteção contra utilizações não autorizadas, intencionais ou negligentes, a informação financeira e de gestão, que suporta as tomadas de decisão e que os processos de controlo, cumprem os objetivos da informação (completa, pertinente, fiável e tempestiva), e que os requisitos legais e regulamentares aplicáveis são cumpridos, nomeadamente, no que diz respeito à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, prevenção de conflitos de interesse, ao código de conduta, às regras e procedimentos internos e estatutários e às recomendações das autoridades de supervisão nacionais e europeias, de modo a mitigar riscos.
O sistema de Controlo Interno da Sixty Degrees inclui a gestão de riscos e controlo do cumprimento, existindo internamente políticas e procedimentos que asseguram a sua implementação pelas várias áreas da Sociedade.
Função de Auditoria Interna
Considerando o número reduzido de colaboradores da Xxxxx Xxxxxxx e os proveitos operacionais expectáveis para os próximos exercícios (inferiores a €20.000.000,00), a Sociedade está dispensada de ter uma auditoria interna separada e independente das suas restantes funções e atividades. Assim o recurso a auditorias far-se-á “ad hoc” sempre que o órgão de administração o delibere ou a legislação aplicável assim o venha a exigir.
Subcontratação
Com vista a melhorar a qualidade do seu sistema de governo e prestar um melhor serviço no interesse dos seus Clientes, a Sixty Degrees subcontratou diversas atividades, melhorando significativamente a sua capacidade de atuação, bem como os serviços oferecidos aos seus Clientes.
Encontram-se atribuídas a entidades externas as seguintes atividades:
Contabilidade;
Recursos humanos;
Sistemas de Informação;
Apoio Jurídico
Valorização e cálculo de unidades de participação;
É assim possível acompanhar as melhores práticas do mercado, tendo sempre presente as exigências regulatórias, com um claro benefício qualitativo e quantitativo ao nível do risco operacional e da monitorização da informação prestada aos Clientes, reguladores e acionistas.
5.2. Perfil de Risco
Reconhecendo que a assunção de risco é intrínseca à atividade de gestão de investimentos, a Sociedade tem desenvolvido um sistema global de gestão de riscos baseado em processos de identificação, avaliação, acompanhamento e controlo de riscos, os quais estão suportados em políticas e procedimentos apropriados e claramente definidos com vista a assegurar que os objetivos da Sixty Degrees são atingidos e que são tomadas as ações necessárias para responder adequadamente aos riscos previamente identificados.
5.2.1. Sistema de Gestão de Risco
A gestão de riscos na Sixty Degrees assenta na constante procura da correta identificação e análise das várias dimensões dos riscos (risco de crédito e contraparte, riscos de mercado, riscos de liquidez ou riscos operacionais) e na execução de estratégias de maximização de resultados face aos riscos, dentro de limiares pré-estabelecidos, devidamente monitorizados.
A Sixty Degrees assume a gestão de riscos como um dos pilares do seu modelo de negócio, sendo a partilha da informação pelos gestores e órgãos de administração um exercício permanente, praticado a todos os níveis de responsabilidade.
A Sociedade dispõe de um sistema de informação que identifica e monitoriza os diferentes riscos, validando igualmente a aplicação das regras legais e internas e o cumprimento dos diferentes limites.
O desempenho das carteiras em termos de rendibilidade e riscos assumidos, são monitorizados diariamente. As metodologias de controlo estão suportadas na produção de informação de gestão e incluem a aferição periódica de resultados e a monitorização dos níveis de risco.
A monitorização do cumprimento da política de investimento das carteiras e dos níveis de risco implícito é desencadeada, em primeira instância, pela equipa de investimentos e, em segunda instância, pela área de Risco e Compliance, área inteiramente independente da área de Investimentos e
Trading, reportando diretamente à Administração e Fiscal Único.
O modelo de Governo do Risco é ainda complementado por um comité de Risco e Controlo Interno, órgão que emana do Conselho de Administração da Sixty Degrees, sendo composto por Administradores executivos e não executivos e pelos Diretores das áreas de Risco e Compliance e de Operações e Valorização. O Comité de Risco e Controlo Interno reúne trimestralmente tendo como missão zelar pelo cumprimento dos princípios e políticas de governo da Sixty Degrees, incluindo princípios éticos e deontológicos, normas de conduta e políticas de responsabilidade social e sustentabilidade e pela observância das disposições legais e regulamentares, dos estatutos e das normas emitidas pelas autoridades de supervisão, bem como das políticas gerais, normas e práticas instituídas internamente.
Os riscos a que a Sociedade está exposta decorrem fundamentalmente dos investimentos nos ativos representativos das carteiras dos OICVM’s sob gestão.
As carteiras sob a responsabilidade da Sixty Degrees são compostas por uma vasta diversidade de investimentos, nomeadamente, instrumentos de mercado monetário, obrigações, ações, investimentos alternativos, entre outros, desde que respeitem as políticas de investimento decorrentes dos respetivos regulamentos de gestão, bem como os limites legais de exposição. A Sixty Degrees pode ainda realizar, em representação dos OIC’s sob gestão, operações com instrumentos financeiros derivados destinadas a cobrir ou “alavancar“, as posições das carteiras do OIC’s sob sua gestão.
Desta forma, os portfolios que integram os OIC’s sob gestão estão especialmente sujeitos ao Risco de Mercado – ações, taxa de juro. Risco de Crédito, Risco de Contraparte, Risco de Liquidez, Risco Cambial e Risco Operacional.
Resume-se de seguida o entendimento de cada um destes riscos na atividade da Sixty Degrees e os modelos de informação utilizados para os monitorar.
Riscos de Mercado
O Risco de Mercado é o risco de variação de preço que os investimentos em carteira incorrem. Ao comprar ativos financeiros, o património do Fundo está exposto a flutuações de preço desses ativos, devido a variações de vários parâmetros como por exemplo: taxas de juro, spread de crédito, preço das ações, taxas de câmbio ou outros.
O Risco de Mercado de uma carteira é avaliado essencialmente pela volatilidade dos seus retornos, medida neste caso com base na respetiva exposição aos diferentes fatores de risco.
É neste conceito que assenta o sistema de acompanhamento e controlo de risco de mercado da carteira sob gestão, estando a sua implementação assegurada por uma solução partilhada entre os gestores e o prestador de serviço elegível para o efeito.
Com efeito, de forma a assegurar um nível aceitável de diversificação, este sistema avalia a contribuição de cada fator para o risco total do portfolio. Tal traduz-se numa análise rigorosa e completa das fontes de risco mais relevantes, que combina simultaneamente a exposição da carteira aos vários fatores de risco, a volatilidade de cada um e ainda a correlação entre estes e o portfolio.
A exposição, ex-ante, da carteira aos principais fatores de risco – mercado, indústria, país, moeda, taxa de juro, risco de crédito ou fatores de estilo – em termos de volatilidade absoluta ou relativamente a um índice de referência é aferida em cada momento através da aplicação do prestador do serviço.
Esta monitorização, sempre que se justifique, conduz a uma análise conjunta da situação que poderá ser levada a discussão em sede de comité de risco e controlo interno de forma a avaliar estratégia de gestão se se entender que não cumpre com a estratégia de exposição a risco compatível com os objetivos desejados.
Risco de Crédito
O Risco de Crédito corresponde à maior ou menor probabilidade de um emitente de instrumentos de dívida não pagar os juros devidos ou reembolsar o capital aplicado.
A gestão do Risco de Crédito dos OIC baseia-se nas seguintes diretrizes:
a) Avaliação prévia de um instrumento de dívida em seus aspetos relevantes, tais como setor de atuação da empresa e seu nível de participação no seu mercado de atuação;
b) Avaliação prévia dos emitentes e da estrutura acionista;
c) Análise das características dos instrumentos de dívida, tais como prazo, taxa de juro, liquidez e garantias, limite máximo por emitente, impactos na duration da carteira dos OIC e restrições regulamentares.
Na gestão do Risco de Crédito são utilizados metodologias e instrumentos conforme discriminação a seguir:
a) Alocação dos ativos na carteira do OIC, de acordo com o estabelecido na sua política de investimentos;
b) Atribuição de ratings para os emitentes, pelas principais agências de classificação de risco;
c) Sistema de acompanhamento e controlo de risco de crédito da carteira sob gestão, estando a sua implementação assegurada por uma solução partilhada entre os gestores e o prestador de serviço elegível para o efeito.
O controlo de crédito é efetuado através da aplicação PORT da Bloomberg.
Risco de Liquidez
O Risco de Liquidez é entendido como a possibilidade de perda de capital pela incapacidade de liquidar determinado ativo em tempo razoável sem perda de valor.
Para atender ao Risco de Liquidez, o gestor mantém na carteira do OIC ativos com elevada liquidez para conseguir fazer face a eventuais resgates.
Adicionalmente, e de acordo com a regulamentação em vigor, a Sixty Degrees efetua testes de esforço de liquidez, para cada OIC sob gestão, validando desta forma a capacidade de proceder à venda de ativos para cumprir com as suas responsabilidades para liquidar resgates, para vários prazos e de vários montantes.
O controlo do Risco Liquidez é efetuado, diariamente, em primeira instância pelo gestor do fundo tendo por base as responsabilidades que o fundo tem de cumprir, associado à liquidez dos ativos que a compõem, garantindo a capacidade da sua venda para pagamento de resgates. Esta monitorização é efetuada através da aplicação PORT da Bloomberg, bem como pela aplicação dos testes de Esforço de Liquidez trimestrais implementados na Sociedade.
Risco Cambial
O Risco Cambial é entendido como sendo a probabilidade de ocorrência de impactos negativos na avaliação dos ativos que compõem a carteira do OIC, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio utilizadas na conversão para a moeda do OIC, dos ativos denominados em moeda estrangeira.
Tendo em consideração o perfil de risco e a política de investimento de cada fundo de investimento mobiliário, a SIXTY DEGREES poderá recorrer a instrumentos derivados de cobertura cambial, tais como futuros, forwards, opções, contratos de swap cambial ou forward rate agreements.
Risco Operacional
A Sixty Degrees adota uma abordagem sistematizada e centralizada para a gestão do Risco Operacional. Para o efeito, o controle do Risco Operacional estará inserido na área de Controlo de Risco e Compliance da Sixty Degrees que será responsável por implementar o modelo e as políticas adotadas, bem como promover uma cultura de gestão de Risco Operacional. A área de Controlo de Risco e Compliance coopera com as restantes áreas da Sixty Degrees no sentido
de controlar, monitorizar e desenvolver mecanismos de mitigação do Risco Operacional da Sociedade.
Cabe à área de Controlo de Risco e Compliance supervisionar e apoiar a criação de fichas de risco operacional para todas as atividades críticas desenvolvidas pela Sixty Degrees. Estas fichas identificam os riscos inerentes às operações, determinando o respetivo tipo e categoria de acordo com o impacto financeiro e a probabilidade de ocorrência. A grelha de Tipos e Categorias de Risco Operacional adotada pela Sixty Degrees está de acordo com os requisitos regulamentares.
A área de Controlo de Risco e Compliance verifica anualmente, as fichas de Risco Operacional ativas, requerendo junto de cada área o seu estado de situação (em revisão, ativa, ativa aguarda autorização, inativa aguarda autorização), de forma a, se necessário, desencadear o processo de atualização e respetiva aprovação.
Todas as ocorrências, comunicadas à área de Risco e Compliance são registadas numa base de dados desenvolvida para o efeito, identificando as suas causas, bem como a respetiva quantificação do custo operacional associado, de forma a permitir uma melhor compreensão das falhas ocorridas e da tomada de medidas mitigadoras.
Risco Contraparte
A exposição a cada produto derivado OTC e respetiva contraparte é medida ao seu presumível justo valor de realização pelo sistema de valorização de carteiras.
A aprovação de uma nova contraparte para efeitos de negociação é requerida pela equipa de gestão ao Comité de Risco e Controlo Interno que a avalia à luz de diversos fatores nomeadamente, a qualidade de execução, a competitividade nos custos cobrados, o reconhecimento no mercado onde opera bem como a sua qualidade de crédito (seja detentora de rating ou pela avaliação do último relatório e contas). Sendo o risco considerado aceitável a Contraparte é aprovada e classificada em termos de risco, atribuindo-se-lhe um limite máximo de negociação/instrumento (conforme Procedimento de Aprovação de Contraparte e Procedimento de Identificação de Clientes e Contrapartes).
5.2.2. Políticas de Cobertura e Gestão de Risco
A Sixty Degrees realiza, em representação dos Clientes e das carteiras que gere, operações com instrumentos financeiros derivados no âmbito da sua atividade, destinadas a cobrir posições das carteiras que tem sob gestão. A Sociedade transaciona derivados financeiros, nomeadamente sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, sobre taxas de juro, sobre ações ou sobre vários índices. Estas transações, por regra, são efetuadas em mercados organizados, nomeadamente em bolsas de valores, podendo, se
necessário, realizarem-se operações em mercados de balcão (OTC – over-the-counter).
A Sixty Degrees limita a exposição global a instrumentos financeiros derivados dos OIC’s por si geridos, considerando o risco de mercado da carteira através de uma abordagem baseada no Value at Risk (VaR) - uma medida da perda máxima esperada - com um intervalo de confiança a 99% e para um horizonte temporal de 30 dias.
O cálculo do Var das carteiras é efetuado relativamente ao valor líquido global do OIC - VaR absoluto.
5.2.3. Riscos latentes
A guerra da Rússia - O conflito armado que resultou da invasão da Ucrânia pela Rússia no início de março de 2022, e que ainda se mantém ativo, tem trazido repercussões aos mais variados mercados internacionais, especialmente ao setor energético onde a Rússia tem um papel preponderante como fornecedor de Gás à Europa. A imposição de sanções, por parte da comunidade internacional, às fontes energéticas provenientes da Rússia e a procura de fornecedores alternativos, tem criado turbulências inesperadas nos mercados mundiais, nomeadamente aumentos substanciais nos preços destas matérias-primas. A Sociedade Gestora tem acompanhado de perto os desenvolvimentos desta situação de forma a adaptar a gestão dos seus investimentos nos fundos no melhor interesse dos seus participantes.
5.3. Fundos Próprios
Em 2022, a Xxxxx Xxxxxxx apresentou um rácio de Fundos Próprios Totais positivo de 19.4%
5.4. Situação perante a Segurança Social
Nos termos do Decreto-Lei nº 411/91, de 17 de outubro, declara-se que a Sociedade não tem dívidas à Segurança Social.
Anexos
6. ANEXOS
ANEXO 1:
RELATÓRIO DE GOVERNO DA SIXTY DEGREES
1. Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do Órgão de Administração e à alteração dos estatutos da Sociedade
A administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração composto por um número mínimo de três e um número máximo de onze membros, eleitos pela Assembleia Geral que de entre eles designa o Presidente e, se assim o entender, um ou mais Vice-Presidentes.
Os titulares dos órgãos sociais são eleitos por períodos de três anos, sendo, salvo na medida em que exista disposição legal em contrário, sempre permitida a sua reeleição.
As deliberações do Conselho de Administração são tomadas por maioria dos votos dos Administradores presentes ou representados e dos que votem por correspondência.
2. Poderes do Órgão de Administração no que respeita a deliberações de aumento do capital
O Conselho de Administração é o órgão superior de governo da Sociedade, competindo-lhe, nos termos e dentro dos limites da lei e dos estatutos, exercer os mais amplos poderes de gestão e representação da Sociedade, bem como praticar todos os atos necessários ou convenientes para a prossecução das atividades compreendidas no seu objeto social.
O Conselho de Administração não tem poderes para aumentar o capital social da Sociedade.
3. Política de Seleção e Avaliação
Aos membros do Conselho de Administração e aos Colaboradores com Funções consideradas Essenciais na Sixty Degrees são aplicados os procedimentos de avaliação emanados da Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos membros dos órgãos de Administração e de Fiscalização e de titulares de Funções Essenciais aprovada na Assembleia Geral de Acionistas da Sixty Degrees de 03 de junho de 2019 e posteriormente revistos. Todos os membros dos seus corpos sociais são objeto de um processo constante de idoneidade de forma a validar a sua capacidade para as funções que desempenham.
4. Política de remuneração dos Colaboradores com Funções consideradas Essenciais da Sixty Degrees
Aos membros do Conselho de Administração e aos Colaboradores com Funções consideradas Essenciais é aplicada, a “Política de Remuneração dos Membros dos
Órgãos de Administração e de Fiscalização, revista e aprovada anualmente em Assembleia Geral da Sociedade.
A Política de Remuneração da Sixty Degrees, aplicada durante o exercício de 2022, consta do Anexo 2 ao presente relatório.
5. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na Sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira
Na Sixty Degrees são aplicáveis processos que têm subjacente a descrição de procedimentos a realizar em termos de controlo interno e gestão de risco pelas diferentes áreas da Sociedade.
O seu objetivo é regular os conceitos e métodos de controlo, considerados relevantes, assegurando uma adequada organização administrativa e o controlo satisfatório dos riscos operacionais e financeiros da Sociedade, devendo estar assegurados entre outros os seguintes objetivos fundamentais:
A garantia da existência e segurança dos ativos;
O controlo dos riscos da atividade da instituição, nomeadamente, os riscos de crédito, de mercado e de liquidez;
O cumprimento das normas prudenciais em vigor;
A existência de uma completa, fiável e tempestiva informação contabilística e financeira, em particular no que respeita ao seu registo, conservação e disponibilidade;
A prestação de informação financeira fiável, completa e tempestiva às autoridades de supervisão;
A adequação das operações realizadas pela instituição a outras disposições legais, regulamentares e estatutárias aplicáveis, às normas internas, às orientações dos órgãos sociais, às normas e aos usos profissionais e deontológicos e a outras regras relevantes para a instituição;
A prevenção do envolvimento da instituição em operações relacionadas com branqueamento de capitais tendo em vista salvaguardar o bom funcionamento e solidez da Sociedade, protegendo-a dos riscos de erros, irregularidades e fraudes, com o objetivo fundamental de preservar os interesses e património dos seus clientes
Todas as divulgações de informação financeira ou comercial são revistas de forma independente, carecendo se for o caso de aprovação em comité próprio.
6. Relação dos Membros dos Órgãos Sociais
Conforme o estipulado no Artigo 289º do código das Sociedades Comerciais:
Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx | 9.8% |
Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx Xxxxxx | 9.8% |
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxx Xxxx | 7.7% |
Xxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxx xx Xxxxx Xxxxxxx | 7.7% |
Mesa da Assembleia Geral
Presidente | Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxxxxxx |
Secretária | Xxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx |
Conselho de Administração
Presidente | Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx |
Vogais | Xxxxx do Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx |
Fiscal Único
Fiscal Único | Kreston & Associados - Sroc Lda |
Roc Efetivo | Kreston & Associados Sroc |
Representada por | Xxxxx xx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx |
Revisor Oficial de Contas
Revisor Oficial
Kreston & Associados – SROC, Lda
7. Informação sobre a participação no capital social dos membros dos órgãos de administração e Fiscalização
Nos termos do Artigo 447º do Código das Sociedades Comercias, são detidas posições pelos seguintes membros:
Acionista | Participação |
Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx | 7.9% |
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx | 11.2% |
Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx | 9.8% |
8. Informação sobre a participação de acionista no capital da Sociedade
Acionista | Participação |
Xxxxxxxxx Xxxxxx xx Xxxx Xxxxxx Xxxxx Relvas | 22.9% |
Xxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxx | 22.9% |
Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx | 7.9% |
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx | 11.2% |
Em 31 de dezembro de 2022, nos termos do artigo 448º do código das Sociedades Comerciais a estrutura acionista da Sociedade é a seguinte:
À data de 31 de dezembro de 2022 o capital social da Sociedade era de 995.081€, perfeitamente dentro dos limites regulatórios. Em 2023, até ao momento de apresentação deste relatório, a Sociedade já tinha efetuado novo aumento de capital de forma a robustecer a sua solvabilidade dentro dos parâmetros exigidos pela regulamentação, passando o capital social para 1.145.835€.
9. Identificação de acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos
Não há acionistas nestas condições.
10. Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício de voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício de direito de voto ou sistemas de destaque de direito de conteúdo patrimonial
Não são aplicadas quaisquer restrições ao direito de voto.
ANEXO 2:
POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA SIXTY DEGREES
Decorrente da sua constituição em maio de 2019, a Sixty Degrees tem implementada uma Política de Remuneração para os Membros dos Órgãos de administração e de Fiscalização cujo objetivo consiste em:
i) Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente, desincentivando a assunção de riscos incompatíveis com os perfis de risco, com o regulamento de gestão ou com os documentos constitutivos dos organismos de investimento coletivo geridos pela Sixty Degrees,
ii) Ser consentânea com a estratégia empresarial, com os objetivos, valores e os interesses da Sixty Degrees, com os interesses dos organismos de investimento coletivo por ela geridos, com os interesses dos respetivos investidores, e ainda incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses.
Estrutura da Remuneração
De acordo com a Política de Remunerações em vigor na Sociedade, os administradores da Sixty Degrees em exercício de funções, apenas, irão auferir uma remuneração fixa. Se o crescimento da Sociedade assim o justificar, a Sixty Degrees poderá alterar a sua Política de Remunerações de modo a incluir nesta uma remuneração variável que definirá o equilíbrio entre a parte fixa e a parte variável da remuneração, os tipos de remuneração variável, os critérios de avaliação de desempenho para efeitos da remuneração variável, os limites da remuneração variável, os mecanismos de retenção e de diferimento, os mecanismos de redução e reversão, e outros mecanismos que se revelem necessários para implementar uma política de remunerações flexível consentânea com uma gestão sã e eficaz dos riscos e que não incentive uma assunção de riscos incompatível com os perfis de risco, com o regulamento de gestão ou com os documentos constitutivos dos organismos de investimento coletivo por si geridos, ou que de algum modo possa afetar o cumprimento da obrigação da Sixty Degrees de atuar no interesse dos organismos de investimento coletivo que gere, promovendo o alinhamento com as melhores práticas com o objetivo último de desincentivar a exposição a riscos excessivos e promover a continuidade e sustentabilidade dos desempenhos e resultados ao longo do tempo.
Presidente do Conselho de Administração
Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx
Vogais não-executivos
Xxxxx xx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx
Vogais executivos
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx
Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx
Lisboa, 21 de março de 2023
Demonstrações Financeiras e Notas Exercício 2022
Demonstrações Financeiras Exercício 2022
Sixty Degrees - Soc Gestora Fundos de Invest Mob, X.X Xxxxxxx Individual em 31 de dezembro de 2022
(Valores expressos em euros)
Notas | 31.dez.22 | 31.dez.21 | |||
Ativo Ativo não corrente | |||||
Ativos fixos tangíveis | 5 | 37 806.75 | 42 099.66 | ||
Ativos intangíveis | 6 | 67 506.50 | 40 160.76 | ||
Outros investimentos financeiros | 7 | 2 942.75 | 2 195.95 | ||
Outros Créditos a receber | 8 | 17 258.03 | 17 258.03 | ||
Ativos por impostos diferidos | 9 | 409 301.87 | 294 727.96 | ||
Total dos Ativos Não Correntes | 534 815.90 | 396 442.36 | |||
Ativo corrente | |||||
Clientes | 15 | - | - | ||
Estado e outros entes públicos | 10 | 36.85 | 172.38 | ||
Outros créditos a receber | 8 | 38 066.30 | 122 617.04 | ||
Diferimentos | 11 | 13 341.51 | 6 588.45 | ||
Caixa e depósitos bancários | 4 | 149 039.67 | 131 716.70 | ||
Total dos Ativos Correntes | 200 484.33 | 261 094.57 |
tATotaldoivo 735 300.23 657 536.93
CapitalPróprio | |||
Capital subscrito | 12 | 995 081.00 | 852 468.00 |
Prémios de emissão | 12 | 672 919.00 | 531 732.00 |
Resultados transitados | 12 | (786 364.53) | (650 665.73) |
Resultado líquido do exercício | (247 688.34) | (135 698.80) | |
Total dos Capitais Próprios | 633 947.13 | 597 835.47 |
Pasivo
Passivo corrente
Fornecedores | 13 | 35 309.52 | 5 289.47 | |
Estado e outros entes públicos | 10 | 11 800.71 | 12 245.77 | |
Financiamentos obtidos | 14 | 323.42 | 180.47 | |
Outras dividas a pagar | 13 | 53 919.45 | 41 985.75 | |
Total dos Passivos Correntes | 101 353.10 | 59 701.46 | ||
Total do Passivo | 101 353.10 | 59 701.46 |
pósCarPpilaiPTtlotado
+oivo 735 300.23 657 536.93
Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras
Lisboa, 21 de março de 2023
A Administração O Contabilista Certificado
Sixty Degrees - Soc Gestora Fundos de Invest Mob, S.A
Demonstração dos Resultados Individuais Exercício findo em 31 de dezembro de 2022
(Valores expressos em euros) | ||||||
Notas | 31.dez.22 | 31.dez.21 | ||||
Vendas e serviços prestados | 15 | 143 775.60 | 197 525.65 | |||
Fornecimentos e serviços externos | 16 | (265 866.37) | (196 986.64) | |||
Gastos com o pessoal | 17 | (209 988.21) | (234 809.77) | |||
Outros rendimentos | 18 | 58.66 | 1 724.04 | |||
Outros gastos | 19 | (19 847.07) | (12 051.45) | |||
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos | (351 867.39) | (244 598.17) | ||||
Gastos/reversões de depreciação e de amortização | 5.6 | (9 968.67) | (17 460.76) | |||
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) | (361 836.06) | (262 058.93) | ||||
Resultado antes de impostos | (361 836.06) | (262 058.93) | ||||
Imposto sobre o rendimento do período | 9 | 114 147.72 | 126 360.13 | |||
Resultado líquido do período | (247 688.34) | (135 698.80) |
Lisboa, 21 de março de 2023
Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras
A Administração O Contabilista Certificado
Sixty Degrees - Soc Gestora Fundos de Invest Mob, S.A
Demonstração das Alterações no Capital Próprio Individuais - Exercício de 2022
(Valores expressos em euros)
Capital Próprio atribuído aos detentores do capital
Capital subscrito
Prémios de emissão
Resultados transitados
Resultado líquido do exercício
Total do capital próprio
Posição no Início do Período 2022 1 Notas 852 468.00 531 732.00 (650 665.73) (135 698.80) 597 835.47
capital próprio | ||||||||||||
2 | - | - | (135 698.80) | 135 698.80 | - | |||||||
ResultadoLíquidodoPeríodo | 2 | (247 688.34) | (247 688.34) | |||||||||
ResultadoIntegral | 3=2 | (111 989.54) | (247 688.34) | |||||||||
Realizações de capital | 142 613.00 | - | - | - | 142 613.00 | |||||||
Realizações de prémios de emissão | - | 141 187.00 | - | - | 141 187.00 | |||||||
4 | 142 613.00 | 141 187.00 | - | - | 283 800.00 | |||||||
PosiçãonoFimdoPeríodo2022 | 5=1+3+4 | 12 | 995 081.00 | 672 919.00 | (786 364.53) | (247 688.34) | 633 947.13 |
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
- - (135 698.80) 135 698.80 -
Lisboa,21demarçode2023
A Administração
Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras
O Contabilista Certificado
Sixty Degrees - Soc Gestora Fundos de Invest Mob, S.A
Demonstração das Alterações no Capital Próprio Individuais - Exercicio de 2021
(Valores expressos em euros) (Valores expressos em euros)
Capital Próprio atribuído aos detentores do capital
Capital subscrito
Prémios de emissão
Resultados transitados
Resultado líquido do exercício
Total do capital próprio
PosiçãonoIníciodoPeríodo2021 | 1 | Notas | 125 000.00 | - | (325 405.37) | (325 260.36) | (525 665.73) | |||||
Outras alterações reconhecidas no capital próprio |
- |
(325 260.36) | 325 260.36 | - | ||||||||
capital próprio | ||||||||||||
2 | - | - | (325 260.36) | 325 260.36 | - | |||||||
ResultadoLíquidodoPeríodo | 2 | (135 698.80) | (135 698.80) | |||||||||
ResultadoIntegral | 3=2 | 189 561.56 | (135 698.80) | |||||||||
Realizações de capital | 727 468.00 | - | - | - | 727 468.00 | |||||||
Realizações de prémios de emissão | - | 531 732.00 | - | - | 531 732.00 | |||||||
4 | 727 468.00 | 531 732.00 | - | - | 1 259 200.00 | |||||||
PosiçãonoFimdoPeríodo2021 | 5=1+3+4 | 12 | 852 468.00 | 531 732.00 | (650 665.73) | (135 698.80) | 597 835.47 |
Lisboa,21demarçode2023
A Administração
Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras
O Contabilista Certificado
Sixty Degrees - Soc Gestora Fundos de Invest Mob, S.A
Demonstração dos Fluxos de Caixa Individuais Exercício findo em 31 de dezembro de 2022
(Valores expressos em euros)
Notas 31.dez.22 31.dez.21
FluxosdeCaixadasAtividadesOperacionais | ||||
Recebimentos de clientes | 243 296.03 € | 98 368.32 € | ||
Pagamentos a fornecedores | - | 265 097.12 € | - 241 666.38 € | |
Pagamentos ao pessoal | - | 214 338.09 € | - 221 482.21 € | |
Caixa gerada pelas operações | - | 236 139.18 € | - 364 780.27 € | |
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento | - | 353.94 € | - 298.55 € | |
Outros recebimentos/pagamentos | - | 29 983.91 € | - 16 641.35 € | |
Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais (1) | - | 266 477.03 € | - 381 720.17 € | |
FluxosdeCaixadasAtividadesdeFinanciamento | ||||
Recebimentos provenientes de: | ||||
Realização de capital e de outros instrumentos de capital próprio 283 800.00 € | 289 200.00 € | |||
283 800.00 € | 289 200.00 € | |||
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento (0) 000 000.00 € | 289 200.00 € |
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) | 17 322.97 € | - 92 520.17 € | ||
Caixa e seus equivalentes no início do período | 4 | 131 716.70 € | 224 236.87 € | |
Caixa e seus equivalentes no fim do período | 4 | 149 039.67 € | 131 716.70 € | |
- |
Lisboa, 21 de março de 2023
Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras
A Administração O Contabilista Certificado
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício 2022
1. DESCRIÇÃO DA ENTIDADE
A Sixty Degrees - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A iniciou a sua atividade no dia 19 de agosto de 2019 e tem por objeto a gestão de Organismos de Investimento Coletivo de Valores mobiliário (OICVM) e Organismos de Investimento Alternativo (OIAVM) e o desenvolvimento das atividades necessárias à prossecução do seu objeto nos termos da lei e regulamentação em vigor.
Em 31 de dezembro de 2022, a Sociedade é responsável pela gestão e representação dos seguintes organismos de investimento coletivo;
- Sixty Degrees – PPR/OICVM Flexível - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Flexível de Poupança Reforma com o número de identificação fiscal nº 720015804.
- Sixty Degrees – FLEXIBLE ALLOCATION /OICVM Flexível - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Flexível com o número de identificação fiscal nº 720017343.
- Sixty Degrees AÇÕES PORTUGAL/OICVM de Ações - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Ações com o número de identificação fiscal nº 720017513.
Nos termos da Lei n.º 16/2015 de 24 de fevereiro, (Republicado pelo Decreto-Lei n.º 144/2019, de 23 de setembro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 25/2020, de 7 de julho e pela Lei n.º 50/2020, de 25 de agosto e pelo Decreto-Lei n.º 72/2021, de 16 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 109-F/2021, de 9 de dezembro, pela Lei n.º 99-A/2021, de 31 de dezembro e pelo Decreto-Lei n.º 31/2022, de 6 de maio) a Sociedade está sujeita à supervisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As demonstrações financeiras são apresentadas em euros, estando sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral. Contudo, o Conselho de Administração admite que venham a ser aprovadas sem alterações significativas.
O Conselho de Administração da Sociedade entende que as demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Sociedade, bem como o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa.
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Regulamento Delegado 231/2013 de 19 de dezembro, com a Lei 16/2015 de 24 de fevereiro e com o Regulamento da CMVM 2/2015, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro (adiante designadas por “NCRF”) e normas interpretativas, aplicáveis ao exercício findo em 31 de dezembro de 2022 relativas à atividade gestão de Organismos de Investimento Xxxxxxxx.
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:
Bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Sociedade, de acordo com as NCFR, conjugadas com as adaptações específicas relativas à atividade de gestão de organismos de investimento coletivo e que resultam da aplicação, sempre que relevante, do Regulamento Delegado 231/2013 de 19 de dezembro, da Lei 16/2015 de 24 de fevereiro e do Regulamento da CMVM 2/2015.
Em 31 de dezembro de 2022 o capital próprio da Sociedade é de 633.947,13 euros, resultante dos aumentos de capital efetuados no decurso do ano de 2022, cumprindo desta forma o disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais.
O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade da Sociedade operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras, disponível sobre o futuro.
Especialização de exercícios
Os rendimentos e gastos são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que se vencem, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos são registadas como ativos ou passivos.
Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 3 a 5
Equipamento básico 4 a 7
As vidas úteis e métodos de amortização são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados.
O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um ativo fixo tangível é determinado como a diferença entre o justo valor do montante recebido ou a receber na transação e a quantia escriturada do ativo, sendo reconhecido em resultados no exercício em que ocorre o abate ou a alienação.
Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor. Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados na demonstração dos resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações estes gastos são capitalizados como ativos intangíveis.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado, com exceção dos direitos de gestão de instalações, os quais são amortizados de acordo com os períodos de vigência dos contratos que os estabelecem.
Nos casos de marcas e patentes, sem vida útil definida, não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual.
Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos são igualmente registados no capital próprio.
O imposto corrente a pagar é baseado no lucro/prejuízo tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em outros exercícios, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.
São registados passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. Apenas são registados impostos diferidos ativos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributáveis dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adicionalmente, não são registados impostos diferidos ativos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a outras situações, incluindo questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor na data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Caixa e equivalentes de caixa
Esta rubrica inclui caixa, depósitos à ordem em bancos e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com maturidades até três meses. Os descobertos bancários são incluídos na rubrica "Financiamentos obtidos", expresso no "passivo corrente".
Rédito
Comissões
Pelo exercício da atividade de gestão do Organismo de Investimento Coletivo, a Sociedade cobra as seguintes comissões:
Comissão de gestão
A comissão de gestão, de acordo com o OIC em causa, tem uma componente fixa (i) e uma componente variável:
- Componente Fixa: A comissão de gestão varia entre 0.625% e 1.75%, conforme o fundo e a categoria em causa, revertendo a favor da Sociedade Gestora.
- Componente Variável: A comissão variável, de acordo com o OIC em causa, corresponderá a 20% da diferença positiva entre a valorização do Fundo e o desempenho do seguinte compósito: Euribor a 12m, divulgada no último dia útil do ano anterior, adicionada de 2% ao ano, com a condição de que o valor da unidade de participação no último dia do ano seja superior à do fecho anual do ano transato. Apenas será cobrada a comissão variável se o Fundo tiver uma valorização positiva no ano.
Comissão de depósito
A comissão de depositário, de acordo com o OIC em causa, varia entre os seguintes patamares:
a) 0,15% anual, passando a 0,13% anual se o valor líquido global do Fundo for superior a 20 Milhões de euros, para o fundo Sixty Degrees PPR;
b) 0,13% anual, passando a 0,12% anual se o valor líquido global do Fundo for superior a 20 Milhões de euros, para os restantes fundos da Sociedade.
Acontecimentos subsequentes
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“eventos ajustáveis”) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“eventos não ajustáveis”) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.
Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
4. FLUXOS DE CAIXA
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, “Caixa e seus equivalentes” foram incluídas apenas movimentação bancárias uma vez que não existe registo de movimentação feita a dinheiro. Em 31 de dezembro de 2022 esta rubrica apresentava os seguintes valores:
2022 2021
149 039.67 131 716.70
Depósitos à ordem Depósitos à ordem
149 039.67 131 716.70
O saldo em aberto encontra-se disponível para uso.
5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o movimento ocorrido nos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas foi o seguinte:
Saldos a 31 /12/ 2022 Saldos a 31 /12/ 2021
Ativo Bruto | Amortizações Acumulados | Ativo Líquido | Amortizações Acumulados | Ativo Líquido | |
Edifícios e outras construções | 36 672.45 | 6 112.07 | 30 560.38 | 4 278.45 | 32 394.00 |
Equipamento administrativo | 35 799.35 | 28 687.50 | 7 111.85 | 23 972.08 | 9 248.27 |
Outros Ativos Fixos Tangíveis | 1 291.50 | 1 156.98 | 134.52 | 834.11 | 457.39 |
73 763.30 | 35 956.55 | 37 806.75 | 29 084.64 | 42 099.66 |
Durante o período de 2019, a Sixty Degrees procedeu ao aluguer de um escritório, no qual realizou obras nas infraestruturas, tendo igualmente adquirido o mobiliário necessário para poder exercer a sua atividade dentro dos requisitos exigidos. Estes valores foram registados na rubrica dos ativos fixos tangíveis, uma vez que são materiais onde é expectável uma vida útil superior a um ano
6. ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o movimento ocorrido nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas foi o seguinte:
Saldos a 31 /12/ 2022 Saldos a 31 /12/ 2021
Ativo Bruto | Em curso | Amortizações Acumulados | Ativo Líquido | Amortizações Acumulados | Ativo Líquido | ||
Programa de computador | 14 760.00 | - | 14 760.00 | - | 12 708.73 | 2 051.27 | |
Marca Sixty Degrees | 10 455.00 | - | 3 833.50 | 6 621.50 | 2 788.01 | 7 666.99 | |
Desenvolvimento Plataforma | - | 60 885.00 | - | 60 885.00 | - | 30 442.50 | |
25 215.00 | 60 885.00 | 18 593.50 | 67 506.50 | 15 496.74 | 40 160.76 |
Para representar a entidade foi criada a marca “Sixty Degrees”. Os seus custos foram registados numa conta de ativos intangíveis, na rubrica de propriedade industrial. Foi definida uma vida útil indefinida pelo que o bem será amortizado ao longo de 10 anos.
Em 2021 foi contratado um prestador de serviços para desenvolvimento de uma aplicação que permite aos investidores efetuar todo o processo de registo e onboarding bem como as operações de subscrição e resgate de fundos, diretamente na APP Sixty Degrees. À data de 31 de dezembro de 2022, a aplicação ainda se encontrava em desenvolvimento, tendo sido terminada em fevereiro de 2023
7. INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Em dezembro de 2022 e 2021, esta rubrica apresentava os seguintes valores:
2022 | 2021 | ||
Fundos de Compensação | 2 942.75 | 2 195.95 |
8. OUTROS CREDITOS A RECEBER
Em dezembro de 2022 e de 2021, a rubrica apresentava a seguinte composição:
2022 Não Corrente Corrente | 2021 Não Corrente Corrente | |||
Empréstimos de Sócios 17 258.03 - | 17 258.03 - | |||
Adiantamento Fornecedores - 24.97 |
- 16.26 | |||
Acréscimo Comissão de Gestão - 21 761.41 |
- 116 987.16 | |||
Outros Acrescimos - 11 206.95 |
- 913.62 | |||
Induxtra Caução - 4 700.00 |
- 4 700.00 | |||
Outros Creditos a receber | - 17 258.03 | 372.97 38 066.30 |
- -
17 258.03 122 617.04 |
9. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
No exercício de 2022, a Sociedade esteve sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), à taxa de 21%, podendo ser acrescido ainda um valor de derrama até um limite de 1,5%. Tendo em conta o volume de negócios de 2022, a Sociedade encontra-se isenta de derrama, uma vez que não obteve volume de negócios superior a 1.500.000,00 euros.
No exercício de 2022, o apuramento da Derrama Estadual é efetuado com base nas seguintes taxas: (i) 3% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a 1.500.000 euros e inferior 7.500.000 euros; (ii) 5% à parte do lucro tributável compreendida entre 7.500.000 euros e 35.000.000 euros; e (iii) 7% sobre a parte do lucro tributável que exceda os 35.000.000 euros.
As despesas de representação são tributadas autonomamente à taxa de 10%.
O imposto sobre o rendimento no exercício de 2022 e 2021 foi detalhado conforme se segue:
2022 | 2021 | ||
Imposto Estimado | 114 147.72 | 126 360.13 | |
Imposto Diferido | 114 573.91 | 126 521.88 | |
Imposto Corrente | (426.19) | (161.75) | |
Pagamento por Conta | - | - | |
Pagamento especial por conta | - | - |
Durante o exercício de 2022, foi contabilizado um ativo por imposto diferido no valor de 127.105,19 euros, existindo neste momento um valor para imposto diferidos de 409.301,87 euros, uma vez que a administração espera deduzir os prejuízos fiscais obtidos em anos anteriores nos resultados dos próximos 5 anos. Este valor também engloba o imposto diferido calculado pelo uso do benefício da remuneração do capital próprio no valor de 60.998,76 euros.
Em 31 de dezembro de 2022, o imposto corrente a pagar corresponde à tributação da matéria coletável e da tributação autónoma.
10. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Ativo | 2022 | 2021 | ||
36.85 | 172.38 | |||
Imposto Selo pago | 36.85 | 172.38 |
-
Passivo 2022 2021
11 800.71 | 12 245.77 | |||
Contribuições Segurança Social | 4 898.89 | 6 276.49 | ||
Fundos Compensação | - | 76.75 | ||
Retenções de impostos sobre Rendimento | 2 716.42 | 3 197.33 | ||
IRC a pagar | 426.19 | 161.75 | ||
IVA a pagar | 3 263.87 | 2 533.45 | ||
Imposto Selo | 495.34 | - |
Os impostos em aberto serão liquidados no decorrer de 2023 nomeadamente em janeiro, fevereiro (IVA) e maio (IRC).
11. DIFERIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2022, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2022 2021
Xxxxxx a reconhecer 13 341.51 6 588.45
Seguros 3 420.03 3 531.60
Outros 9 921.48 3 056.85
A rubrica “outros” engloba os restantes gastos faturados, mas que respeitam a períodos posteriores, como é o caso de licenças de softwares, segurança e vigilância.
12. CAPITAL PRÓPRIO
Em 31 de dezembro os resultados transitados apresentavam um valor negativo de €786.364,53 referente aos prejuízos dos exercícios de 2019, 2020, 2021 com os valores de €325 405,37, €325 260,36 e €135.698,80 respetivamente.
Em 31 de dezembro de 2022, o capital da Sociedade encontra-se totalmente subscrito e realizado em dinheiro, estando representado por 995.081 ações com valor nominal de 1 Euro cada.
À data de 31 de dezembro de 2022 o capital próprio da Sociedade é de € 633.947,13.
No decurso do exercício de 2022 foram efetuados dois aumentos de capital da Sociedade nos seguintes moldes:
A 21 de junho foi realizado um aumento de capital mediante a conversão de suprimentos em capital no valor de € 65.327,00 e Prémios de emissão no valor de €64.673,00, passando o capital social da Sociedade de € 852.468,00 para
€ 917.795,00.
A 24 de outubro foi realizado novo aumento de capital, mediante a conversão de suprimentos no valor de € 77.286,00 e Prémios de emissão no valor de €76.514,00, passando o capital social da Sociedade de € 917.795,00 para € 995.081,00.
A 6 de maio de 2022, foi deliberado em Assembleia Geral que o resultado líquido negativo do exercício referente a 2021, no montante de €135.698,80, fosse transferido para resultados transitados.
O resultado de 2022 será igualmente transitado para a rubrica de Resultados Transitados.
13. FORNECEDORES E OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR
Em 31 de dezembro de 2022 e de 2021, estas rubricas têm a seguinte composição:
2022 2021
Fornecedores 35 309.52 5 289.47
Prosegur 89.41 78.55
MSCAR 40.00 -
Xxxxxxxxxxx, Arruda & Associados -Soc de Advogados - 3 620.78
Epoch Multimédia Lda 1 404.60 0.35
Moneris- Serviços de Gestão, Lda . 1 538.82 - Edenred 2.46 -
EDP Comercial 94.76 93.71
CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários 300.00 -
Li nk Consulting, Tecnologias de Informação, S.A 30 442.50 - Epal Grupo Águas de Portugal 76.31 83.24
Obsidian Solutions LTD 1 259.67 1 178.29
Adobe Systems Software 3.69 18.44
Docus ign - 62.00
Zoom Video Communications 57.30 57.30
Streamyard - 43.35
Mailchimp - 53.46
2022 2021
Outras Dívidas a Pagar 53 919.45 41 985.75
Férias e Subsídio de férias 25 059.40 29 096.15
Pagamento de Cl ientes (faturado em 2022): 24 707.01 10 116.00
Sixty Degrees PPR/OICVM Fléxivel 10 108.64 7 965.14
Sixty Degrees Flexible Allocation 2 943.19 2 050.86
Sixty Degrees Ações Portugal 11 655.18 100.00
Outros acréscimos 2 154.34 2 773.60
Outros devedores 1 998.70
O saldo da rubrica “Férias e Subsídio de Férias” corresponde ao valor que será pago em 2023 referente ao direito de férias e subsídio de ferias que os colaboradores da Xxxxx Xxxxxxx adquiriram em 2022.
14. FINANCIAMENTOS OBTIDOS
Em dezembro de 2022 e 2021, a rubrica de financiamentos obtidos apresentava os seguintes valores:
2022 | 2021 | |||
Não Corrente | Corrente | Não Corrente | Corrente | |
Cartao crédito - | 323.42 | - | 180.47 | |
- | 323.42 | - | 180.47 |
15. VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS
Em dezembro de 2022 e 2021, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
2022 | 2021 | |
Prestações de Serviços | 143 775.60 | 197 525.65 |
Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível | 86 283.60 | 189 720.92 |
Fundo Sixty Degrees Flexible Allocation | 26 746.31 | 6 054.20 |
Fundo Sixty Degrees Açoes Portugal | 20 452.36 | 1 750.53 |
Outros | 10 293.33 | - |
As prestações de serviços descritas referem-se apenas a comissões cobradas pela Sociedade Gestora aos Fundos. As comissões cobradas exercício de 2022 foram mais baixas devido à redução substancial verificada na comissão variável.
16. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Em 2022 e 2021, esta rubrica tem a seguinte composição:
2022 2021
Fornecimentos e Serviços Externos 265 866.37 196 986.64
Subcontratos 7 416.90 2 562.54
Trabalhos especializados:
Advogados 21 332.86 19 491.27
Contabilidade 18 836.21 12 509.10
Auditoria 6 372.63 2 460.00
Software SGC 26 350.32 19 108.36
Outros 105 923.88 90 730.68
Comissões 8 662.10 1 224.82
Vigilância e Segurança 864.05 979.99
Serviços bancários 2 054.04 1 040.38
Honorários 13 008.40 1 112.38
Ferramentas e Utensílios 1 388.17 56.70
Material de escritório 2 938.02 725.54
Energías e Fluídos 1 649.73 1 618.32
Comunicação 5 426.92 8 799.47
Deslocações, Estadas e transportes 7 089.08 1 754.07
Despesas de Representação 833.94 258.20
Rendas e Alugueres 25 843.92 23 343.96
Seguros 4 078.19 4 242.25
Contencioso 953.13 487.50
Limpeza, Higiene e Conforto 3 003.88 2 575.51
Outros 1 840.00 1 905.60
A rubrica de outros trabalhos especializados refere-se a serviços contratados por parte da Sixty Degrees nomeadamente gestão de redes sociais, serviços de consultoria e subscrições de programas necessários ao exercício da atividade. As rúbricas com maior variação são as seguintes:
Honorários – Referente à sub-contratação de colaboradores
Trabalhos Especializados-Outros – Referente aos investimentos efetuados em recursos tecnológicos, Ciber-segurança.
Comissões – Referente a comissões liquidadas a agentes e promotores
17. GASTOS COM O PESSOAL
Em 2022 e 2021 esta rubrica tinha a seguinte composição:
2022 2021
Gastos com Pessoal 209 988.21 234 809.77
Remuneraçoes do pessoal 103 746.07 | 126 757.28 |
Encargos sobre remunerações 23 070.83 | 28 369.70 |
Remunerações dos orgãos Sociais 66 225.12 | 63 321.08 |
Encargos sobre remunerações 14 891.40 | 14 161.95 |
Fundos Compensação 60.60 | 69.12 |
Seguros de acidentes de trabalho 1 107.12 | 814.20 |
Outros 887.07 | 1 316.44 |
A 31 de dezembro de 2022, a Xxxxx Xxxxxxx contava com 10 colaboradores, dos quais 3 trabalhadores efetivos, 4 membros do Conselho de Administração, sendo três dos membros igualmente sócios da Sociedade, 1 colaborador a prazo e 2 estagiários. Em 2021 a sociedade contava com 8 dos quais 4 colaboradores efetivos e 4 membros do Conselho de Administração. A redução de gastos com Xxxxxxx, resulta acima de tudo com a saída de uma colaboradora efetiva.
18. OUTROS RENDIMENTOS
Nos exercícios de 2022 e 2021, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
2022 | 2021 | |
Outros Rendimentos | 58.66 | 1724.04 |
Comissão CMVM | 0.00 | 1651.12 |
Diferenças de câmbio | 57.95 | 37.43 |
Outros | 0.71 | 35.49 |
19. OUTROS GASTOS
Nos exercícios de 2022 e 2021, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
2022 2021
Outros Gastos | 19 847.07 | 12 051.45 |
Imposto sobre o valor acrescentado | 1 930.68 | 684.48 |
Imposto de Selo | 9 213.84 | 3 752.95 |
Taxas CMVM | 3 669.75 | 7 351.12 |
Despesas não devidamente documentadas | 777.95 | 19.54 |
Correções relativas a exercícios anteriores | 3 776.48 | 67.89 |
Multas Fiscais | 0.00 | 75.00 |
Juros de Mora | 0.00 | 1.50 |
Diferenças de câmbio | 286.06 | 98.97 |
Outros gastos | 192.31 | 0.00 |
20. PARTES RELACIONADAS Acionistas
Em 31 de dezembro de 2022, o capital social da Sociedade é composto por 995.081 ações de valor nominal de 1 euro cada, sendo integralmente detido pelos seguintes acionistas:
Participação | Data de Nascimento | Naturalidade | Nacionalidade | ||||
Xxxxxxxxx Xxxxxx xx Xxxx Xxxxxx Xxxxx Relvas | 22.9% | 19/08/1956 | Angola | Portuguesa | |||
Xxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxx | 22.9% | 05/05/1958 | Portugal | Portuguesa | |||
Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e moura da Costa Pinheiro | 7.9% | 07/05/1960 | Portugal | Portuguesa | |||
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx | 11.2% | 29/11/1966 | Portugal | Portuguesa | |||
Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx | 9.8% | 07/04/1966 | Portugal | Portuguesa | |||
Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx Xxxxxx | 9.8% | 22/06/1964 | Angola | Portuguesa | |||
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxx Xxxx | 7.7% | 09/03/1983 | Portugal | Portuguesa | |||
Xxxx Xxxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxx | 7.7% | 07/08/1985 | Portugal | Portuguesa |
Em 2022, os membros que compõem os órgãos sociais são os que a seguir se discriminam:
Mesa da Assembleia Geral
Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx
Conselho de Administração
Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx
Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx
Fiscal Único - ROC
Kreston & Associados – Sroc Lda Efetivo – Kreston & Associados – Sroc
Representada por Xxxxx xx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx
Revisor Oficial de Contas
Kreston & Associados – SROC, Lda
Transações com partes relacionadas
No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2022 e 2021, foram originados os seguintes rendimentos e gastos resultantes de transações com partes relacionadas:
Comissões Recebidas | Comissões Recebidas | |
2022 | 2021 | |
123 482.27 | 197 525.65 | |
Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível | 86 283.60 | 189 720.92 |
Sixty Degrees Flexible Allocation Flexível | 26 746.31 | 6 054.20 |
Sixty Degrees Ações Portugal | 10 452.36 | 1 750.53 |
Os outros rendimentos refletem comissões de research e taxas CMVM liquidadas pela sociedade e re-faturadas aos respetivos fundos.
Em 31 de dezembro de 2022, a Sociedade apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:
2022
Acionistas/Sócios | Outros Créditos a receber | |
Xxxxxxxxx Xxxxxx xx Xxxx Xxxxxx Xxxxx Relvas | 228 308.00 | 2 943.05 |
Xxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxx | 228 308.00 | 2 943.05 |
Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx Xxxxxx | 111 451.00 | 2 769.93 |
Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx | 97 520.00 | 2 423.68 |
Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx Xxxxxx | 97 520.00 | 2 369.68 |
Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx e moura da Costa Pinheiro | 78 728.00 | - |
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxx Xxxx | 76 623.00 | 1 904.32 |
Xxxx Xxxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxx | 76 623.00 | 1 904.32 |
995 081.00 | 17 258.03 |
21. FUNDOS GERIDOS
Os principais dados financeiros dos Fundos geridos pela Sociedade, em 31 de dezembro de 2022, eram os seguintes:
2022
Capital Realizado | Valor do Fundo Resultado Líquido Variações Patrimoniais |
Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível 7 783 343 | 8 095 731 - 175 472 - 13 720 |
Sixty Degrees Flexible Allocation Flexível 2 923 757 | 2 920 831 - 64 846 18 747 |
Sixty Degrees Ações Portugal 1 312 495 | 1 362 210 - 13 331 58 134 |
22. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS
No que respeita ao estipulado na alínea b) do n.º 1 do Artigo 66.º A, do Código das Sociedades Comerciais, a Administração informa que os honorários totais no exercício findo em 31 de dezembro de 2022 relativos a serviços prestados pelo Revisor Oficial de Contas, referentes à revisão legal das contas foram de 2.500 euros (+ iva).
23. EVENTOS SUBSEQUENTES
Não são conhecidos à data quaisquer eventos subsequentes, com impacto significativo nas Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2022.
A Administração
O Contabilista Certificado
Lisboa, 21 de março de 2023
Certificação Legal de Contas
Relatório e Parecer do
Fiscal Único
50 Sixty Degrees | Relatório e Contas 2022