CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PESQUISAS (MPS E DIEESE)
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PESQUISAS (MPS E DIEESE)
Relatório: Produto 9
Plano de Ação do Piloto da Construção
Contrato Nº 06/2013 – MPS / DIEESE
XXXXXXXX XX 0000
XXXXXXXX XX
EXPEDIENTE DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - MPS
XXXXXXXXX XXXXX
Ministro da Previdência Social
XXXXXXXX XXXX XXXXX XXXXXXXXX
Secretário de Políticas de Previdência Social Esplanada dos Ministérios, Bloco F, 7º Andar, Sala 723
Brasília, DF - CEP: 70059-900 Fone: (00) 0000-0000/5342
Fax: (00) 0000-0000/5045
e-mail: xxxxxxxx.xxxxxxxxxx@xxxxxxxxxxx.xxx.xx
XXXXXXX XXXXXXXXX XXXXXXXX
Diretor do Departamento do Regime Geral de Previdência Social Fone: (00 00) 0000-0000
Fax: (00 00) 0000-0000
e-mail: xxxxxxx.xxxxxxxx@xxxxxxxxxxx.xxx.xx
MPS – Ministério da Previdência Social
Esplanada dos Ministérios Bloco F - CEP: 00000-000
Xxxxxxxx - XX
Telefone: (00) 0000-0000 xxxx://xxx.xxxxxxxxxxx.xxx.xx
EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE
Direção Técnica
Xxxxxxxx Xxxx Xxxxx – Diretor Técnico Xxxxxxxx Xxxxxxxxx – Coordenadora Executiva
Xxxxxx xx Xxxxxxx – Coordenadora Administrativa e Financeira Nelson de Xxxxxx Xxxxx – Coordenador de Educação
Xxxx Xxxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxxxxx – Coordenador de Relações Sindicais Xxxxxx Xxxxxx – Coordenador de Atendimento Técnico Sindical Xxxxxx Xxxxxxxxxx – Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento
Coordenação Geral do Projeto
Xxxxxx xx Xxxxxxx Xxxx – Coordenadora Geral Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxx – Assistente Administrativo Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxxx – Coordenadora técnica Xxxxxxxx Xxxx Xxxxx – Coordenadora técnica
Xxxxxx Xxxxxx xx Xxxxxxxx – Coordenadora técnica Xxxxxxxx Xxxxxxx xxx Xxxxxx Xxxxxxx – Coordenador Técnico
Equipe Executora
DIEESE
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Aurora, 957 – Centro – São Paulo – SP – XXX 00000-000
Fone: (00) 0000 0000 – Fax: (00) 0000 0000 –
E-mail: xxxxxxxxxxxxx@xxxxxx.xxx.xx/ xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx
Sede do Projeto “Redução da Informalidade por meio do Diálogo Social” SCHN/CL 000, Xxxxx X, x. 54, sala 216, Asa Norte
Brasília - DF – Brasil - CEP: 70.755 - 530 Fone: (00) 0000 00 00 e (00) 0000 00 00
E-mail: xxxxxxxxxx@xxxxxx.xxx.xx
SUMÁRIO
1. DESCRIÇÃO DOS EVENTOS | 05 |
2. RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES NA II OFICINA DE DIÁLOGO SOCIAL | 06 |
3. PLANO DE AÇÃO ELABORADO PELOS ATORES SOCIAIS | 07 |
ANEXO I: | 16 |
ANEXO II: Listas de Presença e Fotos da Atividade | 20 |
.
1. DESCRIÇÃO DOS EVENTOS
Tipo de atividade: II Oficina de Diálogo Social do Piloto da Construção
• Nome: II Oficina de Diálogo Social do Piloto da Construção
• Local: Grande Hotel da Barra (Rua Forte de São Diogo, 2, Porto da Barra, Salvador, Bahia.
• Data: 22 e 23 de outubro de 2013
• Descrição das Atividades: Oficina de diálogo social com os atores sociais (trabalhadores, empregadores e governos), com o objetivo de elaborar o plano de ações para o enfrentamento da informalidade no emprego doméstico brasileiro e estabelecer prioridades, responsáveis e prazos para a implantação das ações recomendadas.
2. RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES NA II OFICINA DE DIÁLOGO SOCIAL DA CONSTRUÇÃO
NOME | ENTIDADE |
1. Xxxxxxxx Xxxxxx de Lima | SINTEPAV-BA |
2. Xxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxx | XXXXXXXX |
3. Xxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxx Xxxxxx (Loteba) | SITICCAN |
4. Xxxxxxx Xxxxxx | SINTEPAV-BA |
5. Xxxxxxx Xxxxxx xx Xxxxx | SINTEPAV-BA |
6. Carlos Alberto C. Vale | FETRACOM-BA |
7. Celmo Assunção | FETRACON |
8. Xxxxxxx Xxxxxx de Xxxxx | XXXXXXXX |
9. Dinacy Barreto Della Cella | INSS |
10. Xxxxxxxx Xxxxx | SINTEPAV-BA |
11. Elder Brito | SINTEPAV-BA |
12. Xxxxxxxx X. xx Xxxxxxx | XXXXXXXX-BA |
13. Xxxxxx Xxxxxxxx do Rosário | SINTEPAV-BA |
14. Xxxxxxxxx xxx Xxxxxx | SINTEPAV-BA |
15. Gilson Bonfim | SINTEPAV-BA |
16. Xxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxx | SINTEPAV-BA |
17. Xxxxx xx Xxxxx Xxxx | XXXXXXXX-BA |
18. Xxxxx Xxxxx de Mattos | SINTEPAV-BA |
19. Xxxxxxxx Xxxxxxxx | SINTEPAV-BA |
20. Xxxx xx Xxxxxx Xxxxx | SINICON |
21. Xxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxx | SINTICESB |
22. Xxxx Xxxxx xx Xxxx | SINTEPAV-BA |
23. Xxxx Xxxxxxx | XXXXXXXX |
24. Xxxx Xxxxxxxx xx Xxxxx | SINTICESB |
25. Xxxx Xxxxxxxx Xxxxx | SINTEPAV-BA |
26. Xxxx xxx Xxxxxx Xxxxxxxxx | XXXXXXXX-BA |
27. Xxxx Xxxx Xxxxxxxx | XXXXXXXX-BA |
28. Xxxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxx | SINTRACOM e CTB |
29. Xxxx Xxxxxxx Xxxx | SINTRACOM-BA |
30. Juciara dos Santos | SINTEPAV-BA |
31. Lavínia Xxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxx | DIEESE |
32. Xxxx Xxxxx Xxxxx | SINTEPAV-BA |
33. Xxxxxxx Xxxxxxx X. Xxxxxxx | INSS |
34. Xxxxxx Xxxxxx | Receita Federal |
35. Xxxxx Xxxxxxx xx X. Souza | Receita Federal |
36. Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxx | DIEESE |
37. Xxxxxxx Xxxxxxxx xxx Xxxxxx | SINTEPAV-BA |
38. Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx | SINTEPAV-BA |
39. Xxxxx Xxxxxxx Xxxxxx | XXXXXXXX-BA |
40. Xxxxx Xxxxx Xxxxxxxx | MPS |
41. Xxxxxx Xxxxxxxxx xx Xxxxx | FUNDACENTRO/MTE |
42. Xxxxxx xx Xxxxxxx Xxxx | DIEESE |
43. Xxxxxx xxx Xxxxxx | SINTEPAV-BA |
44. Xxxx Xxxxxx Xxxxxxxx | Força Sindical |
45. Xxxx Xxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxx | SINTEPAV-BA |
46. Silvany Braga | FETRACOM-BA |
47. Xxxxx Xxxxx xx X. xx Xxxxx | XXXXXXXX-BA |
3. PLANO DE AÇÃO ELABORADO PELOS ATORES SOCIAIS
3.1 Contextualização
A informalidade é um grave problema no Brasil. Sua solução requer um esforço persistente de diferentes instituições, tanto do governo como da sociedade, voltado à formulação de ações e políticas consistentes e articuladas.
Visando uma intervenção social incidente sobre os marcos regulatórios, programas e políticas públicas e comportamentos na sociedade, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e o FUMIN/BID (Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento) firmaram o Convênio ATN/ME-11684-BR para desenvolver o projeto “Redução da Informalidade de Micro, Pequenas e Médias Empresas por meio do Diálogo Social”. Desde 2009 passou- se, então, a mobilizar os atores sociais de cadeias produtivas e Arranjos Produtivos Locais nos seguintes setores e localidades do País:
1) Comércio, em Porto Alegre/RS;
2) Construção Civil, em Curitiba/PR;
3) Confecções, no Agreste de Pernambuco;
4) Setor Rural:
4.1 – agronegócio, na cultura do tomate em Morrinhos/GO;
4.2 – agricultura familiar, na cultura da cebola em Ituporanga/SC;
4.3 – cooperativas da agroindústria com segurados especiais da Previdência Social, na cultura do caju no Ceará.
As informações dos respectivos projetos-pilotos (objetivos, ações realizadas, redes de atores e relatórios das oficinas de diálogo social e capacitação dos atores locais) encontram-se disponíveis na página do Dieese: xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxxxxxxx/xxxxxxxxxxxxx.xxx
Em 10 de agosto de 2011 foi criado o Grupo Interministerial pela Portaria no 491, assinada por seis Ministérios, sob a coordenação do Ministério da Previdência Social – MPS - objetivando “acompanhar, discutir, analisar e avaliar as propostas do Projeto de Redução da Informalidade por meio do Diálogo Social”, coordenado pelo Dieese. Desde de então o grupo composto por representantes dos órgãos do governo federal, dos atores sociais dos pilotos e outra organizações (ANFIP, SEBRAE, Contag) vêm discutindo tecnicamente e implementando as recomendações endereçadas ao governo federal a partir da realidade concreta das comunidades envolvidas.
(Ver xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxxxxxxx/xxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxx.xxx )
Em 11 de abril de 2013 foi celebrado, entre o Ministério da Previdência Social e o DIEESE, o Contrato N.º 06/2013 para a execução do projeto “Estratégias para redução da informalidade no emprego doméstico, serviços de alimentação – bares e restaurantes e na construção civil”.
Com o propósito de ampliação do trabalho formal e redução da informalidade e da desproteção previdenciária dos trabalhadores, foram incorporados os seguintes Pilotos:
a) Emprego Doméstico;
b) Construção, em Salvador/BA;
c) Serviços de Alimentação: Bares e Restaurantes, em Natal/RN.
Objetivo Geral:
Definir estratégias para reduzir a informalidade nas localidades/setores de elevada incidência de informalidade por meio da criação de espaço de diálogo social com os atores sociais para a explicitação e negociação das demandas e para a articulação de redes permanentes de instituições públicas e da sociedade civil comprometidas com o processo de formalização de empregos, empreendimentos e empresas, visando à inserção produtiva com proteção social.
Objetivos Específicos:
a) Construir espaço de diálogo social entre o poder público, empresários e trabalhadores para elaboração de diagnósticos e propostas para viabilizar a inclusão com proteção social.
b) Identificar e negociar, por meio do diálogo social, as principais demandas para a formalização, nos setores de atividade selecionados.
c) Construir planos de ação, destacando-se as responsabilidades e prazos de implantação das ações e políticas recomendadas.
3.2 Metodologia
A metodologia fundamenta-se no diálogo social com os atores sociais nas localidades/setores selecionados, o qual permite a construção participativa de diagnósticos a partir da visão dos envolvidos no processo e, ainda, a construção de alternativas de intervenção articuladas e sistematizadas em Planos de Ações.
Ressalte-se que as informações, os conhecimentos produzidos coletivamente e as estratégias desenhadas pelos atores sociais permitem a intervenção sobre os problemas que dificultam a inclusão social no mundo do trabalho sem garantias e proteção social.
3.2.1 Modelo de Intervenção:1
Atualmente considera-se que a informalidade não pode ser explicada pela consideração de uma determinação específica. De fato, a informalidade é um fenômeno complexo, que contou com diversas interpretações apontando para preocupações próprias de cada momento histórico e dos embates dos interesses em disputa. Não se pode dissociar, portanto, a informalidade das estruturas econômicas e das condições históricas do desenvolvimento das sociedades e países. O importante é que, cada vez mais, a
1 Baseado no Relatório de Balanço: 2010 – 2012 (DIEESE, 2012) xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxx/xxxxxxxxxxxxx/xxxxxxxxxXxxxxxx00000000.xxx
informalidade é tida com um tema transversal especialmente para os países em desenvolvimento, onde a informalidade, em qualquer de suas múltiplas formas, pode atingir mais da metade da população ocupada.
A complexidade do tema e a crescente interação entre as atividades desenvolvidas pelo setor informal e os setores dinâmicos da economia vem propiciando uma maior relevância ao debate e à formulação de novas concepções e categorias de análise, voltadas para o desafio de incrementar a proteção social no âmbito do empreendedorismo autônomo e das atividades cooperativas, tanto como fomentar os ganhos de eficiência sistêmica decorrentes do combate à precarização do trabalho assalariado.
Almeja-se, portanto, enfrentar o problema da informalidade considerando-se que é um fenômeno de elevada complexidade que afeta a qualidade das ocupações nas diversas cadeias produtivas, impactando as comunidades menos favorecidas para as quais as políticas públicas nacionais tem tido pouca eficácia, dada a desarticulação com os entes federados e, sobretudo, as evidentes especificidades locais. Para se reconhecer as formas de existência do problema e propor coletivamente as recomendações de solução, o DIEESE desenvolveu o método para a criação do espaço de diálogo social com o objetivo de desencadear o processo de intervenção social nos projetos-piloto.
Assim, o processo pode ser reconhecido nos seus três momentos:
1. Mapeamento das demandas dos distintos atores sociais;
2. Implantação das recomendações de políticas (governos) e ações (sociedade civil) elaboradas no espaço de diálogo social estabelecido nas respectivas localidades; e
3. Análise, monitoramento, evolução e difusão de experiências.
O modelo de intervenção, propriamente dito, contempla as seguintes atividades:
• Mobilização dos atores sociais, por meio de visitas de sensibilização nas localidades selecionadas;
• Oficinas com os atores sociais para o mapeamento de demandas e necessidades em cada piloto;
• Elaboração de Plano de Ação, para ampliar a proteção social e intervir nas políticas públicas.
PLANO DE
AÇÃO
MAPEAMENTO DAS DEMANDAS
MOBILIZAÇÃO
DOS ATORES
METAS de redução
da informalidade
Nesse contexto são construídas coletivamente as recomendações para melhorar as condições de trabalho e produção e a qualidade de vida de um expressivo número de pessoas e comunidades, ampliando-se a proteção social e a legalização dos empreendimentos/empresas.
As características do modelo, que o diferenciam, de outros podem ser assim resumidas:
1. O diálogo social permite dar visibilidade aos trabalhadores e às formas de sua organização (daqueles que “vivem do trabalho”) e experimentar formas de articulação das políticas e das ações;
2. Nas localidades selecionadas há instituições atuantes, tanto como a institucionalidade necessária para o estabelecimento de compromissos e responsabilidades;
3. Os governos (autoridades instituídas) podem ser acessados.
Note-se que a intervenção social requer a utilização dos recursos (políticos/econômicos/locais/nacionais etc.) para uma mobilização que conduza a um maior nível de organização da sociedade para que acesse o estado em prol da conquista e/ou ampliação de direitos (proteção social) que, por sua vez, viabilize a atividade produtiva e a qualidade de vida dos cidadãos.
mediação
Medidas de
desenvolvimento
Empoderamento
dos
Atores sociais
Os limites dessa estratégia específica são apontados pela forma de organização da produção nos Arranjos Produtivos Locais e também pela própria dinâmica e estrutura dos mercados nas cadeias produtivas que são objeto do modelo de intervenção.
Para se criar o espaço de Diálogo Social e constituir uma rede de atores articulados, é necessário:
1. Mobilizar os atores sociais;
2. Realizar uma reflexão coletiva sobre a história do fenômeno, considerando-se o setor de atividade/ramo específico;
3. Promover uma experiência exitosa de levantamento de problemas e recomendação de soluções;
4. Incentivar a divulgação e ressaltar o efeito demonstração sobre outros atores ("os pilotos são únicos, mas podem ser replicados").
3.2.2. Mediação
O DIEESE assume um papel essencial enquanto entidade mediadora entre o que é estabelecido no “plano de ação” por meio do diálogo social e a viabilização desse plano
- momento culminante do processo de intervenção social transformador da realidade.2
Ressalte-se ainda que o DIEESE propicia o estabelecimento do espaço/arena de negociação (diálogo social), à medida que:
1. É uma instituição única (abarca todas as correntes do movimento sindical brasileiro);
2. Possui capacidade técnica para resolver questões e
3. Possui credibilidade frente a todos os atores sociais.
2 O DIEESE possui uma vasta experiência em atividades de formação de dirigentes sindicais e de participação em espaços de negociação. A proposta metodológica e o modelo de intervenção foram elaborados com base na larga experiência de formação de dirigentes e assessores sindicais do DIEESE e estruturados a partir dos seguintes elementos (DIEESE, 2006): 1) Democracia e participação social; 2) Diálogo social; 3) Planejamento; 4) Concepção de educação. O primeiro pressuposto da metodologia, ou seja, a (1) Democracia e participação social considera a importância da ampliação da participação social no regime democrático. A consolidação do processo de democratização da sociedade brasileira propiciou a ampliação da participação dos diversos atores e movimentos sociais em espaços variados de discussão e negociação de políticas públicas.
O segundo, (2) Diálogo Social, apresenta a prática do diálogo entre os atores sociais como um importante instrumento de participação. Ressalte-se que o diálogo social é definido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como todos os tipos de negociação, consultação ou simples troca de informações entre representantes dos governos, empregadores e trabalhadores em questões relevantes para a política econômica e social.
O terceiro elemento da metodologia trata-se do (3) Planejamento Estratégico Situacional – PES. Desenvolvido por Xxxxxx Xxxxx (1989, 1996), esse planejamento pode ser apontado como alternativa às formas convencionais em que o estado se apresenta como único protagonista no ato de planejar. Considera- se, portanto, que o processo de planejamento cria um espaço para a participação dos diferentes atores sociais, tratando-se a realidade como algo complexo e incerto, que permite diferentes leituras dos processos sociais pelos distintos atores. A prática do Planejamento Estratégico Situacional ocorre através do processamento dos problemas e é realizada em quatro momentos: explicativo; normativo; estratégico e tático-operacional. Esses momentos são consequência da visão dinâmica do processo de planejamento e se caracterizam pela permanente interação entre eles e pela necessidade constante de retomada de qualquer um deles sempre que a mudança de situação assim o exigir.
Por último, a (4) concepção de educação adotada nesta metodologia sustenta-se numa abordagem sociohistórica, que “(...) considera a aquisição do conhecimento como um processo em que a interação dos participantes com o conhecimento que deseja obter não é solitária, mas sim, social; não é direta, mas mediada”. As atividades desenvolvidas a partir dessa concepção buscam propiciar o diálogo entre os conhecimentos produzidos pelos participantes ao longo da vida (ou seja, seu repertório) e o conhecimento acumulado, socialmente produzido. Na interação desses conhecimentos, mediados pelo conhecimento também trazido pelo formador, produz-se um novo conhecimento, transforma-se, ao mesmo tempo, o aprendiz, o formador e o próprio objeto do conhecimento – por que o olhar do sujeito o transforma. (DIEESE- Formação dos Conselheiros dos CETEPS: caderno do formador. Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Xxxxxxxx: DIEESE, 2012)
Em síntese, a metodologia baseia-se na ênfase ao processo de mobilização para formar sujeitos que conquistam direitos e proteção social e transformam a realidade em que vivem.
3.3 PLANO DE AÇÃO DO PILOTO DA CONSTRUÇÃO, ELABORADO NA II OFICINA DE DIÁLOGO SOCIAL
AÇÃO | RESPONSÁVEL | PRAZO |
Criação do Comitê de execução do plano de combate à informalidade: o Primeira reunião: convocatória feita pelo DIEESE; o Realizar campanhas conjuntas de combate à informalidade; o Criação de uma comissão tripartite; o Discussão sobre os critérios de licitação. | ❖ Centrais sindicais junto às entidades sindicais. ❖ Parceiros: MPS, MTE, MPT, representação patronal, RFB, TRT, CREA, SEBRAE, FUNDACENTRO, TCU, SETRE, etc. | 19 de novembro, na FUNDACENTRO às 9h00. |
Fiscalização: o Contratação de auditores fiscais; o Visitas de sensibilização presencial aos gestores da RFB (delegacia de SSA), SRTE, MPT, GER INSS, CREA, TCU. | ❖ Sub-comitê. | Agenda construída na reunião do Comitê |
Campanha de informação previdenciária: o Representante do MPS enviará a lista das regionais do INSS para o DIEESE divulgar; o Capacitação para dirigentes em Juazeiro, Salvador e Itabuna. | ❖ Centrais Sindicais, ❖ DIEESE, | 5 e 6 de dezembro de 2013 |
Preparar subsídios para levar ao Comitê: o Lei 11.780/2008; o Propor modificações da lei de contrapartidas para desoneração. | ❖ FETRACOM, ❖ SINTEPAV, ❖ SITICCAN | Até a reunião do Comitê |
ANEXO I: PLANO DE AÇÃO DO GRUPO 1
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
1- LICITAÇÕES | ❖ Incluir na precificação a previsão com itens de seguridade, saúde e segurança e proteção ambiental (CCT). | A definir no Comitê | 2014 |
2- NORMAS | ❖ Reforma Tributária; ❖ Aperfeiçoar as normas existentes e exigir cumprimento das normas por todos. | ❖ Governos ❖ Empresas ❖ Trabalhadores | Permanente |
3- CONTRATAÇÕES DE EMPRESAS | ❖ Contratar empresas com condições de cumprir as obrigações e responsabilidades da contratante. | A definir no Comitê | 2014 |
4- CAMPANHA DE INFORMAÇÃO | ❖ Realizar campanhas publicitárias para educar e conscientizar sobre a formalidade. | A definir no Comitê | 2014 |
5- CONSCIENTIZAÇÃO | ❖ Realizar campanhas de conscientização sobre as obrigações previdenciárias, tanto do trabalhador como dos empresários. ❖ Conscientizar os trabalhadores informais sobre as vantagens de ser segurado da Previdência Social e outros direitos (explicar sobre os prejuízos relativos às férias, FGTS, aposentadoria, etc). | ❖ Centrais Sindicais ❖ Sindicatos ❖ Outras Entidades ❖ Outras Organizações | Permanente |
6- REVISÃO DA LISTA DE OCUPAÇÕES - MEI | ❖ Revisão da lista de enquadramento de todo microempreendedor individual. | A definir no Comitê | 2014 |
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
7- LEI 11718/2008 | ❖ Simplificar formas de recolhimento das contribuições. ❖ Estender a Lei 11.718 para a Construção Civil. | A definir no Comitê | 2014 |
8- FISCALIZAÇÃO: | ❖ Abrir concurso público para auditores fiscais para a Receita, Previdência e Ministério do Trabalho. ❖ Aumentar a fiscalização de obras locais por parte da Prefeitura. | A definir no Comitê | 2014 |
9- AÇÕES E COBRANÇAS | ❖ INSS tem que cobrar os devedores. | A definir no Comitê | 2014 |
10- CERTIDÃO NEGATIVA | ❖ Exigir Certidão Negativa para a liberação de obra. ❖ Acompanhamento, por parte dos Sindicatos, do recolhimento do FGTS e INSS. | A definir no Comitê | 2014 |
11- INSTRUÇÃO NORMATIVA 971/401 | ❖ Cumprir IN 971, que exige retenção do percentual das verbas; ❖ Cumprir IN 401, que disciplina em CCT as formas de subcontratação de terceirizados. | A definir no Comitê | 2014 |
12- DISCIPLINAR EM CCT (Contrato Coletivo de Trabalho) AS FORMAS DE SUBCONTRATAÇÕES | ❖ Incluir nos CCT cláusulas sobre as subcontratações. | A definir no Comitê | 2014 |
13- FISCALIZAÇÃO NA ABERTURA DE EMPRESA | ❖ Aumentar a fiscalização na abertura de empresa e concessão de CNPJ. | A definir no Comitê | 2014 |
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
14- MELHORAR A FORMA DE EMISSÃO DA CND (Certidão Negativa de Débito) | ❖ Prever multa pesada para a empresa contratante; ❖ Melhorar a forma de emissão da CND, observando o início da obra, número de trabalhadores, e a identificação dos trabalhadores; ❖ Definir exigência das empresas contratantes em relação ao cumprimento dos direitos e obrigações sociais de seus contratados, de acordo com a Lei (p. ex. não ultrapassar 30% de mão de obra terceirizada). | A definir no Comitê | 2014 |
15- INFORMAÇÃO PARA OS DIRIGENTES | ❖ Criação de banco de dados dos trabalhadores pelo Sindicato. | • Sindicatos dos trabalhadores | Xxxxx Xxxxx |
16- CRIAR COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO | ❖ Aumentar as informações sobre os direitos trabalhistas; ❖ Buscar mais informações sobre as obras iniciadas e fiscalizá-las; ❖ Buscar as ouvidorias dos órgãos e formalizar as denúncias; ❖ Criar um Comissão Permanente para fiscalizar e altuar; ❖ Obrigar o fornecimento de lista nominal de trabalhadores e subcontratadas para os Sindicatos; ❖ Implantar a “Declaração Certificadora do Sindicato” atestando o quantitativo de trabalhadores de cada obra; ❖ Cruzar as informações do INSS e dos Sindicatos sobre os recolhimentos à Previdência; | • SINTEPAV • SINICON • SINDUSCON • SINTRACOM • FETRACON • MPT • DIEESE | 2014 |
PLANO DE AÇÃO DO GRUPO 2
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
1. Criar COMITÊ | • Realizar a primeira reunião do Comitê na segunda quinzena de Novembro/2013 | Centrais Sindicais e DIEESE Parceiros Prioritários: MTE/SRTE; MPT; TRT; CREA; FUNDACENTRO; MPS/INSS; RFB; Representações Patronais; SEBRAE | 2013-2014 |
2. Propor reformulação da Lei de Desoneração, condicionando uma contrapartida de contratação de 30% a mais de seu efetivo para se beneficiar da Lei. | • A definir no Comitê | A definir no Comitê | 2013-2004 |
3. Propor reformulação da Lei de criação de empresas sem capital de giro e sem responsabilidade social | • A definir no Comitê | A definir no Comitê | 2013-2014 |
ANEXO II: Listas de Presença e Fotos da Atividade
Fotos da II Oficina de Diálogo Social do Piloto da Construção
Local: Grande Hotex xx Xxxxx (Xxx Xxxxx xx Xxx Xxxxx, 0, Xxxxxxxx, Xxxxx)
Xxta: 22 e 23 de outubro de 2013