ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI / BA
INDICE
1. D I S P O S I Ç Õ E S G E R A I S 1
1.1. ESCOPO E DEFINIÇÕES 1
1.2. RELACIONAMENTO CONTRATANTE - CONTRATADA 1
1.3. SEGURANÇA DAS OBRAS 3
1.3.1. P x x x x x x x o C o n t r a A c i d e n t e s 3
1.3.2. V i g i l â n c i a 4
1.4. MEIO AMBIENTE 5
2. ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO 6
3. ADMINISTRAÇÃO LOCAL DA OBRA 7
4. SERVIÇOS PRELIMINARES 8
4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 8
4.2. MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 8
4.3. ACAMPAMENTO E CANTEIRO DE SERVIÇOS 9
4.3.1. Projeto 9
4.3.2. Localização e Acessos 10
4.3.3. Construções e Instalações 10
4.4. PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DA OBRA 12
4.5. LIÇENCAS E MULTAS 12
4.6. REGISTRO NO CREA E INSS 13
4.7. SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO E TOPOGRAFICO PARA OBRA 13
4.8. TRÂNSITO , SINALIZAÇÃO E PROTEÇÃO 15
4.8.1. T x x x x x x x 00
4.8.2. S i n a l i z a ç ã o 16
4.8.3. P r o t e ç ã o 16
4.9. E S T R A D A S D E S E R V I Ç O E A C E S S O À S O B R A S 19
4.10. C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D O S U B S O L O 20
4.11. DESMATAMENTO, LIMPEZA E DEMOLIÇÕES 21
4.11.1. D e s m a t a m e n t o e L i m p e z a d o T e r r e n o 21
4.11.2. D e m o l i ç õ e s 22
4.12. REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS 22
5. MOVIMENTO DE TERRA 24
5.1. C O N S I D E R A Ç Õ E S G E R A I S 24
5.2. C L A S S I F I C A Ç Ã O D O S M A T E R I A I S D E E S C A V A Ç Õ E S 24
5.2.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s 24
5.2.2. Material de Primeira Categoria 25
5.2.3. Material de Segunda Categoria 25
5.2.4. Material de Terceira Categoria 25
5.3. DEFINIÇÃO DE SOLOS 26
5.3.1. M a t e r i a i s p a r a A t e r r o C o m p a c t a d o 26
5.3.2. Materiais em contato com concreto 27
5.3.3. Materiais para solos melhorado com cimento 27
5.3.4. Materiais para Reaterro de Valas de Tubulações de Cavas para Estruturas 27
5.4. UTILIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS 28
5.4.1. G e n e r a l i d a d e s 28
5.4.2. Depósito, Manuseio e Utilização de Explosivos 30
5.5. ESCAVAÇÕES 31
5.5.1. E s c a v a ç õ e s p a r a E s t r u t u r a s 31
5.5.2. E s c a v a ç õ e s p a r a E d i f i c a ç õ e s 32
5.5.3. E s c a v a ç õ e s e m E m p r é s t i m o s 33
5.5.4. Escavação de Valas em Solos 35
5.5.5. Escavação de Vala em Rocha 38
5.6. R E G U L A R I Z A Ç Ã O D E F U N D O S D E V A L A S 40
5.7. ATERROS E REATERROS 41
5.7.1. Construção de Aterros 41
5.7.2. Reaterro para Estruturas 44
5.7.3. Reaterro de Valas 45
5.8. CARGA, TRANSPORTE E DESCARGA 48
6. SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIAL 50
6.1. C O N S T R U Ç Ã O D E S A R J E T A S E D E S C I D A S D ’ Á G U A 50
6.2. B U E I R O S E R E D E S T U B U L A R E S D E C O N C R E T O 52
6.3. LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM 54
6.4. CAIXAS COLETORAS E/OU BOCAS DE LOBOS (BL) 55
7. GABIÂO 59
8. ESCORAMENTO 63
9. ESGOTAMENTO 64
10. ESPECIFICAÇLÃO D TUBO PEAD 65
11. PAVIMENTAÇÃO ASFALTICA 66
11.1. TERRAPLANAGEM 66
11.1.1. LOCAÇÃO DA OBRA 66
11.1.2. ESCAVAÇÃO MECANIZADA/REBAIXO E LIMPEZA DAS VIAS 67
11.1.3. TRANSPORTE DE MATERIAL ESCAVADO – BOTA FORA 67
11.1.4. REGULARIZAÇÃO DO SUB LEITO 67
11.1.5. AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE JAZIDA ( MAT DE BASE ) 68
11.2. BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANUL. SEM MISTURA 68
11.3. CAPA ASFÁLTICA - CBUQ 68
11.3.1. IMPRIMAÇÃO, IMPERMEABILIZAÇÃO 68
11.3.2. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE 69
12. DRENAGEM DE VALAS 72
13. ESGOTAMENTO COM BOMBAS 72
14. REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO 73
15. ESCORAMENTO 74
16. REMOÇÃO E RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO 79
16.1. G E N E R A L I D A D E S 79
16.2. PASSEIOS 80
16.3. MEIO- FIO (GUIAS) 81
16.4. ASFALTO 81
16.4.1. S u b - B a s e d e S o l o E s t a b i l i z a d o G r a n u l o m e t r i c a m e n t e 81
16.4.2. B a s e d e S o l o E s t a b i l i z a d o G r a n u l o m e t r i c a m e n t e 81
16.4.3. Imprimação 82
16.4.4. Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) 83
16.4.5. Pavimentação em paralelepípedos 83
16.4.6. Vias sem Revestimento/Pavimentação (terra) 83
17. IMPLANTAÇÃO DAS TUBULAÇÕES 84
17.1. S O N D A G E N S E F U N D A Ç Õ E S 84
17.1.1. S o n d a g e n s C o m p l e m e n t a r e s 84
17.1.2. F u n d a ç õ e s 84
17.2. MOVIMENTAÇÃO, ASSENTAMENTO E MONTAGEM DE TUBOS E CONEXÕES 85
17.2.1. M o v i m e n t a ç ã o d e T u b o s e C o n e x õ e s 85
17.2.2. T u b o s e C o n e x õ e s c o m J u n t a s E l á s t i c a s 86
17.2.3. T u b o s e C o n e x õ e s c o m J u n t a s R í g i d a s 88
17.2.4. R e v e s t i m e n t o n o C a m p o 92
18. ORGÕES ACESSÓRIOS 93
18.1. G E N E R A L I D A D E S 93
18.2. C A I X A S D E P R O T E Ç Ã O D E V E N T O S A S 93
18.3. C A I X A S D E P R O T E Ç Ã O D A S D E S C A R G A S 94
18.4. P O Ç O S D E V I S I T A 94
18.5. CAIXAS DE PASSAGEM 96
18.6. TUBOS DE QUEDA 96
18.7. TÊS DE INSPEÇÃO 97
18.8. BLOCOS DE ANCORAGEM 97
18.9. T R A V E S S I A S E C R U Z A M E N T O S 98
19. I N S P E Ç Ã O E T E S T E 99
19.1.1. R E D E C O L E T O R A 99
19.1.2. E M I S S Á R I O S 101
19.1.3. C A D A S T R O S 102
19.1.4. R E D E C O L E T O R A 103
19.1.5. R A M A L P R E D I A L 104
19.1.6. E M I S S Á R I O S 105
20. ESTRUTURAS EM CONCRETO (ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E OUTRAS) 105
20.1. R E Q U I S I T O S G E R A I S 105
20.2. C O M P O S I Ç Ã O E D O S A G E M 106
20.2.1. C o m p o s i ç ã o 106
20.2.2. D o s a g e m 106
20.3. C I M E N T O 108
20.3.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s 108
20.3.2. E m b a l a g e m e R o t u l a g e m 109
20.3.3. A r m a z e n a m e n t o 109
20.3.4. A c e i t a ç ã o 110
20.4. A G R E G A D O S 110
20.4.1. G e r a l 110
20.4.2. A r e i a 110
20.4.3. A g r e g a d o G r a ú d o 111
20.4.4. Á G U A 111
20.5. A D I T I V O S 112
20.5.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s 112
20.5.2. P l a s t i f i c a n t e s 112
20.5.3. I n c o r p o r a d o r e s d e A r 113
20.5.4. R e t a r d a d o r e s d e P e g a 113
20.5.5. A c e l e r a d o r e s d e P e g a 113
20.6. A X X X X X X X 000
20.6.1. G e r a l 113
20.6.2. R e c o b r i m e n t o s 114
20.6.3. E m e n d a s , e s p a ç a m e n t o s e a n c o r a g e n s 114
20.7. F O R M A S E E S C O R A M E N T O S 115
20.8. A M A S S A M E N T O 117
20.9. TRANSPORTE DO CONCRETO 117
20.10. L A N Ç A M E N T O 118
20.11. A D E N S A M E N T O 119
20.12. D E S F O R M A 120
20.13. C U R A 121
20.14. J U N T A S D E C O N C R E T A G E M 122
20.15. J U N T A S D E D I L A T A Ç Ã O E V E D A Ç Ã O 124
20.16. C O N C R E T O A R M A D O A P A R E N T E 125
20.17. A C A B A M E N T O S E R E P A R O S 126
20.17.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s 127
20.17.2. C l a s s e s d e A c a b a m e n t o 127
20.18. R e p a r o s d o C o n c r e t o 129
20.19. T O L E R Â N C I A S 132
20.20. E N S A I O S E C O N T R O L E D E Q U A L I D A D E D O C O N C R E T O 133
20.20.1. C o r p o s d e P r o v a 133
20.20.2. C o n t r o l e d e Q u a l i d a d e 134
20.20.3. E n s a i o s E s p e c i a i s d o C o n c r e t o 135
20.20.4. R e s u l t a d o s d o s E n s a i o s 135
21. E D I F I C A Ç Õ E S 135
21.1. F U N D A Ç Õ E S 135
21.2. A L V E N A R I A S 136
21.2.1. P e d r a A r g a m a s s a d a 136
21.2.2. T i j o l o s C e r â m i c o s 137
21.2.3. B l o c o s d e C o n c r e t o ( a p a r e n t e ) 138
21.2.4. E l e m e n t o s V a z a d o s 139
21.3. R E V E S T I M E N T O S 140
21.3.1. G e n e r a l i d a d e s 140
21.3.2. C h a p i s c o s 141
21.3.3. E m b o ç o s / R e b o c o s 141
21.3.4. A z u l e j o s e C e r â m i c a s 142
21.3.5. P i s o s C i m e n t a d o s 143
21.3.6. P i s o s C e r â m i c o s 144
21.3.7. R o d a p é s , S o l e i r a s e P e i t o r i s 146
21.4. C O B E R T U R A S 147
21.4.1. M a t e r i a i s 147
21.4.2. E x e c u ç ã o 147
21.5. E S Q U A D R I A S , F E R R A G E N S E V I D R O S 149
21.5.1. E s q u a d r i a s d e A l u m í n i o 149
21.5.2. E s q u a d r i a s d e F e r r o 150
21.5.3. E s q u a d r i a s d e M a d e i r a 150
21.5.4. F e r r a g e n s 152
21.5.5. V i d r o s 152
21.6. P I N T U R A S 153
21.6.1. C o n d i ç õ e s G e r a i s 153
21.6.2. P i n t u r a I m p e r m e a b i l i z a n t e à B a s e d e S i l i c o n e 154
21.6.3. P i n t u r a L á t e x à B a s e d e P V A 154
21.6.4. E s m a l t e S i n t é t i c o / Ó l e o 155
21.7. I N S T A L A Ç Õ E S H I D R Á U L I C O - S A N I T Á R I A S P R E D I A I S 155
21.7.1. G e n e r a l i d a d e s 155
21.7.2. Á g u a F r i a 156
21.7.3. E s g o t o S a n i t á r i o 157
21.8. I N S T A L A Ç Õ E S E L É T R I C A S P R E D I A I S 160
22. U R B A N I Z A Ç Ã O E P A I S A G I S M O 161
22.1. P R O T E Ç Ã O C O M E N R O C A M E N T O 161
22.2. P L A N T I O D E G R A M A E M P L A C A S 161
22.3. P R O T E Ç Ã O V E G E T A L D E T A L U D E S 162
22.4. C E R C A S D E A R A M E F A R P A D O 163
22.5. P O R T Õ E S 164
22.6. R E V E S T I M E N T O C O M B R I T A 164
22.7. P A I S A G I S M O 164
22.8. P L A N T I O D E Á R V O R E S E A R B U S T O S 165
22.9. M U R O P R É - M O L D A D O D E P L A C A S D E C O N C R E T O A R M A D O 166
23. G E O M E M B R A N A P A R A I M P E R M E A B I L I Z A Ç Ã O 167
24. M O N T A G E M D E E Q U I P A M E N T O S H I D R O - M E C Â N I C O S 168
24.1. C O N S I D E R A Ç Õ E S G E R A I S 168
24.2. M A N U S E I O D O S E Q U I P A M E N T O S 169
24.3. RE P A R O S A M A T E R I A L D A N I F I C A D O 170
24.4. S O L D A S 171
25. C O N J U N T O S M O T O R - B O M B A S 171
25.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s 171
25.2. I n s t a l a ç ã o 171
25.3. A s s i s t ê n c i a M e c â n i c a e T e s t e s 173
26. V Á L V U L A S 174
27. C O M P O R T A S 176
28. G R A D E S 176
29. M I S C E L Â N E A 177
29.1. G e n e r a l i d a d e s 177
29.2. S u p o r t e s 177
29.3. T a m p õ e s d e F e r r o F u n d i d o 178
30. M O N T A G E M D E M A T E R I A I S E E Q U I P A M E N T O S E L É T R I C O S 178
30.1. G E N E R A L I D A D E S 178
30.2. E L E T R O D U T O S 178
30.2.1. E l e t r o d u t o s R í g i d o s d e P V C 178
30.2.2. E l e t r o d u t o s F l e x í v e i s 179
30.2.3. E l e t r o d u t o s S u b t e r r â n e o s 179
30.3. C O N D U T O R E S E L É T R I C O S 180
30.4. Q U A D R O S E L É T R I C O S 181
31. P R É - O P E R A Ç Ã O 182
31.1. T E S T E S D E A C E I T A Ç Ã O 182
31.1.1. I n s t a l a ç õ e s d e L u z 182
31.1.2. I n s t a l a ç õ e s d e F o r ç a 183
31.1.3. M o t o r e s 183
31.1.4. C i r c u i t o s d e C o n t r o l e e C o m a n d o 184
31.1.5. T r a n s f o r m a d o r e s d e C o r r e n t e 184
31.1.6. D i s j u n t o r e s 184
31.1.7. C o n t a t o r e s d e B a i x a T e n s ã o 184
31.1.8. B a r r a m e n t o s d e B a i x a T e n s ã o 184
32. V E R I F I C A Ç Ã O F I N A L D A S O B R A S E L I M P E Z A 185
33. D E S E N H O S C O N F O R M E C O N S T R U Í D O 186
1. D I S P O S I Ç Õ E S G E R A I S 1.1.ESCOPO E DEFINIÇÕES
As presentes Especificações Técnicas estabelecem as condições técnicas básicas que devem ser obedecidas na execução das obras de Urbanização de Saneamento Integrado contratados pela MUNICIPIO DE DIAS D’ ÁVILA - BA, e constituem parte integrante dos contratos de serviços e obras.
A execução de todos os serviços contratados deve estar rigorosamente de acordo com os projetos, Caderno de Encargos do MUNICIPIO DE DIAS D’ ÁVILA e nas presentes Especificações Técnicas. Em caso de dúvida ou omissão nos elementos oferecidos, as Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da EMBASA no que se refere a saneamento serão consultadas.
Na existência de serviços não especificados, a CONTRATADA somente poderá executá-los após parecer favorável da FISCALIZAÇÃO.
Define-se:
• CONTRATANTE: A proprietária e CONTRATANTE dos serviços;
• CONTRATADA: Empresa Contratada para a execução das obras e serviços.
• FISCALIZAÇÃO: Pessoa física ou jurídica designada pela CONTRATANTE para fiscalizar a execução das obras e serviços;
As grandezas constantes destas Especificações Técnicas são expressas em unidades legais e as convenções para indicação das mesmas, assim como as abreviaturas, são, normalmente, as consagradas pelo uso. Siglas e abreviaturas pouco usuais serão explicitadas no decorrer do texto.
As citações e recomendações aqui contidas orientam e complementam as informações existentes nos projetos.
1.2.RELACIONAMENTO CONTRATANTE - CONTRATADA
A obra será fiscalizada por pessoal pertencente à CONTRATANTE, ou por pessoa física ou jurídica por ela designada, doravante indicada pelo nome de FISCALIZAÇÃO.
Não se poderá alegar, em hipótese alguma, como justificativa ou defesa, por qualquer elemento da CONTRATADA, desconhecimento, incompreensão, dúvidas ou esquecimento das cláusulas e condições destas Especificações Técnicas e do Contrato, bem como de tudo que estiver contido no Projeto, nas Normas, Especificações e Métodos da ABNT.
Ficam reservados à FISCALIZAÇÃO o direito e a autoridade para resolver todo e qualquer caso singular, duvidoso, omisso, não previsto no Contrato, nestas Especificações Técnicas, no Projeto e em tudo o mais que, de qualquer forma, se relacione ou venha a se relacionar, direta ou indiretamente, com a obra em questão e seus complementos.
A CONTRATADA deve ter e colocar à disposição da FISCALIZAÇÃO, permanentemente, os meios necessários e aptos a permitir a medição dos serviços executados bem como a inspeção das instalações da obra, dos materiais e dos equipamentos, independentemente das inspeções de medições para efeito de faturamento e, ainda, do estado da obra e do canteiro de trabalho.
A existência e a atuação da FISCALIZAÇÃO em nada diminuem a responsabilidade única, integral e exclusiva da CONTRATADA no que concerne às obras e suas implicações próximas ou remotas, sempre de conformidade com o Contrato, o Código Civil e demais leis ou regulamentos vigentes.
A FISCALIZAÇÃO pode exigir da CONTRATADA, a qualquer momento, de pleno direito, que sejam adotadas providências suplementares necessárias à segurança dos serviços e ao bom andamento da obra.
Pela CONTRATADA, a condução geral da obra deve ficar a cargo de pelo menos um ENGENHEIRO RESIDENTE, registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA – BA). Esse Engenheiro deve ser auxiliado, em cada frente de trabalho, por um Encarregado devidamente habilitado.
Antes do início dos serviços a CONTRATADA deve apresentar oficialmente a CONTRATANTE o seu quadro técnico responsável pela obra. Quaisquer modificações devem ser comunicadas previamente à FISCALIZAÇÃO para conhecimento e aprovação.
Todas as ordens dadas pela FISCALIZAÇÃO ao(s) Engenheiro(s) condutor(es) da obra devem ser consideradas como se fossem diretamente à CONTRATADA; por outro lado, todo e qualquer ato efetuado ou disposição tomada pelo(s) referido(s) Engenheiro(s), ou ainda omissões de responsabilidade do(s) mesmo(s), devem ser consideradas para todo e qualquer efeito como tendo sido da CONTRATADA.
O(s) Xxxxxxxxxx(s) condutor(es) da obra e os encarregados, cada um no seu âmbito respectivo, devem estar sempre em condições de atender à FISCALIZAÇÃO e prestar- lhes todos os esclarecimentos e informações sobre o andamento dos serviços, a sua programação, as peculiaridades das diversas tarefas e tudo o mais que a FISCALIZAÇÃO reputar necessário ou útil e que se refira diretamente à obra e suas implicações.
O quadro de pessoal da CONTRATADA empregado na obra deve ser constituído de
elementos competentes, hábeis e disciplinados, qualquer que seja a sua função, cargo ou atividade. A CONTRATADA é obrigada a afastar imediatamente do serviço e do local de trabalho todo e qualquer elemento julgado pela FISCALIZAÇÃO com conduta inconveniente e que possa prejudicar o bom andamento da obra, a perfeita execução dos serviços e a ordem geral do canteiro.
A FISCALIZAÇÃO tem plena autoridade para suspender, por meios amigáveis ou não, os serviços da obra, total ou parcialmente, sempre que julgar conveniente por motivos técnicos, de segurança, disciplinares ou outros. Em todos os casos, os serviços só podem ser reiniciados por outra ordem da FISCALIZAÇÃO.
A CONTRATADA não pode executar qualquer serviço que não seja autorizado pela FISCALIZAÇÃO, salvo os eventuais de emergência.
A CONTRATADA deve manter permanentemente na obra um livro, conforme modelo fornecido pela FISCALIZAÇÃO, para registro diário de todas as ocorrências relacionadas com a obra. Tal livro deve ter folhas numeradas, em três vias, e destacáveis, e devem ser rubricadas pela FISCALIZAÇÃO.
A citação específica de uma norma, especificação, etc. em algum item, não elimina o cumprimento de outras aplicáveis ao caso.
Antes da entrega das obras devem ser reparados pela CONTRATADA todos os defeitos e avarias verificados nos serviços acabados, qualquer que seja a causa que os tenham produzido, ainda que este reparo importe na remoção integral dos serviços executados.
1.3.SEGURANÇA DAS OBRAS
1.3.1. P r e v e n ç ã o C o n t r a A c i d e n t e s
Na execução dos trabalhos, deve haver proteção contra o risco de acidente com o pessoal da CONTRATADA e com terceiros, independentemente da transferência daquele risco a Companhias ou Institutos Seguradores.
Para isso, a CONTRATADA deve cumprir fielmente o estabelecido na legislação nacional no que concerne à segurança (nesta cláusula incluída a higiene e saúde no trabalho), bem como obedecer a todas as normas, à critério da FISCALIZAÇÃO, apropriadas e específicas para a segurança de cada tipo de serviço.
Em caso de acidentes no canteiro ou local de trabalho, a CONTRATADA deverá:
a) Prestar todo e qualquer socorro imediato às vítimas;
b) Xxxxxxxxx imediatamente a obra no local do acidente, a fim de evitar a possibilidade de
mudanças das circunstâncias relacionadas com o mesmo;
c) Solicitar imediatamente o comparecimento da FISCALIZAÇÃO no lugar da ocorrência, relatando o fato;
d) Informar imediatamente as autoridades competentes para averiguação do fato, quando aplicável.
Para cada categoria profissional, e em função do tipo de serviço, devem ser providenciados pela CONTRATADA os equipamentos de segurança adequados à proteção de seu pessoal, tais como: botas, capacetes, luvas, óculos de proteção, máscaras, capas de chuva, macacões, etc., devendo ainda todo funcionário possuir crachá de identificação.
A CONTRATADA deve manter livre o acesso ao equipamento contra incêndio, a fim de poder combater eficientemente o fogo numa possível eventualidade, ficando expressamente proibida a queima de qualquer espécie de madeira ou qualquer outro material no local da obra.
1.3.2. V i g i l â n c i a
No canteiro de trabalho, a CONTRATADA deve manter diariamente, durante as 24 (vinte e quatro) horas, um sistema eficiente de vigilância, efetuado por número apropriado de homens idôneos, devidamente habilitados e uniformizados, munidos de apitos, e eventualmente de armas, com respectivo “porte” concedido pelas autoridades policiais.
A CONTRATADA é a única responsável pela segurança, guarda e conservação de todos os equipamentos, ferramentas e utensílios e ainda pela proteção destes e das instalações da obra.
Qualquer perda ou dano sofrido no material, equipamento ou instrumental, eventualmente entregue pela CONTRATANTE à CONTRATADA, será avaliado pela FISCALIZAÇÃO.
A CONTRATADA é responsável integralmente por danos causados à CONTRATANTE e a terceiros, decorrentes de sua negligência, imperícia ou omissão.
Deve ser proibida a entrada no canteiro de obras de pessoas estranhas ao serviço, a não ser que estejam autorizadas pela CONTRATANTE ou pela CONTRATADA.
A CONTRATADA deve tomar todas as precauções e cuidados no sentido de garantir inteiramente a integridade de áreas adjacentes, pavimentações, canalizações, redes elétricas e outras propriedades de terceiros que possam ser atingidas, e ainda a segurança de operários e transeuntes, durante a execução de todas as etapas da obra.
1.4.MEIO AMBIENTE
Deverão ser adotadas todas as medidas necessárias, por parte da CONTRATADA, visando à preservação do meio ambiente, obedecendo à legislação ambiental pertinente, sem ônus para a CONTRATANTE.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações, remoção de materiais ou aterros necessários à implantação das obras, deverão ser tomadas medidas que proporcionem a manutenção das condições locais através de replantio da vegetação local semelhante a existente ou grama.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço, fora das áreas de trabalho, deverá ser evitado tanto quanto possível, principalmente, onde houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos bota-foras, devidamente compactados. Preferencialmente as áreas a eles destinadas serão localizadas a jusante da obra ou a critério da FISCALIZAÇÃO, sendo executados de forma a evitar que o escoamento das águas pluviais possam carrear o material depositado, causando assoreamentos. Os taludes dos bota-foras deverão ter inclinação suficiente para evitar escorregamentos. Deverá ser feito revestimento vegetal dos bota-foras, inclusive os de 3.ª categoria, após conformação final, a fim de incorporá-los à paisagem local.
Nas explorações das caixas de empréstimos serão adotadas recomendações de preservação ambiental. O desmatamento, destocamento e limpeza executados dentro dos limites da área escavada e o material retirado estocado de forma que após a exploração do empréstimo, o solo orgânico seja espalhado na área escavada reintegrando-a a paisagem. O material vegetal será removido, queimado sob fogo controlado ou estocado conforme as indicações do projeto. A remoção ou estocagem dependerá da eventual utilização, não sendo permitida a permanência de entulhos nas adjacências da plataforma de modo a provocar a obstrução do sistema de drenagem natural da obra ou problemas ambientais. Não deverão ser explorados empréstimos em áreas de reservas florestais, ecológicas, de preservação cultural, ou mesmo, nas suas proximidades. As áreas de empréstimos, após a escavação, deverão ser reconformadas com abrandamento dos taludes, de modo a suavizar contornos e reincorporá- las ao relevo natural, operação realizada antes do espalhamento do solo orgânico. As áreas de empréstimos deverão ser convenientemente drenadas de modo a evitar o acúmulo de águas, bem como, os efeitos da erosão.
2. ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO
O CONTRATADO é obrigado a elaborar o projeto executivo das obras, previamente a execução de qualquer serviço contratado. Para isto as ordens de serviços serão realizadas em momentos diferentes. Uma vez entregue o projeto executivo o mesmo será analisado pelo município e o posteriormente enviado para o de acordo da Caixa Econômica Federal e somente após a aprovação de ambos que o contratado estará autorizado a iniciar a execução.
Caso seja de interesse do município com anuência da CEF, o projeto executivo poderá ser aprovado em etapas assim distribuídas no orçamento:
• Projeto de Drenagem (Macrodrenagem e Microdrenagem);
• Elaboração de projeto de Esgotamento Sanitário;
• Elaboração de Projeto Geométrico;
• Elaboração de Projeto Estrutural;
Os projetos somente serão medidos com o término e aprovação por parte do município e CEF. Não será permitida medições parciais de horas de profissionais nem a plotagem/impressão sem a devida aprovação da fiscalização.
Após a aprovação serão impressas 5 (cinco) vias do produto/projeto, os mesmos com seus respectivos arquivos digitais um via única em PDF e outra em seus arquivos de origens (planilhas em formato XLS; desenhos em DWG; relatórios em DOC; etc.). a serem entregues aos seguintes.
Aprovado o projeto o mesmo será recebido da seguinte forma:
• 5 (cinco) vias impressas com as devidas assinaturas do RT (4 para município, sendo 1 para controladoria, 1 secretária de obras, 1 licitação, 1 fiscalização; e 1 para Caixa Econômica Federal.
• 1 (uma) via em pen drive, em um único arquivo em PDF, com devido índice dos documentos/peças.
• 1 (uma) via em pen drive, contento os arquivos “abertos” de origem (XLS, DOC, DWG, etc.)
ENGENHEIRO SENIOR: Para efeitos de medição o engenheiro responsável pela condução e responsabilidade técnica deste projeto deverá ter experiência profissional acima de 8 anos, comprovada através de atestado técnico. Sua participação para efeitos de medição será avaliada pela fiscalização, e por sua participação técnica. A medição só acontecerá mediante aprovação do projeto por meio de nota técnica.
DESENHISTA PROJETISTA (CADISTA): Serão admitidos quantos desenhistas forem
necessários a fim de garantir a celeridade na elaboração de plantas, desenhos, e demais peças gráficas necessárias. A medição só acontecerá mediante aprovação do projeto por meio de nota técnica.
AUXILIAR TÉCNICO DE ENGENHARIA: Serão admitidos quantos auxiliares forem necessários a fim de garantir a celeridade na elaboração de plantas, desenhos, levantamento de campo, relatórios e demais peças gráficas necessárias. A medição só acontecerá mediante aprovação do projeto por meio de nota técnica.
PLOTAGENS: As plotagens serão feitas nos formatos indicados onde se obtenha o melhor aproveitamento de espaço da prancha. Até a aprovação final serão impressas apenas uma via para análise. A medição só acontecerá mediante aprovação final do projeto por meio de nota técnica a ser emitida pela fiscalização autorizando a impressão das 5 (cinco) vias.
IMPRESSÕES E ENCADERNAÇÕES: As impressões/encadernações serão feitas no formato A4. Até a aprovação final serão impressas apenas uma via para análise. A medição só acontecerá mediante aprovação final do projeto por meio de nota técnica a ser emitida pela fiscalização autorizando a impressão das 5 (cinco) vias.
3. ADMINISTRAÇÃO LOCAL DA OBRA Serviço
A administração local da obra inclui engenheiro residente, encarregado ou mestre de obras, veículos, computadores e periféricos, combustível, vigia, móveis para escritório, material gráfico, administrador para a obra, internet, máquinas de fotografia e outros custos a detalhar na composição unitária de preços relativos à administração, financeiro e técnico de acordo com a estrutura da empresa e da obra.
A manutenção do canteiro de obras inclui as despesas com energia elétrica, água potável, telefonia, combustível para administração do canteiro de obra, comunicações, limpeza e qualquer outra despesa necessária ao funcionamento do canteiro.
Medição e pagamento
Os serviços serão medidos mensalmente, a partir da aprovação da mobilização e instalações do canteiro de obra, desde que fornecidos e detalhados na composição unitária de preço pertencente a proposta financeira do edital e durante o período de execução da obra.
Caso o detalhamento seja feito de forma global, ficará a cargo da FISCALIZAÇÃO o critério de medição.
Caso as obras sofram atrasos por ritmo reduzido dos serviços, ou qualquer
impedimento legal poderá ser reduzido o valor mensal pago a este item e que posteriormente será pago na prestação dos serviços a serem realizados fora do prazo previsto de forma proporcional até o valor total estabelecido na proposta da empresa no edital.
4. SERVIÇOS PRELIMINARES 4.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS
Este item trata dos serviços preliminares que deverão ser executados pela CONTRATADA e que são necessários à realização das obras. Os serviços preliminares incluem as atividades relacionadas a seguir, embora não devem a elas se restringir: mobilização e desmobilização de pessoal e equipamentos, construção do acampamento e do canteiro dos serviços, locação da obra e construção das estradas de acesso às obras e de serviço necessárias.
4.2.MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO
Serviço
A CONTRATADA deverá tomar todas as providências relativas à mobilização de pessoal e dos equipamentos logo após a assinatura do Contrato, correspondente Nota de Empenho (NE) e o recebimento da correspondente Ordem de Serviço, de modo a poder dar início efetivo e a concluir a obra dentro do prazo contratual.
Ao final da obra a CONTRATADA deverá remover todo o equipamento, as instalações do acampamento, as edificações temporárias, as sobras de material e o material não utilizado, os detritos e outros materiais similares, de propriedade da CONTRATADA, ou utilizados durante a obra sob a sua orientação. Todas as áreas deverão ser entregues completamente limpas.
Medição e Pagamento
A remuneração correspondente à Mobilização da CONTRATADA antes do início da obra, conforme cronograma físico-financeiro proposto; a Desmobilização após o término do Contrato, será efetuada de forma global, sendo o pagamento efetuado conforme o cronograma físico-financeiro proposto na licitação dos serviços.
Os custos correspondentes a este item incluem, mas não se limitam necessariamente, aos seguintes:
• Despesas relativas ao transporte de todo o equipamento de construção, de propriedade da CONTRATADA ou sublocados, até o canteiro de obra e sua posterior retirada;
• Despesas relativas à movimentação de todo o pessoal ligado à CONTRATADA ou às suas subcontratadas, em qualquer tempo, até o canteiro de obras e posterior regresso a seus locais de origem;
• Despesas relativas às viagens necessárias para execução dos serviços, ou determinadas pela CONTRATANTE, qualquer que seja sua duração ou natureza realizada por qualquer pessoa ligada à CONTRATADA;
A Fiscalização pode, a seu critério, condicionar o pagamento deste item a apresentação dos seguintes documentos:
• Comunicação prévia da obra junto a Delegacia Regional do Trabalho;
• Registros funcionais dos trabalhadores contratados para os serviços, caracterizando vínculo empregatício;
• Exames periódicos dos trabalhadores e cópias dos exames médicos admissionais;
• Termos de recebimento dos equipamentos de proteção individuais, inclusive das subcontratadas;
• Comprovante dos treinamentos de segurança e dos socorros de emergências;
• Plano de Trabalho para as diversas fases de execução da obra com aplicativos dos métodos de proteção individual e coletiva dos trabalhadores;
• Apresentação do Programa de Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) ou Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais (PPRA);
• Apresentação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
• Apresentação do Cadastro CEI no INSS.
4.3.ACAMPAMENTO E CANTEIRO DE SERVIÇOS
Serviço
4.3.1. Projeto
O acampamento e canteiro de serviços deverão ser construídos de acordo com o projeto e os desenhos preparados pela CONTRATADA e aprovados pela FISCALIZAÇÃO. O projeto e os desenhos deverão constar no projeto executivo da CONTRATADA e deverá conter
no mínimo:
• Planta Geral de Localização;
• Acessos;
• Redes de energia elétrica e água;
• Localização das construções;
• Localização dos pátios;
• Desenhos das Construções, detalhando: Plantas; Cortes; Especificações dos materiais a serem empregados nas construções.
É de critério exclusivo da FISCALIZAÇÃO a aceitação do projeto apresentado, sendo de seu pleno direito alterá-lo, quer quanto à localização, “layout” ou padrão de construção, se assim julgar necessário.
4.3.2. Localização e Acessos
Os canteiros de serviços devem ser localizados nos pontos mais próximos das principais frentes de trabalho ou dos centros de gravidade das obras lineares, com acesso fácil através de áreas bem conservadas, abrigando todos os equipamentos, materiais e mão de obra necessários à execução dos serviços contratados.
Deve ser previsto pela CONTRATADA a instalação de canteiros móveis ou avançados para apoio as frentes de serviço que estiverem à distância que impossibilite a utilização do canteiro central, à critério da FISCALIZAÇÃO.
Os locais escolhidos para construção dos canteiros de serviços devem ser aprovados pela FISCALIZAÇÃO. Apesar da aprovação, não caberão à CONTRATANTE, em hipótese alguma, os ônus decorrentes de locação, manutenção e acesso das áreas escolhidas.
A abertura e manutenção dos acessos à área do canteiro de obras é de responsabilidade única da CONTRATADA.
4.3.3. Construções e Instalações
A CONTRATADA deve construir as instalações mínimas necessárias ao desenvolvimento dos serviços técnicos e administrativos da obra, assim como ao atendimento do pessoal empregado, inclusive com fornecimento dos acessórios, a saber:
a) Escritório para CONTRATADA e FISCALIZAÇÃO;
b) Escritório para a Gerenciadora;
c) Escritório para o Trabalho Social;
d) Depósito de materiais;
e) Almoxarifado (s) para a guarda de equipamentos miúdos, utensílios, peças e ferramentas;
f) Instalações sanitárias para todo o pessoal da obra;
g) Pequena enfermaria;
h) Instalações necessárias ao adequado abastecimento, acumulação e distribuição de água;
i) Instalações necessárias ao adequado fornecimento, transformação e condução da energia elétrica (luz e força);
j) Outras construções ou instalações necessárias, à critério da CONTRATADA, tais como alojamentos, extintores de incêndio, produtos para higiene pessoal e de ambiente, etc.
O dimensionamento e o padrão das construções e instalações ficam a critério da CONTRATADA, em função do porte das obras, condicionadas, no entanto, ao parecer favorável da FISCALIZAÇÃO.
Todos e quaisquer ônus decorrentes direta ou indiretamente das ligações de água, luz e força e dos respectivos consumos, são de inteira responsabilidade da CONTRATADA.
Não pode ser invocado, sob qualquer motivo ou pretexto, falta ou insuficiência de água ou energia elétrica por parte da CONTRATADA, pois esta deve estar adequada e suficientemente aparelhada em face de tal eventualidade, com produção de energia elétrica mediante geradores e abastecimento de água através de caminhões pipas.
A CONTRATADA é responsável, até o final das obras, pela adequada manutenção e boa apresentação dos canteiros de trabalho e de todas as suas instalações, inclusive especiais cuidados higiênicos com os compartimentos sanitários do pessoal e conservação dos pátios internos, ficando ao seu encargo, também, a limpeza das instalações, móveis e utensílios das dependências da FISCALIZAÇÃO, bem como a reposição do material de consumo necessário (carga do extintor de incêndio, produtos para higiene do ambiente e pessoal, etc.).
A pequena enfermaria deve conter o material médico necessário para socorros
urgentes.
Estão incluídos neste preço para Acampamento e Canteiro de Obras, entre outros,
os custos relativos à instalação e montagem de todos os equipamentos de construção, necessários à execução da obra, inclusive as instalações de:
• Ar comprimido;
• Fornecimento de água potável e industrial para o Canteiro e Acampamento;
• Armazenamento, estocagem, processamento, manuseio e transporte de materiais de construção;
• Fabricação, transporte, lançamento e controle do concreto;
• Fabricação, transporte, colocação e ajustagem de formas e armaduras;
• Instalações requeridas para a transmissão, transformação e distribuição de energia elétrica aos vários locais do canteiro, a partir da linha existente;
• Construção e manutenção de escritórios, oficinas, almoxarifado, laboratórios, garagens, pátios e vias de acesso, alojamentos, refeitórios, ambulatórios, rede de água e esgoto, etc;
• Construção e manutenção de todas as estradas de serviço, quer sejam definidas no projeto ou não;
• Limpeza e preparação do local da obra no início e após a conclusão da construção e retirada do equipamento.
4.4.PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DA OBRA
A CONTRATADA deve fornecer e colocar, nos locais determinados pela FISCALIZAÇÃO, placas de identificação da obra de acordo com dimensões, modelos e cores padronizados pela CONTRATANTE.
Nos canteiros das obras ou próximos a eles só podem ser colocadas placas da CONTRATADA, ou de eventuais subempreiteiros ou firmas fornecedoras, após prévio consentimento da FISCALIZAÇÃO, principalmente no que se refere à sua localização.
As placas deverão ter a face em chapa de aço galvanizado, nº 16 ou 18, com tratamento oxidante, sem moldura, fixadas em estruturas de madeira serrada. As peças deverão ter dimensões suficientes para suporte das placas e para suportar a ação dos ventos.
Caberá a CONTRATADA o fornecimento, montagem, manutenção e assentamento das placas, estando a mesma obrigada, ao final da Obra, mediante autorização da FISCALIZAÇÃO, realizar a sua desmontagem e remoção.
4.5.LIÇENCAS E MULTAS
As licenças e multas impostas pela Prefeitura Municipal, tributos e selagens, serviços auxiliares, ligações provisórias e definitivas de todas as instalações correrão por conta da CONTRATADA, inclusive aqueles relativos ao CREA e INSS.
A CONTRATADA também será responsável pela obtenção das licenças requeridas pelos órgãos de proteção ao meio-ambiente (municipal, estadual, federal, DNPM) para exploração de jazidas de empréstimo e para constituição de bota- foras, tudo de acordo com a metodologia de construção e respectivos detalhes construtivos que não estejam incluídos nos planos fornecidos pela CONTRATANTE e que sejam necessários à execução dos trabalhos.
4.6.REGISTRO NO CREA E INSS
Os registros no CREA e no INSS deverão ser efetuados pela CONTRATADA em tempo hábil, devendo-se apresentar cópia das matrículas, em ambos os Órgãos, à FISCALIZAÇÃO.
4.7.SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO E TOPOGRAFICO PARA OBRA
Serviço
Estabeleci os procedimentos para a execução de serviços topográficos para execução das obras, no que diz respeita a: planimetria, altimetria, bem como a forma de apresentação dos relatórios, das Cadernetas de Campo, das plantas, simbologias a adotar e outras orientações pertinentes.
Além desta Especificação, é necessário consultar:
• Norma para Execução de Levantamento Topográfico, NBR 13133 – ABNT, em sua última edição;
• Especificações e Normas Gerais para Levantamento Geodésicos – FIBGE – Resolução PR n.º 22 de 21/07/1983, em sua última edição.
Durante a execução da Obra, o CONTRATADO realizará todos os serviços topográficos relativos à locação de unidades, acompanhamento das implantações, cadastro de unidades e “as-built” da Obra.
Os serviços de locação, acompanhamento e “as built” de qualquer alteração de Projeto ocorrida na Obra, não serão medidos, já devendo estar embutidos nas despesas indiretas da Obra, que deverá prever o dimensionamento de uma equipe permanente, composta por topógrafos, niveladores, ajudantes, desenhistas, cadistas e outros profissionais que sejam necessários, para atender às necessidades do Projeto, do inicio ao fim do empreendimento.
a) Equipamentos:
Para a execução dos serviços, deverão ser utilizados equipamentos de precisão tais como:
• GPS;
• Estações totais;
• Níveis;
• Prismas;
• Trenas de aço;
• Demais equipamentos auxiliares.
b) Locação das Obras
As obras deverão ser locadas a partir dos marcos oficiais implantados pelo IBGE ou Secretarias Estaduais, cujas monografias deverão ser providenciadas pela CONTRATADA.
Caso os marcos não sejam encontrados deve ser implantado novo marco pela CONTRATADA, para a execução dos serviços, ou a critério da CONTRATANTE.
Caberá à CONTRATADA transportar as cotas a partir de marcos topográficos existentes na região circunvizinha, para o local das obras, de forma a possibilitar a sua execução e acompanhamento.
Caberá à CONTRATADA locar a obra de acordo com o “layout” de cada Projeto. Os custos com os serviços de locação serão incluídos nas despesas indiretas da Obra.
Para a demarcação das obras serão utilizados equipamentos topográficos de precisão e constará da fixação de piquetes de dimensões e profundidades tais que permitam a sua posterior identificação, na linha de eixo da tubulação, com distâncias máximas entre si de 20,00m. Deve-se evidenciar os pontos notáveis.
As cotas do fundo das valas deverão ser verificadas de 20m em 20m, antes do assentamento da tubulação.
As cotas de geratriz superior da tubulação deverão ser verificadas logo após o assentamento e também antes do reaterro das valas, para correção do nivelamento.
Toda a demarcação será acompanhada pela FISCALIZAÇÃO, de modo a permitir que eventuais mudanças de traçado da linha sejam determinadas com suficiente antecedência.
Em casos de obstáculos não previstos, caberá a FISCALIZAÇÃO determinar a posição a ser obedecida, devendo, neste caso, as alterações serem indicadas em cadastro.
Serão de obrigação da CONTRATADA o preenchimento e fornecimento das cadernetas de campo e notas de serviços, devendo a mesma conferir as medidas e marcações no inicio e no transcorrer dos serviços, não sendo toleradas diferenças superiores a 2 mm em relação ao determinado pelo Projeto.
c) Cadastros
Foram consideradas nesta Especificação, a execução de serviços de cadastramento de unidades lineares e não lineares, que constituem os sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, redes pluviais, postes, nascentes, estradas cercas, taludes, quadras, ruas, etc existentes ou a serem implantados.
4.8.TRÂNSITO , SINALIZAÇÃO E PROTEÇÃO
4.8.1. T r â n s i t o
A execução de qualquer serviço deve procurar minimizar as interferências dos trabalhos sobre o comércio local e o trânsito de veículos e pedestres, providenciando-se, previamente, os passadiços e desvios necessários, devidamente sinalizados e iluminados, conforme as exigências das autoridades competentes ou entidades concessionárias dos serviços de transporte, proporcionando, assim, a devida segurança para o público, obra e pessoal envolvidos nos serviços.
A FISCALIZAÇÃO deve participar da análise dos problemas de trânsito e comércio e das soluções a serem adotadas, tomando as providências que lhe couberem.
Devem ser providenciadas faixas de segurança para o livre trânsito de pedestres, especialmente junto às escolas, hospitais e outros pólos de concentração, em perfeitas condições de segurança durante o dia e à noite.
Nos cruzamentos de ruas e pontes de acesso para veículos, defronte a estacionamentos e garagens, devem ser construídas passagens temporárias. Nas saídas e entradas de veículos em áreas de empréstimo, bota- fora ou frentes de serviços, deve ser providenciada sinalização adequada, diuturna, especialmente nos casos de eventuais inversões de tráfego.
As vias de acesso fechadas ao trânsito devem ser protegidas com barreiras e com a devida sinalização e indicação de desvio, devendo, durante a noite, serem iluminadas e, em casos especiais, devem ser postados vigias ou sinaleiros, devidamente equipados.
Nos cruzamentos ou em outros locais onde não for possível utilizar desvios, o serviço deve ser efetuado por etapas, de modo a não bloquear o trânsito.
Os serviços devem ser executados sem interrupção, até a liberação da área, podendo ser programados para fins-de-semana ou para os horários de menor movimento.
4.8.2. S i n a l i z a ç ã o
A sinalização deve obedecer integralmente as exigências da Secretaria de Transito do Município. Independentemente do que for exigido por esses órgãos, a CONTRATANTE exigirá, no mínimo, a sinalização preventiva com cavaletes, placas refletivas, cones e barris delimitadores de borracha ou PVC, fitas de isolamento e iluminação.
Quando for usado sistema elétrico exclusivo, deve haver alimentação de emergência e operador permanente. A rede elétrica deve ser constituída de dois circuitos paralelos e independentes.
Sendo a rede usada exclusivamente para iluminação, o sistema de emergência pode ser de bateria, com disjuntor eletromecânico automático.
4.8.3. P r o t e ç ã o
Devem ser utilizados tapumes fabricados com chapas de madeira compensada ou chapas de metal, ou ainda cercas de isolamento de polietileno para cercar o perímetro de todas as obras urbanas. Nos locais que precisem de barreira física deve ser usado o polietileno rígido com trama diagonal e, em locais que requeiram apenas uma barreira visual, pode ser utilizado o polietileno tipo tecido, flexível.
A seguir apresenta-se os detalhes dos tapumes, cavaletes e baldes para
sinalização.
Medição e Pagamento
A medição será feita pela extensão, em metro linear (m) de rede efetivamente sinalizada, independentemente do tipo de sinalização adotada para execução da obra, conforme planilha de orçamentação de obras.
O custo do homem-hora do funcionário da CONTRATADA, que por xxxxxxx xxxxx a trabalhar como sinalizador (portando bandeiras de sinalização e/ou orientando o tráfego), não será pago separadamente, devendo o referido custo, estar incluso nos custos indiretos da obra.
A CONTRATADA deverá manter na obra placas de sinalização permanentemente com bom aspecto, pintando-as sempre que necessário, a critério da FISCALIZAÇÃO, não podendo por isso requerer qualquer pagamento em separado.
4.9.E S T R A D A S D E S E R V I Ç O E A C E S S O À S O B R A S Serviço
A CONTRATADA deverá realizar todas as obras relativas ao acesso aos locais de trabalho. Será responsável pela construção e manutenção, sem ônus para o CONTRATANTE, de todas as estradas de transporte e de acesso provisórias, e das estruturas a elas associadas,
necessárias às obras.
As estradas definitivas são aquelas que deverão ser construídas pela CONTRATADA segundo as Especificações e os desenhos. A construção e o pagamento destas estradas deverão obedecer às estipulações pertinentes, constantes das especificações aplicáveis. Caso a CONTRATADA utilize as estradas definitivas para acesso e transporte, deverá efetuar a manutenção e o conserto das mesmas, sempre que necessário, até a entrega final das obras.
Medição e Pagamento
Apenas as estradas definitivas serão objetos de pagamento, conforme definido em planilha de orçamentação de obras, os custos dos acessos provisórios devem ser considerados como custo indireto da obra.
4.10. C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D O S U B S O L O
Todos os resultados de sondagens, estudos ou ensaios de caracterização do subsolo de que disponha o CONTRATANTE serão fornecidos à CONTRATADA, como parte das informações relativas às condições do local de execução dos serviços.
De vez que a CONTRATADA assumirá inteira responsabilidade pelas obras a serem executadas, compete a ela, a suas expensas, obter informações adicionais sobre o subsolo, que possam ser necessárias à execução satisfatória do trabalho.
Os ensaios e pesquisas para caracterização do subsolo serão norteados pelas normas do DNER e ABGE e as Normas, Metodologia e Diretrizes para Estudos Geológicos e Geotécnicos do CONTRATANTE.
A CONTRATADA deverá informar o CONTRATANTE imediatamente, por escrito, antes de ocorrer qualquer distúrbio relativo às condições do subsolo ou condições físicas latentes, no local da construção, substancialmente diversas daquelas especificadas neste contrato, ou condições físicas estranhas, no local da construção, de natureza incomum, substancialmente diversas das geralmente encontradas e reconhecidamente típicas da área e do tipo de obra realizada. No projeto executivo deve ser feito todos os ajustes referentes a este tema.
A CONTRATANTE investigará as condições do local da construção imediatamente após o recebimento do aviso. Caso as condições sejam realmente muito diversas e causem aumentos ou decréscimos nos custos da CONTRATADA, ou no prazo da obra, ou de parte da mesma, segundo os termos deste contrato, independentemente de mudanças resultantes das
condições, far-se-á a verificação pelo CONTRATANTE da necessidade de ser feito um reajuste equitativo.
4.11. DESMATAMENTO, LIMPEZA E DEMOLIÇÕES
4.11.1. D e s m a t a m e n t o e L i m p e z a d o T e r r e n o
Os serviços de desmatamento e limpeza das áreas de construção e empréstimo deverão incluir:
a) Desmatamento de toda a vegetação, incluindo o corte e desenraizamento de todas as árvores, arbustos e capoeiras, bem como de troncos, qualquer que seja a densidade;
b) Destocamento, retirando-se os tocos e raízes remanescentes do desmatamento;
c) Corte e empilhamento de madeira utilizável em locais aprovados pela FISCALIZAÇÃO;
d) Remoção de pedras e outros materiais encontrados no terreno;
e) Remoção e transporte dos materiais resultantes das operações de desmatamento e limpeza até os limites das áreas desmatadas ou até locais previamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO;
f) Queima dos materiais resultantes das operações de desmatamento e limpeza, após aprovação da FISCALIZAÇÃO;
Caso necessário, deverá ser feita a raspagem e o expurgo final da camada superficial do terreno natural, em todas as áreas de construção e empréstimo, até 20 cm de espessura, para eliminar qualquer material não aproveitável remanescente.
Todas as áreas a serem desmatadas e limpas serão delimitadas pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com os desenhos do projeto.
A madeira utilizável deverá ser identificada pelo CONTRATANTE, de quem será propriedade. Além de definir quais as árvores que devem ser preservadas.
A escolha, a autorização para uso, o preparo e a manutenção das áreas de bota - fora são de exclusiva responsabilidade da CONTRATADA.
As operações de transporte consideradas para esses serviços serão conduzidos para o bota-fora indicado em projeto. Caso seja necessária a remoção dos materiais para outro local a FISCALIZAÇÃO irá definir este.
Nenhum serviço de movimento de terra pode ser iniciado enquanto não for concluída a limpeza da área.
A CONTRATADA será responsável por quaisquer danos e prejuízos a propriedades limítrofes alheias resultantes das operações de desmatamento, limpeza e remoção.
4.11.2. D e m o l i ç õ e s
A CONTRATADA deve proceder as demolições e remoções de qualquer natureza que lhe forem indicadas pela FISCALIZAÇÃO, para permitir, adequadamente, e à critério desta, a execução dos serviços da obra.
Nas demolições ou remoções devem ser observadas as precauções necessárias referentes ao(s) material(is) que a FISCALIZAÇÃO pretenda aproveitar na própria obra ou em outras obras da CONTRATANTE.
O entulho e os materiais não sujeitos a reaproveitamento de qualquer demolição ou remoção devem ser transportados pela CONTRATADA, e levados a bota-fora em locais à critério da CONTRATADA e aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
A CONTRATADA deverá proceder as diversas reposições, reconstruções e reparos de qualquer natureza, empregando todos os meios e recursos (pessoal, material, equipamentos e boa técnica) aptos a tornar o executado melhor, ou no máximo igual à obra removida, demolida ou rompida.
Medição e Pagamento
O serviço “Desmatamento e Limpeza do Terreno” será medido em metros quadrados (m²) efetivamente concluídos, com aprovação da FISCALIZAÇÃO. Não será objeto de pagamento a limpeza de áreas de exploração de jazidas.
A profundidade máxima desta limpeza será de 50 cm, a partir deste valor deverá ser pago como escavação o valor excedente.
O pagamento será efetuado segundo o preço unitário, correspondente a todas as operações, conforme Planilha de Orçamentação de Obras.
Este preço unitário deverá incluir, além dos serviços descritos, os serviços topográficos necessários para delimitação de área, equipamentos, ferramentas, mão de obra e outras. O transporte do material expurgado não será objeto de medição em separado.
4.12. REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS Serviço
A CONTRATADA deverá proceder ao cadastramento de interferência existente no local da obra, para que não sejam danificados quaisquer tubos, caixas, cabos, postes e outros
elementos ou estruturas que estejam na zona atingida pela escavação ou em área próxima a esta.
Existindo outros serviços públicos, situados nos limites das áreas de delimitação das valas, ficará sob a responsabilidade da CONTRATADA a não interrupção daqueles serviços, até que os respectivos remanejamentos sejam autorizados.
A CONTRATADA deverá providenciar os remanejamentos de instalações que interferirem nos serviços a serem executados. Os remanejamentos deverão ser programados pela CONTRATADA com a devida antecedência e de comum acordo com a FISCALIZAÇÃO, proprietários e/ou concessionárias dos serviços cujas instalações precisem ser remanejadas.
Os danos que porventura sejam causados às instalações existentes durante o remanejamento são de responsabilidade exclusiva da CONTRATADA, que deverá obter todas as informações a respeito das instalações a remanejar.
A FISCALIZAÇÃO fornecerá as indicações de que dispuser sobre as interferências existentes, podendo, entretanto, ocorrer outras não cadastradas, cuja sustentação deverá ser programada de forma a não prejudicar o início previsto dos serviços.
Não havendo possibilidade de sustentação, a CONTRATADA procederá o remanejamento da interferência, que poderá ser definitivo ou provisório, a critério da FISCALIZAÇÃO.
A CONTRATADA deverá procurar minimizar as interferências dos trabalhos sobre o comércio local e o trânsito de veículos e pedestres.
Deverão ser providenciados previamente os passadiços e desvios necessários, que deverão ser executados devidamente sinalizados e iluminados, conforme as exigências das autoridades competentes e das entidades concessionárias dos serviços de transporte.
Medição e Pagamento
O serviço “Cadastramento e Remanejamento de Interferência” será medido em metros (m) efetivamente concluídos, com aprovação da FISCALIZAÇÃO. Não será objeto de pagamento o remanejamento realizado sem o efetivo cadastro.
O remanejamento de rede de distribuição de água inclui também os ramais prediais de água.
O pagamento será efetuado segundo o preço unitário, correspondente a todas as operações, conforme Planilha de Orçamentação de Obras.
Este preço unitário deverá incluir, além dos serviços descritos, os serviços topográficos necessários para delimitação de área, equipamentos, ferramentas, mão de obra e outras. O transporte do material expurgado não será objeto de medição em separado.
Caso haja algum remanejamento a ser realizado sem preço na planilha de orçamento o caso será discutido com a FISCALIZAÇÃO e será objeto de aditivo.
5. MOVIMENTO DE TERRA
5.1.C O N S I D E R A Ç Õ E S G E R A I S
A CONTRATADA deverá sustar imediatamente todas as operações de terraplanagem quando forem encontradas condições de subsolo inesperadas ou incomuns, como sumidouros, solos com baixa capacidade de carga, ou outras condições que não tenham sido identificadas nas especificações do projeto. O CONTRATANTE avaliará as condições encontradas e determinará se são necessárias mudanças no projeto e/ou construção. Qualquer aumento ou decréscimo nos custos contratuais deverá ser aprovado pelo CONTRATANTE.
5.2.C L A S S I F I C A Ç Ã O D O S M A T E R I A I S D E E S C A V A Ç Õ E S
5.2.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s
O principal critério a ser utilizado na classificação dos materiais de escavações será a dificuldade de remoção do material ou a resistência que oferece ao desmonte. Desta forma, para a classificação, tomar-se-á como base o equipamento necessário para se efetuar a escavação de forma econômica.
Caberá à FISCALIZAÇÃO a classificação do material de escavação e a estimativa dos percentuais de materiais de cada categoria.
Quando o volume de material a ser classificado for composto de materiais de primeira e segunda categorias, deverá ser estimado a percentagem de cada material na composição do volume total considerado.
Os cortes que apresentarem material de terceira categoria misturado a materiais de primeira e segunda categorias, com limites ou fronteiras pouco definidos, deverão merecer atenção especial da FISCALIZAÇÃO, a fim de permitir uma classificação justa dos materiais escavados.
Quando se verificar a presença de material de terceira categoria numa escavação,
após a remoção dos materiais de primeira e segunda categorias, deverá ser efetuado um nivelamento sobre a superfície e concluída a extração do material de terceira categoria; em seguida, repetir-se-á o nivelamento, a fim de se determinar o volume escavado.
A CONTRATADA poderá utilizar o método de escavação que considerar mais conveniente e produtivo, uma vez que o método empregado não influirá na classificação do material.
O material de escavação será classificado nas categorias relacionadas a seguir.
5.2.2. Material de Primeira Categoria
Os materiais de primeira categoria incluem todo depósito de material solto ou que apresente baixa coesão, como cascalho, areia, silte, argilas, ou misturas desses materiais, com ou sem matéria orgânica, formados por agregação natural, que possam ser escavados com ferramentas manuais ou com maquinaria convencional de escavação. Dentre os materiais de primeira categoria incluir-se-ão a fração de rocha, pedras soltas, ou pedregulho com diâmetros iguais ou inferiores a 15 cm, independentemente do teor de umidade, e, em geral, todo tipo de material que não possa ser classificado como de segunda ou terceira categorias, segundo o disposto a seguir.
5.2.3. Material de Segunda Categoria
Os materiais de segunda categoria incluem aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior ao da rocha não alterada. As escavações deverão ser efetuadas mediante uma combinação de métodos que envolvam escarificação, explosivos e outros processos equivalentes, a depender do material a ser escavado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha, os matacões e as pedras de diâmetro superior a 15 cm e igual ou inferior a 1 m.
5.2.4. Material de Terceira Categoria
Os materiais de terceira categoria incluem aqueles em formações naturais que resultem da agregação natural de grãos minerais, ligados por forças coesivas permanentes e de grande intensidade, que oferecem resistência ao desmonte mecânico equivalente àquela oferecida pela rocha não alterada.
Para ser classificado como rocha, o material deverá possuir dureza e textura tais que não possa ser afrouxado ou desagregado com ferramentas manuais, mas apenas com o
uso de explosivos, cunhas, ponteiros ou dispositivos mecânicos semelhantes que permitam sua remoção.
Estão incluídos nesta categoria aqueles fragmentos de rocha, pedra solta ou pedregulhos com diâmetro superior a 1 m.
5.3.DEFINIÇÃO DE SOLOS
5.3.1. M a t e r i a i s p a r a A t e r r o C o m p a c t a d o
Os materiais a serem empregados em aterros deverão proceder de escavações realizadas nas obras ou nos locais de empréstimo indicados no projeto, ou em locais aprovados pela FISCALIZAÇÃO. Os solos utilizados em aterros deverão estar isentos de matéria orgânica e mica; as turfas, as argilas orgânicas e os solos expansivos e colapsíveis nunca poderão ser utilizados. Todos os solos deverão apresentar boa trabalhabilidade e ser impermeáveis quando compactados.
Os solos adequados incluem GW-SW, GP-SP, GM-SM, GC-SC, como descrito no Sistema Unificado de Classificação de Solos.
Definem-se como solos adequados à construção de aterros aqueles em que 90%, em peso, dos componentes têm diâmetros inferiores a 10 mm e 35%, no máximo, passam pela peneira ASTM n.° 200.
A fração dos componentes que passa pela peneira ASTM n.° 40 deverá atender a uma das seguintes condições:
Limite de Liquidez – LL < 35 ou
Limite de Liquidez – LL < 40 e Índice de Plasticidade – IP > (0,6 LL – 9). IP no intervalo de 9 a 15.
O Índice C.B.R. (Califórnia Bearing Ratio) deverá ser superior a 5%.
A densidade máxima obtida no ensaio de compactação Proctor Normal deverá ser superior a 1.700 g/dm³.
Definem-se como solos TOLERÁVEIS para aproveitamento em aterros aqueles que, no máximo, contêm 25%, em peso, de elementos com diâmetro superior a 15 mm.
A fração dos componentes que passa pela peneira ASTM n.° 40 deverá atender a uma das seguintes condições:
Limite de Liquidez – LL < 35 ou
Limite de Liquidez – LL <65 e Índice de Plasticidade – IP > (0,6 LL – 9) O Índice
C.B.R. (Califórnia Bearing Ratio) deverá ser superior a 3%.
A densidade máxima obtida no ensaio de compactação Proctor Normal deverá ser superior a 1.500 g/dm3.
Os solos NÃO APTOS para aproveitamento em aterros são aqueles com altos teores de matéria orgânica, turfas, húmus, raízes e de qualquer outra matéria similar. Serão considerados não aptos os solos cujo teor de matéria orgânica for superior a 4%, em peso, e cujo índice C.B.R. for inferior a 3% e/ou aqueles com empolamento, determinado pelo ensaio C.B.R., superior a 2%.
5.3.2. Materiais em contato com concreto
Nenhum material com teor de sulfatos, expressos em SO3, superior a 0,2% poderá ser utilizado em aterros ou reaterros, em contato com qualquer tipo de obra em concreto.
5.3.3. Materiais para solos melhorado com cimento
Os materiais empregados em solo melhorado com cimento deverão apresentar as seguintes características:
Limite de liquidez: < 40% Índice de Plasticidade: < 18%
Percentagem passando pela peneira n.° 200: < 50%
O solo melhorado com cimento deverá ser preparado em betoneiras, e a mistura deverá apresentar um índice C.B.R. mínimo de 30% e uma expansão máxima de 1%.
5.3.4. Materiais para Reaterro de Valas de Tubulações de Cavas para Estruturas
O material obtido em escavações poderá ser utilizado como reaterro sempre que atenda às especificações constantes deste item.
Quando o material escavado não for adequado para o reaterro de valas e cavas, utilizar-se-á material de empréstimo. Esse material deverá estar composto de areias e pedregulhos silícios, limpos e naturais, ou ser procedentes de britagem; deverá ter dosagem granulométrica, em peso, de acordo com os seguintes limites:
Nas zonas em que o fundo da vala ou cava de estrutura se encontrar abaixo do lençol freático e naquelas em que, a critério da FISCALIZAÇÃO, for preciso uma drenagem eficiente, o material de reaterro deverá ser composto de pedregulho e de areias sílicas resistentes à água e aos ciclos atmosféricos.
Esse material deverá ter dosagem granulométrica segundo os seguintes limites:
O material procedente das escavações em geral será aceitável para reaterro sempre que se encontre livre de matéria orgânica. Com exceção do disposto no item anterior, o diâmetro das pedras ou torrões não poderá ser superior a 7,5 cm; o índice de plasticidade não poderá ser inferior a 10; e não mais que 20% do material, em peso, deverá passar pela peneira n.° 200, salvo quando determinado diferentemente no projeto.
5.4.UTILIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS
5.4.1. G e n e r a l i d a d e s
O uso de explosivos está condicionado à aprovação da FISCALIZAÇÃO. A CONTRATADA deverá submeter à aprovação da FISCALIZAÇÃO o plano de fogo a ser utilizado para escavações com explosivos.
O plano de fogo deverá incluir, no mínimo, o local e o horário das explosões, uma previsão sobre o volume de material a ser escavado, o tipo e a carga do explosivo, a localização, profundidade e espaçamento das perfurações, as ligações elétricas das espoletas
com cálculo da resistência total do circuito e método de detonação. A CONTRATADA deve especificar as características da fonte de energia, ou ligações de cordel com retardadores, indicando, também, tipo e método de ligação. A aprovação do plano de fogo não isentará a CONTRATADA da responsabilidade pela adequação e segurança das explosões. Esse plano poderá ser adaptado, no decorrer dos trabalhos, às condições específicas do local.
Antes ou durante a execução das escavações, a FISCALIZAÇÃO pode requerer à CONTRATADA testes com explosivos, visando verificar planos de fogo. Tais testes devem ser realizados dentro dos limites estabelecidos para a escavação, cujos resultados serão analisados pela FISCALIZAÇÃO.
Durante as escavações, a CONTRATADA deverá manter um esquema de proteção contra riscos de acidentes com o seu pessoal e com terceiros, independentemente da contratação de seguro de vida, seguindo rigorosamente, as leis de segurança vigente.
A CONTRATADA será a única responsável pela segurança, guarda e conservação de todos os materiais, equipamentos, ferramentas, facilidades e instalações da obra, da CONTRATANTE e de terceiros, devendo manter um serviço de vigilância no local da obra durante 24 horas.
Deverá ser dispensado o máximo cuidado em relação a todas as detonações necessárias. Deverá ser acionada uma sirena antes de qualquer fogo, devendo ser obedecidas, em particular, as disposições contidas no “Regulamento para Serviço de Fiscalização, Depósito e Tráfego de Produtos Controlados pelo Ministério do Exército” (SFIDT), conforme redação aprovada pelo Decreto n.° 55.649 de 28/01/1965. Caberá à CONTRATADA, preencher todas as formalidades legais exigidas para a utilização de explosivos.
A CONTRATADA deverá atender e respeitar, ainda, as Legislações Municipal, Estadual e Federal em vigor, relativas aos problemas de ruído, vibrações, poluição, etc.
Especial atenção deverá ser reservada à localização e à manutenção da linha de detonação elétrica, à vedação e segurança da chave de ligação.
Quando eventualmente ocorrer falha de explosão (“mina encravada”), a CONTRATADA deverá empregar todas as medidas de segurança necessárias, responsabilizando-se pelas consequências de quaisquer acidentes e danos.
Todos os furos carregados em um turno deverão ser detonados no mesmo turno, a não ser que o encarregado deste turno passe os serviços, pessoalmente, ao encarregado do turno seguinte, mediante relatório explicativo de todos os serviços executados em seu turno.
Deverão ser utilizadas, exclusivamente, espoletas elétricas de espera, com intervalos de espera da ordem de 50 milissegundos. Em cada local, a primeira operação deverá ser considerada como um teste em que deverá ser determinado o padrão mais apropriado de perfurações e quantidade de explosivos a ser empregada a partir dos testes de vibrações.
Após cada detonação, toda a rocha fraturada e solta e outros materiais soltos que possam pôr em perigo as estruturas ou os trabalhos, deverão ser removidos de forma a tornar segura a superfície de escavação antes do prosseguimento dos trabalhos.
Não será permitida a utilização de explosivos nos casos em que possa haver perigo de fraturação excessiva do material circundante, desagregamento das fundações ou estruturas vizinhas, ou danos às mesmas.
5.4.2. Depósito, Manuseio e Utilização de Explosivos
A CONTRATADA deverá assumir toda a responsabilidade pela segurança em tudo o que se refere à manipulação, depósito, utilização, técnicas e regulamentação do uso de materiais explosivos.
A CONTRATADA deverá prover, manter e utilizar uma instalação para os paióis, previamente aprovada pela FISCALIZAÇÃO, que seja adequada para os tipos e quantidades de materiais explosivos a serem utilizados nas obras. Deverá informar, através de uma planta detalhada, a localização, construção, malha de aterramento e segurança dos paióis. Não poderão ser depositados em um mesmo local as espoletas e os demais materiais explosivos.
Os paióis deverão estar localizados entre aterros de altura mínima igual à do próprio paiol principal e protegidos por cerca de arame farpado de três fios, com altura de 2,20m. Os paióis deverão estar equipados com um sistema de alarme e dispor de guarda permanente durante o dia e a noite. Os paióis deverão ser secos, bem ventilados e razoavelmente frescos.
O material explosivo não deverá ser armazenado por período superior àquele recomendado pelo fabricante. O material depositado deverá ser controlado de modo a utilizar- se sempre o mais antigo. Todo o material explosivo não utilizado antes da data de vencimento indicada pelo fabricante, deverá ser retirado da obra e inutilizado.
O transporte dos explosivos e detonadores deverá ser efetuado em veículos com adequado contato de aterramento e protegidos de raios ou outros fenômenos de descargas eletroatmosféricas. O transporte dos detonadores e explosivos não poderá ser efetuado simultaneamente no mesmo veículo, sendo terminantemente proibido o transporte de pessoal
nos veículos.
As caixas nas quais forem fornecidos os explosivos deverão ser eliminadas, mediante queima, imediatamente depois de retirados os explosivos.
Não se deverá manusear, transportar ou utilizar materiais explosivos durante os períodos de tormentas ou de ocorrências dos fenômenos eletroatmosféricos. Nos casos em que alguma dessas condições ocorra ou esteja na iminência de ocorrer, ou na ocorrência de perda de eletricidade na vizinhança ou no local do trabalho durante o transporte, manuseio, carga ou outra utilização de explosivos, a área de trabalho deverá ser evacuada e completamente abandonada até pelo menos 30 minutos depois que a condição desfavorável tenha terminado ou a perda elétrica tenha sido eliminada.
Medição e Pagamento
Não será feita qualquer medição ou pagamento referente à utilização de explosivos; esses custos deverão estar incluídos nos preços unitários constantes da Planilha de Orçamentação de Obra relativos aos serviços que requeiram a utilização de explosivos.
5.5.ESCAVAÇÕES
5.5.1. E s c a v a ç õ e s p a r a E s t r u t u r a s
As escavações para estruturas deverão ser executadas segundo as linhas, cotas e dimensões especificadas nos desenhos ou determinadas pela FISCALIZAÇÃO.
Essas escavações deverão incluir todas as escavações necessárias para alojar as estruturas situadas abaixo do nível original da superfície da terra ou abaixo da superfície após raspagem, compreendendo qualquer acerto final das linhas necessário ao recebimento das formas e do concreto.
As escavações para estruturas poderão ser efetuadas manualmente ou por meio de equipamento mecânico. Conforme a natureza dos materiais encontrados, a CONTRATADA poderá utilizar explosivos, desde que com aprovação prévia da FISCALIZAÇÃO.
Deverão ser tomadas todas as precauções necessárias para alterar o mínimo possível a rocha e/ou o terreno adjacente às escavações. Todas as escavações realizadas por conveniência da CONTRATADA, ou em excesso, por qualquer motivo que não o autorizado pela FISCALIZAÇÃO, correrão por conta da CONTRATADA, assim como o reenchimento de excesso de escavação.
A CONTRATADA deverá escavar todas as valas de drenagem ou interceptores de escoamento adicionais necessárias à manutenção da escavação em condições adequadas durante a construção e para a proteção das fundações de concreto de quaisquer danos.
Todo material proveniente de escavação extra das necessidades de reaterro para a obra, que a FISCALIZAÇÃO considerar apropriado para uso em outras obras, deverá ser transportado pela CONTRATADA para o lugar onde será utilizado ou para lugar previamente escolhido. Qualquer material inapropriado será transportado para o local de bota-fora indicado no projeto ou aprovado pela FISCALIZAÇÃO. Os materiais colocados nos locais de bota-fora deverão ser nivelados segundo os critérios preestabelecidos pela FISCALIZAÇÃO.
O controle das escavações realizadas para fundações de concreto será efetuado mediante a verificação das linhas e dimensões especificadas.
As escavações serão classificadas conforme descrito em item anterior.
5.5.2. E s c a v a ç õ e s p a r a E d i f i c a ç õ e s
Os diversos tipos de escavações para edificações deverão ser executados segundo as linhas, cotas e dimensões especificadas nos desenhos ou determinadas pela FISCALIZAÇÃO. As escavações necessárias deverão ser executadas de modo a não ocasionar danos à vida, à propriedade ou a ambos.
As escavações além de 1,5 m de profundidade deverão ser taludadas ou protegidas com dispositivos adequados de contenção. Quando se tratar de escavação permanente, deverão ser protegidas com muros de arrimo ou cortinas.
As cavas para fundações, subsolos, reservatórios de água e outras partes da obra, abaixo do nível do terreno, serão executadas de acordo com as indicações constantes nos desenhos das fundações e outros desenhos das obras, a natureza do terreno encontrado e o volume do material a ser deslocado.
A execução dos trabalhos de escavação obedecerá, além do transcrito neste item, a todas as prescrições da Norma NBR-6122, concernentes ao assunto.
As escavações para execução de blocos e cintas (baldrames) circundantes serão levadas a efeito com a utilização de escoramento e esgotamento de água, se for o caso, de forma a permitir a execução, a céu aberto, daquele elementos estruturais e respectivas impermeabilizações.
Todas as escavações deverão ser protegidas, quando for o caso, contra a ação da água superficial e/ou profunda, mediante drenagem, esgotamento ou rebaixamento do lençol
freático, a fim de assegurar uma boa execução dos trabalhos, de acordo com os itens constantes nestas especificações.
O reaterro das escavações provisórias e o enchimento junto a muros de arrimo ou cortinas deverão ser executados com todos os cuidados necessários, de modo a impedir deslocamentos que afetem a própria estrutura, edificações ou logradouros adjacentes.
Toda escavação deverá ser classificada de acordo com a natureza do material escavado e a dificuldade que ele apresente ao desmonte, conforme o item “CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE ESCAVAÇÕES”.
O preenchimento de escavações em excesso deverá ser feito com material autorizado pela FISCALIZAÇÃO, sendo o ônus por conta da CONTRATADA.
Os taludes das escavações deverão ser convenientemente protegidos, durante toda a sua execução, contra os efeitos de erosão interna e superficial.
Os taludes definitivos, quando não especificados de modo diverso, receberão um capeamento protetor, a fim de evitar futuras erosões, podendo ser utilizada grama ou outro material que substitua tal proteção.
No caso do projeto das escavações não ser fornecido pelo CONTRATANTE, caberá à CONTRATADA a sua elaboração, submetendo, contudo, à prévia apreciação e autenticação da FISCALIZAÇÃO.
O dimensionamento das peças deverá atender às cargas que possam ocorrer em todas as fases da obra (provisórias e/ou permanentes).
Deverão ser levadas em conta as condições da vizinhança e a determinação das sobrecargas nas diferentes fases da obra.
A CONTRATADA, em nenhuma hipótese, poderá iniciar as escavações sem autenticação do projeto pelo CONTRATANTE.
5.5.3. E s c a v a ç õ e s e m E m p r é s t i m o s
A escavação em empréstimo destina-se a prover ou complementar o volume necessário à constituição dos aterros por insuficiência dos cortes, por motivos de ordem tecnológica de seleção de materiais ou razões de ordem econômica. Compreenderá este serviço todas as operações necessárias para obtenção, nos bancos de empréstimos, do material necessário à construção das obras.
A escavação de material em áreas de empréstimo deverá ser realizada de acordo com estas especificações ou as determinações da FISCALIZAÇÃO.
A CONTRATADA deverá informar a FISCALIZAÇÃO, com suficiente antecedência, a respeito da abertura de qualquer área de empréstimo, a fim de que possam ser efetuados todos os ensaios e medições necessários.
As escavações deverão ser executadas segundo as determinações da FISCALIZAÇÃO, a fim de se conseguir o máximo aproveitamento e a melhor utilização dos materiais do empréstimo. Se a FISCALIZAÇÃO determinar que os materiais do empréstimo são impróprios para a execução da obra, a CONTRATADA deverá sustar as escavações, dispor desses materiais conforme lhe for determinado e obter material adequado de outros empréstimos aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
A CONTRATADA deverá desmatar, limpar e raspar todas as áreas de empréstimo de acordo com o item “Desmatamento e Limpeza do Terreno” destas especificações.
Os materiais impróprios, a critério da FISCALIZAÇÃO, deverão ser removidos para áreas de bota-fora, a fim de se evitar que se misturem com o material utilizável, na área de empréstimo.
Nos empréstimos, a CONTRATADA deverá executar, a contento da FISCALIZAÇÃO, todas as drenagens e demais obras necessárias ao controle do escoamento superficial e das águas subterrâneas, a fim de se evitarem inundações e/ou encharcamentos que possam deteriorar os materiais utilizáveis.
A FISCALIZAÇÃO indicará a extensão e a profundidade de exploração a ser executada em cada área de empréstimo; a exploração deverá obedecer as profundidades determinadas.
A CONTRATADA deverá explorar a área de empréstimo, de forma a assegurar permanentemente a estabilidade na base dos taludes, e nas escavações, de maneira geral, durante as operações de escavação.
Quando necessário, a FISCALIZAÇÃO determinará que sejam feitas alterações na extensão, na profundidade, nos taludes, ou na forma de abertura das escavações, para reduzir a possibilidade de desmoronamento ou deslizamento dos taludes, ou para melhorar o rendimento da exploração ou a qualidade do material escavado.
As escavações em áreas de empréstimo deverão ser executadas com equipamento mecânico adequado.
A CONTRATADA deverá tomar as devidas precauções para evitar escavação excessiva e para assegurar que as superfícies das escavações e o material além das linhas de escavação permaneçam nas melhores condições possíveis.
A CONTRATADA só poderá utilizar explosivos mediante a aprovação da
FISCALIZAÇÃO.
Durante a exploração das áreas de empréstimo poderá ser solicitado à CONTRATADA que escave materiais de possível utilização em estágios subsequentes das obras. A CONTRATADA deverá escavar e armazenar esses materiais segundo o modo aprovado pela FISCALIZAÇÃO. As áreas de armazenamento deverão ser secas, protegidas de escoamento superficial e limpas de matéria vegetal, detritos ou outros elementos estranhos que possam limitar sua futura utilização.
Ao terminar a exploração de uma área de empréstimo, a CONTRATADA deverá fazer com que o local retomo o seu aspecto natural e redistribuir, sobre toda a área, a terra vegetal previamente retirada.
5.5.4. Escavação de Valas em Solos
Classifica-se como escavação em solo aquela passível de execução manual ou mecânica, executada em qualquer terreno, exceto rocha.
A escavação pode ser efetuada de forma manual ou mecânica, em função das particularidades existentes, à critério da CONTRATADA, e compreende a remoção de qualquer material abaixo da superfície natural do terreno até as linhas e cotas especificadas no Projeto, procedida seletivamente de modo a separar os solos destinados aos diversos fins.
O material escavado deve ser lançado, em princípio, ao lado ou perto da vala. Se o seu uso está levado em conta para reaterro futuro, dependendo do porte e período de duração das obras, deve aguardar no local o seu aproveitamento ou ser removido para depósitos provisórios em locais escolhidos pela CONTRATADA e aprovados pela FISCALIZAÇÃO. Se o material for imprestável, deve ser removido para o bota-fora.
Havendo necessidade de desmatamento, destocamento ou simples regularização, os limites dos serviços devem ser indicados pela FISCALIZAÇÃO.
Antes de iniciar a escavação, a CONTRATADA deve elaborar e submeter à aprovação da FISCALIZAÇÃO croqui de sondagens realizadas no trecho para confirmar as interferências detectadas na fase de projeto, e identificar outras porventura existentes. Tais procedimentos são necessários, a fim de que não sejam danificados quaisquer tubos, caixas, cabos, postes, etc., eventualmente localizados na zona atingida pela escavação ou área próxima à mesma. As obras de remanejamento de interferências que se fizerem necessárias devem ser programadas pela CONTRATADA, com a devida antecedência, a fim de permitir sua liberação pela FISCALIZAÇÃO e respectivas autorizações de proprietários e/ou concessionárias.
A CONTRATADA deve manter livres as grelhas, tampões e bocas de lobo das redes dos serviços públicos, junto às valas, de modo que aqueles elementos não sejam danificados ou entupidos. Os eventuais reparos e desobstruções correrão por conta da CONTRATADA.
Quando a escavação interferir com galerias de águas pluviais, redes de distribuição de água, ramais prediais de água e esgoto, rede de telefone, ramais de alta e baixa tensão, a CONTRATADA deve executar o escoramento e sustentação das mesmas. O ônus decorrente dos danos causados a essas tubulações são de inteira responsabilidade da CONTRATADA, e não devem ser ressarcidos pelo CONTRATANTE.
As sondagens devem ser efetuadas para cada trecho liberado para execução pela FISCALIZAÇÃO, com espaçamento máximo entre furos de 60 m.
Para proteção das valas contra inundação das águas superficiais, devem ser construídas muretas longitudinais nas bordas da escavação, desviando as águas para local adequado de descarga.
Os tapumes para contenção da terra depositada ao longo da vala devem ser executados nos locais aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
Na eventualidade de ser encontrado, em qualquer trecho e na profundidade prevista para a execução do assentamento das tubulações ou a execução de estruturas de concreto, terreno de fundação impróprio e que, à juízo da FISCALIZAÇÃO, possa dar lugar a futuras instabilidades das construções, devem ser executadas por conta da CONTRATANTE e à mando da FISCALIZAÇÃO, sondagens suplementares e ensaios que permitam estudar e projetar a solução tecnicamente mais conveniente e econômica para a construção da obra no trecho em questão (determinação da natureza e extensão das camadas inferiores do solo, do recalque admissível, da curva das pressões, do módulo de elasticidade e da carga de ruptura do terreno em exame).
Neste caso, para que o prazo contratual seja respeitado, poderá a FISCALIZAÇÃO, mantendo em suspenso as tarefas do local em análise, determinar o imediato prosseguimento da obra em outro trecho.
Este recurso pode ser adotado pela FISCALIZAÇÃO na hipótese de ocorrer cruzamento da vala escavada com dutos ou obstáculos cuja remoção se revele, ou venha a se revelar, de solução ou execução demorada.
Quando a escavação tiver atingido, em terreno de boa qualidade, a cota indicada no projeto, deve ser feita a regularização, limpeza e apiloamento do fundo da vala. Essas operações devem ser executadas com a vala seca, ou com a água de lençol totalmente deslocada para drenos laterais.
Qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da vala, proveniente de erro de escavação, deve ser preenchido com areia, devidamente adensada, sem ônus para a CONTRATANTE.
Conforme o tipo do terreno, a FISCALIZAÇÃO definirá o tipo de fundação a ser adotada para assentamento da tubulação.
A seguir, é apresentada a tabela de largura da vala, em função do tipo de escoramento e da cota de corte. Qualquer excesso com relação às larguras das valas definidas nestas especificações, somente serão consideradas, para efeito de pagamento, caso tenham sido previamente autorizadas pela FISCALIZAÇÃO.
5.5.5. Escavação de Vala em Rocha
Se, no decorrer da escavação, for atingido terreno rochoso, este será desmontado a fogo, quando se apresentar sob a forma maciça e contínua, ou simplesmente retirado, quando constituído por matacões de até 0,50 m3.
Classifica-se como escavação em rocha aquela que se realizará em materiais pétreos não removidos de sua posição original e que, quando não fraturados ou alterados, apresentam marcada dureza, coesão e tenacidade, devendo ser escavados com uso rotineiro de explosivos, devendo-se obedecer ao prescrito no item UTILIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS.
O desmonte à fogo deve ser executado em bancadas ou por altura total, com perfurações verticais ou inclinadas, de conformidade com a natureza da rocha, e com todas a precauções de segurança. Os planos de fogo devem ser, obrigatoriamente, aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
As técnicas que a CONTRATADA deverá empregar para o desmonte deverão ser tais que, ao terminar o trabalho, as superfícies escavadas estejam dentro das medidas estabelecidas nos desenhos do projeto, mantendo ao mesmo tempo, o mais possível, as condições naturais do maciço rochoso.
A aprovação pela FISCALIZAÇÃO de um plano de fogo não exime a CONTRATADA de qualquer uma de suas responsabilidades.
Sempre que, de acordo com a indicação do desenho ou por determinação da FISCALIZAÇÃO, for necessário preservar a estabilidade e resistência inerentes aos parâmetros de taludes escavados em rocha, a CONTRATADA deverá ter o máximo cuidado durante as operações de perfuração e detonação. A CONTRATADA será responsável pela obtenção de superfícies regulares mediante o controle do fogo e a determinação da relação adequada entre os fatores de carga, espaçamento, profundidade e medida de perfuração, quantidade e tipo de explosivo a empregar, além de outras considerações que se façam necessárias para conseguir a superfície especificada.
O escoramento, no decorrer dos trabalhos de desmonte a fogo, deve ser permanentemente inspecionado pela CONTRATADA e reparado logo após a ocorrência de qualquer dano.
Nos trabalhos de escavação deverão ser tomadas todas as precauções de forma a se evitar quaisquer danos às estruturas existentes pertinentes às obras, ou vizinhas à elas.
A CONTRATADA deverá fornecer, instalar e operar a instrumentação necessária para o registro de vibrações. O instrumento de registro deverá consistir de um sismógrafo de três componentes. Os registros deverão ser tomados sob a supervisão de um técnico
qualificado e as leituras deverão ser interpretadas estabelecendo -se a limitação das vibrações para as várias situações.
Em casos especiais, a FISCALIZAÇÃO poderá exigir o desmonte da rocha a frio.
Medição e Pagamento
As escavações de valas descritas nestas especificações serão medidas tomando-se por unidade o metro cúbico (m³) de material escavado e colocado na forma e local que indiquem o projeto ou fixe a FISCALIZAÇÃO. Na medição do serviço será aplicada a profundidade e a extensão do trecho definida na Nota de Execução de Serviço (N.E.S.), e a largura conforme a Tabela 1 - Tabela de largura de valas.
Caso seja aprovada pela FISCALIZAÇÃO a abertura em largura maior que a definida na Tabela 1 - Tabela de largura de valas, será usado o método da Média das Áreas Extremas, entre estações de 20 m ou outras que sejam necessárias, segundo a configuração do terreno, tomadas antes e depois da execução do trabalho.
À medida que se forem executando as escavações, a FISCALIZAÇÃO irá determinando o tipo de material encontrado, para ulterior cálculo da quantidade correspondente de cada classe. A classificação de acordo com as características de material será feita, portanto, cada vez que houver variações no tipo de material escavado.
Esta classificação deverá ser conforme descrito no item “CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE ESCAVAÇÕES”. As escavações efetuadas devem ser referidas a profundidade das valas nas seguintes faixas:
• até 2,00 m;
• entre 2,0 m e 4,00 m;
• acima de 4,00 m.
Não serão estimados, para fins de pagamento, as escavações em excesso nem os volumes de escavação, cujos materiais não hajam sido corretamente dispostos, de acordo com o especificado e/ou indicado pela FISCALIZAÇÃO.
Nesses preços unitários, deverá haver a compensação integral pelos serviços executados incluindo a escavação, depósito ao lado, quando for o caso, proteção das escavações contra a ação de água superficial, mediante drenagem ou esgotamento, bem como, toda mão de obra, ferramentas e equipamentos necessários a execução dos serviços.
5.6.R E G U L A R I Z A Ç Ã O D E F U N D O S D E V A L A S Serviço
Após se ter atingido a cota de assentamento da tubulação ou a cota de fundo deve-se proceder os serviços de regularização da camada onde serão assentados os tubos. Essas operações se destinam a conformar o leito da vala, transversal e longitudinalmente, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de espessura.
Quando a escavação em terreno de boa qualidade tiver atingido a cota indicada no projeto, será feita a regularização e a limpeza do fundo da vala. Caso ocorra a presença de água, a escavação deverá ser ampliada para conter o lastro de pedra, sobre o qual se assentará a tubulação.
Essas operações só poderão ser executadas com a vala seca ou com a água do lençol freático totalmente deslocada para drenos laterais, construídos em uma faixa de 40 cm de largura, junto ao escoramento.
Quando o greide final da escavação estiver situado dentro do terreno cuja pressão admissível não for suficiente para servir como fundação direta, a escavação deve continuar até a profundidade apta a comportar o lastro de pedra, ou outro material granular, sobre o qual se assentará determinada estrutura ou tubulação.
Neste caso, deverá ser evitada a transição brusca (em escada) do fundo da vala. Para tanto, uma vez estabelecidos os perfis de super-escavação, estes serão ajustados com transições suaves.
Eventualmente, dependendo da espessura do lastro e a critério da FISCALIZAÇÃO, o enchimento da super- escavação poderá ser feito com areia compactada.
A regularização das valas será processada de modo a oferecer condições de segurança às estruturas e tubulação e bom acabamento da superfície.
A rotina de trabalho de compactação será fixada por instrução de campo, emitida oportunamente pela FISCALIZAÇÃO.
No caso do material proveniente da escavação não se prestar para execução da regularização, deverá ser utilizado material adequado, importado de empréstimo.
Após a execução da regularização, todo o material proveniente da escavação que não houver sido utilizado deverá ser removido ao bota-fora.
De qualquer forma, os serviços de regularização só poderão ser iniciados após autorização e de acordo com indicação da FISCALIZAÇÃO.
Medição e Pagamento
Os serviços serão medidos pela FISCALIZAÇÃO tomando-se por unidade o metro quadrado (m²) e não sendo levados em conta nessas medições os serviços que a CONTRATADA efetuar fora das solicitações indicadas pela FISCALIZAÇÃO. Este serviço será pago pelo preço unitário constante da planilha de orçamentação de obras. O preço deverá incluir mão-de-obra, materiais, ferramentas e equipamentos necessários para a execução dos serviços.
5.7.ATERROS E REATERROS
5.7.1. Construção de Aterros
Os aterros deverão ser construídos com materiais provenientes de cortes ou de áreas de empréstimo. Os aterros deverão ser executados no interior dos limites estabelecidos no projeto, ou conforme determinado pela FISCALIZAÇÃO.
As cotas de coroamento do aterro nunca poderão ser inferiores às indicadas nos desenhos, exceto quando a FISCALIZAÇÃO introduzir modificações.
Quando necessário, a critério da FISCALIZAÇÃO, a CONTRATADA deverá deixar excesso razoável na última camada, superior à cota indicada nos desenhos de forma a permitir a posterior acomodação do maciço.
Na construção do aterro, o material deverá ser colocado em camadas aproximadamente horizontais, uniformes e sucessiva, os quais serão espalhados em toda a largura e com a declividade estipulada na seção transversal correspondente no projeto.
As camadas deverão manter uma superfície aproximadamente horizontal; no entanto, com declividade suficiente para que haja drenagem satisfatória durante a construção, especialmente quando se interromper o aterro. A distribuição dos materiais em cada camada será feita de modo a não produzir segregação dos materiais e a fornecer um conjunto que não apresente cavidades, “lentes”, bolsões, estrias, lamelas, ou outras imperfeições.
a) A t e r r o s N ã o - C o m p a c t a d o s
As fundações dos aterros não compactados deverão ser marcadas por fileiras de sulcos, com um mínimo de 4 cm de profundidade, traçados a intervalos que não deverão exceder um metro.
Os aterros não compactados deverão ser executados de modo a permitir a maior circulação de veículos possível sobre o aterro, a fim de se aproveitar ao máximo o efeito de compactação dos veículos. Estes aterros deverão ser nivelados a uma cota uniforme. Pedras, pedregulhos e torrões incluídos no aterro deverão estar bem misturados com os demais materiais, de modo que não se formem lentes e/ou bolsões com permeabilidade maior.
b) A t e r r o s C o m p a c t a d o s
Os aterros compactados deverão ser executados preparando-se inicialmente o terreno de fundação por meio de rega e escarificação. Poderá ser utilizado qualquer tipo de equipamento que produza a escarificação necessária. A distância entre os sulcos não deverá exceder 30 cm; os sulcos deverão ter entre 5 e 7 cm de profundidade.
Os materiais deverão estar isentos de pedras e torrões com diâmetros superiores a 10 cm, de raízes, ou de qualquer matéria orgânica, e deverão ser aprovados pela FISCALIZAÇÃO. Os materiais apropriados para aterros compactados são definidos no item DEFINIÇÃO DE SOLOS. Os materiais deverão ter um teor de umidade próxima à ótima (± 2%), o qual será conseguido seja por espalhamento e secagem do material quando demasiadamente úmido, ou por umidificação quando demasiadamente seco. Em seguida, os materiais deverão ser estendidos em camadas horizontais de espessura máxima entre 15 e 30 cm, em toda a largura do aterro. A umidificação e homogeneização dos materiais deverão ser efetuadas, de preferência, durante a escavação dos mesmos.
Cada camada deverá ser compactada completa e uniformemente em toda sua superfície, e não deverá ter mais de 25 cm de espessura após a compactação. Se a FISCALIZAÇÃO determinar que a superfície sobre a qual será colocada a próxima camada de material se encontra seca ou lisa demais para que se obtenha uma liga adequada com a camada seguinte, essa superfície será umedecida e/ou escarificada, conforme já especificado, para se conseguir uma liga eficiente.
Concluída a escarificação, o material solto resultante desta operação será revolvido junto com o material da camada seguinte, a fim de se obter uma mistura homogênea de materiais, antes de iniciar a compactação. Todos os torrões no material serão desagregados ou triturados utilizando-se equipamento apropriado, aprovado pela FISCALIZAÇÃO. Caso a decomposição desses torrões não seja factível, eles serão retirados do aterro.
Após qualquer interrupção ou atraso ocorrido durante a execução do aterro compactado, todas as superfícies expostas ou adjacentes, sobre ou contra as quais serão colocadas camadas adicionais de aterro, deverão ser preparadas conforme já especificado.
Após a colocação do material conforme estipulado anteriormente, sua compactação deverá ser executada até que se tenha obtido uma densidade relativa entre 97% e 100% da densidade seca máxima de laboratório, determinada pelo ensaio de compactação Proctor Normal. O equipamento de compactação utilizado deverá ser adequado ao tipo de material colocado, e aprovado previamente pela FISCALIZAÇÃO.
Em aterros próximos a obras de arte ou situados em lugares inacessíveis aos rolos compactadores, a compactação deverá ser feita manualmente ou com compactadores pneumáticos. Cada camada deverá conter apenas o material necessário para assegurar a devida compactação, e a espessura de cada camada nunca deverá exceder 15 cm de material solto.
A critério da FISCALIZAÇÃO, a CONTRATADA poderá indicar e utilizar outros métodos de compactação adequados à execução dos aterros, sempre que esses métodos alternativos atendam aos requisitos formulados nestas Especificações Técnicas.
A FISCALIZAÇÃO poderá solicitar a CONTRATADA que realize todos os ensaios de compactação necessários ao controle da construção dos aterros, sem qualquer ônus para a CONTRATANTE. Caso os resultados não sejam satisfatórios, a FISCALIZAÇÃO poderá indicar modificações nos materiais ou no método de compactação, a fim de se obterem os resultados especificados neste item.
Cada uma das camadas que formam o aterro será medida pela FISCALIZAÇÃO, para se verificar se seu nivelamento e dimensões estão de acordo com as Especificações Técnicas. Se uma ou mais camadas não satisfizerem os mencionados requisitos de compactação, nivelamento ou dimensões, a FISCALIZAÇÃO exigirá, quando julgar necessário, sua remoção total ou parcial, e indicará sua substituição, sem qualquer ônus para a CONTRATANTE.
Aterros executados em camadas com espessura superior à anteriormente especificada só serão aprovados se a topografia do terreno não permitir a colocação de camadas com espessura máxima após compactação, igual a 25 cm, ou se o equipamento empregado permitir que os índices de compactação exigidos sejam obtidos em toda a espessura da respectiva camada. Em ambos os casos, entretanto, a CONTRATADA deverá obter a autorização da FISCALIZAÇÃO.
Os seguintes ensaios serão realizados nos aterros executados e nos materiais para
aterro:
• Ensaios de compactação, segundo o método Proctor Normal, para cada 1.000 m³ de material colocado;
• Ensaio para determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para cada 100 m de camada de aterro, alternadamente no eixo e nas bordas, correspondente ao ensaio de compactação supramencionado;
• Ensaio de granulometria (DNER-ME-80-64); ensaio de limite de liquidez (DNER-ME-44- 64); e ensaio de limite de plasticidade (DNER-ME-83-63), para o corpo do aterro, para
cada grupo de dez amostras submetidas ao ensaio de compactação;
• Ensaio do índice de suporte da Califórnia, com a energia do método Proctor Normal, para cada grupo de quatro amostras das camadas superiores.
c) C o n t r o l e G e o m é t r i c o
As seguintes tolerâncias serão admitidas:
• Variação da altura de + 3 cm para eixo e bordas, a partir da seção transversal do projeto;
• Variação da largura de + 20 cm para a plataforma, a partir da seção transversal do projeto, não se admitindo variações negativas.
• O controle será efetuado mediante a verificação das cotas, nos eixos e nas bordas, a cada duas estacas.
5.7.2. Reaterro para Estruturas
O material para reaterro deverá ser proveniente da escavação necessária para a estrutura. Entretanto, quando não houver suficiente material apropriado proveniente dessas escavações poderá ser utilizado material adicional obtido em áreas de empréstimo. O material para reaterro deverá ser aprovado pela FISCALIZAÇÃO.
O material para reaterro deverá se encontrar livre de raízes, matéria orgânica e pedras ou torrões que excedam 7,5 cm de diâmetro. Os materiais apropriados para reaterro são definidos no item “DEFINIÇÃO DE SOLOS”, nestas especificações.
O reaterro deverá ser compactado, exceto quando o projeto especificar de outra forma, ou a critério da FISCALIZAÇÃO. A compactação deverá ser executada com equipamento mecânico adequado, mas a compactação manual será permitida sempre que o acesso do equipamento mecânico ao local de compactação for impraticável. O material de aterro deverá ser colocado e compactado de maneira uniforme em torno da estrutura, de modo a evitar cargas desiguais.
O reaterro das estruturas deverá ser executado em camadas horizontais sucessivas, que não deverão exceder 10 cm após a compactação. A compactação deverá ser realizada até que se consiga uma densidade relativa não inferior a 97% da densidade máxima seca de laboratório obtida no ensaio Proctor Normal da compactação.
Durante o reaterro, a FISCALIZAÇÃO realizará, no mínimo, quatro ensaios de
densidade para cada jornada de oito horas, ou para cada 100 metros cúbicos (m³) de reaterro colocados. Ensaios adicionais poderão ser realizados, a critério da FISCALIZAÇÃO.
5.7.3. Reaterro de Valas
Antes de ser iniciada a operação de reaterro de qualquer trecho da tubulação, a FISCALIZAÇÃO deve realizar uma inspeção rigorosa das condições da tubulação abaixada de forma a garantir a inexistência de defeitos ou danos no revestimento e nos tubos. Qualquer revestimento danificado deverá ser reparado pela CONTRATADA, às suas custas, com material apropriado, conforme determinado pela FISCALIZAÇÃO.
Antes de se efetuar o reaterro da vala, os recessos escavados para as bolsas dos tubos e para a remoção das lingas deverão ser preenchidos com areia, que será apiloada manualmente, a fim de eliminar qualquer vazio existente.
O reaterro só pode ser iniciado junto às estruturas em concreto, após decorrido o prazo necessário ao desenvolvimento da resistência do mesmo. O reaterro deve ser, também, desenvolvido em paralelo com a remoção dos escoramentos.
O material de reaterro deverá ser proveniente da escavação necessária das valas. Entretanto, quando não houver suficiente material apropriado proveniente dessas escavações, será utilizado material adicional originário de áreas de empréstimo. O material para reaterro deverá ser aprovado pela FISCALIZAÇÃO.
No fundo das valas em que for encontrado material de 2.ª e 3.ª categorias, deverá ser colocado um leito de material granular, sobre o qual será assentada a tubulação. O leito deverá ter espessura mínima de 10 cm e deverá ser adensado.
O material de reaterro colocado até 30 cm acima da geratriz superior do tubo não deverá conter pedras, rochas ou torrões de diâmetro superior a 20 mm, salvo indicações específicas no projeto. O restante do material de reaterro deverá estar isento de pedras, rochas ou torrões com diâmetro superior a 7,5 cm. Todo o material de reaterro deverá estar isento de raízes ou de qualquer oura matéria orgânica. Os materiais apropriados para o reaterro de valas estão definidos no item “DEFINIÇÃO DE SOLOS”, nesta Especificação Técnica.
Todo reaterro deverá ser compactado, exceto se for especificado diferentemente no projeto ou determinado pela FISCALIZAÇÃO.
Apenas três unidades de tubulação deverão ser assentadas antes da operação de reaterro. O material de reaterro deverá ser colocado em redor do tubo, de forma a manter as juntas expostas, até fazer o enchimento e ensaio da linha. Antes do enchimento e ensaio da
linha, o reaterro deverá ser colocado até a profundidade mínima igual a metade do diâmetro externo da tubulação e a profundidade máxima igual a 30 cm acima da geratriz superior do tubo.
O reaterro das valas deverá ser colocado e compactado em camadas de igual nível em ambos os lados do tubo, de modo a evitar cargas desiguais ou deslocamento do tubo. O reaterro embaixo e em torno do tubo, e até 30 cm acima da sua linha geratriz superior, deverá ser compactado com ferramentas ou equipamentos manuais. O material de reaterro deverá ser colocado cuidadosamente e bem apiloado e compactado, a fim de encher todos os vazios sob a tubulação.
O aterro da camada de base compreendida entre a superfície inferior do revestimento do pavimento e um plano paralelo situado 30 cm abaixo deste, deve ser procedido da seguinte maneira:
Nos casos de revestimento de pavimento em paralelepípedo, lajotas de concreto e passeios: com material de jazida com características próprias de material de base, e camada de areia de 0,10 m para assentamento do revestimento, utilizando-se compactação mecânica.
Nos casos de pavimentação asfáltica: com material de jazida com características próprias de material de base, utilizando-se compactação mecânica.
Nos casos de ruas sem pavimentação: o reaterro deverá ser executado com material que apresente características próprias para revestimento primário, compactado mecanicamente.
Nos trechos em rampa, para evitar deslizamentos ou erosão do material de cobertura, devem ser adotadas, em função da declividade de pista, um dos seguintes procedimentos:
• compactação de todo o material da vala;
• Instalação de barreiras constituídas de sacos contendo material de solo selecionado (solo-sílico-silto- argiloso) regularmente espaçados e dispostos perpendicularmente ao eixo da vala;
• Instalação de barreiras constituídas de sacos contendo solo-cimento, regularmente espaçados e dispostos perpendicularmente ao eixo da vala;
• Enchimento total da vala com solo-cimento.
Deverão ser tomadas precauções para evitar que o equipamento de compactação bata na tubulação e danifique seu revestimento.
A compactação do reaterro deverá ser efetuada até que se obtenha densidade relativa não inferior a 97% da densidade máxima seca obtida no laboratório no ensaio de
compactação de Proctor Normal. O material de reaterro deverá ser umedecido, conforme necessário, de modo a se obter um teor de umidade ótimo para o esforço de compactação a ser aplicado.
Durante a operação de compactação, a FISCALIZAÇÃO realizará, no mínimo, quatro ensaios de densidade para cada turno de oito horas ou para cada 100 metros cúbicos de reaterro colocado. Ensaios adicionais poderão ser realizados, a critério da FISCALIZAÇÃO.
Após o enchimento e ensaio da tubulação, o reaterro deverá ser colocado e consolidado em camadas sucessivas que não excedam 15 cm de espessura após a compactação. O reaterro será colocado e compactado até os níveis e gradientes indicados no projeto.
Quando for necessário assentar a tubulação em leito de material específico, o material deverá atender às especificações de projeto.
Medição e Pagamento
A determinação dos volumes de aterro far-se-á utilizando o método da Média de Áreas Extremas, entre estações de 20 m ou as que exijam a configuração do terreno.
A unidade utilizada para medição do reaterro será o metro cúbico (m³), considerado o volume medido nas escavações mínimas necessárias à execução dos serviços, descontados os volumes correspondentes às fundações e tubulações.
A construção dos aterros e reaterros medidos como prescrito no anteriormente será paga à CONTRATADA, pelos preços unitários correspondentes da Planilha de Orçamentação de Obras.
Nos preços unitários para o serviço de reaterro deverão estar incluídos, quando utilizado material de jazida, umedecimento, homogeneização, distribuição e compactação. Tal valor incluirá também o fornecimento da água necessária para conseguir a umidade requerida para a construção do reaterro, bem como, ferramentas, equipamentos, mão de obra e outros.
Não serão considerados, para efeito de medição e pagamento, os reaterros que venham a ser necessários devido à imperícia da CONTRATADA, ou que sejam devidos às escavações excessivas que a CONTRATADA tenha eventualmente efetuado. Nestes casos, caberá à FISCALIZAÇÃO a apreciação do justo número de metros cúbicos (m³) de reaterro que seriam os suficientes, caso as escavações tivessem sido as mínimas necessárias.
5.8.CARGA, TRANSPORTE E DESCARGA
Serviço
A escolha do equipamento para carregamento, transporte e descarga dos materiais escavados em bota -fora ou em outra área indicada pela FISCALIZAÇÃO, ficará à critério da CONTRATADA e terá sido definido no Plano de Escavação.
Durante a execução dos serviços, a FISCALIZAÇÃO pode exigir a remoção e/ou substituição de qualquer equipamento que não corresponda aos valores de produção indicados no Plano de Escavação, ou seja, por qualquer motivo, insatisfatório.
Na medida do possível deve ser sempre programado o uso do material resultante das escavações, imediatamente após sua remoção. Caso isto não seja possível, a CONTRATADA deve preparar um local para estocá-los, conforme indicações da FISCALIZAÇÃO.
As pilhas de estoque devem ser localizadas de maneira que necessitem um mínimo de transporte para os lugares onde os materiais serão aproveitados, sem interferir, porém, com o andamento da obra. O equipamento de transporte, os caminhos e distâncias de transporte e a forma de carregamento, devem ser estudados pela CONTRATADA e aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
A acumulação nos estoques deve ser feita por métodos que evitem a segregação de materiais ou a sua contaminação, à critério da FISCALIZAÇÃO.
Somente quando aprovados pela FISCALIZAÇÃO, materiais escavados em áreas diferentes, que tenham características idênticas, a seu critério, podem ser estocados na mesma pilha.
Na conclusão dos trabalhos, se ainda sobrar material nos estoques, à critério da FISCALIZAÇÃO, estes depósitos devem ser tratados como bota-fora, ou, então, as sobras levadas pela CONTRATADA para os bota-foras já existentes.
Os materiais resultantes das escavações, inadequados para uso nas obras, à critério da FISCALIZAÇÃO, serão depositados em bota-fora.
A CONTRATADA deve apresentar, com a devida antecedência, para aprovação da FISCALIZAÇÃO, um plano delimitando as áreas, definindo os caminhos e distâncias de transporte, fixando taludes e volumes a serem depositados. Essas áreas serão escolhidas de maneira a não interferir com a construção e operação da obra e nem prejudicar sua aparência estética, se adaptando, a forma e altura dos depósitos, tanto quanto possível, ao terreno adjacente.
A CONTRATADA deve tomar todas as precauções necessárias para que o material em bota-fora não venha a causar danos às áreas e/ou obras circunvizinhas, por deslizamentos,
erosão, etc. Para tanto, a CONTRATADA deve manter as áreas convenientemente drenadas, a qualquer tempo.
Define-se o momento de transporte como o produto do volume escavado, em metros cúbicos (m³), pela distância de transporte, em quilômetros (km).
O momento extraordinário de transporte inclui o transporte de materiais, das escavações indicadas ou de áreas de empréstimo, para a construção de aterros e colocação de reaterros, assim como a remoção de materiais impróprios ou excessivos de escavações, para áreas de bota-fora, aprovada pela FISCALIZAÇÃO.
Medição e Pagamento
a) Carga e Descarga
Será feita pelo volume, em metro cúbico (m³), medido da seguinte forma:
• Em escavações obrigatórias: pelo volume de corte, conforme o Projeto e/ou pela diferença entre o levantamento primitivo e o de medição;
• Em escavações de jazida: pelo volume de aterro, conforme Projeto e/ou pela diferença entre o levantamento primitivo e o de medição;
• Em entulhos: pelo volume do material solto, medido no caminhão;
• Em lama: pelo volume do material medido no caminhão;
A carga de material em geral (tubos, agregados, aduelas, etc) será medida pelo peso em toneladas (t).
No preço unitário correspondente da Planilha de Orçamentação de Obras, deverá haver compensação integral por todas as operações necessárias para efetuar o serviço, inclusive:
• Operações de carga, descarga e espalhamento ou arrumação dos materiais transportados, nos locais definidos pela FISCALIZAÇÃO;
• Aquisição, carga, transporte, descarga, operação, manutenção, depreciação e conservação dos equipamentos e ferramentas utilizados;
• Aquisição, carga, transporte, descarga, aplicação, ou utilização de materiais (combustíveis, peças, etc.);
• Mão de obra e demais incidências necessárias à perfeita execução dos serviços.
b) Transporte
O momento de transporte será medido em metro cúbico x quilômetro (xx.xx), para os diversos tipos de materiais a transportar, ou tonelada x quilometro (x.xx) para
material em geral (tubos, agregados, aduelas, etc).
A determinação do quantitativo do material a ser transportado será da mesma forma que realizado para carga e descarga, a critério da FISCALIZAÇÃO.
A distância de transporte será determinada de acordo com o percurso seguido pelo equipamento transportador, medida em projeção horizontal, entre os centros de gravidade das massas.
O percurso do equipamento transportador será objeto de aprovação prévia da FISCALIZAÇÃO.
À critério da FISCALIZAÇÃO, o momento de transporte, referente a materiais não descritos neste item, poderá ser considerado para efeito de medição e pagamento.
Nestes casos, caberá à FISCALIZAÇÃO, a definição do volume do material a ser considerado, para efeito do cálculo do momento de transporte.
No preço unitário correspondente da Planilha de Orçamentação de Obras, deverá haver compensação integral por todas as operações necessárias para efetuar o serviço, inclusive, mão-de-obra e equipamentos.
6. SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIAL Serviço
6.1.C O N S T R U Ç Ã O D E S A R J E T A S E D E S C I D A S D ’ Á G U A
As sarjetas de concreto deverão ser moldadas “in loco” com equipamento
apropriado.
A execução das sarjetas deverá ser iniciada após a conclusão de todas as
operações de recomposição da pavimentação.
A execução das sarjetas de concreto compreenderá as seguintes etapas:
a) Preparo e regularização da superfície de assentamento:
Essa etapa será executada mediante operações manuais que envolverão acertos do terreno de forma a atingir a geometria projetada para cada dispositivo. Os materiais empregados nessa etapa serão os excedentes da pavimentação. A superfície de assentamento deverá estar firme e bem desempenada.
b) Instalação das guias de referência:
As guias de madeira que servirão de referência para a concretagem serão instaladas segundo a seção transversal de cada dispositivo, espaçadas de 2 m.
c) Concretagem:
A concretagem envolverá o seguinte plano executivo:
• Lançamento de concreto em panos alternados;
• Espalhamento e acabamento do concreto mediante emprego de ferramentas manuais, em especial de uma régua que, apoiada nas duas guias adjacentes, permitirá a conformação da sarjeta ou valeta à seção pretendida;
• Retirada das guias dos panos concretados, tão logo se constate o suficiente endurecimento do concreto aplicado;
• Espalhamento e acabamento do concreto nos panos intermediários, utilizando-se como apoio para a régua de desempeno o próprio concreto de panos anexos;
d) Juntas
A sexta guia de cada segmento será retirada após a concretagem dos dois panos anexos. Em seu lugar será executada uma junta de dilatação, vertendo-se cimento asfáltico previamente aquecido. Desta forma resultarão juntas espaçadas de 12 m.
O concreto utilizado, quando executado em betoneira, deverá ser preparado com fator água/cimento apenas suficiente para se alcançar boa trabalhabilidade. Deverá ser preparado em quantidade suficiente para seu uso imediato, não se permitindo o lançamento após decorrida mais de 1 hora do seu preparo, e nem o seu retemperamento.
A FISCALIZAÇÃO apreciará de forma visual as características de acabamento das sarjetas executadas. Adicionalmente, serão avaliadas as características geométricas desses dispositivos, de acordo com o seguinte plano de amostragem:
Determinação da espessura da camada de concreto aplicada, à razão de 1 ponto a cada 50 m. A determinação da espessura será feita quando da retirada das guias do primeiro conjunto de panos concretados, em pontos aleatoriamente selecionados pela FISCALIZAÇÃO;
Determinação das dimensões transversais do dispositivo, por medidas a trena, nos mesmos pontos em que forem procedidas determinações de espessuras.
O controle tecnológico do concreto empregado será realizado pelo rompimento de corpos-de-prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR 6118 da ABNT para controle sistemático. Para tal, deverá ser estabelecida, previamente, a relação experimental entre as resistências à compressão simples aos 7 e aos 28 dias.
O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes condições:
a) O acabamento seja julgado satisfatório;
b) As dimensões transversais avaliadas não difiram das de projeto de mais do que 10% em pontos isolados;
c) Todas as medidas de espessuras efetuadas encontrem-se situadas no intervalo
de mais ou menos 10% em relação à espessura de projeto. A espessura média não poderá ser inferior à de projeto;
d) A resistência à compressão simples estimada (fck), determinada segundo o prescrito na NBR 6118 para controle assistemático seja superior à resistência característica especificada.
6.2. B U E I R O S E R E D E S T U B U L A R E S D E C O N C R E T O
Os tubos de concreto armado a serem empregados terão armadura simples ou dupla e serão do tipo encaixe “ponta e bolsa” e/ou MF “macho e fêmea”, devendo atender às prescrições contidas na NBR 9794 da ABNT – “Tubo de Concreto Armado de Seção Circular para Águas Pluviais”. A classe de tubo a empregar deverá ser compatível com a altura de aterro prevista. Os tubos deverão ser rejuntados com argamassa de cimento-areia, traço 1:3.
As etapas executivas a serem atendidas na construção os bueiros e redes tubulares de concreto são as seguintes:
a) Locação de obra de acordo com os elementos especificados no projeto. A locação será efetuada com piquetes espaçados de 5 m, nivelados de forma a permitir a determinação dos volumes de escavação. Os elementos de projeto (estaca do eixo, esconsidade, comprimentos e cotas) poderão sofrer pequenos ajustamentos de campo. A declividade longitudinal da obra deverá ser contínua;
b) Escavação das trincheiras necessárias à moldagem dos berços, a qual poderá ser executada manual ou mecanicamente, devendo ser prevista uma largura superior em 5 cm à do berço, para cada lado. Caso haja necessidade de execução de aterros para atingir a cota de assentamento do berço, esses deverão ser executados e compactados em camadas de, no máximo, 15 cm;
c) Instalação das fôrmas laterais aos berços;
d) Execução da porção inferior do berço com concreto ciclópico com 30% de pedra de mão, até atingir a linha correspondente à geratriz inferior dos tubos. Virar o concreto mecanicamente;
e) Instalação dos tubos sobre a porção inferior do berço quando for o caso, tão logo o concreto utilizado apresente resistência para isso. Se necessário, utilizar guias ou calços de madeira ou de concreto pré-moldado para fixar os tubos na posição correta;
f) Complementação da concretagem do berço, imediatamente após a instalação dos tubos. Vibrar o concreto mecanicamente;
g) Retirada das fôrmas laterais do berço;
h) Rejuntamento dos tubos com argamassa cimento-areia, traço 1:3;
i) Execução do reaterro, preferencialmente com o próprio material escavado, desde que seja de boa qualidade. Caso não seja, a critério da FISCALIZAÇÃO, será importado material selecionado. A compactação do material de reaterro deverá ser executada em camadas individuais de no máximo 15 cm de espessura, por meio de “sapos mecânicos”, placas vibratórias ou soquetes mecânicos. O equipamento utilizado deverá ser compatível com o espaço disponível. Especial atenção deverá ser dada na compactação junto às paredes dos tubos. O reaterro deverá prosseguir até se atingir uma espessura de 20 cm acima da geratriz superior externa do corpo do bueiro;
j) Execução das bocas de montante e jusante. Caso as bocas de montante sejam do tipo caixa coletora, deverão ser atendidos procedimentos executivos previstos na especificação correspondente a esses dispositivos. As bocas tipo nível de terra deverão ser executadas com concreto, atendendo as imposições geométricas do projeto;
k) Concluídas as bocas, deverão ser verificadas as condições de canalização a montante e jusante da obra.
Todas as erosões encontradas e que possam vir a comprometer o funcionamento da obra deverão ser tratadas com enrocamento de pedra arrumada ou por soluções específicas do projeto. Deverão ser executadas as necessárias valas de derivação, a jusante, e bacias de captação, a montante, de forma a disciplinar a entrada e saída de fluxo d’água no bueiro.
Quando existir solo com baixa capacidade de suporte no terreno de fundação, o berço poderá ser executado sobre um enrocamento de pedra fortemente compactada, a critério da FISCALIZAÇÃO. Opcionalmente o berço poderá ser fundido em uma só etapa com o tubo já assentado sobre guias transversais de concreto pré-moldadas ou de madeira (2 guias por tubo).
O controle geométrico consistirá na conferência, por métodos topográficos correntes, do alinhamento, esconsidades, declividades, comprimentos e cotas dos bueiros executados e respectivas bocas. As condições de acabamento serão apreciadas, pelo MUNICIPIO DE DIAS D’ ÁVILA, em bases visuais.
O controle tecnológico do concreto empregado nos berços e bocas será realizado pelo rompimento de corpos-de-prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR 6118 da ABNT para controle assistemático. Para tal deverá ser estabelecido, previamente, a relação experimental entre as resistências e compressão simples
aos 7 e aos 28 dias.
O controle tecnológico dos tubos empregados deverá atender ao prescrito na NBR 9794 da ABNT – “Tubo de Concreto Armado de Seção Circular para Águas Pluviais”. Em princípio, serão executados apenas ensaios a compressão diametral, atendendo ao definido na NBR-9795 da ABNT, tomando-se amostras de 2 peças para cada lote de no máximo 100 tubos de cada diâmetro utilizado. Ensaios de permeabilidade e absorção somente serão exigidos se existirem suspeitas quanto às características dos tubos utilizados.
O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes condições:
a) O acabamento seja julgado satisfatório;
b) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas. Em especial, as variações para mais ou menos do diâmetro interno do tubo, em qualquer seção transversal, não devem exceder 1% do diâmetro interno médio;
c) A resistência à compressão simples estimada (fck) do concreto utilizado nas bocas e berço, definida na NBR-6118 da ABNT para controle assistemático seja superior à resistência característica especificada;
d) A resistência à compressão diametral obtida nos ensaios efetuados seja superior aos valores mínimos especificados na NBR-9794, para a classe e diâmetro de tubo considerados.
A execução do serviço de vedação de bueiros existentes consistirá das seguintes
atividades:
a) Identificação dos bueiros a serem vedados;
b) Tamponamento da seção do bueiro através de concreto ciclópico ou alvenaria
de tijolos maciços, a critério da FISCALIZAÇÃO.
O controle do serviço de vedação de bueiros existentes consistirá exclusivamente da verificação da vedação executada. O serviço será aceito desde que esse item seja considerado satisfatório.
6.3.LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
A execução dos serviços de limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem consistirá das seguintes etapas:
a) Inspeção de todas as obras de drenagem superficial e bueiros tubulares e celulares existentes, identificando os locais ou extensões a serem tratados;
b) Limpeza e desobstrução dos dispositivos de drenagem superficial e bueiros
existentes, compreendendo a remoção de entulhos, vegetação, solo e material granular depositado, de forma que o dispositivo resulte completamente desimpedido, inclusive nas áreas de captação e descarga. Serão utilizados processos manuais ou mecânicos para a execução dessas atividades;
c) Remoção e transporte de todo o material de entulho, o qual deverá ser depositado em áreas afastadas, situadas à jusante do dispositivo, de modo a não comprometer o escoamento das águas superficiais. Na operação de transporte serão utilizados carrinhos-de- mão ou, opcionalmente, equipamentos mecânicos aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
6.4.CAIXAS COLETORAS E/OU BOCAS DE LOBOS (BL)
O concreto utilizado deverá ser dosado experimentalmente para uma resistência característica à compressão (fck) de 15 MPa. O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito nas normas NBR 6118 e NBR 7187 da ABNT.
O processo executivo a aplicar para as caixas coletoras envolve as seguintes
etapas:
a) Escavação do poço destinado à instalação da caixa coletora, com espaços laterais suficientes aos trabalhos de colocação e retirada de formas;
b) Regularização e compactação do fundo da caixa. Se necessário utilizar, nessa operação, uma camada de brita adequadamente compactada;
c) Instalação das formas das paredes, respeitadas as dimensões e aberturas especificadas no projeto;
d) Conexão dos tubos de bueiros e eventuais drenos à caixa coletora;
e) Lançamento e vibração mecânica do concreto;
f) Retirada das fôrmas, após período de cura;
g) Complementação das laterais com solo local compactado;
h) Instalação da grelha de concreto.
A tampa a ser utilizada na caixa coletora da sarjeta, será preparada após a conclusão da caixa coletora, e devidamente ajustada às suas dimensões finais.
O controle das condições de acabamento das caixas coletoras será feito pela FISCALIZAÇÃO em bases visuais. O controle geométrico consistirá de medidas das dimensões da caixa acabada. O controle tecnológico do concreto será realizado pelo rompimento de corpos-de-prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR-6118 da ABNT para controle assistemático. Para tal, deverá ser estabelecida,
previamente, a relação experimental entre as resistências à compressão simples aos 7 e aos 28 dias.
O serviço será considerado como aceito desde que atendidas as seguintes
condições:
a) O acabamento seja julgado satisfatório;
b) As dimensões externas da caixa não difiram das de projeto de mais que 10%.
Medição e Pagamento
Os serviços de sistemas de drenagem serão medidos e avaliados pela FISCALIZAÇÃO, não sendo levados em conta nessas medições os serviços que a CONTRATADA efetuar fora das solicitações indicadas pela FISCALIZAÇÃO.
Esses serviços serão pagos conforme preço unitário constante na planilha de orçamentação de obra, pelos seguintes unidades:
• CONSTRUÇÃO DE SARJETAS E DESCIDAS D’ÁGUA: metro (m);
• BUEIROS E REDES TUBULARES DE CONCRETO: metro (m)
• LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM: metro (m), já incluídas ai as singularidades existentes no trecho limpo;
• CAIXAS COLETORAS: unidade (un).
O preço deverá incluir mão-de-obra, materiais, ferramentas e equipamentos necessários para a execução dos serviços.
- EXECUÇÃO DE CAIXA COLETORAS
O processo executivo mais utilizado na execução dos dispositivos em concreto, abrangidos por esta especificação, refere-se à moldagem “in loco”, com emprego de formas convencionais, compreendendo as etapas descritas a seguir:
- Escavação das cavas para assentamento dos dispositivos, obedecendo aos alinhamento, cotas e dimensões indicadas no projeto;
- Regularização e compactação do fundo escavado, com emprego de compactador mecânico e com controle de umidade a fim de garantir o suporte necessário para o dispositivo, em geral de considerável peso próprio;
- Lançamento de concreto do fundo da caixa;
-Instalação de formas laterais e das paredes de dispositivos acessórios, com adequado cimbramento, limitando-se os segmentos a serem concretados em cada etapa, adotando-se as juntas de dilatação, caso estabelecidas em projeto;
-No caso de dispositivos para os quais convergem canalizações circulares as paredes podem ser iniciadas após a colocação e amarração dos tubos, assegurando-se ainda da execução de reforço no perímetro da tubulação.
-Colocação e amarração das armaduras definidas pelo projeto, no caso de utilização de estrutura de concreto;
-Lançamento de concreto, amassado em betoneira ou produzido em usina e transportado para o local em caminhão betoneira, sendo o concreto dosado experimentalmente para resistência característica à compressão (fck) igual à 15 MPa;
-Retirada das guias e das formas, o que somente pode ser feita após a cura do concreto. Iniciando-se o reaterro lateral após a total desforma;
-Os dispositivos devem ser protegidos para que não haja queda de materiais soltos para seu interior, o que pode causar obstrução;
-Recomposição do terreno lateral às paredes, com colocação e compactação de material escolhido do excedente da escavação, com aprovação da fiscalização;
-Sendo o material local impróprio para o reaterro deve-se utilizar areia ou pó de pedra fazendo-se o adensamento com a adequada umidade;
-No caso de utilização de concreto ciclópico, devem ser feitos o lançamento e arrumação cuidadosa da pedra de mão, evitando-se a contaminação de torrões de argila ou lama;
-Quando forem utilizadas grelhas ou tampas, somente é permitido a sua colocação e chumbamento após a total limpeza do dispositivo;
No caso de utilização de grelha ou tampa metálica, é exigido o seu tratamento antioxidante.
A execução de caixas coletoras de alvenaria de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto abrangem as etapas construtivas descritas a seguir:
-Escavação das cavas para assentamento dos dispositivos, obedecendo aos alinhamento, cotas e dimensões indicadas no projeto;
-Regularização e compactação do fundo da cava;
-Lançamento e espalhamento do concreto magro, constituinte do fundo da caixa;
-Execução das paredes em alvenaria com elementoassentados com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, após a cura do concreto do fundo. Nesta etapa ajustar a entrada do tubo, com rejuntes da mesma argamassa;
-Preparo das formas e instalação da armadura da cinta intermediária a cada metro de altura da caixa.
-Umedecimento da forma e lançamento do concreto da cinta;
-Prosseguimento da execução da xxxxxxxxx, após a cura do concreto e retirada das formas da cinta intermediária;
-Execução, nas paredes internas de chapisco com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, emboço e reboco;
-Recomposição do terreno lateral às paredes, com colocação e compactação de material escolhido do excedente da escavação, com aprovação da fiscalização;
-Sendo o material local impróprio para o reaterro deve-se utilizar areia ou pó de pedra fazendo-se o adensamento com a adequada umidade;
Durante a execução das caixas coletoras devem ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os procedimentos a seguir:
-Todo material excedente de escavação ou sobras deve ser removido das proximidades dos dispositivos e depositado em bota-fora, em local aprovado pela fiscalização;
-Nos pontos de desague dos dispositivos devem ser executadas obras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água.
-Em todos os locais onde acorrem escavações ou aterros necessários à implantação das obras, devem ser tomadas medidas que proporcionem a manutenção das condições locais, através do replantio da vegetação nativa ou grama.
-O transito de equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho deve ser evitado tanto quanto possível, principalmente onde houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico;
-O controle da execução da caixa será visual, observando todas as etapas da construção e sua obediência às especificações e detalhes do projeto;
-As coordenadas e cotas de entrada e saída da tubulação serão verificadas topograficamente.
7. GABIÂO
Tratam-se de estruturas, flexíveis, drenantes e de grande durabilidade e resistência, constituídas de tela de fio galvanizado dupla o galvanizados com revestimento adicional em PVC, em diversos formatos de acordo com sua aplicação, com enchimento de seixos ou pedra- de-mão.
São utilizados na estabilização de taludes, em obras hidráulicas e viárias etc., e geralmente são classificados em três tipos: tipo caixa, tipo saco e tipo colchão.
O gabião tipo caixa é um elemento que apresenta a forma de prisma retangular, com paredes formadas por uma armação de rede metálica fortemente zincada, com malhas hexagonais em dupla torção. O enchimento é feito com seixos ou pedra-de-mão, segundo certos critérios e cuidados para que os pesos sejam apropriados.
Todos os vértices da tela principal, como os das extremidades, são reforçados com fios de fero fincado de diâmetro maior. Esta técnica, além de fortalecer bastante a armadura metálica, facilita também a colocação dos gabiões, permitindo a confecção de caixas retangulares e bem esquadrejadas, tendo como consequência o perfeito alinhamento dos elementos e um melhor resultado estético.
O gabião tipo colchão (tipo reno) é constituído de uma estrutura metálica em forma de paralelepípedo, de grandes largura e comprimento e de pequena espessura, dotado de muitas celas e é fabricado com rede metálica fortemente zincada, com malhas hexagonais em dupla torção. Tal elemento é enchido na obra por seixos ou pedregulhos de diversos tamanhos. No aspecto e na construção, o colchão reno é bem parecido com os gabiões em forma de caixa, porque possuem a mesma regularidade geométrica e o mesmo esquema de construção, porém, diferem-se completamente quanto a suas funções, pois é uma estrutura estudada de uma maneira muito especial para construção de revestimentos contínuos de pouca espessura e de máxima flexibilidade.
MÉTODO EXECUTIVO
Gabiões tipo caixa
Os gabiões tipo caixa são despachados pelo fornecedor previamente dobrados, a fim de ocupar o menor espaço possível e tornar econômico e fácil o transporte dos mesmos até o canteiro de obras.
No local da montagem, a armadura metálica é aberta e estirada sobre o solo, endireitando-se as paredes e as extremidades e, efetuando-se as costuras dos quatro vétices por meio de fio apropriado, obtendo-se a formação das caixas.
Essas costuras são executadas do modo contínuo, passando-se os fios em todas as malhas, dando-se dupla volta a cada malha e prendendo-se. Através desta operação, os fios da borda.
Predispostos fora da obra um certo número de gabiões já costurados em forma de caixa e reunidos em grupos necessários à execução do trabalho, procede-se a ligação entre si, de tais grupos dispostos segundo o projeto da obra, com firmes costuras ao longo dos vértices em contato e executados como indicado anteriormente para a formação das caixas.
Os novos gabiões ou grupo de gabiões que serão gradualmente unidos, serão sempre firmemente costurados àqueles que já estão na obra, como também deverão estar estreitamente unidas entre si as várias camadas de gabiões em elevação.
É aconselhável realizar a união dos diferentes grupos de gabiões enquanto os mesmos estiverem vazios, para maior facilidade e rendimento do serviço de costura.
Para que a obra em gabiões seja monolítica e capaz de suportar as maiores deformações, sem nada perder da sua eficiência, é necessário que a união dos elementos seja feita com resistentes costuras.
Durante a operação dentro do gabião um certo número de tirantes, com função de manter sólidas entre si as paredes opostas da armadura metálica e de evitar, no caso de deformação da obra, um derramamento das caixas e consequentemente um prejudicial ensaque das pedras.
Os tirantes são constituídos de pedaços de fio de ferro zincada, do mesmo tipo usado para as costuras, os quais serão enganchados à armadura metálica com uma ligação abraçando uma malha.Segundo a função e o presumível comportamento das várias partes da obra, os tirantes assumem uma diferente posição, isto é, podemser horizontais ou verticais. Normalmente, os tirantes verticais são colocados sem plataformas e os horizontais em elevação de obras.
Os tirantes horizontais são aplicados no sentido transversal à caixa, para que possa prender as paredes opostas ou em ângulo, entre as duas paredes adjacentes. Os tirantes verticais ligam o fundo do gabião à tampa.
Normalmente são colocados 4 a 6 tirantes horizontais para cada metro cúbico de gabião, e de 1 a 2 tirantes verticais a cada metro quadrado de projeção de plataforma.
Terminada a operação de enchimento, fecha-se o gabião abaixando-se a tampa, efetuando-se as necessárias costuras ao longo dos vértices. Para facilitar esta operação e fazer a tampa aderir melhor à margens das paredes verticais, pode ser usada um ferramenta própria indicada pelo fabricante ou alavanca de ferro.
Gabiões tipo colchão – Reno
Antes da colocação na obra, o elemento é facilmente preparado com somente as costuras verticais de união entre as bordas dos diafragmas e as extremidades laterais da esteira base, as quais constituem as paredes do elemento.
Depois de ter colocado sobre o local um certo número de elementos já costurados na forma celular, estes são ligados entre si, com fortes costuras, em todos os cantos que estiverem em contato. As ligações deverão ser como as indicadas para a armação dos gabiões, isto é, passando-se o fio em modo contínuo. Em todas a malhas, com dupla volta a cada duas malhas.
A fim de facilitar tal operação, a união dos colchões reno na obra deverá ser efetuada com elementos vazios. É indispensável a costura dos colchões entre si a fim de obter-se uma estrutura contínua, que ofereça as melhores garantias de solidez. Em relação àoperação de enchimento, o colchão reno possui menores exigências que outras estruturas em gabiões.
As pequenas dimensões da malha da rede permitem o emprego de pedras de menor tamanho e, particularmente, de simples pedregulhos que não exigem uma especial colocação manual, pelo contrário, permitem efetuar o enchimento total através de equipamento mecânico.
Em relação à quantidade do matéria, também não há particulares exigências, contanto que não se trate de material sujeito a degradações pela ação de agentes naturais, como por exemplo, materiais oriundos de rochas sedimentares ou de baixa coesão.
Terminadas as operações de enchimento, fecha-se os elementos abaixando a tampa e efetuando a necessárias costuras de união, seja ao longo de suas margens laterais, seja ao longo das margens laterais, seja ao longo das margens dos diafragmas internos. Para facilitar esta operação, aconselha-se bloquear os ângulos da tampa, na exata posição do fechamento, através de um ponto provisório, antes de começar as costuras das margens. É preferível efetuar primeiramente as costuras que fixam as tampas à margens laterais do elemento.
CRITÉRIOS DE CONTROLE
O controle de execução de obras com gabiões consiste basicamente na verificação dos elementos topográficos de implantação, no tamanho e consistência do material de enchimento e na qualidade das telas.
As tela de gabiões devem atendes às seguintes normas:
ABNT PB 324/77 – arames de aço de baixo teor de carbono: diâmetros, pesos e tolerâncias; ABNT EB 777/78 - arames de aço de baixo teor de carbono zincados para uso geral.
O material de enchimento deve possuir diâmetro médio ligeiramente superior à abertura das malhas do gabião, para propiciar maior uniformidade e maior capacidade de drenagem. Não se deve utilizar material de fácil desagregação. De preferência, devem ser utilizados materiais não friáveis, com diâmetro acima de 4” (quatro polegadas). A colocação de tirantes e o método
utilizado nas costuras devem obedecer as recomendações do fabricante, utilizando material adequado e especifico para tal fim.
O enchimento deverá ser feito de maneira a ocupar o volume do gabião sem causar deformações, seja por excesso ou por escassez de pedras, por má arrumação das mesmas ou por utilização de agregados com diâmetros inferiores às malhas.
8. ESCORAMENTO
O uso de escoramento se fará necessário sempre que as paredes laterais da vala forem constituídas de solo passível de desmoronamento, servindo assim para a contenção das mesmas e para aumentar a estanqueidade da vala.
O escoramento tem função de contenção das paredes laterais e aumento de estanqueidade da vala, podendo ser utilizados os seguintes tipos de escoramento:
▪ Fechado ou contínuo
Será empregado escoramento contínuo em escavações de solos arenosos, sem coesão, ou quando alguma circunstância exija uma estanque das paredes das valas. Poderão ser empregados os tipos:
a) para valas em locais sem a presença de lençol d’água, será usado o escoramento fechado tipo “canoeira”, constituído de estacas de madeira com seção mínima de 5 x 15 cm, contraventados com longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25cm.
b)para valas em locais com a presença de lençol freático, (a critério exclusivo da Fiscalização) poderá ser indicado o uso de escoramento fechado. Para valas em locais sem a presença de lençol freático será usado escoramento fechado dos tipos:
b.1) escoramento fechado em madeira constituída de estacas de madeira, com seção mínima de 5 x 15cm, com encaixes tipo macho e fêmea, contraventadas com longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25cm.
b.2) escoramento fechado em estacas metálicas constituídas de estacas metálicas com encaixe estanque nos bordos contraventadas com longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25cm.
b.3) escoramento fechado em pranchada horizontal constituída de perfis metálicos com seção mínima de 7,5 x 25cm cravados a cada 2,50 metros contraventadas com longarinas e estroncas do mesmo perfil metálico. Entre os perfis metálicos serão colocadas pranchas de seção mínima 7,5 x 30cm apertados de encontro à aba do perfil em madeira.
▪ Descontínuo
Será empregado nas escavações em solos coesivos a profundidades inferiores ao nível do lençol freático. Serão empregadas estacas de madeira com seção mínima de 5 x 15cm, de maneira a cobrir 50% da parede da vala, com contraventamento em longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25cm.
O escoramento em escavações abaixo do lençol freático em solo arenoso ou que apresentem reais dificuldades quanto à fixação e estanqueidade deverá ter “fichas”, as quais deverão ser indicadas pela Fiscalização.
Será considerada “ficha”, o escoramento medido a partir da geratriz inferior externa do tubo, independente do tipo de fundação ou drenagem. O escoramento deverá ser dimensionado de acordo com a natureza e profundidade do terreno a ser escavado, devendo o concorrente considerar as dimensões das peças necessárias para se atingir as profundidades do projeto.
Todo escoramento deverá ser cravado anteriormente a qualquer operação de escavação. As estacas deverão ser mantidas em prefeito estado, devendo-se prever recursos para desempenamento e reparo das mesmas, bem como uma renovação periódica do estoque. A Fiscalização deverá rejeitar a estanqueidade do escoramento. A retirada do escoramento será feita à medida que se fizer a compactação do reaterro.
9. ESGOTAMENTO
Quando a escavação atingir o lençol d’água, fato que poderá criar obstáculo à perfeita execução da obra dever-se-á ter o cuidado de manter o fundo da vala permanentemente drenado, impedindo-se que a água se acumule no interior da mesma. O bombeamento deve prolongar-se até que seja reaterrada a vala. O bombeamento se limitará ao tempo necessário para escavação e assentamento do tubo, para que o material que compõe a junta e o berço atinja o ponto de estabilização e o reaterro necessário a evitar flutuação do tubo.
Se a junta for elástica, o bombeamento se limitará ao tempo necessário e o assentamento das tubulações e ao reaterro necessário a evitar flutuação do tubo.
A água retirada deverá ser encaminhada para a galeria de águas pluviais ou vala mais próxima por meio de calhas ou condutos, a fim de evitar o alongamento das superfícies vizinhas ao local de trabalho.
Nos trechos em que as condições especiais de vala exigem, poderão ser executados drenos em brita. As espessuras e a granulometria dos drenos serão determinadas pela Fiscalização, devendo ser proporcionais ao diâmetro do tubo e à extensão da frente de assentamento, variando entre os extremos de 0,10m a 0,60m em solos arenosos e de 0,10 m a 0,30m em solos argilosos. Poderão ainda ser utilizados outros tipos de drenagem, conforme as condições locais o indiquem.
10. ESPECIFICAÇLÃO D TUBO PEAD
-Escavação das cavas para assentamento dos dispositivos, obedecendo aos alinhamento, cotas e dimensões indicadas no projeto;
-Regularização e compactação do fundo da cava;
-Lançamento e espalhamento de material granular para formação do berço,
-Colocar o tubo suavemente no interior da cava
-Inspecione a bolsa para tirar qualquer material estranho.
-Limpe com um pano o interior da bolsa para tirar sujeiras.
-Lubrifique a bolsa utilizando um pano limpo.
-Tire a envoltura protetora que se encontra nos anéis de borracha.
-Limpe a ponta do extremo do outro tubo e tire todo o material estranho.
-Lubrifique o anel de borracha utilizando um pano limpo.
-Não permita que a parte lubrificada toque a terra ou o recobrimento.
-Não deixe cair o tubo no interior da vala.
-Baixe o tubo para a vala manualmente ou utilizando bandas de nylon de 3” de largura e retroescavadeira.
-Sempre empurre a ponta para dentro da bolsa, e não a bolsa para dentro da ponta.
-Conforme diâmetro, os métodos de encaixe podem ser feitos com alavanca, retroescavadeira, escavadeira e linga ou talha.
-Recomposição do terreno lateral às paredes, com colocação e compactação de material escolhido do excedente da escavação, com aprovação da fiscalização;
-Sendo o material local impróprio para o reaterro deve-se utilizar areia ou pó de pedra fazendo-se o adensamento com a adequada umidade;
-Recobrir o tubo com mínimo de 15 cm com material do reatrro após a geratriz superior, só após colocar o material do pavimento (sub base, base, acabamento).
11. PAVIMENTAÇÃO ASFALTICA
11.1. TERRAPLANAGEM
11.1.1. LOCAÇÃO DA OBRA
O alinhamento e pontos característicos da obra serão assinalados no terreno, por meio de marcos adequados, que serão compostos de 20 em 20 metros, alinhados com teodolito, as medidas tomadas com trena de aço, e devidamente amarrados a pontos permanentes, de modo a ficarem bem definidos e fixados.
O nivelamento será executado por topógrafo, tomando-se a referência de nível do projeto. A distribuição por todo o alinhamento deverá ser feita a cada 20,00 m no máximo e em distâncias menores quando houver pontos especiais, de maneira a permitir uma ampla e
fácil verificação de todas as cotas.
11.1.2. ESCAVAÇÃO MECANIZADA/REBAIXO E LIMPEZA DAS VIAS
A escavação compreenderá a remoção de qualquer material abaixo da superfície natural do terreno, até as linhas e cotas especificadas no projeto. Toda a escavação deverá ser mecânica, exceto no caso de proximidade de interferências cadastradas ou detectadas ou outros locais a critério da FISCALIZAÇÃO.
A escavação deverá ser executada de modo a proporcionar o máximo de rendimento e economia em função do volume de terra a remover e das dimensões, natureza e topografia do terreno.
Deverão ser obedecidas todas as linhas e cotas especificadas no projeto. Os materiais escavados que forem considerados apropriados para utilização no aterro, pela FISCALIZAÇÃO, serão separados de acordo com a sua natureza e distribuídos em locais escolhidos para posterior aproveitamento.
Todo material escavado e não utilizado no re-aterro deverá ser levado em bota- fora em local escolhido pela FISCALIZAÇÃO ou no caso desta não se pronunciar, em locais a critério da CONTRATADA.
11.1.3. TRANSPORTE DE MATERIAL ESCAVADO – BOTA FORA
Compreenderá a operação de transposição com deslocamento de material de bota fora (material proveniente das escavações manuais e mecânicas) para local adequado conforme determinação do projeto e da FISCALIZAÇÃO.
11.1.4. REGULARIZAÇÃO DO SUB LEITO
Compreende a operação de conformação superficial do leito da via, lançamento das inclinações transversais recomendadas e adequação as características geométricas do projeto. Nesta fase dos serviços, poderão ser efetuados pequenos cortes ou aterros com espessura de no máximo 20cm.
A regularização deverá ser executada sempre que possível em aterro, evitando para tanto cortes difíceis no material da superfície compactada pelo tráfego, bem como substituição de uma camada já compactada por outra a ser compactada, nem sempre atingindo o grau de compactação existente.
leito.
Os materiais empregados na regularização do sub leito serão os do próprio sub
No caso de substituição ou adição de material estes deverão ser provenientes de
ocorrências devidamente ensaiadas e especificadas.
11.1.5. AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE JAZIDA ( MAT DE BASE )
Compreende o processo de aquisição e carga e transporte de material que ira compor a base, escavação será realizada com a utilização de pá carregadeira e o transporte através de caminhões basculantes com volume de carga variável entre 10,00 e 12,00m³.
Também, cuidados especiais deverão ser tomados na colocação de lonas para cobrir a carga, para não causar o derramamento do material ao longo do trajeto.
11.2. BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANUL. SEM MISTURA
Camada nobre do pavimento, responsável pela absorção dos esforços provenientes do revestimento, posicionada acima da sub base. Neste projeto, adotamos Base executada em solo estabilizado granulometricamente sem mistura, com espessura de 20,00cm.
11.3. CAPA ASFÁLTICA - CBUQ
11.3.1. IMPRIMAÇÃO, IMPERMEABILIZAÇÃO
Consiste na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre a superfície de base concluída, antes da execução do revestimento betuminoso, com a finalidade de aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material betuminoso empregado, bem como promover condições de aderência entre a base e o revestimento e impermeabilizar a base.
Para a varredura da superfície da base usam-se de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo, entretanto, ser manual esta operação. O jato de ar comprimido poderá também ser utilizado.
A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento, que permitam a aplicação do material betuminoso em quantidade uniforme.
As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo
que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante.
Os carros distribuidores devem dispor de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil observação e, ainda, de um espargidor manual, para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas.
Após a perfeita conformação geométrica da base, procede-se a varredura da sua superfície, de modo a eliminar o pó e o material solto existentes.
Aplica-se, a seguir o material betuminoso especificado, na temperatura compatível, na quantidade certa e de maneira uniforme. O material betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10ºC, ou em dias de chuva, ou quando esta estiver iminente.
Deve-se imprimar a área inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la sempre que possível fechada ao trânsito.
11.3.2. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE
O concreto betuminoso consistirá de uma camada de mistura compreendendo agregado, asfalto e filler devidamente dosada, misturada e homogeneizada em usina, espalhada e comprimida a quente.
Sobre a base imprimada, a mistura será espalhada, de modo a apresentar, quando comprimida, a espessura do projeto.
O material betuminoso a ser empregado poderá ser:
• Cimentos asfálticos, de penetração 50/60, 85/100 e 100/120;
• O agregado graúdo deve ser pedra britada e deverá se constituir de fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila e substâncias nocivas. O valor máximo tolerado, no ensaio de desgaste Los Angeles, é de 50%. Deve apresentar boa adesividade. Submetido ao ensaio de durabilidade, com sulfato de sódio, não deve apresentar perda superior a 12%, em 5 ciclos. O índice de forma não deve ser inferior a 0,5.
Opcionalmente, poderá ser determinada a percentagem de grãos de forma defeituosa, que se enquadrem na expressão:
l + g > 6e , onde l = maior dimensão do grão; g = diâmetro mínimo do anel, através do qual o grão pode passar; e e = afastamento mínimo de dois planos paralelos, entre os quais pode ficar contido o grão.
Não se dispondo de anéis ou peneiras com crivos de abertura circular, o ensaio poderá ser realizado utilizando-se peneiras de malha quadrada, adotando-se a fórmula: l + 1,25g > 6e, sendo g a medida das aberturas de duas peneiras, entre as quais fica retido o grão.
A percentagem de grãos defeituosos não pode ultrapassar 20%.
O agregado miúdo pode ser a areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar um equivalente de areia igual ou superior a 55%.
As misturas devem atender às especificações da relação betume/vazios ou aos valores mínimos de vazios do agregado mineral dados pela linha inclinada do ábaco pag. 4/9 DNER-ES-P 22-71 das Especificações Gerais Para Obras Rodoviárias do DNER.
O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades.
O equipamento para compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem, ou outro equipamento aprovado pela FISCALIZAÇÃO. Os rolos compressores, tipo tandem, devem ter uma carga de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada.
O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.
Os caminhões basculantes para o transporte da mistura, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas.
Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou ainda, ter sido a imprimação recoberta com areia, pó de pedra etc., deverá ser feita uma pintura de ligação.
A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela
na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos, Saybolt-Furol, indicando-se preferencialmente, a viscosidade de 85 + 10 segundos, Saybolt- Furol. Entretanto não devem ser feitas misturas à temperaturas inferiores a 107ºC e nem superiores a 177ºC.
Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10ºC a 15ºC, acima da temperatura do ligante betuminoso.
A temperatura de aplicação do alcatrão será aquela na qual a viscosidade Engler situe-se em uma faixa de 25 + ou - 3. A mistura, neste caso, não deve deixar a usina com temperatura superior a 106ºC.
As misturas de CBUQ devem ser distribuidas somente quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10ºC, e com o tempo não chuvoso.
A distribuição do CBUQ deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme já
descrito.
Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas
pela adição manual de CBUQ, sendo o espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.
Imediatamente após a distribuição do CBUQ, tem inicio a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura esta fixada experimentalmente, para cada caso.
A temperatura recomendável para compressão da mistura, é aquela na qual o ligante apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol de 140 + ou - 15 segundos, para o cimento asfáltico ou uma viscosidade específica Engler, de 40 + ou - 5 para o alcatrão.
Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual será aumentada a medida que a mistura for sendo compactada, e consequentemente, suportando pressões mais elevadas.
A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo. Cada passada de rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, a metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.
Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.
Os revestimentos récem-acabados deverão ser mantidos sem trânsito, até o seu
completo resfriamento.
A critério da FISCALIZAÇÃO deverão ser realizados todos os ensaios necessários a execução dos serviços com boa qualidade.
Será medida a espessura por ocasião da extração dos corpos de prova na pista ou pelo nivelamento, do eixo ou dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admitir-se-á variação de + ou - 10%, da espessura de projeto, para pontos isolados, e até 5% de redução de espessura, em 10 medidas sucessivas.
Durante a execução, poderá ser feito diariamente o controle de acabamento da superfície de revestimento, com o auxilio de duas réguas, uma de 3,00 metros e outra de 0,90 metros, colocadas em ângulo reto paralelamente ao eixo da rua, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5 cm, quando verificada com qualquer das réguas.
O concreto betuminoso produzido deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação, em caminhões basculantes apropriados.
Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto com lona, com tamanho suficiente para proteger todo o material.
12. DRENAGEM DE VALAS Serviço
Quando da inundação de valas, para que não ocorra flutuação dos tubos, aqueles que estiverem com as extremidades fechadas deverão ser convenientemente lastreados.
Nas valas inundadas por enxurradas, findas as chuvas e esgotadas as valas, os tubos já assentados deverão ser limpos internamente.
A proteção das valas contra a inundação das águas superficiais se fará mediante a construção de muretas longitudinais nas bordas das escavações.
O esgotamento da vala será feito por bombas superficiais ou por sistema de rebaixamento do le nçol freático, tipo ponteiras a vácuo, a critério da FISCALIZAÇÃO.
13. ESGOTAMENTO COM BOMBAS
A Contratada deverá dispor de equipamento suficiente para que o sistema de esgotamento permita a realização dos trabalhos a seco.
As instalações de bombeamento deverão ser dimensionadas com suficiente
margem de segurança e deverão ser previstos equipamentos de reserva, incluindo grupo motobombas diesel, para eventuais interrupções de fornecimento de energia elétrica.
A Contratada deverá prever e evitar irregularidades das operações de esgotamento, controlando e inspecionando o equipamento continuamente. Eventuais anomalias deverão ser eliminadas imediatamente.
A água retirada deverá ser encaminhada para local adequado, a fim de evitar danos às áreas vizinhas ao local de trabalho.
Nos casos em que a escavação for executada em argilas plásticas impermeáveis, consistentes, poderá ser usado o sistema de bombeamento direto, desde que o nível estático d’água não exceda em mais de 1,00 m o fundo da escavação.
Serão feitos drenos laterais, no fundo da vala, junto ao escoramento, fora da área de assentamento da tubulação, para que a água seja coletada pelas bombas em pontos adequados. Os crivos das bombas deverão ser colocados em pequenos poços internos a esses drenos e recobertos de brita, a fim de se evitar erosão por carregamento de materiais.
14. REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
Os locais da implantação do sistema de rebaixamento do lençol freático e tipos a se usar deverão ser aprovados pela FISCALIZAÇÃO, após testes especiais de eficiência do modelo indicado, em locais a serem escolhidos ao longo dos trechos da obra.
Todas as escavações deverão ser mantidas secas através de sistema adequado de rebaixamento do lençol freático.
No caso de aplicação de rebaixamento do lençol freático por sistema de ponteiras a vácuo, a escavação abaixo do nível original do lençol só poderá ser executada após a comprovação do perfeito funcionamento e rendimento do sistema de indicadores de nível.
Nos casos em que a escavação for executada em solos arenosos ou siltosos, ou onde tais solos constituam o fundo da vala, somente será permitido o uso de rebaixamento do nível d’água através de ponteiras ou poços filtrantes, com uso de vácuo.
Excepcionalmente, quando o rebaixamento necessário do lençol freático for superior a 5 metros em lugar da ponteira filtrante será utilizado o sistema de poço injetor.
A adoção do sistema de rebaixamento do lençol freático, com instalação montada dentro da vala, somente será permitida se este não interferir com os trabalhos de montagem das tubulações, nem prejudicar os serviços de reenchimento da vala. Este sistema de rebaixamento dever ser executado de maneira a poder funcionar com total eficiência até após
a montagem dos tubos e reenchimento da vala até nível satisfatório.
As instalações de bombeamento para o rebaixamento do lençol, uma vez instaladas, funcionarão sem interrupção (24 horas por dia) até o término do serviço no respectivo trecho. Não será permitida a interrupção do funcionamento dos sistemas sob nenhum motivo, nem nos períodos noturno ou feriados, mesmo que nos respectivos intervalos de tempo nenhum outro serviço seja executado na obra.
Nos trechos onde a vala estiver sendo mantida seca através do bombeamento ou rebaixamento do lençol freático, as operações de bombeamento cessarão gradativamente, de maneira que o nível piezométrico seja sempre mantido, pelo menos, meio metro abaixo da cota superior atingida pelo aterro.
Para evitar o deslocamento dos tubos pela supressão das águas subterrâneas, as instalações de rebaixamento do nível destas somente poderão ser desligadas após o completo aterro das valas.
A instalação da rede elétrica alimentadora, pontos de força, consumo de energia ou combustível, manutenção, operação e guarda dos equipamentos, será de responsabilidade da CONTRATADA.
A água retirada deverá ser conduzida para as galerias coletoras de água pluvial, ou diretamente para cursos d’água quando próximos.
Medição e Pagamento
Os serviços de drenagem de valas serão medidos e avaliados pela FISCALIZAÇÃO, não sendo levados em conta nessas medições os serviços que a CONTRATADA efetuar fora das solicitações indicadas pela FISCALIZAÇÃO.
Esses serviços serão pagos conforme preço unitário constante na planilha de orçamentação de obra, pelos seguintes unidades:
• ESGOTAMENTO COM BOMBAS: potência da bomba vezes o tempo de utilização (hp.h);
• DO LENÇOL FREÁTICO: metro (m) de vala efetivamente rebaixada, independente do tempo de funcionamento do sistema.
O preço deverá incluir mão-de-obra, materiais, ferramentas e equipamentos necessários para a execução dos serviços.
15. ESCORAMENTO Serviço
O escoramento constitui-se em uma contenção metálica, em madeira ou mista,
utilizada nas paredes laterais de cavas, poços e valas, quando estas forem constituídas de solo possível de desmoronamento, ou nos casos em que, devido aos serviços de escavação, seja constatada a possibilidade de alteração da estabilidade do que estiver próximo à região dos serviços.
Constitui-se em serviço obrigatório para valas de profundidade superior a 1,50 m, conforme a NR 18, do Ministério do Trabalho e superior a 1,25 em condições que a FISCALIZAÇÃO considerar necessário. Em profundidades inferiores a 1,25 m é necessário o escoramento da vala, quando as características do terreno se apresentarem instáveis ou a critério da FISCALIZAÇÃO. A CONTRATADA só utilizará escoramento mediante autorização da Fiscalização.
Todos os materiais utilizados na execução dos serviços serão de propriedade da CONTRATADA, ao término dos trabalhos.
Os materiais a serem utilizados dependem do tipo de escoramento. São apresentados nesta Especificação Técnica tipos padronizados de escoramento, mas são possíveis, e muitas vezes necessários projetos de escoramentos diferentes.
As dimensões das peças dependerão do tipo de solo local e das cargas laterais atuantes, sendo, portanto, objeto de projeto específico.
Nas valas com profundidades superiores a 4,00 m o escoramento deve ser objeto de estudo especifico, atendendo à Xxxxx NBR 12.266, e em particular ao seu item 4, adotando-se um escoramento especial.
Para evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deve ser colocado a uma distância mínima de 1 m da borda ou conforme determinado em projeto baseado na norma NBR 12266.
Nesses serviços não são, em geral, necessários equipamentos especiais, sendo de encargo da CONTRATADA definir os equipamentos e ferramentas para apoio e execução dos trabalhos.
a) Escolha e dimensionamento do escoramento
Os tipos de escoramento utilizados serão os especificados no Projeto e, na falta destes, serão os constantes na Tabela 1 - Tabela de largura de valas ou determinados pela FISCALIZAÇÃO. A CONTRATADA será responsável pelo projeto dos escoramentos padronizados pela CONTRATANTE. As peças serão dimensionadas conforme as condições do local e do tipo de obra.
A FISCALIZAÇÃO deverá aprovar o projeto a ser executado, o que não exime a CONTRATADA da total responsabilidade do perfeito funcionamento do sistema de
escoramento; a FISCALIZAÇÃO poderá solicitar alterações no referido projeto caso haja conveniência de ordem técnico-econômica.
Observa-se que as alterações de concepção dos sistemas de escoramento, porventura feitas na Obra pela CONTRATADA ou pela FISCALIZAÇÃO, serão medidas e pagas conforme o preço unitário e os critérios de medição estabelecidos no Caderno de Encargos para os escoramentos padronizados.
Quando a estrutura do escoramento for utilizada como suporte das plataformas, para colocação de terra escavada, devem-se tomar cuidados especiais para evitar desabamentos, em virtude do peso adicional.
A FISCALIZAÇÃO deverá rejeitar peças do escoramento que possam comprometer a estabilidade das paredes laterais.
b) Tipos de Escoramento
Os tipos padronizados de escoramento são descritos a seguir:
• ESTRUTURA DE ESCORAMENTO EM MADEIRA
i. Pontaleteamento
Constituído de um par de tábuas de 0,027 m x 0,30 m dispostas verticalmente, espaçado de 1,35 m. Estas tábuas são travadas horizontalmente por estroncas distanciadas verticalmente de 1 m, devendo a mais profunda situar-se cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação.
ii. Descontínuo
Constituído de um par de tábuas de 0,027 m x 0,30 m dispostas verticalmente, espaçado de 0,30 m dispostas na vertical, contidas por longarinas de 0,06 m x 0,16 m, colocadas horizontalmente e travadas por estroncas distanciadas verticalmente de 1,35 m, a menos das extremidades de onde as estroncas ficam a 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas verticalmente de 1 m, devendo a mais profunda situar-se cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação.
iii. Contínuo
Constituído de um par de tábuas de 0,027 m x 0,30 m, colocadas verticalmente de modo a cobrir toda a parede da vala, contidas por longarinas de 0,06 m x 0,16 m, dispostas horizontalmente e travadas por estroncas distanciadas verticalmente de 1,35 m, a menos das extremidades de onde as estroncas ficam a
0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas verticalmente de 1 m, devendo a mais profunda situar-se cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação.
iv. Especial
Constituído de um par de tábuas de 0,05 m x 0,16 m, do tipo macho e fêmea, colocadas verticalmente de modo a cobrir toda a parede da vala, contidas por longarinas de 0,08 m x 0,18 m, dispostas horizontalmente e travadas por estroncas distanciadas verticalmente de 1,35 m, a menos das extremidades de onde as estroncas ficam a 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas verticalmente de 1 m, devendo a mais profunda situar-se cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação.
• ESTRUTURA DE ESCORAMENTO METÁLICO
i. Contínuo com estacas prancha
O solo lateral à vala, neste caso, deve ser contido por pranchas metálicas com encaixe, com espessura da chapa de 6,3 mm, travadas horizontalmente por perfil metálico “I” em toda a sua extensão. As transversinas serão em perfil metálico “I” espaçadas de 1,35 m; a menos das extremidades das longarinas de onde as transversinas estarão a 0,40 metros. A fixação das peças metálicas (estroncas e longarinas) poderá ser executada através de soldas, parafusos, rebites, etc., convenientemente dimensionados.
c) Remoção do Escoramento
O plano de retirada das peças deverá ser objeto de programa previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO.
A remoção da cortina deverá ser executada à medida que avance o aterro e compactação, com a retirada progressiva das cunhas. Atingindo o nível inferior da última camada de estroncas, serão afrouxadas e removidas as peças de contraventamento (estroncas e longarinas), bem como os elementos auxiliares de fixação, tais como cunhas, consolos e travamentos; da mesma forma e sucessivamente, serão retiradas as demais camadas de contraventamento.
Os furos deixados no terreno, pela retirada de montantes ou pontaletes, deverão ser preenchidos com areia e compactados por vibração ou por percolação de água.
Se por algum motivo o escoramento tiver de ser deixado definitivamente na vala, deverá ser retirado da cortina de escoramento numa faixa de aproximadamente 0,90 m abaixo do nível do pavimento, ou da superfície existente.
d) Reutilização do Escoramento
A reutilização do escoramento e o reaproveitamento de peças serão considerados na composição do preço unitário do serviço de escoramento.
A FISCALIZAÇÃO deverá rejeitar peças que possam comprometer a estabilidade das paredes laterais, porém a CONTRATADA será inteiramente responsável por qualquer dano
causado pelo uso indevido de peças reutilizadas.
e) Controle
Serão desenvolvidos os seguintes controles durante a execução dos serviços:
• Controle de aplicação do escoramento, considerando tipo, profundidade e extensão utilizados;
• Controle de dimensões e qualidade das peças de madeira;
• Controle visual das deformações do escoramento e das obras e estruturas vizinhas, incluindo observações de surgimento de trincas em paredes e estruturas, nos casos cabíveis;
• Controle visual da fuga de materiais das paredes da escavação para dentro da mesma;
• Controle da remoção do escoramento, de modo a evitar acidentes.
Medição e Pagamento
O serviço Escoramento será medido em metros quadrados (m²) de superfície efetivamente escorada, com aprovação da FISCALIZAÇÃO.
O pagamento será efetuado segundo o preço unitário, correspondente a todas as operações, conforme Planilha de Orçamentação de Obras.
Como “superfície escorada”, será considerada toda a área das paredes da vala, onde foi cravado o escoramento, incluindo tanto a área coberta por este, quanto os intervalos entre as tábuas. A área coberta pela “ficha” não será contabilizada na medição.
Qualquer avaria em construções vizinhas, decorrente de deficiência no projeto de escoramento, da execução do escoramento ou da reutilização de peças, deverá ser reparada pela CONTRATADA, sem ônus para CONTRATANTE.
O pagamento inclui:
• Fornecimento, utilização e reutilização dos materiais do escoramento e eventuais perdas, incluindo a “ficha”;
• Montagens, inspeção e manutenção permanente do escoramento;
• Desmontagens, preenchimento dos vazios e remoção do material componente da estrutura de escoramento;
• Aquisição, carga, transporte, descarga, aplicação ou utilização de materiais (escoramentos, peças, etc.);
• Aquisição, carga, descarga, operação, manutenção, depreciação e conservação dos equipamentos e ferramentas utilizados;
• Mão de obra e demais incidências necessárias à perfeita execução dos serviços objeto
desta Especificação Técnica.
16. REMOÇÃO E RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO
16.1. G E N E R A L I D A D E S
A CONTRATADA deve proceder às diversas recomposições, reconstruções e reparos, de qualquer natureza, empregando todos os meios e recursos (pessoal, material, equipamentos e boa técnica) aptos a tornar o executado melhor, ou no mínimo igual à obra removida, demolida ou rompida, observando sempre as instruções da FISCALIZAÇÃO e recomendações contidas nestas Especificações Técnicas.
Os serviços de construção não deverão ser considerados concluídos e aceitos, pela FISCALIZAÇÃO, até que a CONTRATADA atenda a todas as suas exigências, referentes à qualidade dos trabalhos de restauração e limpeza.
A restauração deve ser iniciada o mais cedo possível, seguindo-se imediatamente à operação de reaterro das valas, de maneira que os terrenos atravessados permaneçam, pelo mínimo período de tempo possível, sujeitos ao desgaste decorrente dos trabalhos de construção.
Quaisquer reclamações ou solicitações de proprietários, entidades e órgãos governamentais, relativas a danos ou prejuízos de qualquer natureza e decorrentes dos trabalhos executados durante a construção, devem ser prontamente atendidas pela CONTRATADA.
Os serviços de restauração devem ser orientados, basicamente, pela necessidade de reconstituição das condições originais dos terrenos atravessados.
De uma forma geral, a pista e demais terrenos atingidos pelos serviços de construção devem apresentar, após a restauração, boas condições estéticas de estabilidade e de trânsito.
Os cruzamentos com ruas, estradas e caminhos de qualquer natureza devem ser convenientemente restaurados, de forma definitiva, logo após concluída a instalação.
Quando a pista atravessar terrenos cultivados, compete à CONTRATADA adotar cuidados especiais em sua restauração, para assegurar que os terrenos possam ser utilizados independentemente de qualquer serviço adicional por parte dos proprietários. Nesses casos, a CONTRATADA deve retirar todas as pedras, raízes, galhos e outros materiais depositados na pista e eliminar todos os obstáculos e irregularidades do terreno resultantes dos serviços de construção.
As cercas atravessadas durante a construção, provisoriamente reconstituídas pela
CONTRATADA, devem ser restauradas, em caráter definitivo, de forma que as novas cercas apresentem condições e resistência iguais ou superiores às originais.
No caso de remoção da pavimentação, além das instruções peculiares a cada caso, a serem dadas oportunamente pela FISCALIZAÇÃO, deve ser observado o seguinte:
Nos casos de materiais aproveitáveis, estes devem ser retirados e arrumados em locais adequados;
Quando houver necessidade de remoção de meios-fios, a operação deve ser realizada até o ponto de concordância com logradouros adjacentes. Antes de sua arrumação devem ser limpos da massa de rejuntamento aderente;
O entulho e os materiais não sujeitos a reaproveitamento de qualquer demolição ou remoção devem ser transportados pela CONTRATADA e levados a bota-fora, aprovado previamente pela FISCALIZAÇÃO.
As reposições e serviços envolvendo reparos em tubulações e outros materiais eventualmente danificados quando da execução das obras, devem ser submetidos á aprovação da FISCALIZAÇÃO antes de serem iniciados, e devem ser repostos sem ônus para a CONTRATANTE.
16.2. PASSEIOS
A CONTRATADA deverá proceder inicialmente a delimitações e nivelamento da área a ser pavimentada, observando cotas e detalhes do projeto.
a) C i m e n t a d o
A camada que servirá de base ao pavimento deverá ser convenientemente apiloada com soquetes manuais.
Sobre a base compactada, deverá ser lançado e cuidadosamente espalhado, concreto simples (consumo de cimento de 210 Kg/m3) com espessura mínima de 5 cm, com acabamento desempenado de 2,0 cm de espessura em argamassa de cimento e areia grossa peneirada no traço 1:3.
b) L a d r i l h o s
Deverão obedecer as características dos materiais existentes, de forma a se reconstituir as condições iniciais. O assentamento deverá ser feito com argamassa de cimento e areia (1:3) sobre camada de concreto simples com consumo de 210 kg de cimento/m3.
Na camada de concreto simples, tanto no passeio cimentado como no passeio com ladrilho, serão executadas juntas de dilatação de 5 mm a cada 2 m de extensão.
No caso dos passeios cimentados, essa junta deverá se estender até a argamassa
de cimento e areia do revestimento.
16.3. MEIO- FIO (GUIAS)
Os meios-fios devem ser em concreto pré-moldado, com dimensões mínimas de
30 cm de altura e 12 cm de largura, assentados sobre a mesma base compactada do pavimento, e o rejuntamento deve ser feito com argamassa de cimento e areia grossa no traço 1:4.
O alinhamento deve ser mantido como indicado no projeto, não se aceitando os serviços que porventura apresentem irregularidades quanto a alinhamento e cotas.
Em caso de pavimentos asfálticos, os meios-fios deverão ser executados após a conclusão do pavimento. No caso de pavimentos com paralelepípedos, devem ser executados previamente, delimitando a plataforma da via a ser implantada.
Para garantir maior resistência dos meios-fios a impactos laterais, quando estes não forem contidos por canteiros ou passeios, deverão ser aplicadas escoras de concreto magro, espaçadas de 2,0 m, constituídas de cubos de 25 cm de aresta.
16.4. ASFALTO
16.4.1. S u b - B a s e d e S o l o E s t a b i l i z a d o G r a n u l o m e t r i c a m e n t e
Os materiais a serem empregados em sub-bases devem apresentar um índice Califórnia igual ou superior na 20% e expansão máxima de 1%, determinados segundo o método DNER-ME 49-64 e com a energia de compactação correspondente ao método DNER- ME 48-64.O índice de grupo deverá ser igual à zero.
16.4.2. B a s e d e S o l o E s t a b i l i z a d o G r a n u l o m e t r i c a m e n t e
A base será executada com materiais que preencham os seguintes requisitos:
Xxxxxxx possuir composição granulométrica enquadrada em uma das faixas do quadro a seguir:
A fração que passa na peneira n.° 40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a 25% e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%. Quando estes limites forem ultrapassados, o equivalente de areia deverá ser maior que 30%;
A porcentagem do material que passa na peneira n.° 200 não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira n.° 40;
Índice de suporte Califórnia não deverá ser inferior a 60% e a expansão máxima será de 0,5% com a energia Proctor intermediário;
Agregado retido na peneira n.° 10 deve ser constituído de partículas duras e duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isentos de matéria vegetal ou outra substância prejudicial.
16.4.3. Imprimação
Consiste a imprimação na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando:
• Aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material betuminoso empregado;
• Promover condições de aderência entre a base e o revestimento;
• Impermeabilizar a base.
Todos os materiais devem satisfazer às especificações aprovadas pelo DNER.
Podem ser empregados asfalto diluído, tipo CM-30, CM-70 e CM-250, ou de outro tipo desde que aprovado pela FISCALIZAÇÃO.
A escolha do material betuminoso adequado deverá ser feita em função da textura do material da base.
A taxa de aplicação é aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas, devendo ser determinada experimentalmente, no canteiro da obra. A taxa de aplicação varia de 0,8 a 1,6 l/m2, conforme o tipo e textura da base e do material betuminoso escolhido.
16.4.4. Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ)
Concreto Betuminoso é o revestimento flexível resultante da mistura quente de agregado mineral graduado, material de enchimento (“filler”) e material betuminoso, espalhada e comprimida a quente.
Todos os materiais devem satisfazer às especificações aprovadas pelo DNER.
16.4.5. Pavimentação em paralelepípedos
Os paralelepípedos devem ser de pedra granítica com arestas vivas e de formas regulares, atendendo aos requisitos da EM-8 da ABNT.
A quantidade de unidades utilizada por metro quadrado deve ser igual ou inferior
a 40.
A pavimentação deve ser executada nos locais indicados nos desenhos do projeto,
obedecendo à orientação da FISCALIZAÇÃO, e conforme o seguinte roteiro:
• Execução de camada de 15 cm com material de base estabilizada granulometricamente através de compactação mecânica à 100% do Proctor Normal;
• Lançamento e espalhamento de camada de areia com 0,08 m de espessura;
• Assentamento dos paralelepípedos com juntas alternadas em relação às fiadas vizinhas, rejuntados com argamassa de cimento e areia no traço 1:3.
Deve-se ter cuidado para manter o encaixe perfeito de uma pedra com a outra, evitando-se o excesso de argamassa de rejuntamento sobre as pedras, bem como com a declividade para o escoamento de águas pluviais.
16.4.6. Vias sem Revestimento/Pavimentação (terra).
O revestimento primário das vias em terra deve ser executado com material que apresente características semelhantes ao originalmente existente, aprovados pela FISCALIZAÇÃO, e compactados mecanicamente. Ao final dos trabalhos, deve-se regularizar todo o leito das vias com motoniveladora.
Medição e Pagamento
Os serviços Remoção e Recomposição de Pavimentação serão medidos em metros quadrados (m²), de pavimentação removida e recomposta, com aprovação da FISCALIZAÇÃO.
O quantitativo será calculado tomando como base a extensão do trecho constante na Nota de Execução de Serviço (NES) multiplicada pela xxxxxxx xx xxxx (Xxxxxx 0 - Xxxxxx xx xxxxxxx xx xxxxx) xxxxxxxxx de 40 cm, no caso de via pública, ou 20 cm no caso de passeio.
17. IMPLANTAÇÃO DAS TUBULAÇÕES
17.1. S O N D A G E N S E F U N D A Ç Õ E S
17.1.1. S o n d a g e n s C o m p l e m e n t a r e s
Na eventualidade de ser encontrado, em qualquer trecho e na profundidade prevista para a execução do assentamento das tubulações ou a execução de estruturas de concreto tais como blocos de ancoragem, terreno de fundação impróprio e que, à juízo da FISCALIZAÇÃO, possa dar lugar a futuras instabilidades das construções, devem ser executadas por conta da CONTRATADA, sondagens suplementares e ensaios que permitam estudar e projetar a solução tecnicamente mais conveniente e econômica para a construção da obra no trecho em questão (determinação da natureza e extensão das camadas inferiores do solo, do recalque admissível, da curva das pressões, do módulo de elasticidade e da carga de ruptura do terreno em exame).
Neste caso, para que o prazo contratual seja respeitado, poderá a FISCALIZAÇÃO, mantendo em suspenso as tarefas do local em análise, determinar o imediato prosseguimento da obra em outro trecho.
Este recurso pode ser adotado pela FISCALIZAÇÃO na hipótese de ocorrer cruzamento da vala escavada com dutos ou obstáculos cuja remoção se revele, ou venha a se revelar, de solução ou execução demorada.
17.1.2. F u n d a ç õ e s
As fundações devem ser executadas conforme indicações da FISCALIZAÇÃO, respeitado o estabelecido pela norma ABNT NB-51. A FISCALIZAÇÃO procederá ao exame das condições de suporte do terreno, na cota prevista pelo projeto, e cuidará da obtenção das condições de infraestrutura necessárias para o apoio das tubulações e das estruturas.
Normalmente, são previstas fundações diretas para as estruturas e tubulações. Cuidar-se-á para que as superfícies do terreno de apoio estejam adequadamente regularizadas
e apiloadas, sem quaisquer materiais soltos.
Quando o solo natural, após a escavação, não apresentar condições adequadas de suporte, nas cotas previstas no projeto, a FISCALIZAÇÃO poderá autorizar uma sobre- escavação, além da cota prevista, devendo o material ser totalmente removido e substituído por outro que preencha as condições de resistência necessárias. A profundidade desta sobre- escavação será estabelecida em projeto específico, ou determinada pela FISCALIZAÇÃO.
Quando a vala for aberta em rocha, o lastro deve ser constituído de material de granulometria fina, perfeitamente adensado, na espessura mínima de 0,20 m.
Quando for utilizado embasamento com lastro de brita, deve ser executado um septo de material impermeável a cada 10 m de extensão de vala, de forma que não haja formação de fluxo d’água pelo lastro, com possível arraste de material fino do meio.
17.2. MOVIMENTAÇÃO, ASSENTAMENTO E MONTAGEM DE TUBOS E CONEXÕES.
17.2.1. M o v i m e n t a ç ã o d e T u b o s e C o n e x õ e s
A carga e descarga dos tubos e peças especiais deve ser feita, preferencialmente, de modo mecânico com dispositivo de levantamento compatível com o peso dos mesmos e com utilização de cintas de nylon nas partes de sustentação dos tubos objetivando não comprometer o seu revestimento.
Qualquer que seja o meio de transporte utilizado, é imperativo prever um calçamento correto, resistente e durável, por meio de caibros colocados não somente debaixo da camada inferior de tubos, mas, também, entre cada uma das outras camadas.
Em hipótese alguma deve haver o contato entre as bolsas dos tubos. Para que isso não ocorra, é necessário que numa mesma camada cada tubo tenha sempre a sua bolsa do lado oposto às bolsas dos dois tubos a ele adjacentes, sendo que as bolsas devem ficar para fora das pontas.
Os pontos de contato entre os tubos e peças especiais e as cordas, correntes e tirantes, usadas no carregamento do caminhão, devem ser protegidos com material não abrasivo.
A descarga dos tubos, sempre que possível, deve ser feita ao longo da vala de assentamento, preferencialmente do lado oposto ao da terra retirada da escavação.
Não será permitido que os tubos sejam jogados ao solo diretamente do caminhão, ou “trailer”, devendo ser utilizados equipamentos mecânicos apropriados e suportes de lona ou nylon suficientemente largos para evitar marcas constantes no revestimento. Esses
suportes devem ter uma largura de 40 cm, e devem ser utilizados no ponto de equilíbrio do tubo.
Quando os tubos forem deixados sobre o terreno, devem ser colocados em peças de madeira, colocadas sob as extremidades não revestidas.
Os tubos podem ser estocados em pilhas, desde que sejam separadas por sarrafos de madeira, devidamente calçados nas extremidades. As pilhas não devem ultrapassar a três camadas para permitir fácil movimentação do material com a utilização de equipamento simples.
A movimentação dos tubos e peças especiais, mesmo à distâncias pequenas, deve ser feita com processo, equipamentos e cuidados apropriados que não lhes causem nenhum dano, não sendo permitidos o arraste ou rolagem direta no solo, ou uso de alavancas, correntes ou chapas de aço sem proteção de lona.
A FISCALIZAÇÃO poderá impugnar os equipamentos que, a seu critério, forem inadequados às condições de operação. Somente em casos especiais poderão ser usados pórticos com talhas, paus de carga, tripés e outros acessórios deslocáveis manualmente.
17.2.2. T u b o s e C o n e x õ e s c o m J u n t a s E l á s t i c a s
Compreende o assentamento e montagem de tubos e conexões com junta elástica, de PVC rígido, DeF°F°, ferro fundido dúctil, aço carbono, etc.
No caso do assentamento de tubos e conexões de PVC rígido ou DeF°F° com junta elástica, deverão ser seguidas as prescrições contidas na NBR-9822.
O abaixamento do tubo na vala somente pode ser iniciado após um rigoroso exame das condições do tubo e da vala, visando, principalmente:
Localizar defeitos ou danos ao revestimento;
Verificar a natureza do fundo e o acabamento das paredes laterais da vala; Verificar, utilizando-se gabarito adequado, ovalizações superiores a 10 mm.
Quaisquer irregularidades ou defeitos observados devem ser corrigidos e/ou reparados, prontamente, pela CONTRATADA.
Deve ser previsto um método adequado de abaixamento de forma a garantir que a tubulação tenha uma junção coaxial ao fundo da vala, em sua posição correta, evitando deslocamentos, deslizamentos, tensões de flexão exagerada ou deformações na tubulação.
O assentamento da tubulação deve ser executado de jusante para montante, com a bolsa voltada para montante, nas cotas e alinhamentos previstos no projeto.
Os tubos devem ser alinhados ao longo da vala, do lado oposto ao da terra retirada da escavação ou sobre esta em plataforma devidamente preparada. Quando não for possível esta solução, devem ficar livres do eventual risco de choques, resultantes, principalmente, da passagem de veículos e máquinas.
Na preparação para a sequência de montagem das juntas, cumpre verificar, antes da execução das mesmas, a ponta, bolsa e se os elementos de vedação se acham limpos, removendo-se completamente todo o material estranho, ou excesso de revestimento na ranhura que irá receber a junta elástica.
As pontas devem ser limpas em todo o seu perímetro, na distância recomendada para a penetração na bolsa, devendo ser removida qualquer irregularidade de acabamento ou excesso de revestimento, por meio de objetos cortantes e escovas de aço.
As bordas externas não devem apresentar arestas vivas. Caso o tubo seja cortado no campo, a ponta deve ser chanfrada com eletrodo de carvão, arco elétrico ou com equipamento mecânico de corte.
Após a limpeza rigorosa da ponta e bolsa da junta a ser executada, deve-se alojar o anel de borracha na bolsa, com a face vazada voltada para o interior do tubo.
Em seguida, após lubrificação do anel, da ponta e da bolsa, e da verificação do perfeito ajuste em todo o perímetro do anel, a ponta do tubo deve ser introduzida com pressão uniforme até atingir o fundo da bolsa, recuando-se o tubo no máximo 10 mm, a fim de permitir a mobilidade da junta dentro das tolerâncias normalizadas.
Para essa operação, devem ser utilizados equipamentos de montagem adequados, tipo tirfor, macaco- hidráulico ou similares, de modo que os esforços se transmitam por igual e paralelamente ao eixo longitudinal dos tubos.
O trabalho nessa operação deve ser coordenado de modo que a cada instante se tenha uma penetração uniforme, sem se perder o alinhamento. Deverá ser verificada a posição da gaxeta de borracha dentro da junta, mediante a introdução de uma lâmina de metal fino, entre a ponta e a borda externa da bolsa ou luva, até que ela encoste na gaxeta. Em todos os pontos da circunferência, a penetração da lâmina deverá ser uniforme.
Caso o anel seja “mordido” na operação de acoplamento, o mesmo deve ser substituído, às expensas da CONTRATADA, e reiniciada a operação até o perfeito ajuste da junta.
Após a montagem, deve ser feita a recuperação do revestimento porventura danificado, com a utilização dos materiais originais de fabricação.
Em todas as fases da montagem, o interior da tubulação deve permanecer
completamente limpo, e a cada final de jornada as extremidades da linha devem ser tamponadas.
Nos trechos onde o solo se apresentar muito agressivo, caracterizado por um pH muito baixo ou muito alto, ou ainda com umidade elevada e péssimas condições de drenagem, os tubos de ferro fundido devem ser protegidos por manta ou lençol de polietileno.
O método consiste em envolver os tubos e as conexões, na hora do assentamento, com uma manga tubular ou um lençol de polietileno com 0,2 mm de espessura, mantidos em posição por meio de fita adesiva e arame plastificado.
17.2.3. T u b o s e C o n e x õ e s c o m J u n t a s R í g i d a s
a) J u n t a s S o l d a d a s
Os soldadores e os processos de soldagem devem estar qualificados de acordo com a norma MB-262, “Qualificação dos Processos de Soldagem, de Soldadores e de Operadores” e/ou com a seção IX da Norma ASME, ou com normas de entidades semelhantes.
Exceto quando autorizado ou especificado de outro modo, as soldas deverão ser executadas pelo método de arco elétrico. Poderá ser utilizado qualquer método de soldagem que produza uma solda que atenda às exigências de resistência mínima dos metais de base, desde que aprovado previamente pela FISCALIZAÇÃO.
Os eletrodos deverão ser selecionados de acordo com sua corrente, materiais e características de soldagem. Após retirados das embalagens, devem ser conservados em ambiente seco, conforme as recomendações do fabricante, para evitar danos ou deterioração.
As soldas não deverão ser executadas em superfícies úmidas ou durante períodos de ventos fortes, exce to quando o soldador e as peças a serem soldadas estiverem adequadamente protegidos.
Após a soldagem, a escória e os respingos deverão ser retirados, deixando as superfícies com penetração completa, uniformes, lisas e isentas de qualquer porosidade ou matéria estranha. Se a soldagem for executada em fases sucessivas, em cada fase deverá ser feita a limpeza da escória antes de se aplicar o próximo filete.
As partes soldadas deverão estar isentas de defeitos, como inclusões, ranhuras, dobras, etc., e deverão ter espessura uniforme, sem rebaixamentos, escória, porosidade, falha na raiz, defeitos de liga e rachaduras.
As soldas defeituosas deverão ser reparadas mediante a remoção das mesmas até