CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PESQUISAS (MPS E DIEESE)
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PESQUISAS (MPS E DIEESE)
Relatório: Produto 8
Plano de Ação do Piloto de Bares e Restaurantes
Contrato Nº 06/2013 – MPS / DIEESE
NOVEMBRO DE 2013
BRASÍLIA DF
EXPEDIENTE DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - MPS
XXXXXXXXX XXXXX
Ministro da Previdência Social
XXXXXXXX XXXX XXXXX XXXXXXXXX
Secretário de Políticas de Previdência Social Esplanada dos Ministérios, Bloco F, 7º Andar, Sala 723 Brasília, DF - CEP: 70059-900
Fone: (00) 0000-0000/5342
Fax: (00) 0000-0000/5045
e-mail: xxxxxxxx.xxxxxxxxxx@xxxxxxxxxxx.xxx.xx
XXXXXXX XXXXXXXXX XXXXXXXX
Diretor do Departamento do Regime Geral de Previdência Social Fone: (00 00) 0000-0000
Fax: (00 00) 0000-0000
e-mail: xxxxxxx.xxxxxxxx@xxxxxxxxxxx.xxx.xx
MPS – Ministério da Previdência Social
Esplanada dos Ministérios Bloco F - CEP: 70059-900
Brasília - DF
Telefone: (00) 0000-0000 xxxx://xxx.xxxxxxxxxxx.xxx.xx
EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE
Direção Técnica
Xxxxxxxx Xxxx Xxxxx – Diretor Técnico Xxxxxxxx Xxxxxxxxx – Coordenadora Executiva
Xxxxxx xx Xxxxxxx – Coordenadora Administrativa e Financeira Nelson de Xxxxxx Xxxxx – Coordenador de Educação
Xxxx Xxxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxxxxx – Coordenador de Relações Sindicais Xxxxxx Xxxxxx – Coordenador de Atendimento Técnico Sindical
Xxxxxx Xxxxxxxxxx – Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento
Coordenação Geral do Projeto
Xxxxxx xx Xxxxxxx Xxxx – Coordenadora Geral Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxx – Assistente Administrativo Xxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxxx – Coordenadora técnica Xxxxxxxx Xxxx Xxxxx – Coordenadora técnica
Xxxxxx Xxxxxx xx Xxxxxxxx – Coordenadora técnica Xxxxxxxx Xxxxxxx xxx Xxxxxx Xxxxxxx – Coordenador Técnico
Equipe Executora
DIEESE
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Xxx Xxxxxx, 000 – Xxxxxx – Xxx Xxxxx – XX – XXX 01209-001 Fone: (00) 0000 0000 – Fax: (00) 0000 0000 –
E-mail: xxxxxxxxxxxxx@xxxxxx.xxx.xx/ xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx
Sede do Projeto “Redução da Informalidade por meio do Diálogo Social” SCHN/CL 309, Bloco X, x. 00, xxxx 000, Xxx Xxxxx
Brasília - DF – Brasil - CEP: 70.755 - 530 Fone: (00) 0000 00 00 e (00) 0000 00 00
E-mail: xxxxxxxxxx@xxxxxx.xxx.xx
SUMÁRIO
1. DESCRIÇÃO DOS EVENTOS | 05 |
2. Relação dos participantes na II Oficina de Diálogo Social | 06 |
3. PLANO DE AÇÃO ELABORADO PELOS ATORES SOCIAIS | 07 |
3.1 Contextualização | 07 |
3.2 Metodologia | 09 |
3.3 PLANO DE AÇÃO DO PILOTO DE BARES E RESTAURANTES | 14 |
ANEXO i – Plano de Ação por Grupos | 16 |
ANEXO II – Listas de Presença e Fotos do Evento | 19 |
.
1. DESCRIÇÃO DOS EVENTOS
1. 1 Tipo de atividade: II Oficina de Diálogo Social
• Nome: II Oficina de Diálogo Social do Piloto de Bares e Restaurantes
• Local: Pontalmar Praia Hotel, Xxx Xxxxxxx Xxxxxx Xxxx, x. 8847, Praia Negra, Natal, RN.
• Data: 24 e 25 de setembro de 2013
• Descrição das Atividades: Oficina de diálogo social com os atores sociais (trabalhadores, empregadores e governos), com o objetivo de elaborar o plano de ações para o enfrentamento da informalidade no setor de Serviços de Alimentação: Bares e Restaurantes e estabelecer prioridades, responsáveis e prazos para a implantação das ações recomendadas.
2. RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES NA II OFICINA DE DIÁLOGO SOCIAL
NOME | ENTIDADE |
1. Xxxxxx Xxxxxxx | XXXXXXXXXXXXX Xxxxxxx |
2. Darlyne Fontes | SEBRAE |
3. Xxxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx | XXXXXXXXXXXXX Natal |
4. Xxxxx Xxxxxxxx X. Júnior | INSS |
5. Erles Sales | SINDHOTELEIRO Natal |
6. Xxxxxxx Xxxx xx Xxxxx | SINDHOTELEIRO Natal |
7. Xxxxxx Xxxxxxx | MPS |
8. Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxx | SINDHOTELEIRO Mossoró |
9. Xxxxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxx | XXXXXXXX-PBRN |
10. Glênio Sarmento | ABRASEL |
11. Xxxxxxx Xxxxx xx Xxxxx | SINDHOTELEIRO Natal |
12. Xxxxx Xxxxx X. Xxxxx | XXXXXXXXXXXXX Natal |
13. Xxxx Xxxx Xxxxxxx | SINDHOTELEIRO Natal |
14. Xxxx Xxxxxx da S. Neto | SINDHOTELEIRO Natal |
15. Xxxx xx Xxxx xxx Xxxxxx | XXXXXXXX/CONTRACS |
16. Xxxx Xxxxxx xx Xxxxx | XXXXXXXXXXXXX Xxxxx |
17. Xxxx Xxxx Xxxxx | SINTBAR RN |
18. Xxxx Xxxxxxx X. da Silva | SINDHOTELEIRO Natal |
19. Xxxx Xxxx xx Xxxx | XXXXXXXXXXXXX Xxxxx |
20. Lionécia Lopes | SINTBAR RN |
21. Xxxxxx Xxxx | XXXXXXXXXXXXX Natal |
22. Xxxxx xx Xxxxxxx Xxxx Xxxxxxx | XXXXXXXXXXXXX Xxxxx |
23. Xxxxxxx Xxxxxx | SEBRAE |
24. Xxxxxxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxx | DIEESE |
25. Xxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxxxx | XXXXXXXXXXXXX Natal |
26. Xxxxxx Xxxxxxx Xxxxx | DIEESE |
27. Xxxxxx X. Xxxxxxxxxxx | XXXXXXX RN |
28. Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxxx | SENAC |
29. Xxxxxx xx Xxxxxxx Xxxx | DIEESE |
30. Xxxxxxxx Xxxxx | SINDHOTELEIRO Natal |
31. Xxxxxx Xxxxxxx | SEBRAE |
32. Xxxxxxxx Xxxxxxxxx | XXXXX |
33. Temilson Costa | SENAC |
3. PLANO DE AÇÃO ELABORADO PELOS ATORES SOCIAIS
3.1 Contextualização
A informalidade é um grave problema no Brasil. Sua solução requer um esforço persistente de diferentes instituições, tanto do governo como da sociedade, voltado à formulação de ações e políticas consistentes e articuladas.
Visando uma intervenção social incidente sobre os marcos regulatórios, programas e políticas públicas e comportamentos na sociedade, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e o FUMIN/BID (Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento) firmaram o Convênio ATN/ME-11684-BR para desenvolver o projeto “Redução da Informalidade de Micro, Pequenas e Médias Empresas por meio do Diálogo Social”. Desde 2009 passou- se, então, a mobilizar os atores sociais de cadeias produtivas e Arranjos Produtivos Locais nos seguintes setores e localidades do País:
1) Comércio, em Porto Alegre/RS;
2) Construção Civil, em Curitiba/PR;
3) Confecções, no Agreste de Pernambuco;
4) Setor Rural:
4.1 – agronegócio, na cultura do tomate em Morrinhos/GO;
4.2 – agricultura familiar, na cultura da cebola em Ituporanga/SC;
4.3 – cooperativas da agroindústria com segurados especiais da Previdência Social, na cultura do caju no Ceará.
As informações dos respectivos projetos-pilotos (objetivos, ações realizadas, redes de atores e relatórios das oficinas de diálogo social e capacitação dos atores locais) encontram-se disponíveis na página do Dieese: xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxxxxxxx/xxxxxxxxxxxxx.xxx
Em 10 de agosto de 2011 foi criado o Grupo Interministerial pela Portaria no 491, assinada por seis Ministérios, sob a coordenação do Ministério da Previdência Social – MPS - objetivando “acompanhar, discutir, analisar e avaliar as propostas do Projeto de Redução da Informalidade por meio do Diálogo Social”, coordenado pelo Dieese. Desde então o grupo composto por representantes dos órgãos do governo federal, dos atores
sociais dos pilotos e outra organizações (ANFIP, SEBRAE, Contag) vêm discutindo tecnicamente e implementando as recomendações endereçadas ao governo federal a partir da realidade concreta das comunidades envolvidas.
(Ver xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxxxxxxx/xxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxx.xxx )
Em 11 de abril de 2013 foi celebrado, entre o Ministério da Previdência Social e o DIEESE, o Contrato N.º 06/2013 para a execução do projeto “Estratégias para redução da informalidade no emprego doméstico, serviços de alimentação – bares e restaurantes e na construção civil”.
Com o propósito de ampliação do trabalho formal e redução da informalidade e da desproteção previdenciária dos trabalhadores, foram incorporados os seguintes Pilotos:
a) Emprego Doméstico;
b) Construção, em Salvador/BA;
c) Serviços de Alimentação: Bares e Restaurantes, em Natal/RN.
Objetivo Geral:
Definir estratégias para reduzir a informalidade nas localidades/setores de elevada incidência de informalidade por meio da criação de espaço de diálogo social com os atores sociais para a explicitação e negociação das demandas e para a articulação de redes permanentes de instituições públicas e da sociedade civil comprometidas com o processo de formalização de empregos, empreendimentos e empresas, visando à inserção produtiva com proteção social.
Objetivos Específicos:
a) Construir espaço de diálogo social entre o poder público, empresários e trabalhadores para elaboração de diagnósticos e propostas para viabilizar a inclusão com proteção social.
b) Identificar e negociar, por meio do diálogo social, as principais demandas para a formalização, nos setores de atividade selecionados.
c) Construir planos de ação, destacando-se as responsabilidades e prazos de implantação das ações e políticas recomendadas.
3.2 Metodologia
A metodologia fundamenta-se no diálogo social com os atores sociais nas localidades/setores selecionados, o qual permite a construção participativa de diagnósticos a partir da visão dos envolvidos no processo e, ainda, a construção de alternativas de intervenção articuladas e sistematizadas em Planos de Ações.
Ressalte-se que as informações, os conhecimentos produzidos coletivamente e as estratégias desenhadas pelos atores sociais permitem a intervenção sobre os problemas que dificultam a inclusão social no mundo do trabalho sem garantias e proteção social.
3.2.1 Modelo de Intervenção:1
Atualmente considera-se que a informalidade não pode ser explicada pela consideração de uma determinação específica. De fato, a informalidade é um fenômeno complexo, que contou com diversas interpretações apontando para preocupações próprias de cada momento histórico e dos embates dos interesses em disputa. Não se pode dissociar, portanto, a informalidade das estruturas econômicas e das condições históricas do desenvolvimento das sociedades e países. O importante é que, cada vez mais, a informalidade é tida como um tema transversal especialmente para os países em desenvolvimento, onde a informalidade, em qualquer de suas múltiplas formas, pode atingir mais da metade da população ocupada.
A complexidade do tema e a crescente interação entre as atividades desenvolvidas pelo setor informal e os setores dinâmicos da economia vem propiciando uma maior relevância ao debate e à formulação de novas concepções e categorias de análise, voltadas para o desafio de incrementar a proteção social no âmbito do empreendedorismo autônomo e das atividades cooperativas, tanto como fomentar os ganhos de eficiência sistêmica decorrentes do combate à precarização do trabalho assalariado.
1 Baseado no Relatório de Balanço: 2010 – 2012 (DIEESE, 2012) xxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxx/xxxxxxxxxxxxx/xxxxxxxxxXxxxxxx00000000.xxx
Almeja-se, portanto, enfrentar o problema da informalidade considerando-se que é um fenômeno de elevada complexidade que afeta a qualidade das ocupações nas diversas cadeias produtivas, impactando as comunidades menos favorecidas para as quais as políticas públicas nacionais têm tido pouca eficácia, dada a desarticulação com os entes federados e, sobretudo, as evidentes especificidades locais. Para se reconhecer as formas de existência do problema e propor coletivamente as recomendações de solução, o DIEESE desenvolveu o método para a criação do espaço de diálogo social com o objetivo de desencadear o processo de intervenção social nos projetos-piloto.
Assim, o processo pode ser reconhecido nos seus três momentos:
1. Mapeamento das demandas dos distintos atores sociais;
2. Implantação das recomendações de políticas (governos) e ações (sociedade civil) elaboradas no espaço de diálogo social estabelecido nas respectivas localidades; e
3. Análise, monitoramento, evolução e difusão de experiências.
O modelo de intervenção, propriamente dito, contempla as seguintes atividades:
► Mobilização dos atores sociais, por meio de visitas de sensibilização nas localidades selecionadas;
► Oficinas com os atores sociais para o mapeamento de demandas e necessidades em cada piloto;
► Elaboração de um Plano de Ação, para ampliar a proteção social e intervir nas políticas públicas.
PLANO DE
AÇÃO
MAPEAMENTO DAS DEMANDAS
MOBILIZAÇÃO
DOS ATORES
METAS de redução
da informalidade
Nesse contexto são construídas coletivamente as recomendações para melhorar as condições de trabalho e produção e a qualidade de vida de um expressivo número de
pessoas e comunidades, ampliando-se a proteção social e a legalização dos empreendimentos/empresas.
As características do modelo, que o diferenciam de outros podem ser assim resumidas:
► O diálogo social permite dar visibilidade aos trabalhadores e às formas de sua organização (daqueles que “vivem do trabalho”) e experimentar formas de articulação das políticas e das ações;
► Nas localidades selecionadas há instituições atuantes, tanto como a institucionalidade necessária para o estabelecimento de compromissos e responsabilidades;
► Os governos (autoridades instituídas) podem ser acessados.
Empoderamento
dos
Atores sociais
Note-se que a intervenção social requer a utilização dos recursos (políticos/econômicos/locais/nacionais etc.) para uma mobilização que conduza a um maior nível de organização da sociedade para que acesse o estado em prol da conquista e/ou ampliação de direitos (proteção social) que, por sua vez, viabilize a atividade produtiva e a qualidade de vida dos cidadãos.
mediação
Medidas de
desenvolvimento
Os limites dessa estratégia específica são apontados pela forma de organização da produção nos Arranjos Produtivos Locais e também pela própria dinâmica e estrutura dos mercados nas cadeias produtivas que são objeto do modelo de intervenção.
Para se criar o espaço de Diálogo Social e constituir uma rede de atores articulados, é necessário:
1. Mobilizar os atores sociais;
2. Realizar uma reflexão coletiva sobre a história do fenômeno, considerando-se o setor de atividade/ramo específico;
3. Promover uma experiência exitosa de levantamento de problemas e recomendação de soluções;
4. Incentivar a divulgação e ressaltar o efeito demonstração sobre outros atores ("os pilotos são únicos, mas podem ser replicados").
3.2.2. Mediação
O DIEESE assume um papel essencial enquanto entidade mediadora entre o que é estabelecido no “plano de ação” por meio do diálogo social e a viabilização desse plano
- momento culminante do processo de intervenção social transformador da realidade.2
2 O DIEESE possui uma vasta experiência em atividades de formação de dirigentes sindicais e de participação em espaços de negociação. A proposta metodológica e o modelo de intervenção foram elaborados com base na larga experiência de formação de dirigentes e assessores sindicais do DIEESE e estruturados a partir dos seguintes elementos (DIEESE, 2006): 1) Democracia e participação social; 2) Diálogo social; 3) Planejamento; 4) Concepção de educação. O primeiro pressuposto da metodologia, ou seja, a (1) Democracia e participação social considera a importância da ampliação da participação social no regime democrático. A consolidação do processo de democratização da sociedade brasileira propiciou a ampliação da participação dos diversos atores e movimentos sociais em espaços variados de discussão e negociação de políticas públicas.
O segundo, (2) Diálogo Social, apresenta a prática do diálogo entre os atores sociais como um importante instrumento de participação. Ressalte-se que o diálogo social é definido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como todos os tipos de negociação, consultação ou simples troca de informações entre representantes dos governos, empregadores e trabalhadores em questões relevantes para a política econômica e social.
O terceiro elemento da metodologia trata-se do (3) Planejamento Estratégico Situacional – PES. Desenvolvido por Xxxxxx Xxxxx (1989, 1996), esse planejamento pode ser apontado como alternativa às formas convencionais em que o estado se apresenta como único protagonista no ato de planejar. Considera- se, portanto, que o processo de planejamento cria um espaço para a participação dos diferentes atores
sociais, tratando-se a realidade como algo complexo e incerto, que permite diferentes leituras dos processos
Ressalte-se ainda que o DIEESE propicia o estabelecimento do espaço/arena de negociação (diálogo social), à medida que:
1. É uma instituição única (abarca todas as correntes do movimento sindical brasileiro);
2. Possui capacidade técnica para resolver questões;
3. Possui credibilidade frente a todos os atores sociais.
Em síntese, a metodologia baseia-se na ênfase ao processo de mobilização para formar sujeitos que conquistam direitos e proteção social e transformam a realidade em que vivem.
sociais pelos distintos atores. A prática do Planejamento Estratégico Situacional ocorre através do processamento dos problemas e é realizada em quatro momentos: explicativo; normativo; estratégico e tático-operacional. Esses momentos são consequência da visão dinâmica do processo de planejamento e se caracterizam pela permanente interação entre eles e pela necessidade constante de retomada de qualquer um deles sempre que a mudança de situação assim o exigir.
Por último, a (4) concepção de educação adotada nesta metodologia sustenta-se numa abordagem sociohistórica, que “(...) considera a aquisição do conhecimento como um processo em que a interação dos participantes com o conhecimento que deseja obter não é solitária, mas sim, social; não é direta, mas mediada”. As atividades desenvolvidas a partir dessa concepção buscam propiciar o diálogo entre os conhecimentos produzidos pelos participantes ao longo da vida (ou seja, seu repertório) e o conhecimento acumulado, socialmente produzido. Na interação desses conhecimentos, mediados pelo conhecimento também trazido pelo formador, produz-se um novo conhecimento, transforma-se, ao mesmo tempo, o aprendiz, o formador e o próprio objeto do conhecimento – por que o olhar do sujeito o transforma. (DIEESE- Formação dos Conselheiros dos CETEPS: caderno do formador. Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Xxxxxxxx: DIEESE, 2012)
3.3 PLANO DE AÇÃO DO PILOTO DE BARES E RESTAURANTES CONSTRUÍDO NA II OFICINA DE DIÁLOGO SOCIAL
AÇÃO | RESPONSÁVEL | PRAZO |
Articular uma política nacional de simplificação (unificar as declarações sociais) com a Secretaria de Micro e Pequenas Empresas e MTE (dialogando com Governos, Congresso Nacional e segmentos envolvidos). | ❖ CONTRACS/CUT ❖ SHRBS ❖ MPS | 2º. Semestre 2013 |
Difundir informação sobre a informalidade através da educação básica e de qualificação profissional e gerencial para o Setor de Bares e Restaurantes. | ❖ MEC ❖ Secretarias de Educação dos estados e municípios ❖ SENAC ❖ SEBRAE | Janeiro de 2014 |
Promover campanhas de conscientização cidadã sobre os impactos negativos da informalidade e sobre o MEI (Micro Empreendedor Individual). | ❖ Sindhoteleiros RN e Mossoró ❖ ABRASEL ❖ SHRBS ❖ SEBRAE | A partir de outubro de 2013 |
Instituir fórum de discussão sobre a sazonalidade do setor com foco em educação empreendedora e qualificação profissional para o trabalhador. | ❖ Sindhoteleiros ❖ FETRACOM/PBRN ❖ CONTRACS/CUT | Novembro de 2013 |
Ampliar e articular as políticas públicas através da implantação da metodologia do DIEESE (“Dialogar para Formalizar”). o Publicação do livro sobre metodologia | ❖ DIEESE | Dezembro de 2013 |
AÇÃO | RESPONSÁVEL | PRAZO |
Implementar a fiscalização nos pontos turísticos de Natal Audiência pública na Câmara Municipal | ❖ ABRASEL | 30 de outubro de 2013 |
Formar m Grupo Gestor para discutir a formalização do trabalho eventual no Setor de Xxxxx e Restaurantes o Socializar material sobre o tema | ❖ ABRASEL ❖ Sindhoteleiros RN e Mossoró | 02 de outubro de 2013 |
Promover reflexões em grupos de trabalho específicos para discutir o excesso de burocracia e carga tributária para as micro e pequenas empresas do setor (Super Simples) que possam vir a gerar audiências públicas. | ❖ SEBRAE ❖ ABRASEL ❖ CONTRACS/CUT | Janeiro de 2014 |
ANEXO I – Planos de Ação por grupos
PLANO DE AÇÃO DO GRUPO: TRABALHADORES/AS
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
Política nacional de simplificação para viabilizar formalizações (trabalhadores X pequenas empresas) | Dialogando com governos/Congresso nacional e segmentos envolvidos (trabalhadores X empregadores) | Ministério da Micro e Pequena Empresas; Ministério do Trabalho e Emprego | Curto prazo |
Campanha Nacional Educativa (regionalizada) | Meios de comunicação de massa | Governos (nacional, estaduais, municipais); parceiros; sindicatos | Curto prazo |
Campanha de conscientização cidadã (direitos e deveres) | Publicidade; palestras; seminários; formação de multiplicadores | Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério do Trabalho e Emprego; Estados; Municípios; Sociedade civil organizada | Permanente |
Política efetiva de formação e qualificação | Formação de formadores; convênios, cursos, vários | Governo; parceiros; sindicatos | Permanente |
PLANO DE AÇÃO DO GRUPO: GOVERNOS E EMPREGADORES
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
Educação básica/ Qualificação profissional | Facilitar o acesso à informação com intuito de sensibilizar sobre a informalidade para o setor de bares e restaurantes | Através dos meios de comunicação e de capacitações (oficinas, palestra) in loco. | Imediato e contínuo |
Fiscalização | Realizar fiscalização punitiva nos principais pontos turísticos da cidade. • Visitas aos equipamentos informais com ordem (declaração) para desocupar o espaço. | Prefeitura | Imediato e contínuo |
Ampliar o diálogo social sobre informalidade nas diversas instâncias e setores do governo e da sociedade | Através da implantação da metodologia do DIEESE do Projeto “Dialogar para Formalizar” | DIEESE; Prefeitura e Governo Federal e Estadual; Sistema S | Setembro de 2014 (com início imediato) |
Excesso de burocracia | Reduzir a burocracia desde a formalização até os altos custos/carga tributária para manter o empreendimento de forma legal, com foco na “ME e EPP” • Promover audiências públicas para discutir o tema | Associações de classe/sociedade civil organizada/ governo/ empresários do setor | Janeiro de 2014 até Janeiro de 2015 |
O QUE? | COMO? | QUEM? | QUANDO? |
Contratação Informal | Formalizar o trabalho eventual no Setor de Bares e Restaurantes. • Formar um Grupo Gestor com o objetivo de discutir e buscar alternativas para conseguir aprovação da lei do trabalho eventual | ABRASEL/ INSS/ ABIH/ SHRBS/ DIEESE/ Sindhoteleiros/ Centrais Sindicais | Imediato e contínuo |
Sazonalidade do Setor (Trabalhador) | Instituir um espaço para discussão sobre o assunto, que crie alternativas para os trabalhadores com foco em educação empreendedora e qualificação profissional em outras áreas. • Articulação e diálogos sociais com os envolvidos | IES (Institutos de Ensino Superior); Sistema S; Associações de Classe; Governo (SETHAS), Sindhoteleiros. | Imediato e contínuo |
ANEXO II – Listas de Presença e Fotos do Evento
Fotos da II Oficina de Diálogo Social do Piloto de Bares e Restaurantes
Local: Pontalmar Praia Hotel, Xxx Xxxxxxx Xxxxxx Xxxx, x. 8847, Praia Negra, Natal, RN.
Data: 24 e 25 de setembro de 2013