MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME
CONTRATO Nº 48000.003155/2007-17: DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DUODECENAL (2010 - 2030) DE
GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
MINERAL-SGM
BANCO MUNDIAL
BANCO INTERNACIONAL PARA A RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO – BIRD
PRODUTO RT 68 PERFIL DO CIMENTO
CONSULTOR
Xxxx Xxxxxx xx Xxxxx
PROJETO ESTAL
PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA AO SETOR DE ENERGIA
Setembro de 2009
SUMÁRIO
SIGLAS E ABREVIATURAS 4
UNIDADES DE MEDIDAS 4
PRINCIPAIS CONCEITOS 5
FIGURAS 6
TABELAS 7
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 9
2. RECOMENDAÇÕES 9
3.1. Característica da Indústria 9
3.2. Característica do produto 10
3.3. Caracterização do produto 11
3.4. Produção dos últimos três anos 12
3.5. Preço de mercado por tipo de produto 13
3.6. Valor da Produção Mineral 14
3.7. Qualificação empresarial dos grupos empresariais 15
3.8. O nível de concentração da produção 17
3.9. Perfil dos Grupos empresariais 18
3.9.1. Grupo Votorantim 18
3.9.2 Grupo Xxxx Xxxxxx 20
3.9.3 Grupo Camargo Corrêa 20
3.9.4 Grupo Cimpor 21
3.9.5 Grupo Holcim 22
3.9.6 Lafarge 23
3.9.7. Grupo Ciplan 24
3.9.8. Grupo Itambé 25
3.9.10. CP Cimento 27
3.10. Capacidade instalada 28
3.11. Caracterização da integração mina/usina 29
3.12. Recursos humanos 31
3.13. Consumo de Matérias-primas 32
3.14. Consumo energético 32
3.15. Consumo de energia 33
3.16. Estimativa de emissão de CO2 34
3.17. Utilização de água no processo de produção 35
3.18. Rejeitos de processamento 35
3.19. Custo atual de investimento 36
3.20. Comparação com operações industriais dos principais países produtores e produtividade por empregado 36
3.21. Produtividade da indústria 36
4. USOS 37
5. TECNOLOGIA 37
6. CUSTOS DE PRODUÇÃO NA INDÚSTRIA 38
7. MODAL DE TRANSPORTES 38
8. IMPOSTOS E CARGA TRIBUTÁRIA 39
8.1. Análises de fatores tributários 39
9. PANORAMA BRASILEIRO 40
9.1. Produção brasileira 1970/2008 40
9.2. Produção e despachos por região - 2007/2008 41
9.3. Perfil da distribuição de cimento portland 42
9.4. Comércio exterior 44
10. PANORAMA MUNDIAL 44
10.1. Produção Mundial 44
10.2. Consumo Mundial 46
10.3. Comércio Mundial 47
10.4. Principais Companhias 48
10.5. Reservas mundiais 49
11. CONSUMO APARENTE NO BRASIL - 1970/2008 49
12. PROJEÇÕES DO CONSUMO 2010-2030 51
12.1. Cenários adotados 51
13. PROJEÇÕES DOS INVESTIMETNOS E MÃO-DE-OBRA 53
13.1. Investimentos 53
13.2. Mão-de-obra 53
14. CONCLUSÕES GERAIS 53
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 55
16. ANEXOS 58
ANEXO I 58
Primeira projeção do consumo de cimento 58
Segunda projeção do consumo de cimento 58
ANEXO II 59
SIGLAS E ABREVIATURAS
ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRAMAT- Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção
ANEPAC - Associação Nacional das Entidades Produtoras de Agregados para a Construção Civil ANP - Agência Nacional do Petróleo
BACEN - Banco Central do Brasil
CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção CETEM – Centro de Tecnologia Mineral
CIEF - Centro de Informações Econômicos Fiscais
CIF - Custos, Seguro e Frete (Costs, insurance and Freight) CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear
COTEC - Coordenação Geral de Planejamento Tributário CSN - Companhia Siderúrgica Nacional
DECEX - Departamento do Comércio Exterior DNPM - Departamento Nacional da Produção Mineral DICAM - Diretoria de Outorga e Cadastro Mineiro DIFIS - Diretoria de Fiscalização Mineral
DIRIN - Diretoria de Desenvolvimento Mineral e Relações Internacionais DTIC - Departamento Técnico de Intercâmbio Comercial
FGV - Fundação Xxxxxxx Xxxxxx
FOB - Mercadoria livre a bordo (Free on Board)
IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração
IBS- Instituto Brasileiro de Siderurgia
ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços INB - Indústrias Nucleares do Brasil S.A.
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados ISO - Institute Standard Organization
MMA - Ministério do Meio Ambiente MME - Ministério das Minas e Energia ONU - Organização das Nações Unidas
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A.
PIB - Produto Interno Bruto
SECEX - Secretaria do Comércio Exterior
SGM-MME - Secretaria de Geologia e Mineração e Transformação Mineral – Ministério das Minas e Energia. xxx.xxx.xxx.xx
SNIC - Sindicato Nacional da Indústria do Cimento SRF - Secretaria da Receita Federal
UNIDADES DE MEDIDAS
Cm3 – centímetros cúbicos g - grama
m3 - metro cúbico
pH - grandeza físico-química “potencial hidrogeniônico” 1 GWh = 86,0 tep
t - tonelada
tep - tonelada equivalente de petróleo = 11,630 MWh
PRINCIPAIS CONCEITOS
CONSUMO APARENTE = Produção + Exportação – Importação
CO-PROCESSAMENTO - técnica que utiliza os resíduos de setores industriais no processo de fabricação do cimento, utilizando como combustível ou em substituição às matérias- primas.
DESPACHOS - Vendas faturadas
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Desenvolvimento que permite atender as necessidades da geração atual sem comprometer o direito das futuras gerações.
EBTIDA - ganhos da empresa antes das taxas, impostos, depreciação e amortização
RECEITA LÍQUIDA - é considerada a receita bruta da empresa depois de deduzidos os impostos, devoluções, abatimentos, etc.
XXXXX XXXXX - Xxxxx da empresa após a dedução dos custos de produção LUCRO LÍQUIDO - Lucro da empresa após o imposto de renda
PRODUTO INTERNO BRUTO - É o somatório de todas as riquezas produzidas no país num determinado período de tempo.
RENDA PER CAPITA - PIB dividido pela população
RESERVA MEDIDA - A tonelagem de minério computado pelas dimensões reveladas em afloramentos, trincheiras, galerias, trabalhos subterrâneos e sondagens, sendo o teor determinado pelos resultados da amostragem pormenorizada devendo os pontos de inspeção, amostragem e medida estarem tão proximamente espacejados e o caráter geológico tão bem definido que as dimensões, a forma e o teor da substância mineral possam ser perfeitamente estabelecidos. A tonelagem e o teor computados devem ser rigorosamente determinados dentro dos limites estabelecidos, os quais não devem apresentar variação superior ou inferior a 20% (vinte por cento) da quantidade verdadeira.
RESERVA INDICADA - A tonelagem e o teor do minério computados parcialmente de medidas e amostras específicas, ou de dados de produção, e parcialmente por extrapolação até distância razoável, com base em evidências geológicas.
RESERVA INFERIDA - Estimativa feita com base no conhecimento da geologia do depósito mineral, havendo pouco ou nenhum trabalho de pesquisa.
VALOR DA PRODUÇÃO BRUTA - Valor de mercado da quantidade de minério bruto. VALOR DA PRODUÇÃO BENEFICIADA - Valor de mercado da produção beneficiada.
TAXA MÉDIA CAMBIAL (R$/US$) - média ponderada em relação ao numero de dias úteis do ano da Taxa Cambial – Valor de compra.
FIGURAS
Figura 1- Preços médios de cimento por região - 2008 R$/saco de 50 kg 13
Figura 2 - Preços Internacionais do Cimento Portland em 2008 - US$/t 14
Figura 3 - Número de Fábricas de Cimento por Região no Brasil 15
Figura 4 - Participação dos grupos no mercado (%) -2007 17
Figura 5 - Concentração dos grupos no mercado - 2007 18
Figura 6 - Capacidade atual e instalada - 2012 (milhões t) 29
Figura 7 - Pessoal ocupado em 31/12 31
Figura 8 - Consumo específico de energia térmica - 2003 33
Figura 9 - Consumo específico de energia elétrica - 2003 33
Figura 10 - Consumo de energia na indústria do cimento - 2007 34
Figura 11 - Emissão de Kg de CO2 35
Figura 12 - Produtividade da indústria 2004/2007 36
Figura 13 - Processo de produção do cimento 38
Figura 14 - Participação total dos tributos e custos no preço do cimento (%) – 2007 39
Figura 15 - Participação dos tributos no preço do cimento (%) - 2007 39
Figura 16 - Impostos sobre as vendas (%) - 2007 40
Figura 17 - Evolução da produção de cimento no Brasil – 1970/2008 (mil t) 41
Figura 18 - Vendas de cimento por Região (%) – 2007 43
Figura 19 - Vendas por segmento (%)- 2007 43
Figura 20 - Principais produtores mundiais (%) - 2008 45
Figura 21 - Evolução do Crescimento do Consumo no Mundo - Milhões t 47
Figura 22 - Crescimento do Consumo por Países (%) - 2008 47
Figura 23 - Os 10 maiores exportadores em 2008 - Milhões t 48
Figura 24 - Os 10 maiores importadores em 2008 – Milhões t 48
Figura 25 - Principais companhias no mundo em 2008 - Milhões t 48
Figura 26 - Consumo aparente 1970/2008 - (Milhões t) 50
Figura 27 – Projeções 2010/2030 (três cenários) – mil t 52
TABELAS
Tabela 1- Produção brasileira de cimento portland - 2006/2008 12
Tabela 2- Tipos de Cimento no Brasil 13
Tabela 3- Evolução dos preços médios nominais do Cimento – R$/saco de 50 kg 13
Tabela 4 - Faturamento das empresas de cimento no Brasil - 2005/2007 14
Tabela 5 – Principias grupos em atuação na produção de cimento- 2007 15
Tabela 6- Produção e Despachos (mil t) 18
Tabela 7 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões 19
Tabela 8 - Produção e Despachos (mil t) 20
Tabela 9 - Despachos de Cimento - mil t 20
Tabela 10 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões 21
Tabela 11 - Produção e Despachos (mil t) 22
Tabela 12- Produção e Despachos (mil t) 22
Tabela 13 - Produção e Despachos (mil t) 23
Tabela 14 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões 24
Tabela 15 - Produção e Despachos (mil t) 24
Tabela 16 - Produção e Despachos (mil t) 25
Tabela 17 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões 25
Tabela 18 - Produção e Despachos (mil t) 26
Tabela 19 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões 26
Tabela 20 - Certificação da empresa LIZ 27
Tabela 21 - Despachos (mil t) 28
Tabela 22 - CP Cimento - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões 28
Tabela 23 - Fábricas integradas e moagens de cimento por região - 2008 29
Tabela 24 - Reservas de Calcário - 2005 (mil t) 32
Tabela 25 - Consumo de energia de cimento (103 tep) 34
Tabela 26 - Consumo de energia de cimento (%) 34
Tabela 27 - Modais de transportes (mil t) 39
Tabela 28 - Produção brasileira de Cimento - 1970/2008 (mil t) 41
Tabela 29 - Distribuição regional da produção 42
Tabela 30 - Distribuição regional dos despachos 42
Tabela 31 - Vendas de cimento por Região/Segmento - 2007 (mil t) 43
Tabela 32 - Saldo da Balança Comercial - US$ mil 44
Tabela 33 - Produção Mundial de Cimento, mil t 45
Tabela 34 - Consumo mundial 2006/2008 (mil t) 46
Tabela 35- Consumo aparente - 1970/2008, mil t 49
Tabela 36 - Cenários 51
Tabela 37 - Cenários para o futuro da economia brasileira 52
Tabela 38 – Projeção do consumo de cimento - 1000 t 52
Tabela 39 - Projeção dos investimentos 53
Tabela 40- Projeção da Mão-de-Obra 53
Tabela 41 - Primeira projeção do consumo de cimento 58
Tabela 42 - Segunda projeção do consumo de cimento - 1000 t 58
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
O cimento, elemento-chave para a produção de concreto, é o material de construção mais utilizado mundialmente, sendo o principal insumo da construção civil. O cimento é feito basicamente a partir de uma mistura de calcário e argila. Estas matérias-primas, calcinadas a altas temperaturas, dentro de um forno rotativo horizontal de grandes dimensões, produz um insumo intermediário denominado clínquer, que corresponde à primeira etapa de fabricação. A mistura do clínquer com uma pequena proporção de gesso, misturado no final do processo produtivo, gera o cimento. Para cada tonelada de cimento, é necessário o emprego de 1,4 toneladas de calcário. Por isso, para diminuir o custo do transporte, as fábricas se localizam, quase sempre, junto às jazidas desta matéria-prima. O calcário, por sua vez, é relativamente abundante na natureza, embora a qualidade e porte das jazidas sejam variáveis. No mundo a produção de cimento atingiu 2,9 bilhões de toneladas em 2008, com crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior, destacando-se a China como o maior produtor com 50%, Índia 6%, USA 3,1%, Japão 2,3% e Rússia 2,1%. O Brasil em uma participação de 1,7% no total mundial. Quanto ao consumo, A China também é o principal consumidor com 53,4%, seguido da índia com 6,7%, USA com 2,8% e o Brasil com 1,8%, dados estimados para 2009. O cimento é produzido no mundo por poucos grandes players, característica de oligopólio natural, destacando-se os grupos: Holcim (Suíça), Lafarge (França), Cemex (Reino Unido), Heidelberger (Alemanha), Italcement (Itália), dentre outros. No Brasil operam no mercado 10 grupos empresariais, com 65 plantas distribuídas por 21 estados e o Distrito Federal, sendo 47 integradas 18 unidades de moagem. Dos grupos, oito concentram 86,5% do total da produção e dos despachos do produto, caracterizando um alto índice de concentração, não distante da média mundial. Os grupos nacionais têm uma participação de 66% no mercado, contra 23% dos grupos estrangeiros. A capacidade instalada de produção é de cerca de 62 milhões de toneladas, sendo o nível médio de utilização de 75%, em 2007. A região Sudeste concentra o maior numero de fábricas, com 32 unidades, sendo o mais importante centro de produção (50,7%), despachos (51,1%), pessoal ocupado na indústria de construção (54,0%) e valor das construções (56,3) do total vindo em seguida às regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte, respectivamente. Dentre as diversas fontes de energia para a indústria do cimento, o coque do petróleo é a principal com uma participação de 68,7% no total. A logística na indústria do cimento é de fundamental importância, com a localização da fábrica perto das jazidas de calcário (principal matéria-prima) e do centro consumidor, devido o cimento ter uma baixa relação preço/peso, que é bastante onerada pelo frete, além do impacto dos custos dos combustíveis e outros derivados do petróleo. A distribuição de cimento é feita em todo território nacional através dos modais de transporte, destacando o transporte rodoviário como o mais importante para escoar a produção das fábricas, participando com 93% do total transportado. Em seguida vem o modal ferroviário com 3,6% e o modal hidroviário com 3,2%. Nos últimos anos, os principais avanços tecnológicos do processo produtivo tem-se concentrado nas áreas de automação industrial e controle de processo, visando à redução do consumo de energia elétrica e de combustíveis, além de melhorias ambientais. As perspectivas favoráveis para a indústria do cimento nos próximos dois anos dependem do comportamento da economia brasileira, estando correlacionadas com o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto e do desempenho da construção civil. As projeções indicam uma demanda de cimento de 135.318 mil toneladas, US$ 27 bilhões de investimentos, e 62.000 empregados em 2030, considerando o cenário 2 - vigoroso.
2. RECOMENDAÇÕES
A indústria de cimento é organizada num mercado com características de oligopólio, onde um pequeno grupo de grandes empresas opera em todas as regiões do Brasil. O mercado é regionalizado e distribuído por todo o território brasileiro, apresentando preços diferenciados nas regiões mais distantes, devido ao custo de transporte.
O compromisso para atendimento do mercado está registrado nos planos de investimentos programados até 2012, conforme indicado na Figura 6. O consumo de cimento depende do fortalecimento do mercado interno, com o incremento da construção civil, obras de infra-estrutura de grande porte, construções habitacionais para baixa renda e classe média, etc.
O baixo consumo de cimento no Brasil é reflexo do nível de renda dos consumidores, que precisa ser elevado com políticas industriais que gerem emprego, objetivando aumentar o poder aquisitivo da população.
A indústria do cimento tem um papel relevante e importante no desenvolvimento da infra- estrutura econômica e social do Brasil. Desta forma, num país de dimensões continentais, onde as fábricas são distribuídas em todo território nacional, devem ser feitos esforços no sentido de atender o mercado interno nacional, mas também regional, com um nível de preço acessível à população e volume adequado, além de contribuir para o aumento das exportações.
O continuado apoio do sistema BNDES ao setor de cimento com créditos específicos aos investidores se faz necessário para a manutenção do desenvolvimento nacional e o pleno atendimento do consumidor brasileiro.
O continuado apoio da Caixa Econômica Federal no financiamento habitacional, objetivando reduzir o déficit habitacional, se faz necessário como importante ferramenta para ativar a demanda por material de construção em geral.
O setor deve incrementar o grau de automação dos processos produtivos, aumentando os investimentos em tecnologia de controle ambiental e em pesquisa para o desenvolvimento do produto.
O setor deve também divulgar indicadores de emissão de poluentes, estabelecendo as metas futuras, como já acontece em outros países.
Outro fator que deve ser levado em consideração se refere ao aumento da capacidade produtiva, onde a indústria necessita manter um patamar mínimo de eficiência. Quanto maior a capacidade produtiva dos fornos, em decorrência da existência de economias de escala, menores os custos de produção e, consequentemente, maior a eficiência e a competitividade do produtor.
3. ITENS DE DETALHAMENTO
3.1. Característica da Indústria
A indústria de cimento possui características peculiares, que a torna distinta de outros tipos de indústrias em muitos aspectos. Essas características possuem diferentes origens e causam distinções de intensidades variáveis dependendo de qual bem mineral, dentro de um extenso elenco de bens minerais ligados à indústria, esteja em consideração.
Mais importante do que a descrição do processo produtivo é a menção a algumas das características do setor, que, como será vista, determinam em grande parte a estrutura da indústria e do mercado do cimento.
a) Alto nível de concentração de grupos na produção, caracterizando uma indústria intensiva de capital e grandes escalas de produção. A escala mínima estimada de produção é de um milhão de toneladas ano de capacidade instalada, com investimentos estimados de US$ 200 a US$ 300 por tonelada de capacidade;
b) A localização da fábrica perto do mercado consumidor é de fundamental importância, devido ao custo de transporte;
c) A indústria do cimento tem como principal matéria-prima de consumo o calcário, necessitando que as jazidas sejam localizadas perto da unidade de fabricação;
d) O tempo necessário para implantação de uma fábrica, desde o lançamento do projeto até o início da produção, leva em média de três a cinco anos;
e) As jazidas de calcário de boa qualidade e próximas das fábricas e do mercado consumidor é uma das vantagens competitivas entre as indústrias;
f) A indústria de cimento recebe diretamente a influencia do aquecimento do mercado de construção civil e do desempenho da economia;
g) A reduzida participação do cimento no comércio internacional faz com que as empresas busquem novas oportunidades, com a internacionalização de suas atividades, como o caso da Votorantim e Camargo Corrêa;
h) A indústria de cimento é subdividida em vários mercados regionais, com fábricas instaladas em 21 estados e no Distrito Federal (Junho de 2008);
i) O mercado consumidor define a segmentação regional, fazendo com que o maior número de fábricas esteja localizadas na região Sudeste, onde ocorre a maior demanda;
j) As matérias-primas mais importantes para a indústria de cimento são o calcário e a argila, bens minerais existentes em todo território brasileiro, com certa abundancia na natureza;
k) A indústria do cimento tem um parque industrial de última geração e alto grau de desenvolvimento, comparável aos principais produtores mundiais;
l) As indústrias de construção civil são as que se utilizam e demandam maior quantidade de cimento, sendo um produto que apresenta as mesmas especificações, com processo de fabricação semelhante em todo o mundo;
m) A indústria de cimento brasileira é moderna e tecnologicamente atualizada, sendo, por exemplo, o consumo médio de energia por tonelada de cimento produzido no país de 93 kWh/t, enquanto nos Estados Unidos esse consumo é da ordem de 146 kWh/t;
n) A indústria do cimento contribui de forma efetiva para redução de poluentes, queimando em seus fornos resíduos de outros setores, como os de petróleo, química, automóveis, pneus, papel, entre outros;
3.2. Característica do produto
a) Produto de baixa substituição, estando presente em qualquer tipo de construção;
b) É o insumo básico do concreto, que é o material mais consumido no planeta depois da água;
c) É um produto com características homogêneas, com variedades limitadas de tipos, tendo especificações e processo de fabricação semelhante em todo o mundo;
d) O cimento é consumido o ano inteiro, exceto na época de chuvas, quando cai o ritmo das construções;
e) O estoque de cimento precisa estar presente durante todo o cronograma da construção, sem que haja necessidade de interrupção;
f) O cimento produzido é distribuído em todo o Brasil, através da cadeia de revenda;
g) É um produto que precisa ser transportado em grande quantidade devido ao baixo valor unitário, para compensar o custo do transporte;
h) Como o cimento é um produto de baixo valor específico, o custo do frete tem um grande peso no seu valor final. Esta característica atua de forma a dificultar o comércio, entre as diversas regiões e propicia a segmentação do mercado nacional, induzindo a desconcentração geográfica da produção e a repartição dos mercados regionais entre um numero relativamente pequeno de grandes produtores;
i) É o mais importante produto base na construção;
j) O cimento é um produto perecível, impedindo de ser estocado por muito tempo, com vida útil de até 90 (noventa) dias;
k) O aprimoramento das técnicas de produção levou à perfeita homogeneidade do produto, com variedade limitadas de tipos e especificações e processo de fabricação semelhantes em todo o mundo;
l) O cimento representa uma parcela pequena no custo de uma obra residencial, estimada em cerca de 7% a 9%;
3.3. Caracterização do produto
O cimento é um aglomerante hidráulico resultante da mistura de calcário e argila, calcinada em fornos. As matérias primas utilizadas na fabricação de cimento devem conter Cálcio (Ca), Silício (Si), Alumínio (Al) e Ferro (Fe), pois são estes os elementos químicos que, combinados, vão produzir compostos hidráulicos ativos.
Os materiais corretivos mais empregados na indústria do cimento são areia, bauxita e minério de ferro. A areia é utilizada quando ocorre deficiência em SiO2; a mistura de óxidos de alumínio hidratados é utilizada quando ocorre deficiência em alumínio nas matérias primas; e o minério de ferro (geralmente hematita) é utilizado quando ocorre deficiência em ferro.
O cimento Portland é o aglomerante hidráulico obtido pela pulverização do clínquer portland, resultante da calcinação até fusão incipiente (20 a 30% de fase líquida) de uma mistura dosada de materiais calcários e argilosos sem adição posteriores de outras substâncias a não ser gipsita (sulfato de cálcio). A adição de gipsita, feita após a clinquerização (4% em média), tem a finalidade de regular o tempo de início da pega. A mistura para a fabricação deste clínquer tem uma composição aproximada de 76% de calcário e 24% de rochas argilosas (argilas, xistos, ardósias, escórias de alto forno). Assim, chega-se a uma especificação média para os calcários destinados à fabricação de cimento. Eles devem ter mais de 75% de CaCO3, menos de 3% de MgO e menos de 0,5% de P2O5.
O cimento aluminoso é o aluminato de cálcio resultante da fusão de uma mistura de calcário, coque e bauxita. Os cimentos aluminosos são mais resistentes à ação da água do mar. São tidos como especiais e sua composição é CaO (35 a 42%), Al2O3 (38 a 40%), SiO2 (3 a 11%) e Fe2O3 (2 a 15%).
O cimento pozolânico provém das pozolanas, que são substâncias que, mesmo quando são cimentosas, possuem constituintes que combinam com a cal hidratada, em temperatura normal e em presença de unidade para formar compostas insolúveis de poder cimentoso.
As pozolanas podem ser naturais (tufos, cinzas vulcânicas, terras diatomáceas) ou artificiais (escórias de alto forno, argilas calcinadas, tijolos e telhas moídas). Estas, quando misturadas com cal hidratada ou com cimento portland são muito utilizadas em construções, pois são resistentes ao calor e a agentes químicos.
As matérias-primas para a fabricação do cimento portland são o calcário, a argila e o gesso. O calcário fornece o óxido de cálcio; a argila fornece a sílica, o óxido de alumínio e o óxido de ferro para a formação dos constituintes mencionados. O gipso (gipsita) é um ingrediente adicionado ao clínquer e moído conjuntamente, tem por finalidade retardar o tempo de pega do cimento.
3.4. Produção dos últimos três anos
A indústria do cimento alcançou um recorde de produção em 1999 quando atingiu cerca de 40,2 milhões de toneladas, passando por quedas na produção nos anos seguintes, com um mínimo alcançado de 35,1 milhões de toneladas, em 2003. A produção brasileira voltou a crescer nos últimos anos, passando de 41,9 milhões de toneladas em 2006 (novo recorde) para 51,9 milhões de toneladas em 2008, indicando um crescimento de 23,9%. Diversos fatores contribuíram para esta evolução destacando:
a) Aumento do consumo das construtoras, especialmente a indústria de construção imobiliária, voltada para a habitação;
b) Aumento da oferta do crédito imobiliário e queda nas taxas de juros;
c) Capitalização das construtoras e incorporadoras que abriram o capital, passando a fazer parte da Bolsa de valores;
d) Aumento da renda e massa salarial no País, como reflexo dos indicadores positivos da economia brasileira, destacando os estímulos dos investimentos em diversos setores; Destaca-se a importância do consumo “formiga”, caracterizado por obras feitas pelos próprios moradores em construções de mutirão ou ampliação e reformas de residências que tem peso de 23% no consumo total (SNIC,2006).
e) Aumento das obras em infra-estrutura, com a implantação do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento.
Tabela 1- Produção brasileira de cimento portland - 2006/2008
Produção (milhões de t) | 2006 | 2007 | 2008 |
Brasil | 41,9 | 46,6 | 51,9 |
Fonte: Press Kit 2008, SNIC; U.S Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, January 2009.
A região Sudeste concentra 50,9% da produção, seguida pelas regiões Nordeste (20,2%), Sul (14,3%), Centro-Oeste (11,2%) e Norte (3,4%), em 2007. Dispõe de um parque industrial de última geração e alto grau de desenvolvimento, comparável aos principais produtores mundiais. O cimento é produzido em 21 Unidades da Federação e no Distrito Federal, destacando-se o Estado de Minas Gerais como o maior produtor nacional com 22,3%, seguido de São Paulo (15,5%), Paraná (9,8%), Rio de Janeiro (5,9%), Distrito federal (6,0%), Sergipe (5,7%), Rio Grande do Sul (3,6%) e os demais Estados com 31,2%.
Em 2006, os tipos de cimento mais produzidos foram o cimento Portland CP II (63,6%) e o CP III (16,3%).
3.5. Preço de mercado por tipo de produto
O mercado de cimento é caracterizado por diversos tipos de produto, sendo classificado de acordo com sua composição ou segundo sua resistência à compressão. Os tipos disponíveis no mercado são:
Tabela 2 - Tipos de Cimento no Brasil
1. Cimento Portland Comum (CP I)
a. CPI - Cimento Portland Comum
b. CPI-S- Cimento Portland Comum com adição
2. Cimento Portland Composto (CP II)
a. CP II-E - Cimento Portland Composto com Escória
b. CP II-Z - Cimento Portland Composto com Pozolona
c. CP II-F - Cimento Portland Composto com Fíller
3. Cimento Portland de Alto Forno (CP III)
4. Cimento Portland Pozolânico (CP IV)
5. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
6. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)
7. Cimento Portland de baixo Calor de Hidratação (BC)
8. Cimento Portland Branco (CBP)
Fonte: Valor: Analise Setorial da Indústria do Cimento, 2008.
Os mais comercializados no mercado nacional são os três tipos de cimento composto CP II, representando cerca de 63,6% na produção atual do País, em 2006.
Nos últimos três anos os preços médios aumentaram 16,6%, sendo que em 2008 o preço manteve-se estável em relação ao ano anterior. A distância da fábrica até o consumidor faz com que os custos de transporte influenciem na composição final do preço do cimento. O preço nas regiões importadoras de cimento é, portanto, mais elevado, situando-se acima do praticado nas regiões que dispõem de oferta adequada à sua demanda (Fig.1).
Tabela 3 - Evolução dos preços médios nominais do Cimento – R$/saco de 50 kg
Anos | Preços |
2006 | 16,4 |
2007 | 19,6 |
2008 | 19,1 |
Fonte: Valor: Analise Setorial da Indústria do Cimento, 2008.
Figura 1- Preços médios de cimento por região - 2008 R$/saco de 50 kg
Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos dados do SNIC.
Com a crise mundial em 2008 e reflexo na economia brasileira em 2009, o governo brasileiro tomou algumas medidas para incentivar o consumo de alguns setores, inclusive o da construção civil.
Segundo Xxxxxxx Xxxxxxx, da FGV, alguns materiais de construção foram beneficiados com redução do IPI, destacando o cimento como principal produto deste setor, que teve a alíquota reduzida de 4% para zero, influindo na redução do custo médio em 4,5%. Afirma ainda que, a cadeia de construção tem mais elos que outros setores, o que posterga e dificulta o repasse integral da queda do imposto no consumidor final. Ele acredita, porém, que as reduções ainda possam ser mais intensas, já que o setor de construção foi o último a ser desonerado.
Estimativas do mercado é que os preços possam diminuir para o consumidor final, cerca de 5% a 8%.
O preço do cimento nacional cotado em US$ situa-se abaixo da média mundial. O preço médio por tonelada de cimento, em 2008, ficou em torno de US$ 78, no Brasil. Nos Estados Unidos o preço médio por tonelada de cimento situou-se em torno de US$ 110, Canadá US$ 115, México US$ 111, Argentina US$ 66 e Venezuela US$ 100.
Figura 2 - Preços Internacionais do Cimento Portland em 2008 - US$/t
Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos dados do SNIC.
3.6. Valor da Produção Mineral
Para o valor da produção mineral do cimento foi considerado o valor do faturamento dos grupos componentes do mercado, que evoluiu conforme a indicação na tabela abaixo.
Tabela 4 - Faturamento das empresas de cimento no Brasil - 2005/2007
Faturamento | 2005 | 2006 | 2007 |
R$ bilhões | 10 | 10 | 12 |
US$ bilhões | 4,1 | 4,6 | 6,2 |
Fonte: SNIC, Press Kit 2008
O faturamento em 2006 manteve-se estável em relação a 2005, cerca de R$ 10 bilhões, apesar dos despachos terem crescido 8,7%. Em 2007, o faturamento cresceu 20% passando para R$
12 bilhões, enquanto os despachos cresceram 9,5%. Considerando os valores em dólar, o faturamento é crescente, evoluindo no período 51,2%.
3.7. Qualificação empresarial dos grupos empresariais
A indústria de cimento no Brasil apresenta um total de 65 fábricas, pertencentes a 10 grupos industriais nacionais e estrangeiros, atuando no mercado com 32 empresas. Dos dez grandes grupos em operação no mercado brasileiro, oito deles concentram 86,5% do total da produção e dos despachos do produto em 2007.
Os cinco principais grupos nacionais responsáveis pela produção de cimento no Brasil em 2007, são: Votorantim (41,7%), Xxxx Xxxxxx (11,9%), Xxxxxxx Xxxxxxx (7,2%), (2,8%), Itambé (2,0
%). Os três principais estrangeiros são: Cimpor (9,5%), Holcim (7,7%) e Lafarge (5,5%). O restante cerca de 11,8% é produzido pelos grupos nacionais C.P. Cimento e Cimentos Liz. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento – SNIC, cerca de 95% das instalações de uma fábrica de cimento são produzidas em território nacional por filiais dos grandes grupos industriais líderes desse setor. A capacidade instalada do país é de 62 milhões de toneladas. O mercado nacional é regionalizado em todo o país, sendo distribuído por 21 estados e o Distrito Federal (Tabela 5).
Das 65 fábricas existentes no País, 32 estão localizadas no Sudeste concentrando 49,2% do total. Em seguida vem à região Nordeste com 15 fábricas com 23%, regiões Centro-Oeste e Sul com 10,8% cada e a região norte com quatro fábricas, representando 6,2%.
Figura 3 - Número de Fábricas de Cimento por Região no Brasil
35
30
25
20
15
10
5
0
Norte
32
15
4
7
7
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Tabela 5 – Principias grupos em atuação na produção de cimento- 2007
Empresas/regiões | Município | UF | No. De Fábricas | Grupo Empresarial |
Região Norte | ||||
Itautinga | Manaus | AM | 1 | Grupo Xxxx Xxxxxx |
Cibrasa | Capanema | PA | 1 | Grupo Xxxx Xxxxxx |
Itaituba | Itaituba | PA | 1 | Grupo Xxxx Xxxxxx |
Barcarena | Barcarena | PA | 1 | Votorantim |
Total | 4 | |||
Região Nordeste | ||||
Itapicuru | Codo | MA | 1 | Grupo Xxxx Xxxxxx |
Itapissuma | Fronteiras | PI | 1 | Grupo Xxxx Xxxxxx |
Sobral | Sobral | CE | 1 | Votorantim |
Xxxxxx | Xxxxxxxx | CE | 1 | Xxxx Xxxxxx |
Itapetinga | Mossoró | RN | 1 | Xxxx Xxxxxx |
Cimpor | Xxxx Xxxxxx | PB | 1 | Cimpor |
Caapora | Caapora | PB | 1 | Votorantim |
Itapessoca | Goiana | PE | 1 | Xxxx Xxxxxx |
Cimec | Suape | PE | 1 | Outros |
Cimpor | São M. dos Campos | AL | 1 | Cimpor |
Laranjeiras | Laranjeiras | SE | 1 | Votorantim |
Itaguassu | X.X.xx Socorro | SE | 1 | Xxxx Xxxxxx |
Mizu | Pacatuba | SE | 1 | Outros |
Cimpor | Campo Formoso | BA | 1 | Cimpor |
Cimpor | Brumado | BA | 1 | Cimpor |
Total | 15 | |||
Região Centro Oeste | ||||
Ciplan | Sobradinho | DF | 1 | Ciplan |
Sobradinho | Sobradinho | DF | 1 | Votorantim |
Cimpor | Cezarina | GO | 1 | Cimpor |
Cocalzinho | Cocalzinho | GO | 1 | Votorantim |
Nobres | Nobres | MT | 1 | Votorantim |
Camargo Corrêa | Bodoquena | MS | 1 | Camargo Corrêa |
Corumbá | Corumbá | MS | 1 | Votorantim |
Total | 7 | |||
Região Sudeste | ||||
Lafarge | Montes Claro | MG | 1 | Lafarge |
Camargo Corrêa | Santana do Paraíso | MG | 1 | Camargo Corrêa |
Lafarge | Matozinhos | MG | 1 | Lafarge |
Xxx | Xxxxxxxxxx | MG | 1 | Liz |
Holcim | Xxxxx Xxxxxxxx | MG | 1 | Holcim |
Xxxxxxx Xxxxxx | Xxxxx Xxxxxxxx | MG | 1 | Xxxxxxx Xxxxxx |
Lafarge | Arcos | MG | 1 | Lafarge |
Itaú de Minas | Itaú de Minas | MG | 1 | Votorantim |
Tupi | Carandaí | MG | 1 | C.P. Cimento |
Holcim | Barroso | MG | 1 | Holcim |
Camargo Corrêa | Ijaci | MG | 1 | Camargo Corrêa |
Lafarge | Santa Luzia | MG | 1 | Lafarge |
Holcim | Serra | ES | 1 | Holcim |
Itabira | C. do Itapemirim | ES | 1 | Xxxx Xxxxxx |
Mizu | Vitória | ES | 1 | Outros |
Rio Negro | Cantagalo | RJ | 1 | Votorantim |
Lfarge | Cantagalo | RJ | 1 | Lafarge |
Holcim | Cantagalo | RJ | 1 | Holcim |
Tupi | Volta Redonda | RJ | 1 | C.P. Cimento |
Volta Redonda | Volta Redonda | RJ | 1 | Votorantim |
Holcim | Sorocaba | SP | 1 | Holcim |
Santa Helena | Votorantim | SP | 1 | Votorantim |
Salto | Salto de Pirapora | SP | 1 | Votorantim |
Cubatão | Cubatão | SP | 1 | Votorantim |
Lafarge | Itapeva | SP | 1 | Lafarge |
Ribeirão Grande | Ribeirão Grande | SP | 1 | Votorantim |
Tupi | Mogi das Cruzes | SP | 1 | C.P. Cimento |
Camargo Corrêa | Apiaí | SP | 1 | Camargo Corrêa |
Cimpor | Cajati | SP | 1 | Cimpor |
RA participações | Jacareí | SP | 1 | Outros |
Mizu | Mogi das Cruzes | SP | 1 | Outros |
SP Cim | Suzano | SP | 1 | Outros |
Total | 32 | |||
Região Sul | ||||
Rio Branco | Rio Branco do Sul | PR | 1 | Votorantim |
Itambé | Balsa Nova | PR | 1 | Itambé |
Itajaí | Itajaí | SC | 1 | Votorantim |
Cimpor | Nova Santa Rita | RS | 1 | Cimpor |
Xxxxxx | Xxxxxx | RS | 1 | Votorantim |
Cimpor | Candiota | RS | 1 | Cimpor |
Xxxxxxxx Xxxxxxx | Xxxxxxxx Xxxxxxx | RS | 1 | Votorantim |
Total | 7 | |||
TOTAL GERAL | 65 |
Fonte: SNIC, 2007, elaborado pelo autor
3.8. O nível de concentração da produção
Os cinco principais grupos nacionais responsáveis pela produção de cimento no Brasil em 2007, são: Votorantim (41,7%%), Xxxx Xxxxxx (11,9%), Xxxxxxx Xxxxxxx (7,2%), Ciplan (2,8%), Itambé (2,0 %). Os três principais estrangeiros são: Cimpor (9,5%), Holcim (7,7%) e Lafarge (5,5%). O nível de concentração é alto, com os cinco principais grupos nacionais detendo 65,6% do mercado, enquanto os grupos estrangeiros detêm 22,6% da produção neste mesmo ano. Os outros são estimados em 11,8%.
Figura 4 - Participação dos grupos no mercado (%) -2007
Fonte: Valor: Analise setorial da Indústria do Cimento, 2008. Elaborado pelo autor.
Figura 5 - Concentração dos grupos no mercado - 2007
Fonte: Elaborado pelo autor com base na Fig.4
3.9. Perfil dos Grupos empresariais
3.9.1. Grupo Votorantim
a) Estrutura
Possui 17 fábricas instaladas em todo território nacional, operando no mercado através da Holding Votorantim Cimentos, comercializando cinco marcas, sendo a marca “Poty” direcionada mais ao Nordeste e a “Aratu” produzida apenas na fábrica de Sergipe. As marcas “Itaú” e “Tocantins” são, de um modo geral, mais direcionadas para o Centro-Oeste e a marca “Votoran”, mais ao Sul e ao Sudeste. Reúne ainda um grupo de empresas que opera nos segmentos de argamassa, rejuntamento, cal, concreto, gesso, calcário agrícola e agregados.
b) Produção e Despachos
Tabela 6- Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2004 | 13.941 | 13.969 |
2005 | 14.472 | 14.299 |
2076 | 16.239 | 16.170 |
2007 | 18.460 | 18.034 |
2008 | 3.164 (1) | 3.070 (1) |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008
(1) - Jan/fev de 2008
c) Desempenho financeiro
O grupo Votorantim teve uma receita liquida de R$ 30,4 bilhões em 2007, superior em 5% em relação a 2007. A área de cimentos responde por 19% da receita do Grupo. A receita líquida da área de cimentos apresentou incremento de 7,7% em 2007, quando se compara com o ano de 2006. Analisando os dados da série histórica verifica-se no período de 2002/2007 uma tendência crescente, incrementando cerca de 39,4%.
Tabela 7 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões
Anos | Receita líquida | Investimentos | Ebitda |
2002 | 4.106 | 318 | 2.033 |
2003 | 4.694 | 428 | 2.238 |
2004 | 4.825 | 428 | 1.807 |
2005 | 4.696 | 517 | 1.362 |
2006 | 5.199 | 606 | 1.291 |
2007 | 5.600 | n.d. | 1.600 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
Os investimentos apresentam também uma tendência de crescimento, sendo previstos no setor de cimento aplicações de R$ 2 bilhões para o período de 2008 a 2012.
d) Responsabilidade social e ambiental
A responsabilidade social do grupo indica investimentos de R$6 milhões em programas voltados à educação profissional de jovens, voltados para o mercado de trabalho.
A preocupação com o desenvolvimento sustentável é registrada pelo tratamento dos resíduos industriais em fornos de cimento, sendo co-processados em 2007 um volume de 400.000 toneladas de resíduos, especialmente pneus usados, solventes químicos, óleos e materiais inservíveis.
A Votorantim Cimentos participa ainda do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) - Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável e comprometeu-se a realizar ações definidas pelo comitê de Sustentabilidade da Indústria Cimenteira.
e) Certificação
O grau de incidência de certificados do Grupo Votorantim tem as seguintes Certificações: ISO 14001-2004; ISO 9000-2000; OHSAS 18001- 1999; SA 8000-2000; e SGI - VCPS (Co-
processamento).
f) Planos de expansão e investimentos
Dentro dos planos de negócios do grupo, a Votorantim Cimentos planeja investir R$3,2 bilhões para elevar a produção de 25 milhões de toneladas para 39 milhões de toneladas entre 2007 e 2011.
3.9.2 Grupo Xxxx Xxxxxx
a) Estrutura
O grupo Xxxx Xxxxxx possui 10 fábricas e com a marca “Nassau” atua nas regiões do Nordeste, onde tem o maior mercado representando 47% de seus despachos, seguido da região Norte com 28,3% e a região Sudeste com 24,7%.
b) Produção e Despachos
Tabela 8 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2003 | 4.217 | 4.192 |
2004 | 4.486 | 4.497 |
2005 | 4.974 | 4.995 |
2006 | 5.079 | 5.074 |
2007 | 5.548 | 5.526 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
3.9.3 Grupo Camargo Corrêa
a) Estrutura
Possui seis fábricas instaladas em todo território nacional, operando no mercado através da Camargo Corrêa Cimento, que participa do mercado brasileiro com a marca “Cauê” e pela Loma Negra, líder no mercado Argentino. Atua no Sudeste com cinco fábricas e uma fábrica em Mato Grosso do Sul, na região do Centro-Oeste.
b) Despachos de cimento
O desempenho das vendas tem como principal produto o “cimento cinza” que atingiu 3,4 milhões de toneladas em 2007, com crescimento de 10% em relação a 2006, sendo o produto de maior contribuição para a receita líquida.
Tabela 9 - Despachos de Cimento - mil t
Anos | Cimento Cinza | Cimento Branco |
2004 | 2.700 | 65 |
2005 | 2.900 | 74 |
2006 | 3.100 | 92 |
2007 | 3.340 | 103 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
c) Desempenho financeiro
A Camargo Corrêa Cimento teve uma receita liquida de R$ 584 milhões em 2007, superior em 20,7% % em relação a 2006, quando se observa no histórico que as vendas estavam caindo desde 2004 até 2006. As vendas em 2007 foram impulsionadas pelo elevado ritmo do setor de construção. A margem bruta que vinha decrescendo, voltou a crescer em 2007.
Tabela 10 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões
Anos | Receita líquida | Xxxxx Xxxxx | Xxxxxx Xxxxx (%) |
2004 | 624 | 428 | 36 |
2005 | 506 | 517 | 16 |
2006 | 484 | 606 | 15 |
2007 | 584 | n.d. | 9 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
n.d. não disponível.
d) Responsabilidade social e ambiental
A responsabilidade social do grupo indica ações no “Programa Infância Ideal”, do Instituto Camargo Corrêa, na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais.
A preocupação com o desenvolvimento sustentável é registrada pelas operações de co- processamento com a queima de resíduos industriais transformados em energia, quando foram queimados em 2007, 18 mil toneladas de materiais, sendo três mil só de pneus.
A Camargo Corrêa Cimentos encaminhou para a ONU (Organização das Nações Unidas) dois projetos para vendas de crédito de carbono, sendo que o primeiro refere-se à troca de óleo combustível por gás natural na produção de cimento branco e na secagem de escória em Xxxxx Xxxxxxxx. O segundo refere-se à substituição do coque por moinha na unidade de Ijaci, em Minas Gerias.
e) Certificados
O grau de incidência de certificados foi realizado em duas fábricas da empresa - (Bodoquena e Ijaci), conquistando o ISO 14000, de meio ambiente, estando em andamento os processos de certificação das unidades de Xxxxx Xxxxxxxx e Apiaí. Todas as unidades do Grupo Camargo Corrêa receberam a ISO 9002, em 1999.
f) Planos de expansão e investimentos
Dentro dos planos de negócios do grupo, o setor de cimento tem previsto plano de expansão, com investimentos previstos de R$ 4 bilhões para os próximos cinco anos.
3.9.4 Grupo Cimpor
a) Estrutura
O grupo Cimpor é internacional, estando presente em 11 países: Portugal (matriz), Espanha, Moçambique, Marrocos, Brasil (1997), Tunísia, Egito, África do Sul, Cabo Verde, Turquia e China. Ocupa a 3ª. Posição no mercado brasileiro com 9,5% e é o principal grupo estrangeiro no País. A Cimpor Cimentos do Brasil Ltda. é uma subsidiária da Cimpor - Cimentos Portugal. A empresa opera em vários segmentos, como: mineração e extração de matérias-primas; co-processamento de resíduos; fabricação, comercialização e distribuição de clínquer; cimento; concreto e argamassas. Opera com oito unidades industriais no Brasil, com capacidade instalada de seis milhões de toneladas por anos.
b) Produção e Despachos
Tabela 11 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2005 | 3.683 | 3.669 |
2076 | 3.889 | 3.824 |
2007 | 4.393 | 4.238 |
2008 | n.d. | 4.500 * |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
* Estimado. n.d. não disponível.
c) Responsabilidade social e ambiental
A Cimpor é vinculada ao World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que reúne 190 companhias de 30 atividades industriais de 30 países no mundo. A preocupação com o desenvolvimento sustentável se dá com o compromisso de estabelecer projetos para proteção ao clima, redução da emissão de carbono, uso responsável de combustíveis e matérias-primas, saúde e segurança do trabalho, redução de emissão de poluentes.
d) Certificação
O Grupo Cimpor obteve as certificações de Gestão Ambiental ISO 14001:2004 e de Saúde e Segurança no Trabalho OHSAS 18001:2007 nas unidades de São Miguel dos Campos, Candiota e Nova Santa Rita, e manutenção das mesmas nas unidades de Xxxx Xxxxxx, Cajati e Brumado. Obteve também certificação de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000 em oito centrais de betão pronto e manutenção da mesma em outras nove centrais, bem como em todas as unidades de produção de cimento e nos escritórios de Recife e São Paulo.
Obtenção da certificação de Qualidade ISO 9001:2000 em todas as unidades de produção de cimento e argamassas, bem como nos escritórios de São Paulo e Recife, e renovação da certificação de Gestão Ambiental ISO 14001:2004 na fábrica de Xxxx Xxxxxx, conforme consta em seu relatório anual, 2006.
e) Planos de expansão e investimentos
Dentro dos planos de negócios do grupo, a Cimpor está implantando um projeto de investimento de R$ 400 milhões para aumentar sua capacidade de produção em mais 30%.
3.9.5 Grupo Holcim
a) Estrutura
Possui cinco fábricas instaladas em todo território nacional, operando no mercado através da Holcim Brasil S.A., subsidiária do Grupo Holcim, de origem Suíça. Tem duas fábricas em Minas Gerais (Xxxxx Xxxxxxxx x Xxxxxxx), uma no Rio de Janeiro (Cantagalo), uma no Espírito Santo (Vitória) e outra em São Paulo (Sorocroba).
b) Produção e Despachos
O desempenho da produção atingiu 3,6 milhões de toneladas de cimento em 2007, com crescimento de 21,6% em relação a 2006. Os despachos atingiram 3,6 milhões de toneladas em 2007, com crescimento de 10,7% em relação a 2006. Entre 2004 e 2007 a expansão média da produção foi de 7,4% e 7,2% nos despachos. Comercializa as marcas “Alvorada”, “Barroso”, “Ciminas” e “Paraíso”.
Tabela 12 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2004 | 2.901 | 2.878 |
2005 | 2.948 | 2.954 |
2006 | 3.225 | 3.203 |
2007 | 3.591 | 3.547 |
2008 | 530* | 546 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
* Estimado para jan/fev de 2008.
c) Desempenho financeiro
Em 2006, a Holcim do Brasil obteve um faturamento líquido de R$863 milhões e prejuízo operacional de R$ 146 milhões.
d) Responsabilidade social e ambiental
A responsabilidade social do grupo tem o foco na variante ambiental, como forma de obter lucro mantendo o desenvolvimento sustentável. A Holcim desenvolveu a metodologia de co- processamento para transformar resíduos em matéria-prima ou fonte de energia para produção de cimento.
e) Certificação
O Grupo Holcim tem a certificação ISO 9000 e os investimentos em meio ambiente lhe garantiram a obtenção da ISO 14001.
f) Planos de expansão e investimentos
A Holcim do Brasil pretende aplicar até 2011 cerca de R$ 2 bilhões em modernização e expansão da produção, incluindo a construção de uma nova planta.
3.9.6 Lafarge
a) Estrutura
A Lafarge, de origem Francesa está presente no mercado brasileiro desde 1959. A empresa atua no mercado em quatro Estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco, nos setores de cimento, gesso, concreto e agregados. Na área de cimento opera cinco fábricas, sendo quatro em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro.
b) Produção e Despachos
A produção atingiu 2,5 milhões de toneladas de cimento em 2007, com crescimento de 5,0% em relação a 2006. Os despachos atingiram 2,86 milhões de toneladas em 2007, expansão de 7,8% sobre 2006. Comercializa as marcas “Mauá“, “Campeão” e “Monte Claros”. A empresa possui capacidade de produção de cerca de três milhões de toneladas.
Tabela 13 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2003 | 2.264 | 2.446 |
2004 | 2.242 | 2.365 |
2005 | 2.500 | 2.399 |
2006 | 2.422 | 2.571 |
2007 | 2.540 | 2.823 |
2008 | n.d. | n.d |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
n.d. não disponível.
c) Desempenho financeiro
O desempenho da Lafarge é registrado pelo Faturamento líquido que aumentou 25,5% em 2007, impulsionada pelo aquecimento do setor de construção civil. As ações voltadas para otimização de processo e redução de custos foram implementadas, mais ainda os resultados que não foram alcançados, resultando ainda em prejuízos.
Tabela 14 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões
Anos | Faturamento Líquido | Prejuízo |
2006 | 550 | 31,3 |
2007 | 690 | 82,8 |
2008 | n.d | n.d |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
n.d. não disponível.
d) Responsabilidade social e ambiental
A contribuição do Grupo se dá através de suas ações em relação ao meio ambiente e sociedade, reconhecidas pela “Global 100”, revista canadense Corporate Knighs, que relaciona as cem corporações mais sustentáveis do mundo.
e) Certificação
Este grupo tem atuado ao longo dos anos em automação industrial, em mecanismos de controle de qualidade e em preservação do meio ambiente, tendo obtido o Certificado de Garantia de Qualidade ISO 9002, bem como selos do Inmetro e da ABS Quality Evaluations Inc.
3.9.7. Grupo Ciplan
a) Estrutura
A Ciplan é uma empresa familiar de capital nacional, fundada em 1968, atuando com uma fábrica no mercado do Distrito federal, nas unidades de negócios de cimento, agregados, argamassa e concreto. Sua atuação é mais concentrada em cimento na região Centro-Oeste, operando em outros estados especialmente nos segmentos de concreto e brita.
b) Produção e Despachos
A produção atingiu 1,3 milhão de toneladas de cimento em 2007, expansão de 8,3% em relação ao ano anterior. Os despachos atingiram 1,3 milhão de toneladas em 2007, expansão de 8,0% sobre 2006. Observa-se o salto no crescimento da produção e despachos de 67,8% e 73,3%, respectivamente, entre 2003 e 2007.
Tabela 15 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção mil t | Despachos mil t |
2003 | 786 | 775 |
2004 | 1.140 | 1.158 |
2005 | 1.137 | 1.124 |
2006 | 1.248 | 1.244 |
2007 | 1.319 | 1.343 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
c) Desempenho financeiro
A Ciplan registrou um Faturamento líquido de R$ 320 milhões em 2006, com perspectiva de atingir R$ 400 milhões em 2007.
d) Planos de expansão e investimentos
No período entre 2008 e 2009, o grupo pretende investir cerca de US$ 60 milhões para aumentar a capacidade instalada de 1,6 milhões para 2,0 milhões de toneladas.
3.9.8. Grupo Itambé
a) Estrutura
A Cia. de Cimento Itambé é uma das principais cimentarias do sul do Brasil, atuando com uma fábrica localizada no município de Balsa Nova, a 32 quilômetros de Curitiba, no Paraná, com capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas de cimento. É uma empresa que tem dois terços de suas ações nas mãos de cinco famílias paranaenses (Xxxxxxxx, Xxxxx, Xxxxxx, Xxxxxxx e Xxxxxxxxxx) e um terço pertence a Silcar, do Grupo Votorantim.
b) Produção e Despachos
A produção atingiu 938 mil toneladas de cimento em 2007, com crescimento de 11,9% em relação a 2006. Os despachos atingiram 939 mil de toneladas em 2007, expansão também de 11,9% sobre 2006. Quanto à produção, a empresa atingiu o maior pico em 1998, quando alcançou 952 mil toneladas, estando prevista a produção de 1.150 mil toneladas. Os tipos de cimento que a Itambé fabrica são: CP II-F-32 - Cimento Portland Composto com fíller; CP II-Z-32 – Cimento portland composto com pozolona; CP IV-32 - Cimento portland pozolânico; CP V - ARI - Cimento portland de alta resistência inicial e CP V-ARI RS- Cimento portland de alta resistência inicial e sulfatos. Atua também no comércio de brita, calcário e solobrita.
Tabela 16 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2003 | 840 | 842 |
2004 | 860 | 859 |
2005 | 829 | 829 |
2006 | 838 | 839 |
2007 | 938 | 939 |
2008 | 1.150* | n.d |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
*estimado; n.d - não disponível
c) Desempenho financeiro
O desempenho financeiro é registrado pelo Faturamento líquido que aumentou 90,6% entre 2006 e 2008.
Tabela 17 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões
Anos | Faturamento Líquido |
2006 | 202,4 |
2007 | 308,0 |
2008 | 385,0* |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
*estimado
d) Certificação
A empresa obteve o primeiro certificado ISO 9002 em 1996, sendo atualizado para a nova versão, quando recebeu a certificação do Sistema de Qualidade em ISO 9001, versão 2000, concedida pela SGS ICS. Uma outra certificação OHSAS 18001 foi obtida em agosto de 2005, sendo indicada para receber a certificação OHSAS 1800, 1ª versão em 2007.
e) Planos de expansão e investimentos
A Cia. de Cimento Itambé tem planos de investimentos de R$ 400 milhões nos próximos três anos para aumentar a capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas para 2,8 milhões de toneladas anuais a partir do segundo semestre de 2011.
3.9.9. Cimentos Liz
a) Estrutura
Possui uma fábrica instalada em Minas Gerias, nos limites dos municípios de Lagoa Santa e Vespesiano. É uma empresa integrada, com capacidade instalada de 1,8 milhão de toneladas, produzindo a marca “Liz”.
b) Produção e Despachos
O desempenho da produção e vendas vem apresentando quedas, significando dificuldades no mercado altamente competitivo, como o de Minas Gerais, com 13 fábricas. Os tipos de cimento ofertados são: LIZ CPII-E-32, LIZ CPII-E-40 e LIZ PREMIUM CP VARI.
Tabela 18 - Produção e Despachos (mil t)
Anos | Produção | Despachos |
2006 | 1.989 | 1.971 |
2007 | 1.876 | 1.841 |
2008* | 1.788 | 1.800 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
*previsão
c) Desempenho financeiro
A Empresa de Cimento Liz, apesar de apresentar queda na produção e vendas, o seu faturamento vem apresentando crescimento de cerca de 6,2% em relação a 2006 e previsão de 27,5% em relação a 2007, impulsionado pela recuperação dos preços do cimento.
Tabela 19 - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões
Anos | Faturamento | Resultado |
2006 | 344,2 | (3,9) |
2007 | 365,6 | (2,9) |
2008* | 466,3 | n.d |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
*estimado n.d. não disponível.
d) Responsabilidade social e ambiental
A responsabilidade social vem desde 2006, com a Política de Desenvolvimento Sustentável, integrando o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) - Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, que trata da preservação do meio ambiente. No seu programa de expansão a empresa pretende melhorar seu processo industrial e incorporar novas tecnologias para melhorar o desempenho ambiental. O projeto “Iniciativa de Sustentabilidade no Cimento” e participa dos grupos “Proteção climática” e “Saúde e Segurança dos Trabalhadores”. Tais programas objetivam a geração de renda e a educação ambiental.
e) Certificação
A empresa possui a Certificação ambiental ISO 14001, a Certificação ISO 9001 e tem a Certificação de Qualidade concedida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para todos os tipos de cimento, que são especificadas na Tabela 20.
Tabela 20 - Certificação da empresa LIZ
Certificado | Sistema | Objetivo | Foco |
ISO 9001 | Gestão de qualidade | Fornecer produtos de acordo | Satisfação dos clientes |
ISO 14001 | Gestão Ambiental | Garantir o controle eficiente dos índices ambientais e melhoria | Desempenho ambiental |
Marca de conformidade | Qualidade dos produtos | Todos os cimentos produzidos têm a certificação concedida pela ABNT |
f) Planos de expansão e investimentos
A Empresa de Cimentos Liz tem um programa de investimentos orçado em R$ 525 milhões, que vem sendo realizados desde 2007, pretendendo alcançar até 2011 uma capacidade de produção de 3,6 milhões de toneladas contra a atual de 1,8 milhão de toneladas.
3.9.10. CP Cimento
a) Estrutura
A CP cimento é uma empresa brasileira de capital nacional, com controle acionário de 74,9% da Cimento Tupi e de 93,2% da Cia. de Cimento Ribeirão Grandes (CCRG). Atualmente o controle pertence ao Grupo Votorantim. A CP Cimento possui três fábricas, operando em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com capacidade instalada de 2,4 milhões de toneladas. Utilizam marcas “Tupi” e “Ribeirão”, produzindo os cimentos do tipo “cimento portland composto” e “cimento portland de alto-forno”.
b) Despachos
Os despachos apresentaram queda de 3,4% de 2006 para 2007, devido a problemas de mercado na região Sudeste onde a empresa opera, alegando a forte concorrência existente com outros grupos.
Tabela 21 - Despachos (mil t)
Anos | Despachos |
2003 | 1.076 |
2004 | 1.085 |
2005 | 1.398 |
2006 | 1.519 |
2007 | 1.467 |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008,
Jan/fev de 2009
c) Desempenho financeiro
O desempenho financeiro da CP Cimento não é satisfatório, considerando a queda de desempenho nos indicadores, inclusive no aumento do prejuízo para R$ 136 milhões. Os problemas financeiros são reflexos dos custos e insumos aplicados na produção. Do faturamento em 2007, dois terços, cerca de R$ 194 milhões referem-se a despachos, R$ 90 milhões com concreto e 4% com outros produtos. Em 2007, o faturamento foi R$ 296 milhões.
Tabela 22 - CP Cimento - Indicadores financeiros da área de cimentos - R$ milhões
Anos | Xxxxx Xxxxx | Ebtida | Xxxxx Xxxxxxx |
2003 | 134 | 149 | 25 |
2004 | 110 | 114 | 4 |
2005 | 26 | 20 | (97) |
2006 | (16) | (31) | (39) |
2007 | 16 | 27 | (136) |
2008 | n.d | n.d | n.d. |
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
n.d. - não disponível
d) Certificação
Em 2002, a fábrica de Pedra de Sino recebeu a certificação ISO 9001 versão 2000 e em 2003 a fábrica de Volta Redonda (RJ) recebeu a mesma certificação.
e) Planos de expansão e investimentos
A CP Cimento tem plano para instalação de uma fábrica na cidade de Mossoró, com investimento previsto de R$ 200 milhões.
3.10. Capacidade instalada
A capacidade nominal é a capacidade de uma fábrica de produzir uma quantidade do produto suficiente para atender a demanda média de vendas durante um período que inclua as oscilações decorrentes de razões sazonais e cíclicas. A capacidade nominal ou instalada é aquela para qual a fábrica foi projetada para produzir. No caso do cimento, a capacidade instalada de produção é de cerca de 62 milhões de toneladas (2007), resultando numa ocupação de 75%. A
capacidade ociosa, ou seja, o potencial produtivo não utilizado chega, em média, a 25%, indicando margem de expansão para atendimento do mercado interno e externo, se necessário. A projeção da capacidade instalada em 2012 está indicada na Figura 6.
Figura 6 - Capacidade atual e instalada - 2012 (milhões t)
Votorantim
40,0
Xxxx Xxxxxx
Cimpor Holcim
5,5
7,2
4,4
8,0
3,6
7,0
Xxxxxxx Xxxxxx
3,3
9,0
Lafarge
2,5
3,3
Produção atual
Capaciade 2012
Ciplan
1,7
1,3
Itambé
0,9
2,8
Outros
5,3
7,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
19,3
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009; SNIC, 2008.
3.11. Caracterização da integração mina/usina
O processo de produção para a indústria do cimento começa com a extração de calcário e argila de jazidas localizadas junto ás fábricas. A principal matéria-prima é o calcário, extraído de jazidas subterrâneas ou a céu aberto, em abundância em todo o Brasil. O processo de produção é realizado de duas formas: 37 empresas Integradas e 18 empresas de moagem, conforme indicado na Tabela 23.
Tabela 23 - Fábricas integradas e moagens de cimento por região – 2008
Região / | Denominaçã | Município | Integrad | Grupo industrial/ |
Norte | ||||
Amazonas | Itautinga | Manaus | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Pará | Barcarena | Barcarena | Moagem | Xxxx Xxxxxx |
Pará | Cibrasa | Capanema | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Pará | Itaituba | Itaituba | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Nordeste | ||||
Alagoas | Cimpor | São M. dos Campos | Integrad | Cimpor |
Bahia | Cimpor | Brumado | Moagem | Cimpor |
Bahia | Cimpor | Campo Formoso | Integrad | Cimpor |
Ceará | Xxxxxx | Xxxxxxxx | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Ceará | Sobral | Sobral | Integrad | Votorantim |
Maranhão | Itapicuru | Codó | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Paraíba | Caaporã | Caaporã | Integrad | Votorantim |
Paraíba | Cimpor | Xxxx Xxxxxx | Integrad | Cimpor |
Pernambuco | Itapessoca | Goiânia | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Pernambuco | Mizu | Suape | Moagem | Mizu |
Piauí | Itapissuma | Fronterias | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Rio G. do | Itapetinga | Mossoró | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Sergipe | Itaguassu | N. Sra. Do Socorro | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Sergipe | Laranjeiras | Laranjerias | Integrad | Vororantim |
Sergipe | Mizu | Pacatuba | Integrad | Mizu |
Sudeste | ||||
Espírito | Holcim | Serra | Moagem | Holcim |
Espírito | Itabira | C. do Itapemirim | Integrad | Xxxx Xxxxxx |
Espírito | Mizu | Vitória | Moagem | Mizu |
Minas | Camargo | Santana do Paraíso | Moagem | Camargo Corrêa |
Minas | Camargo | Xxxxx Xxxxxxxx | Xxxxxxxx | Xxxxxxx Xxxxxx |
Minas | Camargo | Ijaci | Integrad | Camargo Corrêa |
Minas | Holcim | Xxxxx Xxxxxxxx | Integrad | Holcim |
Minas | Holcim | Barroso | Integrad | Holcim |
Minas | Itaú de | Itaú de Minas | Integrad | Votorantim |
Minas | Lafarge | Montes Claros | Integrad | Lafarge |
Minas | Lafarge | Matozinhos | Integrad | Lafarge |
Minas | Lafarge | Uberaba | Integrad | Lafarge |
Minas | Lafarge | Arcos | Integrad | Lafarge |
Minas | Lafarge | Santa Luzia | Moagem | Lafarge |
Minas | Xxx | Xxxxxxxxxx | Integrad | Cimentos Liz |
Minas | Tupi | Carandaí | Integrad | C.P. Cimento |
Rio de | Holcim | Cantagalo | Integrad | Holcim |
Rio de | Lafarge | Cantagalo | Integrad | Lafarge |
Rio de | Rio Negro | Cantagalo | Integrad | Votorantim |
Rio de | Tupi | Volta Redonda | Moagem | C.P. Cimento |
Rio de | Volta | Volta Redonda | Moagem | Votorantim |
São Paulo | Camargo | Apiaí | Integrad | Camargo Corrêa |
São Paulo | Camargo | Jacareí | Moagem | Camargo Corrêa |
São Paulo | Cimpor | Cajati | Integrad | Cimpor |
São Paulo | Cubatão | Cubatão | Moagem | Votorantim |
São Paulo | Holcim | Sorocaba | Moagem | Holcim |
São Paulo | Lafarge | Itapeva | Integrad | Lafarge |
São Paulo | Mizu | Mogi das Cruzes | Moagem | Mizu |
São Paulo | Ribeirão | Ribeirão Grande | Integrad | Ribeirão Grande |
São Paulo | Salto | Salto de Pirapora | Integrad | Votorantim |
São Paulo | Sta. Xxxxxx | Xxxxxxxxxx | Integrad | Votorantim |
São Paulo | Tupi | Mogi das Cruzes | Moagem | C.P. Cimento |
Sul | ||||
Paraná | Itambé | Balsa Nova | Integrad | Itambé |
Paraná | Rio Branco | Rio Branco do Sul | ||
Rio Grande | Cimpor | Candiota | Integrad | Cimpor |
Rio Grande | Cimpor | Nova Santa Rita | Moagem | Cimpor |
Rio Grande | Esteio | Esteio | Integrad | Votorantim |
Rio Grande | Pinheiro | Xxxxxxxx Xxxxxxx | Integrad | Votorantim |
Santa | Itajaí | Itajaí | Integrad | Votorantim |
Centro-Oeste | ||||
Distrito | Ciplan | Sobradinho | Integrad | Ciplan |
Distrito | Sobradinho | Sobradinho | Integrad | Votorantim |
Goiás | Cimpor | Cezarina | Integrad | Cimpor |
Goiás | Cocalzinho | Cocalzinho | Moagem | Votorantim |
Mato grosso | Nobres | Nobres | Integrad | Votorantim |
Mato Grosso do Sul | Bodoquema | Bodoquena | Integrad a | Camargo Corrêa |
Mato grosso do Sul | Corumbá | Corumbá | Integrad a | Votorantim |
3.12. Recursos humanos
Fonte: SNIC, 2008.
O número de empregados na indústria de cimento evoluiu de 19 mil empregados diretos em 2004 para de 23 mil empregados diretos em 2007, com crescimento de 21,0% (SNIC, 2008). O maior setor demandante do produto é o setor de construção civil, que de certa forma identifica melhor a mão-de-obra empregada neste setor.
A evolução do pessoal ocupado mostra altos e baixos na série histórica, sendo o setor de construção civil um grande empregador da mão-de-obra, que depende da evolução da economia brasileira. A sua evolução está representada na Fig. 7, para dezembro de cada ano.
Figura 7 - Pessoal ocupado em 31/12
1.350.000
1.338.034
1.300.824
1.300.000
1.250.000
1.200.000
1.245.893
1.181.330
1.180.203
1.150.000
1.100.000
2002
2003
2004
2005
2006
Fonte: Valor: Análise Setorial da Indústria do Cimento, 2008, Jan/fev de 2009
3.13. Consumo de Matérias-primas
O principal insumo utilizado na indústria do cimento é o calcário, abundante em todo o território nacional, conforme indicação das reservas na Tabela 24. A proporção de produção é de uma tonelada de cimento para 1,4 toneladas de calcário. Outros insumos importantes são a argila e cal. No Brasil as reservas de calcário (rochas calcárias) estão localizadas em 23 Estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do DNPM, as reservas em 2007 totalizavam 108 bilhões de toneladas, das quais 56 bilhões de t representam as reservas medidas. Apenas três Unidades da Federação, situadas na Região Norte do País, Acre, Amapá e Roraima, não detinham em 2007 reservas oficialmente aprovadas para calcário. E a unidade que mais se destacou no contexto, com 24% das reservas nacionais de calcário, foi o Mato Grosso do Sul, seguido por Minas Gerais e Paraná; juntas, as três detêm mais da metade das reservas de calcário de todo o país. Analisando por regiões se tem quase 36% das reservas brasileiras de calcário na Região Sudeste, 27% na Região Centro-Oeste, 17,5% na Região Nordeste, 12% na Região Sul e 7,5% na Região Norte.
Tabela 24 - Reservas de Calcário - 2007 (mil t)
ESTADOS | MEDIDA | INDICADA | INFERIDA | LAVRÁVEL |
MS | 00.000.000.000 | 0.000.000.000 | 00.000.000.000 | 0.000.000.000 |
MG | 0.000.000.000 | 0.000.000.000 | 0.000.000.000 | 0.000.000.000 |
PR | 0.000.000.000 | 000.000.000 | 000.000.000 | 0.000.000.000 |
RJ | 0.000.000.000 | 0.000.000.000 | 00.000.000 | 5.251.245.236 |
BA | 4.259.589.629 | 1.446.593.391 | 905.848.650 | 3.366.288.056 |
PA | 3.953.636.475 | 1.348.366.416 | 4.979.896.352 | 3.960.358.660 |
RN | 3.446.955.692 | 2.855.538.116 | 1.684.430.742 | 3.052.275.861 |
SP | 3.138.343.724 | 1.799.826.636 | 544.027.012 | 3.050.524.065 |
00.000.000.000 | 00.000.000.000 | 22.038.198.026 | 00.000.000.000 | |
Outros | 6.129.039.358 | 5.015.200.066 | 1.716.939.791 | 5.646.296.591 |
TOTAL | 00.000.000.000 | 00.000.000.000 | 00.000.000.000 | 00.000.000.000 |
Fonte: DNPM,2008.
3.14. Consumo energético
Com base no último levantamento feito em 2003, o consumo médio de energia térmica e elétrica na indústria do cimento brasileira encontra-se, respectivamente, em aproximadamente 825 Kcal por kg de clínquer e 93 kWh por tonelada de cimento.
Comparativamente com outros países, o Brasil apresenta uma posição bem abaixo de consumo mundial, conforme indicado nas Figuras 8 e 9.
Kcal/Kg clinquer
Figura 8 - Consumo específico de energia térmica - 2003
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
1220
1070
825
850
890
Brasil Colômbia espanha EUA França
Fonte: EPE,2008.
160
140
120
100
80
60
40
20
0
146
125
112
93
108
100
Brasil Espanha EUA França Itália Japão
Kwh/t cimento
Figura 9 - Consumo específico de energia elétrica - 2003
3.15. Consumo de energia
Fonte: EPE,2008.
O principal combustível utilizado na indústria do cimento é o coque importado do petróleo, utilizado para funcionamento da maioria dos fornos de cimento. O preço deste insumo cresceu de US$ 23 em 2002 para US$ 115 em 2007, com aumento de 402% no período. Em valores de reais o aumento foi de 188%. Os principais tipos de combustíveis consumidos na indústria do cimento no período estão indicados nas tabelas, observando-se o coque do petróleo com 68,2% (2.300 mil tep) e eletricidade com 11,0%, como os principais, em 2007.
Tabela 25 - Consumo de energia de cimento (103 tep)
IDENTIFICAÇÃO | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 |
GÁS NATURAL |
47 | 51 | 49 |
24 | 28 | 14 | 20 | 17 | 18 | 24 |
XXXXXX XXX ERAL | 000 | 000 | 000 | 180 | 135 | 211 | 38 | 6 | 66 | 60 |
LENHA | 8 | 13 | 22 | 9 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
ÓLEO DI ESEL | 22 | 26 | 24 | 23 | 25 | 26 | 31 | 35 | 33 | 41 |
ÓLEO COMBUSTÍVEL | 1.720 | 923 | 510 | 229 | 134 | 91 | 22 | 23 | 23 | 26 |
ELETRICIDADE | 382 | 382 | 383 | 375 | 343 | 328 | 323 | 345 | 354 | 371 |
CARVÃO VEGETAL | 203 | 196 | 233 | 211 | 207 | 247 | 284 | 249 | 261 | 222 |
COQUE DE PETRÓLEO | 490 | 1.388 | 1.845 | 2 .198 | 2.125 | 1.726 | 1.696 | 1 .881 | 2.031 | 2.300 |
OUTRAS NÃO ESP ECÍFICADAS | 106 | 146 | 112 | 132 | 136 | 165 | 234 | 275 | 300 | 330 |
TOTAL |
3.303 | 3.309 | 3.363 |
3.381 | 3.132 | 2.808 | 2.648 | 2.831 | 3.087 | 3.373 |
Fonte: EPE, 2008
Tabela 26 - Consumo de energia de cimento (%)
IDENTIFICAÇÃO | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 |
XXXXXX XXX ERAL |
9,8 | 5,6 | 5,5 |
5,3 | 4,3 | 7,5 | 1 ,5 | 0,2 | 2 ,1 | 1,8 |
ÓLEO COMBUSTÍVEL | 52,1 | 27,9 | 15,2 | 6,8 | 4,3 | 3,2 | 0 ,8 | 0,8 | 0 ,7 | 0,8 |
ELETRICIDADE | 11,6 | 11,6 | 11,4 | 11,1 | 10,9 | 11,7 | 12 ,2 | 12,2 | 11 ,5 | 11,0 |
CARVÃO VEGETAL | 6,2 | 5,9 | 6,9 | 6,2 | 6,6 | 8,8 | 10 ,7 | 8,8 | 8 ,5 | 6,6 |
COQUE DE PETRÓLEO | 14,8 | 42,0 | 54,9 | 65,0 | 67,8 | 61,5 | 64 ,0 | 66,5 | 65 ,8 | 68,2 |
OUTRAS | 5,5 | 7,1 | 6,2 | 5,5 | 6,0 | 7,3 | 10 ,7 | 11,5 | 11 ,4 | 11,7 |
TOTAL | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 | 100,0 |
Fonte: EPE, 2008
Figura 10 - Consumo de energia na indústria do cimento - 2007
Fonte: BEN, 2008. Elaborado pelo autor.
3.16. Estimativa de emissão de CO2
A indústria do cimento está perfeitamente enquadrada no combate ao efeito estufa causado pela emissão de CO2, adotando métodos de produção eficientes e com menor consumo de energéticos.
O Brasil possui um fator bem abaixo quando se compara com outros países referências, conforme indicado na Figura 11.
1000
800
839
848
698
610
600
400
200
0
Brasil
Espanha Inglaterra
China
Figura 11 - Emissão de Kg de CO2
CO2/ t cimento
Fonte: SNIC: Press Kit 2008, com base em Oficeman 2003/Polysius China
3.17. Utilização de água no processo de produção
A água é o material mais consumido no planeta e um elemento indispensável a todas as formas de vida. Além disso, é um componente fundamental do concreto, responsável pelas reações de endurecimento e usada na cura, chega representar 20% de seu volume. O consumo de água por tonelada de cimento chega a 3.500 litros. Portanto, se contiver substâncias danosas em teores acima dos estabelecidos por norma, pode influenciar no seu comportamento e propriedades. A queda de resistência, a alteração do tempo de pega, a ocorrência da eflorescência, o aparecimento de manchas e a corrosão da armadura são os efeitos adversos citados como os mais significativos. Para evitar tais problemas é fundamental que a água satisfaça alguns requisitos mínimos de qualidade, especificados pela NM (Noma Mercosul) 137/97: Água para amassamento e cura de argamassa e concreto de cimento Portland.
Em resumo, para produção de um concreto durável, dentro dos mais elevados padrões de qualidade, deve se utilizar a água mais limpa possível, sem sais, ácidos, óleos, materiais orgânicos (restos de vegetação, algas), cheiro ou sabor. Em caso de dúvidas, deve-se analisar a água em laboratório.
3.18. Rejeitos de processamento
As atividades de co-processamento dos resíduos industriais no Brasil começaram na década de 90, sendo regulamentadas pelas agencias ambientais localizadas, principalmente, nas regiões do Sudeste, onde se concentram as atividades com maior intensidade e Sul do país. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) publicou, em 1999, a Resolução 264, com as linhas gerais do co-processamento, definindo os limites de emissão de material poluentes. A resolução 316 complementou a anterior, estabelecendo para o co-processamento os limites de emissão para dioxinas e furanos. Com isto, foram emitidas várias solicitações de licenciamento para co- processamento nas fábricas de cimento no Brasil.
Co-processamento se refere à queima de resíduos industriais e passivos ambientais produzidos pela indústria do cimento. Das 47 fábricas integradas (Tabela 23), 35 estão licenciadas para co-processar resíduos, representando 80% da produção de clínquer (SNIC, 2008).
Diversos segmentos da indústria brasileira, como a siderúrgica, petroquímica, automobilística, de alumínio, tintas, embalagens, papel e pneumáticos, geram cerca de 2,7 milhões de toneladas de resíduos por ano, dos quais são processadas apenas um milhão de toneladas. A Indústria de cimento no Brasil possui uma capacidade crescente de queima de resíduos, que podem
ser eliminados até 2,5 milhões de toneladas por ano. Os principais resíduos eliminados são: pneumáticos, borrachas, plástico, tintas e solventes, papel e papelão, borras ácidas, refratária, resíduos de madeira, lodos de esgotos, borras oleosas e graxas, entulhos da construção civil e terra contaminada. Somente em 2007 foram eliminados pela indústria de cimento aproximadamente 160 mil toneladas de pneus velhos, correspondente a cerca de 32 milhões de unidades (SNIC, 2008).
Os resíduos de outras indústrias têm sido queimados nos fornos das fábricas de cimento, surgindo uma oportunidade de negócios para o setor, como alternativa de uma nova receita. Além disso, os resíduos podem ser utilizados com fonte de energia, não sendo especificado pelo setor, qual a contribuição desta fonte. Um caso de prática de prevenção ou recuperação de passivo ambiental ocorre com a queima de pneus velhos nos fornos das fábricas.
3.19. Custo atual de investimento
A escala mínima nas unidades industriais produtoras é de um milhão de toneladas por ano de capacidade instalada, com investimentos atuais previstos entre US$ 200 e US$ 300 milhões. O tempo médio para instalação de uma fábrica, desde o início até a “posta-em-marcha”, atinge entre três a cinco anos.
3.20. Comparação com operações industriais dos principais países produtores e produtividade por empregado
A indústria brasileira de cimento conta atualmente com 65 fábricas e capacidade instalada de 62 milhões t/ano, com utilização de 75% (2007) da capacidade e está operando com ociosidade média de 25%. A maioria das fábricas pode ser caracterizada como de médio a grande porte, produzindo de 600.000 t/ano até 1.000.000 t/ano. A tecnologia industrial tem sido adquirida no mercado internacional e está atualizada. Praticamente todo o setor cimenteiro (99%) utiliza o processo via-seca de produção, segundo informações do SNIC. A utilização de rejeitos combustíveis como fonte energética ainda é baixa. O setor possui certificação de padronização de produção série ISO 9.000 porém a produtividade é baixa, exigindo cerca de 354 empregos/fábrica. Nos Estados Unidos, 71% do cimento produzido é fabricado através do processo via-seca e 2/3 das companhias utilizam resíduos combustíveis como fonte energéticas suplementar. Possui uma produtividade alta que exige apenas 135 empregos/fábrica. A indústria de cimento nos EUA opera com 115 fabricas (2008), bem como as do Canadá, são diversificadas e integradas com os setores de materiais de construção básicos e produtos de cimento. No Canadá, a produtividade média exige 155 empregos/fábrica e o setor opera com 82% de sua capacidade. No México há 31 fábricas de cimento com capacidade de 41,4 milhões t/ano, com produtividade um pouco melhor do que a brasileira, exigindo 253 empregos/fábrica, operando com cerca de 70%.
3.21. Produtividade da indústria
A produtividade relaciona produção e numero de empregos diretos, indicando a um aumento da produtividade de 2005 para 2007. Considerando este período, a produtividade aumentou 18,2%, passando de 1.714 mil toneladas empregado/ano para 2.026, mantendo-se o mesmo numero de empregados diretos nos dois últimos anos.
Figura 12 - Produtividade da indústria 2004/2007
Fonte: Anuário estatístico do MME, 2008.
4. USOS
A utilização do cimento se dá na área de qualquer tipo de construção, do início ao acabamento final da obra. É o componente básico na formação do concreto, sendo o material mais consumido no planeta, depois da água. Só a China consome cêrca de 51,1% do cimento produzido no mundo.
Para cada tonelada de cimento produzido, são necessárias a utilização de 1,4 tonelada de calcário, 100-300 Kg de argila e 30-40 Kg de gipsita. Observa-se uma tendência de utilização de escórias siderúrgicas de alto-forno, o chamado clínquer siderúrgico, que vem sendo empregado para dar maior qualidade ao cimento, aumentando a resistência e a impermeabilidade. Estão sendo utilizados também outros resíduos industriais (cinzas volantes e pozolonas), substituindo parcialmente matérias-primas, minerais usadas como aditivos.
5. TECNOLOGIA
A tecnologia para a produção de cimento, que é amplamente difundida no mundo, apresenta uma evolução bastante lenta, não se verificando alterações relevantes no processo nas últimas duas décadas. A indústria de equipamentos tem sido a geradora de progressos técnicos, visto que a tecnologia está incorporada aos equipamentos produzidos por grandes empresas de engenharia e bens de capital.
Os fornecedores de máquinas e equipamentos operam em nível mundial, não mantendo contrato de exclusividade com as cimenteiras, com exceção da Onoda, que é ligada a produtores de cimento japoneses. Os principais fornecedores são: F. L. Smidth' (Dinamarca), Polysius (Alemanha); Technip Clepan (França) e Onoda (Japão).
Nos últimos anos, os principais avanços tecnológicos do processo produtivo tem-se concentrado nas áreas de automação industrial e controle de processo, visando à redução do consumo de energia elétrica e de combustíveis, além de melhorias ambientais. Os avanços tecnológicos na produção de cimento contribuíram também para o desenvolvimento do conceito de alto desempenho, propiciando maior beleza na construção e melhor aproveitamento do espaço.
A escala na indústria de cimento, principalmente no que se refere à capacidade do forno rotativo, é relevante, tendo em vista a maior produtividade. Além disso, a matéria-prima apresenta custo relativamente baixo, sendo forte a participação dos custos fixos na produção, o que, torna onerosa a
capacidade ociosa da indústria. Entretanto, dependendo das condições de mercado, as empresas muitas vezes promovem a venda do produto a preços que compensem apenas os custos fixos.
Figura 13 - Processo de produção do cimento
Fonte: SNIC, 2008.
6. CUSTOS DE PRODUÇÃO NA INDÚSTRIA
Os custos de produção da indústria variam de acordo com a vida útil da fábrica, tipo de processo, capacidade, dentre outros. Esses custos variam de US$ 27,50/t para uma moderna fábrica de porte grande, a US$ 50/t para fábricas antigas que utilizam o processo úmido. Os elementos do custo são supervisão e mão de obra, matéria prima adquirida, combustível, eletricidade, peças e manutenção, impostos, e outros custos. Os custos de recuperação do capital investido para uma fábrica moderna de baixo custo operacional adicionam US$ 15/t aos custos operacionais. Quando os custos corporativos de “overhead” e custos de vendas são incluídos, a indústria apresenta margens muito apertadas, em relação aos preços recentes. Os custos de produção podem ser classificados como fixos ou variáveis. As fábricas modernas exigem um número significativamente menor de pessoas para operarem e manter as instalações, portanto os custos de mão de obra e administração são essencialmente fixos. Matérias primas, combustível, eletricidade, peças e manutenção, e custos diversos são essencialmente variáveis, apesar de que alguns têm uma parcela pequena de custos fixos. Impostos prediais e territoriais, seguros, e o custo de recuperação do capital investido, são custos fixos. A maioria dos fornos queima carvão, mas o coque de petróleo é substituído quando a relação de preço é favorável. Uma fábrica moderna com capacidade de 1,5 Mtpa operará tipicamente a menos de 0,2 homens-hora por tonelada de cimento, 3,2 MJ de combustível por tonelada de clínquer, e 140 kWh de eletricidade por tonelada de cimento.
7. MODAL DE TRANSPORTES
A logística da indústria de cimento começa com a produção, passa pela distribuição até chegar ao consumidor final. Este processo deve ser realizado de forma eficiente, objetivando minimizar os custos de transporte. Isto decorre do produto cimento ter uma baixa relação preço/peso, que é bastante onerada pelo frete, além do impacto que pode ter com o aumento dos custos dos combustíveis e outros derivados do petróleo. Segundo CUNHA (2003), “a uma distancia de cerca de 300 km da fábrica, ou cerca de 500 km em áreas de menor densidade populacional, o custo de transporte representa de 10% a 20% do preço do produto”.
A distribuição de cimento é feita em todo território nacional através dos modais de transportes (Tabela 27), destacando o transporte rodoviário como o mais importante para escoar a produção das fábricas, participando com 93% do total transportado. Em seguida vem o modal ferroviário com 3,6% e o modal hidroviário com 3,2%.
Tabela 27 - Modais de transportes (mil t)
Regiões | Rodoviário | Ferroviário | Hidroviário | Total |
Norte | 878 | 90 | 510 | 1.478 |
Nordeste | 7.224 | - | 770 | 7.994 |
Sudeste | 18.957 | 951 | - | 19.908 |
Sul | 5.039 | 385 | - | 5.424 |
Centro-Oeste | 4.569 | - | - | 4.569 |
Brasil | 36.667 | 1.426 | 1.280 | 39.373 |
Fonte: Valor análise setorial da indústria do cimento, 2008
8. IMPOSTOS E CARGA TRIBUTÁRIA
8.1. Análises de fatores tributários
A carga tributária total incluindo os impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e municipais, mais outros impostos de aquisição soma 38,4%, sendo o restante referente a outros custos (Figuras 14). Considerando só o ICMS o percentual chega a 21%, conforme indicado na Figura 15.
Figura 14 - Participação total dos tributos e custos no preço do cimento (%) – 2007
80
60
40
20
0
61,6
38,4
Tributos Custos diretos, indiretos e outros
Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos dados do SNIC
Figura 15 - Participação dos tributos no preço do cimento (%) - 2007
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
21,0
3,7
4,6
0,4
1,6
4,2
2,1
0,8
CSLL
IRPJ
OUTROS
ENC TRAB.
CPMF
PIS COFINS
IPI
ICMS
Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos dados do SNIC
Os impostos sobre vendas (ICMS normal, ICMS por substituição tributária, PIS, COFINS e CPMF), totalizaram 29,7%, conforme indicado na Figura 16.
Figura 16 - Impostos sobre as vendas (%) - 2007
80
70,3
60
40
29,7
20
0
Impostos sobre as vendas
Fabrica sem impostos
Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos dados do SNIC.
9. PANORAMA BRASILEIRO
9.1. Produção brasileira 1970/2008
A produção brasileira de cimento pode ser caracterizada por várias fases, acompanhando as oscilações ocorridas com a economia brasileira, destacando os seguintes períodos:
Década de 70 - Milagre econômico, quando a produção passou de 9,0 milhões (1970) para 27,2 milhões (1980);
Década de 80 - Estagnação com o Plano Cruzado, com a produção caindo de 27,2 milhões (1980) para a 25,8 milhões (1990);
Década de 90 - Consolidação do setor, com a implantação do Plano Real, estabilidade econômica, contribuiu para a produção aumentar de 25,8 milhões (1990) para 39,9 milhões (2000);
2000 a 2004 - Crise na construção civil, com a produção caindo de 39,9 milhões (2000) para 36,0 milhões (2004);
2004 a 2008 - Recuperação recente do setor, com a produção passando de 36,0 milhões (2004) para 51,9 milhões (2008). Em 2007, um total de 110.000 empresas de construções realizaram obras e serviços no valor de R$ 128,0 bilhões. Em 2007, a participação do setor na economia foi de 4,5%, chegando a 5,1% em 2008.
Tabela 28 - Produção brasileira de Cimento - 1970/2008 (mil t)
Anos | 1970 | 1971 | 1972 | 1973 | 1974 | 1975 | 1976 | 1977 | 1978 | 1979 |
Produçã | 9.002 | 9.803 | 11.381 | 13.398 | 14.920 | 16.737 | 19.147 | 21.123 | 23.203 | 24.874 |
Anos | 1980 | 1981 | 1982 | 1983 | 1984 | 1985 | 1986 | 1987 | 1988 | 1989 |
Produçã | 27.193 | 26.051 | 25.644 | 20.870 | 19.497 | 20.635 | 25.257 | 25.468 | 25.329 | 25.920 |
Anos | 1990 | 1991 | 1992 | 1993 | 1994 | 1995 | 1996 | 1997 | 1998 | 1999 |
Produçã | 25.848 | 27.490 | 23.903 | 24.843 | 25.230 | 28.256 | 34.597 | 38.096 | 39.942 | 40.234 |
Anos | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 |
Produçã | 39.901 | 39.453 | 38.927 | 35.122 | 35.984 | 38.705 | 41.895 | 46.589 | 51.970 |
Fonte: SNIC, 2008.
Figura 17 - Evolução da produção de cimento no Brasil – 1970/2008 (mil t)
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados do SNIC.
9.2. Produção e despachos por região - 2007/2008
As fábricas localizadas no Brasil estão distribuídas em 21 estados e no Distrito Federal, com 47 fábricas integradas e 18 unidades de moagem. Na região Sudeste concentra o maior numero de fábricas, com 32 unidades, sendo o mais importante centro de produção e despachos, vindo em seguida a região nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte, respectivamente. Está ocorrendo uma descentralização da produção, já que em 1997 a região Sudeste concentrava 57,7%, perdendo espaço para outras regiões que tem avançado em participação, como no caso do Nordeste, que era de 15,3% e
atualmente passou para 19,4% da produção. Esta descentralização ocorre em função da localização das fábricas, que precisam estar localizadas perto do mercado consumidor, dos programas sócias do governo e da existência de mercados consumidores, que tem ajudado a alavancar o consumo de cimento na região. Quanto aos despachos regionais, verifica-se a mesma tendência da produção, ocorrendo a maior concentração de despachos na região Sudeste com 50,9%. O consumo per capita em 2007 é maior na região Centro Oeste com 367 kg/hab, seguidos das regiões: Sudeste com 312 kg/hab, Sul com 311 kg/hab, Norte 270 kg/hab e Nordeste com 177 kg/hab.
Tabela 29 - Distribuição regional da produção
REGIÃO | PRODUÇÃO (mil t) | |||
2007 | % | 2008 | % | |
Região Norte | 1.618 | 3,5 | 2.091 | 4,0 |
Região Nordeste | 9.399 | 20,2 | 10.088 | 19,4 |
Região Centro Oeste | 5.221 | 11,2 | 5.465 | 10,5 |
Região Sudeste | 23.537 | 50,6 | 26.307 | 50,6 |
Região Sul | 6.661 | 14,3 | 7.933 | 15,3 |
Subtotal Brasil | 46.436 | 99,8 | 51.884 | 99,8 |
Cimento Branco | 115 | 0,2 | 86 | 0,2 |
Total Brasil | 46.551 | 100,0 | 51.970 | 100,0 |
Fonte: SNIC, 2009.
Tabela 30 - Distribuição regional dos despachos
REGIÃO | DESPACHO (mil t) | |||
2007 | % | 2008 | % | |
Região Norte | 1.592 | 3,5 | 2.097 | 4,0 |
Região Nordeste | 9.251 | 20,1 | 9.908 | 19,1 |
Região Centro Oeste | 5.208 | 11,3 | 5.495 | 10,6 |
Região Sudeste | 23.447 | 50,9 | 26.359 | 50,9 |
Região Sul | 6.416 | 13,9 | 7.863 | 15,2 |
Subtotal Brasil | 45.914 | 99,8 | 51.722 | 99,8 |
Cimento Branco | 115 | 0,2 | 86 | 0,2 |
Total Brasil | 46.029 | 100,0 | 51.808 | 100,0 |
Fonte: SNIC, 2009.
9.3. Perfil da distribuição de cimento portland
A Tabela 31 mostra a distribuição de cimento em todo o Brasil, destacando a predominância dos revendedores com 64%, onde se caracteriza o atendimento ao pequeno consumidor, o chamado “mercado formiga”, superando outros segmentos. Em seguida vêm os consumidores industriais
(concreteiras) com 14,4%, representado ambos os maiores consumidores. Observa-se também a maior representatividade da região sudeste na distribuição. O perfil da distribuição está mudando no mundo, onde ocorre maior distribuição de consumo para as concreteiras, como nos EUA (80%), Chile (40%), e México (25%), reduzindo a participação do cimento ensacado.
Tabela 31 - Vendas de cimento por Região/Segmento - 2007 (mil t)
Região/Segmento | Concreteiras | Revendedores | Outros | Exportação | Total |
Norte | 211 | 1.281 | 83 | 17 | 1.592 |
Nordeste | 459 | 5.979 | 1.575 | 1.054 | 9.067 |
Centro-Oeste | 595 | 3.427 | 1.072 | 114 | 5.208 |
Sudeste | 3.958 | 14.747 | 4.183 | 0 | 22.888 |
Sul | 1.255 | 3.510 | 1.432 | 49 | 6.246 |
Subtotal | 6.478 | 28.944 | 8.345 | 1.234 | 45.001 |
Ajustes | 1.055 | ||||
Total - Brasil | 46.056 |
Fonte: SNIC, 2008
Figura 18 - Vendas de cimento por Região (%) – 2007
Ajustes Norte 2% 3%
Sul 14%
Nordeste
20%
Centro-Oeste 11%
Sudeste 50%
Fonte: Tabela 57
Figura 19 - Vendas por segmento (%)- 2007
Exportação Concreteiras
3% 14%
Outros 19%
Revendores
64%
Fonte: Tabela 57
9.4. Comércio exterior
No período 2005-2007, as exportações de cimento cresceram 97,0% em termos de valor. Em 2007, representaram apenas 2,7% das vendas totais de cimento no mercado interno. Neste mesmo ano, os principais itens da pauta foram os cimentos do tipo “portland” comuns representando 63,3% do valor exportado e os cimentos não pulverizados, clínquers com 32,3%. Os principais destinos das exportações foram para os Estados Unidos (31,0%), Nigéria (11,0%), Costa do Marfim (10,0%), Mauritânia (9,0) e Paraguai (9,0%).
Tabela 32 - Saldo da Balança Comercial - US$ mil
Anos | Exportações | Exportações | Importações | Importações | Saldo |
US$ FOB mil | T | US$ FOB mil | t | US$ mil | |
2005 | 42.847 | 1.320 | 20.665 | 323 | 22.182 |
2006 | 51.883 | 1.475 | 18.460 | 226 | 33.423 |
2007 | 85.797 | 1.850 | 27.007 | 426 | 58.790 |
As importações cresceram 30,6% no período 2005/2007, bem menor que o crescimento das exportações de 97,0%. Em relação à produção nacional as importações representaram menos de 1% no período. Os principais produtos da pauta de importações foram os cimentos do tipo “portland” comuns representando 52,1%% do valor importado e os cimentos não pulverizados, “clínquers” com 23,1%. Em 2007, os principais países fornecedores foram: Uruguai (28,0%), China (25,0%),
Venezuela (18,0%), e Cuba (16,0%).
Analisando os dados da
Tabela 32, verifica-se a baixa representatividade do comércio exterior, já que a produção se ajusta à demanda interna, registrando valores inexpressivos. Além disso, devido o custo do transporte do produto e o prazo de sua validade (90 dias), a produção é voltada mais para o mercado interno. As exportações representam apenas 3% da produção.
10. PANORAMA MUNDIAL
10.1. Produção Mundial
A produção mundial de cimento alcançou 2.900 milhões de toneladas em 2008, com crescimento de 4,7% em relação a 2007. Observa-se em 2008, queda de produção em oito países, destacando a queda acentuada nos Estados Unidos de 7,7%. Por outro lado verifica-se o crescimento da produção em sete países, destacando os componentes dos “BRICS”, com crescimento expressivo da China com 7,4%, Brasil com 11,6%, Índia com 2,9% e Rússia com 1,8%. Da produção mundial 94% destina-se ao consumo doméstico.
Tabela 33 - Produção Mundial de Cimento, mil t
Países | 2006 | 2007 | 2008 (1) | 2008/2007 | (%)2008 |
Alemanha | 33.400 | 33.400 | 33.000 | -1,2 | 1,1 |
Brasil | 39.540 | 46.551 | 51.970 | 11,6 | 1,8 |
China | 1.200.000 | 1.350.000 | 1.450.000 | 7,4 | 50,0 |
Coréia do Sul | 55.000 | 57.000 | 56.000 | -1,8 | 1,9 |
Egito | 29.000 | 38.400 | 40.000 | 4,2 | 1,4 |
Espanha | 54.000 | 54.500 | 55.000 | 0,9 | 1,9 |
Estados Unidos | 99.700 | 96.500 | 89.100 | -7,7 | 3,1 |
Índia | 155.000 | 170.000 | 175.000 | 2,9 | 6,0 |
Indonésia | 34.000 | 36.000 | 36.000 | 0,0 | 1,2 |
Irã | 33.000 | 36.000 | 35.000 | -2,8 | 1,2 |
Itália | 43.200 | 44.000 | 47.000 | 6,8 | 1,6 |
Japão | 69.900 | 67.600 | 67.000 | -0,9 | 2,3 |
México | 40.600 | 40.700 | 40.000 | -1,7 | 1,4 |
Rússia | 54.700 | 59.900 | 61.000 | 1,8 | 2,1 |
Tailândia | 39.400 | 35.700 | 35.000 | -2,0 | 1,2 |
Turquia | 47.500 | 49.500 | 48.000 | -3,0 | 1,7 |
Outros | 522.060 | 554.551 | 588.890 | 5,5 | 20,2 |
TOTAL MUNDIAL** | 2.550.000 | 2.770.151 | 2.903.970 | 4,8 | 100,0 |
Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, January 2009.
Dados provisórios, podendo ser alterados.
Figura 20 - Principais produtores mundiais (%) - 2008
10.2. Consumo Mundial
Fonte: Tabela 33, elaborado pelo autor.
Em 2008, o consumo mundial de cimento atingiu 2,8 bilhões de toneladas com crescimento pequeno de 0,9% em relação a 2007. Registra-se o peso do crescimento do consumo na Índia com 8,4% e China de 7,7%. Os países do grupo dos “Brics”, Brasil, Rússia, índia e China, consumiram juntos cerca de 61,6% do total, em 2008, sendo que a China representa 51,3% do total. O Brasil que vinha da 9º.posição no ranking em 2007, passou para 5º. posição em 2008, com uma participação de 1,8% da produção mundial. A tabela 34 revela o consumo mundial representada por 10 países.
Tabela 34 - Consumo mundial 2006/2008 (mil t)
Países | 2006 | 2007 | 2008 | 2008/2007(%) | 2008(%) |
Brasil | 41.027 | 45.062 | 51.571 | 14,4 | 1,8 |
China | 1.185.000 | 1.345.000 | 1.449.000 | 7,7 | 51,3 |
Coréia do Sul | 48 | 50.800 | 50.500 | -0,6 | 1,8 |
Espanha | 56 | 56.000 | 42.700 | -23,8 | 1,5 |
Estados Unidos | 127 | 114.600 | 96.500 | -15,8 | 3,4 |
Índia | 152 | 165.900 | 179.900 | 8,4 | 6,4 |
Itália | 47 | 44.000 | 44.000 | 0,0 | 1,6 |
Japão | 59 | 56.800 | 50.100 | -11,8 | 1,8 |
Rússia | 52 | 60.400 | 58.500 | -3,1 | 2,1 |
Turquia | 42 | 46.400 | 41.800 | -9,9 | 1,5 |
Outros | 1.341.390 | 810.038 | 757.600 | -6,5 | 26,8 |
TOTAL MUNDIAL | 2.568.000 | 2.795.000 | 2.822.171 | 1,0 | 100,0 |
Fonte: Sumário Mineral, 2008. 8ª. Global Cement Report, SNIC.
Figura 21 - Evolução do Crescimento do Consumo no Mundo - Milhões t
Fonte: The Global Cement Report, 8th Edition, 2009, adaptado.
Figura 22 - Crescimento do Consumo por Países (%) - 2008
20 ,0
15 ,0
14 ,0
10 ,0
8 ,4
7 ,7
5 ,0
0 ,0
0 ,0
-5 ,0
-0 ,6
-3 ,1
-10 ,0
-6 ,5
-9 ,9
-15 ,0
-11 ,8
-20 ,0
-15 ,8
-25 ,0
-23 ,8
-30 ,0
Fonte: The Global Cement Report, 8th Edition, 2009, adaptado.
Observa-se a queda acentuada no consumo em diversos países em 2008, acreditando-se que a causa seja a crise mundial iniciada em setembro de 2008, com reflexos negativos nos países indicados na Fig. 22.
A indústria do cimento encontra-se atualmente em um ponto, onde a oferta de 2.904 milhões t é maior que o consumo de 2.822 milhões de t, com um superávit de 82 milhões de t. Caso ocorra uma rápida recuperação mundial (crise econômica iniciou no final de 2008) com perspectivas de recuperação dois países, poderá haver uma nova reversão no mercado, com aumentos significativos da demanda, o que por certo será acompanhado com um aumento da oferta.
10.3. Comércio Mundial
O comércio mundial de clínquer e cimento atingiram 164 milhões de toneladas em 2008, com queda de 6% em relação ao ano anterior. Da produção total em 2008, cerca de 6% destina-se
ao comércio internacional. Os dez maiores exportadores e importadores são relacionados nas Figuras 23 e 24.
Figura 23 - Os 10 maiores exportadores em 2008 - Milhões t
Fonte: The Global Cement Report, 8th Edition, 2009, adaptado.
Figura 24 - Os 10 maiores importadores em 2008 – Milhões t
Fonte: The Global Cement Report, 8th Edition, 2009, adaptado.
10.4. Principais Companhias
A indústria de cimento no mundo tem como característica principal poucos grandes players, com capital altamente intensivo, necessitando grandes escalas de produção, com alto nível de concentração, características de oligopólio natural. As principais companhias em 2008 estão representadas na Figura 25.
Figura 25 - Principais companhias no mundo em 2008 - Milhões t
10.5. Reservas mundiais
Fonte: The Global Cement Report, 8th Edition, 2009, adaptado.
Não existem reservas mundiais de cimento, pois é um produto final de um processo de produção que começa como uso do calcário, principal matéria-prima até o processo final, com a produção do cimento. As reservas de calcário, principal matéria-prima, são espalhadas por todos os países do mundo.
11. CONSUMO APARENTE NO BRASIL - 1970/2008
A evolução do consumo de cimento no Brasil acompanha os ciclos econômicos, sendo afetada fortemente pelo nível de crescimento da economia. Indicadores macroeconômicos como o PIB, mercado de construção civil e obras públicas e privadas, dentre outras, têm influência direta no comportamento do consumo. As causas mencionadas na produção, com a indicação por década, abrangendo toda a série histórica, podem ser consideradas para o consumo, já que as curvas acompanham a mesma tendência. No que se refere ao consumo per capita, os últimos dados publicados de 2006, indicam a Espanha com o maior consumo per capita do mundo com 1.132 kg/hab, seguida da Coréia do Sul com 995 kg/hab, China com 915 kg/hab, e o Brasil ocupando a 7ª posição do ranking, com 224 kg/hab.
Tabela 35- Consumo aparente - 1970/2008, mil t
Anos | Produção | Despacho Interno | Exportação | Importação | Consumo aparente | Consumo Aparente per capita (Kg/hab) |
1970 | 9.002 | 8.994 | 0 | 334 | 9.328 | 93 |
1971 | 9.803 | 9.768 | 0 | 279 | 10.047 | 100 |
1972 | 11.381 | 11.345 | 0 | 245 | 11.590 | 105 |
1973 | 13.398 | 13.238 | 123 | 235 | 13.350 | 118 |
1974 | 14.920 | 14.860 | 113 | 243 | 14.990 | 134 |
1975 | 16.737 | 16.648 | 46 | 235 | 16.837 | 147 |
1976 | 19.147 | 19.049 | 51 | 338 | 19.336 | 160 |
1977 | 21.123 | 20.910 | 28 | 261 | 21.143 | 180 |
1978 | 23.203 | 23.026 | 127 | 180 | 23.079 | 191 |
1979 | 24.874 | 24.775 | 182 | 101 | 24.694 | 205 |
1980 | 27.193 | 26.885 | 204 | 26 | 26.707 | 214 |
1981 | 26.051 | 25.951 | 164 | 7 | 25.794 | 227 |
1982 | 25.644 | 25.449 | 7 | 21 | 25.463 | 214 |
1983 | 20.870 | 20.858 | 19 | 3 | 20.842 | 205 |
1984 | 19.497 | 19.309 | 91 | 2 | 19.220 | 164 |
1985 | 20.635 | 20.547 | 151 | 2 | 20.398 | 148 |
1986 | 25.257 | 25.223 | 72 | 6 | 25.157 | 155 |
1987 | 25.468 | 25.284 | 72 | 22 | 25.234 | 186 |
1988 | 25.329 | 25.281 | 47 | 46 | 25.280 | 183 |
1989 | 25.920 | 25.769 | 65 | 64 | 25.768 | 179 |
1990 | 25.848 | 25.916 | 54 | 64 | 25.926 | 179 |
1991 | 27.490 | 27.335 | 49 | 8 | 27.294 | 177 |
1992 | 23.903 | 23.993 | 60 | 110 | 24.043 | 183 |
1993 | 24.843 | 24.811 | 58 | 113 | 24.866 | 162 |
1994 | 25.230 | 25.046 | 40 | 274 | 25.280 | 162 |
1995 | 28.256 | 28.063 | 59 | 451 | 28.455 | 179 |
1996 | 34.597 | 34.505 | 99 | 420 | 34.826 | 216 |
1997 | 38.096 | 37.921 | 152 | 517 | 38.286 | 235 |
1998 | 39.942 | 39.705 | 162 | 437 | 39.980 | 241 |
1999 | 40.234 | 40.045 | 172 | 155 | 40.028 | 238 |
2000 | 39.901 | 39.550 | 186 | 160 | 39.524 | 232 |
2001 | 39.453 | 38.778 | 127 | 134 | 38.785 | 224 |
2002 | 38.927 | 38.728 | 106 | 145 | 38.767 | 220 |
2003 | 35.122 | 34.661 | 431 | 223 | 34.453 | 195 |
2004 | 35.984 | 35.000 | 000 | 000 | 35.169 | 197 |
2005 | 38.705 | 37.443 | 933 | 223 | 36.733 | 208 |
2006 | 41.895 | 41.871 | 1.046 | 202 | 41.027 | 224 |
2007 | 46.589 | 46.056 | 1.243 | 277 | 45.090 | 243 |
2008 | 51.970 | 51.808 | 515 | 278 | 51.571 | 272 |
Fonte: SNIC, 2008.
Figura 26 - Consumo aparente 1970/2008 - (Milhões t)
Fonte: SNIC, 2008
12. PROJEÇÕES DO CONSUMO 2010-2030
12.1. Cenários adotados
Para a projeção do consumo, foram considerados os três cenários apresentados a seguir, feito com base na projeção da economia brasileira no horizonte 2010 a 2030:
Tabela 36 - Cenários
Cenário | Denominação | Caracterização |
1 | Frágil | Instabilidade e Retrocesso |
2 | Vigoroso | Estabilidade e Reformas |
3 | Inovador | Estabilidade, reformas e inovação |
O Cenário 1 considera uma possível reversão dos atuais condicionamentos sócio-políticos e a desestabilização do atual contexto fiscal e monetário. Consequentemente, o país deverá regredir no processo de estabilização de sua economia, concomitantemente a retrocessos no plano externo, com deterioração do atual contexto de integração competitiva à economia internacional. De acordo com as projeções realizadas, o Cenário 1 prevê o crescimento do PIB à taxa de 2,3% a.a., no período 2010 a 2030, sendo alcançada uma renda per capta de US$ 11,9 mil, em 2030.
O Cenário 2 pressupõe a manutenção e o aperfeiçoamento das atuais condições de estabilidade e de aprofundamento das reformas político-institucionais, especialmente nos campos da gestão pública (reforma administrativa), fiscal (reforma tributária), e da previdência social (reforma previdenciária), além das concessões de serviços de infra-estrutura (saneamento, energia, portos e transporte rodoviário, fluvial e marítimo). De acordo com as projeções realizadas, o Cenário 2 prevê o crescimento do PIB à taxa de 4,6% a.a., no período 2010 a 2030, sendo alcançada uma renda per capta de US$ 18,9 mil, em 2030.
O Cenário 3 admite um condicionamento ainda mais virtuoso, no qual – além do aperfeiçoamento da estabilização e do aprofundamento das reformas institucionais - o país empreende uma vigorosa mobilização nacional pela inovação, contando com uma ampla participação de instituições públicas, entidades não governamentais, empresas e da sociedade como um todo. Admite-se que tal processo de mobilização seja focado em planos e programas direcionados para uma ampla geração e difusão de informação, conhecimento e aprendizado, como
estímulo a projetos específicos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. De acordo com as projeções realizadas, o Cenário 3 prevê o crescimento do PIB à taxa de 6,9% a.a., no período 2010 a 2030, sendo alcançada uma renda per capta de US$ 29,2 mil, em 2030.
Tabela 37 - Cenários para o futuro da economia brasileira
Indicadores Econômicos | Cenário 1 | Cenário 2 | Cenário 3 |
Frágil | Vigoroso | Inovador | |
Instabilidade e Retrocesso | Estabilidade e Reformas | Estabil., Reformas e Inovação | |
PIB - Produto Interno Bruto (% a.a.) | 2,3 | 4,6 | 6,9 |
- Período 2010 a 2015 | 2,8 | 4,0 | 5,0 |
- Período 2015 a 2020 | 2,5 | 4,5 | 6,5 |
- Período 2020 a 2030 | 2,0 | 5,0 | 8,0 |
12.2. Projeção do consumo de cimento
Por se tratar de séries temporais, para realizar as previsões da demanda de cimento nos cenários futuros, utilizou-se o modelo auto-regressivo de defasagem distribuída ADL (2,1), onde as variáveis passadas, da produção de cimento e do PIB, explicam o comportamento futuro do consumo de cimento. Como resultado, temos a seguinte formula:
Mod --> lnPC = lnC + lnPC(-1) + lnPC(-2) + lnPIB(-1)
A partir da fórmula justificada com as informações contidas no Anexo II, temos os seguintes dados projetados:
Tabela 38 – Projeção do consumo de cimento - 1000 t
Anos | Cenário 1- Frágil | Cenário 2- Vigoroso | Cenário 3-Inovador |
2010 | 52.371 | 53.849 | 55.330 |
2015 | 62.139 | 67.625 | 73.426 |
2020 | 73.649 | 85.077 | 99.957 |
2030 | 102.980 | 135.318 | 176.870 |
Figura 27 – Projeções 2010/2030 (três cenários) – mil t
200000
180000
160000
140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
CenárioFragil
CenárioVigoroso CenárioInovador
102.980
135.318
176.870
13. PROJEÇÕES DOS INVESTIMETNOS E MÃO-DE-OBRA
13.1. Investimentos
Critério de projeção - Considerado um investimento médio de US$ 200/t
Tabela 39 - Projeção dos investimentos
Anos | Cenário 1- Frágil | Investimento | Cenário 2- Vigoroso | Investimento | Cenário 3- Inovador | Investimento |
Produção - Mil t | US$ 1000 | Produção Mil t | US$ 1000 | Produção Mil t | US$ 1000 | |
2008 | 51.400 | 10.280.000 | 51.400 | 10.280.000 | 51.400 | 10.280.000 |
2010 | 52.371 | 10.474.200 | 53.849 | 10.769.800 | 55.330 | 11.066.000 |
2015 | 62.139 | 12.427.800 | 67.625 | 13.525.000 | 73.426 | 14.685.200 |
2020 | 73.649 | 14.729.800 | 85.077 | 17.015.400 | 99.957 | 19.991.400 |
2030 | 102.980 | 20.596.000 | 135.318 | 27.063.600 | 176.870 | 35.374.000 |
13.2. Mão-de-obra
Critério da projeção - Considerado o número de empregados de 23.000 em 2007, como fator fixo de utilização de mão de obra em relação à produção.
Tabela 40- Projeção da Mão-de-Obra
Anos | Cenário 1- Frágil | Mao-de obra | Cenário 2- Vigoroso | Mão-de-obra | Cenário 3- novador | Mão-de-obra |
Produção Mil t | Podução Mil t | Produção Mil | ||||
2010 | 52.371 | 25.876 | 53.849 | 26.606 | 55.330 | 27.338 |
2015 | 62.139 | 30.702 | 67.625 | 33.412 | 73.426 | 36.278 |
2020 | 73.649 | 36.389 | 85.077 | 42.035 | 99.957 | 49.387 |
2030 | 102.980 | 50.881 | 125.318 | 61.917 | 176.870 | 87.388 |
14. CONCLUSÕES GERAIS
Como conclusões do relatório, podemos destacar os seguintes pontos:
a) O setor de construção civil tem um papel importante para a indústria do cimento, pois sua recuperação repercute de imediato no setor;
b) Os grupos do setor pretendem aumentar a capacidade instalada, dando continuidade aos projetos de expansão e ou/ modernização, ou mesmo com novos investimentos, como o caso da Cia. Siderúrgica Nacional;
c) O preço do cimento nas regiões importadoras é, por conseguinte, mais elevado, situando-se acima do praticado nas outras regiões onde a oferta atende a demanda;
d) O grupo Votorantim lidera a produção no Brasil com uma participação de 41,7% na produção em 2007;
e) A característica oligopolista do setor cimenteiro deve continuar, com a internacionalização dos grupos, que buscam novas oportunidades de mercado;
f) O uso intensivo de capital, investimentos elevados, um alto grau de tecnologia incorporada e escalas mínimas de produção, determinam a competitividade das empresas produtoras, criando barreiras de entrada para novos competidores;
g) Apenas 10 grupos industriais dominam o mercado do cimento no Brasil, indicando alta concentração industrial;
h) A disponibilidade da matéria-prima principal, o calcário, existe em abundância em todo o território nacional, não sendo problema para a expansão ou novos investimentos na indústria;
i) O cimento é um produto de baixo valor específico, sendo que o custo do frete tem um grande peso no seu valor final. Esta característica atua de forma a dificultar o comércio entre as regiões, propiciando a repartição do mercado num pequeno grupo de produtores;
j) O desempenho do setor de construção e, conseqüentemente, do consumo de cimento no curto prazo, vai depender de como se comportará a economia brasileira em 2009 e de fatores externos, como mudanças na política do novo governo nos Estados Unidos, e de quanto o crescimento da China será afetado pela crise mundial iniciada em setembro de 2008;
k) De acordo com o SNIC, os investimentos programados indicam que, até 2012, a capacidade do setor deve aumentar pelo menos 39%. A decisão de elevar a capacidade deverá ser mantida, mesmo diante de um cenário macroeconômico negativo. Ainda segundo o sindicato, o consumo per capita de cimento no Brasil é muito pequeno em relação ao de outros países e há muita demanda reprimida nos segmentos de habitação e infra-estrutura;
l) Com capacidade instalada de 62 milhões de toneladas em 2007, a indústria está plenamente capacitada para atender a demanda interna e trabalha com uma ociosidade média em torno de 25%. Para 2012 está previsto o aumento da capacidade instalada para 86 milhões de toneladas;
m) É uma indústria que requer grandes investimentos e está sujeita a pressões de custos e de mercado. No que se refere aos custos diretos, as despesas com combustíveis e energia elétrica na fabricação do clínquer representam 45% e 15%, respectivamente;
n) A política do governo de diminuir o déficit habitacional, estimado em 2007, de 6,273 milhões de domicílios, dos quais 5,180 milhões, ou 82,6%, estão localizados nas áreas urbanas, pode contribuir para incrementar o consumo;
o) Políticas de renda do governo federal para aumentar o poder aquisitivo da população podem contribuir para o aumento do consumo de cimento;
p) O aumento do consumo depende de políticas do governo federal, com o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, para estimular setores de infra-estrutura, habitacional, edificações, pontes, estradas, etc.;
q) Continuará sendo um desafio para o setor os problemas logísticos no país, que dificultam a distribuição de cimento;
r) Políticas de financiamentos por parte dos bancos oficiais e privados são fatores favoráveis para investimentos na indústria do cimento;
s) A consolidação dos grandes grupos em regiões consumidoras é determinada pela logística favorável para escoamento da produção;
t) A responsabilidade social e ambiental se faz presente na indústria, com políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável;
u) O desempenho do consumo de cimento no mundo depende, principalmente, do comportamento do mercado dos principais países consumidores, como a China, Índia e Brasil, já que outros países apresentaram queda de consumo em 2008;
v) Considerando o cenário 2-vigoroso, as projeções para 2030 indicam os seguintes resultados: Demanda - 135.318 mil toneladas
Investimento - US$ 27 bilhões Empregos diretos – 61.917
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABPC - Associação Brasileira dos Produtores de Cal. São Paulo, 1990.
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VALOR. Analise setorial: Indústria do cimento. São Paulo: Valor Econômico S.A, Jul.2008
SITES CONSULTADOS
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16. ANEXOS
ANEXO I
Outras projeções
Primeira projeção do consumo de cimento
Tem por base as estimativas de crescimento realizadas pela EPE (2008), referente às projeções de demanda de energia elétrica para o plano decenal de expansão de energia 2008-2017, apresentada em seu sumário executivo. Os dados foram projetados considerando para o horizonte decenal:
Crescimento do PIB 2007/ 2017 - 5,0% a.a População 2007/2017 - mais 20,5 milhões de pessoas
Diversos setores foram projetados, destacando o de cimento, que apresentou as projeções
(1) indicada na Tabela 41, tendo por base um crescimento de 6,7% ao ano.
Como o comportamento histórico do volume de produção tem a mesma ordem de grandeza do consumo, ou seja, seguem a mesma tendência, admite-se que a produção seja igual ao consumo.
Tabela 41 - Primeira projeção do consumo de cimento
Anos | 2008 | 2010 | 2015 | 2017 | 2020 | 2030 |
Produção 106 (1) | 45 | 51,2 | 70,8 | 80,7 | 98,0 | 187,4 |
Produção 106 (2) | 48 | 54,6 | 75,6 | 86,0 | 104,5 | 199,9 |
(1) Base EPE até 2017. Dados extrapolados pelo autor até 2030.
(2) Dados reais de 2008, e projetados pelo autor com base na EPE.
Segunda projeção do consumo de cimento
Esta projeção foi feita com base em duas variáveis conhecidas: Y = Consumo de cimento e X = PIB (Produto interno Bruto). Tal projeção tem por base a correlação existente entre o consumo e o comportamento da economia, representado pelo PIB. Segundo o SNIC (2007) em seu relatório anual, consta que “o consumo brasileiro de cimento nas últimas quatro décadas, bem como as questões macroeconômicas que explicam a evolução deste consumo , podem ser observadas pelos ciclos da economia, com fases de crescimento, estagflação, crescimento, crise na construção e recuperação recente”. Desta forma, foi adotado um modelo com duas variáveis, através da correlação simples utilizando a equação da reta, composta por Y = a+bX, onde:
Y = variável dependente e X = variável independente. a = constante b = coeficiente angular
Numa primeira tentativa de correlação entre as variáveis, adotou-se o modelo de logaritmos, apresentando o seguinte resultado:
Y = 23.813 ln (x) - 132.853 e R2 = 0,8747
Segundo modelo: Modelo linear
Y = 29.587x + 825,85 e R2 = 0,9089
Verifica-se, portanto, que o segundo modelo foi o escolhido para as projeções, por apresentar o melhor coeficiente de correlação, que quanto mais próximo de (1) um melhor, explicando a correlação existente entre as duas variáveis. Ressalta-se que essas projeções carecem de testes estatísticos para validação dos métodos utilizados.
A projeção foi baseada nos cenários apresentados anteriormente, baseado no crescimento do PIB, estando condicionada aos números projetados, que podem sofrer alterações nos resultados, caso ocorra alguma mudança.
Os resultados foram:
Tabela 42 - Segunda projeção do consumo de cimento - 1000 t
Anos | Cenário 1- Frágil | Cenário 2- Vigoroso | Cenário 3-Inovador |
2008 | 51.400 | 51.400 | 51.400 |
2010 | 50.813 | 51.397 | 51.883 |
2015 | 58.215 | 62.353 | 65.990 |
2020 | 65.756 | 77.500 | 90.106 |
2030 | 79.976 | 125.721 | 193.575 |
ANEXO II
Projeções conforme os cenários
PC | CA | CPC | PIB | tec | |||||
Previsto | Real | ||||||||
1962 | 8,53149 | 8,524169 | 4,219508 | 9,901878 | 0 | 1962 | 5.072,00 | ||
1963 | 8,554104 | 8,558335 | 4,219508 | 10,08641 | 0,693147 | 1963 | 5.188,00 | ||
1964 | 8,627482 | 8,628019 | 4,26268 | 9,983428 | 1,098612 | 1964 | 5.792,30 | 5.583,00 | |
1965 | 8,634798 | 8,643473 | 4,248495 | 10,03299 | 1,386294 | 1965 | 6.207,25 | 5.624,00 | |
1966 | 8,707152 | 8,720134 | 4,304065 | 10,25906 | 1,609438 | 1966 | 6.109,52 | 6.046,00 | |
1967 | 8,764834 | 8,778326 | 4,330733 | 10,35017 | 1,791759 | 1967 | 6.784,31 | 6.405,00 | |
1968 | 8,893023 | 8,966229 | 4,488636 | 10,43807 | 1,94591 | 1968 | 7.122,79 | 7.281,00 | |
1969 | 8,964823 | 9,039671 | 4,532599 | 10,5292 | 2,079442 | 1969 | 8.181,80 | 7.823,00 | |
1970 | 9,105202 | 9,140776 | 4,60517 | 10,65904 | 2,197225 | 1970 | 8.544,08 | 9.002,00 | |
1971 | 9,190444 | 9,215029 | 4,65396 | 10,80287 | 2,302585 | 1971 | 9.941,55 | 9.803,00 | |
1972 | 9,339701 | 9,357898 | 4,770685 | 10,98109 | 2,397895 | 1972 | 10.550,72 | 11.381,00 | |
1973 | 9,502861 | 9,508443 | 4,89784 | 11,3396 | 2,484907 | 1973 | 12.397,06 | 13.398,00 | |
1974 | 9,610458 | 9,622649 | 4,990433 | 11,61178 | 2,564949 | 1974 | 14.682,68 | 14.920,00 | |
1975 | 9,725377 | 9,734062 | 5,075174 | 11,77445 | 2,639057 | 1975 | 16.051,26 | 16.737,00 | |
1976 | 9,859901 | 9,872358 | 5,192957 | 11,94444 | 2,70805 | 1976 | 17.914,29 | 19.147,00 | |
1977 | 9,958118 | 9,960388 | 5,252273 | 12,0853 | 2,772589 | 1977 | 20.422,46 | 21.123,00 | |
1978 | 10,05204 | 10,05217 | 5,32301 | 12,21207 | 2,833213 | 1978 | 22.058,31 | 23.203,00 | |
1979 | 10,12158 | 10,12166 | 5,365976 | 12,31706 | 2,890372 | 1979 | 24.016,96 | 24.874,00 | |
1980 | 10,21071 | 10,20029 | 5,42495 | 12,37907 | 2,944439 | 1980 | 25.389,56 | 27.193,00 | |
1981 | 10,16781 | 10,16424 | 5,365976 | 12,46286 | 2,995732 | 1981 | 27.634,70 | 26.051,00 | |
1982 | 10,15206 | 10,14526 | 5,32301 | 12,5108 | 3,044522 | 1982 | 25.534,13 | 25.644,00 | |
1983 | 9,946068 | 9,945637 | 5,099866 | 12,15193 | 3,091042 | 1983 | 25.604,00 | 20.870,00 | |
1984 | 9,878016 | 9,86843 | 4,997212 | 12,15343 | 3,135494 | 1984 | 19.472,86 | 19.497,00 | |
1985 | 9,934744 | 9,930568 | 5,043425 | 12,26005 | 3,178054 | 1985 | 19.488,81 | 20.635,00 | |
1986 | 10,13686 | 10,13575 | 5,225747 | 12,45999 | 3,218876 | 1986 | 21.645,64 | 25.257,00 | |
1987 | 10,14518 | 10,1388 | 5,209486 | 12,55093 | 3,258097 | 1987 | 27.459,64 | 25.468,00 | |
1988 | 10,13971 | 10,13963 | 5,187386 | 12,63038 | 3,295837 | 1988 | 25.805,56 | 25.329,00 | |
1989 | 10,16277 | 10,15941 | 5,187386 | 12,93824 | 3,332205 | 1989 | 25.742,38 | 25.920,00 | |
1990 | 10,15999 | 10,16508 | 5,17615 | 13,05903 | 3,367296 | 1990 | 27.293,52 | 25.848,00 | |
1991 | 10,22158 | 10,21622 | 5,209486 | 12,91332 | 3,401197 | 1991 | 27.259,39 | 27.490,00 | |
1992 | 10,08176 | 10,09009 | 5,068904 | 12,86694 | 3,433987 | 1992 | 28.980,21 | 23.903,00 | |
1993 | 10,12033 | 10,12359 | 5,087596 | 12,97081 | 3,465736 | 1993 | 23.817,34 | 24.843,00 | |
1994 | 10,13579 | 10,13935 | 5,087596 | 13,20502 | 3,496508 | 1994 | 26.629,01 | 25.230,00 | |
1995 | 10,24906 | 10,25815 | 5,187386 | 13,5546 | 3,526361 | 1995 | 27.302,52 | 28.256,00 | |
1996 | 10,45152 | 10,46096 | 5,375278 | 13,64148 | 3,555348 | 1996 | 32.104,30 | 34.597,00 | |
1997 | 10,54786 | 10,5568 | 5,459586 | 13,67771 | 3,583519 | 1997 | 39.418,21 | 38.096,00 | |
1998 | 10,59518 | 10,60018 | 5,484797 | 13,64589 | 3,610918 | 1998 | 40.943,56 | 39.942,00 | |
1999 | 10,60247 | 10,60162 | 5,472271 | 13,2824 | 3,637586 | 1999 | 41.572,82 | 40.233,92 |
2000 | 10,59416 | 10,58936 | 5,446737 | 13,37698 | 3,663562 | 2000 | 39.780,60 | 39.901,00 | |
2001 | 10,58287 | 10,56906 | 5,411646 | 13,22451 | 3,688879 | 2001 | 39.620,99 | 39.453,00 | |
2002 | 10,56944 | 10,56806 | 5,393628 | 13,13104 | 3,713572 | 2002 | 38.664,85 | 38.927,00 | |
2003 | 10,46658 | 10,45978 | 5,273 | 13,2242 | 3,73767 | 2003 | 37.888,53 | 35.122,00 | |
2004 | 10,49083 | 10,48386 | 5,283204 | 13,40571 | 3,7612 | 2004 | 33.974,12 | 35.984,00 | |
2005 | 10,56372 | 10,53651 | 5,337538 | 13,69045 | 3,78419 | 2005 | 37.060,64 | 38.705,00 | |
2006 | 10,64292 | 10,62199 | 5,411646 | 13,90069 | 3,806662 | 2006 | 41.128,14 | 41.895,00 | |
2007 | 10,74912 | 10,71642 | 5,493061 | 14,10356 | 3,828641 | 2007 | 44.791,97 | 46.589,00 | |
PC | CA | CPC | PIB | tec | |||||
Previsto | Real | ||||||||
1962 | 8,53149 | 8,524169 | 4,219508 | 9,901878 | 0 | 1962 | 5.072,00 | ||
1963 | 8,554104 | 8,558335 | 4,219508 | 10,08641 | 0,693147 | 1963 | 5.188,00 | ||
1964 | 8,627482 | 8,628019 | 4,26268 | 9,983428 | 1,098612 | 1964 | 5.792,30 | 5.583,00 | |
1965 | 8,634798 | 8,643473 | 4,248495 | 10,03299 | 1,386294 | 1965 | 6.207,25 | 5.624,00 | |
1966 | 8,707152 | 8,720134 | 4,304065 | 10,25906 | 1,609438 | 1966 | 6.109,52 | 6.046,00 | |
1967 | 8,764834 | 8,778326 | 4,330733 | 10,35017 | 1,791759 | 1967 | 6.784,31 | 6.405,00 | |
1968 | 8,893023 | 8,966229 | 4,488636 | 10,43807 | 1,94591 | 1968 | 7.122,79 | 7.281,00 | |
1969 | 8,964823 | 9,039671 | 4,532599 | 10,5292 | 2,079442 | 1969 | 8.181,80 | 7.823,00 | |
1970 | 9,105202 | 9,140776 | 4,60517 | 10,65904 | 2,197225 | 1970 | 8.544,08 | 9.002,00 | |
1971 | 9,190444 | 9,215029 | 4,65396 | 10,80287 | 2,302585 | 1971 | 9.941,55 | 9.803,00 | |
1972 | 9,339701 | 9,357898 | 4,770685 | 10,98109 | 2,397895 | 1972 | 10.550,72 | 11.381,00 | |
1973 | 9,502861 | 9,508443 | 4,89784 | 11,3396 | 2,484907 | 1973 | 12.397,06 | 13.398,00 | |
1974 | 9,610458 | 9,622649 | 4,990433 | 11,61178 | 2,564949 | 1974 | 14.682,68 | 14.920,00 | |
1975 | 9,725377 | 9,734062 | 5,075174 | 11,77445 | 2,639057 | 1975 | 16.051,26 | 16.737,00 | |
1976 | 9,859901 | 9,872358 | 5,192957 | 11,94444 | 2,70805 | 1976 | 17.914,29 | 19.147,00 | |
1977 | 9,958118 | 9,960388 | 5,252273 | 12,0853 | 2,772589 | 1977 | 20.422,46 | 21.123,00 | |
1978 | 10,05204 | 10,05217 | 5,32301 | 12,21207 | 2,833213 | 1978 | 22.058,31 | 23.203,00 | |
1979 | 10,12158 | 10,12166 | 5,365976 | 12,31706 | 2,890372 | 1979 | 24.016,96 | 24.874,00 | |
1980 | 10,21071 | 10,20029 | 5,42495 | 12,37907 | 2,944439 | 1980 | 25.389,56 | 27.193,00 | |
1981 | 10,16781 | 10,16424 | 5,365976 | 12,46286 | 2,995732 | 1981 | 27.634,70 | 26.051,00 | |
1982 | 10,15206 | 10,14526 | 5,32301 | 12,5108 | 3,044522 | 1982 | 25.534,13 | 25.644,00 | |
1983 | 9,946068 | 9,945637 | 5,099866 | 12,15193 | 3,091042 | 1983 | 25.604,00 | 20.870,00 | |
1984 | 9,878016 | 9,86843 | 4,997212 | 12,15343 | 3,135494 | 1984 | 19.472,86 | 19.497,00 | |
1985 | 9,934744 | 9,930568 | 5,043425 | 12,26005 | 3,178054 | 1985 | 19.488,81 | 20.635,00 | |
1986 | 10,13686 | 10,13575 | 5,225747 | 12,45999 | 3,218876 | 1986 | 21.645,64 | 25.257,00 | |
1987 | 10,14518 | 10,1388 | 5,209486 | 12,55093 | 3,258097 | 1987 | 27.459,64 | 25.468,00 | |
1988 | 10,13971 | 10,13963 | 5,187386 | 12,63038 | 3,295837 | 1988 | 25.805,56 | 25.329,00 | |
1989 | 10,16277 | 10,15941 | 5,187386 | 12,93824 | 3,332205 | 1989 | 25.742,38 | 25.920,00 | |
1990 | 10,15999 | 10,16508 | 5,17615 | 13,05903 | 3,367296 | 1990 | 27.293,52 | 25.848,00 | |
1991 | 10,22158 | 10,21622 | 5,209486 | 12,91332 | 3,401197 | 1991 | 27.259,39 | 27.490,00 | |
1992 | 10,08176 | 10,09009 | 5,068904 | 12,86694 | 3,433987 | 1992 | 28.980,21 | 23.903,00 | |
1993 | 10,12033 | 10,12359 | 5,087596 | 12,97081 | 3,465736 | 1993 | 23.817,34 | 24.843,00 | |
1994 | 10,13579 | 10,13935 | 5,087596 | 13,20502 | 3,496508 | 1994 | 26.629,01 | 25.230,00 | |
1995 | 10,24906 | 10,25815 | 5,187386 | 13,5546 | 3,526361 | 1995 | 27.302,52 | 28.256,00 |
1996 | 10,45152 | 10,46096 | 5,375278 | 13,64148 | 3,555348 | 1996 | 32.104,30 | 34.597,00 | |
1997 | 10,54786 | 10,5568 | 5,459586 | 13,67771 | 3,583519 | 1997 | 39.418,21 | 38.096,00 | |
1998 | 10,59518 | 10,60018 | 5,484797 | 13,64589 | 3,610918 | 1998 | 40.943,56 | 39.942,00 | |
1999 | 10,60247 | 10,60162 | 5,472271 | 13,2824 | 3,637586 | 1999 | 41.572,82 | 40.233,92 | |
2000 | 10,59416 | 10,58936 | 5,446737 | 13,37698 | 3,663562 | 2000 | 39.780,60 | 39.901,00 | |
2001 | 10,58287 | 10,56906 | 5,411646 | 13,22451 | 3,688879 | 2001 | 39.620,99 | 39.453,00 | |
2002 | 10,56944 | 10,56806 | 5,393628 | 13,13104 | 3,713572 | 2002 | 38.664,85 | 38.927,00 | |
2003 | 10,46658 | 10,45978 | 5,273 | 13,2242 | 3,73767 | 2003 | 37.888,53 | 35.122,00 | |
2004 | 10,49083 | 10,48386 | 5,283204 | 13,40571 | 3,7612 | 2004 | 33.974,12 | 35.984,00 | |
2005 | 10,56372 | 10,53651 | 5,337538 | 13,69045 | 3,78419 | 2005 | 37.060,64 | 38.705,00 | |
2006 | 10,64292 | 10,62199 | 5,411646 | 13,90069 | 3,806662 | 2006 | 41.128,14 | 41.895,00 | |
2007 | 10,74912 | 10,71642 | 5,493061 | 14,10356 | 3,828641 | 2007 | 44.791,97 | 46.589,00 |
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
PIB PC
Cenário Fragil | Cenário Vigoroso | Cenário Inovador |
19.967,84 | 19967,84 | 19967,84 |
24.014,36 | 24014,36 | 24014,36 |
21.664,46 | 21664,46 | 21664,46 |
22.765,21 | 22765,21 | 22765,21 |
28.540,00 | 28540 | 28540 |
31.262,46 | 31262,46 | 31262,46 |
34.134,85 | 34134,85 | 34134,85 |
37.391,70 | 37391,7 | 37391,7 |
42.575,59 | 42575,59 | 42575,59 |
49.161,78 | 49161,78 | 49161,78 |
58.752,50 | 58752,5 | 58752,5 |
84.086,40 | 84086,4 | 84086,4 |
110.390,51 | 110390,51 | 110390,51 |
129.890,83 | 129890,83 | 129890,83 |
153.958,62 | 153958,62 | 153958,62 |
177.246,91 | 177246,91 | 177246,91 |
201.204,01 | 201204,01 | 201204,01 |
223.476,50 | 223476,5 | 223476,5 |
237.772,06 | 237772,06 | 237772,06 |
258.553,47 | 258553,47 | 258553,47 |
271.251,68 | 271251,68 | 271251,68 |
189.459,23 | 189459,23 | 189459,23 |
189.743,70 | 189743,7 | 189743,7 |
211.092,10 | 211092,1 | 211092,1 |
257.811,78 | 257811,78 | 257811,78 |
282.356,86 | 282356,86 | 282356,86 |
305.706,64 | 305706,64 | 305706,64 |
Cenário Fragil | Cenário Vigoroso | Cenário Inovador | TX Var |
5.072,000 | 5.072,000 | 5.072,000 | |
5.188,000 | 5.188,000 | 5.188,000 | 0,022871 |
5.583,000 | 5.583,000 | 5.583,000 | 0,076137 |
5.624,000 | 5.624,000 | 5.624,000 | 0,007344 |
6.046,000 | 6.046,000 | 6.046,000 | 0,075036 |
6.405,000 | 6.405,000 | 6.405,000 | 0,059378 |
7.281,000 | 7.281,000 | 7.281,000 | 0,136768 |
7.823,000 | 7.823,000 | 7.823,000 | 0,07444 |
9.002,000 | 9.002,000 | 9.002,000 | 0,150709 |
9.803,000 | 9.803,000 | 9.803,000 | 0,08898 |
11.381,000 | 11.381,000 | 11.381,000 | 0,160971 |
13.398,000 | 13.398,000 | 13.398,000 | 0,177225 |
14.920,000 | 14.920,000 | 14.920,000 | 0,113599 |
16.737,000 | 16.737,000 | 16.737,000 | 0,121783 |
19.147,000 | 19.147,000 | 19.147,000 | 0,143992 |
21.123,000 | 21.123,000 | 21.123,000 | 0,103202 |
23.203,000 | 23.203,000 | 23.203,000 | 0,098471 |
24.874,000 | 24.874,000 | 24.874,000 | 0,072017 |
27.193,000 | 27.193,000 | 27.193,000 | 0,09323 |
26.051,000 | 26.051,000 | 26.051,000 | -0,042 |
25.644,000 | 25.644,000 | 25.644,000 | -0,01562 |
20.870,000 | 20.870,000 | 20.870,000 | -0,18616 |
19.497,000 | 19.497,000 | 19.497,000 | -0,06579 |
20.635,000 | 20.635,000 | 20.635,000 | 0,058368 |
25.257,000 | 25.257,000 | 25.257,000 | 0,223988 |
25.468,000 | 25.468,000 | 25.468,000 | 0,008354 |
25.329,000 | 25.329,000 | 25.329,000 | -0,00546 |
415.915,80 | 415915,8 | 415915,8 |
469.317,52 | 469317,52 | 469317,52 |
405.679,23 | 405679,23 | 405679,23 |
387.294,94 | 387294,94 | 387294,94 |
429.685,27 | 429685,27 | 429685,27 |
543.086,59 | 543086,59 | 543086,59 |
770.350,32 | 770350,32 | 770350,32 |
840.268,45 | 840268,45 | 840268,45 |
871.274,35 | 871274,35 | 871274,35 |
843.984,96 | 843984,96 | 843984,96 |
586.776,70 | 586776,7 | 586776,7 |
644.983,87 | 644983,87 | 644983,87 |
553.770,52 | 553770,52 | 553770,52 |
504.358,90 | 504358,9 | 504358,9 |
553.602,76 | 553602,76 | 553602,76 |
663.782,69 | 663782,69 | 663782,69 |
882.439,07 | 882439,07 | 882439,07 |
1.088.911,00 | 1088911 | 1088911 |
1.333.818,45 | 1333818,45 | 1333818,45 |
1.371.165,37 | 1.387.171,19 | 1.400.509,37 |
1.409.558,00 | 1.442.658,04 | 1.470.534,84 |
1.449.025,62 | 1.500.364,36 | 1.544.061,58 |
1.489.598,34 | 1.560.378,93 | 1.621.264,66 |
1.531.307,09 | 1.622.794,09 | 1.702.327,90 |
1.574.183,69 | 1.687.705,85 | 1.787.444,29 |
25.920,000 | 25.920,000 | 25.920,000 | 0,023333 |
25.848,000 | 25.848,000 | 25.848,000 | -0,00278 |
27.490,000 | 27.490,000 | 27.490,000 | 0,063525 |
23.903,000 | 23.903,000 | 23.903,000 | -0,13048 |
24.843,000 | 24.843,000 | 24.843,000 | 0,039326 |
25.230,000 | 25.230,000 | 25.230,000 | 0,015578 |
28.256,000 | 28.256,000 | 28.256,000 | 0,119937 |
34.597,000 | 34.597,000 | 34.597,000 | 0,224413 |
38.096,000 | 38.096,000 | 38.096,000 | 0,101136 |
39.942,000 | 39.942,000 | 39.942,000 | 0,048457 |
40.233,915 | 40.233,915 | 40.233,915 | 0,007308 |
39.901,000 | 39.901,000 | 39.901,000 | -0,00827 |
39.453,000 | 39.453,000 | 39.453,000 | -0,01123 |
38.927,000 | 38.927,000 | 38.927,000 | -0,01333 |
35.122,000 | 35.122,000 | 35.122,000 | -0,09775 |
35.984,000 | 35.984,000 | 35.984,000 | 0,024543 |
38.705,000 | 38.705,000 | 38.705,000 | 0,075617 |
41.895,000 | 41.895,000 | 41.895,000 | 0,082418 |
46.589,000 | 46.589,000 | 46.589,000 | 0,112042 |
48.472,455 | 49.100,274 | 49.728,092 | 0,053903 |
50.432,053 | 51.746,912 | 53.078,691 | |
52.470,871 | 54.536,211 | 56.655,048 | |
54.592,113 | 57.475,861 | 60.472,374 | |
56.799,111 | 60.573,965 | 64.546,906 | |
59.095,330 | 63.839,067 | 68.895,972 |
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
1.618.260,83 | 1.755.214,09 | 1.876.816,50 |
1.663.572,14 | 1.825.422,65 | 1.970.657,33 |
1.705.161,44 | 1.907.566,67 | 2.098.750,06 |
1.747.790,48 | 1.993.407,17 | 2.235.168,81 |
1.791.485,24 | 2.083.110,49 | 2.380.454,78 |
1.836.272,37 | 2.176.850,46 | 2.535.184,34 |
1.882.179,18 | 2.274.808,73 | 2.699.971,33 |
1.919.822,76 | 2.388.549,17 | 2.915.969,03 |
1.958.219,22 | 2.507.976,63 | 3.149.246,55 |
1.997.383,60 | 2.633.375,46 | 3.401.186,28 |
2.037.331,27 | 2.765.044,23 | 3.673.281,18 |
2.078.077,90 | 2.903.296,45 | 3.967.143,68 |
2.119.639,46 | 3.048.461,27 | 4.284.515,17 |
2.162.032,25 | 3.200.884,33 | 4.627.276,38 |
2.205.272,89 | 3.360.928,55 | 4.997.458,49 |
2.249.378,35 | 3.528.974,98 | 5.397.255,17 |
2.294.365,92 | 3.705.423,72 | 5.829.035,59 |
61.484,379 | 67.280,166 | 73.538,072 |
63.970,011 | 70.906,749 | 78.492,950 |
66.556,128 | 74.728,816 | 83.781,678 |
69.246,796 | 78.756,902 | 89.426,753 |
72.046,238 | 83.002,113 | 95.452,184 |
74.958,854 | 87.476,152 | 101.883,599 |
77.989,218 | 92.191,354 | 108.748,353 |
81.142,091 | 97.160,718 | 116.075,642 |
84.422,426 | 102.397,945 | 123.896,632 |
87.835,374 | 107.917,472 | 132.244,588 |
91.386,298 | 113.734,517 | 141.155,016 |
95.080,775 | 119.865,116 | 150.665,815 |
98.924,609 | 126.326,171 | 160.817,435 |
102.923,838 | 133.135,495 | 171.653,056 |
107.084,744 | 140.311,859 | 183.218,763 |
111.413,863 | 147.875,050 | 195.563,749 |
115.917,995 | 155.845,916 | 208.740,520 |
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
Dependent Variable: PC | ||||
Method: Least Squares | ||||
Date: 07/30/09 Time: 20:26 | ||||
Sample (adjusted): 1964 2007 | ||||
Included observations: 44 after adjustments | ||||
Variable | Coefficient | Std. Error | t-Statistic | Prob. |
C | 0,88732 | 0,292415 | 3,034451 | 0,0042 |
PC(-1) | 1,196698 | 0,155434 | 7,699097 | 0 |
PC(-2) | -0,398631 | 0,131511 | -3,03117 | 0,0043 |
PIB(-1) | 0,093314 | 0,041534 | 2,246669 | 0,0302 |
R-squared | 0,987829 | Mean dependent var | 9,949021 | |
Adjusted R-squared | 0,986916 | S.D. dependent var | 0,608115 | |
S.E. of regression | 0,069559 | Akaike info criterion | -2,40678 | |
Sum squared resid | 0,193538 | Schwarz criterion | -2,24458 | |
Log likelihood | 56,94906 | Xxxxxx-Xxxxx criter. | -2,34662 | |
F-statistic | 1082,168 | Xxxxxx-Xxxxxx stat | 2,019286 | |
Prob(F-statistic) | 0 | |||
Mod --> lnPC = lnC + lnPC(-1) + lnPC(-2) + lnPIB(-1)
Cenário Fragil | Cenário Vigoroso | Cenário Inovador | |
1962 | 5072 | 5072 | 5072 |
0000 | 0000 | 0000 | 5210 |
1964 | 5586 | 5586 | 5586 |
1965 | 5673 | 5673 | 5673 |
1966 | 6125 | 6125 | 6125 |
1967 | 6492 | 6492 | 6492 |
1968 | 7834 | 7834 | 7834 |
1969 | 8431 | 8431 | 8431 |
1970 | 9328 | 9328 | 9328 |
1971 | 10047 | 10047 | 10047 |
1972 | 11590 | 11590 | 11590 |
1973 | 13473 | 13473 | 13473 |
1974 | 15103 | 15103 | 15103 |
1975 | 16883 | 16883 | 16883 |
1976 | 19387 | 19387 | 19387 |
1977 | 21171 | 21171 | 21171 |
1978 | 23206 | 23206 | 23206 |
1979 | 24876 | 24876 | 24876 |
1980 | 26911 | 26911 | 26911 |
1981 | 25958 | 25958 | 25958 |
1982 | 25470 | 25470 | 25470 |
1983 | 20861 | 20861 | 20861 |
1984 | 19311 | 19311 | 19311 |
1985 | 20549 | 20549 | 20549 |
1986 | 25229 | 25229 | 25229 |
1987 | 25306 | 25306 | 25306 |
1988 | 25327 | 25327 | 25327 |
1989 | 25833 | 25833 | 25833 |
1990 | 25980 | 25980 | 25980 |
1991 | 27343 | 27343 | 27343 |
1992 | 24103 | 24103 | 24103 |
1993 | 24924 | 24924 | 24924 |
1994 | 25320 | 25320 | 25320 |
1995 | 28514 | 28514 | 28514 |
1996 | 00000 | 00000 | 00000 |
1997 | 38438 | 38438 | 38438 |
1998 | 40142 | 40142 | 40142 |
1999 | 40200 | 40200 | 40200 |
2000 | 39710 | 39710 | 39710 |
2001 | 38912 | 38912 | 38912 |
2002 | 38873 | 38873 | 38873 |
2003 | 34884 | 34884 | 34884 |
2004 | 35734 | 35734 | 35734 |
2005 | 37666 | 37666 | 37666 |
2006 | 41027 | 41027 | 41027 |
2007 | 45090 | 45090 | 45090 |
2008 | 50.223 | 50.223 | 50.223 |
2009 | 50.610 | 51.451 | 52.286 |
2010 | 52.371 | 53.849 | 55.330 |
2011 | 54.193 | 56.359 | 58.552 |
2012 | 56.079 | 58.986 | 61.961 |
2013 | 58.030 | 61.736 | 65.568 |
2014 | 60.050 | 64.613 | 69.386 |
2015 | 62.139 | 67.625 | 73.426 |
2016 | 64.301 | 70.777 | 77.701 |
2017 | 66.521 | 74.110 | 82.334 |
2018 | 68.817 | 77.599 | 87.243 |
2019 | 71.192 | 81.252 | 92.445 |
2020 | 73.649 | 85.077 | 97.957 |
2021 | 76.191 | 89.083 | 103.797 |
2022 | 78.785 | 93.319 | 110.130 |
2023 | 81.467 | 97.756 | 116.849 |
2024 | 84.240 | 102.404 | 123.977 |
2025 | 87.108 | 107.273 | 131.541 |
2026 | 90.074 | 112.373 | 139.566 |
2027 | 93.140 | 117.716 | 148.081 |
2028 | 96.311 | 123.313 | 157.115 |
2029 | 99.589 | 129.176 | 166.700 |
2030 | 102.980 | 135.318 | 176.870 |
Histórico do consumo e ajustamento