EDITAL DE SELEÇÃO DE COORDENADOR(A) DA ÁREA DE MÚSICA PROJETOS ARENA DA CULTURA E INTEGRARTE
EDITAL DE SELEÇÃO DE COORDENADOR(A) DA ÁREA DE MÚSICA PROJETOS ARENA DA CULTURA E INTEGRARTE
A FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO, ARTES E CULTURA - FUNDAC torna público, para conhecimento dos(as) interessados(as), que estão abertas as inscrições para contratação de coordenador(a) para a área artística de Música, em conformidade com as condições estabelecidas a seguir, para o desenvolvimento das atividades de formação artística e cultural dos Projetos Arena da Cultura e Integrarte, promovidas em parceria com a Escola Livre de Artes Arena da Cultura (ELA-Arena), vinculada à Fundação Municipal de Cultura (FMC) da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH).
A FUNDAC é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 1964, com o objetivo de promover a educação, arte e cultura na região metropolitana de Belo Horizonte. A FUNDAC foi mantenedora da FAFI-BH, que se transformou, em 1999, no Unibh e é mantenedora do Colégio Educare, em Betim. Atualmente desenvolve e realiza, em parceria com a FMC, as ações formativas dos projetos Arena da Cultura e Integrarte.
CAPÍTULO 1 – DA ESCOLA LIVRE DE ARTES ARENA DA CULTURA E SUAS DIRETRIZES
A Escola Livre de Artes Arena da Cultura desenvolve atividades no campo da formação, capacitação, fruição e difusão artística e cultural a partir de dois projetos estruturantes: o Arena da Cultura e o Integrarte. O Arena é orientador de todas as ações da Escola nas esferas metodológica, conceitual e na constituição da equipe de trabalho, e por isso mesmo, sob a perspectiva de reafirmá-lo e reconhecê-lo como norteador, a Escola leva o nome de Arena da Cultura. O Integrarte configura-se como um projeto intersetorial de extrema relevância e redimensiona as perspectivas da Escola graças à sua natureza transversal, que reúne diversas áreas da ELA-Arena entorno de um objetivo comum: criar relações entre os modos de fazer e pensar nos campos da arte e da educação qualificando a prática de trabalho de agentes públicos vinculados à Secretaria Municipal de Educação (SMED).
O desenvolvimento de cursos, oficinas, workshops e laboratórios de pesquisa concretiza o atendimento direto ao público em mais de vinte unidades culturais nas nove regionais de Belo Horizonte, em dez áreas de formação artística e cultural: Artes Visuais, Audiovisual, Bastidores das Artes, Circo, Dança, Design Popular, Gestão e Produção Cultural, Música, Patrimônio Cultural e Teatro. A abordagem metodológica desenvolvida na Escola permite a facilitação do acesso do cidadão e cidadã a uma formação artística e cultural de qualidade, e que leva em conta a diversidade de estudantes e suas contribuições para o aprendizado, bem como a emancipação do sujeito por meio da arte e da cultura.
A realização conjunta e histórica entre a Escola Livre de Artes Arena da Cultura, os Centros Culturais e o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado têm se fortalecido cada vez mais, sendo preponderante na formulação das ações de formação. É importante ressaltar que a Escola, por ser descentralizada e por ter sua história imbricada à história dessas unidades culturais, não apenas ocupa esses territórios, mas é parte deles, sendo que tanto a consolidação dos equipamentos quanto a consolidação da Escola ocorreram e ocorrem numa via dialógica em que todos se fortalecem na busca por uma ideia comum de política pública. Além dos equipamentos citados acima, as ações de formação também são desenvolvidas em outros espaços parceiros e de extrema importância, tais como o Museu da Moda, o Cine Santa Tereza, o Centro de Referência da Dança e a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil. A ELA-Arena também desenvolve ação intersetorial com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC) por meio da realização de ações de formação artística e cultural no Centro de Referência das Juventudes (CRJ) e, eventualmente, em outros espaços. Em seu desenvolvimento, a abordagem metodológica da Escola Livre de Artes Arena da Cultura leva em consideração todos esses territórios. Além disso, desde 2020 a Escola desenvolve uma abordagem metodológica de aulas on-line, a Escola Expandida, que busca compreender demandas relacionadas aos contextos digitais e democratizar ainda mais o acesso.
A Diversidade, a Descentralização, a Democratização do Acesso e a Participação Social são as Diretrizes conceituais que visam garantir os direitos culturais na ELA-Arena, e estão intrincadas às noções de Cultura e Arte. Na prática, esses conceitos são ampliados ou mesmo ressignificados a partir
da experiência da Escola, desde o planejamento à execução que se corporifica nos processos de formação e criação artística e cultural. Nos encontros entre as formas de fazer, viver e conviver que se passam na Escola Livre de Artes Arena da Cultura, efetivamente se tecem teorias e práticas que se enviam e se reenviam umas às outras, ressignificando a abordagem metodológica desenvolvida no cotidiano da Escola. Esta abordagem direciona processos de aprendizado e está amparada por sólidas diretrizes implantadas na esfera da política pública. A ELA-Arena busca, a partir de seus processos, abordagens e metodologias, promover oportunidades ao acesso e fruição de bens, produtos e serviços culturais. Democratizar o acesso pressupõe atenção a camadas da população em situação de vulnerabilidade socioeconômica ou excluídas do exercício de seus direitos culturais por condições historicamente adversas. A ELA-Arena estabelece um fluxo dialógico que visa potencializar a cena local existente, ofertando ações de formação que podem ser adequadas às demandas e realidade de cada região, sendo contemplados ainda os aspectos conceituais, o respeito à natureza dos processos criativos, a diversidade das expressões artísticas e reconhecimento das práticas já existentes na cidade. A facilitação do acesso permeia desde o processo de inscrições até o percurso metodológico, compreendendo desafios relativos às linguagens, à frequência nas aulas, ao contato e envolvimento com as áreas artísticas, às relações sociais na diversidade, dentre outros aspectos. Reconhecendo, pois, as individualidades e combatendo os individualismos, as práticas artístico-pedagógicas que se desenvolvem na Escola Livre de Artes Arena da Cultura devem incitar o entrelaçamento entre as diferenças como recurso primordial para a promoção da subjetividade, sem a perda da perspectiva cooperativa. A alteridade e a perspectiva da convivência e colaboração revelam-se, assim, determinantes como elementos propulsores de autoconhecimento e reconhecimento do Outro, tanto quanto de atualizações de si em relação ao Outro e com o Outro.
CAPÍTULO 2 – DO OBJETO DO EDITAL E SUAS ETAPAS DE REALIZAÇÃO
2.1 O presente Edital tem como Objeto a seleção de coordenador(a) para planejamento e desenvolvimento das ações de formação artística e cultural na Área da Música. Neste processo de seleção, serão consideradas três etapas eliminatórias e classificatórias, a saber: Etapa I - Cadastro do(a) profissional, com envio de Currículo e suas respectivas comprovações, além de submissão do currículo do(a) candidato(a) para aprovação da FMC; Etapa II - Entrevista; Etapa III - Análise documental e exame médico admissional.
2.2. Da Etapa I - Esta etapa tem como objetivo conhecer a formação, a trajetória do(a) candidato(a) e sua proposição metodológica enquanto coordenador(a), tendo como referência a ELA-Arena. Requer a apresentação de currículo, com suas devidas comprovações de formação e experiência. A documentação deve ser entregue por meio de preenchimento de formulário online pelo site xxxxx://xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx-xxxxxxxxxxx.
2.2.1. Da documentação referente à Etapa I:
- Inscrição gratuita para o processo seletivo, por meio de preenchimento das informações solicitadas no formulário disponibilizado no link: xxxxx://xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx-xxxxxxxxxxx.
- O currículo, para além das informações pessoais, deve conter também: comprovação de formação regular (ensino médio, técnico, graduação ou pós-graduação), formação livre (escolas que não seguem a regulamentação direta do Ministério da Educação) ou ainda formação empírica (resultado de experiências práticas de troca de saberes, geralmente vinculadas às culturas populares); comprovação na Área artística e cultural da Música; o(a) candidato(a) deve ter ampla experiência com a coordenação de atividades culturais e suas devidas comprovações (certificados, declarações, diplomas, matérias de jornais, entre outros documentos); comprovação de experiência artística ou como agente cultural não necessariamente vinculada ao campo da formação.
- Ter no mínimo 5 anos de comprovada experiência na docência, no planejamento e na organização de atividades culturais da área artística e cultural da Música.
- A FUNDAC deve submeter o currículo do(a) candidato(a) indicado(a) para a aprovação da aceitação de substituição pela equipe da FMC (ver item XXIII do Termo de Colaboração 01-003.832/24-28, que dispõe: “Caso haja alteração de membros da equipe da OSC e/ou dos profissionais cujo currículo tenha sido apresentado na etapa de seleção, após a assinatura deste Termo, a OSC se obriga a substituí-los por outro profissional com currículo semelhante ou superior”). Sendo assim, a deliberação da FMC irá aprovar ou eliminar o(a) candidato(a) pela análise documental, dentro do entendimento de que seu currículo permite atender a exigência do
item XXIII. Os candidatos que atenderem às exigências e tiverem seu currículo aprovado serão chamados para participar da Etapa II.
2.3. Da Etapa II - Esta etapa tem como objetivo promover uma maior aproximação entre o(a) candidato(a) e a ELA-Arena, quando pretende-se, por meio de entrevista, conhecer melhor o(a) coordenador(a), além de lhe fornecer maior detalhamento sobre a Escola. As entrevistas serão agendadas conforme cronograma do Edital e o(a) candidato(a) deve reservar o dia programado para as entrevistas que devem ocorrer presencialmente, exceto quando houver justificativa em que o(a) candidato(a), comprovadamente, esteja fora de Belo Horizonte ou Região Metropolitana.
2.4. Da Etapa III - Nesta etapa o(a) candidato(a) selecionado(a) deverá entregar sua documentação para efetivar sua contratação e realizar exame médico admissional, conforme orientações da FUNDAC. Esta etapa é eliminatória e exige apresentação das cópias dos seguintes documentos:
A. Comprovante de endereço (água, luz ou telefone fixo) em nome do(a) profissional. Em caso de morar com os pais, o comprovante deve estar em nome de um deles. Caso more de aluguel, trazer contrato de aluguel;
B. Certidão de nascimento;
C. PIS;
D. CPF;
E. Identidade (RG);
F. Carteira de trabalho;
G. Carteira de Habilitação, se possuir;
H. Certidão de nascimento e CPF dos dependentes;
I. Cartão da conta bancária ou poupança legível ou extrato bancário, nos quais constem os dados da conta;
J. Histórico escolar;
K. Formação acadêmica, quando houver;
L. 1 Foto 3x4;
M. Título Eleitoral;
N. Certificado de Reservista, quando houver.
O. Laudo de PCD, quando for o caso.
CAPÍTULO 3 – DOS(AS) CANDIDATOS(AS)
3.1. Somente pessoas físicas poderão apresentar propostas, sendo civilmente capazes, diretamente responsáveis pelo planejamento e entrega de suas propostas e documentação.
3.2. O(a) candidato(a) deve residir, comprovadamente, em Belo Horizonte ou Região Metropolitana.
3.3. Não poderão participar do processo de seleção funcionários(as) da Administração Direta e Indireta do Município de Belo Horizonte.
3.4. Tendo em vista os valores que regem todo o trabalho desenvolvido pela Escola Livre de Artes Arena da Cultura, em consonância com suas noções fundamentais, como democracia, acesso e diversidades, que lhe servem como pilar conceitual, ressalta-se a importância da participação de pessoas com deficiência no corpo de colaboradores da Fundac para atuar nos projetos.
Tal participação não se justifica apenas pelo direito à equidade, no que tange às oportunidades, em todos os setores da sociedade, mas também pela importância de visões pedagógicas que se constroem fundadas em diferentes modos de ser, viver e atuar no mundo.
Sendo assim, os candidatos que se inscreverem sob a condição de pessoa com deficiência (PCD) terão sua participação no processo seletivo garantida sob as premissas da equidade, em relação aos demais concorrentes. O acesso justo e igualitário ao processo seletivo abrangerá a avaliação das propostas apresentadas, a consideração do quadro de disponibilidade de horários e o alcance da nota mínima de aprovação estipulada em todas as etapas.
Reconhecendo a importância de promover um espaço inclusivo e acessível para todos, em consonância com as diretrizes da ELA-Arena, a FUNDAC segue promovendo uma cultura organizacional que respeita e celebra a diversidade em todas as suas formas.
3.5. O nome pelo qual pessoas travestis e transexuais são reconhecidas socialmente é de livre escolha, de acordo com a identidade de gênero e independe do registro civil. As pessoas travestis e trans podem usar o nome pelo qual queiram ser identificadas em cadastros ou documentos semelhantes. Em Belo Horizonte, esse é um direito garantido pelo Decreto Municipal 16.533, de 2016, que dispõe sobre a inclusão e o uso do nome social de pessoas travestis e transexuais nos registros municipais e estabelece parâmetros para seu tratamento no âmbito da administração direta e indireta. Esse direito também é garantido em âmbito estadual (Decreto 47.148, de 25 de janeiro de 2017) e federal (Decreto 8.727, de 28 de abril de 2016).
3.6. É desejável que o(a) proponente conheça e se interesse pelas dinâmicas propostas pela ELA-Arena indicadas no PPAP. Dentro de seus fluxos de trabalho, será dever do(a) Coordenador(a) da Escola:
- Ter extenso conhecimento sobre o PPAP e contribuir para que as ações pedagógicas estejam amparadas pelas quatro Diretrizes da ELA-Arena;
- Desenvolver parâmetros de formulação, execução, avaliação e acompanhamento da abordagem metodológica que se dá no cotidiano dos percursos formativos;
- Propor ações formativas, soluções didáticas e supervisionar o desenvolvimento das atividades em todas as esferas pedagógicas, em constante articulação com o corpo docente e a administração pública;
- Contribuir com a promoção da integração entre as ações da Área e de outras Áreas, no exercício da transversalidade;
- Auxiliar na construção de textos de naturezas diversas que estejam relacionados ao campo artístico-pedagógico;
- Contribuir no processo de gestão da carga horária do corpo docente, amparados(as) pelas diretrizes da Escola e sua natureza de formação;
- Orientar a equipe de profissionais, designando aulas e ações formativas, de acordo com o perfil pedagógico de cada professor(a) e suas respectivas habilidades e possibilidades de horários de trabalho;
- Comprovar ampla formação nas suas respectivas áreas, com saberes específicos, além de experiência docente e de pelo menos cinco anos e práticas no campo da arte, da cultura e da educação. Devem ainda, vivenciar o cotidiano da produção artística na cidade, atentos(as) à sua constante atualização;
- Apresentar disponibilidade para trocas de experiência em outros espaços de formação além da Escola, considerando seu conhecimento sobre política pública, sua disponibilidade de dialogar com diversos setores da sociedade civil e da administração pública e, sobretudo, sua prática nos campos da arte e da educação;
- Reunir-se duas vezes por semana, ou por mais vezes, se necessário, com representantes efetivos da administração pública, sendo a coordenação do NUFAC responsável por conduzir as reuniões que envolvem os processos metodológicos no campo artístico-pedagógico da Escola como um todo;
- Cumprir os princípios de assiduidade, pontualidade, contribuição para o grupo de trabalho e presença qualificada no cotidiano de trabalho;
- Realizar, quando solicitadas, reuniões de caráter intersetorial;
- Estabelecer aproximação, em todas as etapas do processo, e diálogo permanente com as equipes das Unidades Culturais diversas que são parceiras na realização das ações formativas da ELA-Arena;
- Orientar os(as) docentes em situações diversas, ao longo de todo o período letivo, aproximando-se do cotidiano das aulas. Para tanto, se valem de reuniões quinzenais de equipe, de imagens das aulas, relatos e relatórios produzidos pelos(as) professores(as); bem como de visitas esporádicas às turmas, para acompanhar o trabalho e participar dos momentos dedicados à avaliação;
- Contribuir para que sejam reconhecidas, entre os diversos setores da administração pública e sociedade civil, como colaboradoras nos processos de construção de ensino-aprendizagem da Política Pública de Formação Artística e Cultural;
- Realizar conversas com as turmas e individualizadas com alunos(as) quando necessário, mantendo constantes as trocas de informações no cotidiano das aulas;
- Colaborar nas estratégias didáticas e nos planejamentos de aulas que são coletivizados e elaborados entre as coordenações de Área e o corpo docente;
- Contribuir com a conceituação, planejamento, execução e avaliação da Mostra Arena e da finalização dos processos formativos a cada semestre;
- Contribuir no processo de indicação de materiais didáticos de caráter permanente e de consumo, em seu processo de aquisição, bem como ser capaz de justificar o uso de cada material nos processos artístico-pedagógicos;
- Contribuir para a escrita de relatórios qualitativos a respeito das ações de formação;
- Contribuir para a formação discente no bom uso do recurso público relacionado ao bilhete de transporte social;
- Facilitar a comunicação com as equipes do almoxarifado e secretaria escolar da ELA-Arena, colocando-se disponível no fluxo cotidiano de trabalho em busca de solucionar questões diversas;
- Acompanhar e validar instrumentos pedagógicos e documentos administrativos de registro, além de outros que se fizerem necessários, visando o fluxo das ações da escola e o cumprimento das metas estabelecidas.
CAPÍTULO 4 – DAS INSCRIÇÕES
4.1. Os(as) interessados(as) em participar do processo seletivo devem realizar sua inscrição e enviar suas comprovações, no período de 1 a 5 de abril de 2024.
4.2. A documentação referente à Etapa I deve ser enviada via preenchimento de formulário no link xxxxx://xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx-xxxxxxxxxxx, que estará disponível até 17h do dia 5 de abril.
4.3. A documentação referente à Etapa I deve ser enviada via formulário de inscrição online, conforme orientações contidas neste Edital.
4.4 Para apresentação de notório saber ou Mestre da Cultura Popular é necessário apresentar comprovação de experiência empírica (certificação, carta assinada pela comunidade que reconhece a Maestria do(a) profissional, matérias de jornais, fotos, vídeos ou outras maneiras de comprovação que o(a) candidato(a) entender necessário).
4.5. As propostas enviadas após o horário e data de encerramento do prazo serão automaticamente indeferidas e desconsideradas. Será validada como comprovação do horário de entrega, as informações fornecidas pelo sistema.
4.6. A comprovação da realização da inscrição se dará por e-mail através do envio de comunicado pelo próprio formulário de inscrição online. É de inteira responsabilidade do(a) proponente acompanhar o recebimento do e-mail direcionado para o endereço eletrônico utilizado na realização da inscrição. Será através do e-mail que serão enviadas notificações a respeito de aprovações ou reprovações em cada etapa do processo seletivo.
4.7. As inscrições serão protocoladas conforme a ordem de recebimento. Caso o(a) candidato(a) envie documentação após o seu primeiro cadastro, será desconsiderado o primeiro envio e avaliado EXCLUSIVAMENTE a última documentação anexada. Caso o(a) candidato(a) envie documentação posterior ao prazo, a mesma não será considerada.
4.8. Para realização da inscrição online deverão ser preenchidas as informações solicitadas no formulário disponibilizado no link xxxxx://xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx-xxxxxxxxxxx.
4.9. A FUNDAC não se responsabiliza por qualquer envio de documentação referente à inscrição não recebida por motivos de ordem técnica dos computadores, de falhas de comunicação, de congestionamento das linhas de comunicação, bem como por outros fatores que impossibilitem a efetivação do recebimento da inscrição.
4.10. É de inteira responsabilidade dos(as) interessados(as) acompanhar a publicação de todos e quaisquer atos e/ou comunicados referentes a este Edital, na aba “processo seletivo” de sua inscrição e na página eletrônica da FUNDAC: xxxxx://xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx-xxxxxxxxxxx
4.11. O(a) coordenador(a) selecionado(a) será convocado(a) a trabalhar em regime celetista, enquanto os(as) demais candidatos(as) passarão a compor um banco de profissionais que poderá ser aproveitado.
4.12. O ato de inscrição no processo seletivo implica a aceitação de todas as condições estipuladas no presente Edital.
CAPÍTULO 5 – REMUNERAÇÃO e BENEFÍCIOS
5.1. A remuneração do coordenador(a) selecionado(a) e contratado(a) na modalidade celetista será de R$7.632,00 (sete mil seiscentos e trinta e dois reais) por 120 horas mensais de atuação.
5.2. Será pago vale-alimentação no valor de R$22,80 (vinte e dois reais e oitenta centavos) por dia trabalhado.
5.3. Será oferecido vale-transporte, mediante desconto de 6% em folha CLT e em conformidade com o deslocamento residência-equipamento cultural-residência (comprovadamente para residentes em Belo Horizonte e região metropolitana).
CAPÍTULO 6 – DOS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E SUA PONTUAÇÃO
6.1. A seleção das propostas será realizada em 03 (três) etapas, a saber:
A) Primeira Etapa – ELIMINATÓRIA
Análise da documentação, dos currículos e suas comprovações;
B) Segunda Etapa – ELIMINATÓRIA E CLASSIFICATÓRIA – 15 (quinze) pontos Entrevista individual com os(as) proponentes selecionados(as) na Primeira Etapa.
C) Terceira Etapa – ELIMINATÓRIA
O(a) candidato(a) selecionado(a) após a divulgação da classificação final deverá apresentar a documentação descrita no Item 2.4 e realizar exame médico para contratação.
6.2. Na Primeira Etapa, a FMC e a Comissão de Seleção farão a análise da documentação, do currículo do(a) profissional e de suas comprovações, levando em consideração os critérios a seguir:
a) Comprovação da formação (regular, livre ou empírica), das experiências docentes, pedagógicas e artísticas do(a) proponente;
b) Conexões entre experiência, prática profissional do(a) proponente e a efetividade de sua liderança na coordenação da área;
c) Semelhança ou superioridade do currículo do profissional que será substituído.
6.3. Somente serão selecionados(as) para a Segunda Etapa os(as) candidatos(as) que forem aprovados na primeira Etapa..
6.4. Na Segunda Etapa, a Comissão de Seleção realizará as entrevistas no dia 11 de abril de 2024, a serem agendadas diretamente com os(as) candidatos(as) selecionados(as) na Primeira Etapa.
6.5. As entrevistas poderão ser realizadas de forma presencial na sede da FUNDAC ou remota, por meio de videoconferência, desde que o(a) candidato(a), comprovadamente, esteja fora de Belo Horizonte ou da região metropolitana.
6.6. A entrevista será pontuada de 0 a 15 (zero a quinze) pontos, a partir dos seguintes critérios:
I. Coerência nas conexões com a própria prática profissional artística e cultural do(a) candidato(a) e as diretrizes da ELA-Arena – 03 (três) pontos;
II. Capacidade de comunicação oral (entendimento e objetividade diante das questões formuladas pelos membros da comissão) – 01 (um) ponto;
III. Conhecimento sobre os conteúdos, eixos, modalidades e abordagem metodológica da Área Artística de Música – 02 (dois) pontos;
IV. Experiência como agente cultural, coordenador de equipes ou projetos, vivência artística e pedagógica do(a) proponente – 04 (quatro) pontos;
V. Disponibilidade do(a) proponente para atender os educadores em horários, dias e locais diversos, em conformidade com a demanda da Escola – 05 (cinco) pontos.
CAPÍTULO 7 – DO(A) CANDIDATO(A) APROVADO(A)
7.1. Será classificado(a) o(a) candidato(a) que tiver seu currículo aprovado pela CMAC. A pontuação da Etapa II é classificatória.
7.2. Xxxxxxx empate entre proponentes com a mesma pontuação final, somadas as duas etapas, o desempate seguirá os seguintes critérios de pontuação:
A) Maior pontuação no inciso IV do item 6.6;
B) Maior pontuação no inciso I do item 6.6;
C) Maior pontuação no inciso III do item 6.6;
D) Maior idade.
7.3. Caso ainda persista o empate entre as pontuações, a Comissão de Seleção estabelecerá o desempate, de acordo com a demanda da Escola, respeitando-se o perfil dos(as) candidatos(as) e as atividades ofertadas na ELA-Arena.
7.4. O resultado da Segunda Etapa será divulgado no dia 12 de abril de 2024, diretamente ao candidato por meio do próprio sistema de inscrição e por e-mail.
7.5. Não caberá recurso aos resultados de seleção da Comissão.
7.16. A divulgação da classificação final da seleção será realizada dia 12 de abril de 2024 na página eletrônica da FUNDAC (xxxxx://xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx-xxxxxxxxxxx).
CAPÍTULO 8 – DA COMISSÃO DE SELEÇÃO
8.1. Para análise e seleção do(a) coordenador(a) será designada uma Comissão de Seleção composta de, pelo menos, 03 (três) membros. A Comissão será responsável pela avaliação de todos(as), atuando de maneira integrada e transversal.
8.2. Caberá à Comissão de Seleção a análise e avaliação das documentações, currículos, comprovações, entrevistas e definição do(a) candidato(a) aprovado(a).
8.3. Os(as) integrantes da Comissão de Seleção serão designados(as) por representantes da FUNDAC e da FMC, em comum acordo entre as partes, e poderão ser substituídos(as) a qualquer tempo, em caso de impossibilidade de participação decorrente de caso fortuito ou de força maior, por outros igualmente idôneos.
8.4. Os nomes dos(as) integrantes da Comissão de Seleção serão divulgados juntamente com o resultado da seleção, objeto deste Edital.
8.5. A Comissão de Seleção encerrará seus trabalhos com a seleção do(a) coordenador(a).
CAPÍTULO 9 – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
9.1. Todas e quaisquer decisões da Comissão de Seleção serão soberanas e definitivas, para as quais não cabem recursos.
9.2. Os casos omissos, relativos ao presente Edital, serão decididos pela Comissão de Seleção.
9.3. Esclarecimentos aos(às) interessados(as) poderão ser prestados EXCLUSIVAMENTE por e-mail, através do endereço eletrônico xxx.xxxxx@xxxxxx.xxx.xx ou por mensagem enviada pelo WhatsApp (não haverá atendimento por ligação). O WhatsApp para esclarecimentos de dúvidas é o de número (00) 000000000, de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00 (exceto feriados).
9.4. Os esclarecimentos deverão ser solicitados com a seguinte identificação: ESCLARECIMENTOS “COORDENAÇÃO DE MÚSICA” – NOME COMPLETO DO(A) INTERESSADO(A).
9.5. O presente Edital encontra-se disponível na página do Processo Seletivo.
9.6. Fica eleito o Foro da Comarca de Belo Horizonte – Minas Gerais para dirimir quaisquer dúvidas e/ou controvérsias oriundas desse Edital, com renúncia expressa a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
Belo Horizonte, 25 de março de 2024.
Fundação de Educação, Arte e Cultura - FUNDAC
ANEXOS
Anexo I: detalhamento da Escola Livre de Artes Arena da Cultura e suas Áreas Anexo II: locais de realização das atividades
Anexo III: cronograma do Edital
ANEXO I:
DETALHAMENTO DA ESCOLA LIVRE DE ARTES ARENA DA CULTURA E SUAS ÁREAS ARTÍSTICAS E CULTURAIS
A Escola Livre de Artes Arena da Cultura se insere no âmbito da Cultura, fundamentada por legislação própria dessa esfera. Logo, a formação ofertada é caracterizada por oficinas e cursos livres de natureza artística e cultural que não se configuram como ensino técnico, acadêmico ou profissionalizante vinculados à grade curricular proposta pelo Ministério da Educação. O que significa que a ELA-Arena tem como objetivo primordial o desenvolvimento de uma política pública que busca assegurar os direitos culturais de todas e todos, e goza de liberdade para construir, coletivamente, em diálogo com a cidade, uma abordagem metodológica e organizacional própria, em constante transformação e atualização, a partir de demandas advindas de diversos territórios de Belo Horizonte. Ao destrinchar o nome da Escola, a palavra Livre carrega significados que permeiam o desenvolvimento do cotidiano das aulas. A palavra Livre também se justifica pela garantia do livre acesso de todo(a) e qualquer cidadão(ã) a uma formação artística e cultural emancipatória, que valorize o protagonismo de todos(as) os(as) estudantes. A arte e a cultura estão intrinsecamente ligadas à vida humana e fazem parte do exercício da subjetividade e do sensível, sendo que todas as pessoas são produtoras de cultura e, em alguma medida, experimentam a arte. Cabe à Escola assegurar ainda mais acesso às práticas artísticas e culturais, garantindo o Direito Cultural e estimulando o desenvolvimento do pensamento crítico por parte de indivíduos no reconhecimento de sua produção cultural. Observa-se que as diferentes turmas da ELA-Arena abrigam pessoas com interesses diversos, algumas com experiências no campo da arte e da cultura, outras que nunca tiveram acesso à formação no campo de forma institucionalizada, seja por meio da política pública ou de outras iniciativas; pessoas que têm interesse em seguir carreira artística e trabalhar diretamente na área e outras que não têm esse interesse, mas desejam experimentar a formação e fruição como um direito adquirido.
É importante que ocorra um desenvolvimento de percursos formativos pautados pelas noções de autonomia e emancipação discente na construção de sua trajetória. Nesse contexto, é pertinente considerar a diversidade do(a) profissional para atuar na ELA-Arena, bem como a definição, considerando o contexto da política pública, dos critérios para sua seleção. Ressalta-se que, conforme as demandas curriculares, que envolvem perspectivas eruditas e populares de arte, bem como distintos modos de pensar e fazer nesses âmbitos, o corpo docente da ELA-Arena também apresenta caráter diverso, envolvendo profissionais com saberes empíricos, formações em cursos livres, graduações, pós-graduações, além de mestres(as) da cultura popular. Tal diversidade é necessária, pois se encontra fundamentada pela metodologia desenvolvida na Escola, assim como nela interfere diretamente. O desafio é seguir investindo tanto na composição variada quanto na formação continuada dos(as) profissionais, tendo em vista as especificidades do público diverso alcançado pela Escola, que requer referências com ampla representatividade.
A Escola, em suas ações, reafirma a cultura como bem público, como direito irrestrito. No que tange suas diretrizes - democratização do acesso, valorização da diversidade, descentralização e participação social - são fundamentadas em marcos legais e normativos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948; a Constituição Federal, de 1988; a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da Unesco, de 2001; a Convenção pela Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, de 2005; o Plano Nacional de Cultura (PNC) instituído em 2010; o Plano Estadual de Cultura de 2017, que visa “à garantia do exercício dos direitos culturais pela população” e que traz uma sessão sobre “formação na área da cultura”; o Plano Municipal de Cultura (PMC), de 2015, e Sistema Municipal de Cultura (SMC); e o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial (2019), visando à garantia do acesso a todos e todas, de forma irrestrita, à formação e criação artística e cultural.
Objetivos da Escola Livre de Artes Arena da Cultura:
1. Desenvolver as noções de cidadania e direito cultural por meio da arte e da cultura, garantindo à população e comunidades de Belo Horizonte, o acesso à formação artística e cultural, capacitação, fruição, produção e difusão de bens artísticos e culturais, dando prioridade de acesso às parcelas da sociedade em situação de vulnerabilidade socioeconômica ou que historicamente foram excluídas da garantia de seus direitos culturais.
2. Promover o acesso da população aos bens e serviços no âmbito das artes e da cultura, por meio de ações descentralizadas, consolidando uma política pública permanente que reúna o fazer artístico e cultural nos diversos territórios, reconhecendo e valorizando a pluralidade de saberes presentes nas nove regionais de Belo Horizonte.
3. Garantir o direito à formação e difusão artística e cultural continuada nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Bastidores das Artes, Circo, Dança, Design Popular, Gestão e Produção Cultural, Música, Patrimônio Cultural e Teatro, bem como dinamizar o segmento produtivo das manifestações artísticas e culturais nestas dez áreas estimulando a fruição e o diálogo permanente com ações que ocorrem na cidade, para além do espaço escolar.
4. Estimular e ampliar a participação efetiva da sociedade civil (entendida como indivíduos, grupos e segmentos) e de agentes públicos estudantes da ELA-Arena na formulação, discussão e instauração da política cultural, principalmente no âmbito da formação, criando espaços de participação social e aprimorando sua participação em instâncias já consolidadas na construção da política pública.
5. Desenvolver as noções de autonomia, emancipação e protagonismo por meio de uma formação artística e cultural cidadã, em que estudantes sejam capazes de trilhar seus próprios percursos com responsabilidade e espírito crítico, em processos que valorizem o autoconhecimento, a autenticidade e os modos de fazer próprios de cada aluno e aluna.
6. Compreender a diversidade, a pluralidade de ideias e as múltiplas identidades como valores que direcionam as práticas cotidianas da ELA-Arena pautadas pelo reconhecimento das diferenças e pelo exercício de alteridade e empatia.
7. Desenvolver as noções de colaboração e construção de grupo de trabalho, por meio de abordagens metodológicas que reconheçam a roda como espaço de diálogo permanente e coletivo.
8. Garantir aos cidadãos e cidadãs de Belo Horizonte o direito de acessar uma formação artística e cultural de qualidade, por meio de cursos modulares de longa duração, oficinas de curta duração, espaços de pesquisa, experimentação e criação, encontros, workshops, palestras, seminários e minicursos bem como facilitar o acesso às atividades de fruição, produção e difusão artística e cultural.
9. Propor e desenvolver abordagens metodológicas, procedimentos e técnicas de formação artística e cultural continuada e capacitação, por meio de ações permanentes de qualidade, que reconheçam aspectos próprios de cada área de atuação, mas que transversalizem conteúdos e modos de fazer.
10. Promover ações de capacitação, por meio de atividades nas áreas de Gestão e Produção Cultural e Bastidores das Artes relacionando tais práticas às atividades desenvolvidas pela ELA-Arena, em diálogo com perspectivas profissionais no campo da arte, do mercado de trabalho e da economia da cultura.
11. Promover ações de difusão artística e cultural, tais como a Mostra Arena, no decorrer dos percursos formativos e também na finalização dos cursos e módulos, transversalizando práticas e saberes entre as áreas de formação artística e cultural, alinhadas às diretrizes e abordagem metodológica da ELA-Arena.
12. Desenvolver abordagens metodológicas com conteúdos e modos de fazer que valorizem a pluralidade de saberes que compõem o Brasil em suas diversas matrizes, amparadas pela lei municipal de nº 9.934 de 21 de junho de 2010, dando ênfase ao cumprimento das leis federais nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e nº 11.645, de 10 de março de 2008.
13. Contribuir para a implementação e o desenvolvimento de programas e projetos públicos na área cultural, promovendo o exercício da intersetorialidade com outras Secretarias da Prefeitura de Belo Horizonte, como a Saúde, a Assistência Social, em especial a Educação, referência para o Projeto Integrarte.
14. Efetivar diálogo permanente com agentes públicos(as) de diversos setores da Fundação Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Cultura na prerrogativa de realizar ações integradas com Teatros, Museus e demais unidades culturais, bem como fortalecer a preservação da memória e a valorização do patrimônio cultural imaterial.
15. Buscar a integração com outros projetos e ações desenvolvidas pela Fundação Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Cultura nos campos da formação artística-cultural e capacitação, principalmente aqueles desenvolvidos nas unidades culturais onde ocorrem atividades da ELA-Arena.
16. Desenvolver oficinas e cursos nos diversos territórios da cidade, efetivando diálogos permanentes com as populações locais e equipes de unidades culturais descentralizadas, na prerrogativa de ofertar atividades pautadas pelos contextos diversos da cidade, amparadas pela abordagem metodológica da ELA-Arena e sua concepção de formação artística e cultural.
17. Conhecer, apoiar e estimular as manifestações de coletivos artísticos e culturais que existem em Belo Horizonte, por meio de atividades de capacitação e formação nas áreas de atuação da ELA-Arena.
18. Promover e gerir parcerias com instituições de ensino, organizações da sociedade civil, entidades privadas, dentre outras, para desenvolvimento e implementação de projetos e ações de formação e capacitação de artistas, técnicos(as), gestores(as), professores(as), educadores(as), agentes culturais e interessados(as) em geral.
19. Desenvolver, amparada pela Gerência de Bibliotecas e Promoção da Leitura e da Escrita, atividades de formação literária, incentivo e acesso à leitura na Biblioteca da ELA-Arena (BELA).
20. Disponibilizar documentos e dados, construídos a partir de indicadores, que reflitam o alcance de público e territórios no Município, ao mesmo tempo que construa mecanismos de avaliação permanente para que o trabalho da ELA-Arena seja aprimorado com participação social e transparência em sua gestão.
21. Garantir o acesso de pessoas com deficiência, sofrimento ou transtorno mental, em confluência com a lei de acessibilidade e demais xxxxxx xxxxxx, amparada por grupos de organização da sociedade civil e pela rede da administração pública municipal em suas diversas instâncias, tais como comissões específicas, Diretorias, Gerências e Coordenações, como por exemplo, a Coordenação de Saúde Mental, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde.
22. Valorizar e reconhecer a Cultura da Infância como um campo fértil de aprendizado para todas as idades, além de garantir o acesso de crianças às atividades da ELA-Arena em oito, de suas dez áreas de formação artística e cultural.
23. Xxxxxxxxx e reconhecer os(as) profissionais envolvidos nas ações artístico-pedagógicas de formação e capacitação, coordenadores(as) de área e professores(as), garantindo diálogo permanente entre as equipes, na perspectiva de aprimorar o trabalho desenvolvido pela ELA-Arena.
24. Garantir infraestrutura com materiais didáticos e espaço físico adequados para o desenvolvimento das oficinas e cursos propostos, bem como um almoxarifado em pleno funcionamento para preservação e empréstimo de materiais voltados para as atividades de formação e difusão desenvolvidas pela ELA-Arena.
25. Preservar o acervo e a memória da Escola, tanto material, quanto imaterial, por meio da organização de registros, banco de dados, banco de imagens e manutenção do acervo com o devido armazenamento.
26. Reconhecer os critérios de assiduidade, pontualidade, presença qualificada e contribuição para o grupo de trabalho como pilares que possibilitam a permanência e conclusão de estudantes em oficinas e cursos da Escola.
27. Garantir o funcionamento de uma secretaria escolar sensível à natureza artístico-pedagógica, responsável pelos processos administrativos de inscrição, rematrícula, atendimento ao aluno(a), frequência e certificação de estudantes da ELA-Arena.
28. Realizar a entrega de certificados para os(as) estudantes em até 90 dias após o final de cada atividade formativa.
29. Desenvolver política de acesso para estudantes egressos da Escola em espaços de experimentação, criação e oficinas de capacitação, bem como a circulação de bens culturais produzidos por estudantes formandos(as) da ELA-Arena.
30. Estimular e auxiliar estudantes na realização de ações de protagonismo estudantil, como o Sarau Vagabundo de Todo Mundo e o Reflete Arena, acompanhando, avaliando e buscando estratégias conjuntas para aprimorar essas ações.
31. Garantir, junto aos órgãos responsáveis pela Comunicação nos âmbitos da FMC/SMC e PBH, uma comunicação efetiva e eficiente para o público externo à ELA-Arena e entre a comunidade escolar, tanto para mobilização de interessados(as) e divulgação de atividades, quanto para um diálogo entre alunos(as), professores(as) e agentes públicos da FMC/SMC.
Informações detalhadas sobre os dois Projetos
Perfil de profissionais da ELA-Arena
Tendo em vista o contexto específico da Escola Livre de Artes Arena da Cultura e de sua abordagem metodológica, faz-se necessário a presença de profissionais qualificados(as) que compreendam a sua complexidade, sendo capazes de acompanhar os alcances e desafios próprios da política pública. No campo artístico-pedagógico, a ELA-Arena conta com profissionais que exercem papéis distintos: coordenadores(as) de áreas, educadores(as), estagiários(as), trabalhadores(as) de diversos setores, além do quadro técnico efetivo da própria Fundação Municipal de Cultura e das Coordenações do NUFAC e Gerência da Escola. Para que o trabalho em sala de aula esteja alinhado à abordagem metodológica que se instaura a partir das diretrizes da Escola, é necessário que haja uma equipe diversa, com abertura para a interlocução e compartilhamentos constantes com a comunidade escolar. Tais diretrizes estão em prol de uma abordagem que busca propiciar diferentes caminhos didáticos e de acolhimento, vinculados à uma noção abrangente das múltiplas vertentes e lógicas inseridas no campo da arte e da cultura. Além disso, entende-se que a prática artístico-pedagógica na Escola equivale a uma prática investigativa que exige profissionais abertos(as) a uma experiência singular, dispostos(as) a lidar com o não-saber, ao mesmo tempo em que reúnem em seu fazer o viés pedagógico e artístico, mirando a diretriz de democratização do acesso à formação. Faz-se necessário, também, um recorrente diálogo
entre todos(as) os(as) profissionais da ELA-Arena para que a abordagem metodológica desenvolvida seja melhor compreendida nas mais diversas instâncias. Para tanto, toda a sua equipe deve vivenciar ações reflexivas por meio de seminários, reuniões e mostras; bem como práticas formativas em workshops e aulas diversas que lhe propicie os conhecimentos empíricos fundados no sentir.
Promoção da Igualdade Étnico-Racial
Enquanto política pública municipal de formação artística e cultural, cabe à ELA-Arena viabilizar, para além do acesso aos bens culturais, o direito à produção e criação de espaços que busquem referências em diversas matrizes de conhecimento. Isso inclui promover espaços de formação, criação e reflexão sobre culturas que se inscrevem na edificação do Brasil a partir de matrizes africanas e indígenas, culturas historicamente essenciais e fundantes, mas tidas como inferiores pelo projeto civilizatório da modernidade, que impôs o padrão eurocêntrico como referência universal. Reflexões latino americanas contemporâneas, sobre colonialismo e colonialidade do poder, convidam a buscar uma perspectiva decolonial. Tal perspectiva implica em um necessário deslocamento epistêmico que reconhece, valoriza e busca incorporar a diversidade de lógicas e estruturas de pensamento historicamente silenciado. Essas culturas refletem perspectivas de vida que, pelo próprio modo de existência, são contraponto a um padrão imposto, propositivas ao representarem modos possíveis de existência e de resistência, capazes de aglutinar saberes múltiplos, num vasto campo de conhecimento. Assim, tais referências devem ser formalizadas em diferentes instâncias, como é o caso da educação. Destaca-se que a Lei Federal nº10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, garante, no currículo oficial da rede de ensino fundamental e médio, a inclusão da obrigatoriedade de estudos de “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”; uma iniciativa que visa a aproximar estudantes da História do Brasil, a partir de narrativas que reconheçam e considerem as contribuições desses povos na história do país. Ainda que a natureza de ensino desenvolvida pela ELA-Arena seja de caráter livre, o conteúdo da Lei vai ao encontro das Diretrizes da Escola e serve como referência para as ações formativas ofertadas. Destacam-se dois parágrafos da referida Lei Federal:
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio (sic) na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR) (Lei 11.645/08)
No âmbito legislativo, destaca-se, ainda, a lei nº 9.934 de 21 de junho de 2010 que dispõe sobre a Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial, cria o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial e dá outras providências.
O descentramento do pensamento dito universal abre a possibilidade de se conhecer epistemologias que orientam diversos modos de pensar e agir no mundo. O contato com a pluralidade de saberes e valores é vivência fundamental para o processo artístico e produção de conhecimento, estimulando sujeitos a serem protagonistas de suas histórias, criando novas formas de pensar e se relacionar com outras sociedades. Se a herança colonial de constituição do Estado brasileiro produziu dinâmicas de subordinação e exclusão cultural, o investimento no direito à cidadania cultural demanda a criação de condições para que as populações sejam reconhecidas como produtoras de subjetividades e experimentem processos criativos e de livre expressão de suas visões de mundo, modos de vida, línguas, manifestações estéticas e expressões simbólicas. Essa conexão entre cultura e cidadania está entre os valores e conceitos do Plano Nacional de Cultura que orienta a compreensão do processo dinâmico que é a cultura, o que requer “constantes interlocuções entre os legados de nossas matrizes culturais fundadoras, as linguagens do campo artístico, as dinâmicas territoriais locais e as demandas dos cidadãos e cidadãs das diferentes faixas etárias, situações profissionais, condições de vida e opções religiosas, políticas e sexuais” (PNC, 2008, p. 30).
Com a valorização de saberes diversos e a atenção a diferentes expectativas e desejos de um grupo heterogêneo em sua composição social, cultural e humana, a linha do aprendizado individual tem sua construção favorecida por uma via coletiva. Tal construção do aprendizado coletivo se faz, essencialmente, a partir da escuta e do diálogo com as/os estudantes, sendo essas práticas determinantes para a ação artístico-pedagógica, agindo como definidoras na escolha de conteúdos programáticos a serem experienciados e percursos a serem desenvolvidos em sala de aula. bell hooks nos diz o seguinte: “O diálogo ocupa uma centralidade em uma pedagogia do educador democrático. Falando sobre a partilha de informações, a troca de ideias é uma prática tanto para dentro como para fora dos espaços acadêmicos, que afirmam para os ouvintes que aprender pode ter lugar em um espectro variado de tempos (nós podemos aprender muito em cinco minutos) e este conhecimento pode ser compartilhado em diferentes modos de discurso”. (hooks, 2003, tradução nossa).
A ELA-Arena vem determinando que seus conteúdos e referências (bibliográficas, iconográficas, estéticas, artísticas) também sejam advindos de matrizes culturais afrodescendentes, africanas e de povos indígenas, originários do Brasil. Com isso, a Escola quer afirmar a necessidade de fomento, ampliação e transversalização de todas as suas ações formativas com intuito de colocar em relevo, valorizar e problematizar os modos de fazer, viver, conviver e construir saberes sobre e com o mundo, ressaltando que eles advêm das mais diversas matrizes culturais componentes do país. Esta abordagem justifica-se no reconhecimento da diversidade de estéticas, símbolos, histórias, linguagens e da vastíssima gama de contribuições que estes modos de conviver, viver e fazer trouxeram, e trazem, para as artes, culturas e sociedade brasileira de maneira continuada. Os(as) envolvidos(as) nas práticas e reflexões devem ser convidados(as) ao cultivo e à recriação de imaginários inscritos nas produções artísticas e culturais destas matrizes. Reitera-se a necessidade de ampliar a participação consciente do(a) estudante e, além disso, desenvolver meios concretos para que ele(a) mesmo(a) ative seus potenciais de aprendizado, por meio da fruição, criação e recriação das, e com, artes e culturas pré-colombianas, afro-brasileiras e africanas.
Cultura da Infância e Cultura da criança
A etnomusicóloga Xxxxx Xxxxxxxx afirma que existe uma Cultura da Criança, ou seja, a criança não é um livro em branco a ser preenchido. Na sua perspectiva, as crianças são produtoras de cultura, de conhecimento, elas são criativas, inventam e reinventam a partir dos elementos culturais que encontram. Na memória de seu corpo, trazem a memória do movimento que é criado, recriado em movimentos necessários para realizar as brincadeiras que lhes são apresentadas ou que inventam: “A cada gesto do brincar, você vê que o talento do ser humano é infinito, é uma maravilha e a porta por onde isso aparece é deixar brincar. Menino com menino na natureza.” (XXXXXXXX,2010). Mas além desta Cultura da Criança que é própria da fase da vida de uma pessoa, existe o que pode ser chamado de Cultura da Infância, que considera a existência entre os adultos de uma memória física, corpórea e simbólica. Há dentro de cada adulto(a) a memória da infância, da cultura da criança, formando um patrimônio diversificado, que ultrapassa os limites geracionais e de fronteiras geográficas. Assim, os brinquedos e brincadeiras de meninos, meninas e de todas as idades, fazem parte do patrimônio cultural brasileiro. O ato de brincar e confeccionar brinquedos são manifestações do patrimônio lúdico-cultural existente em diversas épocas e culturas que, a partir da memória, da oralidade e dos gestos e movimentos corporais, valorizam as práticas tradicionais em harmonia com a atualidade.
Desde 2011, a Área de Patrimônio Cultural desenvolve, em parceria com os Centros Culturais e o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, os Encontros de Brinquedos e Brincadeiras. Estes encontros visam a garantir e afirmar o direito à cultura da infância e à formação de crianças, adolescentes e adultos com um espírito brincante, criativo, solidário, democrático e transformador. A cultura da infância faz parte dos processos criativos e representativos da cultura popular e das tradições culturais brasileiras. Os brinquedos e as brincadeiras também estão presentes nas cantigas de roda, nas histórias contadas e passadas de geração para geração, na literatura, nas rodas de cultura tradicional, nas rodas de samba e nas mais diferentes festas e manifestações da cultura popular. Nos Encontros de Brinquedos e Brincadeiras, os(as) participantes compartilham momentos lúdicos de interação social e famílias são estimuladas a vivenciar brincadeiras populares, valorizando a confecção de brinquedos, o trabalho com o corpo, o desenvolvimento da oralidade e o reconhecimento das artes e elementos da cultura brasileira presentes nas brincadeiras. Estes encontros são sempre conduzidos por um(a) brincante que faz parte do corpo de profissionais da ELA-Arena e tem o papel de mediar os interesses de todos(as) os(as) participantes, fazendo proposições de brincadeiras ou de confecção de brinquedos. Os Encontros de Brinquedos e Brincadeiras acontecem uma vez por semana,
em horário definido entre a Escola e a Unidade Cultural, com a presença de crianças e pessoas de todas as idades.
A Escola Livre de Artes - Arena da Cultura, por meio da Área de Patrimônio Cultural, oferece formação para brincantes. Nessa formação, os(as) participantes experimentam, com o corpo, jogos e brincadeiras tradicionais que compõem a cultura brasileira, a construção de brinquedos, leitura de textos e apreciação de vídeos. O objetivo é estimular o conhecimento, reconhecimento e reflexão sobre a cultura da infância. Essa formação é importante para garantir uma continuidade da memória cultural e das práticas dos(as) brincantes, e contribui na formação de educadores(as), professores(as) e trabalhadores(as) de organizações sociais que lidam diretamente com o universo da criança.
Todas as áreas da Escola organizam-se na oferta de ementas específicas que atendam o público infantil ancoradas na Cultura da Infância. Um dos principais objetivos é desenvolver uma pedagogia que alie conteúdos específicos das artes com a liberdade do brincar que é própria do universo da criança. Em sua maioria, as atividades ocorrem de forma descentralizada.Os(as) educadores(as) responsáveis por tais oficinas têm como desafio transformá-las em espaços abertos à ludicidade onde, por meio de jogos e brincadeiras, os(as) participantes possam ser levados(as) ao encontro com os elementos que compõem as Áreas. A ideia é a experimentação de práticas lúdicas em que um maior número de crianças atuem juntas e divirtam-se com as materialidades e conteúdos próprios de cada Área. Brincando, elas mantêm a chama viva da experiência em sala de aula, provocando, inclusive, a busca pela melhor contextualização da abordagem metodológica. A ELA-Arena busca distanciar-se do imaginário de “crianças talentosas” que se preparam para serem artistas no futuro e, pelo contrário, busca-se a garantia do direito cultural exercido no momento presente, independente do que se espera no campo das profissões.
Percursos Formativos da Escola Livre de Artes Arena da Cultura
As diretrizes que amparam a abordagem metodológica da Escola Livre de Artes Arena da Cultura colocam desafios didáticos permanentes na busca pela garantia da democratização do acesso à formação em arte e cultura. Para cumprir tal objetivo são desenvolvidos diversos percursos formativos, com diferentes possibilidades de entrada de estudantes e durações específicas. O processo de inscrição, critérios para formação de turmas e critérios para certificação nos cursos e oficinas também estão alinhados às mesmas diretrizes da Escola. Entre os percursos formativos desenvolvidos pela ELA-Arena, o(a) próprio(a) estudante é corresponsável pela definição dos caminhos que deseja percorrer em sua formação, sendo este um processo que favorece sua emancipação, a partir de suas escolhas e descobertas ao longo dos anos. Cada um dos percursos tem características próprias com objetivos definidos e podem ocorrer de forma simultânea ou sequencial. É comum que o(a) aluno(a) busque, de forma autônoma, experienciar atividades ofertadas em áreas artísticas diversas e de forma paralela. A Escola desenvolve como percursos formativos: oficinas de curta duração, cursos de longa duração, laboratórios de pesquisa e núcleos de experimentação, encontros, workshops, seminários, palestras, fóruns e minicursos. O tempo de duração de cada um, a organização didática dos conteúdos, a abordagem metodológica, o modo de acesso e conclusão por parte de estudantes são as características que definem cada percurso e demarcam a diferença entre eles. Na busca pela garantia da democratização do acesso aos percursos formativos, considera-se suas devidas especificidades, tendo em vista o desenvolvimento do ensino de qualidade. Alguns percursos são sequenciais e de longa duração e exigem pré-requisitos para entrada. Outras atividades não exigem sequer inscrição prévia, como é o caso dos Encontros de Brinquedos e Brincadeiras. Em algumas é possível que o(a) estudante entre a qualquer momento do semestre. Há ações que possibilitam o convívio entre adultos e crianças, há ainda aquelas em que é possível inscrever-se um pouco antes de seu início. Assim a Escola diversifica a forma de entrada de estudantes e facilita o acesso, sendo amparada pela abordagem metodológica e as ferramentas didáticas que visam garantir sua efetividade.
- Oficinas de curta duração: ocorrem, majoritariamente, de forma descentralizada, nas nove regionais de Belo Horizonte, e atendem a uma faixa etária diversa. Todas as áreas artísticas ofertam essas oficinas que são consideradas a principal porta de entrada para a Escola, já que ocupam territórios variados e se desenvolvem em tempos mais curtos, compreendidos em até um semestre. A curta duração é uma experiência de formação artística e cultural que se encerra em si mesma, com princípio, meio e fim, como uma prática que serve para que o(a) estudante entenda se está preparado(a) ou se tem interesse em assumir um processo de formação mais longo, que exige mais horas por semana de
comprometimento e de presença qualificada. A abordagem metodológica das oficinas organiza seus conteúdos para que a atividade seja encerrada dentro do mesmo semestre, de maneira não modular e, caso os estudantes queiram uma experiência de expansão modular, devem seguir para os cursos de longa duração. Tempo de duração: de 20 a 72 horas de duração e ocorrem geralmente uma vez por semana, com encontros de até 02 horas, podendo ocorrer duas vezes por semana, com até 03 horas de duração. Em alguns casos, opta-se por 02 horas e meia de aula. As oficinas acontecem, em sua maioria, de março a junho, ou de agosto a novembro, e totalizam, aproximadamente, quatro meses de duração. Os conteúdos são organizados a partir do histórico pedagógico da ELA-Arena, amparado pela escuta da cidade, pois algumas ementas são demandadas há anos e passaram a fazer parte do quadro permanente de oficinas, sendo o caso do estudo de violão, por exemplo. Outros conteúdos são organizados a partir de demandas específicas do público dos centros culturais, ou de outras unidades descentralizadas, como, por exemplo, o caso de bordadeiras ou grupos com saberes específicos que querem vivenciar uma experiência mediada pela Escola. Em tais casos, algumas ementas e conteúdos são adaptados de forma a dialogar com a proposta recebida. Há, ainda, aqueles conteúdos voltados para iniciantes, com ementas que têm por objetivo sensibilizar o público para uma aproximação com a área. É desejável que as oficinas de curta duração tenham flexibilidade para a oferta de ementas que explorem conhecimentos e noções básicas de cada área para estudantes iniciantes bem como de ementas que abordem conteúdos específicos. A oferta de curta duração viabiliza uma experiência múltipla em arte, respeitando-se o perfil diverso da população atendida e suas demandas. Entrada e saída de estudantes: nos percursos formativos de curta duração, opta-se por um processo facilitado de acesso, levando em consideração o objetivo de democratização, principalmente para um público residente nas periferias da cidade, onde é ofertada a maior quantidade de oficinas com tal perfil.
- Cursos de longa duração: com duração de até quatro anos, os cursos se organizam em módulos, sendo que algumas Áreas trabalham com a perspectiva de ciclos para facilitar a compreensão das etapas do processo. Todos os cursos preveem, em sua metodologia, um processo acumulativo de conhecimentos, de forma que os estudantes aprofundem e expandam sua experiência do início até a conclusão do curso. A disposição em módulos é comum a todas as áreas da Escola que desenvolvem este percurso. Cada módulo corresponde a um semestre. As aulas dos módulos ocorrem de uma a três vezes por semana, a depender da área e da etapa do curso. Cada módulo tem carga horária variável, sempre acima de 40 horas, organizadas para caber no semestre letivo. As aulas têm duração de três horas e ocorrem, majoritariamente, no NUFAC, sendo que alguns desses módulos são ofertados em outras regionais da cidade a partir da demanda apresentada. A carga horária total de um curso pode ultrapassar 800 horas, a depender da Área. A abordagem metodológica e organização dos conteúdos são ofertados de forma progressiva, levando em consideração a formação continuada de estudantes e o processo cumulativo no curso como um todo. No desenvolvimento das aulas, alguns módulos contam com mais de um profissional em sala, sendo alguns educadores(as) referências e outros(as) complementares. Na organização dos cursos de longa duração pode ocorrer, quando necessário, a oferta de Estudos Complementares com ementas específicas que possam atender demandas apontadas pela turma durante o seu percurso. É comum que, nos processos de entrada dos cursos de longa duração, surjam estudantes que já participaram de oficinas de curta duração, ou, ainda, estudantes com experiências em outras áreas. Todo o processo de formação de turmas valoriza a experiência dos primeiros dias de aula como uma referência para reconhecimento entre as pessoas, tanto para estudantes, quanto para a Escola, sendo considerados os critérios gerais de entrada nos cursos. A finalização dos cursos dá-se após a conclusão de todos os módulos, para algumas áreas oito módulos, para outras seis módulos, de forma que o(a) estudante reconheça seu percurso de até quatro anos como uma experiência singular e emancipatória.
- Estudos Complementares - Módulo Transversal: consiste em um desdobramento e aprofundamento de diálogos interdisciplinares entre as diferentes linguagens artísticas e caracteriza-se como estudos complementares de todas as Áreas. A proposição deste módulo parte da experiência histórica de intercâmbio entre as áreas artísticas da ELA-Arena, bem como de trabalhos desenvolvidos junto aos Circuitos Culturais do Arena, na década de 1990 e 2000, e às experiências pedagógicas do Projeto Integrarte. Conjugando interesses, práticas e avaliações dos resultados de todos os cursos e oficinas ao longo dos 25 anos de existência do Arena da Cultura, o Módulo Transversal, ofertado como Estudo Complementar dos Cursos de Longa Duração, busca construir estratégias de criação artística de caráter híbrido, não somente em sua materialidade, apresentação ou realização, mas também em seu processo de trabalho e conceituação. O Módulo Transversal tem como objetivo proporcionar uma ampliação da abordagem do campo artístico, tendo em vista a descoberta, experimentação e complementação de elementos ético-estéticos que fortaleçam o processo de pesquisa e criação de estudantes da ELA-Arena.
Com foco eminentemente prático na condução das atividades, o Módulo Transversal provoca o questionamento das divisões conceituais definidoras das expressões artísticas em áreas tão fechadas em si. A separação do campo artístico em linguagens específicas, como artes visuais, música, dança, teatro, entre outras, é característica do pensamento moderno ocidental e pode ser considerada limitante ao processo criativo. Por esta razão, o Módulo Transversal busca como referência diversos modos de pensamento e formas de produção de conhecimento. Neste sentido, as perspectivas africanas e indígenas, não apenas para este módulo, devem ser referências, na medida em que nelas a experiência prática não é dissociada de processos conceituais e de aprendizado, as fronteiras são fluidas e a experiência de criação é inerente à experiência de vida. Transpondo as nomeações estanques e pré-determinadas próprias do pensamento moderno, a proposta é enfatizar a imersão na experiência, investigando a integração entre conceitos, materialidades e práticas do corpo, imagem, memória, movimento e território. O módulo transversal é realizado em encontros de 2 a 3 horas cada, semestralmente, podendo acontecer uma ou duas vezes por semana, com carga horária variável entre 40 e 72 horas. Como uma atividade atravessada por processos criativos e pesquisas sobre as potências de interação e interfaces entre as diferentes linguagens, o Módulo Transversal visa ao aprofundamento da curiosidade artística e ao reconhecimento da estrutura da ELA-Arena e suas diretrizes pedagógicas. Este módulo propõe a criação de um grupo de trabalho formado por estudantes de diferentes cursos que terão seus processos criativos instigados por professores(as) complementares. O Módulo Transversal articula um espaço de experimentação intensiva que funciona como percursos provocativos para a expansão da percepção estética. Entre as estratégias pedagógicas iniciais a serem propostas e construídas nos encontros e os procedimentos de trabalho, está a ênfase na valorização da experiência e das formas de saber e fazer como processos de conhecimento e produção de conteúdo. Atividades relacionadas à compreensão sensível dos exercícios de composição e ritmo, tradução e transcriação, ocupação e invenção de espaços de criação podem articular o desenvolvimento de uma maior consciência e percepção das misturas entre as áreas artísticas e as formas de expressão decorrentes dos encontros e desencontros das linguagens. O Módulo Transversal abre as possibilidades de investigação sobre as potencialidades artísticas dos conceitos híbridos, de modo a constituir procedimentos estéticos que não tenham como premissas a disputa de fronteiras, origens ou destinos. Pode ser interessante também que sejam discutidas as implicações dos processos das atividades e de compartilhamento dos trabalhos no mundo, tendo em vista a implosão dos conceitos de gêneros artísticos. Debater e investigar as consequências de uma metodologia de criação, convivência e produção do que ainda não tem nome; ou que ainda não se sabe o nome; ou o que não é necessário ou não se consegue nomear. O encontro entre diversas Áreas de atuação da Escola em todas as aulas do Módulo.
- Laboratórios de pesquisa e Núcleos de experimentação: espaço criado para estudantes interessados(as) em vivenciar processos de pesquisa e experimentação por meio de práticas de criação e estudo de técnicas específicas. Nos laboratórios de pesquisa e núcleos de experimentação, alunos(as) e interessados(as) são convidados(as) ao exercício de desenvolvimento da autonomia a partir de projetos desenvolvidos individualmente ou em grupos. O(a) educador(a), nesse caso, torna-se um mediador e orientador do(a) estudante que deseja ampliar seu repertório e, ao mesmo tempo, ser orientado mais diretamente no percurso da experimentação. Este percurso formativo desperta o interesse de alunos(as) egressos(as), que já concluíram o curso de longa duração, mas desejam seguir pesquisando linguagens, em exercícios de criação e desenvolvimento de sua identidade criativa. As aulas têm duração de duas a três horas e ocorrem uma vez ou duas vezes por semana. A carga horária dos laboratórios varia entre 40 e 72 horas, aproximadamente, sendo variável de acordo com a ementa e a demanda da turma. A metodologia abordada nesses espaços de experimentação e pesquisa propicia aos estudantes o desenvolvimento de um espírito investigativo que busca perguntar, indagar e compreender caminhos autorais para soluções de questões técnicas, éticas e estéticas. A abordagem estimula a partilha de experiências, saberes e técnicas entre os(as) participantes, sendo que o papel do(a) docente passa a ser de auxiliar na formulação de perguntas, apontando referências diversas e leituras possíveis sobre o que está sendo construído, estimulando o olhar crítico e analítico do(a) estudante. A orientação de projetos coletivos ou individuais é uma das estratégias didáticas deste tipo de atividade. Entrada e saída de estudantes: os conteúdos programáticos desenvolvidos nesses espaços de pesquisa e experimentação dão-se num percurso investigativo, em que se pretende uma abordagem mais flexível para facilitar a entrada de estudantes em qualquer momento do Laboratório ou Núcleo. A partir de projetos individuais ou da turma, faz-se um planejamento didático em que as etapas do processo são vivenciadas na busca pela autonomia do(a) aluno(a). Assim sendo, caso haja vagas, é válida a chegada de novas pessoas que pretendem vivenciar a experiência de pesquisa em qualquer
momento da atividade, desde que compreendam o andamento do processo e a organização da abordagem metodológica não cumulativa sob o ponto de vista didático.
- Encontros: a natureza dos Encontros é bastante livre e busca radicalizar a ideia de democratização do acesso, já que, em alguns casos não exige inscrição prévia e a participação do(a) interessado(a) pode se dar por mais de um encontro ou em apenas um dia, sem que isso afete a qualidade da experiência vivenciada. Naturalmente, quem vai em mais de um encontro tem o acúmulo da vivência e da repetição, mas a organização didática prevê que o Encontro se encerre em si mesmo, de forma que, a cada dia, se vivencie uma experiência em que é possível receber novas pessoas. Os Encontros também são organizados em rodas de conversa para jovens e adultos com assuntos variados. A Escola tem, como exemplo desse percurso formativo, os Encontros de Brinquedos e Brincadeiras voltados para crianças, adultos e demais interessados(as) na experiência do brincar e na Cultura da Infância. Os encontros variam entre uma hora e meia e três horas e ocorrem ao longo de todo o ano. A abordagem metodológica tem como desafio fortalecer o grupo de trabalho a cada Encontro realizado, sendo que as pessoas que participam das atividades nem sempre são as mesmas. Trabalha-se na perspectiva de execução de ações, ou seja, em tal dia a turma vai confeccionar um brinquedo, no outro vai aprender uma brincadeira, no outro dia vai assistir a um filme e assim por diante.
- Minicursos: percurso formativo implementado, em 2019, para a realização de atividades em Audiovisual do Núcleo de Produção Digital (NPD-BH), vinculado à Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Com carga horária menor que os Cursos de Longa Duração, estes Minicursos possibilitam uma formação continuada em módulos com ementas específicas. Os processos pedagógicos ofertados pretendem aproximar estudantes do universo da realização, circulação e das etapas de produção no Audiovisual. Os Minicursos são destinados ainda a quem deseja expandir conhecimentos considerando suas experiências prévias, aprimorar o estudo de técnicas específicas e se aproximar do mercado cultural. Os Minicursos são percursos imersivos compostos por até quatro módulos que podem ser ofertados de forma simultânea, em aulas que ocorrem de uma a três vezes por semana, com duração de até 3 horas. Os módulos deste percurso têm carga horária de 40 a 72 horas, sendo que cada Minicurso pode chegar a até 288 horas, desenvolvido num único semestre ou durante o período de um ano. Os conteúdos são organizados a partir do histórico pedagógico da ELA-Arena, amparados pela escuta da cidade e pela própria noção de formação da cadeia produtiva do Audiovisual articulada pelo NPD-BH. Geralmente com recorte de algum tema ou prática específica, com ementas voltadas ao desenvolvimento de determinados conteúdos introdutórios ou avançados, para quem quer uma expansão de conhecimentos ou conhecer mais sobre áreas de atuação no mercado audiovisual. Os percursos imersivos podem ser articulados, por exemplo, em torno das seguintes ementas: Produção Audiovisual com módulos de Produção Executiva e Direção de Produção, Composição visual, englobando Arte e Fotografia, Paisagens sonoras que soma captação e edição de som, Montagens e Remontagens, para abordagem da edição de imagens, entre tantas possibilidades.
- Workshops: Alinhados ao objetivo das oficinas de curta duração que visam a propiciar uma experiência formativa artística e cultural que se encerra em si, os workshops são vivências que buscam provocar o contato e o aprendizado do(a) estudante num espaço de tempo ainda mais conciso, geralmente com recorte de algum tema ou prática específica. O caráter dos workshops, por seu curto espaço de tempo, pode apresentar-se como uma experiência intensa para o(a) aluno(a). Na busca pela transversalidade, a Escola deve oferecer a prática do workshop entre áreas, num espaço em que trocas entre alunos(as) de áreas diversas se efetive. Os workshops devem ter entre 03 a 20 horas de duração e a carga horária pode ser variável, de acordo com a necessidade da experiência. Essas escolhas dependem das demandas apontadas e do calendário letivo. Os workshops podem acontecer em qualquer período do ano. Entende-se que os workshops podem ser um caminho de colaboração entre professoras e professores de áreas distintas e propiciar a construção de conhecimento com características transversais, entrelaçando saberes. Os conteúdos podem ser organizados para complementar necessidades ou demandas específicas de estudantes dos cursos de longa duração ou de oficinas e laboratórios. Apesar da curta duração, o caráter costumeiramente mais prático dos workshops faz com que suas ementas sejam específicas, configurando-se como estudos complementares, ou como experiências pontuais no desenvolvimento de determinados conteúdos introdutórios ou avançados. No caso de ementas introdutórias, opta-se por um processo de acesso facilitado semelhante aos das oficinas. Porém, a depender do conteúdo abordado, quando passando por treinamentos muito específicos que exigem experiências prévias dos(as) estudantes, é possível que haja a sinalização de pré-requisitos, não tanto com objetivo de impedir acesso, mas sim na direção de evidenciar o tipo de práticas que podem fazer parte da vivência do workshop.
ÁREA DE MÚSICA
A abordagem desenvolvida pela Área de Música leva em consideração a variedade de aprendizados como o autodidata, não-formal, vivenciado pela oralidade, imitação e pelo improviso. Os percursos propostos abarcam as experiências de alunos(as), mas propõem novas dinâmicas e recursos didáticos priorizando a prática musical. Dessa forma, ocorre um compartilhamento de bagagens musicais e aprendizagens de naturezas heterogêneas. Procedimentos autodidatas e acadêmicos, formais e não-formais, racionais e intuitivos, entre tantas possibilidades próprias do encontro entre pessoas diferentes que buscam experimentar dentro do campo. A diversidade do público que procura as oficinas e cursos exige uma escuta aberta, atenta às diferentes expectativas e demandas apresentadas. A procura pela Música apresenta diversas motivações, desde aprofundar os conhecimentos já adquiridos em outras escolas, pesquisar e experimentar, aprender a cantar ou tocar instrumentos, aperfeiçoar-se em linguagens, estilos e conteúdos musicais específicos oferecidos pela escola, fazer alguma atividade recreativa, ter uma aula de música como oportunidade “única” na vida, vivenciar a prática de conjunto, conhecer mais sobre teoria musical para aplicar nas comunidades e bandas, entre outras possibilidades. Por esta razão, o objetivo é oferecer o acesso às aulas de música e de instrumentos, proporcionando uma experiência de qualidade, que favoreça o desenvolvimento de sua autonomia em relação aos conteúdos aprendidos e experiências vividas. A promoção do acesso decorre de diálogo com estilos específicos de expressão espalhados e encontrados pela cidade e demandados pelas pessoas que procuram o Arena. O conteúdo estrutural, que considera a cultura musical dos territórios da cidade e do país lançando mão também de patrimônios musicais antigos e contemporâneos de outras culturas, é apontado pela equipe de educadores(as), mas compartilhado por meio de recursos didáticos variados considerando o perfil do público de cada atividade. A equipe busca trazer o elemento rítmico para a centralidade das experiências musicais em sala de aula, seja a partir de práticas corporais ou das execuções instrumentais, valorizando o estudo e a prática da música popular. Neste sentido, o violão, a percussão e a voz destacam-se como pontos de partida essenciais para o desenvolvimento das aulas.
A Área compreende a importância da diversidade cultural presente na memória e vivência sociais e musicais trazidas pelos(as) alunos(as) e busca trazer para seus conteúdos práticas e referências diversas que se aproximem do contexto discente. Tornam-se campos de estudos as diferentes manifestações artísticas que perpassam o Brasil, as tradições brasileiras e as manifestações culturais afrodescendentes. A prática coletiva e o exercício de busca pela emancipação é um exercício cotidiano de profissionais da Área. O exercício de autonomia que a Área busca desenvolver perpassa o conhecimento que cada um(a) dos(as) alunos(as) tem acerca de seu próprio universo sonoro, suas memórias e registros pessoais. Para isso, é importante estudar referências múltiplas que compõem a música brasileira e que são atravessadas por influências latinas, indígenas e africanas, entendendo, pois, que a música é o reflexo de uma sociedade e sua história, em diálogo com o contemporâneo.
A roda, para a Área da Música, é fundamental no desenvolvimento das aulas. Presente em muitas culturas, ela acontece para apresentar o universo musical às crianças e comunidades; a roda é essencial no rito ou em cerimônias, sempre acompanhada de instrumentos e cantos. No Brasil, a roda atravessa manifestações artísticas e culturais diversas: a roda de samba, a roda de choro, cantigas de roda, tambor de crioula, entre outras expressões da música popular brasileira. Tais manifestações proporcionam uma troca múltipla e democrática, que busca compreender a complexidade da música, e ao mesmo tempo favorecer a construção em grupo, a escuta coletiva e o aprendizado musical na prática e no fazer.
A abordagem da Área propõe a condução dos processos didáticos direcionada por um fio condutor, um projeto/compositor definido previamente a cada ano, refletido nas diversas atividades, em aulas e rodas de conversas, perpassando o cotidiano da Música ao longo dos dois semestres letivos. Como exemplo desta abordagem, em 2018, o assunto “mulheres compositoras” deu espaço para reflexões sobre protagonismo feminino na música e os desafios enfrentados na cena musical brasileira, no que tange à invisibilidade e ausência de pesquisa sobre suas obras. Este assunto permeou diversos módulos e oficinas desenvolvidas pela área. No desenvolvimento desta abordagem, cabe à equipe docente mediar e provocar diálogos e reflexões, gerando estímulos à criação que se desdobram, a partir deste assunto central, em estudos da prática, da teoria e da técnica musical, incluindo também a organização de ensaios e preparações para apresentações. Educadores(as) atuando como intermediários(as) do desenvolvimento de eventos importantes como Saraus, Mostra Arena da Cultura, comemorações da Escola e apresentações variadas dos(as) alunos(as) da Área. A experiência em conjunto é estimulada em todas as modalidades, buscando espaços para que estudantes consigam criar e expor suas criações,
poesia para canções, melodias, harmonias e arranjos. Também incentiva-se a execução da obra em conjunto nos Saraus da Escola ou da Área, em mostras, apresentações especiais e em ações transversais, como os Encontros de Improvisação. A equipe de profissionais tem formação em áreas distintas, tais como música erudita, música popular, formação com mestres(as) populares ou experiência na prática em palcos, studios, gravações e shows. As trocas promovidas nas reuniões de Área favorecem o compartilhamento de avaliações e propostas conjuntas desenvolvidas com as turmas. Nestas trocas ocorrem a construção de ações e soluções pedagógicas revistas e atualizadas constantemente.
Com percursos formativos divididos em Oficinas de Curta Duração, Curso de Longa Duração e seus Estudos Complementares, Núcleos de Experimentação e Workshops e Encontros. Cada percurso considera as especificidades que envolvem os processos de ensino-aprendizagem em música e o perfil do público que procura um destes percursos. A heterogeneidade quanto à faixa etária, às identidades culturais e aos interesses e objetivos que compõem o grupo são valorizadas de acordo com as Diretrizes da ELA-Arena, assim como a democratização do acesso, sempre considerada nas ofertas e continuidade dos percursos.
A Área da Música aborda os seguintes eixos:
Parâmetros do som; Performance; Estruturação da linguagem musical; Apreciação e Análise musical; Leitura e Escrita; Criação e também, Histórias das Músicas.
Em diálogo com estudantes, estes eixos dão origem às ações pedagógicas e a partir deles são desenvolvidos conteúdos para todos os percursos da Área. A prática cotidiana, amparada por estes eixos, vai sendo aprimorada pelo encontro com o público, sendo que os estudos de técnicas, teorias e práticas caminham juntos na experiência didática.
Oa) candidato(a) deve apresentar uma proposta de atividade que abarque conteúdos e eixos metodológicos trabalhados na Área, abordagem metodológica escolhida de acordo com o perfil do público atendido, estratégias didáticas para o desenvolvimento de exercício entre corpos diversos (entre sensibilidades musicais distintas e com maior ou menor experiência musical), dentre outros aspectos que o(a) candidato(a) considerar importante para uma melhor compreensão da sua proposta. Sugere-se buscar mais detalhamento, tais como ementas que constam no PPAP e no site da ELA-Arena.
ANEXO II
ENDEREÇOS DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA - PREFEITURA DE BELO HORIZONTE
REGIONAL BARREIRO
● Centro Cultural Bairro das Indústrias – CCBDI Xxx xxx Xxxxxxxxxxxxx, 000, Xxxxxx Xxxx xxx Xxxxxxxxxx (00) 0000-0000
● Centro Cultural Lindéia Regina – CCLR Xxx Xxxxxxxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxxxx, 000, Xxxxxx (00) 0000-0000
● Centro Cultural Urucuia – CCU Xxx X0, 000, Xxxxxxx
(00) 0000-0000
● Centro Cultural Vila Santa Rita – CCVSR Xxx Xxx Xxxxxx xxx Xxxxxx, 000, Xxxx Xxxxx Xxxx (00) 0000-0000
REGIONAL CENTRO SUL
● Centro Cultural Vila Fátima – CCVF
Xxx Xxx Xxxxxx Xxxxxxx, 000, Xxxx Xxxxx Xxxxxxx xx Xxxxxx (00) 0000-0000
● Centro Cultural Vila Marçola – CCVM Xxx Xxxxxxxxxx xx Xxxxx, 000, Xxxxx
(00) 0000-0000
● Centro de Referência da Juventude – CRJ e Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte Xxxxx Xxx Xxxxxxx, 00, Xxxxxx - Xxx. Praça da Estação
(00) 0000-0000
● Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte – MIS-BH Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxx, 000, Xxxxxxx
(00) 0000-0000
● Museu da Moda de Belo Horizonte – MUMO Xxx xx Xxxxx, 0.000, Xxxxxx
(00) 0000-0000
● Núcleo de Formação e Criação Artística e Cultural – NUFAC
Xxxxxxx xxx Xxxxxxxx, 000, 0x xxxxx, Xxxxx 000 x 000, Xxxxxx - Xxx. Praça da Estação (00) 0000-0000
REGIONAL LESTE
● Centro Cultural Alto Vera Cruz – CCAVC Xxx Xxxxx Xxxxx Xxxxx, 0.000, Xxxx Xxxx Xxxx
(00) 0000-0000
● Centro Cultural São Geraldo – CCSG Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxxxx, 000, Xxx Xxxxxxx (00) 0000-0000
● Museu da Imagem e do Som Cine Santa Tereza – MIS-CST Núcleo de Produção Digital – NPD-BH
Xxx Xxxxxxx xx Xxx, 00, Xxxxx Xxxxxx (00) 0000-0000
REGIONAL NORDESTE
● Centro Cultural Usina de Cultura – CCUC Xxx Xxx Xxxxxx, 000, Xxxxxxxx
(00) 0000-0000
● Centro de Artes Unificadas – CEU Xxxxx XX Xxx Xxxxxxx, 000, Xxxxx XX
(00) 0000-0000
REGIONAL NOROESTE
● Centro Cultural Xxxxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxxxxx – CCLAO Av. Presidente Xxxxxxx Xxxxxx, 821, Lagoinha
(00) 0000-0000
● Centro Cultural Padre Eustáquio – CCPE Xxx Xxxxxxxxx, 000, Xxxxx Xxxxxxxxx
(00) 0000-0000
REGIONAL NORTE
● Centro Cultural Jardim Guanabara – CCJG Xxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxx, 000, Xxxxxx Xxxxxxxxx (00) 0000-0000
● Centro Cultural São Bernardo – CCSB Xxx Xxxx Xxxxxxx, 000, Xxx Xxxxxxxx
(00) 0000-0000
● Centro Cultural Zilah Spósito – CCZS
Xxx Xxxxxxxx, 000, Xxxxxxxx Xxxxx Xxxxxxx/Xxxxxxxxx (00) 0000-0000
REGIONAL OESTE
● Centro Cultural Salgado Filho – CCSF Xxx Xxxx Xxxxx, 00, Salgado Filho
(00) 0000-0000
REGIONAL PAMPULHA
● Centro Cultural Pampulha – CCP
Xxx Xxxxxxxxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxx, 000, Xxxx (00) 0000-0000
● Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado – CRCP LN Xxx Xxxxxxxx Xxxxxxxxxxxx xx Xxxxxx, 000, Xxxxxx
(00) 0000-0000
REGIONAL VENDA NOVA
● Centro Cultural Venda Nova – CCVN Xxx Xxxx Xxxxxxxx Xxxxxx, 000, Xxxx Xxxxxxx (00) 0000-0000
Plataforma de Educação Aberta à Distância
Anexo III:
CRONOGRAMA
ETAPA | PERÍODO |
Recebimento de Propostas no formato digital | de 1 a 5 de abril de 2024 |
1° etapa: leitura e avaliação dos documentos | 9 e 10 de abril de 2024 |
2°etapa: realização das entrevistas | 11 de abril de 2024 |
Envio do resultado + divulgação da classificação final | 12 de abril de 2024 |
Exame médico e processos de contratação | 15 de abril de 2024 |
Início das atividades no projeto | 16 de abril de 2024 |