MUNICÍPIO DE BARRA LONGA – MG
MUNICÍPIO DE BARRA LONGA – MG
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
VOLUME IV - PROJETO BÁSICO TOMO V – MANUAL DE OPERAÇÃO
AGOSTO /2019
MEMORIAL DESCRITIVO | ARQUIVO: | |||||||||
MO-2012.010-MG.BAL-SES-PB.001=0 | ||||||||||
CONTRATANTE: | CONTRATO: | |||||||||
FUNASA – FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE | 010/2012 | |||||||||
PROGRAMA: | DATA: | |||||||||
PAC2 | AGO/2019 | |||||||||
MUNICÍPIO: | FOLHA: | |||||||||
MUNICÍPIO DE BARRA LONGA – MG | ||||||||||
TÍTULO: | ||||||||||
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PROJETO BÁSICO | ||||||||||
ÍNDICE DE REVISÕES | ||||||||||
REV. | DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS | |||||||||
0 | EMISSÃO INICIAL. | |||||||||
REV. 0 | REV. A | REV. B | REV. C | REV. D | REV. E | REV. F | REV. G | REV. H | ||
DATA | AGO/2019 | |||||||||
PROJETO | ||||||||||
EXECUÇÃO | ||||||||||
VERIFICAÇÃO | ||||||||||
APROVAÇÃO |
MANUAL DE OPERAÇÃO
ÍNDICE
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA FINAL TRATAMENTO PRELIMINAR
REATORES ANAERÓBIOS DE FLUXO ASCENDENTES FILTRO BIOLÓGICO PECOLADOR
DECANTADOR SECUNDÁRIO LEITO DE SECAGEM ATERRO
1 Introdução 3
2 Descrição do Sistema de Tratamento 4
3 Operação e Manutenção de Elevatórias de Esgotos: 6
3.1 Procedimentos Iniciais: 6
3.2 Recomendações Eletromecânicas: 6
3.2.1 Quadro de Comando: 6
3.2.2 Inoperância de Motores / Conjuntos moto-bombas 8
3.2.3 Defeitos e Possíveis Consequências
da Automação por Boias: 9
3.2.4 Defeitos e Possíveis Consequências
da Automação por Sensor de Nível Ultrassônico: 10
3.2.5 Recomendações Finais: 10
3.2.6 Problemas Operacionais e suas Correções 10
4 Operação e Manutenção de Estação de Tratamen o de Esgotos: 12
4.1 Gradeamento 12
4.1.1 Finalidade 12
4.1.2 Operação 12
4.1.3 Avaliação de desempenho 13
4.1.4 Pontos de coleta de amostra 13
4.1.5 Parâmetros a determinar 14
4.1.6 Frequência de amostragem 14
4.1.7 Anotação dos dados operacionais 14
4.1.8 Problemas operacionais e sua correções 14
4.2 Caixa de Areia 17
4.2.1 Finalidade 17
4.2.2 Localização 17
4.2.3 Operação 17
4.2.4 Avaliação de Desempe ho 18
4.2.5 Ponto de coleta de amostra 18
4.2.6 Parâmetros a determinar 19
4.2.7 Frequência de amostragem 19
4.2.8 Anotação dos dados operacionais 19
4.2.9 Problemas operacionais e suas correções 19
4.3 Medidor de Vazão 22
4.3.1 Finalidade 22
4.3.2 Localização 22
4.3.3 Operação 22
4.3.4 Anotação dos dados operacionais 22
4.4 Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente 25
4.4.1 Finalidade 25
4.4.2 Operação 25
4.4.3 Avaliação do Desempe
4.4.4 Anotação dos Dados O
ho 25
eracionais 26
4.4.5 Problemas Operacionais e suas Correções 26
4.5
Sistema de Coleta, Medição e Queima de
iogás 29
4.5.1 Finalidade 29
4.5.2 Operação 29
4.5.3 Avaliação de Desempe ho 29
4.6 Filtro Biológico 31
4.6.1 Finalidade 31
4.6.2 Operação 31
4.6.3 Avaliação de Desempe ho 31
4.6.4 Problemas Operacionais e suas Correções 32
4.7 Decantador Secundário 34
4.7.1 Finalidade 34
4.7.2 Operação 34
4.7.3 Avaliação de Desempe ho 34
4.7.4 Problemas Operacionais e suas Correções 34
4.8 Leito de Secagem 38
4.8.1 Finalidade 38
4.8.2 Operação 38
4.8.3 Avaliação de desempenho 39
4.8.4 Ponto de coleta de amostra 39
4.8.5 Parâmetros a determinar 39
4.8.6 Anotação dos dados operacionais 39
4.9 Aterro Controlado de Subprodu os 40
4.9.1 Finalidade 40
4.9.2 Operação 40
4.9.3 Características principais 40
4.9.4 Problemas operacionais e suas correções 40
5 Pontos de Coleta e Frequência de Amostragem 42
5.1 Pontos de Coleta de Amostras 42
5.2 Análises e frequência de amostragem 42
6 Manutenção, Conservação e Segurança 45
6.1
Aspectos
erias 45
6.2 Limpeza e Higiene Pessoal do Operador 45
7 Considerações Fi ais 47
1 Introdução
O presente documento intitulado “Projeto
Básico do
Sistema
de Esgotamento
Sanitário do Distrito Sede do Município de Barra Longa - MG”, foi elaborado em
conformidade com o Contrato 010-2012, firmado entre a Fundação Nacional de Saúde - FUNASA e a Tecminas Engenharia Ltda.
O Projeto Básico
constitui-se na etapa posterior
ao Relatório Técnico
Preliminar, também
elaborado pela Tecminas En enharia Ltda., sendo estruturado da seguinte forma:
VOLUME I - Relatório Técnico Preliminar VOLUME II - Levantamento Topográfico
VOLUME III - Descrições T pográficas
VOLUME IV - Projeto Básico
TOMO I - Memorial Descritivo, Memória de Cálculo. TOMO II – Desenhos.
Parte 1 - 01/62 a 36/62 Parte 2 - 37/62 a 62/62
TOMO III-Orçamento TOMO IV – Especificações
TOMO V – Manual de Operação
VOLUME V - Projeto Estrutural VOLUME VI - Projeto Elétrico
O conteúdo e a itemização qui apresentados foram elaborados em atendimento ao Termo
de Referência constante na documentação da Concorrência nº 3/2011.
Esse trabalho foi desenvolvido com a participação efetiva do corpo técnico da FUNASA nas
etapas
de definições e diretrizes, tendo havido
um aco
panhamento e uma
soma de
esforços para o bom resultado do empreendimento.
2 Descrição do Sistema de Tratamento
Os esgotos da localidade de Barra Longa serão coletados e tratados na Estação de
Tratamento de Esgotos através do processo de
digestão
anaeróbia
de fluxo
ascendente seguidos de filtro biológico de alta taxa e decantadores secundários. A
ETE está localizada n margem direita do Rio do Carmo à jusante da sede urbana.
O esgoto afluente à ETE proveniente da elevatória final ( 1 ) passa inicialmente por uma grade manual ( 2 ) que retém o material grosseiro, o qual deverá ser removido
diariamente, lançando-o numa
calha perfurada, para que o
excesso
de líquido
retorne ao canal de chegada. O material desidratado deverá ser deposita o em uma
caçamba ( 5 ), de onde será levado para área de disposição interior da unidade.
no solo em aterro no
Do gradeamento o esgoto segue para o desarenador manual ( 3 ), onde a areia será separada do esgoto gradeado, por gravidade, com o recolhimento da areia realizado
manualmente, que encaminhará a areia sedimentada para um poço de descarga na
periferia do tanque, a partir de onde o mecanismo de lavagem e transporte de areia
coletará o
material
e lançará
em caçambas ( 5 ), de onde, juntamente com o
material gradeado se á levado para área de disposição no solo.
O efluente, já desarenado, passa por um medidor
de vazão
de esgoto – Calha
Xxxxxxxx ( 4 ) e escoa pelo emissário em conduto forçado ( 6
para as CDV’s do UASB.
) e são distribuídas
Dessa caixa o esgoto é distribuído igualmente no fundo de cada reator anaeróbio
( 7 ). O efluente dos reatores
anaeróbios é coletado e encaminhado
aos filtros
biológicos percoladores – FBP ( 8 ). O efluente do FBP é coletado e conduzido aos
decantadores secundários – DS
( 9 ). O efluente d
DS é coletado e na sequência
lançado no Corpo Receptor ( 10 ).
O lodo produzido no reator anaeróbio ( 7 ), será retirado por pressão hidrostática e
lançado no
leito de
secagem ( 12 ). Após seco, t
nto o lodo como o
retido nas
grades e
areia sedimentada
serão dispostos em
valas de
aterro localizadas no
interior da unidade ( 13 ).
O lodo produzido no decantador secundário ( 9 ), também será retirado por pressão
hidrostática e encaminhado para a elevatória final
( 1 ), que também
recebe o
liquido percolado dos leitos de secagem ( 1 ).
O esquema da Figura nº2.1 apresenta as unidades componentes da ETE.
FIGURA 2.1 - LAY OUT - ETE BARRA LONGA
1 2 3
6
9
8
7
10
4
5
11
12
UNIDADES | DE | PROCESSO | |
1 | - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA FINAL | 7 | - REATORES ANAERÓBIOS |
2 | - GRADE FINA - MANUAL | 8 | - FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR |
3 | - CAIXA DE AREIA | 9 | - DECANTADOR SECUNDÁRIO |
4 | - MEDIDOR DE VAZÃO - PARSHALL | 10 | - CORPO RECEPTOR |
5 | - CAÇAMBA PARA MATERIAL RETIDO | 11 | - LEITO DE SECAGEM DO LODO |
6 | - EMISSÁRIO | 12 | - ATERRO SANITÁRIO |
3 Operação e Manutenção de Elevatórias de Esgotos:
3.1 PROCEDIMENTOS NICIAIS:
1) Limpar diariamente o cesto de detritos, retirando-o do poço e conduzindo-o a uma caixa de detritos. Em seguida, lava-lo, retirando manualmente todos os resíduos nele retidos e dispondo-os na caixa ou no solo;
2) Efetuar limpezas do poço de sucção com frequência anual, ou conforme determinação superior. Seguir as orientações abaixo:
a) Manobrar comportas de modo a impedir a chegada de esgotos ao poço;
b) Esvaziar o poço por sucção, utilizando-se de bombas ou caminhão limpa - fossas;
c) Retirar com o auxilio de uma pá, os detritos das paredes e do fundo e lavar o poço com jatos de agua;
3) Efetuar limpezas nas caixas de chegada, by-pass, etc.;
4) Realizar manutenção da área da elevatória, efetuando limpezas na área externa, casa de controle, quadro de comando, jardins, cercas;
5) Quando solicitado, cronometrar tempos decorridos entre acionamento e desligamento de bombas, para o calculo de vazões afluentes e de bombeamento;
6) Observar quaisquer anormalidades no funcionamento da elevatória, tais como falta de
acionamento
de bombas, falta
de energia elétrica,
extravasamento de esgotos,
emanação de odores;
7) Comunicar de imediato ao setor competente as equipamentos.
3.2 RECOMENDAÇÕES ELETROMECÂNICAS:
3.2.1 Quadro de Comando:
No quadro de comando esta o coração da operação do
anormalidades verificadas em
principal equipamen o de uma
Estação Elevatória de Esgotos (EEE), os conjuntos motor-bombas. Encontramos as
proteções, automação, comando, controle e sinalizações para o seu perfeito funcionamento.
Como
este manual e para
a operação, vamos
nos ater somente ao comando, controle,
sinalização, medição e parte da automação:
3.2.1.1 Controle:
Para o controle temos no painel do quadro de comando a chave Manual/ Automático.
Como o próprio nome diz, e uma chave que controla o acionamento manual, ond o sistema
obedece ao comando do operador, como por exemplo: ligar e desligar os conjuntos moto bombas e/ou aeradores, e automático, onde o operador deixa de determinar as ações dos equipamentos, que passa a operar automaticamente.
3.2.1.2 Comando:
Botão de emergência: Este comando e muito importante, pois é este que o operador deve
comandar em caso de algum problema mais serio. Como e emplo temos o caso de choque
elétrico ou um outro problema de igual seriedade. Geralmente e do tipo “soco” onde o
operador bate no mesmo com mão, desligando toda a operação. Há casos de inexistência
deste botão em quadro de comando e neste caso o operador deve desligar o disjuntor geral no padrão CEMIG.
Botão Liga (geralmente na cor verde).
Botão Desliga (geralmente na cor vermelha): Esta, como a anterior, somente o sistema no modo manual.
era com o
Botão
Reset (geralmente na cor vermelha): Usado para
“Reset”,
ou seja, para retirar
possíveis sinalizações de defeitos, um moto-bomba somente volta operar depois de sanados
os defeitos e comandado os botões de “Reset”. Algumas p ao operar esta botoeira.
3.2.1.3 Sinalizações:
nes são sanadas simplesmente
Geralmente os sinalizadores são lâmpadas Piloto, de cor verde para indicar que a operação
esta sendo executada com
êxito, por
exemplo:
Bomba ligada, e de cor vermelha para
indicar alguma falha. Existe em alguns quadros de comando, sinalizador sonoro para indicar o extravasamento do poço. Fique atento as sinalizações.
3.2.1.4 Medição:
No quadro de comando existem instrumentos de medida de tensão, onde podemos além de
saber se esta em possíveis falta de
patamares aceitáveis (em torno de 380V), podemos também detectar fase, e instrumentos de medida de co rente, onde podemos detectar
possível avarias
nos conjuntos moto-bombas através de
variações
do nível de corrente
nestes instrumentos (figura 1) e, em
alguns casos, medidor de nível
onde mensuramos o
nível do poço de sucção. Na figura 2 vemos um Rele de Nível, medindo um nível de 1,23m.
3.2.1.5 Automação de EEEs:
A automação e responsável pelo correto acionamento dos conjuntos moto-bombas. Existem dois tipos básicos de automação utilizado pelas Cia de Saneamento: Automação por boias e por sensor ultrassónico.
Automação por boias de nível: No poço de sucção estão
instaladas
duas ou
mais boias,
geralmente duas. Uma para comandar o desligamento do sistema (nível mínimo) e outra
para comandar o acionamento (nível máximo). A saber: quando o nível do liquido no poço
chegar
ao nível
máximo,
ou seja,
quando a
boia su
erior mudar de posição, em
consequência da elevação do esgoto no poço, es a comanda o sistema e um dos conjuntos entrara em funcionamento, permanecendo neste estado ate que a boia de nível mínimo seja desacoimada desligando o mesmo.
Automação por Sensor de Nível Ultrassónico: Os sensores e nível ultrassónicos tem como
principio de funcionamento o envio e recebimentos de impulsos sonoros em alta frequência (20 a 100kHz). O impulso emitido viaja no espaço, bate em uma superfície plana, que no nosso caso agua ou esgoto, e retorna a sua fonte. O sistema mede o tempo gasto para que este impulso vá ate o ponto de impacto e retorne a sua face e, posteriormente, calcula o nível do poço.(veja figura abaixo)
3.2.2 Inoperância de Motores / Conjuntos moto-bombas:
Deve-se verificar, através do voltímetro instalado no quadro de comando, a tensão da rede
elétrica. A tensão
mínima para operação e da ordem de 340V para
cada fase (comute a
chave
voltimétrica para a leitura das
fases RS,
RT, ST respectivamente - veja a figura
abaixo).
Uma tensão abaixo de 340 Volts e reconhecida como falta de fase pelo sistema de proteção do quadro de comando. Oco rendo este fato, verifique se ha falta de energia na redondeza.
Caso haja, contate o serviço de atendimento ao consumidor CEMIG informando-o do
ocorrido. Se o problema for de competência providencie os consertos necessários.
da mesma, esta o
solucionará. Se não,
b) Caso não detectada a falta de energia, item anterior, de e-se observar se ha sinalização
de defeito através de lâmpada, de cor vermelha, no painel. Em caso afirmativo, acione o
botão "RESET" (cor vermelha) e verificando apos, o sanar u não do problema (a lâmpada
vermelha apagou?). Persistindo a pane deve-se, com t
dos equipamentos
desligados,
desligar momentaneamente
o disjuntor geral do
padrão CEMIG. O sistema voltou operar
normalmente? em caso afirmativo, ótimo, caso contrario contate o responsável imediato.
3.2.3 Defeitos e Possíveis Consequências da Automação por Xxxxx:
3.2.3.1 Problemas na boia de nível mínimo, Poço:
que está localizada mais ao fundo do
CAUSAS | CORREÇÕES |
Boia presa, como se deflexionada pelo nível de esgoto | Os conjuntos poderão funcionar a “vazio”, ou seja, a seco sem esgoto. Este problema além de danificar as partes mecânicas dos conjuntos, poderá “queimar” o motor-bomba por super- aquecimento, já que é o esgoto quem refrigera o mesmo |
O conjunto entrará em funcionamento tão logo a boia superior | |
(nível máximo) seja deflexionada pelo e sgoto, e deixará de | |
Boia presa, ficando na posição de ausência de esgoto | funcionar quando esta volte ao seu estado normal. Com isso o conjunto ficará ligando e desligando várias vezes em pouco tempo, diminuindo drasticamente o tempo de vida dos mesmos. Um |
conjunto motor-bomba deve ser ligado aproximadamente até | |
quatro vezes em uma hora. |
3.2.3.2 Problemas na boia de nível máximo, a que est do poço:
localizada na parte superior
CAUSAS | CORREÇÕES |
Boia presa, como se deflexionada pelo nível de esgoto | O conjunto entrará em funcionamento tão logo a boia in erior (nível mínimo) seja deflexionada pelo esgoto, e deixará de funcionar quando esta volte ao seu estado normal. Com isso o conjunto ficará ligando e desligando várias vezes em pouco tempo, diminuindo drasticamente o tempo de vida dos mesmos. Um conjunto motor- bomba deve ser ligado aproximadamente até quatro vezes em uma hora |
Boia presa, ficando na posição de ausência de esgoto | Haverá extravasamento constante de esgoto, pois os conjuntos motor-bomba não entrarão em funcionamento. |
Para amenizar os problemas supracitados o poço de sucção deve ser limpo e observadas as
condições físicas
das boias
e/ou sensores de
nível periodicamente.
Caso os
problemas
ocorram mesmo
com estes
equipamentos em “perfeito” estado de
conservação, deve-se
informar a equipe de manutenção.
3.2.4 Defeitos e Possíveis Consequências da Automação por Sensor de
Nível Ultrassônico:
Erros
na leitura
são os
maiores problemas
detectados
neste sistema, tendo como
consequência todos os defeitos citados para o
caso das
boias. Os
erros de
leitura são
principalmente causados pelo acumulo
de sujeira na face do sensor, que deve
ser limpo
periodicamente com um pano úmido,
e pelo excesso de
sobrenadantes: bolas; sacos e
sacolas plásticas; tampinhas de garrafas PET, etc. Só para se ter uma iideia, já foi detectado
problema causado por uma
ranha, que estava transitando
a face do sensor.
Antes de chamar a manutenção, e de suma importância a observância da limpeza do poço e do sensor de nível.
3.2.5 Recomendações Finais:
1) O ideal e que exista uma caixa de areia antes de cada Estação Elevatória d
Esgotos (
EEE), mas uma grande parte destas EEE's não são servidas por esta impor ante parte
do sistema.
Caso exist
, e de grande importância a
ua limpeza para a retirada de
areia, evitando o extravasamento
destes sólidos para dentro do
poço. Nas EEE's que
não tem caixa de areia fatalmente o poço devera ser limpo com m ais frequência. Estes
sólidos, se acumulados
no poço,
devido ao
atrito entre a areia
e o rotor
da bomba,
diminuem consideravelmente a vida útil desta.
2) Procure familiarizar-se com o meio onde trabalha, observe o funcionamento de sua EEE ficando atento a quaisquer variações de suas características tais como:
a) Ruídos estranhos;
b) Variações na corrente, para mais, pode ser um começo de avaria no seu motor ou
um vazamento no
acoplamento da bomba com
o barrilete, ou para menos,
exemplificando um ossível entupimento ou registro fechado;
c) Veja se ha variações consideráveis no tempo de esvaziamento do poço;
d) Para cada equipamento retirado da EEE de ser anotado o seu respectivo numero de
patrimônio, assim como o dia da retirada, no livro de ocorrência. Todas estas
informações são muito importantes e deverão ser repassadas, oportunamente, para a Chefia, conforme o caso.
3) Procure não tentar resolver problemas eletromecânicos, contate os profissionais
especializados, capacitados para este tipo de serviços. Você tem um papel importante
que e a operação do quadro de comando e o repasse das informações citadas acima.
4) Xxxxxxx não abrir a porta do quadro de comando pois estará sujeito a choque elétrico e isto poderá ser fatal.
5) Na ocasião da limpeza do poço de sucção, apesar de haver sistema de aterramento em
todas as nossas unidades, recomendamos CEMIG.
que desligue o disjuntor geral
no padrão
3.2.6 Problemas Operacionais e suas Correções
O Quadro III.1 mostra os principais probl mas operacionais que poderão ocorrer na
elevatória de recirculação e suas correções.
VOLUME IV – PROJETO BÁSICO – TOMO VI – MANUAL DE OPERAÇÃO
Quadro III.1 – PROBLEMAS OPERACIONAIS E SUAS CORREÇÕES
PROBLEMAS | CAUSAS | CORREÇÕES | |
Odor desagradável e presença de moscas | Esgoto séptico Material aderido às paredes | Fechar parcialmente o registro da linha de recalque para aumentar o tempo de ciclo das bombas; Lavar as paredes e as áreas adjacentes. | |
Excesso de areia no poço; | Limpar o poço de sucção | ||
Abrasão nos motores | Excesso de areia no | esgoto |
Lavar as paredes internas do filtro e canaletas, com jatos d’água |
afluente. | Dotar os desarenadores de condições favoráveis à | ||
retenção de areia | |||
Número de horas de funcionamento desigual para os conjuntos | Entupimento de rotor; Automatização com defeito; Bomba com problemas | Ac onar equipe especializada de manutenção eletro- mecânica |
11
4 Operação Esgotos:
e Manutenção de
Estação de Tratamento de
4.1 GRADEAMENTO
São dispositivos constituídos por barras metálicas paralelas e igualmente espaçadas.
Destinam-se a reter
sólidos em suspen
ão e corpos flutuantes, e constituem a
primeira unidade de uma estação de tratamento.
4.1.1 Finalidade
A grade tem por finalidade reter os sólidos de dimensões superiores
a 10 mm,
impedindo
que estes materiais venham
a causar problemas operacionais nas
unidades subsequentes do processo, como bombas, tubulaçõ es, canais, caixas e comportas. As principais características da grade são:
4.1.2 Operação
A operação da grade resume-se em quatro fases distintas, conforme mostrado no
diagrama operacional, Figura 4.1.
▪ Retenção dos sólidos
▪ Remoção dos sólidos
▪ Transporte dos sólidos removidos
▪ Destino final dos sólidos transportados
4.1.2.1 Retenção dos sólidos
Os sólidos com dimensões maiores que 10 mm ficarão retidos pelas barras paralelas
fina respectivamente. Aí serão
separados
copos de iogurte, garrafas pet, estopas,
restos de verduras, pequenos pedaços de papel, papelão, plásticos, panos, etc.
4.1.2.2 Remoção dos sólidos
O material sólido retido na grade será removido manualmente através de um rastelo
e lançado
em uma calha perfurada, para
desidratação. Após
seco o material será
depositado em uma caçamba, para posterior transporte.
4.1.2.3 Transporte dos sólidos removidos
Uma vez cheia a caçamba, ela será transportada para a área de disposição final,
situada em situada no interior da ETE.
4.1.2.4 Destino final dos sólidos transportados
O material gradeado será disposto em
valas na
área de
disposição final de
subprodutos do tratamento, área esta situada no interior da ETE .
As valas de recebimento de material gradeado serão construídas gradativamente, de acordo com as necessidades operacionais. A camada de material gradeado terá uma
altura de
0,30 m sendo coberta com camadas de
terra de 0,15m. Caso ocorra o
aparecimento de maus odores
nestas valas, deverá
ser manualmente lançada cal
sobre o material gradeado antes de sua cobertura com terra.
4.1.3 Avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho da grade será obtida correlacionando-se a quantidade do
volume de
material
removido
por dia (m3/dia) com o volume diário
de esgoto
afluente à
grade (m3/dia). No
final do
mês, se
fará a totalização,
através do
somatório dos valores diários levantados.
Para isso, deverá ser feita a anotação em ficha própria, conforme modelo sugerido
no Quadro IV.1. A fim de se ter uma noçã do peso do material, em função da altura
do carrinho, recomenda-se a cubagem do mesmo.
4.1.4 Pontos de coleta de amostra
Caso se deseje avaliar a eficiência da
unidade,
poderão ser feitas
análises a
montante
e a jusante do gradeamento.
Desejando-se conhecer a qualidade do
material gradeado, deverão ser
coletadas periodica
ente amostras na caçamba de
material gradeado.
4.1.5 Parâmetros a determinar
Caso seja interesse da ETE, poderão ser f
itas análises dos sólidos, teor de umidade
e densidade visando caracterizar qualitativamente o material removido. O ponto de amostragem será na caçamba de material gradeado, conforme mostrado nas Figuras
1.1. As determinações a serem feitas estão indicadas no Quadro IV.1.
4.1.6 Frequência de amostragem
Uma programação representando a frequência de amostragem características dos esgotos encontra-se indicada no Quadro IV.1.
4.1.7 Anotação dos dados operacionais
para se conhecer as
A quantidade de material gradeado removido diariamente na Quadro IV.1.
4.1.8 Problemas operacionais e sua correções
ETE será anotada no
Os principais problemas operacionais e suas correções junto a grade, bem como seus
sintomas, IV.2.
causas prováveis, prevenção e
recuperações são
mostrados
no Quadro
Quadro IV.1 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA GRADE
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | |||
MATERIAL GRADEADO | ||||
Dia | No de limpeza por dia | Volume diário (m3) | Peso diário (kg/dia) | Vazão média diária (m3/s) |
1 | ||||
2 | ||||
3 | ||||
4 | ||||
5 | ||||
6 | ||||
7 | ||||
8 | ||||
9 | ||||
10 | ||||
11 | ||||
12 | ||||
13 | ||||
14 | ||||
15 | ||||
16 | ||||
17 | ||||
18 | ||||
19 | ||||
20 | ||||
21 | ||||
22 | ||||
23 | ||||
24 | ||||
25 | ||||
26 | ||||
27 | ||||
28 | ||||
29 | ||||
30 | ||||
31 | ||||
Volume mensal do material gradeado | m3/mês | |||
Peso mensal do material gradeado | kg/mês | |||
Material gradeado / Esgoto tratado | kg/m3 |
VOLUME IV – PROJETO BÁSICO – TOMO VI – MANUAL DE OPERAÇÃO
Quadro IV.2 – PROBLEMAS OPERACIONAIS NA GRADE
PROBLEMAS | CAUSAS | PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO |
Maus odores | . Esgoto séptico . Acúmulo de sólidos na grade . Sujeira acumulada no canal de chegada | Verificar se não está havendo retenção do esgoto no emissário de chegada Aumentar o número de limpezas por dia Escovar e jatear água sob pressão para limpar os canais |
. Excesso de moscas junto às grades | . Material gradeado caído externamente ao canal das grades | . Manter sempre limpa a área externa ao gradeamento |
Redução brusca nos . sólidos grosseiros retidos na grade | Avarias no sistema de coleta. Esgoto . extravasando em poços de visita nas ruas | . Efetuar manutenção corretiva no sistema de coleta e interceptação |
Excesso de sólidos . grosseiros retidos na grade grossa | . Avaria no sistema de coleta. PV sem tampas | . Vistoriar e corrigir sistema de coleta. Aumentar frequência de limpeza |
16
4.2 CAIXA DE AREIA
4.2.1 Finalidade
Tem como finalidade separar
do esgoto bruto,
por sedimentação,
partículas
granulares, visando evitar sedimentos nas canaletas e tubulações que estraguem por abrasão equipamentos e unidades comprometendo as fases subsequentes do tratamento, bem como o assoreamento do reator anaeróbio.
4.2.2 Localização
Encontra-se localizado, entre a grade fina e o medidor de vazão .
4.2.3 Operação
A remoção de areia, pedregulhos e outros materiais pesados se devem ao fato que
estes materiais podem causar unidades do sistema.
depósito
indesejáveis nas tubulações
e demais
As seguintes fases ocorrem durante a operação e funcionament o do desarenador:
a) Sedimentação da Areia
Por ação da gravidade, partículas de areia e substâncias de densidade semelhante sedimentarão no fundo da unidade.
b) Remoção da Areia Sedimentada
Para a limpeza da
caixa de
areia deverá ser utilizado o sistema de
“by-pass”
fechando-se as comportas de entrada e saída, o material será r etirado manualmente,
através do
uso de pá, e levado a um
container fechado ou
ao lugar
de aterro
utilizando-se o carrinho de mão.
c) Transporte da Areia Removida
O material
será retirado manualmente será levado
a um con tainer fechado ou ao
lugar de aterro utilizando-se o carrinho de mão.
d) Destino Final da Areia Transportada
A areia removida deverá ser transportada, para o aterro sanitário situado na área da ETE.
A operação da caixa de areia pode ser visualizada no diiagrama operacional, Figura 4.2.
17
4.2.4 Avaliação de Desempenho
Para avaliar o desempenho procedimentos:
dos desarenadores
se deve
adotar os
seguintes
▪ medição periódica do volume de areia acumulada;
▪ verificação da presença de areia nas unidades jusantes;
▪ realização de análise periódicas para determinação do teor de sólidos voláteis.
4.2.5 Ponto de coleta de amostra
Para se conhecer a
qualidade
da areia
removida
no desarenador, deverão ser
colhidas diariamente amostras na caçamba de areia.
4.2.6 Parâmetros a determinar
Nas amostras coletadas na caçamba de areia, deverão ser re alizadas as seguintes determinações:
Teor de umidade | % |
Sólidos totais | mg/l |
Sólidos fi os | mg/l |
Sólidos voláteis | mg/l |
4.2.7 Frequência de amostragem
De acordo com o Quadro IV.1.
4.2.8 Anotação dos dados operacionais
O volume diário de areia removida do desarenador poderá ser anotada no modelo de
ficha indicado no Q
adro IV.3, onde também poderão ser
anotadas
s análises
quinzenais indicando-se a qualidade da areia removida.
4.2.9 Problemas operacionais e suas correções
O Quadro
IV.4 ass nala os
principais
problemas
que poderão ocorrer com o
desarenador, indicando suas correções.
possíveis
causas, assim como
suas prevenções e
Quadro IV.3 – VOLUME MENSAL DE AREIA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | |||
DESARENADOR | ||||
Dia | Volume de material removido (m3/dia) | Vazão média (m3/dia | Taxa de aplicação (m3/m2 dia) | |
1 | ||||
2 | ||||
3 | ||||
4 | ||||
5 | ||||
6 | ||||
7 | ||||
8 | ||||
9 | ||||
10 | ||||
11 | ||||
12 | ||||
13 | ||||
14 | ||||
15 | ||||
16 | ||||
17 | ||||
18 | ||||
19 | ||||
20 | ||||
21 | ||||
22 | ||||
23 | ||||
24 | ||||
25 | ||||
26 | ||||
27 | ||||
28 | ||||
29 | ||||
30 | ||||
31 | ||||
Total mensal de areia (m3/mês) | ||||
Total mensal de esgoto tratado (m3/mês) | ||||
Areia removida/esgoto tratado (m3/mês) | ||||
CARACTERÍSTICAS DA AREIA REMOVIDA | ||||
DETERMINAÇÕE | Amostra 1 Data: | Amostra 2 Data: | ||
Umidade (%) | ||||
Sólidos Totais (mg/l) | ||||
Sólidos Voláteis (mg/l) | ||||
Sólidos Fixos (mg/l) |
VOLUME IV – PROJETO BÁSICO – TOMO VI – MANUAL DE OPERAÇÃO
Quadro IV.4 – PROBLEMAS OPERACIONAIS NA CAIXA DE AREIA – CAUSAS E RECUPERAÇÃO
PROBLEMAS | CAUSAS | PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO |
Excesso de matéria orgânica na areia removida (40% de sólidos voláteis) | Velocidade baixa e tempo de deten- ção longo. | Utilizar somente uma unidade de desarenação. |
Maus odores na área da caixa de areia | Material caído no chão Caixa coletora e areia cheio | Fazer lavagem dos pisos Providenciar remoção urgente da areai acumulada no depósito |
Aparecimento de areia no efluente do desarenador | Velocidades altas e tempo de detenção longo. | Utilizar as duas unidades de desarenação |
21
4.3 MEDIDOR DE VAZÃO
4.3.1 Finalidade
A finalidade do medidor de vazão é medir as vazões instantâneas, horárias e diárias dos esgotos afluentes e efluentes da ETE.
A correlação da vazão diária com dados de DBO e DQO permitirá medir a eficiência do processo de tratamento.
O conhecimento da vazão diária permitirá obter também uma série de parâmetros e
dados operacionais tais como: kg de material gradea
4.3.2 Localização
o, areia por m3 tratado, etc.
O medidor de vazão tipo Parshall será instalado após a caixa de areia.
4.3.3 Operação
A operação do medidor de vazão consistirá na leitura da altura da lâmina d’água através de medidor ultrassônico.
Diariamente o operador da ETE deverá verificar se não existe nenhuma obstrução na garganta da calha Parshall, para que não ocorram erros de leitura.
4.3.4 Anotação dos dados operacionais
O sistema
fará leituras horária, diárias
da vazão,
gerando
resultados
em fichas
conforme modelos sugeridos nos Quadros IV.5 e IV.6.
Quadro IV.5 – VAZÃO HORÁRIA DE ESGOTO TRATADO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Model o: No: Mês: | |
VAZÃO HORÁRIA DE ESGOTO TRATADO | ||
DATA | VAZÃO (l/s) | OBSERVAÇÕES |
0:00 | ||
1:00 | ||
2:00 | ||
3:00 | ||
4:00 | ||
5:00 | ||
6:00 | ||
7:00 | ||
8:00 | ||
9:00 | ||
10:00 | ||
11:00 | ||
12:00 | ||
13:00 | ||
14:00 | ||
15:00 | ||
16:00 | ||
17:00 | ||
18:00 | ||
19:00 | ||
20:00 | ||
21:00 | ||
22:00 | ||
23:00 | ||
Vazão mínima diária | l/s | |
Vazão máxima diária | l/s | |
Vazão média diária | l/s | |
Volume total diário | m3/dia |
Quadro IV.6 – VOLUME MENSAL DE ESGOTO AFLUENTE À ETE
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Mod elo: No: Mês: | |||
VOLUME DE ESGOTO TRATADO | ||||
Dia | Vazão diária (l/s) | |||
Mín. | Méd. | Máx. | ||
1 | ||||
2 | ||||
3 | ||||
4 | ||||
5 | ||||
6 | ||||
7 | ||||
8 | ||||
9 | ||||
10 | ||||
11 | ||||
12 | ||||
13 | ||||
14 | ||||
15 | ||||
16 | ||||
17 | ||||
18 | ||||
19 | ||||
20 | ||||
21 | ||||
22 | ||||
23 | ||||
24 | ||||
25 | ||||
26 | ||||
27 | ||||
28 | ||||
29 | ||||
30 | ||||
31 | ||||
Média | ||||
Volume tratado no mês | m3/mês | |||
Vazão média mensal | l/s |
4.4 REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE
4.4.1 Finalidade
Os reatores anaeróbios, de uma forma geral, têm por finalidade efetuar o tratamento
primário dos esgotos e a estabilização mesmos.
dos lodos sedimentados no
fundo dos
São unidades constr
ídas em concreto e
dimensionadas para
reter os esgotos por
um período de 6 a 10 horas, possuindo altura da lâmina d’água de 5,0 metros.
Os reatores anaeróbios, quando comparados a
uma estação de
tratamento
convencional, substituem as seguintes uni
- Decantadores primários
ades:
- Adens dores de lodo
- Digestores anaeróbios
4.4.2 Operação
Quando os
esgotos
enetram
em um reator anaer
bio, e aí
permanecem por um
tempo, ocorrem os seguintes fenômenos:
• O material sólido que constituirá o lodo, se sedimenta e permanece no fundo do
reator, devendo sofrer remoções a cada 15 dias.
• Os lodos que se sedimentam no fundo dos reatores passam por um processo de
digestão anaeróbia e assim vão perdendo água, se mineralizando também, parte desse lodo transformado em gás.
e sendo,
• A cada 15 dias eles deverão ser descarregados no leito de secagem, para
desidr tação e posterior disposição final.
• Semanalmente deverá ser feita a remoção da escuma, a ser descarrega no leito de secagem, para desidratação e posterior disposição final.
• O efluente líquido é encaminhado p
ra o filtro
biológico
percolador, possuirá
pequena quantidade de sólidos em suspensão s dimentáveis e terá, em termos
de DBO, uma redução de 70% em relação ao esgoto bruto afluente ao reator.
• A redução da carga orgânica dos esgotos por um reator an aeróbio ocorre devido
à presença de bactérias anaeróbias que, através de seus processos etabólicos
nas fases da respiração,
alimentação e cresc mento, transformam
parte da
matéria orgânica
existente
nos esgotos em m
téria mineral, não
utrescível.
Nesta fase há também a produção de gases (CO2, CH4, H2S).
• Rotineiramente, deverão ser observados aspectos importantes da unidade,
resumidos a seguir:
∴ vistoriar e manter a divisão da perfeito funcionamento;
vazão da
caixa de chegada, limpa e em
∴ verificar, constantemente, se a permanece acesa;
chama piloto do
queimador
de gases
∴ dar, quinzenalmente, descarga do lodo digerido no reator, para secagem.
o leito de
4.4.3 Avaliação do Des mpenho
Para avaliar-se o de empenho dos reatores é importante obt er-se dados sobre as
eficiências
de remoção de
matéria orgânica, sólidos em
suspensão, e de
microorganismos pa ogênicos,
aspectos
inibidores
e aceleradores do
processo,
produção quantitativa e qualitativa de biogás e do lodo.
4.4.4 Anotação dos Dados Operacionais
Para se fazer uma avaliação completa do utilizada a tabela mostrada no Quadro IV.7.
afluente e efluente
do UASB
poderá ser
4.4.5 Problemas Operacionais e suas Correções
O Quadro IV.8 mostra os principais problemas operacionais que poderão ocorrer nos reatores anaeróbios e suas correções.
Quadro IV.7 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO REATOR ANAERÓBIO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | |||||||||
REATOR ANAERÓBIO | ||||||||||
DETERMINAÇÕES | UNIDADE | DIA DO MÊS | ||||||||
AFL | EFL | AFL | EFL | AFL | EFL | AFL | EFL | |||
Vazão média | l/s | |||||||||
Nível de água | M | |||||||||
Tempo de detenção | D | |||||||||
Carga volumétrica aplicada | Kg DBO/m3.dia | |||||||||
Temperatura do ar | °C | |||||||||
Temperatura do esgoto | °C | |||||||||
pH | ||||||||||
DBO | mg/l | |||||||||
DQO | mg/l | |||||||||
Nitrogênio amoniacal | mg/l | |||||||||
Nitrogênio orgânico | mg/l | |||||||||
Fósforo total | mg/l | |||||||||
Sulfetos | mg/l | |||||||||
Sulfatos | mg/l | |||||||||
Óleos e gorduras | mg/l | |||||||||
Detergentes | mg/l | |||||||||
Sólidos sedimentáveis | mg/l | |||||||||
Sólidos totais | mg/l | |||||||||
Sólidos totais fixos | mg/l | |||||||||
Sólidos totais voláteis | mg/l | |||||||||
Sólidos em suspensão | mg/l | |||||||||
Sólidos em suspensão fixos | mg/l | |||||||||
Sólidos em suspensão voláteis | mg/l | |||||||||
Sólidos dissolvidos | mg/l | |||||||||
Sólidos dissolvidos fixos | mg/l | |||||||||
Sólidos dissolvidos voláteis | mg/l | |||||||||
Micro-organismos: | Colif. t tais | NMP/100ml | ||||||||
Colif. fecais | NMP/100ml | |||||||||
Eficiência do Reator (DBO) | % | |||||||||
Eficiência do Reator (DQO) | % | |||||||||
Observações: |
VOLUME IV – PROJETO BÁSICO – TOMO VI – MANUAL DE OPERAÇÃO
Quadro IV.8 – PROBLEMAS OPERACIONAIS E SUAS CORREÇÕES
PROBLEMAS | CAUSAS | CORREÇÕES | ||
. Nível de esgoto anormal na caixa de chegada e de distribuição de vazão (nível elevado) | . . | Entupimento de um dos tubos de distribuição de vazão Vazão afluente superior a máxima prevista | . . | Desentupir o tubo com arame ou jato de água de uma mangueira Solicitar revisão e ampliação do sistema |
. Quantidade anormal de sólidos no efluente | . . | Excesso de lodo depositado no reator Vazão afluente superior a máxima prevista | . . | Aumentar a frequência de descarga de lodo para o leito de secagem Solicitar revisão e ampliação do sistema |
. Chama do piloto do quei- mador de gás apagada | . | Falta de gás no botijão ou vento excessivo no local | . | Tr car botijão ou comunicar o fato ao superior para melhorar o sistema de quebra vento |
Borbulhamento de gases . na câmara de saída do efluente | . | Avaria no defletor de gases | . | Comunicar o fato ao superior e providenciar a correção |
28
4.5 SISTEMA DE COLETA, MEDIÇÃO E QUEIMA DE BIOGÁS
4.5.1 Finalidade
O biogás
produzido
pelo reator deve
ser coletado, medid o e posteriormente
queimado,
porque a
liberação
do biogás
de forma
descontrolada na atmosfera é
detrimental, não apenas pela ocorrência
de maus
xxxxx xxx to à vizinhança, mas
principalmente pelos riscos inerentes ao gás metano, que é combustível.
4.5.2 Operação
Anotações diárias, e sempre na mesma hora, deverão ser feitas do volume de gás
medido através do medidor de gás, bem como a pressão registrada no manômetro.
Estas leituras poderã ser feitas duas vezes ao dia, uma pela manhã (8:00) e outra à
tarde (18:00), e anotadas em ficha própria (Quadro IV.10).
Verificar diariamente o nível do
líquido no purgador e drena-lo sempre
ue o nível
estiver próximo ao máximo, sem contudo esvaziar o recipiente completamente, para não deixar escapar gás.
O registrador do medidor de gás deverá ser observado sistematicamente a fim de
detectar rapidamente
um possível travamento de
seu mecanismo e assim evitar
leituras erradas quanto ao gás produzido.
O nível do líquido no visor do tubo transparente da válvula anti-retrocesso hidráulico deverá ser verificado diariamente e completado sempre que nec essário.
A queima
do biogás
deverá sempre ser
observada
evitando-se que o
gás escape
diretamente para a atmosfera.
Semanalmente uma amostra do biogás deverá ser tomada a seja analisado quando a sua composição (% de CH4, CO2).
fim de que o mesmo
O sistema
de biogás
deverá ser inspecionado duas vezes por semana
a fim de
detectar possíveis vazamentos
de gás. A tubulação deverá ser
observada quanto a
possíveis rachaduras
e as uniões dos diversos ele
entos do
sistema deverão ser
pinceladas com uma mistura de água-sabão onde o surgimento de bolhas de sabão indicará vazamento.
Todos os
fatos ocorridos durante a operação deverão ser
anotados
em fichas
próprias (Quadro IV.9).
4.5.3 Avaliação de Desempenho
Uma das maneiras de se avaliar o desempenho do processo de digestão anaeróbia é acompanhar a taxa de conversão da matéria orgânica em biogás e a qualidade deste.
Um gráfico DQO Removida x biogás produzido deverá ser montado a fim de observar a taxa de conversão, e as análises qualitativas do biogás produzido, fornecerão um outro dado importante.
Quadro IV.9 – VOLUME MENSAL DE GÁS PRODUZIDO PELO UASB
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | |||
VOLUME DE GÁS PRODUZIDO | ||||
Dia | Leituras (m³/h) | |||
8 horas | 18 horas | OBS. | ||
1 | ||||
2 | ||||
3 | ||||
4 | ||||
5 | ||||
6 | ||||
7 | ||||
8 | ||||
9 | ||||
10 | ||||
11 | ||||
12 | ||||
13 | ||||
14 | ||||
15 | ||||
16 | ||||
17 | ||||
18 | ||||
19 | ||||
20 | ||||
21 | ||||
22 | ||||
23 | ||||
24 | ||||
25 | ||||
26 | ||||
27 | ||||
28 | ||||
29 | ||||
30 | ||||
31 | ||||
Média | ||||
Volume produzido no mês | m3/mês | |||
Vazão média mensal | m³/h |
4.6 FILTRO BIOLÓGICO
4.6.1 Finalidade
Um filtro biológico compreende, basicamente, um leito de material grosseiro, sobre o
qual os esgotos são aplicados sob a forma de gotas ou jatos. Após a aplicação, os
esgotos percolam em direção
aos drenos de fundo. Esta percolação
permite o
crescimento bacteriano na superfície da
pedra ou
do material de enchimento, na
forma de uma película fixa. Com a passagem dos esgotos, há microrganismos e o material orgânico.
um contato entre os
Os filtros biológicos são sistemas aeróbios, pois o ar circula nos espaços vazios entre as pedras fornecendo o oxigênio para a respiração dos microrganismos.
A aplicação dos esgotos sobre
o meio é
feita através de distribuidores rotativos
(motorizados), movidos pela própria carga hidráulica dos esgotos. O líquido escoa rapidamente pelo meio suporte. No entanto, a ma éria orgânica é adsorvida pela película microbiana, ficando retida um tempo suficiente para sua estabilização.
As principais características dos filtros biol gicos são apresentadas a seguir:
▪ material utilizado como meio suporte: pedra bri ada nº 4, gnaisse ou basáltica,
escolhida segundo os critérios do peso unitário, superfície específica e coeficiente de vazios;
▪ altura do meio suporte: 2,0 m
▪ distribuição do esgoto: feita uniformemente atr vés de calhas distribuidoras. A
distribuição uniforme do esgoto pela
superfície
do leito filtrante funciona por
meio
da bandeja perfurada localizada entre a
camada
filtrada e
as calhas
distribuidoras;
▪ a circulação de ar através seguintes critérios:
do meio suporte dev
ser gara ntida, adotando-se os
- as aberturas para a drenagem do efluente do filtro devem possui igual ou superior a 15% da área horizontal do fundo do filtro;
área total
4.6.2 Operação
A operação dos filtros biológicos é bastante simplificada. Isto não significa a ausência de cuidados e vistorias permanentes.
Competem ao operador as seguintes tarefas:
▪ vistoriar a calha
de distribuição e bandeja, e
se os ori fícios da bandeja de
distribuição estão obstruídos, devendo ser desobstruídos possível;
na maior
brevidade
▪ fechar o registro posicionado a saída da unidade para a cad a 14 dias, inundando a unidade por 24 horas.
4.6.3 Avaliação de Desempenho
A avaliação de desempenho do filtro biológico é
dada principalmente
pela sua
remoção de DBO. Para se fazer uma avaliação completa do afluente e fluente do
decantador secundário poderá ser utilizada a tabela mostrada no Quadro IV.10.
4.6.4 Problemas Operacionais e suas Correções
O Quadro
IV.11 mostra os principais problemas operacionais
que poderão ocorrer
nos filtros biológicos percoladores e suas correções.
Quadro IV.10 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO FILTRO BIOLÓGICO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | ||||
FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR | |||||
DETERMINAÇÕ S | UNIDADE | Afluente | Interior u nidade | Efluente | |
Sólidos em suspensão voláteis | mg/l | Diária | - | Diária | |
Sólidos em suspensão fixos | mg/l | Semanal | - | Semanal | |
DQO Total | mg/l | Semanal | - | Semanal | |
DBO Total | mg/l | Mensal | - | Semanal | |
Oxigênio Dissolvido | mg/l | - | Diário | Mensal | |
Nitrogênio Orgânico | mg/l | Mensal | - | Mensal | |
Nitrogênio Amoniacal | mg/l | Mensal | - | Mensal | |
SS | mg/l | - | - | Semanal | |
Nitratos | mg/l | Mensal | - | Mensal | |
Nitrito | mg/l | Mensal | - | Mensal | |
Micro-organismos: | Co if. totais | NMP/100 ml | Mensal | - | Semanal |
Co if. fecais | NMP/100 ml | Mensal | - | Semanal | |
Eficiência do filtro (DBO) | % | ||||
Eficiência da filtro (DQ ) | % | ||||
Observações: |
VOLUME IV – PROJETO BÁSICO – TOMO VI – MANUAL DE OPERAÇÃO
Quadro IV.11 – PROBLEMAS OPERACIONAIS E SUAS CORREÇÕES
PROBLEMAS | CAUSAS | CORREÇÕES |
Formação de poças na superfície do filtro | Isto ocorre quando o vazio entre as pedras é tomado pelo crescimento da camada biologia causada por: - Carga orgânica excessiva em relação a carga hidráulica - folhas e objetos estranhos entre o meio drenante | Paralisar o distribuição e retirar a unidade de operação por 24 horas ou mais para secar a camada drenante Aplicar jatos d’água com alta pressão na região de empoça Remover a camada biológica da área afetada Substituir ou adequar o meio drenante Clorar (5mg/l) o efluente do filtro por alguma hora |
Aplicação de carga hidráulica continuamente | ||
Proliferação demasiada de moscas | A presença de moscas está intimamente ligada a operação desta unidade, Ressalte-se que a presença das mesmas indica um bom equilíbrio biológico da unidade | In ndar o meio suporte, no mínimo 24 horas Lavar as paredes internas do filtro e canaletas, com jatos d’água Aplicar cloro no efluente do filtro (1 a 0,5 mg/l) durante algumas horas em períodos estabelecidos pelo ciclo de vida das moscas |
Odor desagradável | - | Reduzir a acumulação da camada de lodo da camada biológica Aumentar a recirculação do efluente Ev tar o empoçamento na camada drenante |
33
4.7
DECANTADOR SE
UNDÁRIO
4.7.1 Finalidade
Os decantadores recebem o efluente proveniente do filtro biológico, dotando-o de condições de tranquilidade necessária ao processo de decantação dos sólidos e sua
posterior remoção por sedimentação gravimétrica unidade.
4.7.2 Operação
dirigindo-se para o
fundo da
Após entrar no decantador, o efluente deve ser distribuído uniformemente sob os
módulos tubulares, perfurada.
com a distribuição
sendo feita através
de uma
analização
Neste caso, não é possível, ao operador, efetuar qualquer tipo de ajuste.
A saída do líquido do decantador é controlada por vertedores distribuídos no interior da unidade. A remoção contínua do lodo ativado é fe ta através de carga hidrostática controlada por registro.
Competem ao operador as seguintes tarefas:
▪ efetuar o controle de vazão de saída de lodo através de regulagem no registros;
▪ em casos especiais, jatear água nos sólidos suspensos ou escumas que estejam
subindo para a tratado;
superfície,
não permitindo que
os mesmos saiam no efluente
▪ lavar
com jatos
d'água,
diariamente, o canal coletor
de água
tratada e
vertedores.
▪ fechar
o registro posicionado a tubulação de
descarga
do decantador em
condições especiais.
4.7.3 Avaliação de Desempenho
Para se fazer uma avaliação completa do efluente do decantador secund ser utilizada a tabela mostrada no Quadro IV.12.
4.7.4 Problemas Operacionais e suas Correções
rio poderá
O Quadro
IV.13 mostra os principais problemas operacionais
que poderão ocorrer
nos filtros biológicos percoladores e suas correções.
Quadro IV.12 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO DECANTANDOR SECUNDÁRIO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | |||
DECANTADOR SECUNDÁRIO | ||||
DETERMINAÇÕES | UNIDADE | Afluente | Efluente | |
IVL | - | - | semanal | |
NO-3 | mg/l | - | semanal | |
OD | mg/l | Diária | diária | |
Temperatura | oC | Diária | diária | |
pH | - | Diária | - | |
Sólidos sedimentáveis (SS) | ml/l | - | Semanal | |
Sólidos voláteis (SSV) | ml/l | Semanal | semanal | |
Sedimentabilidade do lodo | semanal | |||
DBO | mg/l | - | - | |
Alcalinidade | - | - | ||
DQO | mg/l | - | - | |
Fósforo | mg/l | Semanal | - | |
NKT | mg/l | Semanal | - | |
Turbidez | - | - | Semanal | |
NH3 | mg/l | - | Semanal | |
NO3 | mg/l | - | Semanal | |
SS | mg/l | - | Semanal | |
NO2 | mg/l | - | Semanal | |
Micro-organismos: | Colif. totais | NMP/100 ml | Mensal | Semanal |
Colif. fecais | NMP/100 ml | Mensal | Semanal | |
Eficiência do filtro + DS (DBO) | % | |||
Eficiência da filtro + DS (DQO) | % | |||
Observações: |
Quadro IV.13– PROBLEMAS OPERACIONAIS E SUAS CORREÇÕES
PROBLEMAS | CAUSAS | CORREÇÕES |
. Sobrecarga de sólidos nos decantadores secundários | . Manta de lodo em elevação: . Baixo IVL | . Reduzir a carga de sólidos aplicada (aumentar a vazão de . descarte do lodo) |
. Mau funcionamento do mecanismo de removedor de lodo | Problemas mecânicos | Consertar o removedor de lodo |
. Altas concentrações de DBO particulada | Elevados teores de SS no efluente | Controlar SS no efluente |
. Altas concentrações de DBO solúvel | Baixa concentração de OD no reator; Concentração de SSTA insuficiente; pH fora da faixa de 6,5 a 8,5; Desbalanceamento de nutrientes | Aumentar a submergência dos aeradores Verificar necessidade de utilizar produtos alcalinizantes Adicionar nutrientes |
. Elevadas concentrações de sólidos em suspensão no efluente | ▪ Lodo ascendente Desnitrificação no decantador; Bolha de gás aderidas ao floco Lodo séptico. | ▪ Lodo ascendente Complementar os requisitos de carbono orgânico com metanol Criar uma zona anóxica no reator; Caso o pH esteja alterado esperar um pouco, já que a nitrificação será afetada, reduzindo em recorrência da própria desnitrificação; Reduzir o tempo de detenção aumentando a vazão de recirculação Aumentar a velocidade do mecanismo de raspagem. |
▪ Lodo Intumecido Baixas concentrações de OD no reator; pH inferior a 6,5 Deficiência de nutrientes; Septicidade do esgoto Presença de grandes quantida-es de carboidratos rapidamente biodegrádaveis. | ▪ Lodo Intumecido Consertar ou substituir aeradores com defeito; Lubrificar mancais e motores Adicionar reagentes alcalinos para aumentar a capacidade tampão do reator; Adicionar nutrientes; Aumentar a velocidade do raspador do lodo; Aumentar a vazão de descarte do lodo. |
PROBLEMAS | CAUSAS | CORREÇÕES | |||
. | ▪ Lodo Pluverizado | ▪ Lodo Pluverizado Elevada idade do lodo (baixa relação A/M), aumentar o descarte do lodo excedente; Adicionar nitrogênio ou fósforo em formas imediatamente disponíveis; Aumentar a recirculação do lodo. | |||
Número excessivo de organis-mos filamentosos (afetando a estrutura do floco que passa a ser frágil); | |||||
Desbalanceamento de nutrientes; | |||||
Elevadas sólidos efluente | concentrações em suspensão | de no | Carga de floco excessiva na entrada do reator (alta carga de BDO afluente e baixa concentração de SSTA na entrada do reator). | ||
▪ Lodo Disperso | ▪ Lodo Intumecido Reduzir o nível de aeração; Elevar a idade do lodo (aumentar a vazão de recirculação); Elevar a concentração de SSTA no reator (aumentar a vazão de recirculação). | ||||
Cisalhamento excessivo causado por turbulência hidráulica; Incapacidade das bactérias em agregar em flocos Baixa concentração de OD no reator. |
4.8 LEITO DE SECAGEM
4.8.1 Finalidade
O leito de
secagem
é uma unidade projetada para receber
o lodo e
escuma do
reator, com grande quantidade de líquido.
Ele possui
uma extensa área,
dotada de
material filtrante, para permitir a rápida
drenagem do líquido e, também, sua evaporação, propiciando do teor de umidade do lodo.
4.8.2 Operação
As operações do leito são basicamente:
- carregamento do leito;
- retirada do lodo seco;
- preparação do leito para novo carregamento.
⮱ Carregamento do leito
uma grande redução
O carregamento do leito exige, apenas, abrir o regi tro do reator anaeróbio que se
quer descarregar e o direcionamento do líquido, através de manobra de comportas, para a célula do leito de secagem, que se quer carregar. Essa o peração deverá levar
cerca de
20 minutos. Durante
a operação deverá
ser verificado, visualmente, a
consistência e a cor do lodo, para evitar descarte excessivo.
A qualquer variação acentuada dessas características o registro deverá ser fechado.
O leito quando ocupado com lodo não deverá receb remoção do lodo seco e sua devida preparação.
⮱ Retirada do lodo
r nova carga, até que ocorra a
Após cerca
de 10 dias, quando o lodo deverá estar seco e
em condições de ser
manuseado com enxada e pá, ele deverá ser removido e transportado para o local do aterro controlado, onde deverá ser aterrado em camadas de 30 cm.
⮱ Preparação do leito para novo carregamento
Após a remoção do
lodo, o operador deverá limpar o leito
com uma
vassoura,
removendo a camada superficial de areia (de 0,5 a 1,0 cm de altura) disposta nas
frestas, entre os tijolos. O material removido deverá ser levado, também, para o aterro controlado.
Após essa
limpeza deverá ser
colocada nova camada de areia, em substituição à
removida
e logo a seguir deverá ser espalhada uma camada de 2 a
3 mm de
espessura, de areia fina e seca, sobre todo o leito, deixando um período mínimo de 3 dias.
nessas condições por
Após esse período ele estará pronto para receber nova descarga de lodo.
4.8.3 Avaliação de desempenho
A avaliação do desempenho do leito de secagem será feita relacionando-se o volume
de esgoto afluente à ETE (m3/mês), com o volume de lodo remo vido (m3/
4.8.4 Ponto de coleta de amostra
ês).
Para se conhecer a
qualidade
do lodo removido do leito de secagem, deverão ser
colhidas, periodicamente, amostras no leito de secagem, no do lodo.
4.8.5 Parâmetros a determinar
momento da remoção
Nas amostras coletadas deverão ser realizadas as seguintes determinações:
Teor de umidade | % |
Sólidos totais | mg/l |
Sólidos fixos | mg/l |
Sólidos voláteis | mg/l |
4.8.6 Anotação dos dados operacionais
O volume mensal de lodo removido poderá ser anotado no modelo de ficha indicado
no Quadro
IV.14, onde, também, poderão ser anotadas as análises
mensais,
indicando-se a qualidade do lodo removido.
QUADRO IV.14 – CONTROLE DO LODO DO LEITO DE S ECAGEM
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | Modelo: No: Mês: | ||
Dia | Volume de lodo removido (m3) | ||
Total mensal de lodo (m3/mês) | |||
Total mensal de esgoto tratado (m3/mês) | |||
Lodo removido/Esgoto tratado | |||
CARACTERÍSTICAS DO LODO REMOVIDO (tirar 1 amostra/mês) | |||
DETERMINAÇÕES | UNIDADE | ||
Umidade Sólidos Totais Sólidos Voláteis Sólidos Fixos | mg/l mg/l mg/l |
4.9 ATERRO CONTROLADO DE SUBPRODUTOS
4.9.1 Finalidade
O aterro controlado
tem por
finalidade
dar um destino adequado aos
materiais
sólidos removidos na grade, na caixa de areia e do le to de secagem.
4.9.2 Operação
Estima-se
23 litros
de material gradeado retido
pela grade, 30 litros de areia
sedimentada na caix
de areia
e 256 litros de lodo do leito de
secagem, para cada
1000 m3 de esgoto afluente à ETE.
Esses subprodutos deverão ser próxima à entrada da ETE.
4.9.3 Características principais
dispostos
em valas
do aterro
controlado, em área
Para cada ano de operação serão necessárias valas c m as seguintes dimensões:
⮱ Para aterro dos sólidos retidos no tratamento preliminar
• Formato: Retangular
• Largura Fundo: 1,50 m;
• Largura Topo 1,50 m;
• Altura total da célula 1,35 m;
• Altura da camada de resíduos: 0,30 m;
• No de camadas de resíduos: 3;
⮱ Para aterro do lodo do leito de secagem
• Formato: Retangular
• Largura Fundo: 1,50 m;
• Largura Topo 1,50 m;
• Altura total da célula 1,35 m;
• Altura da camada de resíduos: 0,30 m;
• No de camadas de resíduos: 3;
4.9.4 Problemas operacionais e suas correções
O Quadro IV.15 indic os principais problemas operacionais e suas correções.
VOLUME IV – PROJETO BÁSICO – TOMO VI – MANUAL DE OPERAÇÃO
Quadro IV.15 – PROBLEMAS OPERACIONAIS E SUAS CORREÇÕES
PROBLEMAS | CAUSAS | CORREÇÕES |
Ocorrência de maus odores | . Aterro efetuado de maneira incorreta, com pouca terra na camada de terra | Aumentar a camada de terra Adicionar cal |
Aparecimento de . vegetação nos taludes internos | . Fertilização do terreno | Efetuar capina Tratar o terreno com arsenito de sódio – 20g/m2 Tratar o terreno com o produto químico ROUNDAP |
41
5 Pontos de Coleta e Frequência de Amostragem
5.1
PONTOS DE COLETA DE AMOSTRAS
A Figura 5.1 apresentada no final do capítulo, indica todos os pontos
onde serão
feitas as amostragens para se
efetuar o
controle operacional
da ETE e
verificar a
eficiência do sistema. Estes pontos estão relacionado
A – Esgoto bruto
B – Material gradeado C – Areia
D – Efluente do reator anaeróbio E – Efluente do filtro biológico
F – Efluente do Decantador Secundário G – Leito de secagem
a seguir:
5.2 ANÁLISES E FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM
As principais análises, pontos de coleta e suas respectivas frequências de amostragem estão indicados no Quadro V.1.
Quadro V.1 – ANÁLISES E FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS CIDADE: BARRA LONGA | |||||||||
PARÂMETROS | UNID. | PONTOS DE COLETA | |||||||
(A) | (B) | (C) | (D) | (E) | (F) | (G) | - | ||
Vazão média | l/s | D | 1S | 1S | |||||
DBO | mg/l | 1S | 1S | 1S | 1S | ||||
DQO | mg/l | 1S | 1S | 1S | 1S | ||||
pH | D | D | 1S | 1S | |||||
Sólidos sedimentáveis | ml/l | D | D | 1S | 1S | ||||
Sólidos totais | mg/l | X | X | X | X | 0X | 0X | X | |
Xxxxxxx totais fixos | mg/l | X | X | X | X | 0X | 0X | X | |
Xxxxxxx totais voláteis | mg/l | X | X | X | X | 0X | 0X | X | |
Xxxxxxx em susp. totais | mg/l | 2S | 2S | 1S | 1S | ||||
Sólidos em susp. fixos | mg/l | Q | Q | ||||||
Sólidos em susp. voláteis | mg/l | Q | Q | ||||||
Umidade | % | M | M | ||||||
Oxigênio dissolvido | mg/l | D | D | ||||||
Nitrogênio amoniacal | mg/l | M | M | ||||||
Nitrogênio orgânico | mg/l | M | M | ||||||
Fósforo total | mg/l | M | M | ||||||
Alcalinidade total | mg/l | 1S | |||||||
Detergentes | mg/l | Q | Q | ||||||
Óleos e graxos | mg/l | Q | Q | ||||||
Ácido sulfídrico | mg/l | M | |||||||
Coliformes totais | NMP | M | M | M | M | ||||
Coliformes fecais | M | M | |||||||
Salmonella Typhi | M | M | |||||||
Ovos de Helmintos | M | M | |||||||
D = diária 2D = 2 vezes por dia 1S = 1 vez por semana 2S = 2 vezes por semana Q = Quinzenal M = Mensal |
FIGURA 5.1 - PONTOS DE AMOSTRAGEM
1 B C 6
A
10
D E F
9
8
7
2 3 5
4
G
11
12
UNIDADES DE PROCESSO | PONTOS DE AMOSTRAGEM | |||
1 | - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA FINAL | 8 | - FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR | A - ESGOTO BRUTO B - MATERIAL GRADEADO C - AREIA D - EFLUENTE DOS REATORES ANAERÓBIOS E - EFLUENTE DOS FILTROS F - EFLUENTE DOS DECANTADORES G - LEITO DE SECAGEM |
2 | - GRADEAMENTO | 9 | - DECANTADOR SECUNDÁRIO | |
3 | - CAIXA DE AREIA | 10 | - CORPO RECEPTOR | |
4 | - CAÇAMBA PARA MATERIAL RETIDO | 11 | - LEITO DE SECAGEM DO LODO | |
5 | - MEDIDOR DE VAZÃO - PARSHALL | 12 | - ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL | |
6 | - CAIXA DIVISORA DE VAZÃO | |||
7 | - REATORES ANAERÓBIOS |
6 Manutenção, Conservação e Segurança
6.1
ASPECTOS GERIAS
Um programa mínimo deve ser mantido
de maneira a manter o local
da ETE em
ordem e prevenir problemas. Merecem destaque:
• O material gradeado deverá ser enterrado logo após a sua remoção a fim de evitar mau cheiro e aparecimento de moscas.
• O material da caixa de areia deverá ser enterrad logo a limpeza seja efetuada.
ou retirado do local da ETE tão
• As valas de proteção contra águas pluviais deverão ser limpas periodicamente.
• A cerca em torno da área da ETE deverá ser percorrida diariamente pelo
operador, verificando as condições em que se encontram os mourões e o arame a fim de evitar a entrada de animais ou pessoas.
• Os mourões deverão ser pintados pelo menos uma vez por ano.
• Um aviso deverá ser fixado, indicando ser o local um sistema de tratamento de esgotos.
• Havendo formação de escuma na superfície livre dos reatores, esta deverá ser removida com peneiras de tecido e cabo longo, sendo o material enterrado.
• As caixas de entrada e o
canal de
saída dos reatores
deverão
ser limpos
periodicamente para evitar obstruções dos mesmos.
• Os encaixes dos “stop-log” sua operação.
deverão estar livres para permitir com facilidade a
• Os pontos de inspeção das
campânulas deverã
ser observadas diariamente e
havendo formação de crosta a mesm deverá ser quebrada ou retirada através
da boca de inspe ão e se necessário com a retirada da campânula.
• O funcionamento do medidor de gás deverá ser erificado várias vezes ao dia de
maneira a detectar o possível tratamento do seu mecanismo de medição.
• O nível do líquido no purgador deverá ser observado diariamente de maneira que
o mesmo seja dr
• O nível d’água
nado sempre que necessário. na válvula anti-retrocesso hi
ráulico deverá ser
observado
diariamente de maneira que o mesmo seja mantido estável.
• Semanalmente a
linha de
gás deverá ser inspecionada
a fim de detectar
possíveis pontos de fuga de gás.
• A queima do gás deverá ser verificada sistematicamente evitando-se que o gás produzido escape diretamente para a atmosfera.
• Os vertedores tubulares deverão ser
inspecionados diariamente a
fim de se
observar se não há fluxo preferencial em algumas das saídas em tê.
6.2 LIMPEZA E HIGIENE PESSOAL DO OPERADOR
Para a execução da operação e conservação de uma ETE chama-se especial atenção
aos cuidados que deverão ser
tomados
quanto à
higienização e proteção do(s)
funcionário(s) encarr gado de fazer a operação e manutenção da E.T.E., que terá de
observar detalhadamente estas normas descritas, em prol de sua própria saúde
Sempre deve se ter em mente
que a pessoa que trabalha com
esgoto, tanto numa
estação de
tratamento, quanto
na rede coletora, corre o risco
de contrair doenças
em proporção bem maior que as demais, uma vez que o conteúdo do produto com o qual está em contato é altamente contaminado. Estas doenças podem ser contraídas
ou por via oral, ou através de desempenho de suas funções.
um corte ou arranhão que tenha ou venha a ter no
Entre as doenças contraídas por via oral distinguem-se o tifo, o cólera, a desinteria, a amebíase, a hepatite infecciosa, a poliomielite e algumas verminoses. Já através
de machucados o
étano é
a mais comum delas. Como
prevenção deve-se
providenciar a vacinação contra o tétano, o tifo e a v ríola, de acordo com orientação
médica. Já
o risco de se contrair doenças por via
oral, deve-se a negligência do
operador, que para evitá-las deve:
• durante o expediente, usar são impermeáveis;
botas e luvas de borracha para sua proteção, pois
• manter sempre as mãos limpas, com as unhas cortadas;
• lavar as mãos e desinfetá-las com álcool iodado;
• durante o serviço, evitar, o quanto possível, comer ou fumar. Se não conseguir, lavar as mãos desinfetando-as com o álcool iodado.
Quanto ao
vestuário, a roupa
de serviço (macacão, roupa v elha, etc.) deve ser
vestida apenas no local de trabalho e ao término
da jornada
retirada
lá mesmo,
deixando-a em local apropriado. Não esquecer que o funcionário deverá tomar um bom banho antes de vestir suas roupas de uso cotidiano.
Outros cuidados a serem tomados:
• ter sempre, no trabalho, um estojo de primeiros socorros, repondo o material que já foi usado;
• caso ocorra um corte ou arranhão no corpo, lavar com sabão de côco, aplicar iodo ou merthiolate e procurar orientação médica;
• no caso de contato com o esgoto, usar álcool iodado na limpeza do corpo;
• após o uso de ferramentas, lavá-las com jatos de água.
Para seu próprio controle o operador deverá observar os seguintes cuidados:
• Devido a produção de gás é terminantemente proibido fumar.
• Jamais verificar vazamento de gás usando fósforos ou qualquer outro objeto que produza faísca.
• Observar hábitos
de higiene como lavar as mãos antes
de comer qualquer
alimento e trocar as roupas de trabalho antes de ir para casa.
• Lavar as ferramentas após usá-las.
• Caso ocorra algum corte ou arranhão, limpe imediatamente o local com água e aplique solução de iodo a 2%, mercúrio cromo ou metiolate.
• Faça o reforço de vacinas (tétano, tifo e varíola) de acordo como a orientação
médica e nas ocasiões certas.
• Mantenha sempre as unhas limpas e cortadas.
• Tenha
sempre um estojo
de primeiros socorros em lo cal visível. Reponha
periodicamente os materiais utilizados.
7 Considerações Finais
Quando do esvaziamento e limpeza dos reatores, para efetuar as necessárias
modificações, deverá ser preservada a parte mais d nsa do lodo, presente na parte
inferior dos reatores, para servir como inóculo para o processo.
O lodo poderá ser armazenado nos leitos de secage plástica evitando a perda excessiva de água.
existentes e coberto com lona
Quando da partida
dos reatores deverá
ser observada uma
rotina de
operação
especial que consist
basicamente no aumento gr
dativo da
carga afluentes aos
reatores, regido pela resposta do processo quanto à redução de matéria orgânica e produção de biogás.