Eficiência Hídrica. A eficiência hídrica procura garantir uma melhor gestão da água, integrando também o desígnio de, dada a forte correlação entre ambos, potenciar a conexão com a energia [37]: Nexus água-energia: reduzir o consumo de água <--> reduzir o consumo de energia. O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) tem o objetivo de impulsionar o uso eficiente da água, especialmente nos setores urbano, agrícola e industrial, permitindo, ao mesmo tempo, diminuir os volumes residuais afluentes aos meios hídricos e o consumo de energia associado. [38] Para 2020, no meio urbano, o PNUEA tem como meta reduzir as ineficiências em 20%, tanto na rede pública de abastecimento, como também nas redes prediais (edifícios), seja por via da redução do consumo de água, seja pela redução das perdas de água, integrando diversas medidas com o intuito de aumentar a eficiência da utilização da água (i.e., relação entre o consumo total e a procura efetiva total), sensibilizando e capacitando todos os utilizadores para o uso eficiente da água (alterações comportamentais). A realçar o incentivo à implementação de soluções, técnicas e/ou tecnológicas, de maior eficiência hídrica nos edifícios, como a obrigatoriedade de colocação de isolamento térmico de tubagens de água quente ou o incentivo à utilização de equipamentos mais eficientes. A nível nacional, a ANQIP (Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais) gere um sistema de certificação e rotulagem de eficiência hídrica de produtos, um processo voluntário que abrange diversos dispositivos de utilização prediais (autoclismos, chuveiros, economizadores, torneiras e fluxómetros) e visa disponibilizar aos consumidores informação sobre sua eficiência hídrica. A rotulagem varia entre o A++ (o mais eficiente) e o E, permitindo ao consumidor distinguir estes equipamentos de acordo com o seu consumo de água. [39]