UM PARADIGMA DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
BRISA – Auto-estradas de Portugal
UM PARADIGMA DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
Preservar a Lezíria
Empresa
A Brisa Auto – Estradas de Portugal, empresa fundada em 28 de Setembro de 1972, é o maior operador português de auto-estradas em Portugal e uma referência do sector a nível europeu.
A construção, conservação e exploração de auto-estradas é a actividade central da Brisa, cuja concessão principal se rege por um contrato de concessão celebrado entre a empresa e o Estado Português.
Dada a sua importância e dimensão, a Brisa detém um conjunto de empresas especializadas em serviços rodoviários, vocacionadas para a melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes, bem como para o reforço da sua própria eficiência operacional.
Além de liderar o mercado interno, a Brisa detém ainda participações no capital das maiores concessionárias de auto-estradas do Brasil e de Espanha – a CCR e a Abertis, respectivamente – ambas cotadas em bolsa.
Sendo uma das maiores empresas portuguesas cotadas em bolsa, com uma capitalização bolsista superior a 4 mil milhões de Euros, a Brisa integra os seguintes índices: PSI20, o
principal índice bolsista português; Euronext 100, que reúne as maiores empresas de França, Holanda, Bélgica e Portugal; FTSE4Good, índice de responsabilidade social.
Envolvimento
A Brisa está fortemente empenhada na promoção da biodiversidade e na preservação do ambiente e do património, tendo presente que a construção, conservação e operação sustentável de auto-estradas é o seu objectivo. É por isto que a Xxxxx acredita em dever diferenciar-se, através do desenvolvimento da gestão ambiental nas fases de
construção e de exploração das auto-estradas, bem como através do investimento em projectos científicos, em áreas tão diversas como fauna e flora, novos sistemas de conservação, monitorização de indicadores ambientais diferenciados, e tecnologias de eficiência energética e de redução das emissões poluentes.
A longa experiência da Xxxxx, como principal dono de obra no sector das infra-estruturas rodoviárias em Portugal, que se materializa em mais de 4 mil milhões de Euros de investimento realizados nos últimos vinte anos, contribuiu para a criação de um capital de conhecimento e de competências no domínio da construção sustentável, seja na vertente ambiental como na vertente da higiene, segurança e saúde no trabalho.
Projecto
A Travessia do Tejo no Carregado, inserida no Sublanço A1/Benavente da A10 – Auto- estrada Bucelas/Carregado (A1)/A13 (IC3), traduz o paradigma actual na perspectiva de uma obra sustentável, durante a construção e durante a operação. A Brisa investiu na componente ambiental do projecto e da construção desta infra-estrutura, para responder de forma eficiente às diferentes condicionantes ambientais envolvidas, próprias da dimensão da obra e da sensibilidade ambiental da área onde se desenvolve.
A A10 possui uma extensão total de cerca de 40 km e tem como objectivo primordial a constituição de uma envolvente exterior à Área Metropolitana de Lisboa, funcionando como uma alternativa à A1 - Auto-estrada do Norte, entre Alverca e Vila Franca de Xira, e realizando a interligação entre as duas margens do Rio Tejo. Esta infra-estrutura desempenha assim um papel estruturante nas ligações entre o norte e o sul do País entre o Ribatejo e a Região Oeste.
Atendendo à sensibilidade da área envolvida, foi dada uma enfâse especial aos estudos ambientais para a Travessia do Tejo no Carregado, que integra a A10 - Auto-estrada Bucelas/Carregado/IC3.
O projecto envolve a construção de uma travessia do rio Tejo, composta por uma ponte e viadutos, com uma extensão total de 11 570 metros, afectando uma das regiões agrícolas mais importantes do País, a planície aluvional da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira.
Para este empreendimento ser bem sucedido, era necessário obter das várias autoridades interessadas, especialmente do Ministério do Ambiente, a declaração de conformidade ambiental do projecto. A Brisa empenhou-se decididamente em ir ao encontro dos requisitos ambientais de uma obra desta envergadura, conseguindo atingir o seu objectivo em 24 de Março de 2005.
O projecto tinha de harmonizar um sublanço de auto-estrada, no qual a ponte e os viadutos representam 89,5% da sua extensão total, com um contexto ambiental altamente sensível.
Actividades
Assim, foi dada grande atenção às diferentes questões, desde requisitos de construção até às condições de operação, passando pela protecção das actividades agrícolas durante a fase de construção.
A solução adoptada para execução do projecto e construção é um dos factores críticos para a sustentabilidade da obra. A Brisa realizou um concurso público internacional para a empreitada de concepção, projecto e construção da Travessia do Tejo no Carregado, acompanhado por uma equipa externa de peritos do Instituto Superior Técnico, e baseado na elaboração de um estudo prévio de referência. O consórcio vencedor foi seleccionado de acordo com um conjunto de critérios onde a qualidade das componentes ambiental e social estavam valorizadas.
Refiram-se algumas das soluções que a Brisa desenvolveu: planeamento da drenagem da construção dos pilares; estudo preliminar da localização dos estaleiros dos empreiteiros; planeamento especial para a construção do caminho paralelo para a construção da ponte e dos viadutos, com grande cuidado para a necessidade de proteger os solos agrícolas subjacentes; estudos preliminares para a protecção de cursos de água e canais de irrigação; sistema especial de drenagem para águas de escorrência da plataforma da auto-estrada, de forma a garantir a sua estanquecidade e que não comprometerá a qualidade das águas de irrigação e dos solos agrícolas; integração paisagística da auto-- estrada.
Resultados
Em 24 de Março de 2005, a Autoridade de AIA, emitiu parecer de conformidade ao Projecto de Execução com a DIA, contemplando a Solução Variante, condicionado à apresentação de alguns estudos previamente à instalação de estaleiros, à fase de construção e ao início da fase de construção.
Conforme sugerido pela Brisa e pela Comissão de Avaliação foi nomeada, pelo Instituto do Ambiente, uma Comissão de Acompanhamento Ambiental da Obra (CAAO), a qual é constituída por técnicos do Instituto do Ambiente (IA), Instituto da Água (INAG), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR- LVT), Instituto Português de Arqueologia (IPA) e Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHa).
Foram realizadas, até à presente data, várias reuniões com a CAAO, nas quais foram analisados um vasto conjunto de documentos, elaborados pela Brisa/Tace, que visam o cumprimento do solicitado no Parecer da Comissão de Avaliação ao RECAPE, de modo a possibilitar o início dos trabalhos, tendo sido realizadas visitas mensais à obra pela CAAO, desde Julho do ano passado.