TERÇA-FEIRA, 06 DE DEZEMBRO DE 2022 | ANO 1 | Nº 251 | TUDO O QUE MOVE O MERCADO | DIRETOR-PRESIDENTE FABRÍCIO JULIÃO
TERÇA-FEIRA, 06 DE DEZEMBRO DE 2022 | ANO 1 | Nº 251 | TUDO O QUE MOVE O MERCADO | DIRETOR-PRESIDENTE XXXXXXXX XXXXXX
MUDANÇAS CLIMÁTICAS Estudos
ENERGIA Pecém assina
SUL Empresas portuárias
apontam riscos para Santos (SP),
pré-contrato para produção de hidrogênio verde p6
estão em ranking das maiores
Aratu (BA) e Rio Grande (RS)
p4
do mercado regional
p7
Setor portuário apresenta demandas à equipe de transição
Terminais e operadores defendem maior prazo para o Reporto, modificações nas propostas de reforma tributária e
a retomada dos poderes do CAP p3
Um problema que não pode ser ignorado
As mudanças climáticas têm afetado os vários setores da economia, inclusive o segmento portuário. E para apurar os impactos dessas variações nos complexos marítimos brasileiros, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deu continuidade à pesquisa que realizou sobre o tema, “Impactos e Riscos da Mudança do Clima nos Portos Públicos”. Dessa vez, porém, aprofundou sua avaliação em três complexos - Santos (SP), Aratu (BA) e Rio Grande (RS). De modo geral, com graus distintos de severidade, os maiores riscos detectados têm relação com paralisações operacionais e danos à infraestrutura.
Os dados mais detalhados serão apresentados hoje, terça-feira, dia 6, na sede da Antaq, em Brasília. Mas pode-se destacar que os três podem ser afetados com a maior ocorrência de chuvas fortes e persistentes - em outras palavras, eventos extremos - que podem interromper o tráfego em seus respectivos canais de navegação a até, no caso de Rio Grande (RS), danificar sua infraestrutura portuária.
Mas chama a atenção duas ressalvas feitas pelos pesquisadores. Os três portos não apresentam dados com série histórica, ou seja, registros feitos há várias décadas e de modo contínuo, o que ajudaria na pesquisa e tornaria os dados mais precisos e confiáveis. E as informações sobre paralisações se mostraram limitadas, não
avançando no tempo.
Apesar dessas observações, os estudos dão o alerta para que as autoridades portuárias acompanhem essas mudanças climáticas e busquem reduzir seus impactos negativos. E principalmente, tentem aprofundar essas pesquisas a fim de obter dados mais concretos. O clima tem sido alterado e os portos sofrem as consequências disso. Cabe às autoridades ter ciência desse processo e proteger os complexos. Ignorar a questão não é uma opção.
FOTO
Xxx Xxxxx/ATP
NESTA EDIÇÃO
CAPA
3 Setor portuário defende mais 5 anos de Reporto e mudanças em projetos de reforma tributária
HUB
3 Governador eleito de SP promete viabilizar túnel do Porto de Santos
NACIONAL
4 Estudo sobre mudanças climáticas
identifica riscos e aponta soluções para portos
REGIÃO NORDESTE
6 Porto do Pecém assina terceiro pré-contrato para produção de hidrogênio verde
REGIÃO SUDESTE
6 Petrobras terá unidade de produção de BioQAV e diesel renovável em Cubatão (SP)
REGIÃO SUL
7 Sete companhias portuárias do Paraná estão no ranking das maiores empresas do Sul
PORTUGAL
7 Xxxx Xxxxxx anuncia saída da presidência dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo
Sede
Xxxxxxx Xxxxxxxx, 000, 0x xxxxx, Xxx Xxxxx, Xxx Xxxxx
01404-200, BR
Sucursal Brasília
XXXXX Xxxxxx 000, xxxxx X, xx 000
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70340-000, BR
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11013-919, BR
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Diretor-superintendente
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O túnel de Tarcísio 1
O projeto de construção de um túnel ligando as margens do Porto de Santos (SP), sob o canal de navegação, indo de Santos a Guarujá (SP), era defendido pelo Ministério da Infraestrutura. A pasta planejava implantá-lo como parte do processo de desestatização do complexo
santista - a viabilização da obra, estimada em R$ 4,2 bilhões, seria uma das contrapartidas do futuro concessionário da autoridade portuária. Mas a privatização, que ainda estava sob análise do Tribunal de Contas da União, foi praticamente interrompida
e não deve ser retomada - a equipe de transição do Governo Federal criticou o modelo implantado e já anunciou que não deve
segui-lo. Com isso, quem tem defendido a construção do
Setor portuário defende mais 5 anos de Reporto e mudanças em projetos de reforma tributária
Propostas foram apresentadas em reunião entre lideranças empresariais e integrantes da equipe de transição do Governo Federal
Xxx Xxxxx/ATP
TALES SILVEIRA
Dirigentes de associações empresariais portuárias se re- uniram com integrantes da equipe de transição do Gover- no Federal na manhã de ontem, em Brasília, para apresentar propostas e projetos para o setor. Entre as sugestões fei- tas, estavam a ampliação do
túnel é o governador eleito de
São Paulo, o ex-ministro da Infraestrutura Xxxxxxxx Xxxxx
prazo do Reporto por mais cinco anos, mudanças nos tex-
Reunião entre representantes de terminais e operadores portuários e integrantes da equipe de transição foi realizada em Brasília, na manhã dessa segunda-feira
xx Xxxxxxx (Republicanos).
O túnel de Tarcísio 2
O futuro ocupante do Palácio dos Bandeirantes vem citando a implantação do túnel - “a travessia seca entre Santos e Guarujá” - como uma das obras que pretende realizar durante o mandato, que terá início no próximo dia 1º. A ideia é que
o projeto se torne realidade a partir de uma parceria público- privada.
O túnel de Tarcísio 3
A equipe de transição do Governo Federal ainda não comentou se a construção do túnel está em seus planos. Até
o momento, há apenas críticas ao processo de desestatização e a proposta de substituí-lo
pela privatização de serviços
tos da reforma tributária em
tramitação no Congresso e me- didas para a redução na buro- cracia do mercado. O progra- ma de desestatização portuá- ria, iniciado na atual gestão do presidente Xxxx Xxxxxxxxx (PL) e criticado por assessores do presidente eleito Xxxx Xxxxxx Xxxx xx Xxxxx (PT), também foi debatido.
Participaram do encontro
- o primeiro entre a equipe de transição e representantes do setor privado do segmento portuário - representantes das associações Brasileira dos Ter- minais Portuários (ABTP), Bra- sileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), de Ter- minais Portuários Privados (ATP) e Brasileira de Terminais
Modernização e Ampliação da
Estrutura Portuária, o Reporto. O benefício, instituído em 2004, durante a primeira ges- tão do presidente eleito Xxxx Xxxxxx Xxxx xx Xxxxx, reduz a cobrança de impostos na im- portação de máquinas e equi- pamentos utilizados pelos se- tores portuário e ferroviário.
“Desta vez, fomos com as demais entidades e levamos os principais temas para o setor e que devem ser olhados logo na largada. Dentre eles, falamos do Reporto e da importância que ele tem para nós. Precisa- mos que ele tenha, pelo menos, mais cinco anos para que os investimentos sejam feitos. Como ele já está valendo, a questão orçamentária já não
da Abtra, Xxxxxxxx Xxxxxx.
Segundo ele, a coordenadora do GT de Infraestrutura do governo eleito, Xxxxxx Xxxxxx- or, demonstrou interesse em entender as propostas do se- tor. “Tivemos uma reunião bas- tante positiva. Pudemos expor nossas questões, como as revi- sões nas leis dos portos e da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários, o órgão regulador do setor). Algu- mas evoluções aqui são neces- sárias no sentido de desregula- mentar o setor. O mercado precisa atuar mais”, falou.
Representando a ATP no encontro, o diretor-presidente da associação, almirante Xxxxx- xx Xxxxxxx, disse que foi possí-
vel notar que o governo eleito
está com posições alinhadas com o setor. Dentre elas, a necessidade de o programa de desestatização portuária ter de analisar cada complexo maríti- mo individualmente. “Pudemos discutir todas as nossas pautas conjuntas, onde tudo foi anota- do pelo grupo de trabalho. Eles também expuseram o pensa- mento do partido (PT) sobre o que pode ser feito, como a ques- tão da reavaliação da modela- gem das desestatizações”, co- mentou.
Confira, no box na página, as principais reivindicações das as- sociações empresariais portuári- as apresentadas nessa segunda- feira à equipe de transição.
de apoio portuário, como a dragagem, mas sem ter o empreendimento como contrapartida (algo inviável, dado o custo da obra). Mas como a gestão do Porto de Santos é federal, certamente Tarcísio terá de conversar com o Ministério da Infraestrutura para cumprir sua promessa.
TradeLens
O Grupo Maersk e a IBM anunciaram a decisão de suspender a TradeLens, plataforma global com base na tecnologia blockchain, voltada ao gerenciamento da cadeia logística de contêineres. O processo de descontinuidade teve início no último dia 29 e deve ser concluído, com o desligamento do serviço no final do primeiro trimestre do próximo ano. Segundo as duas corporações, que lançaram a plataforma em 2018, ela “não atingiu o nível de viabilidade comercial” necessário para
ser mantida.
Líquidos (Abtl) e da Federação
Nacional das Operações Por- tuários (Fenop).
Da equipe de transição, estavam a coordenadora do grupo de trabalho (GT) de In- fraestrutura, a ex-ministra do Planejamento no governo Dil- ma Xxxxxxxx (PT), Míriam Bel- chior, e o diretor-presidente da Valente Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda, Xxxx Xx- gusto da Xxxxxxx Xxxxxxx, que é ex-secretário de Política Na- cional de Transportes do Mi- nistério dos Transportes e ex- presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ).
Segundo o diretor-pre- sidente da ABTP, Xxxxxxxx xx Xxxxx, a reunião foi positiva e as entidades puderam expor os seus principais receios e suge- rir mudanças futuras. Entre as principais reivindicações, está um maior prazo de validade para o Programa de Incentivo à
será um impedimento”, disse
Xxxxxxxx xx Xxxxx.
Ainda de acordo com o diretor-presidente da ABTP, regulamentações para a Refor- ma Tributária, como as previs- tas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 e na PEC 110/2019, devem ser revistas. Também terá de ser reavaliado o Projeto de Lei (PL) 406/2021, que propõe que os contratos de concessão de por- tos deverão conter cláusulas de preservação do meio ambiente e de integração ao sistema rodo- viário e ferroviário. “Falamos também sobre a reforma tribu- tária. Essas propostas que es-tão no Congresso, da forma que estão desenhadas, são muito nocivas ao setor, que é eminente- mente de prestação de serviços. Se algumas medidas não forem tomadas, podemos ser onerados em até 90% ”, explicou.
Outro que saiu otimista da
reunião foi o diretor-executivo
Principais pontos tratados durante a reunião:
◆ Alteração de dispositivos na PEC 110/2019 e na PEC 45/2019, que tratam da Reforma Tributária.
◆ Extensão do Reporto por mais cinco anos.
◆ Reavaliação de pontos do PL 406/2021, como a manutenção de dispositivos que garantem a isonomia no acesso de operado- res portuários ao sistema de vias terrestres, rodovias e ferrovias, na área do porto.
◆ Retomada do poder deliberativo do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).
◆ Revisão da Lei 12.815/2013, que determina que os operado- res portuários devem contratar trabalhadores vinculados aos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos) de forma exclusiva.
◆ Atenção nas revisões da Lei dos Portos e da norma da Antaq 10.233/2001 em algumas penalidades.
◆ Fortalecimento da multimodalidade e aumento da utilização das ferrovias. Andamento da Ferrogrão e da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips).
◆ Avaliações das desestatizações portuárias caso a caso, em confronto à ideia de uma modelagem base, com mudanças espe- cíficas em cada porto, a ser utilizada para todas as privatizações.
◆ Avaliação da Medida Provisória (MP) que objetiva flexibilizar as exigências para que mais empresas privadas possam operar, em qualquer lugar do país, os chamados Portos Secos - locais alfan- degados onde são processadas as medidas de controle aduaneiro e administrativo das importações e exportações.
Estudo sobre mudanças climáticas identifica riscos e
aponta soluções para portos
Pesquisa avaliou impactos nos complexos marítimos de Santos (SP), Aratu (BA) e Rio Grande (RS). Dados e conclusões serão apresentados hoje, na sede da Antaq
TALES SILVEIRA
Paralisações operacionais e ameaças à infraestrutura. Es- ses são os principais riscos enfrentados por três dos prin- cipais portos brasileiros, San- tos (SP), Aratu (BA) e Rio Gran- de (RS), devido às mudanças climáticas, segundo levanta- mento que será apresentado hoje, terça-feira, dia 6, na sede da Agência Nacional de Trans- portes Aquaviários (Antaq), o órgão regulador do setor.
As conclusões fazem parte da segunda etapa do estudo “Impactos e Riscos da Mudan- ça do Clima nos Portos Públi- cos”. A primeira, publicada no fim do ano passado em parceria com a agência de fomento ale- mã GIZ (Deutsche Gesellschaft
Divulgação/Governo Federal
A apresentação formal dos estudos acontecerá na manhã desta terça-feira (6) na sede da Antaq
für Internationale Zusamme-
narbeit), mapeou as principais ameaças climáticas e os impac- tos da mudança do clima em 21 portos públicos brasileiros.
Na etapa cujos dados se- rão divulgados hoje, a Antaq fez um estudo de caso em três por- tos, avaliações a que o BE News teve acesso. O objetivo para a elaboração dessas pesquisas é que o modelo também possa ser usado pelos complexos maríti- mos interessados em promover os seus próprios estudos.
Conforme as conclusões apresentadas, todos os três portos possuem riscos de para- lisações, em casos de chuvas fortes. Também apresentam riscos – em casos de chuva persistente, chuva forte e inun- dações devido ao aumento de 0,2 m do nível do mar – da
Divulgação/SPA
exposição de suas infraestru- turas causadas por intempéri- es, “resultando em altas de- mandas de manutenção, cres- cimento de custos e capacida- de geral reduzida”.
O estudo também revelou que todos os três portos não apresentam dados com série histórica de danos estruturais sistematizada e organizada, “não havendo, portanto, regis- tros de impactos às infraestru- turas e superestruturas”. Além disso, os dados de paralisações da operação do porto também foram limitados, correspon- dendo a um curto período de tempo, o que representou uma grande limitação ao estudo.
Recomendações
Devido a esse cenário, a pes- quisa recomenda que seja
incluída a causa “climática ou não-climática” no registro de paralisações e danos. O objeti- vo é aprimorar a identificação e determinação das ameaças cli- máticas. Propôs-se ainda que a sistematização do registro seja centralizada na autoridade por- tuária, mas que seja preenchido por todos os terminais.
Também foi recomendado a todos os portos que seja in- cluída outras ameaças climáti- cas em estudos futuros, como ondas de calor, neblina etc. Além disso, as administrações devem criar um “grupo de tra- balho” para monitorar os riscos elencados e planejar a imple- mentação das medidas de adap- tação.
Estudo da Antaq apontou que, para o Porto de Santos, o principal complexo maríṄmo brasileiro, o maior impacto das mudanças climáṄcas está na maior frequência do fechamento do canal
Porto de Santos
A avaliação individual do Porto de Xxxxxx apontou que não
existem infraestruturas sob risco estrutural ou operacional ‘alto’ nesse complexo maríti-
CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 4
mo. As interações que apresen- tam impacto ‘médio’ também não alteram seu grau de risco conforme se avança no tempo, apesar do aumento da probabili- dade de ocorrência de algumas ameaças. Entretanto, são reco- mendados o monitoramento e a revisão dos riscos de forma con- tínua, mesmo daqueles consi- derados ‘baixos’ ou 'médios'.
á em relação à severidade estrutural e operacional, as inte- rações de grande preocupação envolvem as infraestruturas da bacia de evolução, do canal interno e do canal externo, que apresentaram nível de severida- de ‘grave’. Em todos eles, a seve- ridade é alta em função do potencial fechamento do canal, impedindo a entrada e saída de navios, gerando potenciais pre- juízos financeiros.
Contudo, de modo geral, o risco estrutural é baixo para a maioria das interações entre as ameaças e estruturas portuári- as. Esse resultado está relacio- nado às características constru- tivas e de operação das infraes-
Em Rio Grande, as chuvas podem levar os berços a ficarem inacessíveis, restringindo a atracação e a desatracação de navios
Divulgação
Divulgação/Codeba
truturas e equipamentos que já
foram dimensionados para su- portar as cargas operacionais dentro de limites de condições climáticas adversas, além de condições de segurança estabe- lecidas pelo projetista.
Divulgação/Porrtos RS
Porto de Rio Grande
No Porto de Rio Grande, em relação à severidade estrutural e operacional, as interações de grande preocupação envolvem as infraestruturas de berços, edificações, acesso viário, e-
quipamentos de içamento e
transportador contínuo, que apresentaram importantes níve- is de severidade (‘moderado’ e ‘grave’).
Segundo o levantamento, as chuvas podem fazer com que os berços fiquem inacessíveis, gerando restrições na operação de atracação e desatracação de navios. Também pode haver paralisação nas vias em caso de obstruções. Além disso, as chu- vas podem ocasionar paralisa- ções por períodos longos e de- mandar manutenção nos role- tes, esteiras e no sistema de cobertura da linha.
Já o risco estrutural é consi- derado “leve”, o que, segundo o estudo, “pode estar relacionado às características construtivas e de operação das infraestruturas e equipamentos que já foram di- mensionados para suportar as cargas operacionais dentro de limites de condições climáticas adversas”.
Porto de Aratu
Para o porto baiano, o estudo apontou que as ameaças de maior probabilidade de ocor- rência, tanto no período atual
quanto no futuro, são chuvas persistentes e ventos fracos. Em geral, as infraestruturas que apresentam maior risco considerando as ameaças cli- máticas analisadas são berços, transportador contínuo, infra- estruturas de armazenamento e equipamentos de içamento.
Os potenciais impactos para essas estruturas são: os berços podem ficar inacessíve- is, gerando restrições na opera- ção de atracação e desatraca- ção de navios de até 72 horas, além de eventualmente apre- sentarem avarias que necessi- tam manutenção; os transpor- tadores podem ficar paralisa- dos por até 72 horas, deman- dando manutenção nos role- tes, das esteiras e no sistema de cobertura da linha. As infra- estruturas de armazenamentos
Em Rio Grande, as chuvas podem levar os berços a ficarem inacessíveis, restringindo a atracação e a desatracação de navios
podem sofrer avarias, exigindo vistorias e manutenções; e os equipamentos de içamento po- dem ficar paralisados também por até, impedindo o processa- mento de carga dos navios e, em casos extremos, podem tombar. De modo geral, o risco es- trutural é baixo para a maioria das interações entre as ameaças e estruturas portuárias, sobre- tudo para granéis líquidos e pro- dutos gasosos. Somente os gra- néis sólidos apresentaram risco maior que ‘desprezível’. Esse resultado está relacionado às características construtivas e de operação das infraestruturas e equipamentos que já foram dimensionados para suportar as cargas operacionais dentro de limites de condições climáticas
adversas.
Confira alguns dos dados apresentados nas tabelas. Para acessar o estudo completo, vá ao site do BE News e baixe os PDFs completos.
Porto do Pecém assina terceiro pré-contrato para produção de hidrogênio verde
Documento foi firmado com a Comerc Eficiência e a Casa dos Ventos
Divulgação/Porto de Pecém
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O Complexo do Pecém (CIPP S/A), no Ceará, assinou ontem
(5) o terceiro pré-contrato rela- cionado à produção de hidrogê- nio verde. Desta vez o acordo foi firmado com a Comerc Eficiência e a Casa dos Ventos, prevendo a instalação de uma unidade fabril de produção de H2V e amônia verde em uma área de até 60 hectares localiza- da na ZPE Ceará. O início da operação, em primeira fase, é estimado para 2026.
O projeto já vem sendo
O presidente do Porto do Pecém, Xxxxxx Xxxxx, assina o pré-contrato com a Comerc e a Casa dos Ventos
esse estratégico projeto de tran- sição energética que estamos desenvolvendo aqui no Ceará desde o início do ano passado. O Hub de Hidrogênio Verde do Complexo do Pecém é uma rea- lidade”, celebrou o presidente do Porto do Pecém, Xxxxxx Xxxxx.
A assinatura do pré-con- trato foi um dos últimos com- promissos de Serpa à frente do Porto. Na quinta-feira, dia 8, ele deixará o cargo de presidente do complexo cearense, sendo substituído pelo engenheiro aeronáutico Xxxx Xxxxxxxxxx.
COMPANHIAS
O Grupo Comerc Energia é uma empresa de Soluções Re- nováveis em Energia e Descar-
trabalhado desde 2021 entre as partes e, agora, segue para a fase de licenciamento ambien- tal e projeto básico, que será dividido em etapas.
Quando estiver em plena capacidade operativa, a planta poderá produzir até 2,4 GW de eletrólise, gerando mais de mil toneladas de hidrogênio por dia e possibilitando a entrega 2,2 milhões de toneladas de amônia verde por ano.
Antes da formalização do pré-contrato, a Comerc Eficiên- cia e a Casa dos Ventos já havi- am firmado um memorando de
entendimento com o Governo do Estado do Ceará e outro com a CIPP S/A, para assegurar sua participação à frente do projeto. Com a produção de H2V, a unidade vai evitar a emissão de até 430 mil toneladas de CO2 por mês, reduzindo significati- vamente a emissão dos gases
de efeito estufa.
Xxxxx Xxxxxxx, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, disse que o Ceará está localizado em uma região de recursos energéticos eficientes e abundantes, aliado a uma posi- ção estratégica para o comercio
exterior. “Esses fatores nos pos- sibilitam exportar nossa energia renovável em forma de energé- ticos verdes de maneira muito competitiva globalmente”, des- tacou Araripe.
Para Xxxxxx Xxxxxx, presi- dente da Comerc Eficiência, o hidrogênio verde tem um poten- cial imenso para ser um dos prin- cipais agentes da transição ener- gética global. “Aqui no Brasil, com a abundância de fontes de energia como solar e eólica, este cenário é extremamente favorá- vel para nos colocar como um dos maiores players do mundo.
E, por isso, é um grande prazer ter a Comerc Eficiência na van- guarda de um projeto inovador e que dá mais um passo em dire- ção a uma economia sustentá- vel, abrindo novas possibilida- des de geração de riquezas para o país e criando milhares de empregos”, ressaltou.
Esse é o terceiro pré-con- trato assinado para o Hub de Hidrogênio do Complexo do Pecém, que conta ainda com 24 memorandos de entendimento (MoUs) firmados com empresas brasileiras e estrangeiras.
“Mais players se juntam a
bonização do Brasil. Tem 20 anos de atuação, um portfólio composto por cerca de 3,8 mil unidades de consumo, e fe- chou o ano passado com um faturamento de R$ 3,8 bilhões. Já a Casa dos Ventos é uma companhia brasileira que de- senvolve, constrói e opera pro- jetos de geração de energia a partir de fontes renováveis. Res- ponsável pela maior campanha de medição de ventos já empre- endida no mundo, ela desenvol- veu um em cada quatro dos pro- jetos eólicos em operação no
Brasil.
REGIÃO SUDESTE
Petrobras terá unidade de produção de BioQAV e diesel renovável em Cubatão (SP)
Nova planta será instalada na Refinaria Presidente Xxxxxxxxx (RPBC). Combustíveis terão potencial de reduzir em até 90% as emissões de gases de efeito estufa
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A Refinaria Presidente Xxxxxx- des (RPBC), em Cubatão (SP), contará com uma unidade de produção de diesel 100% reno- vável e de bioquerosene de aviação (BioQAV), um tipo de combustível sustentável de aviação. A previsão é que a uni- dade inicie as operações em 2028.
Segundo a Petrobras, o projeto integra o Programa de BioRefino da companhia, um dos destaques de seu Plano Estratégico para o período de 2023-2027, que receberá in- vestimentos de US$ 600 mi- lhões para o desenvolvimento de uma nova geração de com-
bustíveis sustentáveis, com
menor pegada de carbono.
O diesel renovável e o BioQAV têm potencial de redu- ção de emissões de gases de efeito estufa entre 55% e 90% em relação aos combustíveis derivados de petróleo, pois são oriundos de matérias-primas renováveis (como óleo vegetal e gorduras de origem animal).
A nova planta, que será instalada na RPBC, terá capaci- dade para produzir 6 mil barris por dia (bpd) de BioQAV e 6 mil bpd de diesel 100% renovável a partir do processamento de até 790 mil toneladas/ano de matéria-prima renovável.
A Petrobras informou que a RPBC foi escolhida para abri- gar a unidade por ser próxima ao mercado da região Sudeste e da maior integração com o parque do refino nacional.
“A nova planta é um dos destaques do nosso Programa de BioRefino, crucial para en0- tregarmos produtos com meno- res emissões de gases de efeito estufa, em linha com as deman- das da sociedade e com um mundo em transformação. A- lém da planta dedicada de bior- refino, vamos investir no co- processamento de diesel com conteúdo renovável em outras refinarias e na produção de outros derivados com matéria- prima vegetal”, disse o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Xxxxxxx Xxxxx.
Haverá a expansão do co-
processamento para produção de diesel R — com conteúdo renovável — na Refinaria Presi- dente Xxxxxxx Xxxxxx (REPAR), no Paraná, e início do coproces- samento para produção de die- sel R nas refinarias Presidente
Xxxxxxxxx, em Cubatão (RPBC)
e Re fi n a r i a d e P a u l í n i a (REPLAN), ambas em São Pau- lo, e na Refinaria Duque de Caxias (REDUC), no Rio de Jane- iro.
O diesel renovável é o pri- meiro combustível da nova ge- ração de produtos mais susten- táveis que a companhia come- ça a ofertar ao mercado consu- midor. “Já testamos o diesel renovável em frota de ônibus em Curitiba e os resultados confirmam as duas grandes vantagens deste produto: a re- dução das emissões e a sua ca- racterística drop in, ou seja, é um produto que pode ser usado nos sistemas projetados para óleo diesel, sem necessidade de qualquer modificação nos motores e nos equipamentos”, afirmou o diretor de Comercia- lização e Logística da Petrobras,
Xxxxxxx Xxxxxxxx.
Já o diretor de Relaciona- mento Institucional e de Sus- tentabilidade da Petrobras, Ra- fael Chaves, destacou que “é uma forma de planejar a redu- ção gradual das emissões sem a necessidade de descartar abruptamente todo investi- mento acumulado em infraes- trutura de transporte baseada em energia fóssil e sem a ne- cessidade de descartar as opor- tunidades de investimentos em novos reservatórios. O crescimento da oferta de com- bustíveis renováveis fica as- segurado, contribuindo para uma transição energética justa e racional, que respeita a voca- ção brasileira em combustíveis renováveis e permite que os recursos fósseis do nosso país sejam transformados em ri- quezas”.
Sete companhias portuárias do Paraná estão no ranking das
maiores empresas do Sul
São elas, a Portos do Paraná, Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Rocha Terminais Portuários, Cattalini Terminais Marítimos, Fospar, Pasa e Porto Ponta do Félix
Xxxxxxx Xxxxx Xxxx/SEIL
XXXXXXX XXXXXX
A Portos do Paraná e mais seis empresas portuárias do estado estão no ranking das 500 maio- res da região Sul do País. O levantamento realizado pela revista “Amanhã”, em parceria com a PwC Brasil, é considera- do o mais importante indicador empresarial regional. Ele foi feito com base nas informações financeiras de 2021 e divulga- do na última semana.
A Portos do Paraná ficou em 234º no ranking nacional, crescimento de 15 posições em
A aṄvidade portuária mantém mais de 9 mil postos de trabalho diretos em Paranaguá e Xxxxxxxx
EM 2021, 56% DA ARRECADAÇÃO DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) EM PARANAGUÁ VIERAM
DA ATIVIDADE PORTUÁRIA. EM ANTONINA,
A PARTICIPAÇÃO CHEGOU A 59%
dação de Imposto Sobre Servi- ços (ISS) em Paranaguá vieram da atividade portuária. Em Antonina, a participação che- gou a 59%.
A atividade portuária man- tém mais de 9 mil postos de trabalho diretos em Paranaguá
relação a 2020, e em 86º no estadual. Copel, Sanepar, Cele- par, Cohapar, Fomento Paraná e BRDE (nesse caso, a parte paranaense) também aparecem nesse ranking.
Além da empresa pública do setor, fazem parte da lista o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Rocha Termi-
nais Portuários, Cattalini Ter- minais Marítimos, Fospar, Pasa e Porto Ponta do Félix.
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Xxxx Xxxxxx- xx Xxxxxx, ressaltou a partici- pação da comunidade portuá- ria do estado no setor de trans- porte e logística. “Ter empresas que atuam nos portos parana-
enses neste seleto grupo de-
monstra a relevância do setor para a região, sejam operadores portuários, arrendatários ou a própria autoridade portuária, no caso da Portos do Paraná”, declarou.
O diretor-presidente da APPA apontou o impacto posi- tivo dessas empresas portuári-
as na economia local e no Para-
ná. “Essas grandes empresas geram emprego e renda para o litoral do estado. Além disso, pagam impostos que serão in- vestidos pelas prefeituras em serviços públicos, como saúde, educação e infraestrutura”, afirmou Xxxxxx.
Em 2021, 56% da arreca-
e Antonina, além de milhares
de empregos indiretos nos seto- res de transportes, serviços e comércio, o que representa quase 44% dos empregos loca- is. Todos os meses, o setor inje- ta mais de R$ 33 milhões em salários na economia da região, de acordo com a autoridade portuária.
PORTUGAL
Xxxx Xxxxxx anuncia saída da presidência dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo
Executivo fica no cargo até o fim deste ano
XXXXXXX XXXXXXXX
Xxxx Xxxxxx, presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Cas- telo (APDL), em Portugal, anun- ciou que deixará o cargo no fim deste ano, quando termina o seu único mandato.
Segundo informações, Nu- no teria sido convidado para continuar à frente do comando
XXXX TERIA SIDO CONVIDADO PARA CONTINUAR À FRENTE DO COMANDO DA AUTORIDADE PORTUÁRIA, MAS NÃO ACEITOU ALEGANDO RAZÕES PESSOAIS
Divulgação/APDL
Xxxxxx foi empossado presidente da Administração dos Porto do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) em julho de 2020
Assembleia da República como deputado, cargo que exerceu entre 2009 e 2011, integrando a Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inova- ção e Energia, a Comissão de Educação e Ciência, a Comis- são de Obras Públicas, Trans- portes e Comunicações e, fi- nalmente, a Comissão Eventu- al de Inquérito Parlamentar.
Em seu percurso profissio- nal, Xxxx foi também presi- dente do Conselho de Admi- nistração da Fundação para
da autoridade portuária, mas
não aceitou alegando razões pessoais.
A equipe liderada por ele tem como vices Xxxxxxx Xxxxx- xxx e Xxxxxxx Xxxxxxxxx, mas ainda não há informações so- bre quem ficará em seu lugar.
Xxxxxx foi empossado pre-
sidente da administração por- tuária portuguesa em julho de 2020, após ter sido nomeado pelo Ministério das Infraestru- turas e Habitação, Xxxxx Xxxx Xxxxxx. Ele substituiu Guilher- mina Rego, que tinha termina- do o seu mandato em dezem- bro de 2019, mas se manteve
na função até 30 de junho.
Licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade do Minho e com um Master of Busi- ness Administration (MBA) Executivo na Porto Business Scholl, Xxxx Xxxxxx foi, entre 2015 e 2018, chefe de gabinete de Xxxxx Xxxx Xxxxxx, então
secretário de Estado dos A- ssuntos Parlamentares do Go- verno liderado pelo socialista Xxxxxxx Xxxxx. Foi nesse perío- do que Xxxxxx assumiu funções no Conselho de Administração da APDL, na posição de vice.
No seu currículo, o admi- nistrador tem passagem pela
Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), diretor de Desenvolvimento de Negócio e Internacionalização na EQS, sócio-gerente e diretor da Divi- são Industrial da EQS e perito especializado na Sociedade Geral de Superintendência (SGS) Portugal.