PROJETO, CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE CONTRATO TURNKEY PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EM GRANDE TERRA VERMELHA (LOTE I)
CONTRATO 039/2021
AS Nº 001
MUNICÍPIO DE VILA VELHA
SES TERRA VERMELHA
PROJETO, CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE CONTRATO TURNKEY PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EM GRANDE TERRA VERMELHA (LOTE I)
ESTUDO FLORÍSTICO – GRANDE TERRA VERMELHA
MARÇO/2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 4
3. MATERIAL E MÉTODOS 5
3.1. Materiais 5
3.2. Área de Estudo 5
3.3. Métodos 9
4. RESULTADOS 14
4.1. Caracterização da vegetação 14
4.2 Supressão da Vegetação 18
5. SISTEMA DE EXPLORAÇÃO 26
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
7. REFERÊNCIAS 29
Anexo I 32
Anexo II 34
1. INTRODUÇÃO
Este documento apresenta o Estudo Florístico dos pontos que sofrerão supressão de vegetação para implantação do Estações Elevatórias de Esgoto Bruto-EEEB, da Companhia- CESAN do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Grande Terra Vermelha, município de Vila Velha/ES, com vistas à caracterização vegetacional e à obtenção da Autorização para corte de árvores isoladas.
Por tratar-se de uma área urbana consolidada, a vegetação remanescente restringe-se a pequenos fragmentos florestais, “macegas”, “capoeiras” e árvores isoladas, havendo predomínio de espécies exóticas na maior parte das áreas amostradas.
A implantação das Estações Elevatórias de Esgoto Bruto-EEEB não causará intervenções nos remanescentes florestais citados. Ainda assim, será necessária a supressão de alguns indivíduos arbóreos isolados, levantados neste estudo, por meio de censo nos pontos de instalação das EEEB.
2. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
O estudo aqui apresentado fundamenta-se no seguinte arcabouço legal:
Resolução Conama Nº 29, de 7 de dezembro de 1994: Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica e de se definir o corte, a exploração e a supressão da vegetação secundária no estágio inicial de regeneração da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo;
Lei Estadual Nº 5.361, de 30 de dezembro de 1996: Dispõe sobre a Política Florestal do Estado do Espírito Santo e dá outras providências;
Decreto Estadual n° 4.124-N, de 12 de junho de 1997: Aprova o Regulamento sobre a Política Florestal do Estado do Espírito do Santo;
Decreto Estadual n° 1499-R, de 13 de junho de 2005: Dispõe sobre a lista da fauna e flora ameaçadas de extinção do Espírito Santo;
Lei Federal Nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006: Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica e dá outras providências;
Instrução de Serviço IDAF nº 020-N, de 30 de julho de 2007: Institui a informação de corte;
Lei Federal Nº 12.651, de 25 de maior de 2012: Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro
de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências;
Comunicação Interna IDAF Nº 071, de 4 de julho de 2013: Estabelece diretrizes para realização de estudo florístico visando subsidiar o CONSEMA nas deliberações sobre assuntos florestais;
Portaria MMA Nº 443, de 17 de dezembro de 2014: Reconhece a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção;
Lei Estadual Nº 10.386, de 3 de julho de 2015: Dá nova redação ao § 3º do art. 16 da Lei nº 5.361, de 30.12.1996, e suas alterações.
Lei Complementar nº 65, de 09 de novembro de 2018: institui a revisão decenal da lei municipal nº 4575/2007 que trata do plano diretor municipal no âmbito do município de Vila Velha e dá outras providências
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Materiais
A caracterização da vegetação da área de interesse foi realizada através de uma vistoria técnica, identificando as fisionomias existentes e a composição florística predominante.
3.2. Área de Estudo
A região de Grande Terra Vermelha, situado na Microrregião Metropolitana do Espírito Santo, abrange os bairros de Itapuera da Barra, Terra vermelha, Santa Paula, Santa Paula II, 23 de maio, São Conrado, Xxxxxxx Xxxxxxxxx, Jabaeté, Normília da Cunha, Morada da Barra, Cidade da Barra, Riviera da Barra e João Goulart (Figura 01).
Figura 01 - Mapa de localização da Região de Grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES
A área de estudo é composta por pontos onde serão implantadas estações elevatórias para
tratamento dos efluentes domésticos locais.
De acordo com o mapa das Unidades Naturais do Estado do Espírito Santo a região de estudo está inserida na Zona Natural, caracterizada por apresentar terras quentes, planas e transição chuvosa/seca, onde a temperaturas média das mínimas dos meses mais frios varia de 16,3ºC a 18,4ºC; média das máximas dos meses mais quentes de 28,4ºC a 31,1ºC e apresenta os meses de outubro a dezembro como úmidos; agosto com seco e janeiro a julho e setembro como parcialmente secos (FEITOZA, 2010; EMCAPA/NEPUT, 1999).
O empreendimento está localizado na bacia do Rio Jucu, em região que apresenta altitude variando de 40m a 60m, e solo do tipo Argissolo Amarelo Distrocoeso típico (GEOBASES, 2021). Em termos fitogeográficos, o empreendimento está totalmente inserido no bioma Mata Atlântica que, em sua condição natural, apresenta vegetação do tipo floresta ombrófila densa de terras baixas e submontana (IBGE, 1983; 2012), caracterizada pela presença de fanerófitas perenifólias decorrentes de ambientes com alta umidade (precipitação em torno de 1.500 mm/ano e período seco menor que dois meses) (VELOSO et al., 1991).
O município de Vila Velha possui 18,6% de sua área com cobertura de vegetação natural, englobando as classes Mata Nativa (8%), Mata Nativa em Estágio Inicial de Regeneração (5,9%), Macega (3,3%), Mangues (0,8%) e Restinga (0,6%), além de 6,2% de Brejo, 35,8% de pastagens e 17,8% de outros tipos de uso do solo (ESPÍRITO SANTO, 2018) (Figura 02).
Figura 02 – Cobertura vegetal no município de Vila Velha/ES
Fonte: Espírito Santo (2018)
De forma geral a maior parte da área em estudo configura-se como um loteamento consolidado há mais de 30 anos, que teve sua vegetação natural removida, restando apenas alguns indivíduos isolados na paisagem e que hoje compõem o paisagismo nos espaços públicos, ou mesmo no interior das propriedades/lotes, somados a alguns fragmentos no entorno de corpos d’água (Figura 03).
Figura 03: Registro temporal da região de Grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES
Set/2021
Dez/1985
Fonte: adaptado de Google Earthpro
3.3. Métodos
A caracterização da vegetação local foi realizada por meio de visita a campo, sob análise qualitativa, com registro de espécies ocorrentes na região de Grande Terra vermelha como um todo.
Considerando o baixo grau de diversidade, e o grau de antropização da área a identificação das espécies foi realizada diretamente em campo e posterior conferência na literatura, utilizando como base os estudos de Barroso et al. (1991a, 1991b), Xxxxxxx et al. (1999), Xxxxxxx et al. (2002), Xxxxxxx (2002a, 2002b, 2008, 2009), Xxxxxxx et al. (2006), Xxxxxxx et al. (2003), Xxxx & Xxxx (2000), Xxxxxxxxx et al. (2008), Xxxxx & Xxxxxxx (2012) e Xxxxx et al. (2019), dentre outros, além de comparação com exsicatas disponíveis no banco de dados SpeciesLink (CRIA, 2021).
As espécies componentes da vegetação observadas ou inventariadas em campo foram apresentadas em listagem contendo as famílias botânicas e os nomes científicos, com base no sistema filogenético APG IV (APG IV, 2016) e por meio da Lista de Espécies do Brasil (REFLORA, 2020), que também foi utilizada para a definição das exóticas.
A partir da lista florística foi observado se havia a presença de espécies exóticas, raras e/ou endêmicas. Para determinação das ameaçadas foram utilizadas a “Lista Oficial de Espécies da Fauna e da Flora Ameaçadas de Extinção do Estado do Espírito Santo”, conforme Decreto Nº 1.499-R, de 14/06/2005, e a “Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção”, de acordo com a Portaria MMA Nº 443, de 17/12/2014. As famílias e gêneros foram agrupados de acordo com o
Já o Inventário Florestal foi elaborado por meio de censo dos indivíduos isolados na área antropizada, onde serão instaladas as Estações Elevatórias de Esgoto Bruto-EEEB. O inventário se faz indispensável frente à necessidade de supressão de alguns indivíduos
arbóreos nos locais, estrategicamente definidos, para instalação das EEEB.
Foram amostrados os indivíduos com DAP ≥ 10 cm existentes em toda a área diretamente afetada pela implantação das EEEB. Os indivíduos contemplados no inventário tiveram mensurados seus diâmetros à altura do peito (1,30m) e as alturas totais, com auxílio de fita métrica e vara de poda, conforme orientações de Xxxxxx e Leite (2006) e Xxxxxx e colaboradores. (2006). As coordenadas geográficas deste estudo estão expressas em UTM, no Datum SIRGAS 2000 24K. Na figura 04 são apresentados exemplos do processo de marcação dos indivíduos levantados no inventário.
Figura 04: Levantamento de dados dos indivíduos inventariados
3.3.1 Análise Fitossociológica
Os parâmetros fitossociológicos analisados foram: frequência, densidade e dominância absolutas, bem como, seus respectivos valores relativos, sendo também calculados a área basal, valor de cobertura e valor de importância (MÜLLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974). Os cálculos de parâmetros fitossociológicos e estruturais foram realizados através do pacote fitoR (XXXXXXX & XXXXXXX, 2012) no Software R (R CORE TEAM, 2015).
DENSIDADE (De)
Relaciona o número de indivíduos (ni) por unidade de área (ha) ou pelo total de indivíduos da amostra (N).
DENSIDADE ABSOLUTA (DeA):
A relação do número total de indivíduos de um táxon por área, obtida pela divisão do número total de indivíduos do táxon (ni) encontrados na área amostral (A), por unidade de área (1 ha).
DeA = ni x 1ha/A
DENSIDADE RELATIVA (DeR):
Representa a porcentagem com que um táxon i aparece na amostragem em relação ao total de indivíduos do componente amostrado (N). A razão ni/N representa a probabilidade de um indivíduo amostrado aleatoriamente, pertença ao táxon em questão.
DeR = (ni/N) x 100
DOMINÂNCIA (Do)
Expressa a influência ou contribuição de cada táxon na comunidade. É calculada geralmente em valores indiretos da biomassa. No presente estudo, foi utilizado o valor da área da secção do tronco a 1,3 m de altura como indicativo para a Dominância.
DOMINÂNCIA ABSOLUTA (DoA)
É a contribuição da biomassa do táxon i na comunidade. É calculada pelo somatório da Área Basal (AB) de todos os indivíduos de um táxon i, por unidade de área (ha).
DoA= ABi /ha
A Área Basal (m²) é calculada pela fórmula:
AB = DAP2 x π /40 000
Onde:
DAP= diâmetro a altura do peito π (Pi= 3,14...)
DOMINÂNCIA RELATIVA (DoR)
Representa a contribuição da biomassa do táxon i em relação ao total da biomassa do componente analisado. É calculada, através da Dominância Absoluta de um táxon i pelo somatório da Dominância Absoluta de todos os táxons amostrados e expressa em porcentagem.
DoR= (DoAi/ ∑□ DoA) x100
VALOR DE IMPORTÂNCIA (VI):
É o somatório dos parâmetros relativos de densidade, dominância e frequência das espécies amostradas, informando a importância ecológica da espécie em termos de distribuição horizontal. Este parâmetro permite a ordenação das espécies hierarquicamente segundo sua importância na comunidade.
VIi = DRi + DoRi + FRi
3.3.2 Volumetria
A partir das informações obtidas em campo foram calculados o DAP e altura médios e área basal. Já para o cálculo de volume do material lenhoso foi utilizada a equação de volume total com casca (VTCC) ajustadas para a Mata Atlântica (mata secundária), conforme Xxxxxx e colaboradores (2006) e CETEC (1995). A seguir são detalhadas as fórmulas supracitadas.
VTCC= 0,000074 x DAP1,707348 x Ht1,16873, em que VTCC representa o volume total com casca; DAP é o diâmetro à altura do peito e Ht, a altura total.
Todos os cálculos foram realizados em planilhas eletrônicas seguindo as fórmulas fitossociológicas e de volume apresentadas por Xxxxxxx-Xxxxxxx e Xxxxxxxxx (1974) e Xxxxxx e colaboradores (2006).
4. RESULTADOS
4.1. Caracterização da vegetação
A região do inventário encontra-se no domínio fitogeográfico da Floresta Atlântica e ecossistema associado denominado Restinga/Mata Seca (DECRETO, Nº750/1993). As formações Restinga correspondem à maior parte dos remanescentes de vegetação nativa e restringe-se a pontos isolados, estando associados principalmente aos corpos hídricos. Constam ainda na região afloramentos rochosos, formações brejosas, pastagens, fragmentos de vegetação exótica e áreas com solo exposto (Figura 05). Vale destacar que os bairros localizados mais ao Norte (Itapuera da Barra e Santa Paula) da área em estudo estão localizados nos limites do Parque Natural Municipal de Jacarenema, importante unidade de Conservação do Município de Vila Velha.
Figura 05 – Caracterização das fitofisionomias existentes na área diretamente afetada e na área de influência direta das EEEBs na grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES
A vegetação natural, típica do ecossistema de restinga, foi removida deixando apenas alguns indivíduos isolados na paisagem ou introduzidos pelos moradores locais. Nas localidades amostradas a maior parte das arbóreas correspondem a espécies cultivas, principalmente frutíferas, exóticas e espécies da arborização urbana. Dentre as árvores nativas registradas houve predomínio de espécies pioneiras, em consequência principalmente da forte influência da fauna sinantrópica e do padrão de dispersão destas espécies (zoocoricas).
Na área de estudo, foram identificadas 67 espécies (dentre herbáceas, arbustivas, arbóreas e lianas) pertencentes a 30 famílias, sendo a maioria considerada nativa ao bioma da Mata Atlântica. Das espécies nativas (41), nenhuma delas apresenta-se como rara ou endêmica do estado do Espírito Santo, pois possuem ampla distribuição geográfica pelo território brasileiro e são comuns em seus ecossistemas (CRIA, 2020; REFLORA, 2020).
Dentre os táxons alóctones da Mata Atlântica (REFLORA, 2020), estão plantas utilizadas como frutíferas, ornamentais e na silvicultura, tais como acácia (Acacia mangium), jamelão (Syzygium cumini), goiaba (Psidium guajava), côco (Cocos nucifera) e outras. Algumas delas com potencial invasor segundo a base de dados nacional de espécies exóticas invasoras X0X XXXXXX (2020), a exemplo de Terminalia catappa (Castanheira), Acacia mangium (Acácia- australiana) e Leucaena leucocephala (Leucena).
De acordo com a classificação determinada por Reflora (2020), na amostra puderam ser identificadas 41 espécies nativas, 18 exóticas, 4 naturalizadas e 4 cultivadas (tabela 01).
Continua...
Tabela 01 – Lista florística para a região de Grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES
Família | Nome Científico | Nome comum | Porte | Origem |
Acanthaceae | Justicia sp. L | abre-caminho | Her | Nativa |
Anacardiaceae | Tapirira guianensis Aubl. | pau-pombo | Ar | Nativa |
Anacardiaceae | Mangifera indica L. | manga | Ar | Exótica |
Anacardiaceae | Schinus terebinthifolia Raddi | aroeira | Arb | Nativa |
Anacardiaceae | Spondia dulcis L. | cajá | Ar | Exótica |
Annonaceae | Annona muricata L. | graviola | Ar | Cultivada |
Annonaceae | Xylopia sericea A.St-Hil. | pindaíba | NCatoivnatinua... | |
Arecaceae | Coccus nucifera L. | côco | Ar | Exótica |
Arecaceae | Roystonea oleracea (Jacq.) O.F.Cook | Palmeira imperial | Pal | Exótica |
Asteraceae | Moquiniastrum polymorphum (Less.) G. Xxxxxx | xxxxxx | Ar | Nativa |
Asteraceae | Tithonia diversifolia (Hemsl.) X.Xxxx | margaridão | Arb | Exótica |
Asteraceae | Vernonia sp. | assa-peixe | Ar | Nativa |
Bignoniaceae | Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. | cinco-folhas | Ar | Nativa |
Bignoniaceae | Tabebuia rosea (Bertol.) Xxxxxxx ex A.DC. | Ipê-rosa | Ar | Exótica |
Burseraceae | Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand. | amescla | Ar | Nativa |
Cactaceae | Pereskia aculeata Mill. | ora-pro-nóbis | Lia | Nativa |
Cactaceae | Ripasalis floccosa Salm-Dyck ex Pfeiff | cato-macarrão | Her | Nativa |
Cannabaceae | Trema micrantha (L.) Blume | curindiba | Ar | Nativa |
Chrysobalanaceae | Licania tomentosa (Benth.) Fritsch | oitchi | Ar | Nativa |
Combretaceae | Terminalia cattapa L. | Castanheira | Ar | Exótica |
Euphorbiaceae | Pera glabrata (Schott) Bail. | sete-cascas | Ar | Nativa |
Euphorbiaceae | Ricinus communis L. | Mamona | Subarb | Naturalizada |
Fabaceae | Acacia auriculiformis A.Cunn. ex Benth. | acacia | Ar | Exótica |
Fabaceae | Acacia mangium Willd. | acacia | Ar | Exótica |
Fabaceae | Andira legalis (Vell.) Toledo | angelim-coco | Ar | Nativa |
Fabaceae | Bauhinia L. | pata-de-vaca | Ar | Nativa |
Fabaceae | Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. | flamboiã | Ar | Cultivada |
Fabaceae | Inga laurina Desv. | Ingá-mirim | Ar | Nativa |
Fabaceae | Inga edulis (Vell.) Mart. | ingá | Ar | Nativa |
Fabaceae | Leucaena leucocephala (Lam.) | Leucena | Ar | Exótica |
Fabaceae | Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld | angico-roxo | Ar | Nativa |
Fabaceae | Mimosa caesalpiniifolia Benth. | sabiá | Arb | Nativa |
Fabaceae | Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & R.C. Barneby | cássia-siamesa | Ar | Nativa |
Lauraceae | Persea americana Mill. | abacate | Ar | Naturalizada |
Lecythidaceae | Eschweilera ovata (Cambess.) Miers. | biriba | Ar | Nativa |
Malpighiaceae | Byrsonima sericea DC. | murici | Ar | Nativa |
Malvaceae | Gossypium barbadense L. | algodão | Subarb | Naturalizada |
Malvaceae | Luehea mediterranea (Vell.) Xxxxxx | açoita cavalo | Arb | Nativa |
Malvaceae | Sida cordifolia L. | guaxumba | Subarb | Nativa |
Melastomataceae | Pleroma sp. | - | SubArb | Nativa |
Menyanthaceae | Nymphoides indica (L.) Kuntze | - | Aqua | Nativa |
Moraceae | Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg | fruta-pão | Ar | Exótica |
Moraceae | Artocarpus heterophyllus Lam. | Jaca | Ar | Exótica |
Moraceae | Ficus benjamina | figueira | Ar | Nativa |
Musaceae | Musa paradisiaca L. | banana | Her | Exótica |
Myrtaceae | Eugenia uniflora L. | pitanga | Arb | Nativa |
Myrtaceae | Psidium guajava L. | goiaba | Arb | Exótica |
Myrtaceae | Syzygium aqueum (Burm.f.) Alston | Jambo-branco | Ar | Exótica |
Myrtaceae | Syzygium cumini (L.) Skeels | jamelão | Ar | Exótica |
Myrtaceae | Syzygium jambos (L.) Alston | jambo | Ar | Exótica |
Nymphaeaceae | Nymphaea sp. L | vitória-regea | Her | Nativa |
Passifloraceae | Passiflora alata Mast. | maracujá | Lia | Nativa |
Passifloraceae | Passiflora edulis Mast. | maracujá | Lia | Nativa |
Poaceae | Megathyrsus maximus (Jacq.) X.X.Xxxxx & X.X.X.Xxxxxx | capim-colonião | Her | Exótica |
Poaceae | Merostachys ternata Nees | taquara | Her | Nativa |
Poaceae | Olyra latifolia L. | taquara-orelha | Her | Nativa |
Poaceae | Paspalum sp. L | capim | Her | Nativa |
Poaceae | Spartina sp. | - | Her | Nativa |
Poaceae | Urochloa sp | braquiária | Her | Exótica |
Polygonaceae | Triplaris americana L. | pau-formiga | Ar | Nativa |
Sapindaceae | Cupania oblongifolia Mart. | camboatã | Ar | Nativa |
Solanaceae | Solanum paniculatum L. | jurubeba | Subarb | Nativa |
Turneraceae | Turnera subulata Sm. | chanana | Her | Nativa |
Typhaceae | Typha domingensis Pers. | Taboa | Her | Nativa |
Urticaceae | Cecropia pachystachya Trécul. | imbaúba | Ar | Nativa |
Verbenaceae | Duranta erecta L. | Pingo-de-ouro | Subarb | Naturalizada |
Verbenaceae | Lantana camara L. | mal-me-quer | Subarb | Naturalizada |
Legenda: her: herbácea; Arb: arbustiva; Ar: arvore; Lia: liana; Subarb: subarbusto Fonte: autoral
A seguir são apresentados os dados coletados para supressão dos indivíduos arbóreos. No
anexo II são apresentados os registros da vegetação ocorrente na área de estudo.
4.2 Supressão da Vegetação
Após visita às localidades de implantação das EEEB na região da grande Terra Vermelha em Vila Velha/ES, foi observado que em apenas 10 das 26 áreas em questão existem espécimes arbóreos para de supressão. Em 16 localidades não haverá supressão de indivíduos arbóreos, havendo apenas a ocorrência de indivíduos arbustivo/herbáceos. Nas outras 10 áreas, será necessária a supressão de árvores, sendo que em nove delas a área de influência direta (AID) das EEEB, constitui-se como urbana antropizada com predomínio de indivíduos arbóreos isolados (cultivados e exóticos). Apenas a área da EEEB-T17 constitui um fragmento de vegetação nativa com predomínio de espécies da Mata Atlântica.
4.2.1 Supressão de árvores isoladas
No total haverá supressão de 29 indivíduos arbóreos isolados sendo 26 de espécies exóticas e apenas de espécies nativas. As espécies exótica de maior abundância correspondem a frutíferas, árvores utilizadas na arborização urbana, além de algumas invasaras, sendo elas:
P. guajava (goiabeira), L. leucocephala (leucena), Cocos nucifera (Coqueiro) e P. Dulce (mata- fome). Já em relação aos indivíduos arbóreos nativos isolados, foram registradas apenas três espécies I. edulis (ingá-de-metro), S. therebenthifolia (aroeira) (Tabela 02).
Tabela 02: Individuos arbóreos isolados a serem suprimidos
Família | Espécie | Origem | NI | EEEB |
Fabaceae | Acacia mangium | Exótica | 2 | 13,18 |
Annonaceae | Annona muricata | Exótica | 1 | 2 |
Arecaceae | Arecaceae sp. 1 | Exótica | 1 | 2 |
Arecaceae | Cocos nucifera | Exótica | 3 | 2 |
Fabaceae | Pithecellobium dulce | Exótica | 3 | 13 |
Fabaceae | Inga edulis | Nativa | 1 | 2 |
Fabaceae | Leucena leucocephala | Exótica | 4 | 9, 18 |
Anacardiaceae | Mangifera indica | Exótica | 2 | T23, 12 |
Muntingiaceae | Muntingia calabura | Nativa | 1 | 4 |
Lauraceae | Persea americana | Exótica | 1 | T23 |
Myrtaceae | Psidium guajava | Exótica | 4 | 1T23, 2 |
Anacardiaceae | Schinus terebenthifolia | Nativa | 1 | 13 |
Anacardiaceae | Spondias dulcis | Exótica | 2 | 9, 14 |
Myrtaceae | Syzygium cumini | Exótica | 2 | 2, 4 |
Combretaceae | Terminalia catapa | Exótica | 1 | 12 |
Total | - | - | 29 | - |
4.2.2 Supressão de Fragmento de vegetação nativa
No fragmento de vegetação nativa de Mata Atlântica inserido na área da EEEB-17 foram amostrados 26 indivíduos arbóreos, sendo 22 espécimes nativos e 6 árvores exóticas. A espécie de maior abundância (densidade) no fragmento foi X. sericea (pindaíba) com 9 árvores, seguido de A. mangium (acácia) (6 ind.), P. glabrata (sete-cascas) (5 ind.) e P. heptaphyllum (almescla) (5 ind.) (Tabela 03).
Tabela 03: Individuos arbóreos a serem suprimidos em fragmento de vegetação
Família | Espécie | Origem | NI | EEEB |
Fabaceae | Acacia mangium | Exótica | 6 | 17 |
Euphorbiaceae | Pera glabrata | Nativa | 5 | 17 |
Burseraceae | Protium heptaphyllum | Nativa | 5 | 17 |
Anacardiaceae | Tapirira guianensis | Nativa | 1 | 17 |
Annonaceae | Xylopia sericea | Nativa | 9 | 17 |
Total | - | - | 26 | - |
Com base na análise fitossociológica (considerando apenas os táxons nativos), a espécie que apresentou o maior valor de importância foi P. glabrata (37,85), seguido de X. Sericea (32,04) e P. heptaphyllum (19,35) (Tabela 04)
Tabela 04: Pametros fitossociológicos do Fragmento de vegetação existente na área da EEEB-T17.
Espécies | NI | DA | DR | DoA | DoR | VI |
Pera glabrata | 5 | 167,79 | 25 | 6,68 | 63,55 | 37,85 |
Xylopia sericea | 9 | 302,01 | 45 | 2,75 | 26,12 | 32,04 |
Protium heptaphyllum | 5 | 167,79 | 25 | 0,85 | 8,04 | 19,35 |
Tapirira guianensis | 1 | 33,56 | 5 | 0,24 | 2,29 | 10,76 |
Total | 20 | 671,15 | 100 | 10,52 | 0 | 0 |
Legenda: NI=número de indivíduos; DA= Densidade absoluta (Ind/hectare); DR= Densidade relativa (%); DoA: Dominância absoluta (m²/há); DoR: Dominância relativa (%); VI= Valor de importância.
De forma geral, o fragmento localizado na EEEB-T17 apresentou uma baixa diversidade florística, com apenas quatro espécies nativas, o que pode ser consequência da degradação observada no local, principalmente devido ao corte seletivo de madeira, presença de gado, que ocasiona a herbivoria e pisoteio da vegetação, além da ocorrência de espécies exóticas invasoras na borda do fragmento, a exemplo de A. mangium (Figura 06-A).
Vale ressaltar que durante a visita técnica em campo, foi possível observar que o fragmento florestal da área EEEB-T17 se encontra às margens de uma área úmida brejosa, com espécies típicas de locais com solos hidromórficos, como Typha dominguensis (taboa), Taumatoblechnum sp. (samambaia), dentre outras (Figura 06-B).
Figura 06: Presença de espécies exóticas na borda do fragmento florestal (EEEB-T17); Brejo herbáceo próximo à área da EEEB-T17
A | B | ||
Para determinação do estágio sucessional do fragmento localizado na área da EEEB-T17 foram considerados os parâmetros estruturais da vegetação conforme a resolução do
CONAMA nº 29, de 4 de dezembro de 1994 que define os parâmetros da vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica do Espírito Santo, conforme a área basal do estrato arbóreo, levando em consideração também a presença de epífitas, lianas e a qualidade da serapilheira (Tabela 05).
Tabela 05: Caracterização dos estágios sucessionais de regeneração conforme a resolução do CONAMA 29/1994.
- | Parâmetros estágio de regeneração sucessional da Mata Atlântica do ES (CONAMA 292/1994) | ||
Estágio Inicial | Estágio médio | Estágio avançado | |
Altura (m) | < 7 | 5 > 13 | >10 |
Dossel | Aberto | Aberto-Fechado | Fechado (com árvores emergentes) |
Dap médio (cm) | < 10 | 10 > 20 | > 18 |
Área Basal | 2 > 10 | 10 > 18 | > 18 |
Serrapilheira | Fina camada | Média | Abundante |
Cipós (trepadeiras) | Poucos (herbáceos) | Herbáceas ou lenhosas | Lenhosos |
Epífitas | Baixa diversidade | Média diversidade | Alta diversidade |
Com base nos parâmetros estruturais e na análise fitossociológica o fragmento florestal existente na área da EEEB-T17 pode ser classificada como estágio inicial de regeneração, uma vez que apresenta serrapilheira espessa, cipós herbáceos, dossel fechado, árvores de médio porte e uma área basal de 10,52 m²/há. Dessa forma a área EEEB-T17, apresenta características de uma transição de estágio inicial para médio (Tabela 06).
Tabela 06: Enquadramento dos parâmetros para categorização do estágio de regeneração do fragmento florestal EEEB-T17
Parâmetros | Área em estudo (EEEB-T17) | Resolução Conoma 29/1994 |
Altura (m) | 6,37 | Inicial |
DAP médio (cm) | 11,62 | Inicial |
Área Basal (m²/ha) | 10,52 | Médio |
Serrapilheira | Camada média- Espessa | Médio |
Cipós (trepadeiras) | Herbáceos | Inicial |
Epífitas | Baixa diversidade | Inicial |
Sub bosque | Pouco desenvolvido | Inicial |
Dossel | Fechado | Médio |
Resultado | - | INICIAL - MÉDIO |
4.2.3 Volumetria
O levantamento das árvores nas áreas diretamente afetadas pelo empreendimento, indicou a presença de 56 indivíduos arbóreos distribuídos em 19 espécies, e 10 famílias, que somam um volume total de 5,0194 m³ (Tabela 07).
Ressalta-se que o volume real será obtido somente após a exploração florestal, com o empilhamento e cubagem do material lenhoso. Os dados brutos do censo das árvores isoladas encontram-se no Anexo I.
Tabela 07 – Quantitativo de árvores isoladas nas EEEB em Grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES, organizada em ordem decrescente de acordo com o volume por espécie
Família | Espécie | Origem | NI | Vol | EEEB |
Fabaceae | Acacia mangium | Exótica | 8 | 2,1908 | 13,17,18 |
Annonaceae | Annona muricata | Exótica | 1 | 0,005 | 2 |
Arecaceae | Arecaceae sp. 1 | Exótica | 1 | 0,0112 | 2 |
Arecaceae | Cocos nucifera | Exótica | 3 | 0,1048 | 2 |
Fabaceae | Pithecellobium dulce | Exótica | 3 | 0,1484 | 13 |
Fabaceae | Inga edulis | Nativa | 1 | 0,0172 | 2 |
Fabaceae | Leucena leucocephala | Exótica | 4 | 0,3137 | 9, 18 |
Anacardiaceae | Mangifera indica | Exótica | 2 | 0,1569 | 1, 12 |
Muntingiaceae | Muntingia calabura | Nativa | 1 | 0,0352 | 4 |
Euphorbiaceae | Pera glabrata | Nativa | 5 | 0,9429 | 17 |
Lauraceae | Persea americana | Exótica | 1 | 0,0147 | 1 |
Burseraceae | Protium heptaphyllum | Nativa | 5 | 0,0833 | 17 |
Myrtaceae | Psidium guajava | Exótica | 4 | 0,1348 | 1, 2 |
Anacardiaceae | Schinus terebenthifolia | Nativa | 1 | 0,0053 | 13 |
Anacardiaceae | Spondias dulcis | Exótica | 2 | 0,1232 | 9, 14 |
Myrtaceae | Syzygium cumini | Exótica | 2 | 0,2369 | 2, 4 |
Anacardiaceae | Tapirira guianensis | Nativa | 1 | 0,0229 | 17 |
Combretaceae | Terminalia catapa | Exótica | 1 | 0,0689 | 12 |
Annonaceae | Xylopia sericea | Nativa | 9 | 0,4035 | 17 |
Total | - | - | 55 | 5,0194 | - |
Legenda:NI: número de indivíduos; Vol: volume; EEEB: estação elevatória de xxxxxx xxxxx Xxxxx: autoral
As espécies que apresentaram os maiores volumes estimados de madeira foram A. mangium (acácia) com 2,1908 m³, seguido de P. glabrata (sete-cascas) (0,9429 m³) e X. sericea (pindaíba) (0,4035 m³). Juntas, as três espécies representam 65,60% do volume total calculado. Em termos de número de indivíduos, as espécies X. Serieca (9), A. mangium (8),
P. heptaphyllum (5), P. guajava (4) e L. leucocephala (4) são as que possuem maior representatividade. As demais espécies contribuem com 1,2 ou 3 indivíduos.
As espécies arbóreas nativas (23 indivíduos) levantadas nas área diretamente afetada das XXXXx-X00, XXXX-X0, XXXX-X00, XXXX-X00 são típicas das formações florestais da região, podendo ser consideradas como generalistas típicas de florestas secundárias em estágio inicial e médio de regeneração.
Paras as espécies arbóreas exóticas foram registradas 12 espécies na ADA das EEEbs, representando 58% do total de indivíduos inventariados e 70% do volume a ser produzido com a retirada das árvores isoladas (tabela 08).
Tabela 08: Volume distribuído entre as espécies de acordo com sua origem
Origem | N.Esp | Ni | Soma de Vol (m³) |
Exótica | 12 | 32 | 3,509 |
Nativa | 7 | 23 | 1,493 |
Total Geral | 19 | 55 | 5,002 |
Legenda: N,Esp: número de espécies;Ni: número de indivíduos; Vol: volume
Na tabela 09 são apresentados os pares ordenados das coordenadas geográficas de cada indivíduo identificado pela topografia, disponibilizada pela contratante. De forma complementar são registradas as espécies de cada uma delas, bem como sua origem (nativa ou exótica).
Tabela 09: Coordenadas geográficas e origem das espécies indicadas para supressão
Área | Árvore | Coordenadas (UTM 24k) | Espécie | Nome comum | Origem | |
Longitude | Latitude | |||||
1-T23 | ARV1 | Psidium guajava | Goiabeira | Exótica | ||
ARV2 | Persea americana | Abacateiro | Exótica | |||
ARV3 | Mangifera indica | Mangueira | Exótica | |||
T02 | ARV4 | Syzygium cumini | Jamelão | Exótica | ||
ARV5 | Psidium guajava | Goiabeira | Exótica | |||
ARV6 | Inga edulis | Ingá-de- metro | Nativa | |||
ARV7 | Arecaceae sp. 1 | - | Exótica | |||
ARV8 | Annona muricata | Graviola | Exótica | |||
T04 | ARV9 | 358864 | 7739966 | Syzygium cumini | Jamelão | Exótica |
ARV10 | 000000 | 0000000 | Muntingia calabura | Calabura | Nativa | |
T09 | ARV11 | Spondias dulce | Cajá-manga | Exótica | ||
ARV12 | Leucena leucocephala | Leucena | Exótica | |||
ARV13 | Leucena leucocephala | Leucena | Exótica | |||
ARV14 | Leucena leucocephala | Leucena | Exótica | |||
T12 | ARV15 | 360565 | 7739680 | Terminalia catapa | Castanheira | Exótica |
ARV16 | 000000 | 0000000 | Psidium guajava | Goiabeira | Exótica | |
ARV17 | 360568 | 7739701 | Psidium guajava | Goiabeira | Exótica | |
ARV18 | 360555 | 7739702 | Mangifera indica | Mangueira | Exótica | |
T13 | ARV19 | 360756 | 7738724 | Schinus terebenthifolia | Aroeira | Nativa |
ARV20 | 360755 | 7738721 | Pithecellobium dulce | Baleira | Exótica | |
ARV21 | 000000 | 0000000 | Pithecellobium dulce | Baleira | Exótica | |
ARV22 | 000000 | 0000000 | Pithecellobium dulce | Baleira | Exótica | |
ARV23 | 360738 | 7738711 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |
T14 | ARV24 | 360975 | 7739663 | Spondias dulce | Cajá-manga | Exótica |
T16 | ARV25 | Cocos nucifera | Coqueiro | Exótica | ||
ARV26 | Cocos nucifera | Coqueiro | Exótica | |||
ARV27 | Cocos nucifera | Coqueiro | Exótica | |||
T17 | ARV28 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | ||
ARV29 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV30 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV31 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV32 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV33 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV34 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa |
ARV35 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV36 | Xylopia sericea | Pindaíba | Nativa | |||
ARV37 | Tapirira guianensis | Pau-pombo | Nativa | |||
ARV38 | Protium heptaphyllum | Almescla | Nativa | |||
ARV39 | Protium heptaphyllum | Almescla | Nativa | |||
ARV40 | Protium heptaphyllum | Almescla | Nativa | |||
ARV41 | Protium heptaphyllum | Almescla | Nativa | |||
ARV42 | Protium heptaphyllum | Almescla | Nativa | |||
ARV43 | Pera glabrata | Sete-cascas | Nativa | |||
ARV44 | Pera glabrata | Sete-cascas | Nativa | |||
ARV45 | Pera glabrata | Sete-cascas | Nativa | |||
ARV46 | Pera glabrata | Sete-cascas | Nativa | |||
ARV47 | Pera glabrata | Sete-cascas | Nativa | |||
ARV48 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |||
ARV49 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |||
ARV50 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |||
ARV51 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |||
ARV52 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |||
ARV53 | Acacia mangium | Acácia | Exótica | |||
T18 | ARV54 | 000000 | 0000000 | Leucena leucocephala | Leucena | Exótica |
ARV55 | 359910 | 7740150 | Acacia mangium | Acácia | Exótica |
5. SISTEMA DE EXPLORAÇÃO
Para a supressão dos indivíduos arbóreos deverá ser consultada a Secretaria Municipal de Meio Ambiente bem como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF), a fim de definir a responsabilidade da anuência para o corte dos espécimes remanescentes.
Para retirada dos indivíduos arbóreos existentes na área de intervenção, deverá ser utilizado o corte e derrubada com motosserra. O uso de motosserras necessita de licenciamento dos equipamentos junto ao IBAMA, via Cadastro Técnico Federal (CTF). No mesmo Cadastro, deverá ser consultada a obrigatoriedade da emissão do Documento de Origem Florestal (DOF), para o volume de madeira gerado pelos espécimes nativos.
A direção da queda desejada será determinada pelo operador de motosserra e deve se basear na topografia do terreno, nas vias de extração e transporte, nos obstáculos naturais e nos métodos de trabalho. Deve-se evitar a queda sobre outras arvores, devido aos danos físicos e ao trabalho de se separar uma da outra. O operador de motosserra e seus auxiliares deverão afastar-se da árvore, de forma segura, assim que o fuste iniciar o processo de queda.
A madeira será submetida ao destopamento, que é a retirada da ponteira das árvores; ao desgalhamento, que é a retirada dos galhos mais rentes ao tronco possível; e ao traçamento, ou seja, a toragem da árvore em um tamanho pré-definido, dependendo da espécie, densidade da madeira e tipo de uso.
No caso das espécies exóticas os exemplares poderão ser traçados em toretes de 0,5 metros de comprimento a serem destinados como lenha, para uso por empresa terceirizada homologada/certificada. Os toretes deverão formar pilhas para identificação do volume.
Os troncos das espécies nativas poderão ser traçados em toretes de no máximo 0,5m ou triturados e depositados como matéria orgânica nas áreas naturais do entorno, servindo ainda de abrigo para fauna. Os toretes devem ser empilhados em montes ao longo da faixa de supressão visando a sua retirada do local para destinação. O empilhamento não poderá ser contínuo, deixando intervalos (corredores) para permitir a passagem de animais e acesso para futura remoção.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando as condições vegetacionais, a implantação das Estações Elevatórias de Esgoto Bruto-EEEB, causará a supressão de 32 indivíduos arbóreos de espécies exóticas e 23 indivíduos arbóreos de espécies nativas. Em relação às espécies nativas, três indivíduos arbóreos se encontram isolados e 20 foram registrados em um fragmento florestal em transição de estágio inicial para médio.
Do ponto de vista da flora, a supressão das árvores isoladas para implementação das EEEB não acarretará perda significativa de biodiversidade ou de habitat em função de se tratar de ambiente antropizado. Entretanto, a supressão do fragmento de vegetação da EEEB-T17 pode vir a ocasionar danos aos ecossistemas locais, visto que a área se encontra próxima à uma formação brejosa (área de preservação permanente).
Sugere-se a demarcação com spray de cor evidente a fim de demarcar o indivíduo exato a ser suprimido, pois alguns pontos apresentam outros indivíduos próximos aos inventariados, mas que não entraram na análise por estarem fora da área delimitada para implantação das EEEB. Além disso, torna-se relevante a contração de profissional experiente para o corte das árvores, considerando este mesmo fato.
7. REFERÊNCIAS
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XXXXXXX, G.M.; et al. Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Viçosa: UFV, 1999.
XXXXXXX, X.X.; et al. Sistemática de Angiospermas do Brasil. Viçosa: UFV, v.2, 1991a. XXXXXXX, X.X.; et al. Sistemática de Angiospermas do Brasil. Viçosa: UFV, v.3, 1991b.
XXXXXXX, X.X.; et al. Sistemática de Angiospermas do Brasil. Viçosa: UFV, v.1, 2a ed., 2002.
XXXXXX, X.X.X.; XXXXX, X.X. Mensuração florestal: perguntas e respostas. 2.ed. Viçosa: UFV. 2006.
CETEC – Fundação Centro Tecnológica de Minas Gerais. Determinação de equações volumétricas aplicáveis ao manejo sustentado de florestas nativas do estado de Minas Gerais e outras regiões do país. Belo Horizonte: Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, 1995.
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CRIA (Centro de Referência em Informação Ambiental). Specieslink – dados e ferramentas – busca centralizada. 2020. Disponível em:
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XXXXXXX, Xxxxxxx Xxxxxxx... [et al.] Mapa das Unidades Naturais do Estado do Espírito Santo: informações básicas. Vitória, ES: Incaper. 2010. 56 p. il. (Incaper. Documentos, 182)
XXXXXX, C.L.S; XXXXX, X.X X. As Unidades de Conservação do município de Vitória no novo contexto do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Natureza on line 11 (2): 54-67, 2013.
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XXXXXXX, X. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil – volume 1. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 4a ed., 2002a.
XXXXXXX, X. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil – volume 2. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2a ed., 2002b.
XXXXXXX, X. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, v. 3, 1a ed., 2009.
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<xxxx://xxxxx.xxxxx.xx.xx/xxxxxx/X00000x/X00000x.xxx>
Anexo I
Dados brutos dos indivíduos alvo de supressão em Grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES
Area | Árvore | Espécie | DAP (cm) | Alt (m) |
T23 | ARV1 | Psidium guajava | 13.29679 | 5 |
T23 | ARV2 | Persea americana | 8.594347 | 4 |
T23 | ARV3 | Mangifera indica | 5.729565 | 3.5 |
T02 | ARV4 | Syzygium cumini | 30.62557 | 6.5 |
T02 | ARV5 | Psidium guajava | 14.16476 | 3 |
T02 | ARV6 | Inga edulis | 11.47128 | 3 |
T02 | ARV7 | Arecaceae sp. 1 (exotica) | 8.912656 | 3 |
T02 | ARV8 | Annona muricata | 5.57041 | 3 |
T04 | ARV9 | Syzygium cumini | 7.32111 | 3.5 |
T04 | ARV10 | Muntingia calabura | 14.32391 | 4 |
T09 | ARV11 | Spondias dulce | 12.41406 | 5 |
T09 | ARV12 | Leucena leucocephala | 19.70691 | 7 |
T09 | ARV13 | Leucena leucocephala | 16.43844 | 7 |
T09 | ARV14 | Leucena leucocephala | 13.91124 | 6 |
T12 | ARV15 | Terminalia catapa | 19.57601 | 4.5 |
T12 | ARV16 | Psidium guajava | 15.02369 | 3 |
T12 | ARV17 | Psidium guajava | 17.54819 | 3.5 |
T12 | ARV18 | Mangifera indica | 28.80123 | 5 |
T13 | ARV19 | Schinus terebenthifolia | 5.729565 | 3 |
T13 | ARV20 | Pithecellobium dulce | 18.46193 | 2 |
T13 | ARV21 | Pithecellobium dulce | 11.45913 | 3 |
T13 | ARV22 | Pithecellobium dulce | 25.34109 | 4.5 |
T13 | ARV23 | Acacia mangium | 8.276038 | 2 |
T14 | ARV24 | Spondias dulce | 18.47839 | 6 |
T16 | ARV25 | Cocos nucifera | 21.32671 | 4 |
T16 | ARV26 | Cocos nucifera | 13.05067 | 3 |
T16 | ARV27 | Cocos nucifera | 11.45913 | 2.5 |
T17 | ARV28 | Xylopia sericea | 7.798574 | 6 |
T17 | ARV29 | Xylopia sericea | 6.207028 | 6 |
T17 | ARV30 | Xylopia sericea | 8.912656 | 6 |
T17 | ARV31 | Xylopia sericea | 8.276038 | 4.5 |
T17 | ARV32 | Xylopia sericea | 7.002801 | 4.5 |
T17 | ARV33 | Xylopia sericea | 5.888719 | 6 |
T17 | ARV34 | Xylopia sericea | 7.957729 | 7.5 |
T17 | ARV35 | Xylopia sericea | 17.18869 | 9 |
T17 | ARV36 | Xylopia sericea | 18.78024 | 9.5 |
T17 | ARV37 | Tapirira guianensis | 9.549274 | 5 |
T17 | ARV38 | Protium heptaphyllum | 5.092946 | 4.5 |
T17 | ARV39 | Protium heptaphyllum | 8.116883 | 7.5 |
T17 | ARV40 | Protium heptaphyllum | 8.276038 | 4 |
T17 | ARV41 | Protium heptaphyllum | 11.45913 | 4 |
T17 | ARV42 | Protium heptaphyllum | 5.411255 | 6 |
T17 | ARV43 | Pera glabrata | 32.78584 | 9.5 |
T17 | ARV44 | Xxxx xxxxxxxx | 00.00000 | 0 |
X00 | XXX00 | Xxxx xxxxxxxx | 8.116883 | 5.5 |
T17 | ARV46 | Pera glabrata | 10.18589 | 5.5 |
T17 | ARV47 | Pera glabrata | 34.05908 | 10 |
T17 | ARV48 | Acacia mangium | 7.002801 | 4 |
T17 | ARV49 | Acacia mangium | 7.639419 | 4 |
T17 | ARV50 | Acacia mangium | 20.05348 | 9 |
T17 | ARV51 | Acacia mangium | 39.47033 | 12 |
T17 | ARV52 | Acacia mangium | 17.02954 | 7 |
T17 | ARV53 | Acacia mangium | 41.38019 | 12 |
T18 | ARV54 | Leucena leucocephala | 13.68729 | 6.5 |
T18 | ARV55 | Acacia mangium | 41.38019 | 7 |
Anexo II
Registro da vegetação ocorrente nos locais de instalação das EEEBs Grande Terra Vermelha, Vila Velha/ES