Avaliação na EAD e o Contrato de Aprendizagem
Avaliação na EAD e o Contrato de Aprendizagem
Taquara, 15 de maio de 2009.
Querte Mehlecke
Faculdades Integradas de Taquara - xxxxxx@xxxxxx.xx
Xxxxxxx Xxxxxx Xxxxxx
Faculdades Integradas de Taquara - xxxxxxxxxx@xxxxxx.xx
Xxxxxxxxx Xxxxxx Xxxxx
Faculdades Integradas de Taquara - xxxxxxx@xxxxxx.xx
Categoria: C - Métodos e Tecnologias Setor Educacional: 3 - Educação Universitária
Natureza do trabalho: C - Modelos de Planejamento Classe: 2 - Experiência Inovadora
Resumo
Este artigo apresenta um estudo de caso sobre as diferentes estratégias de avaliação na educação a distância on-line e o contrato de aprendizagem acordado com os alunos, o qual também define a avaliação. A pesquisa foi realizada com alunos do curso de Administração das Faculdades Integradas de Taquara. Neste estudo serão apresentados os aspectos introdutórios sobre a avaliação na Educação a Distância – EaD On-line, considerando o contrato de aprendizagem como aporte metodológico para a avaliação. Na seqüência, apresentam-se os dados coletados no estudo e a análise das mensagens textuais postadas pelos alunos no Ambiente de Suporte à Aprendizagem On- line - Eduline.
Palavras – Chave: Avaliação, educação a distância, contrato de aprendizagem
Aspectos introdutórios: Avaliação na EaD
Um tema polêmico constantemente lembrado quando se fala em educação a distância diz respeito às concepções e modelos de avaliação que possam ser mais adequados ao contexto da sala de aula on-line e à distinta metodologia pedagógica que esses ambientes virtuais de aprendizagem
exigem dos professores. Essa metodologia específica se constrói em função de uma “aprendizagem autônoma” [8] que se torna característica do aluno on- line, que é o centro do processo de ensino e aprendizagem. Xxxxxx e Xxxxx [5] lembram que os alunos na educação a distância trabalham em uma comunidade virtual, cada um tem a oportunidade de individualizar seu percurso na busca de informação dispostas em formato de rede, na leitura hipertextual, ao mesmo tempo em que colaborativamente realizam tarefas e interagem discutindo, debatendo, posicionando-se diante dos novos saberes.
Para que essa comunidade se torne significativa, a prática do professor on-line é fundamental, ele desempenha o papel de mediador, cria tarefas para gerar o envolvimento dos alunos, de modo a que sejam comprometidos com os desafios apresentados por ele.
Em face dessas transformações do fazer pedagógico, colocamo-nos diante de uma mudança de paradigma frente à avaliação também, pois uma aprendizagem centrada no aluno, como a proposta pela educação a distância, não pode conceber como processo avaliativo apenas a mensuração de resultados em termos de quantidade de conhecimento adquirido. Nessa perspectiva surgem modelos que valorizam as aprendizagens quantitativas e qualitativas no decorrer do próprio processo de aprendizagem.
De acordo com Xxxxx [9], existem três modalidades de avaliação que são bastante conhecidas: somativa, diagnóstica e formativa. A avaliação somativa procura atribuir uma nota, classifica o aluno de acordo com o que ele demonstra ter aprendido; a diagnóstica procura conhecer a bagagem cognitiva do aluno. A formativa pode utilizar variados dispositivos para buscar o aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem, sendo uma avaliação mais significativa para a EAD, e também um instrumento de inclusão, que visa à participação do aluno nesse processo, ou seja, procura conhecer como e o que ele está aprendendo e o que ele está buscando no ambiente virtual, no contexto de um espaço que é colaborativo e grupal.
A avaliação formativa [3] permite aos alunos refletirem sobre o que estão estudando, sobre a aplicação possível dos conhecimentos que lhe são ensinados e sobre seu próprio posicionamento e rendimento dentro da comunidade virtual. Trata-se de uma modalidade de avaliação que não é estanque, ao contrário, se estende a todo processo de ensino e aprendizagem,
constitui-se como uma avaliação contínua, e mais do que isso: torna-se um dispositivo de ajustes e de melhorias constantes desse percurso, ajuda ao aluno a aprender a se desenvolver e garante melhor qualidade do projeto educativo mediante o diálogo do professor com seus alunos. “A avaliação contínua é realizada por meio do ‘acompanhamento das contribuições do aluno no curso, e tem grande importância na EaD por possibilitar a percepção do comportamento do aluno, favorecer a identificação de problemas, além de permitir alguma forma de autenticação da identidade do aluno, pela familiarização com o estilo e habilidades do mesmo.” [4] (p. 2).
Vê-se que a avaliação formativa afasta do processo avaliativo a figura do professor como centralizador, o que está também em conformidade com o papel por ele desempenhado na sala de aula online, uma vez que nesse cenário ele de fato “passa o bastão” para os seus alunos, deixa-os traçarem seu percurso dentro de um universo de desafios e perspectivas de escolhas que ele lhes oferece como estratégia de seu trabalho pedagógico. Nesse tipo de modelo de avaliação os trabalhos em grupos também fornecem importantes subsídios sobre a interação, a cooperação e a colaboração entre os alunos, assim como sobre a capacidade de auto-regulação e autonomia. A auto- avaliação ganha relevo dentro deste modelo, em que o aluno participa muito ativamente dos processos de aprendizagem.
Para que a avaliação formativa seja possível, um planejamento centrado na contextualização, conforme propõe Caldeira [2], se faz necessário, na medida em que tanto as condições do ambiente virtual de aprendizagem podem contribuir para esse processo ou não - o sistema fornecendo informações relevantes para a avaliação, por exemplo -, quanto às características pessoais dos alunos e professores online também se tornam relevantes para esse processo avaliativo. O primeiro aspecto é o contexto educacional e o segundo, o contexto pessoal dos atores do processo de ensino-aprendizagem. “A contextualização é um dos princípios mais importantes para o planejamento educacional. Considerar as características particulares dos ambientes onde ocorrem as aprendizagens, assim como as relações que emergem da interação dos seus diferentes elementos é condição necessária para que as aprendizagens sejam significativas. Considerando que a avaliação é parte do processo, e não apenas uma de suas etapas, podemos dizer também que o
contexto redefinirá a forma como a avaliação da aprendizagem deve ser realizada nos ambientes digitais de aprendizagem.” [2](p.3) Esse conceito de contextualização pressupõe uma inovação no paradigma educacional em direção a um maior envolvimento dos alunos no processo de ensino.
Contrato de Aprendizagem
O planejamento da avaliação precisa levar em consideração essa contextualização, mas também, precisa instaurar, em certa medida, um grau de contextualização das interações entre os sujeitos do processo, alguns autores lembram a noção de contrato de aprendizagem para definir esse pacto que se estabelece entre professor e sua turma de alunos online. Esse acordo prevê o modo de funcionamento da aula online, critérios de avaliação e papéis a serem desempenhados pelos envolvidos.
Xxxxxxx [6] afirma que o contrato de aprendizagem promove a aprendizagem auto-orientada ou auto-dirigida do aluno, dando visibilidade às responsabilidades dos sujeitos do processo de ensino-aprendizagem e aos critérios de funcionamento da aula online e de avaliação. Segundo a autora, “Este contrato define o nível de estruturação necessária no ensino a distância mas, ao mesmo tempo, comporta um nível de flexibilidade ajustável em função dos indivíduos e das suas necessidades. Ele descreve, essencialmente, o que o estudante irá aprender no contexto de um grupo de aprendizagem, servindo como instrumento de comunicação entre o Professor/Tutor e o estudante”. [6](p. 43)
Por outro lado, Xxxxxx [7], apresenta um modelo baseado no ensino a distância do Empire State College do estado de Nova Iorque. Segundo ele, Eles são desenvolvidos e redigidos pelos próprios estudantes. Neles descrevem que objetivos querem alcançar em determinado período de tempo, que conteúdos devem ser trabalhados e com que métodos, que literatura querem tomar por base, quantas vezes querem encontrar-se provavelmente com orientadores que lhes são indicados [...] depois disso, os estudantes trabalham, longe das universidades, totalmente independentes, em casa, na tentativa de cumprir o contrato [...]. [7] (p.170-171)
Esse conceito de contrato de aprendizagem não se restringe a uma simples negociação entre professor e aluno de questões de funcionamento da sala de aula online. Existe uma dimensão mais ampla desse acordo, a qual
pode ficar muitas vezes em um nível implícito no contrato de aprendizagem. Podemos percebê-la melhor ao nos reportarmos para a área da psicologia organizacional e sua abordagem do contrato psicológico em grupos de trabalho. O contrato psicológico define-se como uma série de idéias e convicções individuais vinculadas aos termos e condições em que se dá o pacto de interação entre dois sujeitos [10].
Essas idéias e convicções apontam para o caráter subjetivo desse contrato que orienta a relação de trabalho, que podemos aproximar em certo sentido da relação de aprendizagem, que também prevê compromissos recíprocos de cada pessoa envolvida; segundo Xxxxxxxx [10] o contrato psicológico envolve o modo como cada sujeito percebe e interpreta o acordo com base nas suas expectativas, de modo que o entendimento do contrato pode ser bastante distinto entre os participantes envolvidos.
O rompimento do contrato psicológico é, de acordo com Xxxxxxxx [10], a percepção de um compromisso não mantido na interpretação de um dos envolvidos, seu aparecimento exige que se pense no papel da confiança inicial que é depositada no professor, por exemplo, já que pensamos aqui a dimensão psicológica do contrato de aprendizagem. Essa confiança também envolve a concepção que cada aluno tem em relação ao que significa ensinar e aprender.
Análise dos dados
Iremos analisar a seguir duas experiências de professoras de educação a distância que estavam ministrando disciplinas online, nas Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT, no Curso de Graduação em Administração de Empresas. Uma das disciplinas era Comportamento Organizacional e a outra, Fundamentos do Processo Administrativo; elas foram realizadas no segundo semestre de 2008 e no segundo semestre de 2007, respectivamente.
Nas combinações com os alunos durante o contrato de aprendizagem, no que se refere à disciplina de Comportamento Organizacional e à disciplina de Fundamento do Processo Administrativo, apareceram alguns critérios comuns, como a valorização das atividades online, que constituem uma série de atividades como fórum de discussão, bate papo e formulários de revisão online, que compreendem mais de 60% da nota atribuída bimestralmente. As avaliações presenciais são realizadas, mas a valorização mais intensa está
centrada nas atividades construídas continuamente nas interações online. A professora de Fundamentos do Processo Administrativo menciona, no contrato com os alunos, os critérios de avaliação nessas atividades, citando os itens de freqüência, conteúdo e relevância das mensagens nos fóruns de discussão, enquanto a professora de Comportamento Organizacional cita os critérios de interação (os alunos devem deixar seu ponto de vista sobre a questão de debate no fórum e comentar pelo menos uma resposta de outro colega), originalidade e adequação da resposta aos conteúdos estudados.
Dentro de um enfoque que poderíamos denominar de avaliação diagnóstica [9], a professora de Comportamento Organizacional realiza no primeiro encontro on-line a atividade em fórum de discussão, que compreende uma apresentação dos temas de interesse dos alunos, os quais, mediante um diálogo inicial sobre o plano de ensino e os temas da disciplina, indicam alguns conteúdos e temáticas que gostariam de aprofundar durante os estudos, permitindo, conforme Xxxxxxx [6], um processo de aprendizado auto-orientado do aluno, desde o momento de construção do contrato de aprendizagem, o que facilita o seu envolvimento efetivo nesse processo.
Vemos abaixo algumas contribuições dos alunos nesse sentido:
Autor: Professora: Vamos ler o texto da Aula 1 e procurar identificar quais as contribuições deste estudo para a realidade das organizações? Procurem opinar, apresentando sua visão sincera sobre que aspectos deste estudo vocês acreditam que seria mais importante nossa disciplina abordar! Aguardo as
opiniões da turma sobre isto!!!
Aluno A: Várias vezes eu me questionei sobre isso: passamos a maior parte de nossas vidas no convívio com os colegas e no trabalho, por isso que deve ser trabalhado muito o lado motivacional, qualidade de vida no trabalho é fundamental, fortalece o bom relacionamento e o trabalho em equipe.
Aluno B: Acredito que para cada colaborador existe uma motivação diferente, e é papel do administrador reconhecer essas motivações em especial, fazendo com que todos os colaboradores se sintam a vontade no trabalho, alcançando os objetivos em comum propostos pela empresa.
Aluno C:Concordo com você B, também acredito que cada pessoa se motiva de um jeito diferente. Alguns ficam motivados pelo aumento do salário, outros pela chance de crescimento...
Percebe-se que no diálogo dos alunos e com a professora, estabelece- se um elenco de questionamentos que servem como baliza para o professor
detectar o conhecimento que os alunos trazem sobre os temas da disciplina, as suas experiências profissionais e a ligação delas com os conteúdos que provocam mais a curiosidade dos alunos. Neste contexto, Bakhtin [1], diria que “o fato de ser ouvido, por si só, estabelece uma relação dialógica. A palavra quer ser ouvida, compreendida, respondida e quer, por sua vez, responder à resposta[...]. Ela entra num diálogo que não tem fim (p.357).
Assim posto por Xxxxxxx, podemos perceber que o diálogo ocorrido entre os alunos e professor é fundamental para que o processo avaliativo seja efetivado de forma a contemplar os objetivos, e também de modo a servir para a contextualização do planejamento do processo de ensino e da avaliação de caráter formativo, de acordo com o que propõe Caldeira [2].
Identificam-se algumas questões reconhecidas pelos alunos quanto à organização necessária para leitura e realização das atividades, que para alguns aparece como uma exigência detectada por eles mesmos de maior disciplina e autogerenciamento, o que eles apontam nessas reflexões. A avaliação como modo de apontar possíveis mudanças para o professor, e também para o aluno, com vista a uma maior eficiência na realização do processo de ensino-aprendizagem é um exemplo indubitável do que se denominou anteriormente como avaliação formativa. Nesse exemplo de atividade a professora pôde conhecer melhor seus alunos, além de acompanhar suas contribuições ao longo do desenvolvimento de toda a disciplina, sempre provocando a reflexão deles sobre a aplicabilidade dos seus estudos em face das suas vivências profissionais e pessoais [4].
Destaca-se, ainda, dentre as atividades propostas em fórum de discussão da disciplina de Comportamento Organizacional, uma atividade que possibilitou uma avaliação do processo de aprendizado ao final da disciplina, que não se restringiu à verificação de conteúdos, mas que objetivou uma reflexão ampla do que eles entendiam como aprendizado adquirido durante os diversos debates e encontros online realizados dentro do programa previsto na disciplina.
Tratava-se de um desafio musical, no qual os alunos deviam escolher uma música, deixando links para que os colegas pudessem ouvi-la em algum site da web, ao mesmo tempo em que eles apresentariam o porquê de essa canção representar algum aspecto do seu aprendizado na disciplina.
Algumas das contribuições dos alunos nesse fórum apresentam-se abaixo:
Aluno A: “Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer. Este refrão tem um sentido todo especial para mim, pois mudanças acontecem permanentemente em nossas vidas e não podemos esperar que os outros nos atropelem, precisamos acompanhar a evolução e fazer acontecer.”
Aluno B: “Bem, eu confesso que não tinha nenhuma idéia de que música escolheria que tivesse a ver com nossos temas debatidos em aula. Mas após pensar um tempo, lembrei de uma música que gosto muito e acho que tem a ver com alguns temas discutidos: MÚSICA: Girassóis BANDA: Cidadão Quem. Esta música nos mostra que apesar de buscarmos sempre nossos ideais, ela relata nossas preocupações do dia a dia, nossa correria e nosso esforço para que tudo esteja resolvido. Porém independente do que aconteça temos que parar e esquecer o cotidiano e a rotina. Senão perdemos momentos importantes e deixamos de relaxar.E a vida não deve ser feita só de trabalho e preocupações.Escutem que aposto que vocês vão gostar.”
Aluno C: “Nossa Prof. por esta acho que ninguém esperava. . . mas achei legal, divertido, e com certeza vai expor um lado nosso que não teríamos oportunidade de compartilhar de outra forma.Xxxxx aproveitar e agradecer aos colegas pelas idéias e compreensões compartilhadas, que tenhamos todos um ótimo final de semestre. Paciência – Lenine - Composição: Xxxxxx e Dudu Falcão Cada tema estudado me reportou a situações vividas, ou pelo menos conhecidas, eu poderia escolher várias músicas, mas a palavra paciência é importante em qualquer momento da vida, tanto pessoal quanto profissionalmente, e, além disto, a letra e a melodia sempre me trazem conforto, reflexão, me faz respirar e isto oxigena o cérebro. (risos).
A receptividade dos alunos a esse desafio musical foi muito significativa, trouxeram suas crenças e seus sentimentos vinculados às situações que surgem no ambiente de trabalho e na convivência social em geral. Falaram de seu modo de encarar os desafios da vida e trouxeram diversos comentários, também, em relação ao que diziam seus colegas, identificando-se com pontos de vista em comum ou ainda surpreendendo-se completamente com algumas idéias dos colegas.
Esse aprendizado colaborativo é característico da comunidade virtual de aprendizagem dos alunos online, na perspectiva de Xxxxxx e Xxxxx [5]; através dessa interação, os alunos e o professor podem descobrir e inventar juntos, insistentemente, novos modos de trabalhar online, provocando a curiosidade e a motivação de todos no contínuo processo de construção e avaliação dos aprendizados.
Conclusões
A avaliação como processo contínuo mostra-se um importante instrumento de trabalho e de qualificação para a prática pedagógica em educação a distância, fala-se, sobretudo, na possibilidade de pensar-se avaliação como instrumento de inclusão do aluno no processo de exame de temas e conteúdos e sua aplicação à realidade da sua atual e/ou futura prática profissional, o que vem ao encontro de uma maior adequação dos programas das disciplinas em cursos de graduação à situação do aluno e de seus interesses de formação.
Com base nessas premissas, vimos que através das estratégias metodológicas adotadas por professoras de disciplinas online em cursos de graduação da FACCAT, Faculdades Integradas de Taquara, estabelece-se um contrato de aprendizagem com os alunos como parte desse processo avaliativo contínuo, de modo que critérios de avaliação e de funcionamento das aulas online são combinados e discutidos abertamente com os alunos. Nesses contratos observam-se os critérios estabelecidos para a avaliação continuada das atividades no fórum de discussão online, que buscam promover o envolvimento do aluno com seu aprendizado, sobretudo convidando-os a sugerir temas de interesse para a disciplina, colaborando para que se definam os conteúdos e das discussões da disciplina.
Quando consultados os alunos sobre o funcionamento da disciplina e sobre sua percepção do aprendizado que estão conseguindo construir, as contribuições que eles apresentaram demonstram seu esforço em associar os conteúdos da disciplina com sua formação profissional e seu contexto atual de trabalho. As vivências dos alunos promovem desse modo uma maior autenticidade à discussão dos temas da disciplina, ao mesmo tempo em que servem de contexto para o seu aprendizado. Essa integração da experiência dos alunos permite ao professor reunir ensino e avaliação formativa, na medida em que ele pode conhecer as percepções dos alunos sobre seu crescimento e o impacto do aprendizado nas suas percepções sobre a realidade vivida.
A importância de atividades nos fóruns de discussão que avaliem a visão dos alunos sobre o que puderam aprender e sobre o crescimento pessoal e afetivo que tiveram durante a caminhada de um semestre de estudos na disciplina online são momentos importantes de avaliação continuada,
permanentemente promovida pelas atividades online, que não focalizam apenas o conhecimento adquirido dos conteúdos, mas uma concepção abrangente do processo educativo que mostra resultados muito enriquecedores como o dos casos relatados nesse artigo.
Referências
[1] XXXXXXX, Xxxxxxx. Estética da Criação Verbal. Martins Fontes: São Paulo. 2002.
[2] XXXXXXXX, A.C. M. Avaliação da aprendizagem em meios digitais: novos contextos. ABED, Congresso 2004.
[3] XXXXXX, X.X.; XXXXX, R.L.; XXXXXXXX, T.B.; XXXXX, X. X. “Suporte à avaliação formativa no ambiente de educação a distância TelEduc.” (WIE 2002), XXII Congresso da SBC. Florianópolis. Sociedade Brasileira de Computação, 15-19 julho, 2002.
Disponível em: xxxx://xxx.xxxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx/00_xxxx_xx0000.xxx Acesso em abril de 2009.
[4] OTSUKA, J.L. ; ROCHA, H.V. A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínua. (WIE 2002), XXII Congresso da SBC. Florianópolis. Sociedade Brasileira de Computação, 15-19 julho, 2002 Disponível em: xxxx://xxx.xxxxxxx.xxx.xx/xxxxxxx/00_xx_xxx0000.xxx
Acesso em abril de 2009.
[5] XXXXXXX, R. M.; XXXXX, X. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço: estratégias eficientes para salas de aula on-line.Porto Alegre: ARTMED, 2002.
[6] XXXXXXX, X. Contributos para uma pedagogia do ensino on-line pós-graduado: proposta de um modelo In: DISCURSOS, SÉRIE PERSPECTIVAS EM EDUCAÇÂO, Nº 1, pp 39-53, 2003.
[7] XXXXXX, X. Didática do ensino a distância. Experiência e estágio da discussão numa visão internacional. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2001.
[8] . A educação a distância em transição. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004.
[9] XXXXX, X. A avaliação do aprendiz em EAD. In: LITTO, F; XXXXXXX,
M. (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009.
[10] XXXXXXXX, X. X. Trust and breach of the psychological contract. Administrative Science Quarterly. 1996. XxxxXxxxxxxx.xxx. 30 Out. 2006. http:// xxx.xxxxxxxxxxxx.xxx/x/xxxxxxxx/xx_x0000 /is_n4_v41/ai_19137711