ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE CONCEPÇÃO E PROJETO BÁSICO PARA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO 3º SETOR, ABRANGENDO OS BAIRROS NAZARÉ, UMARIZAL, REDUTO, DOCA E PARTE DO CENTRO DE BELÉM - REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM.
Companhia de Saneamento do Pará
ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE CONCEPÇÃO E PROJETO BÁSICO PARA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO 3º SETOR, ABRANGENDO OS BAIRROS NAZARÉ, UMARIZAL, REDUTO, XXXX X XXXXX XX XXXXXX XX XXXXX - XXXXXX XXXXXXXXXXXXX XX XXXXX.
PROJETO BÁSICO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TOMO VI ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
JANEIRO/2018
HITA
ENGENHARIA E ARQUITETURA
ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE CONCEPÇÃO E PROJETOS BÁSICOS PARA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO 3º SETOR, ABRANGENDO OS BAIRROS NAZARÉ, UMARIZAL, REDUTO, DOCA E PARTE DO CENTRO DE BELÉM – REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ
PROJETO BÁSICO
TOMO VI ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
JANEIRO/2018
HITA Engenharia e Arquitetura Ltda. Xxx Xxxxxx, 000 - xxxx 00, Xxxxxx, Xxxxxxxx-XX XXX 00000-000 Tel.: (00) 0000-0000 FAX: (00) 0000-0000 e-mail: xxxxxxxxx@xxxxxxxxxxxxxx.xxx.xx
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
A HITA Engenharia e Arquitetura Ltda., no cumprimento do contrato nº 20/2015, apresenta à Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA, os Projetos Básicos para Adequação do Sistema de Abastecimento de Água do 3º Setor, abrangendo os Bairros Nazaré, Umarizal, Reduto, Doca e Parte do Centro de Belém - Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará. Os projetos estão apresentados de acordo com os seguintes tomos:
TOMO I - Projetos Hidráulico, Arquitetônico e Civil
Volume 1 - Memorial Descritivo e de Cálculo Volume 2 - Peças Gráficas
TOMO II - Projeto Estrutural TOMO III - Projeto Contra Incêndio TOMO IV - Projeto Elétrico
TOMO V - Projetos de Automação, Comunicação e Lógica
TOMO VI - Especificações Técnicas
TOMO VII - Manual de Operação e Manutenção TOMO VIII - Orçamento
TOMO IX - Serviços Topográficos
TOMO X - Serviços Geotécnicos e Geológicos
Este relatório intitula-se TOMO VI - Especificações Técnicas e é parte integrante dos projetos básicos para adequação do SAA do 3º Setor.
EQUIPE DE TRABALHO
EQUIPE DE TRABALHO
A Equipe de Trabalho responsável pelo desenvolvimento dos serviços referentes aos Projetos Básicos para Adequação do Sistema de Abastecimento de Água do 3º Setor, abrangendo os Bairros Nazaré, Umarizal, Reduto, Doca e Parte do Centro de Belém - Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará está apresentada a seguir.
Pela Empresa Contratada - HITA Engenharia e Arquitetura Ltda.
Engenheiro Coordenador | Xxxxxx Xxxxxxx Xxxx |
Engenheiro Civil e Sanitarista | Xxxxx Xxxxx xx Xxxxx Xxxx |
Engenheiro Civil | Xxxxxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxx |
Engenheiro Civil | Xxxxx Xxxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx |
Engenheiro Civil | Xxxxx Xxxxx Xxxxxxx |
Engenheira Civil | Suely Lustosa Lima |
Engenheiro Civil (Estruturalista) | Xxxxx Xxxxxxx |
Engenheiro Civil (Estruturalista) | Xxxxxx Xxxxxxx |
Engenheira Eletricista | Xxxxxxx Xxxxxxx |
Engenheira Sanitarista e Ambiental | Xxxxxxx Xxxxxxxxxx |
Geógrafa | Xxxxx Xxxxx Xxxxxx |
Engenheiro Civil (Orçamentista) | Xxxxxxxxx Xxxxx xx Xxxxxxx |
Xxxxxxxxx e Urbanista | Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxx |
ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO 3º SETOR, NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ | |
TOMO VI | |
Resp.: C.Hita | Rev: 1 |
HITA |
LE - R1 |
Data: Jul/2018 |
Descrição da Especificação | Nº da Especificação / Folha de Dados | |
1.0 | ESPECIFICAÇÕES GERAIS | |
1.1 | OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL | ET-4-ABTS-00-05-001-R1 |
1.2 | ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA TUBOS E CONEXÕES DIVERSAS | ET-4-ABTS-00-05-002-R0 |
2.0 | ESPECIFICAÇÕES DE EQUIPAMENTOS | |
2.1 | BOMBA CENTRÍFUGA ANFÍBIA | ET-4-ABTS-20-05-001-R0 |
2.2 | VÁLVULA DE RETENÇÃO DE FECHAMENTO RÁPIDO TIPO "CLASAR" (FLANGEADA / WAFER) | ET-4-ABTS-20-05-002-R0 |
2.3 | VÁLVULA BORBOLETA BIEXCÊNTRICA (FLANGEADA / WAFER) | ET-4-ABTS-20-05-003-R0 |
2.4 | PONTE ROLANTE COM ACIONAMENTO ELÉTRICO - 10Tf | ET-4-ABTS-20-05-004-R0 |
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REVISÕES | |||||||
TE: TIPO EMISSÃO | A - PRELIMINAR B - PARA APROVAÇÃO | C - PARA CONHECIMENTO D - PARA COTAÇÃO | E - PARA CONSTRUÇÃO F - CONFORME COMPRADO | G - CONFORME CONSTRUÍDO H - CANCELADO | |||
Rev. | TE | Descrição | Por | Ver. | Apr. | Aut. | Data |
0 | C | EMISSÃO INICIAL | AP | VP | MM | CH | 01/03/18 |
1 | B | REVISADO CONFORME PARECER TÉCNICO Nº 28/2018 | AP | VP | MM | CH | 31/07/18 |
SUMÁRIO
1. ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS 4
1.1. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 6
1.3. MATERIAIS PARA CONCRETOS E ARGAMASSAS 10
1.5. MADEIRA PARA ESTRUTURAS, FORMAS E ESCORAMENTOS 21
1.8. TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS PARA INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 22
2. ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS 25
2.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 26
2.2. INSTALAÇÕES E SERVIÇOS PRELIMINARES 26
2.3. TAPUMES LATERAIS ÀS VALAS 31
2.4. ESCAVAÇÃO DE VALAS E CAVAS 31
2.5. ESCAVAÇÃO PARA OBRA DE ARTE CORRENTE 34
2.6. TRANSPORTE DE SOLO ESCAVADO 35
2.7. TRANSPORTE DE SOLO IMPORTADO 35
2.9. DRENAGEM, ESGOTAMENTO E REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO 37
2.10. EMBASAMENTO DAS TUBULAÇÕES 38
2.11. ASSENTAMENTO DAS TUBULAÇÕES 39
2.12. REATERRO COMPACTADO DE VALAS E CAVAS 43
2.13. ENSAIOS DAS TUBULAÇÕES 44
2.14. ANCORAGEM DAS TUBULAÇÕES 45
2.17. CADASTRAMENTO DAS UNIDADES 47
2.23. RETIRADA E RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO 82
2.24. RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS 83
2 25. FORNECIMENTO E COLOCAÇÃO DE GUARDA CORPOS E ESCADAS METÁLICOS 84
2.26. ESQUADRIAS DE MADEIRA 84
2.30. APARELHOS, PERTENCES E ACESSÓRIOS 88
2.33. LIMPEZA 93
2.34. INSTALAÇÃO ELÉTRICA 94
2.35. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA 94
2.36. INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO 96
2.37. INSTALAÇÃO PARA ESGOTAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL 97
2.38. ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇOS – ELETROMECÂNICA 100
2.39. FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ELETRO-MECÂNICOS 102
2.40. MONTAGENS E INSTALAÇÕES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ELETRO- MECÂNICOS 115
2.41. ACEITAÇÃO PROVISÓRIA E FINAL 137
2.42. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E ESTRUTURA DE PREÇOS 137
2.43. ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇOS – REDES E ADUTORA 137
1. ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS
1. ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS
Todos os materiais que se utilizem nas obras deverão cumprir as condições estabelecidas neste capítulo, e deverão ser aprovados pela Fiscalização.
A aceitação, em qualquer momento, de um material, não será obstáculo para que seja rejeitado no futuro, se forem verificados defeitos de qualidade ou uniformidade.
Será obrigação do Empreiteiro avisar à Fiscalização da chegada dos materiais que serão utilizados, com antecedência suficiente ao momento de seu emprego, para que se possa executar os ensaios necessários.
A tomada de amostras para os ensaios deverá ser feita pela Fiscalização ou pelos representantes autorizados, de acordo com as normas destas Especificações e as do ensaio que se vai realizar.
Todos os tipos de amostras de materiais (inclusive o concreto para confecção dos corpos de prova) destinadas à exames ou ensaios serão fornecidas pelo Empreiteiro, às suas expensas, devendo o mesmo tudo facilitar. Tal procedimento é extensivo aos testes de comprovação de escalas, medidas e qualquer outro dispositivo que se utilize. Os ensaios, exceto indicação em contrário nas presentes Especificações, estarão a cargo da Fiscalização.
Os materiais serão armazenados, assegurando a Conservação de suas características e aptidões para seu emprego na obra e facilitando a sua inspeção. Quando se considerar necessário, deverão ser colocados sobre plataformas de madeira ou outras superfícies limpas e adequadas, e não sobre o terreno, ou, quando se indique nestas Especificações, deverão ser colocados em depósitos protegidos das intempéries.
Todo o material que não cumpra as Especificações, ou que tenha sido rejeitado, será retirado da obra imediatamente, salvo autorização expressa da Fiscalização.
A não ser que se especifique o contrário, em todos os casos a determinação de percentagem referir-se-á a pesos.
As referências que se façam às peneiras nestas Especificações, a menos que se especifique de outra maneira, serão as da série ASTM.
De um modo geral, são válidas todas as prescrições das Instruções, Especificações ou Normas Oficiais que regulamentam a recepção, transporte, manipulação ou emprego de cada um dos materiais que se utilizam nas obras deste Projeto.
O transporte, manipulação e emprego dos materiais far-se-ão de tal forma que não se alterem suas características, nem sua forma ou dimensões.
1.1. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
Para tal os veículos a serem utilizados no transporte deverão ser adequados aos diversos tipos de materiais a transportar.
As operações de carga e descarga serão procedidas com cuidado, por pessoal habilitado e utilizando equipamentos e/ou ferramentas adequadas. Quando se tratar de peças pré-moldadas de concreto ou de tubos com diâmetro superior a 300 mm, estas operações serão efetuadas com auxílio de equipamentos.
Os materiais deterioráveis serão armazenados em local coberto, protegido contra a umidade e outros agentes nocivos às suas qualidades.
Materiais duráveis poderão ser armazenados ao tempo, mas em local destinado a esse fim e cercado.
1.2.1. Formas de Utilização
O destino de todos os materiais escavados será fixado pela Fiscalização, o qual poderá ser um dos seguintes: a "bota-fora", aterros ou enchimentos, a depósitos ou sobrecarga de aterros.
Irão para o "bota-fora", naqueles locais determinados pela Fiscalização, todos os materiais que estejam formados de turfas, húmus, terra vegetal, materiais de demolição e aqueles que, como tais a Fiscalização recuse.
Sempre que seja possível, todos os materiais não recusados, que se obtenham das escavações, serão utilizados na execução de aterros ou sobrecargas de aterros ou enchimentos, transportando-se diretamente da zona de escavação à de utilização mais próxima.
Irão para depósitos, para utilização posterior, aqueles materiais que a Fiscalização selecione e que não se possa transportar diretamente ao local de emprego.
A Fiscalização poderá utilizar os materiais recusados sempre que seja possível fazê-lo sem depósito intermediário, para a ampliação ou melhorias de áreas carentes de entulho e que de alguma forma venham beneficiar a comunidade.
Os lugares de depósito serão fixados pela Fiscalização, bem como a forma e volume de cada depósito para facilitar as operações de construção e medição que sejam necessárias.
Em qualquer caso, os materiais depositados deverão estar separados de qualquer outro tipo de material escavado.
1.2.2. Materiais para Aterros Compactados
Os materiais a empregar em aterros serão, em geral, os produtos procedentes das escavações realizadas na obra, ou dos locais de empréstimo especificados no projeto ou autorizados pela fiscalização.
A aprovação de uma área de empréstimo não significa que todo o material existente seja adequado para a construção dos aterros. Somente os materiais adequados de tais áreas, aprovados pela fiscalização, poderão ser lançados nos aterros.
Materiais com características insatisfatórias com raízes, gramas, matéria orgânica ou outros materiais perecíveis ou prejudiciais, não deverão ser utilizados. Materiais inadequados, lançados nos aterros, não serão pagos e deverão ser removidos e substituídos às custas do Empreiteiro.
Proíbe-se o emprego de solos ou rochas com teor de sulfato expresso em SO3 superior a 0,2% em aterros e enchimentos em contato com obras de concreto de qualquer tipo.
1.2.3. Materiais para Reenchimento de Valas e Cavas de Fundações
O material procedente de escavações poderá ser utilizado no reenchimento de valas de fundações, sempre que o dito material cumpra as condições exigidas neste item.
Quando o material procedente das escavações não for adequado para o reenchimento das valas, ou seja, preciso estender um aterro prévio antes de escavar a vala, tornar- se-á material de empréstimo, estando este composto de areias e pedregulhos silícicos, limpos, naturais ou procedentes de britagem, mas a dosagem granulométrica em peso compreendido dentro dos limites seguintes:
MALHA | % QUE PASSA |
2” | 100 |
1” | 95 – 100 |
No 4 | 60 – 100 |
No 2 | 0 – 50 |
No 200 | 0 – 20 |
Nas zonas em que o fundo de vala se encontre abaixo do lençol freático ou naqueles em que, a juízo da fiscalização, se precisa de uma drenagem eficiente, empregar-se-á um material composto de pedra britada (pedrisco e/ou brita 1) e areais silícicas
resistentes à água e ciclos atmosféricos e com a dosagem granulométrica em peso compreendida dentro dos limites seguintes:
MALHA | % QUE PASSA |
1 1/2” | 100 |
3/4” | 95 – 100 |
No 10 | 60 – 100 |
No 20 | 0 – 50 |
O material procedente das escavações será aceitável em geral para reenchimento, sempre que se encontre livre de raízes, matérias orgânicas, substâncias putrescíveis, pedras e torrões de tamanho máximo inferior a 10 cm.
1.2.4. Materiais para Base
Os materiais a empregar em bases serão solos selecionados, mistura de solos e/ou materiais que procedem de britagem e/ou trituração de pedras de pedreira ou pedregulho natural em cujo caso deverão conter, como número, 50% em peso de elementos britados que apresentam duas ou mais faces de fraturas e não contenham matéria vegetal ou orgânica.
A composição granulométrica dos materiais cumprirá as condições seguintes:
a) A fração que passa pela peneira nº 200 será menor que a metade da fração que passa pela peneira nº 40.
b) A curva granulométrica dos materiais, determinada mediante o emprego das peneiras que definem as faixas Z-2 a Z-4, estará compreendida dentro de algumas delas.
% QUE PASSA PELA PENEIRA CORRESPONDENTE
Peneiras | Z - 2 | Z - 3 | Z - 4 |
3” | - | - | - |
2” | 100 | - | - |
1 1/2” | 70 - 100 | 100 | - |
1” | 55 - 85 | 70 - 100 | 100 |
3/4” | 50 - 80 | 60 - 90 | 70 - 100 |
3/8” | 40 - 70 | 45 - 75 | 50 - 80 |
Xx 0 | 00 - 00 | 00 - 00 | 35 - 65 |
Xx 00 | 00 - 00 | 00 - 00 | 20 - 50 |
Xx 00 | 00 - 00 | 00 - 00 | 15 - 80 |
No 200 | 5 - 15 | 5 - 15 | 5 - 15 |
O coeficiente de qualidade, medido pelo ensaio de Los Angeles, será inferior a 40.
As perdas de agregados, submetido à ação de soluções sódicas ou magnésicas em cinco (5) ciclos, serão inferiores a 12% e a 18%, respectivamente.
A fração que passa pela peneira nº 40 deve cumprir as condições seguintes: LL 25
IP 6
A capacidade de suporte dos materiais empregados em bases deverá ser maior que 60%.
1.2.5. Material para Embasamento
a. Embasamento para terra
O embasamento poderá ser de conformação do Berço de Terra, em um setor circular de 90 graus, para assentamento de tubos, quando a carga sobre os mesmos não exigir berço de concreto ou de pedra britada, ou quando terreno for suficientemente firme, sendo este embasamento denominado tipo A.
b. Embasamento de pedra britada (Tipo B)
Quando a critério da fiscalização não for suficiente o uso de berço conformado em terra (tipo A) e não for necessário o berço de concreto (tipo C, D e E), será empregado o
berço em pedra britada (pedrisco ou brita no 1) combinado com brita 2 disposto em camadas, sendo admitida a sua substituição a critério da fiscalização.
c. Embasamento de concreto
O concreto para embasamento de tubos será preferencialmente misturado em betoneiras, e no tempo necessário, a fim de se obter a sua perfeita homogeneização.
Os embasamentos de concreto, são denominados de tipo C, D e E.
No embasamento tipo C, o tubo será assentado em concreto simples tipo A.
No embasamento tipo D e E o concreto será tipo A com respectivamente 1% e 4% da seção longitudinal de ferro CA-60.
O embasamento tipo F será o tipo D invertido.
1.3. MATERIAIS PARA CONCRETOS E ARGAMASSAS
1.3.1. Cimento
a. Condições Gerais
Todos os cimentos a empregar nas obras deverão obedecer às Normas e Especificações da ABNT. Será utilizado o cimento Portland comum 320, cujas características estão contidas na NBR-5732 e NBR-5735 da ABNT, devendo atender principalmente, aos tópicos II e V da C-150 da ASTM para obras em contato com meios agressivos, a menos que, em determinadas condições esteja ou não, previsto no projeto, seja necessária a utilização de cimentos especiais em cujo caso serão seguidas as determinações da fiscalização.
O cimento deverá ser fornecido em sacos, e armazenados em silos ou depósitos impermeáveis e ventilados. Cada remessa deverá ser estocada em pilhas de 10 sacos de maneira que possa ser facilmente reconhecida das demais, com indicação da data de chegada a fim de permitir a sua utilização em ordem cronológica segundo a ordem de chegada ao canteiro.
Será permitido o uso de cimento a granel, desde que, em um único silo, só haja cimento da mesma procedência.
b. Manipulação e Armazenagem
O cimento do tipo aprovado será transportado em sacos de papel, nos quais deverá figurar expressamente o tipo de cimento, o nome do fabricante ou, então, a granel em depósito hermético, em cujo caso, o documento de envio, com as mesmas indicações citadas, deverá acompanhar cada remessa. Não se permitirá o envio de cimento em sacos de estopa ou similares.
O cimento será armazenado sob cobertura, de maneira a permitir o fácil acesso para a adequada Inspeção e identificação de cada remessa, em um depósito ou lugar protegido convenientemente contra a chuva, a umidade do solo e das paredes.
No caso de armazenar o cimento por período superior a 30 dias, deve-se inverter a posição relativa dos sacos em cada pilha, uma vez em cada 30 dias consecutivos de armazenagem. O período máximo de armazenagem não será superior a 90 dias.
Quando o cimento estiver armazenado em sacos, estes serão colocados sobre tábuas, separadas das paredes do depósito e deixando corredores entre as diferentes pilhas, de maneira que possa permitir a passagem de pessoas e conseguir uma boa ventilação do local. Para cada quatro camadas de sacos, no máximo, colocar-se-á um tabuleiro ou tábuas de madeira, de modo a permitir a ventilação das pilhas de saco.
Lotes recebidos em épocas diversas não poderão ser misturados, mas deverão ser colocados separadamente de maneira a facilitar sua inspeção e seu emprego na ordem cronológica de recebimento.
Não deverá existir risco de pega rápida e, para isto, a temperatura de chegada do cimento à obra não deverá ser superior a 5 graus centígrados da temperatura média do dia.
c. Inspeção e Ensaios
Cada uma das partidas do cimento que se receba na obra será submetida aos ensaios indicados na NBR-5732 para verificação de suas propriedades. Poderão ser aceitas, se vierem acompanhadas de um Certificado do Fabricante que garanta o cumprimento de todas as condições impostas na especificação referida acima.
Autoriza-se reduzir a série completa dos ensaios aos de determinação da consistência normal e tempo de pega, de estabilidade de volume e de resistência à compressão de argamassa, se a fiscalização julgar oportuno.
Independentemente de tais ensaios, quando o cimento em condições atmosféricas normais, estiver armazenando em sacos durante um prazo igual ou superior a seis semanas, proceder-se-á à comprovação de que as condições de armazenamento foram adequadas. Para isto se repetirão os ensaios anteriormente indicados, na seguinte ordem:
c.1. Determinação da finura pela peneira nº 200;
c.2. Perda ao fogo;
c.3. Ensaios restantes, segundo NBR-5732.
É suficiente que o cimento cumpra com o ensaio 1 ou na sua falta com o ensaio 2, para que seja considerado apto.
Deverá ser repetido este ensaio de comprovação de condições de armazenamento se transcorrerem seis semanas do período anterior até o momento de seu emprego.
No caso de condições atmosféricas especiais, a fiscalização poderá variar, a seu critério, os prazos indicados de seis semanas.
A critério da fiscalização, poderá ser usada areia artificial desde que atenda as Normas da ABNT.
Os agregados miúdos conterão a suficiente quantidade de elementos finos, inferiores a 1,25 mm, a fim de se conseguir a impermeabilidade do concreto.
1.3.2. Agregados
O agregado graúdo consistirá de pedras britadas mecanicamente através de britador, isentas de substâncias nocivas, como torrões de argila, etc, cuja granulometria atenda a NBR-7211.
O agregado quando a ser utilizado nos concretos, será constituído pela mistura em proporções convenientes, de acordo com os estudos de dosagem racional dos traços especificados e aprovados pela fiscalização.
Em geral o tamanho máximo dos agregados graúdos será inferior a 4/5 de espaçamento entre armaduras e a 1/3 da espessura mínima da estrutura. Em qualquer caso o tamanho máximo não será superior a oitenta milímetros (80 mm).
a. Armazenamento
Os agregados para concretos serão armazenados separando-os, pelo menos, em três categorias granulométricas, sendo que uma delas corresponderá exclusivamente aos agregados miúdos.
Os locais de armazenamento serão silos ou depósitos independentes e, para cada um deles, a fiscalização determinará as tolerâncias em que será permitida a presença de elementos de tamanhos superiores ou inferiores aos limitantes de cada categoria.
O piso destinado a depósitos de agregados deverá receber tratamento ou, em caso contrário, não se utilizarão os trinta centímetros (30 cm) finais das bases das pilhas.
O conteúdo de umidade do agregado fino deverá permanecer constante em cada silo ou depósito, no mínimo, em cada jornada de trabalho, devendo o Empreiteiro tomar as medidas necessárias para o cumprimento desta determinação, entre as quais estará incluída a previsão dos meios adequados, para determinar na obra o valor do conteúdo de umidade, de maneira rápida e eficiente.
b. Qualidade e Ensaios
Os agregados compor-se-ão de elementos limpos, sólidos e resistentes, de uniformidade razoável, sem excesso de formas lamelares, alongadas ou facilmente desintegráveis, e isento de pó, sujeira, argila ou outras matérias aderidas, a fiscalização poderá exigir a lavagem dos agregados até a eliminação das impurezas inaceitáveis.
As substâncias prejudiciais que podem conter os agregados não excederão limites estabelecidos na NBR-7211, devendo ser realizados todos os ensaios relacionados na NBR-7211 para sua aceitação ou rejeição.
As amostras dos agregados, representativas dos materiais a serem usados na obra, serão retiradas sob a supervisão da fiscalização pelo menos 60 dias antes da data prevista para o início da concretagem.
As amostras serão submetidas a todos e quaisquer ensaios que se façam necessários para comprovar sua concordância com os termos destas Especificações.
Todos os ensaios serão realizados de acordo com os métodos padrões da ABNT ou ASTM, aplicáveis em cada caso.
Durante a construção, o Empreiteiro continuará com a amostragem e ensaios dos agregados para verificar a obediência aos requisitos especificados.
b.1. Agregado Miúdo
As percentagens máximas de substâncias prejudiciais no agregado fino, ao entrar na betoneira, não deverão ultrapassar os seguintes valores:
• material passando pela peneira nº 200: 3% (em peso);
• substâncias prejudiciais (tais como mica, grãos recobertos e partículas friáveis): 3% (em peso).
Da mesma forma:
• a percentagem dos torrões de argila, de acordo com a NBR-7218 da ABNT, não deve exceder a 1% em peso;
• a soma das percentagens de todas as substâncias prejudiciais não poderá ser superior a 5% em peso.
O agregado miúdo estará em acordo com os três seguintes requisitos de ensaios:
• Ensaios Colorimétricos para Impurezas Orgânicas (pelo método da ABNT, NBR- 7220 ou conforme a designação C-40 da ASTM).
A cor do líquido em que a amostra está imersa, no ensaio, não será mais escura do que a cor estabelecida como padrão de referência:
• Peso específico (NBR-7399 da ABNT): não será menor do que 2,50 t/m³;
• Ensaio de alteração pelo uso do Sulfato de Sódio (C-88 da ASTM).
A quantidade retida na peneira no 50, após 5 ciclos, não deve apresentar uma perda média ponderada maior que 10% em peso.
b.2. Agregado Graúdo
As percentagens máximas de substâncias prejudiciais em qualquer tamanho de agregado graúdo, ao entrar na betoneira não poderão ultrapassar os seguintes valores:
% em peso
− material passando pela peneira nº 20: 1%
− outras substâncias prejudiciais: 2%
Do mesmo modo, a percentagem de torrões de argila, de acordo com NBR-7218 da ABNT ou C142 da ASTM, não excederá a 0,25% em peso.
A soma das percentagens de todas as substâncias prejudiciais, em qualquer tamanho de agregado, ao entrar na betoneira, não poderá ser superior a três por cento em peso.
O agregado graúdo obedecerá às três seguintes exigências:
− Ensaios de Abrasão Los Angeles (segundo o MB-170):
A perda nos vários tamanhos de agregados não excederá 50%. Os agregados com diâmetro máximo menor que 3/4" serão submetidos a 500 revoluções, e os com diâmetro superior a 3/4" a 1000 revoluções, de acordo com a especificação C-535 da ASTM.
Caso o agregado de 3" a 6", quando britado para dimensões de 3" - 1 1/2", satisfizer os requisitos indicados para o agregado de 3" - 1 1/2", será considerado satisfatório quanto ao Ensaio de Abrasão Los Angeles.
− Ensaio de alteração pelo uso de Sulfato (C-88 da ASTM):
• A perda média ponderada, após 5 ciclos, não excederá 10%.
− Peso específico (ABNT NBR-7400 ou ASTM C-129):
• O peso específico não será menor que 2,55.
b.3. Gradação
A gradação do agregado obedecerá ao especificado a seguir, a menos que seja determinado de outra forma pela COSANPA.
AGREGADO MIÚDO (areia) - (Limites da ASTM C-33)
Peneiras de Quadradas Aberturas Nominais | % Acumulada Retida Máxima | % Acumulada Retida Mínima |
3/8” | 0 | 0 |
No 4 | 0 | 5 |
No 8 | 0 | 20 |
No 16 | 15 | 50 |
No 30 | 40 | 75 |
No 50 | 70 | 90 |
No 100 | 90 | 98 |
Passando pela No 100 | 10 | 2 |
Além dos limites de gradação mostrados acima, o agregado miúdo terá um módulo de finura não inferior a 2,20 e não superior a 3,10.
A gradação do agregado miúdo será também controlada, de modo que os módulos de finura, de pelo menos quatro dentre cinco amostras consecutivas ensaiadas, não tenham variação maior do que 0,15 do módulo de finura médio de todas as amostras ensaiadas.
O módulo de finura será determinado dividindo-se, por 100, a soma das percentagens acumuladas retiradas nas peneiras de malhas quadradas nºs 4, 8, 16, 30, 50 e 100.
O agregado miúdo poderá ser separado em duas ou mais frações estocadas separadamente, sendo combinadas na central de concreto, em proporções determinadas pela fiscalização.
AGREGADO GRAÚDO
Abertura Nom. da Peneira | % Acumulada Retida | ||||
Mm | Polegada | 4,8 até 19,5 mm | 19,5 até 38 mm | 38 até 72 mm | 72 até 152 mm |
Agregado 1 | Agregado 2 | Agregado 3 | Agregado 4 | ||
178 | 7 | - | - | - | 0 |
152 | 6 | - | - | - | 0 - 10 |
102 | 4 | - | - | 0 | 55 - 80 |
76 | 3 | - | - | 0 - 10 | 80 - 100 |
50 | 2 | - | 0 | 40 - 75 | 90 - 100 |
38 | 1 1/2 | - | 0 - 10 | 85 - 100 | 0 |
25 | 1 | 0 | 55 - 80 | 92 - 100 | - |
19 | 3/4 | 0 - 10 | 90 - 100 | 95 - 100 | - |
9,5 | 3/8 | 45 - 80 | 95 - 100 | - | - |
4,8 | Xx 0 | 00 - 000 | - | - | - |
Xx limites indicados são para cada tamanho de agregado, separadamente.
1.3.3. Água
a. Condições Gerais
Tanto a água que se empregue na fabricação de concretos e argamassas, bem como a que se utilize para a lavagem dos agregados deverá cumprir as condições especificadas na NORMA NBR-6118.
Salvo justificativa especial, deverão ser rejeitadas as águas que não cumpram as condições seguintes:
a.1. pH compreendido entre 6 e 8;
a.2. Substâncias solúveis em quantidade inferior a trinta e cinco gramas por litro (35 g/l);
a.3. Teor de sulfatos expresso em SO3 inferior a três décimos de grama por litro (0,3 g/l);
a.4. Inexistência de hidratos de carbono;
a.5. Óleos de qualquer origem em quantidade inferior a quinze gramas por litro (15 g/l).
b. Ensaios
Todos os ensaios se executarão de acordo com os Métodos de Ensaio da ABNT. As características da água a empregar em argamassa e concretos se comprovarão antes de sua utilização, mediante a execução da série completa ou reduzida de ensaios que julgar conveniente a fiscalização.
1.3.4. Aditivos
a. Condições Gerais
Autoriza-se o uso de qualquer produto sempre que se justifique, mediante os oportunos ensaios, verificando-se que, depois de utilizado o aditivo, o concreto continue cumprindo todas as condições destas Especificações.
Todos os aditivos devem ser previamente aprovados pela fiscalização, tendo em conta que, uma vez aprovado um determinado produto, não se poderá substituir por outro sem ser submetido a nova aprovação. Antes do uso inicial de qualquer aditivo se informará à fiscalização, por escrito e com 15 dias de antecedência, indicando o nome e origem de cada aditivo.
b. Incorporadores de ar
Utilizar-se-ão incorporadores de ar aprovado pela Fiscalização em todo concreto que se use para enchimento e estruturas. Os produtos aerantes serão aceitos com certificados do fabricante que demonstre que o produto reúna todas as condições exigidas, porém a permissão para a sua utilização, dada pela fiscalização, não liberará a Empreiteira da responsabilidade de que o concreto cumpra todas as condições destas especificações.
A quantidade de ar incorporado em volume será 5 a 6% do volume de concreto.
Os produtos aerantes deverão cumprir as seguintes condições:
b.1. A percentagem de exsudação de água da amostra do concreto com aerante não excederá 65% do que corresponde a uma amostra do mesmo concreto sem aerante.
b.2. A resistência à compressão da amostra do concreto com aerante não será inferior a 80% da que apresenta uma amostra do mesmo concreto sem aerante.
b.3. Deverão obedecer às especificações C-260/74 da ASTM.
c. Plastificantes
Será utilizado plastificante, previamente aprovado, em qualquer concreto. Este plastificante deverá ser adicionado à água no momento do amassamento e deverá obedecer à especificação C-494/71 da ASTM.
A Empreiteira deverá enviar à fiscalização resultados de ensaios que mostrem o comportamento do plastificante e seu efeito na resistência do concreto a várias idades.
d. Impermeabilizantes
Os impermeabilizantes quando se tornem necessários o seu emprego, deverão ser líquidos, de densidade aproximada 0,80 g/cm³ a ser colocado na água de amassamento dos concretos e argamassas.
Deverão satisfazer às seguintes condições essenciais:
d.1. que possam ser lançados com distribuidor mecânico;
d.2. que sejam capazes de formar uma película contínua, sem fendas ou furos, aderida à superfície do concreto;
d.3. que esta película seja flexível e permaneça intacta pelo menos sete dias depois de sua aplicação;
d.4. que não reaja prejudicialmente com o concreto, e
e. Acelerador de Pega
Caso se torne necessário, se utilizará acelerador de pega para argamassas e concretos em dosagem controlada e definida pela fiscalização de maneira que não alterem as características finais dos concretos e argamassas.
1.4.1. Aço Comum
O aço comum a empregar em armaduras deverá cumprir as condições impostas pelas NBR-6118 e NBR-7178, bem como pela EB-3/1967.
Xxxxxxx, para a recepção na obra, a apresentação de um certificado de Laboratório Oficial que confirme o cumprimento das condições anteriores.
1.4.2. Aço Especial
O aço especial para armaduras cumprirá as mesmas condições especificadas no tópico anterior, exceto o que se indica a seguir:
a. Os aços especiais estriados a frio cumprirão a condição de alongamento de ruptura, medindo-se dito alongamento após submetido o aço a um processo de envelhecimento acelerado a duzentos e cinqüenta graus centígrados durante duas horas.
b. O limite elástico característico do aço especial será, como mínimo, igual a quatro mil e seiscentos quilogramas por centímetro quadrado (4.600 kg/cm²).
1.4.3. Perfis de Aço Normalizados (fabricação CSN)
Os perfis de aço serão justificados nas escavações profundas e/ou largas onde se fizer necessário escoramento fechado metálico devendo ser utilizado como longarinas e estroncas os perfis metálicos I 8" de 1ª alma, ou I 10" 1ª alma.
1.4.4. Estacas Pranchas para Escoramento
Para escoramento fechado serão utilizadas estacas pranchas de aço tipo U na dimensão requerida.
1.4.5. Aço Laminado
Os aços laminados, peças perfiladas e chapas finas e grossas deverão ser de grão fino e homogêneo.
Sua superfície será lisa e só, sem apresentar fendas ou sinais que possam comprometer sua resistência ou prejudicar seu aspecto. Estarão bem calibrados, qualquer que seja seu perfil, e as extremidades faceadas e sem rebarbas.
As chapas poderão ser trabalhadas a lima e buril, e perfuradas em curva, embutidas e aquecidas, segundo as práticas seguidas ordinariamente nas oficinas, sem fundir-se ou apresentar fendas.
Os ensaios de tração deverão submeter as peças a cargas mínimas de ruptura de 40 kg/mm².
As chapas deverão encurvar-se, dobrando-se sobre si mesmas, de modo que as arestas fiquem a uma distância igual a quatro (4) vezes a espessura; a prova se fará antes da têmpera, não devendo apresentar fendas nem sinal algum de ruptura na superfície exterior do dobramento.
O alongamento mínimo no momento da ruptura deverá ser 22%.
1.4.6. Aço Moldado
Os aços moldados deverão ser de uma textura completamente homogênea, sem escórias na massa ou outros defeitos.
A resistência à ruptura por tração será, pelo menos, 39 kg/mm², e o alongamento mínimo 10%. Para o aço de rolos e eixos, estas cifras serão, respectivamente 60 kg/mm² e 8%.
1.4.7. Fundição
As fundições serão de segunda fusão, apresentando um grão fino e homogêneo. Deverão ser tenazes e duras, podendo, contudo, ser trabalhadas com lima e buril. Não terão bolsas de ar, ou vazios, manchas, fios ou outros defeitos que prejudiquem sua resistência ou continuidade e bom aspecto da superfície.
Os furos não serão feitos na fundição, e sim nas oficinas, fazendo-se uso das correspondentes máquinas e ferramentas (torno, fresa, furadeira, etc).
A resistência mínima à tração será 15 kg/mm².
As barras de ensaio serão retiradas da metade da coagem correspondente, ou virão fundidas com as peças moldadas.
1.4.8. Aço para Parafusos, Rebites e Pinos
A resistência à ruptura deverá ser, pelo menos, 40 kg/mm², e o alongamento mínimo 22%.
O aço será perfeitamente maleável. Um pedaço com comprimento igual a duas
(2) vezes o diâmetro, aquecido à temperatura de emprego dos rebites, deverá poder se reduzir a um terço deste comprimento, a marteladas, sem que apresente fendas na superfície.
1.5. MADEIRA PARA ESTRUTURAS, FORMAS E ESCORAMENTOS
1.5.1. Generalidades
A madeira a empregar deverá proceder de troncos sãos, que tenham sido secos ao ar, protegidos do sol e da chuva.
A madeira para estruturas deverá ser sólida, tenaz, elástica e sonora, de fibra reta e dura, não sendo admissível que apresente rachaduras, fendilhamentos ou irregularidades em suas fibras, nós, ou qualquer outro defeito que possa alterar sua solidez. No momento de seu emprego deverá estar completamente seca.
Em qualquer caso, os nós apresentados pela madeira deverão ter uma espessura inferior à sétima (1/7) parte da menor dimensão.
As formas deverão ser de madeira laminada prensada, revestida com película plástica, e de espessura mínima de 14 m, sem deformações, estragos, irregularidades ou pontos frágeis que possam influir na espessura da peça a ser concretada.
As escoras, costelas, pontaletes e estroncas, deverão ser de madeira de lei previamente selecionada, e dimensionadas, sendo no mínimo peças 3" x 3", de maneira a não comprometer a estrutura de concreto, durante a concretagem.
1.5.2. Peças de Madeira para Escoramento de Valas
As peças a serem utilizadas nos escoramentos de valas, serão de madeira de lei.
As longarinas serão de peças 3" x 6" para escoramento leves e peças de 3" x 9" para escoramentos profundos.
As estroncas serão peças 3" x 6" para valas profundas e peças de 3" x 4 1/2" para valas rasas.
a. Escoramento aberto ou descontínuo
Para escoramento aberto serão utilizadas estacas pranchas de madeira ou pranchetas de 8" x 2", sendo estes mesmos materiais utilizados no pontaleteamento.
b. Escoramento fechado
Para escoramento fechado empregar-se-ão estacas pranchas de madeira de lei, com encaixe de macho e fêmea.
1.6.1. Tijolos Maciços e Furados (Blocos)
Serão de argila, textura homogênea, bem cozidos, sonoros, duros, isentos de fragmentos calcários ou outro material estranho. Terão dimensões uniformes e compatíveis com as medidas do projeto, arestas vivas, faces ásperas, resistentes à compreensão (40 kg/cm²), porosidade máxima admissível 20%, atendendo as Especificações NBR-5032 e NBR-7171 da ABNT.
1.6.2. Cal Hidratada
Deverá ser convenientemente depositada na obra em embalagem de fábrica.
Para a impermeabilização das juntas entre elementos estruturais, empregar-se-ão juntas pré-fabricadas à base de material elástico, de forma adequada à sua utilização, que se definirão nos desenhos do projeto ou segundo ordens de fiscalização.
A composição do material poderá ser à base de Cloreto de Polivinila ou qualquer outro material aprovado pela fiscalização.
Estes materiais procederão de marcas de suficiente garantia serão inalteráveis à ação da água e dos agentes atmosféricos, e deverão cumprir as características seguintes:
• Resistência à tração: 140 kg/cm²;
• Alongamento de ruptura: 220%;
• Cisalhamento: 110 kg/cm²;
• Dureza: 80 Shore.
1.8. TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS PARA INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Os tubos e conexões para água serão de PVC, tipo soldável, de acordo com as normas pertinentes da ABNT. As conexões (luvas e reduções mistas, curvas e tês) que vão receber torneiras, válvulas e registros deverão ter bucha de latão.
Os tubos e conexões para esgoto sanitário serão de PVC do tipo específico para esgoto, classe mínima equivalente a PN-10. Os tubos serão de ponta e bolsa e as juntas de borracha nitrílica ou Poliuretano.
Serão na cor branca, sem empenos ou bolhas.
Serão de 4 mm, lisos, transparentes e isentos de bolhas, ou outros defeitos que possam comprometer a durabilidade ou aparência.
Serão de marcas reconhecidas e aprovadas pela Fiscalização.
No caso de tintas preparadas, as instruções do fabricante devem ser seguidas rigorosamente.
Serão de telhas de fibrocimento, tipo telha ondulada, ou telhas cerâmicas colonial.
1.13. ESQUADRIAS
Todos os materiais utilizados na fabricação das esquadrias deverão ser novos e sem defeitos. As peças deverão ser perfeitamente planas e esquadrejadas e terão todos os ângulos soldados e esmerilhados, de modo a desaparecerem todas as rebarbas, saliências e ressaltos. Todos os furos de rebites, ou parafusos serão escariados e as asperezas serão limadas. O acabamento será na cor natural.
As ferragens para portas e esquadrias deverão ser de marcas reconhecidas e aprovadas pela Fiscalização.
As ferragens para louça sanitária deverão ser cromadas.
Conforme Especificações apresentadas no Projeto Elétrico de cada unidade.
2. ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS
2. ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS
2.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Estas especificações fixam as qualidades mínimas, aplicáveis exigíveis pela Fiscalização, dos serviços necessários para a completa execução dos serviços da obra.
A execução da obra deverá obedecer integral e rigorosamente aos projetos, memoriais, detalhes fornecidos, normas técnicas, instruções de serviços, especificações e métodos aprovados pela Fiscalização.
Quando não citada a norma a ser seguida e inexistirem normas brasileiras, fica a critério da Fiscalização a indicação da mesma.
Este capítulo fixa e estabelece as condições e critérios técnicos que devem ser cumpridos pela Empreiteira no tocante à:
a. execução de serviços por seus próprios meios; e
b. execução de trabalhos especializados por terceiros, mediante prévia aprovação, supervisão e responsabilidade direta da Empreiteira.
Para todos os efeitos, subentende-se que a Empreiteira está suficientemente familiarizada com os métodos e normas de execução aplicáveis. Assim sendo, as citações e recomendações aqui contidas apenas orientam e complementam as informações existentes no projeto.
2.2. INSTALAÇÕES E SERVIÇOS PRELIMINARES
As instalações e serviços preliminares compreendem todas as atividades necessárias para que as obras sejam iniciadas, oferecendo plenas condições para sua condução dentro da programação prevista.
Tais instalações e serviços, não limitativamente estão relacionados a seguir:
2.2.1. Limpeza do Terreno
A limpeza do terreno corresponde ao seu conveniente preparo permitindo a implantação das diferentes unidades, a adequada estocagem de materiais e equipamentos que possam ficar expostos ao tempo, e o livre trânsito em toda a área do canteiro de obras, como também aos caminhos necessários ao acesso às obras e transporte de materiais constará de capitação, destocamento e derrubada de árvores
que possam prejudicar os trabalhos de construção, removendo-se e queimando-se todos os entulhos.
Os materiais combustíveis obtidos serão amontoados em áreas apropriadas e, em seguida, queimados.
2.2.2. Instalação do Canteiro de Obras
O canteiro de obras será implantado em terreno colocado à disposição da Empreiteira. Tal canteiro será projetado pela Empreiteira e constará das áreas e unidades específicas, conforme abaixo enumeradas:
a. área a ser ocupada pelas obras a serem implantadas;
b. área para depósito de materiais de construção que possam ficar ao tempo;
c. área para estacionamento de veículos;
d. área para estacionamento de máquinas e equipamentos pesados e oficina;
e. área para circulação de veículos e equipamentos;
f. área para preparo da ferragem;
g. área para carpintaria;
h. área para preparo de concreto;
i. alojamento para o pessoal das obras;
j. escritório das obras;
k. almoxarifado descoberto para materiais e equipamentos diversos;
l. depósito e almoxarifado cobertos para abrigar materiais, equipamentos e ferramentas de propriedade da Empreiteira;
m. instalações para a Contratante e Fiscalização com área coberta mínima de 20 m², e
n. cantina e refeitórios.
Cabe a Fiscalização aprovar o projeto do canteiro, bem como sua instalação.
2.2.3. Rede de Energia Elétrica
A Empreiteira deverá projetar, fornecer os materiais e instalar a rede temporária de luz e força de alta e baixa tensão, para o abastecimento do canteiro e respectivos serviços da obra.
A falta ou insuficiência de energia elétrica é de inteira responsabilidade da Empreiteira, pois esta deverá estar adequada e suficientemente aparelhada para o seu fornecimento.
Cabe a Fiscalização, aprovar o projeto, bem como fiscalizar sua instalação.
2.2.4. Rede de Água Potável e Rede de Esgotos
A Empreiteira deverá projetar, fornecer os materiais e instalar a rede temporária de água e de esgotos.
A falta ou insuficiência de água é de inteira responsabilidade da Empreiteira. Cabe à Fiscalização, aprovar os projetos, bem como fiscalizar suas instalações.
2.2.5. Equipamentos
Fica ao encargo da Empreiteira:
a. fornecerem número suficiente de equipamentos para execução dos trabalhos, em consonância com os prazos previstos no cronograma físico de execução;
b. manter equipamentos de reserva suficientes para substituir os equipamentos em reparo ou deficientes;
c. submeter a relação do equipamento principal para análise da Fiscalização, no início da obra, sendo necessária a permanência na obra do equipamento mínimo apresentado pela Empreiteira, e
d. o transporte dos equipamentos à obra, bem como sua remoção para eventuais consertos, ou remoção definitiva da obra.
2.2.6. Segurança
A Empreiteira será responsável pela ordem e segurança no(s) canteiro(s) de obras.
A Empreiteira providenciará, construirá e manterá todas as barricadas necessárias e sinalização suficiente, tomando todas as providências cabíveis para a proteção da obra e a segurança do pessoal.
As barricadas e obstruções deverão ser iluminadas durante toda a noite, a não ser por ordem expressa da Fiscalização.
2.2.7. Serviços Topográficos
Generalidades
Os serviços topográficos de locação das unidades a serem construídas, nivelamento e medições de todas as partes da obra, serão executadas pela Empreiteira e os custos oriundos destas atividades serão diluídos nos diversos itens da planilha.
Devem ser observados os seguintes itens:
a. a Empreiteira locará a obra rigorosamente de acordo com as cotas do projeto e plantas de locação correspondentes, sendo responsável por qualquer erro de alinhamento ou nível, correndo por sua conta a demolição e reconstrução dos serviços, que forem considerados imperfeitos pela Fiscalização;
b. a locação será efetuada por aparelho topográfico de precisão;
c. a locação será baseada em marcos e também com implantação de RN's, e
d. a locação das obras de concreto armado deve obedecer às cotas indicadas nos projetos.
Implantação de RN's
A Empreiteira receberá da Contratante, através da Fiscalização, todos os desenhos em planta e perfil das adutoras e redes de distribuição, e todos os demais elementos que permitam a locação da obra, inclusive o RN que serviu de base para o projeto.
No caso das redes de distribuição serão apenas necessários os desenhos em planta e detalhes dos nós.
Com base nestes elementos o Empreiteiro providenciará a implantação de um novo RN com pino usinado, e situado em posição tal que seja resguardado de possíveis danos. Para maior garantia tal marco deverá ser protegido por pequena cerca ou caixa de concreto.
O novo RN será nivelado e contranivelado com nível de precisão não sendo permitido erro no fechamento superior a 0,1 mm.
Locação da Obra
A Empreiteira deverá manter continuamente na obra pelo menos um topógrafo devidamente habilitado e um auxiliar de topógrafo ou nivelador. Esta equipe ficará encarregada das seguintes tarefas, entre outras:
a. locar as obras civis, de concreto armado e montagens;
b. locar o eixo longitudinal das adutoras, locar as caixas de ventosas, inspeções e descargas, os blocos de ancoragens e demais elementos necessários, a critério da Fiscalização;
c. marcar a posição do escoramento antes do início de sua execução;
d. indicar ao lado do escoramento, através de tabuletas fixadas sobre o terreno, o número bem legível de cada estaca;
e. marcar no fundo da vala a largura e espessuras das camadas de brita e areia, quando necessária, fornecer as cotas que permitam a execução das obras civis e de concreto armado, e
f. proceder levantamento planialtimétrico da poligonal projetada, devendo ser amarrados RN de 1000 em 1000 m ou fração.
2.2.8. Placas de Orientação e Sinalização
A Empreiteira deverá fornecer e instalar em locais a serem indicados pela Fiscalização, as seguintes placas:
a. quatro placas com dimensões de 2,0 x 1,0 m, com dizeres sobre a obra, e
b. placas orientadoras a serem definidas pela Fiscalização.
A sinalização especial de proteção e isolamento será constituída de placas padronizadas, e será empregada nos trechos indicados pela Fiscalização que especificará se a mesma deverá ser com iluminação ou não.
Será de inteira responsabilidade da Empreiteira todos os contatos necessários à interdição das vias de tráfego junto ao órgão competente, inclusive o atendimento das suas determinações.
Somente será permitida a abertura de valas, após a adequada sinalização local, conforme modelos de placas a serem definidos pela Fiscalização.
A Empreiteira será responsável pelo funcionamento ininterrupto da sinalização inclusive nos períodos de interrupção dos trabalhos, devendo ainda substituir imediatamente os elementos danificados ou com manutenção precária durante a sua utilização. A Empreiteira deverá manter permanentemente vigias, observando, o perfeito atendimento das condições de funcionamento.
Sempre que necessário, pela localização da frente de serviço, deverá ser colocada a diferentes distâncias das frentes de trabalho, placas de advertências aos veículos.
À noite deverão ser instaladas e mantidas acesas, lâmpadas e lanternas vermelhas em cada ângulo ou extremidade da cerca protetora e em cada cavalete. Os custos e providências para energização dos circuitos elétricos serão de responsabilidade da Empreiteira.
2.2.9. Construção de Passadiços e Passarelas
Onde necessário, a critério da Fiscalização, serão construídos passadiços e/ou passarelas para garantir o trânsito normal de veículos à obra e pedestres.
2.2.10. Manutenção dos Escritórios
Durante o decorrer da obra, ficará por conta da Empreiteira o fornecimento dos móveis e a conservação dos mesmos. A limpeza das instalações, móveis e utensílios nas dependências da Fiscalização e a reposição do material de consumo necessário será de responsabilidade da Empreiteira.
2.2.11. Cerca Provisória
Em volta de todo(s) o(s) canteiro(s) de obra será implantada uma cerca provisória que terá altura útil de 1,60 m e será construída de 4 (quatro) fios de arame farpado (P-EB- 235-ABNT-Classe 250), esticados em mourões de madeira, espaçados a cada 2,0 m.
2.2.12. Portão Provisório
Em cada acesso ao(s) canteiro(s) da obra, será construído em tábuas de pinho, um portão provisório, com dimensões compatíveis e de modo a permitir a passagem de veículos de grande porte. Será pintado a óleo, na cor a ser definida pela Fiscalização.
2.2.13. Retirada das Instalações Provisórias
Após o término das obras e antes do pagamento final contratual, a Empreiteira removerá todos os prédios temporários, com exceção dos que a Fiscalização determinar.
2.3. TAPUMES LATERAIS ÀS VALAS
Ao longo de todas as valas e cavas, deverá a Empreiteira colocar tapumes contornando as escavações de modo a sinalizar e evitar a queda de pessoas ou veículos nas valas ou cavas abertas.
Os tapumes serão constituídos de módulos padronizados conforme modelo a ser definido pela Fiscalização.
O espaçamento entre os módulos será indicado pela Fiscalização. Caberá à Empreiteira a manutenção e conservação dos tapumes, providenciando a substituição e reparos nos mesmos, sempre que solicitada pela Fiscalização.
2.4. ESCAVAÇÃO DE VALAS E CAVAS
A escavação para implantação da obra compreende a remoção de qualquer material abaixo da superfície natural do terreno, até as cotas especificadas no projeto ou definidas pela Fiscalização, quando for julgada necessária. Compreende também o transporte do material escavado e bota-fora.
Antes de iniciar a escavação, a Empreiteira fará a pesquisa de interferências locais, para que não sejam danificados quaisquer tubos, caixas, cabos, postes, etc., que estejam na zona atingida pela escavação ou área próxima à mesma.
Caso haja qualquer dano nas interferências supracitadas, desde que caracterizada a responsabilidade da Empreiteira, todas as despesas decorrentes dos reparos correrão por conta da mesma, sem ônus para a Contratante.
A escavação será executada de modo a proporcionar o máximo de rendimento e economia. Qualquer excesso de escavação no fundo da vala e cavas deverá ser preenchido com areia, pó de pedra ou outro material de boa qualidade a ser indicado pela Fiscalização e sem ônus para a Contratante.
A extensão máxima da abertura da vala não deverá exceder a indicada pela Fiscalização para cada trecho da tubulação considerando as condições do local de trabalho, o trânsito local, e a necessidade de garantir a progressão contínua da construção.
As cavas para as estruturas de concreto enterradas deverão ter as dimensões do projeto, com acréscimo indispensável à colocação do escoramento.
Em princípio toda a escavação deverá ser executada por processo mecânico, exceto nos seguintes casos onde a escavação deverá ser manual:
a. proximidade das interferências cadastradas;
b. regularização do fundo da vala, e
c. outros locais a critério da Fiscalização.
Se a escavação interferir com galerias, tubulações e outras instalações existentes, a Empreiteira executará o escoramento e sustentação das mesmas.
As dimensões das escavações, para efeito de medição, são as seguintes:
a. Para fundações:
a.1. Com profundidade menor que 1,50 m.
A largura será indicada no projeto, com uma folga, máxima, de 0,50 m para cada lado.
a.2. Com profundidades maiores que 1,50 m.
A partir de 1,50 m será acrescido 0,20 m de largura para cada metro ou fração, além dos 0,50 m de folga anterior.
b. Para estruturas enterradas que necessitam de escoramentos laterais nas formas para sua execução (paredes de reservatórios, filtros, cintos de amarração, etc.), será dada uma folga na largura da escavação de 0,50 m para cada lado da face da estrutura.
c. Para assentamento de tubulações:
c.1. Em ruas transitáveis:
- largura | = D + 60 cm (D é o diâmetro externo das tubulações) |
- profundidade | = D + 85 cm (D é o diâmetro externo das tubulações) |
A partir de 2,00 m será acrescido 0,10 m de largura para cada metro ou fração.
c.2. Em passeios ou locais intransitáveis:
As larguras e as profundidades serão as mesmas do item anterior.
Para as caixas, poços de visita e blocos de ancoragens a dimensão das cavas em cada direção será a dimensão externa dos mesmos mais 0,60 m para cada lado.
Quando os materiais escavados forem, a critério da Fiscalização, apropriados para a sua utilização no reaterro, deverão ser colocados ao lado da vala, para posterior aproveitamento. Este material não deve ficar a uma distância inferior a 00 xx xx xxxxx xx xxxx.
No caso dos materiais aproveitáveis serem de natureza diversa, serão distribuídos em montes separados.
Os terrenos escavados serão classificados para efeito de medição e pagamento nos seguintes grupos:
1ª Categoria:
Qualquer que seja a sua coesão, como terra em geral, argila ou piçarra, areia, rochas em adiantado estado de decomposição, seixos com diâmetro máximo de 15 cm, cascalho solto ou matéria terrosa de fácil escavação, que possa ser retirado com enxada, pá e a parte mais larga da picareta, e não exige a escarificação mecânica pesada.
2ª Categoria sem explosivo:
Rocha em decomposição, blocos de rocha de volume inferior a 1,0 m³, matacões, pedras de diâmetro médio superior a 15 cm e moledos de grande consistência, cuja extração processa-se com uso intensivo de escarificação pesada.
2ª Categoria com explosivo:
Material que requer o uso de equipamentos tais como compressores ou uso de explosivo para a sua remoção, porém apresenta resistência à penetração inferior à do
3ª Categoria:
Compreende as rochas com resistência à penetração igual ou superior à do granito ou calcário duro. Necessitam de uso de explosivos para sua remoção de escavação, será pago por metro cúbico de material escavado medido no corte, pela seção teórica do projeto.
A guarda e manuseio dos explosivos deverão obedecer aos regulamentos do Exército Brasileiro. Nas escavações a fogo as seguintes precauções devem ser adotadas:
a. usar redes de segurança;
b. usar sinais de alerta antes das detonações;
c. não deixar as minas carregadas, mesmo com antecedência de poucas horas da detonação;
d. programar as detonações para serem executadas em horas que não perturbem o repouso dos moradores.
2.5. ESCAVAÇÃO PARA OBRA DE ARTE CORRENTE
O Construtor comunicará à Fiscalização, com a devida antecedência, a época do início das escavações, a fim de que seja feito o nivelamento da superfície do terreno natural. Não se permitirá qualquer movimentação de terra nas áreas vizinhas à escavação, sem prévia autorização da Fiscalização.
A escavação será feita de acordo com as dimensões indicadas no projeto. As cotas definitivas serão fixadas pela Fiscalização, mediante ordem escrita, introduzindo as modificações que eventualmente se façam necessárias para assegurar a execução adequada das fundações.
Troncos, raízes e qualquer outro material indesejável, encontrados na escavação, serão dispostos em bota-fora aprovado pela Fiscalização.
O material proveniente das escavações, caso não seja aproveitado em reaterros, deverá ser espalhado em áreas preparadas para tal fim, de modo que não venham a sofrer deslocamentos que prejudiquem os serviços executados.
2.6. TRANSPORTE DE SOLO ESCAVADO
Os materiais provenientes das escavações e não aproveitáveis para o reaterro ou, quando aproveitáveis, não puderem ser colocados ao lado da vala por falta de espaço, serão transportados pela Empreiteira e levados a bota-fora por ela providenciado e aprovados pela Fiscalização, onde serão dispostos em camadas com alturas convenientes.
A área a ser coberta pelo bota-fora sofrerá limpeza preliminar, como remoção de vegetação e de matacões, devendo estes serem dispostos em local a ser indicado pela Fiscalização. Os matacões, eventualmente encontrados durante a escavação, serão dispostos juntamente com os anteriores.
Para o acesso à área de bota-fora, a Empreiteira deverá executar os serviços e obras complementares julgados necessários.
2.7. TRANSPORTE DE SOLO IMPORTADO
Sempre que o material proveniente das escavações não seja adequado e/ou suficiente para o reaterro das valas e cavas, a Empreiteira deverá providenciar jazidas dos materiais apropriados e se responsabilizar pelo seu transporte, carga e descarga ao lado da vala.
Os solos deverão estar isentos de pedras e detritos que possam danificar as estruturas. As jazidas deverão ser sempre submetidas à aprovação da Fiscalização.
Os escoramentos têm funções de contenção das paredes laterais e aumento de estanqueidade da vala. Serão empregados os tipos de escoramento descritos a seguir:
2.8.1. Fechado ou Contínuo
a. para valas em locais sem a presença de lençol de água será usado o escoramento fechado tipo "cançoeira" constituído de estacas de madeira com seção mínima de 5 x 15 cm, contraventadas por longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25 cm, e
b. para valas em locais com a presença de lençol freático será usado escoramento fechado dos tipos:
b.1. escoramento fechado constituído de estacas de madeira com seção mínima de 5 x 15 cm, com encaixe tipo macho fêmea, contraventadas com longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25 cm.
b.2. escoramento fechado em estacas metálicas constituída de estacas metálicas com encaixe estanque nos bordos, contraventadas com longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25 cm.
2.8.2. Descontínuo
a. pontaleteamento utilizado a critério da Fiscalização, quando as condições de solo permitirem, e
b. aberto: será empregado nas escavações em solos coesivos a profundidades inferiores ao nível do lençol freático. Serão empregadas estacas de madeira com seção mínima de 5 x 15 cm de madeira e cobrir 50% da parede da vala, com contraventamento em longarinas e estroncas de madeira com seção mínima de 7,5 x 25 cm.
O escoramento em escavações abaixo do lençol freático, em solos arenosos ou que apresentem reais dificuldades quanto à fixação e estanqueidade, deverá ter "fichas", as quais deverão ser aprovadas pela Fiscalização.
Na construção, a variação das "fichas" será função das condições locais e principalmente, da presença do lençol freático, e nunca será inferior a 50 (cinqüenta) cm.
O escoramento deverá ser dimensionado de acordo com a natureza e profundidade do terreno a ser escavado, devendo a Empreiteira considerar as dimensões das peças necessárias para se atingir as profundidades do projeto, uma vez que aqui foram fixadas apenas as dimensões mínimas, sendo que as especificações do mesmo e o local de sua utilização, serão de competência exclusiva da Fiscalização.
Em determinados casos, a critério da Fiscalização, poderá ser dispensado o escoramento mediante o taludamento das paredes laterais da vala, com ou sem sub- vala, sendo o ângulo do talude fornecido pela Fiscalização de acordo com as condições do solo. Neste caso será medido e pago a escavação, em excesso, executada e nunca o escoramento que poderia ser executado.
Todo escoramento metálico deverá ser cravado anteriormente a qualquer operação de escavação. As estacas deverão ser mantidas em perfeito estado, devendo-se prever recursos para desempenamento e reparo das mesmas, bem como uma renovação periódica do estoque. A Fiscalização deverá rejeitar estacas que possam comprometer a estabilidade ou estanqueidade do escoramento.
Durante a operação de descida dos materiais na vala, deverá ser feito um remanejamento de estroncas, com adição de estroncas provisórias de tal forma que em nenhum momento sejam diminuídas as condições de segurança.
A retirada do escoramento se realizará simultaneamente com o reaterro. As estacas pranchas serão elevadas progressivamente à medida que for sendo realizado o reaterro, tendo-se a unidade de montagem sempre, em qualquer situação, uma "ficha" mínima de 1,00 m.
2.9. DRENAGEM, ESGOTAMENTO E REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO
As valas deverão ficar isentas de água, qualquer que seja sua origem (chuva, vazamentos de outras canalizações ou lençol freático), desde a escavação até o reaterro.
2.9.1. Drenagem
A proteção das valas contra a inundação das águas superficiais se fará mediante a construção das muretas longitudinais ou valas adicionais nas bordas das escavações, que proporcionarão o desvio das águas e locais adequados de descarga.
As valas inundadas pela enxurrada deverão ser esgotadas e em seguida processada a limpeza das galerias construídas.
2.9.2. Bombeamento
Quando a escavação atingir o lençol de água, fato que poderá criar obstáculos à perfeita execução da obra, dever-se-á ter o cuidado de manter o fundo da vala permanentemente drenado, impedindo-se que a água se acumule no interior da mesma.
O bombeamento deve prolongar-se até que seja reaterrada a vala.
Serão feitos no fundo da vala, valetas laterais junto ao escoramento, fora da área abrangida pela tubulação, para que a água seja coletada pelas bombas em pontos adequados. Os crivos das bombas deverão ser colocados em pequenos poços dentro das referidas valetas. Para evitar erosão, recobrir-se-ão os crivos com brita. A critério da Fiscalização, poderão ser substituídas as valetas por drenos de tubos perfurados.
A água retirada deverá ser encaminhada para a galeria de águas pluviais ou vala mais próxima, por meio de calhas ou condutos, a fim de evitar o alagamento das superfícies vizinhas ao local de trabalho.
Nos trechos em que as condições especiais da vala exigirem, deverão ser executados drenos em brita. As espessuras e granulometria dos drenos, serão determinadas pela Fiscalização devendo ser proporcionais às dimensões da vala e à extensão da frente de serviço, variando entre os extremos de 10 cm em solos arenosos e de 10 a 30 cm em
solos argilosos. Poderão ainda ser utilizados outros tipos de drenagem, conforme as condições locais indiquem.
2.9.3. Rebaixamento de Lençol Freático
Quando aconselhável, o esgotamento será feito por rebaixamento do lençol de água, que deverá ser executado por bombeamento contínuo e será constituído por um sistema de bombas centrífugas ou vácuo, coletor geral e ponteiras filtrantes colocadas, quando necessário, no interior dos poços. O espaçamento entre as ponteiras, bem como o seu comprimento, a cota do coletor, o número de bombas, a distância entre elas, o número de estágios, etc., poderão ser alteradas pela Fiscalização, durante a execução do rebaixamento, a fim de que este sempre apresente um rendimento apto a permitir a consecução do objetivo colimado.
O material filtrante dos poços e a abertura das malhas das ponteiras deverão satisfazer às condições de granulometria do terreno, devendo evitar o arrastamento de partículas finas de solo e impedir assim, eventuais recalques dos terrenos vizinhos.
Deverão ser previstos na obra geradores de reserva para garantir a continuidade do esgotamento no caso de falhas no fornecimento de energia elétrica.
A Fiscalização poderá exigir da Empreiteira a execução do rebaixamento através de perfuração de poços profundos, desde que o sistema de ponteiras não se mostre satisfatório.
Neste caso a locação dos poços, seu número, espaçamento, comprimento do filtro e a potência das bombas, dependentes da natureza do solo, deverão ser especificados pela Empreiteira.
2.10. EMBASAMENTO DAS TUBULAÇÕES
Os tipos de embasamento comumente encontrados são os descritos a seguir:
a. fundo da vala plano, isto é: o solo de origem inalterado. Neste caso, o solo será isento de matéria orgânica, pedras, cascalhos e outros detritos, faz-se uma regularização de fundo de vala e após o assentamento da tubulação inicia-se o processo de reaterro compactado da vala;
b. o fundo de vala com presença de pedras soltas, ponta de rocha e outros materiais que venham a danificar a tubulação a ser assentada. Neste caso será utilizado um colchão de areia, de no máximo 20 cm e no mínimo 10 cm, que poderá ser elevado até o meio da tubulação, após avaliação da Fiscalização. Quando necessário, a critério da Fiscalização, que poderá ser utilizada uma envoltória de areia.
c. fundo de vala com presença de água. Neste caso será utilizado um dreno de brita de no mínimo 10 cm, no fundo da vala e acima deste será lançado um colchão de areia onde deverá ser assentada a tubulação.
d. fundo de vala com presença de material mole (lama, lodo, etc.). Neste caso, a critério da Fiscalização, poderá ser utilizado um berço de concreto armado, que formará 120 graus (no sentido de cima para baixo) com a face externa superior do mesmo. Esse tipo de embasamento somente será utilizado para tubos rígidos.
e. tubulação em áreas de tráfego pesado e baixo recobrimento de solo. Neste caso, após exame da Fiscalização, será utilizado um berço de concreto armado invertido ou uma envoltória de concreto armado. Esse tipo de embasamento somente será utilizado para tubos rígidos.
Em casos de tubos de PVC, deverá ser colocada no topo do reaterro uma placa de concreto armado, visando absorver as pressões que porventura seriam absorvidas pelos tubos.
2.10.1. Armazenamento
Os tubos não poderão ser armazenados ao tempo. Peças, conexões e anéis ficarão no interior do almoxarifado e deverão ser estocados em grupos, de acordo com o seguinte critério:
a – tipo de peça e material de fabricação; b – diâmetro;
c – classe.
2.11. ASSENTAMENTO DAS TUBULAÇÕES
Os elementos de uma canalização formam uma corrente, e cada um dos elos tem sua importância. Um único elemento mal assentado, uma única junta defeituosa, pode-se constituir num ponto fraco que irá prejudicar a performance da canalização inteira.
Dessa forma recomenda-se:
a. verificar previamente se nenhum corpo estranho permaneceu dentro dos tubos;
b. depositar os tubos no fundo da vala sem deixá-los cair;
c. utilizar um equipamento de potência e dimensões adequadas para levantar e movimentar os tubos;
d. executar com ordem e método todas as operações de assentamento, cuidando para não danificar os revestimentos interno e externo e mantendo as peças limpas (especialmente pontas e bolsas);
e. verificar freqüentemente o alinhamento dos tubos no decorrer do assentamento. Utilizar um nível com freqüência;
f. calçar os tubos para alinhá-los, caso seja necessário, utilizando terra solta ou areia, nunca utilizar pedras;
g. as juntas devem ser montadas entre tubos previamente bem alinhados. Se for necessário traçar uma curva com os próprios tubos, dar a curvatura após a montagem de cada junta, tomando cuidado para não ultrapassar as deflexões angulares indicadas por cada Fabricante, e
h. cada vez que for interrompido o serviço de assentamento, tampar as extremidades do trecho interrompido com caps, tampões ou flanges cegos, a fim de evitar a entrada de corpos estranhos.
É importante ressaltar que para a montagem correta das juntas, devem ser seguidas as recomendações especiais de cada Fabricante.
A Fiscalização poderá impugnar qualquer trabalho em execução ou orientação que não obedeça rigorosamente às condições contratuais.
A Empreiteira deverá obedecer a todas indicações do Fabricante no que diz respeito ao transporte, montagens e manuseio dos tubos e equipamentos acessórios.
A montagem das tubulações só terá o aceite da Fiscalização após testes, cabendo ao Fabricante ou à Empreiteira, onde for o caso, repor equipamentos, tubos e acessórios, ou refazer montagens e assentamentos, ou qualquer outro detalhe, que ao longo dos testes se mostrarem duvidosos e que possam vir a comprometer a boa funcionalidade e a segurança da obra.
O assentamento da tubulação deverá seguir paralelamente à abertura da vala e deverá ser executado no sentido de jusante para montante, com a bolsa voltada para montante.
Em todas as fases de transporte dos tubos, inclusive manuseio e empilhamento, devem ser tomadas medidas especiais para evitar choques e atritos que afetem a integridade do material ou seu revestimento.
O veículo utilizado no transporte deve ser adaptado ao tipo de material a transportar. Quando se trata de tubos transportados por caminhão, a sua carroceria deverá ter as dimensões necessárias para que não sobrem partes dos tubos fora do veículo.
A carga e descarga dos materiais devem ser feitas manualmente ou com dispositivos compatíveis com os mesmos. As operações devem ser feitas sem golpes ou choques.
Ao proceder-se a amarração da carga no veículo, deve-se tomar precauções para que as amarras não danifiquem as tubulações. A fixação deve ser firme, de modo a impedir qualquer movimento da carga em trânsito.
Só será permitida a descarga manual para os materiais que possam ser suportados por duas pessoas. Para os materiais mais pesados, deverão ser usados dispositivos adequados como pranchões, talhas, guindastes, etc.
Jamais será permitido deixar a formação de estoques provisórios. Os materiais deverão ser encaminhados aos lugares preestabelecidos para a estocagem definitiva.
A movimentação dos materiais deve ser feita com cuidados apropriados para que não sejam danificados. Não será permitido que sejam arrastados pelo chão, devendo para tanto ser empregados talhas, carretas, guinchos, etc.
Para movimentação de materiais, não devem ser empregados ganchos, cabos de aço e correntes com patolas desprotegidas.
Os ganchos devem ser envolvidos com borracha ou lona.
Os tubos deverão ser descarregados ao longo da vala, preferencialmente do lado oposto ao da terra retirada da escavação.
Antes da execução de qualquer tipo de junta das tubulações, deverá ser verificado se as extremidades dos tubos estão perfeitamente limpas.
Tratando-se de tubulação de ponta e bolsa, a ponta deverá ficar perfeitamente centrada em relação à bolsa.
As pontas dos tubos e os anéis de borracha deverão ser limpos e lubrificados com material próprio, antes do encaixe. Deve-se ainda limpar as cavidades para alojamento dos anéis e limpar as pontas com arestas vivas para evitar danos aos anéis. A ponta do tubo deverá ficar a cerca de 1cm do fundo da bolsa, a fim de permitir pequenas deformações.
Quando da execução da junta elástica é necessário ser verificado se a mesma não foi mordida, isto é, se o anel de borracha ficou exatamente na sua posição de encaixe.
As tubulações devem ser localizadas a uma distância mínima de 1 m da canalização de esgotos existentes no local, quando houver.
As valas devem ser escavadas de modo a resultar uma seção retangular. Caso o solo não possua coesão suficiente para permitir a estabilidade das paredes, admite-se taludes inclinados a partir do dorso do tubo.
A largura da vala deverá ser tão reduzida quanto possível, respeitando-se o limite mínimo de D + 50 cm, onde D = Diâmetro externo do tubo a assentar, em cm.
As valas para receberam as tubulações serão escavadas segundo a linha do eixo, obedecendo ao projeto.
A escavação será feita pelo processo mecânico ou manual, julgado mais eficiente.
O material escavado será colocado de um lado da vala, de tal modo que, entre a borda da escavação e o pé do monte de terra fique, pelo menos, um espaço de 30 cm.
No caso em que o fundo da vala apresente solo rochoso, entre este e os tubos deverá ser interposto uma camada terrosa, isenta de corpos estranhos e que tenha uma espessura não inferior a 10 cm.
No caso do fundo da vala se apresentar em rocha decomposta, deverá ser interposta uma camada terrosa isenta de perda ou corpos estranhos e que tenham uma espessura não inferior a 15 cm.
Antes de ser desinfetada, a tubulação deverá ser lavada internamente. Na operação de lavagem deverão ser utilizadas sempre que possível, velocidades superiores a 0,75 m/s.
A desinfecção deverá ser feita por cloro gasoso ou através de solução de hipoclorito de sódio, de modo a proporcionar um residual mínimo de 10 mg/l na extremidade mais afastada do trecho desinfetado, após um tempo de contato de 24 h.
Na falta de injetores portáteis apropriados, o cloro poderá ser injetado direto e simultaneamente com água de enchimento da linha.
Antes da utilização da linha de distribuição de água potável, será feito o esgotamento total com elevado teor de cloro.
Para rede coletora de esgoto sanitário, o processo de assentamento empregado poderá ser o de cruzeta ou o de gabarito.
O greide de cruzetas consiste na instalação de duas réguas e de uma cruzeta de madeira. A cruzeta é, resumidamente, uma régua T perfeitamente esquadrada e livre de empenos. Sua colocação se faz deslocando-se sobre a geratriz externa do tubo de tal maneira que o observador, olhando tangencialmente pelas duas réguas, também tangencie cabeça da cruzeta. Caso o processo de assentamento seja o gabarito, as réguas deverão ser colocadas no máximo até 10,00 m uma da outra e a linha usada será obrigatoriamente de nylon, sem emendas. Um gabarito de madeira nivelado pela linha de nylon esticada entre duas réguas, sobre a linha do eixo do coletor, irá fornecendo o greide desejado. O gabarito é, resumidamente, uma régua em L perfeitamente esquadrada e livre de empenos.
Sua utilização se faz na geratriz interna inferior do tubo, devendo a marcação que fixa a sua altura, coincidir com o fio de nylon.
Os testes de campo de aceitação deverão seguir as recomendações do fabricante e da fiscalização.
2.12. REATERRO COMPACTADO DE VALAS E CAVAS
O reaterro das valas e cavas será processado até o restabelecimento dos níveis anteriores das superfícies originais ou de forma designada pela Fiscalização, e deverá ser executado de modo a oferecer condições de segurança às estruturas e bom acabamento da superfície.
Só poderá iniciar o reaterro, junto às estruturas, após decorrer o prazo necessário ao desenvolvimento da resistência do concreto estrutural. Dever-se-á tomar cuidado para evitar pressões desiguais em torno das estruturas ou danos às mesmas, pelo uso de material ou equipamentos impróprios.
O reaterro das valas e cavas somente poderá ser iniciado após a liberação pela Fiscalização e será processado em duas etapas.
Na primeira etapa, as camadas terão espessura máxima de 20 cm, sendo colocadas simultaneamente dos dois lados da estrutura e compactadas mecanicamente com compactadores tipo sapo. Serão colocadas a partir do embasamento com material escolhido até 60 cm acima da geratriz superior da tubulação. O aterro complementar superpõe-se ao primeiro até a cota final do reaterro. As camadas terão espessura máxima de 20 cm e serão compactadas manualmente.
O número mínimo de passadas do equipamento de compactação utilizado será o necessário para atingir uma densidade relativa não inferior a 95% da densidade máxima obtida no ensaio Proctor Normal, com um desvio de umidade em relação à ótima de compactação de + 2%.
O reaterro na 1ª etapa deverá ser executado com solos isentos de pedras, madeira, detritos ou outros materiais que possam afetar a tubulação, provenientes da própria escavação ou de jazidas de empréstimos, a critério da Fiscalização.
Nos casos de se ter um material arenoso para o reaterro, poderá ser utilizado o processo de irrigação das camadas respostas para a altura situada abaixo do nível do lençol de água. Para as camadas acima do lençol de água deverá ser previsto um sistema de drenagem para retirada de água após o adensamento final por saturação.
O material adequado retirado de um trecho poderá ser usado para o reaterro do trecho seguinte. Quando for inconveniente ao reaterro, a Fiscalização determinará a substituição do mesmo por material de boa qualidade.
Embora haja controle de reaterro por parte da Fiscalização, a boa execução do serviço é de completa responsabilidade da Empreiteira.
A retirada dos escoramentos das valas deverá obedecer às seguintes prescrições:
a. plano de retirada das peças deverá ser objeto de programa previamente aprovado pela Fiscalização;
b. remoção das pranchas de madeira deverá ser executada à medida que for sendo completada a envoltória da tubulação e avance o reaterro e compactação, pela retirada progressiva das cunhas;
c. uma vez atingido o nível inferior da última camada de estroncas, serão afrouxadas e removidas as peças de contraventamento (estroncas e longarinas), bem como os elementos auxiliares, de fixação, tais como cunhas, consoles e travamentos, da mesma forma, e sucessivamente, serão retiradas as demais camadas de contraventamento;
d. as estacas e elementos verticais do escoramento serão removidos com a utilização de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e retirados com auxílio de guindastes, logo que o aterro atinja um nível suficiente, segundo estabelecido no plano de retirada, e
e. os furos deixados no terreno, pela retirada de montantes, pontaletes ou estacas, deverão ser preenchidos com areia e compactados, por vibração, ou por percolação de água.
O teste de pressão constitui o exame final da canalização: entre outras coisas, ele permite a certificação da montagem correta de todas as juntas e, por conseguinte, da estanqueidade de toda a tubulação.
Devem ser seguidas as instruções contidas na norma ABNT NBR 9650 - "Adutoras e redes de água - Verificação da Estanqueidade no Assentamento".
Esta norma estipula que o ensaio deverá ser executado em trechos com uma extensão entre 500 e 1500 metros. Na prática, é conveniente proceder ao ensaio em trechos de
500 metros no máximo, pois quanto maior for o trecho submetido ao ensaio, mais difíceis serão as pesquisas sobre eventuais vazamentos.
Pode-se proceder por pequenos trechos no início da obra, podendo mais tarde passar para trechos mais extensos por conta e risco do Empreiteiro.
Todas as juntas deverão ficar a descoberto e todas as ancoragens deverão ter sido executadas.
Nos centros urbanos, proceder aos ensaios em trechos mais curtos a fim de não prejudicar o trânsito.
Os ensaios de pressão serão feitos juntamente com a instalação da tubulação, observando-se a sua metodologia e pressão.
Toda tubulação deverá ser submetida a teste hidrostático antes da etapa de reaterro das valas.
2.14. ANCORAGEM DAS TUBULAÇÕES
A locação e as dimensões das ancoragens serão as previstas em projeto.
Nas adutoras serão previstas ancoragens em curvas, registros de parada, redução e tês de derivação, sendo ancorados de acordo com a indicação das peças gráficas e quadro específico com as dimensões dos blocos.
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Nas redes de distribuição serão previstas ancoragens em curvas, cap’s e tês de derivação.
As caixas de registro serão executadas de acordo com os respectivos projetos padronizados pela COSANPA.
A execução das fundações deverá atender às condições básicas da NBR-6118. Antes da sua execução, o Empreiteiro deverá analisar os resultados das sondagens de reconhecimento do terreno e o projeto de fundações a serem implantados. Qualquer ocorrência que impossibilite sua execução de acordo com o projeto deverá ser imediatamente comunicada à Fiscalização.
O concreto das fundações deverá atender às condições fixadas no capítulo 2.18.
As fundações diretas das estruturas moldadas "in loco" deverão satisfazer as condições seguintes:
a. Fundação Direta em Solo
Após o término da escavação, o terreno de fundação deverá ser regularizado removendo-se todo o material solto. As superfícies da fundação deverão ser preparadas para uma camada de concreto de regularização com espessura mínima de 5 cm ou a indicada em projeto, de modo a evitar a contaminação do concreto estrutural a ser lançado. Se ocorrerem erros de escavação, acarretando espessura superior a 5 cm, o excesso de concreto correrá por conta do Empreiteiro. Não será admitido reaterro, quando ocorrer excesso da escavação.
Caso necessário, deverá ser garantida a estabilidade do solo das cavas e esgotadas as águas, de modo a possibilitar a perfeita execução da concretagem das fundações.
Na eventualidade de ser encontrado, em qualquer trecho e na profundidade de assentamento das fundações, terreno sumamente impróprio e que, a juízo da Fiscalização, possa dar lugar a futuras lesões estruturais ou em caso de dúvidas porventura surgidas, serão executadas, por firma especializada escolhida pela Fiscalização, sondagens suplementares e ensaios que permitam estudos, projetos e soluções técnica e econômica para o assentamento das fundações no trecho em questão.
Nesta hipótese, para que o prazo contratual seja respeitado, poderá a Fiscalização, de pleno direito, mantendo em suspenso as tarefas do local em análise, determinar o imediato prosseguimento da obra, em outros trechos.
Se não for possível ou conveniente, a juízo da Fiscalização, a colocação dos materiais escavados junto ou próximo das cavas, ou quando não forem apropriados para reaterro, deverão ser removidos pela Empreiteira, imediatamente após a escavação ou no prazo em que a Fiscalização determinar para local(is) indicado(s) pela mesma quando for reaproveitável ou em caso contrário para o local definido pelo Empreiteiro.
Em determinados casos quando a resistência do terreno na cota onde ficará colocada a fundação das estruturas for inferior à preconizada pelo Calculista, a escavação deverá continuar sempre a seco, até a profundidade apta a comportar um colchão de material compactado cuja especificação será definida pela Fiscalização.
Antes da colocação do concreto da estrutura, a superfície do concreto de regularização deverá se apresentar livre de todo o material solto ou pulverulento e sem água acumulada.
b. Fundação Direta em Rocha
Se a fundação for em rocha, esta deve ser expurgada da camada alterada ou de blocos que se apresentem soltos, procedendo-se, em seguida, a limpeza da rocha sã, com jato
de ar e água, de modo a remover todo o material solto ou pulverulento, após o que, deverá apresenta-se sem água acumulada. Imediatamente antes do lançamento do concreto estrutural, a superfície da rocha deverá ser recoberta com uma camada de 2 cm de espessura com argamassa de cimento e areia, com o mesmo traço de concreto a ser lançado, e excluindo-se a água de molhagem do agregado miúdo.
Caso a camada de rocha alterada seja espessa e apresentar taxa de trabalho compatível com a solicitada pela estrutura, poderá deixar de ser expurgada e será tratada como fundação em solo não rochoso.
2.16.1. Lastro de Concreto
O lastro de concreto terá espessura de 10 cm, permitindo-se uma variação para mais ou para menos de 1 cm, e sua superfície constituirá a forma do fundo das unidades.
As cotas que definirão essa superfície serão as constantes do projeto, admitindo-se um erro de mais ou menos 2,5 mm.
O concreto a ser usado deverá atender às especificações do item 2.18.
2.17. CADASTRAMENTO DAS UNIDADES
2.17.1. Cadastro Físico
a. Adutora
Compreende o levantamento planialtimétrico da linha, perfil, detalhes, tais como: localização das peças especiais e conexões de marcos e RN.
b. Unidades Existentes
Deverá ser feito o cadastramento físico das unidades existentes, fazendo as correspondentes amarrações com marcos e RN’s existentes, visando minimizar a ocorrência de interferências quando da implantação das novas unidades e da posterior interligação entre elas.
c. As Built
Após a conclusão das obras de ampliação do sistema, deverá ser feito novo cadastramento físico, o chamado “as built”, para que se garanta um registro efetivo de como foi construída a ampliação do sistema.
O tipo de concreto a ser empregado define-se de acordo com as exigências relativas à mínima dosagem de cimento e a mínima resistência característica alcançada aos 28 (vinte e oito) dias em corpo de prova cilíndrico.
Para todas as estruturas em contato com a água ou ao tempo o concreto deverá ter a seguinte especificação:
• Mínima dosagem de cimento: 350 Kg/m³;
• Mínima resistência característica: 200 Kgf/cm² (20 MPa);
• Diâmetro máximo do agregado:
lajes de cobertura e tampas | D <= 19 mm |
vigas e pilares | D <= 19 mm |
paredes e lajes de fundo | D <= 38 mm |
A relação água/cimento não pode exceder 0,50, visando garantir um concreto mais impermeável e mais resistente à corrosão das armaduras.
2.18.1. Atividades Necessárias
A execução das estruturas de concreto armado deve ser desenvolvida compreendendo as seguintes atividades necessárias:
a. providências preliminares;
b. formas e escoramentos;
c. colocação das armaduras;
d. colocação de peças embutidas;
e. mistura do concreto;
f. transporte do concreto;
g. lançamento do concreto;
h. adensamento do concreto;
i. execução de juntas;
j. cura do concreto;
k. desforma do concreto;
l. reparos no concreto, e
m. controle de qualidade.
2.18.2. Providências Preliminares
Antes do início da execução das estruturas, devem ser tomadas as providências a seguir indicadas, que objetivam a produção e execução de concretos com a qualidade exigida pelas normas técnicas.
Processo de Produção do Concreto
O processo de produção do concreto deverá ser definido pela Fiscalização em função das características peculiares da obra, tais como: localização, dimensões do canteiro, volume total de concreto e facilidades locais de mão de obra, materiais, equipamentos e suprimentos.
Serão considerados, nesta Especificação, dois processos gerais de produção do concreto, mencionados a seguir:
a. concreto produzido no canteiro da obra em betoneiras fixas ou centrais, e
b. concreto produzido fora do canteiro da obra (concreto pré-misturado) em instalações da Empreiteira ou fornecido por usinas comerciais.
Projeto do Canteiro
No projeto do canteiro devem ser indicados os locais do equipamento de mistura do concreto, dos silos e depósitos de materiais, das bancadas de dobramento dos aços e da carpintaria.
Os silos e depósitos de materiais devem estar próximos do equipamento da mistura, cuja localização deve ser de modo a tornar mínima a distância de transporte do concreto aos diversos locais de lançamento.
Escolha dos Equipamentos
Os equipamentos destinados à mistura, transporte, lançamento e adensamento do concreto, devem permitir a obtenção de concreto de qualidade uniforme e devem ser escolhidos em função das características exigidas para o concreto a ser produzido, e em número e capacidade de produção que permitam o perfeito atendimento dos cronogramas de execução preestabelecidos.
Os equipamentos ou processos especiais para a cura do concreto, podem ser adotados desde que apresentem garantia de eficiência comprovada em serviços anteriores e sejam operados por pessoal de reconhecida experiência.
2.18.3. Execução das Formas e Escoramentos
Material
O material das formas poderá ser pinho de padrão igual ou superior ao de 2ª categoria, painéis de madeira tratada (tipo Madeirit ou similar) ou chapas metálicas.
O tratamento empregado nas madeiras não deverá prejudicar a qualidade do concreto, nem manchar a sua superfície, caso ela venha a ficar permanentemente exposta (concreto aparente).
Quando for exigido para o concreto um acabamento superficial sem poros ou bolhas, o lado da forma que irá receber este concreto deverá ser revestido por uma forma absorvente sem qualquer espécie de tratamento (tipo Eucatex isolante). O concreto, cuja superfície irá receber algum revestimento, deve ser executado com formas que confirmam aderência entre o revestimento e o concreto.
Será vedado o uso de formas empenadas, torcidas, amassadas ou com fraturas.
A reutilização das formas de madeira será de no máximo 4 vezes, desde que ainda apresentem condições satisfatórias de uso.
As formas para concreto aparente deverão ser de primeiro uso, não sendo permitido a introdução de ferros através do concreto, para fixação das mesmas. Nos escoramentos, poderão ser utilizados escoras ou pontaletes de madeira ou então escoramentos metálicos específicos, desde que tenham eficiência comprovada em obras similares.
Montagem
As formas devem obedecer rigorosamente às dimensões indicadas no projeto e serem montadas de modo a possibilitar uma fácil desforma, para que não provoque danos no concreto.
As formas devem estar alinhadas e niveladas, exceto aquelas destinadas a vencer grandes vãos, para as quais será necessária uma sobre-elevação para compensar a deformação devida ao peso próprio.
Nos locais das emendas e aberturas para passagem de tubulações, deve ser assegurada uma perfeita vedação para evitar a fuga de nata. Essa vedação deve ser executada por processos que sejam compatíveis com a altura da peça concretada e com a energia dos equipamentos de adensamento.
As formas devem ser convenientemente amarradas, de modo a impedir qualquer deformação ou deslocamento por ocasião das operações de lançamento e adensamento do concreto.
Para manter a abertura correta das formas, deve-se usar, de preferência, esticadores de concreto, fabricados na mesma dosagem do concreto que será lançado na peça. Quando forem usados tirantes metálicos para a amarração dos painéis internos e externos das formas das paredes de estrutura para a qual se exija maior impermeabilidade, esses tirantes devem ser colocados de maneira a que suas extremidades fiquem embutidas no mínimo 5 cm a partir da superfície do concreto. Será vedado o uso de simples fios ou barras de aço nessas amarrações.
Deve ser providenciada aberturas na parte inferior das formas, destinadas à limpeza e escoamento da água acumulada, além de eventuais inspeções. Essas aberturas deverão ser fechadas antes do lançamento do concreto.
Imediatamente antes do lançamento do concreto, as formas de madeira não tratadas devem ser molhadas até a saturação.
Para evitar a aderência ao concreto e facilitar a sua retirada, as formas poderão ser levemente untadas com Desmol ou similar. Cuidados especiais devem ser tomados para evitar que o mesmo respingue nas armaduras ou peças embutidas.
Escoramentos
Os escoramentos devem ser projetados de modo a assegurar uma perfeita estabilidade às formas, evitando deformações indesejáveis provocadas pelo peso do concreto lançado.
As escoras devem se apoiar em locais que apresentem condições de suporte adequadas. No caso dessas condições não serem as ideais, devem ser previstos dispositivos de apoios que reduzem a carga transmitida pelas escoras ao solo, a níveis compatíveis com a capacidade de suporte desses solos.
As dimensões dos pontaletes, a sua distribuição ao longo das peças a serem escoradas e o modo como são montados, devem obedecer às prescrições da norma NBR-6118.
Para facilitar a retirada dos escoramentos, devem ser colocados dispositivos apropriados para permitir que essa operação se faça sem choques ao concreto.
2.18.4. Colocação das Armaduras
Material
As armaduras devem obedecer rigorosamente ao projeto, quanto à categoria do aço, diâmetro, disposição, comprimento, ângulos de dobramento e ganchos.
As emendas nas barras das armaduras devem ser feitas de acordo com as prescrições da norma NBR-6118. As emendas soldadas devem ser feitas por processo de eficiência garantida e rigorosamente controlada por ensaios de tração. As barras soldadas devem suportar uma tensão de no mínimo 1,25 vezes a tensão limite de escoamento da barra não soldada de igual característica.
Não será permitida a utilização de barras de aço que apresentem esfoliações, escamas ou fissuras, observadas principalmente nos locais de dobramento dos ganchos.
As barras em início de oxidação devem ser escovadas e limpas antes de sua montagem na forma. Se essa limpeza conduzir a uma excessiva redução na seção da barra ou então à eliminação de suas saliências superficiais, essas barras devem ser recusadas. Para proteger as barras da corrosão, pode-se pintá-las com água de cal ou nata de cimento.
Montagem
Antes de serem introduzidas nas formas, as barras deverão ser convenientemente limpas, principalmente das manchas de óleo, graxa ou outro material estranho. A retirada de argamassa ou concreto aderente às barras somente será necessária quando essa operação for facilitada pela baixa aderência do material incrustado.
A montagem das armaduras no interior das formas deve ser feita de modo a que a mesma se mantenha firme durante as operações de lançamento e adensamento do concreto, conservando inalteradas as distâncias entre si e das barras às faces internas das formas. Permitir-se-á, para isso, o uso de arame e de tarugos de aço ou de tacos de concreto ou argamassa, a critério da Fiscalização; nunca, porém, calços de aço cujo comprimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor que a especificada para a peça. O afastamento máximo entre duas amarrações das barras não deve exceder 35 cm.
Os dispositivos colocados para assegurar o cobrimento especificado devem ser feitos, de preferência, de concreto ou argamassa e serem presos às barras de modo firme, para que não se desloquem durante o adensamento. É vedado o uso de dispositivos feitos com metal.
Todas as barras da armadura, inclusive as de distribuição e de montagem, devem ter cobrimento de concreto conforme especificado no projeto estrutural, obedecendo aos limites mínimos da norma NBR-6118.
O dobramento das barras deve ser feito sempre "a frio", sendo vedada a aplicação de qualquer processo que implique no aquecimento de aços ou fios.
No cruzamento das armaduras com eletrodutos, as superfícies destes eletrodutos, nos pontos de contrato, devem ser isolados através de tubos plásticos ou outro dispositivo qualquer.
Devem ser previstas plataformas de serviço nos locais de passagem de pessoal e carrinhos, antes e durante as operações de concretagem, com o objetivo de evitar danos às armaduras ou deslocamentos de suas posições de projeto.
2.18.5. Colocação das Peças Embutidas
As peças destinadas a ficar permanentemente embutidas no concreto, tais como ancoragens, tubulações de reservatório, de elevatórias e de estações de tratamento ou juntas pré-moldadas de vedação, devem estar rigorosamente colocadas nas posições previstas no projeto. Essa exigência aplica-se igualmente às aberturas destinadas à passagem de tubulações.
As peças embutidas devem estar convenientemente fixadas às formas ou armaduras, de forma que não se desloquem de posição por ocasião das operações de concretagem.
Devem ser tomadas providências para garantir uma maior aderência entre a peça embutida e o concreto. Para tanto, as peças devem estar perfeitamente limpas, sem pintura, isentas de manchas de óleo, graxas ou poeiras.
As peças que atravessam as paredes de reservatórios ou outra estrutura para a qual se exija maior impermeabilidade devem ser pintadas com adesivo estrutural imediatamente antes de lançamento do concreto sobre elas.
As peças metálicas embutidas no concreto e destinadas à fixação e montagem de equipamentos devem ter a sua parte exposta protegida da corrosão após a concretagem, pela untagem com óleo ou graxa, sendo posteriormente cobertas com lona ou plástico, até a ocasião da montagem dos equipamentos. Esse serviço somente deverá ser feito após o término da cura do concreto.
2.18.6. Mistura do Concreto
Equipamento e Instalação
A mistura do concreto deve ser feita mecanicamente por meio de betoneiras de qualquer tipo, desde que produzam misturas homogêneas e tenham capacidade de produção compatível com o cronograma previsto para a obra.
A uniformidade do concreto produzido pela betoneira deverá ser determinada de acordo com o método brasileiro e atender os índices contidos naquele método.
A velocidade de rotação da betoneira expressa em rotações por minuto, deve atender ao disposto na norma NBR-6118.
Não será permitido o uso de betoneiras cuja capacidade de produção não permita a mistura de materiais relativos a 1 saco de cimento (50 kg). A medida dos materiais deve ser feita, de preferência, em peso, podendo, entretanto, os agregados serem medidos em volume, desde que sejam determinados para os mesmos os respectivos pesos unitários.
Os erros provenientes da medição dos agregados em volume devem ser considerados por ocasião da dosagem. O cimento não deverá, em nenhuma hipótese, ser medido por volume, como também será vedada a mistura de materiais relacionados a sacos fracionados de cimento.
As betoneiras não deverão ser carregadas além de sua capacidade nominal, salvo autorização específica da Fiscalização. Qualquer betoneira que, em qualquer tempo, produzir concreto insatisfatório, deverá ser paralisada até ser convenientemente reparada ou substituída.
As balanças utilizadas na passagem do cimento e agregados, não devem apresentar, na faixa correspondente à quantidade pesada, erros superiores a 2% e 3% respectivamente.
Antes do início dos serviços, os dispositivos de medição devem ser aferidos por órgão competente, que deverá emitir certificado de aferição. Essa providência não se aplica aos caixotes ou padiolas destinadas a medir os agregados, entretanto, deverão ter as suas medidas conferidas antes dos serviços.
Os volumes das padiolas devem estar de acordo com os pesos unitários dos agregados, e em relação às padiolas de areia, deve-se verificar se as mesmas referem- se à areia seca ou úmida.
As padiolas devem ser numeradas e ter anotadas na sua face externa, de forma bem visível e de maneira que não conduza a enganos, a indicação do agregado a que se referem, e no caso da areia, se ela se destina para a areia seca ou úmida.
Os aditivos devem ser colocados na betoneira, de preferência, através de dispositivos apropriados de medida, fornecido pelos Fabricantes. O reservatório de água de betoneiras deve possuir altura maior que as dimensões da sua seção, devendo sempre ser evitada a prática de medir a água por baldes ou outro recipiente não aferido.
A betoneira e as balanças devem ser mantidas permanentemente limpas, evitando-se incrustações na betoneira e acúmulo de pó nas balanças.
Operação de Mistura
Os agregados devem ser colocados na betoneira, de preferência, na condição de saturados com superfície seca. Nos concretos destinados a estruturas com maior impermeabilidade, essa condição será obrigatória. No caso dos agregados serem lançados secos na betoneira, deve-se proceder à correção na quantidade de água de mistura, tendo em vista a absorção dos agregados.
Em dias quentes, deve-se proteger os agregados da ação direta dos raios solares, principalmente quando esses agregados se destinarem à execução de concretos de peças de grandes dimensões nas quais o volume prepondera sobre a superfície.
As operações de carga dos materiais na betoneira devem ser convenientemente programadas de modo a evitar eventuais enganos, tais como trocas de materiais e erros nas suas quantidades.
A mistura manual do concreto não será, em nenhuma hipótese, permitida, sendo apenas tolerada em serviços sem responsabilidade e executados em locais de difícil acesso aos equipamentos mecânicos.
Na mistura mecânica, a ordem de colocação dos materiais na betoneira deverá, de preferência, ser a seguinte:
a. colocação de cimento, do agregado graúdo e metade da água de mistura;
b. mistura inicial até cobertura total do agregado pela pasta;
c. colocação do agregado miúdo e do restante da água, e
d. mistura final, com distribuição uniforme dos materiais.
O tempo mínimo da mistura será determinado em função da capacidade da betoneira, de acordo com as prescrições da especificação brasileira, não devendo ser inferior a 1,5 minutos.
Não serão permitidas descargas parciais da betoneira em tempo inferior ao acima indicado.
Quando se empregar concreto pré-misturado, este deverá atender ao que prescreve a EB-136 da ABNT, além do que dispõe a NBR-6118. Não será permitido o uso de concretos remisturados.
2.18.7. Transporte do Concreto
Os veículos de transporte do concreto devem ser dimensionados na quantidade suficiente para transportar, no prazo máximo de 30 minutos, todo o concreto produzido ou recebido na obra.
O tipo de veículo adotado, bem como as vias de movimentação desses veículos dentro da obra, devem possuir características e condições que não acarretem a segregação do concreto durante o transporte. Deve ser evitado o emprego de carrinhos com roda de ferro ou borracha maciça. As vias de transporte não devem possuir saliências, depressões abruptas e ondulações.
Nos dias de forte calor ou com condições ambientais que facilitem a evaporação da água, deve-se reduzir ao máximo o tempo de transporte e proteger o concreto, durante o seu transporte, colocando coberturas sobre os veículos. Não será, entretanto, permitida, a adição suplementar de água no local de lançamento do concreto, com o objetivo de compensar a água evaporada durante o transporte.
O transporte de concreto a longas distâncias deverá, obrigatoriamente, ser feito por caminhões betoneira, e o tempo decorrido desde a carga dos materiais nesse caminhão até a entrega do concreto na obra, não deverá nunca ser superior a 1 hora e 30 minutos.
O transporte de concreto por bombeamento (concreto bombeado), será permitido desde que esse concreto apresente a dosagem adequada para esse tipo de transporte e seja curado sob condições mais rigorosas. Deve ser evitado o uso de concreto bombeado nas estruturas para as quais se exige maior impermeabilidade em contato com meio agressivo.
O equipamento de bombeamento deve possuir dispositivos que evitem a desagregação do concreto na entrada e saída da tubulação de recalque. Em dias quentes, essa tubulação deve ser coberta por sacos ou panos, mantidos permanentemente molhados.
2.18.8. Lançamento do Concreto
Cuidados Preliminares
A Empreiteira deverá comunicar previamente à Fiscalização o início de qualquer operação de concretagem, que só poderá ser executada após a sua aprovação. A Empreiteira não poderá iniciar a concretagem sem que previamente, a Fiscalização tenha procedido à verificação da colocação das formas, armaduras, dispositivos embutidos, exame das superfícies das juntas de concretagem, inspeção da rocha de fundação e à vistoria das superfícies e resistência das formas.
A solicitação para liberação das concretagens deverá ser feita com a necessária antecedência.
O lançamento do concreto somente será autorizado após a aprovação do plano de concretagem apresentado pela Empreiteira, no qual deverão ser indicadas as diversas etapas previstas para o lançamento do concreto e, em função destas, fixados os locais das juntas de concretagem correspondentes à cada jornada de trabalho.
Essas juntas devem estar localizadas em pontos da estrutura, cujos esforços tangenciais de tração sejam mínimos e que apresentem facilidades de acesso, de modo a permitir posteriormente uma execução fácil do tratamento dessa junta.
Antes do lançamento do concreto, o interior das formas deve ser limpo e eliminada toda a água que porventura estiver empoçada.
A altura de lançamento de concreto não deve ser em hipótese alguma, superior a 2,0 metros. No caso do lançamento de alturas maiores, devem ser previstas aberturas nas formas para o lançamento e adensamento do concreto. Pode-se, entretanto, adotar dispositivos de lançamento, tais como trompas ou similares, que introduzidos na forma, permitam o lançamento de alturas maiores sem segregação. No caso de lançamento de concreto através de calhas, elas devem ser metálicas ou, de madeira chapeada de metal, apresentando inclinação mínima de 1 na vertical para 3 na horizontal. Nas calhas de comprimento maior que 6 metros, deve-se colocar proteções contra o sol e o vento.
Nas peças de alta densidade de armadura, deve-se evitar o lançamento do concreto diretamente de encontro a estas armaduras. Neste caso, devem ser providenciados dispositivos que permitam o lançamento do concreto por entre as barras das armaduras ou então pela parte lateral da forma, através da abertura executada para esse fim.
Operação de Lançamento
O concreto deve ser lançado próximo de sua posição definitiva, devendo-se evitar o transporte do concreto no interior da forma por meio dos vibradores ou por outro meio qualquer.
A aplicação de concreto deve ser feita em lances contínuos, com espessura em torno de 30 cm. Nas peças maciças tais como blocos, muros ou lajes de fundo, a altura total de um lance concretado de cada vez não pode ser superior a 1,5 m. Nos pontos de junção entre a laje de fundo e a parede, ela deve ser executada pelo menos até a altura de 30 cm, juntamente com a laje de fundo.
Para evitar a segregação proveniente do lançamento do concreto em queda livre, poderá ser lançada inicialmente uma camada de argamassa de traço idêntico à da argamassa do concreto a ser lançado. Essa argamassa terá a espessura apenas necessária para envolver as armaduras colocadas na parte inferior da viga e terá espessura no máximo de 1,0 cm para os pilares. Como alternativa para esse caso, poderá ser adotado o lançamento inicial de concreto com maior teor de argamassa e consistência mais plástica.
Em obras executadas a céu aberto, não será permitido o lançamento do concreto em dias chuvosos, a menos que seja providenciada cobertura adequada no local de lançamento do concreto.
No caso de interrupções de concretagem, deve-se proteger os últimos concretos lançados da ação do sol e do vento enquanto durar a paralisação. Caso a mesma se prolongue, a ponto de ter início a pega do cimento, deve-se interromper os trabalhos naquele ponto, tratar a junta formada e reiniciar a concretagem a partir daquele ponto, somente após 36 horas a contar do início da interrupção. No caso de ser dado um corte verde, os trabalhos poderão ser reiniciados após decorridas 12 horas.
Fundações
As fundações devem ser convenientemente preparadas para receber o concreto. Quando o concreto for lançado de encontro à rocha, a superfície deverá ser limpa, eliminando-se toda a lama, lodo, matéria orgânica ou óleo aderente, bem como os fragmentos soltos da rocha. Essa limpeza deve ser feita com o emprego de jatos de água ou ar comprimido.
Os eventuais "olhos d'água" existentes, devem ser obturados, utilizado-se materiais vedantes apropriados. Imediatamente antes do lançamento do concreto, a superfície de rocha deve ser saturada, tomando-se a precaução de eliminar todas as poças d'água surgidas em decorrência dessa saturação.
O lançamento do concreto em solo deve ser feito somente após a compactação desse solo. Antes do lançamento, a superfície do solo deve ser limpa e saturada, eliminando- se todas as poças d'água. Para evitar a desagregação do solo das faces laterais das cavas de fundação, por ocasião do lançamento e adensamento do concreto, devem ser pintadas essas faces com nata de cimento ou argamassa. Esta pintura deve ser feita no mínimo 24 horas antes do lançamento do concreto.
O lançamento do concreto na condição de submerso (concreto lançado abaixo do nível do lençol freático sem condições de rebaixamento) deve ser feito dentro das técnicas recomendadas para o caso. Para tanto, deverão ser tomadas providências quanto à dosagem, e estudado o processo adequado de lançamento, tendo em vista a obtenção de concreto homogêneo ou compacto. O concreto deve possuir maior teor de argamassa, baixo fator água-cimento e consistência adequada ao processo usado, que poderá ser por tremonha, baldes especiais ou outro processo de eficiência comprovada.
Não será permitido o lançamento do concreto submerso em locais onde haja movimentação de água de qualquer natureza.
2.18.9. Adensamento do Concreto
O adensamento do concreto poderá ser feito naturalmente através das hastes de socamento, ou então por meio de vibradores de imersão. O concreto deverá possuir trabalhabilidade adequada ao processo de adensamento e tipo de vibrador adotado. A energia dos vibradores deve ser suficiente para o rápido adensamento do concreto. Os vibradores devem ser introduzidos rapidamente e retirados lentamente da massa do concreto, na posição vertical, em funcionamento. Caso a cavidade formada no concreto, após a retirada do vibrador, não se feche naturalmente deve ser providenciada a alteração da dosagem do concreto ou da potência do vibrador.
O tempo de vibração em um ponto não deve ser superior a 30 segundos. A quantidade de vibradores deve ser compatível com o volume de concreto lançado e com o raio de ação desses vibradores.
O vibrador deverá ser aplicado no concreto em pontos distanciados entre si de 1,5 vezes o seu raio de ação. A camada de concreto a ser vibrada de cada vez, deve ter altura inferior ao comprimento da agulha do vibrador. A agulha do vibrador deve ser introduzida no concreto verticalmente e até cerca de, no máximo 40 cm a 15 cm do molde, devendo igualmente se evitar a vibração das formas pelo lado externo, bem como o contato direto dos vibradores com as armaduras.
2.18.10. Execução das Juntas
Juntas de Projeto
As juntas de dilatação e contração deverão estar rigorosamente localizadas nos pontos previstos no projeto. Essas juntas receberão material de características elásticas que promovem a sua vedação, sem prejuízos da sua capacidade de movimentação.
No caso de estruturas em contato com meio agressivo, esses materiais devem possuir alta durabilidade, sob a ação de elementos agressivos presentes nos fluidos, comprovada por ensaios significativos de curta duração ou por desempenho em obras análogas.
Nas juntas submetidas à elevada pressão d'água, deve ser aplicada a junta elástica de PVC, tipo "Fugenband" ou similar. A fixação desse material nas formas, antes da concretagem, de ser feita por meio de grampos especiais e nunca através de pregos ou outro material que possa ocasionar perfurações no material. No caso da concretagem encerrar-se no local da junta, deve-se providenciar rasgos nas formas, de modo que a junta elástica de PVC possa atravessá-la. Deve-se evitar a prática de dobrar a extremidade da junta elástica que ficar embutida no concreto subseqüente.
As borrachas de vedação, "Fugenband" ou similar, dispostas onde indicado, deverão ser fornecidas e colocadas pela Empreiteira de acordo com os desenhos de projeto e as presentes Especificações.
A Empreiteira deverá tomar todas as precauções para proteger as borrachas de vedação durante a execução dos trabalhos e deverá reparar ou repor qualquer delas que tenha sido danificada.
As borrachas de vedação deverão ser armazenadas em lugar fresco e protegido dos raios direto do sol, e de óleos ou graxas.
As borrachas de vedação deverão ser colocadas com aproximadamente a metade de sua largura embutida no concreto, em cada lado da junta. Cuidados especiais deverão ser tomados durante a colocação e vibração do concreto em torno da borracha, de modo a garantir a perfeita aderência do concreto, em todos os pontos ao longo da periferia da peça.
No caso da junta, após ser instalada, ficar exposta por um período de mais de um mês até o lançamento do concreto, que a recobrirá completamente, deverá ser protegida contra os raios do sol.
Emendas
As emendas das juntas de vedação deverão ser feitas por vulcanização em moldes metálicos ou utilizando-se luvas especiais para emenda com adesivos apropriados.
No caso de juntas de borracha a serem emendadas por vulcanização, as extremidades das peças a serem emendadas deverão ser biseladas em ângulo de 45o ou maior, de modo que essas extremidades possam ser pressionadas entre si quando o molde for fechado. As extremidades biseladas e as superfícies situadas na periferia da emenda a ser executada deverão ser lixadas cuidadosamente, de modo a produzir superfícies rugosas e limpas. Sobre as superfícies lixadas deverão ser aplicadas duas demãos de adesivo, que serão deixados secar completamente. Uma peça de goma de borracha, própria para emenda por vulcanização, será então cortada, com as mesmas dimensões de superfície biselada e aplicada numa das extremidades a serem emendadas, as quais deverão então ser colocadas exatamente na posição de emenda. A emenda preparada deverá então ser colocada no molde com a emenda no centro do mesmo, e o molde deverá ser apertado convenientemente para prevenir deslocamentos durante o processo de vulcanização. O molde será então aquecido a 145º C durante 25 minutos.
Caso as emendas sejam feitas por luvas de conexão, as extremidades das borrachas deverão ser lixadas cuidadosamente e limpas de todas as impurezas antes de inserção na luva. A superfície interna da luva e as externas das borrachas de vedação a serem colocadas em contato, deverão ser cuidadosamente recobertas por cimento próprio de ligação. Após as extremidades das borrachas de vedação terem sido inseridas na luva, a mesma deverá ser pressionada fortemente contra a borracha de vedação, em toda sua periferia, para obter a aderência em todos os pontos, assim sendo mantida até o endurecimento do cimento.
Cada emenda acabada por vulcanização ou por luva, deverá resistir a um teste de dobramento de 180º em torno de um pino de 6 cm de diâmetro, sem apresentar qualquer reparação na emenda.
Juntas de Construção Previstas
Antes do lançamento do concreto, a Empreiteira deve elaborar o seu plano de concretagem, que será submetido à aprovação da Fiscalização. As juntas de concretagem devem ser tratadas de modo a assegurar uma perfeita ligação dos concretos no local da junta. Para tanto, deve-se evitar que a concretagem termine em talude, colocando-se uma forma vertical com degraus e barras de aço para ligação. O diâmetro, comprimento e a quantidade destas barras deverão ser indicadas pelo projetista. A forma transversal da junta deve ser perfeitamente estanque, principalmente nos locais de passagem de ligação. Especial cuidado deve ser dado ao adensamento do concreto nas proximidades da junta. Nas peças delgadas, as barras poderão ser as próprias barras da armadura principal.
O prosseguimento da concretagem será feito após a desforma do molde transversal da junta e tratamento da superfície do concreto. O tratamento das juntas das estruturas, que ficarão em contato com elementos agressivos ou para as quais se exige impermeabilidade, deverá ser feito com o emprego de adesivos estruturais do tipo COLMAFIX ou similar, aplicados de acordo com as instruções dos Fabricantes. A superfície do concreto deve estar perfeitamente limpa, eliminando-se o excesso de nata, os grãos soltos de agregados e argamassa não suficientemente firmes. Antes da aplicação do adesivo, a superfície deve estar perfeitamente seca, sendo o adesivo colocado em película de espessura não superior a 1 mm. O lançamento do novo concreto deve ser feito em prazo inferior ao "pot life" do adesivo, tomando a precaução de lançar-se próximo à junta, um concreto mais seco, embora ainda trabalhável. O adensamento próximo à junta deve ser feito com cuidado especial.
Nas demais estruturas, o tratamento das juntas poderá ser feito sem a colocação do adesivo estrutural, mantendo-se os demais cuidados relativos à forma com degraus e barras de ligação.
A superfície da junta deve ser apicoada e limpa, removendo-se as saliências e todo o concreto solto ou defeituoso. Vinte e quatro horas antes do lançamento do concreto, a superfície da junta deve ser saturada, retirando-se entretanto, toda a água que estiver empoçada. Deve-se, antes do lançamento do novo concreto, aplicar-se sobre a junta, uma camada de cerca de 2 cm de argamassa do mesmo traço do concreto a ser lançado. O novo concreto deve ser lançado imediatamente após a aplicação de argamassa.
Juntas de Construção não Previstas
Quando houver a interrupção de concretagem antes de ser atingido o local previsto para a junta de construção, devem-se tomar as seguintes providências:
a. fazer com que a extremidade do concreto termine em rampa suave, aproximadamente de 4:1;
b. proteger a superfície rampada do concreto da ação do sol e do vento, enquanto durar a paralisação da concretagem, e
c. caso o reinício da concretagem se dê antes do início da pega, nenhuma providência precisará ser tomada, prosseguindo-se normalmente os serviços.
Caso o reinício da concretagem se dê após a pega, caracterizando, portanto, uma "junta fria" naquele ponto, a concretagem somente deverá prosseguir, dali em diante, após decorrido o prazo de 36 horas. Durante esse período, a junta deverá ser tratada, iniciando-se a partir de 12 horas após a interrupção da concretagem, a tarefa de remoção do concreto da extremidade rampada que se apresente em estado solto, poroso ou em desagregação. Essa remoção deve prosseguir até se encontrar um concreto compacto e firme. A superfície exposta desse concreto deve ser saturada 24
horas antes do reinício da concretagem, tomando-se a precaução de eliminar todas as poças d'água decorrentes dessa saturação. O concreto lançado sobre a junta deverá ter um maior teor de argamassa, podendo-se adotar como alternativa, a colocação de uma camada de argamassa sobre a junta, com espessura máxima de cm e com características idênticas à da argamassa do concreto a ser lançado.
Caso a "junta fria" se dê em estruturas para a qual se exija maior impermeabilidade ou que ficará em contato com elementos agressivos, o tratamento da junta poderá ser feito com adesivo estrutural, a critério da Fiscalização. Neste caso, após a remoção do concreto da extremidade rampada, deve-se proceder à colocação de adesivo estrutural adotando procedimento análogo ao indicado no item anterior.
2.18.11. Cura do Concreto
Logo após o término do adensamento do concreto, a sua superfície livre deve ser protegida da ação direta do sol, por meio da colocação de coberturas de plásticos ou lona ou então pela aplicação de produtos químicos em forma de "spray", que formam na superfície do concreto uma membrana protetora.
Após o endurecimento do concreto, a sua superfície deverá ser mantida permanentemente úmida através da utilização dos diversos processos existentes, tais como molhagem periódica ou contínua, colocação de sacos ou panos permanentemente molhados ou colocação de uma camada de areia ou serragem saturada na espessura de no mínimo 5 cm.
As formas que estiverem em contato com o concreto devem também ser mantidas permanentemente saturadas, no caso de serem de madeira. Caso a desforma se dê antes o término da cura, deve-se prossegui-la através de qualquer um dos processos acima citados.
A água utilizada na cura deve possuir a mesma qualidade exigida para a água de amassamento do concreto.
Processos especiais de cura tais como a cura à vapor ou a cura termoelástica, somente serão permitidos após estudos preliminares, desde que sejam executados por pessoal com experiência comprovada no processo em questão.
Caso haja interrupção no fornecimento de água por ocasião do início da cura do concreto, poderão ser utilizados produtos químicos que formem membrana protetora, desde que seja dada a essa membrana, uma espessura adequada, de modo que a mesma não se rompa durante o período de cura, pela ação das variações de temperatura e estado higrométrico do ar. Essa espessura deverá ser determinada em ensaios, adotando-se um método que reproduza as condições a que a membrana ficará submetida, quando exposta ao meio ambiente.
O período de cura do concreto não deverá ser inferior aos prazos seguintes:
a. para concretos executados com cimento de alta resistência inicial: 3 dias;
b. para concretos executados com cimento Portland comum: 7 dias;
c. para concretos de estruturas impermeáveis e que ficarão em contato com elementos agressivos, executados com cimento Portland comum: 14 dias;
d. para concretos executados com cimento Portland de alto forno ou pozolânico: 14 dias, e
e. para concretos de estruturas impermeáveis ou que ficarão em contato com elementos agressivos, executados com cimento Portland de alto forno ou pozolânico: 21 dias.
2.18.12. Desforma do Concreto
A desforma das estruturas deve ser feita nos prazos e da maneira indicada na norma NBR-6118, devendo a Empreiteira apresentar previamente para aprovação, um plano de desforma. Este plano deve ser elaborado de modo que não ocorram nas estruturas esforços imprevistos devido a um inadequado planejamento dessa desforma.
A desforma deve ser feita de maneira cuidadosa e sem choques para evitar danos ao concreto.
Após a desforma, nenhum tratamento deve ser dado à superfície do concreto antes da mesma ser inspecionada quanto a defeitos de concretagem porventura existentes, tais como "ninhos de abelha", falhas de concretagem e ausência de argamassa. Nessa inspeção deverá ser verificada a ocorrência de trincas ou fissuras provocadas por cura mal feita ou recalques de fundação. Esses defeitos deverão ser anotados para reparos posteriores.
2.18.13. Reparos no Concreto
O reparo dos defeitos observados na superfície do concreto, após o seu endurecimento, deve ser feito sempre que os mesmos possam prejudicar o comportamento futuro da estrutura, a estética ou reduzir a sua vida útil. A Empreiteira deverá repará-los, sem ter direito a qualquer pagamento adicional, a critério da Fiscalização. Os defeitos considerados nesta Especificação, bem como os respectivos reparos, são os seguintes:
Falha de Concretagem
O reparo consistirá na remoção do concreto deficiente até atingir-se o concreto são. A seguir, será tratada a superfície interna da cavidade assim formada, através da aplicação do adesivo estrutural. Será então colocado na cavidade um novo concreto ou argamassa (dependendo da extensão da cavidade) de consistência a mais seca
possível, desde que ainda possa ser trabalhável. Dependendo da extensão desse reparo e suas implicações estruturais, será necessário o uso, de aditivos expansores no concreto ou argamassa. O fator água-cimento do concreto ou argamassa do reparo deve ser o mesmo do concreto da estrutura que está sendo reparada.
Trincas ou Fissuras
O tratamento das trincas ou fissuras somente será necessário nas estruturas para as quais se exige maior impermeabilidade ou que ficarão em contato com elementos agressivos.
O tratamento da trinca ou fissura consistirá, inicialmente, em proceder-se a furos feitos com brocas ao longo da trinca, espaçados de 30 a 40 cm, e executados até a profundidade de 5 a 6 cm.
A seguir cobre-se toda a trinca com um material adesivo, tomando-se a precaução de se deixar tubos em cada orifício, destinado a facilitar a injeção com material selante.
Caso seja necessário o restabelecimento da monoliticidade da peça do local da trinca, o material selante deve ser necessariamente rígido.
Junta de Dilatação Mal Executada
As juntas de dilatação mal executadas, que apresentem aberturas deficientes ou material vedante em condições precárias, terão inicialmente a sua abertura alargada de 2,5 cm para cada lado da junta até uma profundidade de 5 a 6 cm. Será então colocado um material vedante flexível que deverá apresentar resistência ao ataque dos elementos agressivos presentes no fluido, que com ele ficará em contato.
2.18.14. Controle do Concreto
Cimento
O controle de qualidade do cimento será feito através de inspeções aos silos e depósitos. Os ensaios serão executados em amostras colhidas de acordo com o prescrito no método NBR 5741.
Nas inspeções deve ser recusado todo o cimento que apresentar sinais de início de hidratação, ou que tenha sido reensacado.
A amostra de cimento colhida de uma partida deve ser submetida aos ensaios indicados nestas Especificações.
Agregados
O controle dos agregados será feito através de inspeções aos silos. Os ensaios serão realizados em amostras, de acordo com o método NBR 6153, à cada 200 m³ de cada tipo ou procedência de agregado que chegue à obra.
Serão recusadas, por simples inspeção visual, as partidas que apresentem sinais visíveis de impurezas e detritos de qualquer origem, excesso de grãos lamelares, grãos frágeis ou pó. No caso da areia, serão recusadas as partidas que visivelmente apresentem granulometria mais fina que a especificada.
As amostras de agregados devem ser submetidas aos seguintes ensaios:
a. granulometria - MB-7217, e
b. b. impurezas orgânicas (somente para o agregado miúdo) - NBR 7220 e NBR 7221.
Aços
As partidas de aço devem ser inspecionadas no depósito do Fabricante ou na obra, sendo rejeitadas as barras ou fios que não apresentem homogeneidade quanto às características geométricas e apresentem defeitos prejudiciais, tais como bolhas, esfoliações e corrosão acentuada.
Para cada lote correspondente a uma mesma categoria, diâmetro e procedência, será extraída uma amostra que deverá ser submetida aos ensaios de tração e dobramento de acordo com os métodos NBR 6152 e NBR 6153. O peso de aço de cada lote, expresso em toneladas, será no mínimo de:
a. 0,5 0 para as categorias XX-00 x XX-00, e
b. 0,3 ϕ para as demais categorias.
(ϕ = diâmetro nominal das barras, expresso em milímetros).
No boletim de ensaio devem constar as seguintes determinações:
a. peso real e nominal;
b. tensão limite de resistência;
c. alongamento, e
d. dobramento.
As barras soldadas devem atender às mesmas exigências para as barras não soldadas, e a seção de ruptura não deverá ocorrer na seção de solda.
Aditivos
De cada partida de aditivo deve ser retirada uma amostra para ensaio de verificação de sua qualidade. Essa verificação consistirá na observação do comportamento dos concretos e argamassas nos quais se colocou o aditivo e aqueles correspondentes, de mesmas características, nos quais não se colocou o aditivo.
Dependendo do fim a que se destina o aditivo, esses ensaios comparativos serão os seguintes:
a. plasticidade de argamassa | NBR 7215 |
b. consistência do concreto | NBR 7223 |
c. tempo de início de pega | NBR 7215 |
d. resistência à compressão (argamassa) | NBR 7215 |
e. resistência à compressão (concreto) | NBR 5738 e NBR 5739 |
A utilização de mais de um aditivo no concreto deverá ser precedido de um estudo que demonstre não haver incompatibilidade química entre eles.
Água
Caso ocorram alterações visíveis nas características da água que está sendo usada na cura e no amassamento do concreto, e que foi preliminarmente ensaiada, deve ser providenciado o reensaio da água, submetendo a amostra colhida aos ensaios indicados nestas Especificações.
Concreto recém-misturado (executado no canteiro da obra)
O controle do concreto, desde a fase anterior à mistura até o término do adensamento, será feito através das seguintes verificações:
a. Verificação do Traço:
Deverão ser verificadas as medidas das padiolas e suas quantidades para cada agregado em uso. No caso de usina gravimétrica, deve ser verificado se o peso tomado para cada agregado corresponde ao fornecido pela dosagem.
Conhecida a quantidade de agregado lançado na betoneira, bem como as quantidades de cimento e água, o traço deverá ser reconstituído e comparado com aquele fornecido pela dosagem.
b. Verificação da Uniformidade da Mistura:
Periodicamente deverá ser verificado se o tempo da mistura está compatível com a velocidade e diâmetro da betoneira. Deve igualmente ser verificado, se a mistura está sendo prejudicada em sua uniformidade em decorrência das incrustações internas na betoneira, provocadas por limpeza deficiente.
c. Coleta de Amostras:
A cada 80 m³ de concreto produzido, deve ser extraída uma amostra de acordo com o método NBR 5750. Essa amostra se destinará aos seguintes ensaios:
c1. determinação da consistência | NBR 7223 |
c2. moldagem de 1 série de no mínimo 4 corpos de prova cilíndricos normais (15 x 30 cm), para serem ensaiados 2 a 2 por compressão nas idades de 7 a 28 dias. | NBR 5738 |
Devem ser anotadas no boletim de moldagem, as seguintes informações:
a. marca de cimento;
b. data e hora da amostragem;
c. aditivos usados e respectivos teores, e
d. local da aplicação do concreto.
Concreto Pré-misturado
No caso da obra receber concreto produzido por usinas comerciais, o Fornecedor deve indicar na nota de entrega do concreto, as seguintes informações:
a. tensão mínima à compressão garantida;
b. consistência garantida (expressa pelo abatimento do tronco do cone);
c. traço do concreto (consumo de materiais por m³ de concreto);
d. marca do cimento;
e. volume de concreto entregue, e
f. hora de carregamento do caminhão betoneira.
A amostragem do concreto será feita à cada 30 m³ de concreto ou por jornada de trabalho.
A amostra será submetida aos mesmos ensaios indicados no item de coleta de amostras listados anteriormente nesta Especificação, anotando-se no boletim de moldagem as seguintes informações:
a. hora de descarga do caminhão betoneira;
b. data e hora da amostragem;
c. local da aplicação do concreto, e
d. as informações contidas na data de entrega de concreto.
Demais ocorrências observadas por ocasião de descarga do concreto tais como uniformidade da mistura, adição suplementar da água, etc.
Concreto Endurecido
a. Ensaio de resistência à compressão:
Os corpos de prova devem ser enviados para um laboratório, onde serão submetidos ao ensaio de resistência à compressão axial, de acordo com o método NBR 5739.
Cada corpo de prova deve estar perfeitamente identificado em relação à amostragem à qual pertence. A cura dos corpos de prova, bem como seu capeamento, devem estar de acordo com o método NBR 5738.
b. Análise Estatística
O valor médio dos resultados dos ensaios dos corpos de prova de 1 série, e que foram ensaiados na mesma idade, será considerado como sendo 1 valor de amostragem.
A cada 23 amostragens de cada traço, deverá ser elaborado um estudo estatístico dos resultados, determinando-se:
b.1. tensão média da resistência à compressão;
b.2. tensão mínima real de resistência à compressão (adotando-se a expressão contida na NBR-6118);
b.3. desvio padrão;
b.4. coeficiente de variação da resistência, e
b.5. coeficiente de variação do ensaio.
Após a obtenção dos 10 primeiros resultados de amostragens para um determinado traço, deve-se determinar a média móvel dos 10 últimos resultados.
c. Avaliação da qualidade do concreto
A avaliação da qualidade do concreto será feita pela observação dos resultados obtidos no controle e pela sua comparação com aqueles indicados no projeto.
A tensão mínima real determinada em 32 amostragens deve ser maior ou igual à tensão mínima especificada pelo projetista.
A qualidade do concreto poderá ser avaliada em prazos menores, através da observação do valor da média móvel dos últimos 10 resultados. Será considerado como suspeito o concreto que apresentar 3 resultados consecutivos da média móvel inferior à tensão mínima especificada no projeto.
Será considerado como deficiente o controle que apresentar coeficiente de variação, dentro do ensaio, superior a 5%.
Quando os resultados do controle indicarem um concreto de qualidade duvidosa, deve- se proceder no local ou locais de aplicação deste concreto, a realização de ensaios não destrutivos (esclerometria ou prova de carga) ou então à extração de corpos de prova por meio de broca de diamante. Os resultados desses ensaios devem ser confrontados com aqueles obtidos no controle e com os índices fixados na especificação para avaliação de qualidade do concreto.
d. Laboratório de ensaio
O controle do concreto poderá ser feito no laboratório montado na obra ou através da assistência de laboratórios privados ou oficiais.
O laboratório de ensaio, qualquer que seja ele, deverá possuir o equipamento mínimo necessário à realização de todos os ensaios previstos nesta especificação, além de um quadro de pessoal capacitado para a sua execução. Especial atenção deverá ser dada à precisão dos equipamentos, principalmente os de ensaio, que deverão ser aferidos periodicamente.
No caso do controle do concreto ser executado por laboratório privado, este laboratório deverá manter na obra técnicos especializados com a missão de acompanhar todas as fases relacionadas com o controle e execução do concreto e que estão descritas nesta Especificação.
2.18.15. Normas Técnicas
Para a realização dos serviços de concreto armado a Empreiteira deverá dispor no canteiro de obras, para consultas da Fiscalização e para dirimir quaisquer dúvidas surgidas, as seguintes normas da ABNT:
• NBR 5738 - Moldagem e Cura de Corpos de Prova de Concreto Cilíndricos ou Prismáticos - Método de Ensaio;
• NBR 5739 - Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos de Concreto
- Método de Ensaio;
• NBR 5741 - Cimento Portland - Extração e Preparação de Amostras - Método de Ensaio;
• NBR 6118 - Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado - Procedimento;
• NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações - Procedimento;
• NBR 6152 - Determinação das Propriedades Mecânicas à Tração de Materiais Metálicos;
• Métodos de Ensaio;
• NBR 6153 - Determinação da Capacidade de Dobramento de Produtos Metálicos - Método de Ensaio;
• NBR 7215 - Ensaio de Cimento Portland - Método de Ensaio;
• NBR 7217 - Determinação da Composição Granulométrica dos Agregados - Método de Ensaio;
• NBR 7220 - Avaliação das Impurezas Orgânicas das Areias para Concreto - Método de Ensaio;
• NBR 7221 - Ensaio de Qualidade de Areia - Método de Ensaio;
• NBR 7223 - Determinação de Consistência do Concreto pelo Abatimento do Tronco de Cone - Método de Ensaio;
• NBR 7480 - Barra e Fio de Aço Destinados a Armaduras para Concreto Armado
- Especificação.
2.19.1. Materiais
Os materiais básicos necessários à execução das alvenarias obedecerão ao seguinte:
• Água
• Vide concreto.
• Cimento
• Vide concreto.
• Areia
• Vide concreto.
• Saibro
• Será puro, áspero, isento de matéria orgânica.
• Tijolos furados
• Os tijolos furados, de barro cozido, para alvenaria, deverão atender à NBR 7171, serão de 1ª categoria e tipos 2 ou 3.
• Tijolos maciços
• Os tijolos maciços, de barro cozido, para alvenaria deverão atender à NBR 7170, serão de 1ª categoria e do tipo 1.
Os tijolos serão da melhor qualidade existente no mercado local e deverão apresentar as seguintes características:
a. regularidade de forma e igualdade nas dimensões, para que as juntas fiquem de mesma espessura e o assentamento seja uniforme;
b. arestas vivas e superfícies ásperas para maior aderência das argamassas;
c. som cheio e claro, quando percutido com o martelo;
d. homogeneidade em toda a massa, com ausência completa de fendas, cavidades e de quaisquer corpos estranhos;
e. fratura de grão fino, de cor uniforme, sem manchas que denunciem calcário na argila;
f. facilidade ao corte;
g. resistência suficiente para suportar os esforços de compressão, e
h. não absorver muito água.
Blocos de concreto
Os blocos vazados de concreto simples, sem função estrutural, destinados a trabalhos de alvenaria, deverão atender à NBR 7173, tipos (normais ou modulares) e a classe (I ou II) ficarão a critério da Fiscalização.
2.19.2. Paredes de Alvenaria de Tijolos
As paredes obedecerão fielmente às dimensões, alinhamentos e espessuras indicadas no projeto e plantas de construção.
Os tijolos deverão ser molhados, antes do seu emprego e assentados formando fiadas, perfeitamente niveladas, alinhadas e aprumadas.
A espessura das juntas deverá ser, no máximo, de 15 mm, rebaixadas à ponta de colher, permanecendo perfeitamente recolocadas em linhas horizontais contínuas e verticais descontínuas.
As saliências superiores a 3 cm, somente poderão ser executadas com a própria alvenaria ou, então, em concreto.
Durante a elevação das paredes, serão embutidos, tanto lateralmente, como nas partes inferior e superior, com argamassa, de cimento e areia no traço 1:4, tacos de madeira de lei com dimensões de 10 x 20 x 3 cm ou 10 x 10 x 3 cm, ranhaduras previamente pichados e mergulhados em areia grossa. Deverão ser, no mínimo, oito unidades por vão de esquadria.
Nos rodapés, também serão fixados tacos com espaçamento máximo de 600 mm.
Outrossim, serão embutidas na alvenaria buchas adequadas, devidamente embebidas em material betuminoso, para fixação de aparelhos (mictórios, consolos de lavatórios, espelhos, etc.).
Sobre o vão das portas e janelas, deverão ser construídas vergas de concreto armado, convenientemente dimensionadas, com espessura igual à da alvenaria, com apoio mínimo para cada lado de 20 cm e altura não inferior a 15 cm.
Também deverão ser construídas vergas de peitoris, nas mesmas discriminações anteriores, para vãos superiores a 200 cm, para as janelas ou caixilhos diversos.
Os parapeitos e paredes baixas, não calçadas superiormente, deverão ser respaldados com cintas de concreto armado com altura mínima de 10 cm, largura igual à da alvenaria e com armação mínima de dois ferros de 4,7 mm, colocados inferiormente.
As paredes que repousarem sobre vigas contínuas, deverão ser levantadas, tanto quanto possível, simultaneamente, em todos os vãos, não sendo permitidas diferenças maiores que 1 (um) metro de altura entre paredes sobre vãos contínuos durante sua execução.
Antes da execução da alvenaria, toda a estrutura de concreto armado será previamente chapiscada.
No enchimento dos vãos, as paredes deverão ser interrompidas 15 cm antes das vigas ou lajes, o arremate final "aperto da alvenaria" para ser feito, no mínimo, 8 (oito) dias após, com tijolos maciços.
O "aperto da alvenaria", respeitando o prazo acima, só será executado depois que as paredes do pavimento imediatamente acima tenham sido levantadas até igual altura.
Os panos serão perfeitamente planos e verticais. Todas as amarrações deverão ser feitas em degraus.
O assentamento das alvenarias deverá ser feito com argamassa 1:8 (cimento e areia com no máximo, 50% de saibro).
2.19.3. Alvenaria de Pedra Argamassada
Nas alvenarias de pedra argamassada, utilizadas na construção de muros divisórios ou de sustentação, as pedras não deverão ter dimensões inferiores a 30 cm, devendo ser colocadas e ajustadas de acordo com seu leito natural, dispostas em posição horizontal, escolhendo-se as de maior dimensão a fim de formar a base.
As pedras deverão ser molhadas antes do seu assentamento sobre a camada de argamassa e comprimidas até que esta reflua pelos seus lados e juntas.
Após tomarem posição, poderão ainda quando necessário, ser calçadas com lascas duras de dimensões adequadas, a fim de compor um bom paramento maciço sem vazios ou interstícios.
O assentamento das pedras deverá ser feito com argamassa 1:3 de cimento e areia.
Quando a parede tiver função de muro de arrimo, deverá dispor de drenos convenientemente dimensionados e distribuídos.
2.20.1. Preparo das Superfícies
Toda tubulação hidráulica das tubulações deverá ser ensaiada, à pressão recomendada para cada caso, antes de serem iniciados os serviços de revestimentos, procedendo-se da mesma forma em relação aos aparelhos e válvulas embutidas.
As superfícies das paredes e tetos deverão ser limpas e abundantemente molhadas antes do início da operação.
Todas as superfícies destinadas a receber revestimentos serão chapiscadas com argamassa no traço 1:4, de cimento e areia.
Os revestimentos somente poderão ser iniciados após a completa pega da argamassa das alvenarias e do embutimento das canalizações nas paredes.
2.20.2. Revestimento de Argamassa
Toda argamassa que apresentar vestígios de endurecimento deverá ser rejeitada para aplicação.
Os revestimentos de argamassa deverão ser executados por profissionais habilitados e especializados e de acordo com as especificações, serão constituídas por camadas contínuas superpostas e uniformes. O emboço será aplicado sobre a superfície a revestir e o reboco aplicado sobre o emboço.
Deverão ser fixadas mestras de madeira, de forma a garantir o desempeno perfeito. Os revestimentos deverão apresentar superfície perfeitamente desempenadas.
No revestimento de cimento será empregada argamassa no traço 1:3 de cimento e areia, com adição de impermeabilizante ou corante, quando for especificado, a espessura deverá ficar entre 15 mm e 25 mm.
O revestimento de massa única (tipo "paulista") deverá ter a espessura de 15 mm a 25 mm e será constituído de argamassa no traço 1:2:8 de cimento, cal e areia média.
O emboço não deverá ter espessura superior a 20 mm e será constituído de argamassa 1:6 de cimento e saibro áspero, fortemente comprimida contra as paredes e apresentará superfícies ásperas para aumentar e aderência de reboco.
O reboco só poderá ser executado com um mínimo de 24 horas após a pega completa do emboço, cuja superfície deverá estar limpa, sem fragmentos soltos, suficientemente molhada e depois do assentamento dos peitoris e marcos, mas antes dos alisares e rodapés.
Sua espessura não deverá ultrapassar a 5 mm e será regularizada à régua e desempenadeira, devendo apresentar aspecto uniforme com superfície plana, não sendo tolerado qualquer empeno ou ondulação.
2.20.3. Azulejos
Os revestimentos de azulejos deverão satisfazer às seguintes prescrições:
a. terão número inteiro de fiadas; não sendo especificado no projeto de forma diferente, fica subentendido que terá a altura de 10 (dez) fiadas;
b. salvo especificação em contrário, levarão rodapés ou calhas e serão rematados, na parte superior, por uma fiada de terminais de meios-azulejos boleados;
c. sendo especificado arestas vivas, o lado dos azulejos que comporão as arestas deverá ter o biscoito chanfrado para permitir um perfeito acabamento;
d. os azulejos deverão ser de primeira qualidade, de acordo com as características exigíveis pela EB-301, e
e. salvo especificação em contrário, fica entendido que serão de formato quadrado com o tamanho nominal de 12 cm.
Os azulejos serão escolhidos na obra, quanto às suas dimensões e desempenho, devendo para tanto, ser providenciado no canteiro de obras a confecção de gabarito para aferição da medida dos azulejos a serem aplicados, recusando-se o material que não esteja dentro dos padrões recomendados.
A colocação deverá ser feita de modo a deixar as juntas corridas no sentido horizontal e alinhadas no sentido vertical.
A colocação deverá ser feita de forma que se obtenha juntas iguais ou inferiores a 1,5 mm e superiores a 1,0 mm.
Os azulejos, ao serem cortados ou furados para passagem de canos, torneiras e ou elementos de instalação, não deverão apresentar quaisquer rachaduras ou emendas.
O assentamento dos azulejos deverá obedecer às seguintes prescrições mínimas:
a. imersão em água durante um período mínimo de 24 horas anterior à sua aplicação;
b. chapisco do biscoito com argamassa de cimento e areia no traçado 1:4;
c. chapisco da parede iniciado após as superfícies estarem limpas e umedecidas. O traço do chapisco será 1:3 de cimento e areia;
d. emboço da parede com argamassa traço 1:3:4 de cimento, areia e saibro;
e. espalhamento com desempenadeira de nata de cimento, numa espessura máxima de 3 mm, antes da secagem total do emboço.
f. aplicação direta dos azulejos, e
g. as juntas deverão ser tomadas após um mínimo de 5 (cinco) dias da colocação, exclusivamente com pasta de cimento branco, removendo-se o excesso.
2.20.4. Chapiscos
O revestimento em chapisco deverá ser executado nas fachadas, onde indicado no projeto, só poderá ser iniciado após as superfícies onde será aplicado, serem limpas e umedecidas.
Deverá ser aplicada uma camada de chapisco simples, composta de argamassa de cimento e areia no traço 1:3. Sobre esta camada será aplicado o revestimento externo, que deverá ser em chapisco grosso, formado de argamassa de cimento e pedrisco no traço 1:4. Deverá ainda ser adicionada a esta camada quantidade suficiente de impermeabilizante, a critério da Fiscalização.
2.20.5. Revestimentos Especiais
Os revestimentos especiais, considerados aqueles não descriminados neste item, deverão ser executados de acordo com as especificações e recomendações dos respectivos Fabricantes.
Serão de telhas de canalete 43 de fibrocimento. Na estrutura, deverá ser usada uma das seguintes madeiras: peroba do campo, peroba rosa ou massaranduba.
2.21.1. Execução
A execução do madeiramento deverá obedecer às condições gerais mínimas da NBR- 7190.
Para cada unidade de construção, deverá ser estudada pela Empreiteira o módulo de cobertura adequado, sendo elaborado projeto complementar específico, contendo todas as informações necessárias à sua completa execução.
Todos os locais da estrutura e do recobrimento deverão ser visitáveis interna e externamente, com segurança e facilidade, devendo ter ventilação adequada.
Todos os trabalhos deverão ser feitos por operários habilitados e capazes, devidamente assistidos por mestre carpinteiro e assessorados pelo mestre geral e engenheiro condutor da obra.
As superfícies das sambladuras, encaixes, ligações e articulações deverão ser executadas de forma a permitir seu ajuste perfeito.
Só será permitido vergar artificialmente madeiras esquadrejadas - ou peças curvas, de peças retas, quando se demonstrar a aplicação deste processo sem afetar a segurança da estrutura.
As peças que, na montagem, não se adaptem perfeitamente às ligações ou que tenham empenado prejudicialmente, deverão ser substituídas.
As operações de perfuração, escariação, frezamento e ranhura, para meios de ligação, deverão ficar perfeitamente ajustadas.
Quando houver dúvidas sobre a resistência de uma ou mais partes integrantes da estrutura, poderá ser exigida a realização de provas de carga.
As aberturas para passagens de tubos, antenas de rádio, etc., deverão ser sempre localizadas com exatidão e previstas as proteções contra infiltrações.
Recomenda-se declividade mínima de 17º máxima de 22º.
2.22.1. Pisos Rebaixados
Os pisos dos banheiros deverão ser 1 cm mais baixos que os pisos das áreas vizinhas e terão caimento mínimo de 1,5% (um virgula cinco por cento) para o ralo.
2.22.2. Pisos Especiais
Os pisos industriais, tipo Korodur e outros pisos especiais, deverão seguir as recomendações dos Fabricantes respectivos.
Para efeito desta Especificação, serão considerados especiais os pisos não descritos neste item.
2.22.3. Pisos de Material Cerâmico
O assentamento de pisos de material cerâmico deverá atender às seguintes condições:
a. A base de concreto nas lajes rebaixadas deverá ser executada com antecedência mínima de 7 (sete) dias de feitura do piso, a fim de proporcionar cura adequada e desenvolvimento de grande parte da retração;
b. Poderá ser especificada a construção de juntas de dilatação, que deverão ter as seguintes dimensões: largura de 5 a 10 mm e profundidade correspondente à espessura do ladrilho mais a espessura da argamassa de assentamento; os painéis deverão ter área máxima de 1 (um) m²;
c. A argamassa de assentamento deverá ser no traço 1:0,5:5, de cimento, cal e areia;
d. A espessura deverá estar entre 20 mm a 25 mm, e
e. Havendo uma espessura inconveniente, superior a 26 mm deve-se, em primeiro lugar, fazer uma camada de enchimento, camada esta que deverá ter acabamento áspero e ser realizada com boa antecedência, devido à retração do próprio enchimento.
A quantidade de argamassa a ser preparada deve ser tal que entre o preparo e o término do assentamento não exista um prazo superior a 2 (duas) horas.
Quando do lançamento da argamassa, a base de concreto deverá estar limpa, isenta de poeira ou outro material; se a base estiver muito lisa, a critério da Fiscalização, deverá ser apicoada a fim de aumentar sua aderência.
Antes do lançamento da argamassa, a base deverá ser umedecida em seguida lança- se pó de cimento, relutando daí uma pasta.
Ao se estender a argamassa, deve-se apertá-la bem com a colher e sarrafeá-la.
Deve-se estender a argamassa em áreas pequenas, paulatinamente, à medida que se progrida na colocação dos ladrilhos.
Sobre a argamassa fresca deve ser jogado, aos punhados, por entre os dedos, pó de cimento novo na proporção aproximada de 1/1 m²; esse pó deve ser jogado à pequena distância da argamassa, cobrindo-a cerca de 1 mm.
A cerâmica deverá ser escolhida na obra, quanto às suas dimensões, usando-se um ou mais gabaritos para aferição das medidas.
A cerâmica a ser usada, deverá ser imersa em água limpa durante um período mínimo de 24 horas anterior à sua aplicação.
Ao retirar a cerâmica do local onde estiver imersa, deve-se deixar escorrer toda a água.
Deve-se pressionar a cerâmica, uma a uma, à medida que são colocadas, a fim de forçar o primeiro contato e evitar o surgimento de água sob a cerâmica. Essa pressão deverá ser feita com o auxílio de um martelo.
Após a colocação da cerâmica, deverá ser feito o batimento com auxílio de madeira aparelhada (desempenadeira) ou com prancha e martelo.
As cerâmicas de tamanho grande deverão ser colocadas, uma a uma, e batidas até a posição definitiva.
As juntas deverão ficar entre as cerâmicas pequenas, médias e grandes, deverão ser iguais, respectivamente, a 1 mm, 1 a 2 mm, e 2 a 3 mm.
Logo após o "bater", deve-se executar a limpeza da cerâmica com um pano umedecido em água limpa.
Em pisos externos ou muito ventilados (corredores, por exemplo), deve-se cobrir a cerâmica, a fim de evitar a ação do sol e do vento.
Não deverá ser permitida a passagem de pessoas ou acúmulo de materiais durante as setenta e duas horas subseqüentes à colocação e conclusão do assentamento.
As juntas deverão ser tomadas após um mínimo de 5 (cinco) dias da colocação, exclusivamente com pasta de cimento; deve-se forçar a entrada da nata nas juntas, com auxílio de rodo, arrastando-o diversas vezes na direção de 45 graus com a direção das juntas, removendo-se o excesso.
Após o rejuntamento, deve-se proteger o piso com uma cobertura, por exemplo, de papel resistente colocado com goma de farinha de trigo, 15 ou 20 dias após o término da colocação do piso, a critério da Fiscalização, poder-se-á executar um teste de elasticidade, percutindo-se um objeto metálico pontiagudo ou deixando-se cair uma
pequena esfera de aço de diâmetro aproximado de 15 mm e observando-se o som; nenhum ladrilho deverá "soar choco".
Deverão ser revestidas com este tipo de piso as áreas indicadas nos desenhos. Na Casa de Química, essas áreas correspondem aos sanitários, copa, refeitório e laboratório.
2.22.4. Pisos de Pastilhas e Porcelanas
Os pisos de pastilhas e porcelanas deverão ser executados dentro das prescrições que foram determinadas para as aplicações do material cerâmico.
Durante a fixação das placas e panos de pastilhas com utilização de réguas, as mesmas serão conservadas permanentemente molhadas durante a operação, procedendo-se, em seguida, à retirada das capas de papel de revestimento.
O rejuntamento deverá ser executado com pasta de cimento branco, removendo-se o excesso.
Deverá ser observado perfeita linearidade nas aplicações e encontros dos diversos painéis e panos de pastilhas, assim como não serão toleradas reentrâncias por abaulamentos superiores a 10 mm em faixas de 5 m.
Deverão ser revestidas com esse tipo de piso, as áreas indicadas nos desenhos. Essas áreas correspondem, geralmente, aos passeios externos à Casa de Química e Casa de Comando.
2.22.5. Pisos Cimentados
A execução dos pisos cimentados deverá atender às seguintes prescrições mínimas:
a. A argamassa deverá ser espalhada e batida levemente, de forma a provocar o aparecimento de água na superfície;
b. No caso de acabamento liso, far-se-á o polvilhamento de cimento puro ou misturado ao corante, se for especificado, obtendo-se a superfície fina por leve pressão da colher de pedreiro;
c. No caso de acabamento áspero, a argamassa, após sarrafeada, será simplesmente desempenada;
d. Todas as alterações e trabalhos deverão ser executados com o máximo de cuidado, tomando-se as precauções referentes à observância quanto ao caimento desejados.
Deverão possuir esse tipo de piso as áreas indicadas nos desenhos. Na Casa de Química, essas áreas correspondem a: sala de cilindros de cloro, sala de cloradores, sala de dosagens e sala para preparo de solução de polieletrólito.
2.22.6. Pavimentos de Concreto
A execução dos pavimentos de concreto por processo mecânico deverá atender às condições mínimas da NBR-7583.
A execução por processo manual deverá atender à NBR-7583, no que couber. A espessura total mínima do pavimento não será inferior a 20 cm.
O terreno deverá ser bem apiloado, deixando-se caimentos em direção aos locais previstos, com declividade não inferior a 0,5% (meio por cento) para escoamento das águas.
As juntas de dilatação deverão ser colocadas de maneira a formar painéis e não deverão estar afastadas mais que 2 cm.
As juntas deverão ser feitas com tábuas de pinho de 10 mm de espessura e altura igual à espessura do piso.
Após um período mínimo de cura de 7 (sete) dias, as juntas deverão ser retiradas e o espaço preenchido com uma junta de betume do tipo semi-elástico, devendo o material da calefação atender aos requisitos mínimos fixados pela NBR-7583 para esse tipo de junta.
A espessura da camada de concreto da base deverá ser, no mínimo, 8 (oito) cm, confeccionada com concreto no traço 1:3:5 de cimento, areia e pedra britada e impermeabilizante de pega normal.
O concreto deverá ser espalhado deixando-se o mesmo caimento previsto para o piso acabado; a superfície deverá ficar áspera para receber a argamassa de acabamento.
Quando do lançamento da argamassa, a base de concreto deverá estar limpa, isenta de poeira e outros materiais; se a base estiver muito lisa, a critério da Fiscalização, deverá ser apicoada para aumentar sua aderência.
Antes do lançamento da argamassa, a base deverá ser umedecida, lançando-se, em seguida, pó de cimento.
A argamassa de revestimento não deverá ter espessura inferior a 2 cm nem superior a 2,5 cm, e será confeccionada no traço 1:3 de cimento e areia fina, com impermeabilizante de pega normal.
2.23. RETIRADA E RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO
As demolições dos pavimentos serão executadas obedecendo-se as locações, alinhamentos e dimensões definidos para as escavações, utilizando-se os meios compatíveis com a natureza dos pavimentos, os prazos de execução e volume dos serviços, bem como os locais das obras. As demolições de pavimento asfáltico ou aqueles com base de concreto serão executadas com rompedores pneumáticos, salvo permissão expressa da Fiscalização em contrário.
Os materiais não reaproveitáveis para a recomposição dos pavimentos, deverão ser separados e removidos de imediato. Os materiais reaproveitáveis deverão ser separados e dispostos convenientemente para o reaproveitamento.
Após o reaterro da vala devem ser tomadas providências para que a pavimentação seja restaurada em perfeitas condições.
A recomposição da pavimentação deverá ser executada de modo que se obtenha as condições anteriores à abertura.
Deverão ser observados o caimento e o abaulamento em concordância com a pavimentação não removida. As emendas dos pavimentos repostos com os existentes deverão apresentar perfeito aspecto de continuidade.
A recomposição de pavimentação asfáltica deverá ser executada da seguinte maneira:
− Sobre a vala apiloada deverá ser feita a base com espessura de 20 cm, com brita ou cascalho aprovado pela Fiscalização;
− Após o acabamento, a base deverá ficar no mínimo com 5 cm abaixo do revestimento primitivo;
− Uma vez terminada a compactação, a base deverá ser completamente imprimada com ligante apropriado, sendo a seguir executado o revestimento tipo concreto betuminoso usinado a quente, com espessura mínima de 5 cm nas margens e 5,5 cm na parte central;
− Distribuição de concreto asfáltico deverá ser feita de maneira homogênea e a compressão final feita com rolo compressor tipo Tanden, de 12 toneladas;
− O revestimento executado deverá se superior ligeiramente ao existente nas margens da vala, sobrando 5 cm de cada lado a fim de evitar trinca na união do capeamento executado com a pavimentação existente.
A recomposição de passeio cimentado deverá ser executada com base de concreto no traço 1:8 de cimento e cascalho rolado, espessura de 6 cm, revestida com argamassa de cimento areia, traço 1:3, com espessura de 2 cm; no caso de pavimentos de ladrilhos estes serão assentados com argamassa, cimento e areia de traço 1:3 sobre a mesma base de concreto.
A recomposição de pavimento com pedras poliédricas e paralelepípedos será constituída de um leito de areia, sobre o qual serão assentadas as pedras com rejuntamento. O pavimento recomposto deverá concordar perfeitamente com o existente sem aparecer marca da vala. Onde a pavimentação for constituída de pedras poliédricas ou paralelepípedos recobertos de asfalto a reconstituição será feita conforme descrito acima e posteriormente recoberta com camada de concreto asfáltico com espessura média de 3 cm.
As larguras de retirada e recomposição do pavimento serão as seguintes:
a. asfalto e passeio cimentado - será a mesma largura definida para a abertura da vala;
b. paralelo e pedras poliédricas - será a largura definida para a vala, acrescida de 0,20 m para cada lado.
2.24. RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS
Todas as áreas com piso de material cerâmico deverão levar rodapés do mesmo material e acabamento com 7 cm de altura.
Todas as áreas com pisos de pastilhas e porcelanas deverão levar rodapé cerâmico com 7 cm de altura, na cor a ser fixada pela Fiscalização.
A critério da Fiscalização, nas áreas com parede revestidas de azulejos, poderão ser usadas calhas internas em substituição aos rodapés para concordância com o piso.
Todas as áreas com piso cimentado deverão levar rodapés, com 7 cm de altura, no traço 1:3 de cimento e areia, com acabamento liso.
O rodapé das escadas deverá acompanhá-las seguindo uma linha inclinada, quando feito de material fundido no local e, quando pré-fabricado, acompanhar os degraus e espelhos, inclusive os recortes.
Os rodapés das áreas com pisos especiais deverão ser executados com mesmo material do piso, se especificados pela Fiscalização ou com mármore nacional, na cor a ser fixada pela Fiscalização, espessura de 2 cm e altura de 7 cm.
Todos os peitoris e chapins deverão ser em mármore branco nacional de 2 cm de espessura, assentes com argamassa no traço 1:3 de cimento e areia.
Deverão ser providos de pingadeira e dispositivos que impeçam a entrada d'água. O balanço mínimo deverá ser de 2 cm.
As soleiras deverão atender às seguintes condições mínimas:
a. Entre cômodos de igual piso, a soleira deverá ser do mesmo material;
b. Entre cômodos de pisos diferentes deverão ser de mármore branco nacional com 2 cm de espessura e largura igual a espessura da parede acabada;
c. Deverão ter os respectivos rebaixos, quando necessário;
d. O assentamento deverá ser feito com argamassa no traço 1:3 de cimento e areia, evitando-se a formação de vazios;
e. Só poderão ser assentadas placas perfeitas e aparelhadas em esquadro perfeito, com arestas vivas, livres de defeitos e falhas, com a face exposta rigorosamente plana e de dimensões corretas, e
f. O comprimento mínimo deverá corresponder ao vão da porta, mas duas vezes a espessura do marco.
2.25. FORNECIMENTO E COLOCAÇÃO DE GUARDA CORPOS E ESCADAS METÁLICOS
Compreenderá o serviço de fornecimento, armazenamento e a colocação de guarda corpos e escadas metálicos nas estruturas conforme indicação do Projeto e a solicitação da Fiscalização.
Todas as peças deverão ter tipo e dimensões indicadas nos desenhos ou como indique a Fiscalização. Os guarda corpos serão instalados já pintados, devendo ser retocados após sua colocação caso ocorram arranhões ou nódoas na pintura durante esses trabalhos.
Todos os serviços de marcenaria deverão ser executados segundo a técnica para trabalhos do gênero e deverão obedecer rigorosamente às indicações constantes do projeto, desenho e detalhes especiais, assim como das Especificações gerais.
Só deverão ser admitidas na obra, as peças bem aparelhadas, rigorosamente planas e lixadas, com arestas vivas, apresentando superfícies complementares lisas; os encaixes entre as peças móveis e fixas deverão ter uma folga uniforme e mínima.
As portas deverão atender às seguintes condições mínimas:
a. serão de cedro, maciças e, lisas ou almofadadas;
b. as dimensões obedecerão: larguras do projeto, altura de 210 cm e espessura de 35 mm;
x. xxxxxxx xxxxxxx, exceto as do banheiro que levarão xxxxxx.
O acabamento das guarnições será idêntico ao das esquadrias, isto é:
a. as aduelas terão a largura da parede depois de pronta com a espessura mínima de 35 mm e serão parafusados aos tacos;
b. a travessa deverá ultrapassar a largura do vão, pelo menos 5 cm de cada lado, para que as abas fiquem chumbadas na parede;
c. os xxxxxx xxxxxxx ter as dimensões de 6 x 7 cm e serão parafusados aos tacos, e
d. os alizares terão seção aproximada de 1/4 de elipse, com 5 cm de largura e 2 cm de espessura na base e serão pregados às aduelas e marcos por pregos sem cabeça.
2.27.1. Esquadrias de Ferro
Os serviços da serralheria serão perfeitamente esquadriados, tendo os ângulos soldados, bem esmerilhados ou limados, permanecendo sem rebarbas e saliências de solda.
Os furos dos rebites e parafusos deverão ser escariados e as rebarbas devidamente limadas e removidas.
As ligações deverão ser feitas por parafusos, rebites ou pontos de solda; nesse caso, os pontos de ligação deverão ser espaçados de 8 cm, no máximo, havendo sempre ponto de amarração nas extremidades.
Toda peça desmontável deverá ser fixada com parafusos de latão cromado ou niquelado, quando fixarem peças com esse acabamento.
a. Na colocação das esquadrias, deverão ser atendidas as seguintes prescrições mínimas:
b. Fixar os respectivos chumbadores e marcos, nos locais preparados;
c. Nivelamento das esquadrias e o seu perfeito funcionamento após a fixação definitiva;
d. Os acessórios, ornatos e aplicações das serralherias deverão ser colocados após os serviços de argamassa e revestimentos, e
e. Salvo especificação em contrário, todas as ferragens deverão ser em latão cromado.
2.27.2. Esquadrias de Alumínio
As esquadrias de alumínio serão executadas em perfis extrudados e anodizados e deverão resistir a uma pressão de vento de até 70 kg/cm², sem que se verifiquem defeitos de qualquer espécie. Serão fabricadas e instaladas por Fabricante especializado que, como a Empreiteira, será também responsável por defeitos na rigidez do conjunto e respectivo funcionamento.
Todas as esquadrias deverão ser instaladas a prumo. Uma vez colocadas, serão cuidadosamente protegidas contra manchas de argamassa ou tinta, bem como contra quaisquer outros danos.
Todos os pormenores definitivos de fabricação deverão ser previamente submetidos à aprovação da Fiscalização, inclusive a ferragem correspondente, que deverá ser de primeira qualidade.
As fechaduras de embutir com cilindro a serem empregadas nas portas externas, deverão ser de primeira qualidade e atender às características mínimas exigidas pela EB-470; os cilindros para fechaduras com travamento por pinos, a serem empregados nas portas externas deverão atender às características mínimas exigidas pela EB-606.
As fechaduras de embutir para as portas internas deverão ser de primeira qualidade e atender às características mínimas exigidas pela EB-666.
As fechaduras de embutir para as portas de banheiros deverão ser de primeira qualidade e atender às características mínimas exigidas pela EB-667.
As ferragens, em perfeitas condições de funcionamento e acabamento, deverão ser colocadas e fixadas de forma que os rebordos e os encaixes tenham a sua forma exata, não sendo toleradas folgas que exijam emendas externas, taliscas de madeira e outros artifícios.
A distribuição das ferragens de fixação deverá ser feita de forma a impedir a deformação das falhas onde estão fixadas.
Deverão ser empregados parafusos de qualidade, acabamento e dimensões correspondentes ao das peças que forem fixadas.
A localização das fechaduras, fechos, puxadores, dobradiças e outras ferragens deverá ser feita de acordo com a boa técnica. O assentamento, a colocação e a fixação das ferragens nas esquadrias e caixilhos, deverão ser executados com precisão, de forma a serem evitadas discrepâncias de posicionamento ou diferença de nível.
A altura das maçanetas ou peças equivalentes das fechaduras das portas, em relação ao nível do piso, será de 105 cm.
As portas maciças levarão três dobradiças de ferro com pino e cabeça bola de ferro latonado, com dimensões de 76,2 x 76,2 mm, e espessura de 2 mm.
As demais portas levarão três dobradiças de ferro com pino de ferro, com dimensões de 76,2 x 63, 5 mm e espessura de 1,5 mm.
Os vidros planos transparentes, destinados ao envidraçamento, deverão ser de qualidade "A" e atender a EB-91.
Os vidros planos foscos, destinados ao envidraçamento, deverão atender a EB-92 para a "qualidade A".
O envidraçamento das janelas deverá obedecer às condições fixadas pela NBR 7199.
A espessura dos vidros deverá ser determinada de acordo com o capítulo 9 da NBR 7199, adotando-se as seguintes espessuras mínimas:
a. semiperímetro até 150 cm | - 3mm de espessura |
b. semiperímetro entre até 150cm e 250 cm | - 4mm de espessura |
c. semiperímetro entre até 250cm e 350 cm | - 5mm de espessura |
d. semiperímetro acima de 350 cm | - 6mm de espessura |
O Contratado encarregar-se-á da conservação das janelas da obra, incluindo a troca dos vidros que se rompam, durante todo o tempo de execução dos serviços sob sua responsabilidade, até a data da entrega dos mesmos.
2.30. APARELHOS, PERTENCES E ACESSÓRIOS
Os aparelhos e seus respectivos pertences e acessórios, assim como as peças componentes, deverão ser colocados e instalados em estreita observância ao projeto de instalações.
O perfeito estado de cada aparelho deverá ser cuidadosamente verificado antes de cada instalação ou fixação.
As peças que estiverem fixadas ou encostadas nas paredes deverão ter sempre sua borda superior coincidindo com as juntas horizontais dos azulejos.
As posições relativas das diferentes peças deverão estar de acordo com as discriminações contidas em plantas, assim como as demais prescrições, tomando-se como base paredes revestidas com azulejos quadrados de 15 cm de lado.
Os aparelhos sanitários de material cerâmico deverão atender as exigências mínimas da EB-44.
O rejuntamento deverá ser feito com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, se for o caso, recobrindo-se a junta com pasta de cimento branco.
Poderá ser usado elastômero sintético a base de poliuretano do tipo SIKAFLEX 1A da SIKA de idênticas características.
Os lavatórios serão "simples", tamanho mínimo de 520 x 420 mm (no 2), com furo, em consonância com a PB-7. Serão apoiados sobre dois consolos de ferro fundido com borda superior entre 800 mm e 900 mm do nível do piso. Levarão os seguintes pertences:
a. torneiras de acabamento superficial niquelado, diâmetro nominal de 15 mm, designação ABNT-1126;
b. sifão tipo copo, cromado, bitola 25,4 mm, e
c. os engates serão metálicos, com canopla, cromados, bitola de 12, 7 mm.
Os mictórios deverão ser de bacia, atender à PB-10 e sua borda inferior deverá ficar, no máximo, a 600 mm do nível do piso.
Deverão levar os seguintes pertences:
a. registro de pressão, com cruzeta e canopla, acabamento superficial cromado liso;
b. válvula cromada, bitola de 25,4 mm, e
c. sifão tipo copo, cromado, bitola 50,8 mm.
A papeleira com roleta deverá ter as dimensões de 15 x 15 cm e ser instalada na 4ª (quarta) fiada de azulejo a contar do nível do piso.
As saboneteiras deverão:
a. nos chuveiros, ter as dimensões de 7,5 x 15 cm (meias saboneteiras) e ficarem localizadas na 9ª (nona) fiada de azulejos a contar do nível do piso, e
b. nas pias, terão as dimensões de 7,5 x 15 cm (meias saboneteiras) e ficarem localizadas na 2ª (segunda) fiada de azulejos a partir da bancada.
Os cabides deverão ser de dois ganchos superpostos e ficarem localizados na 10ª (décima) fiada de azulejos a partir do nível do piso.
Os porta-toalhas deverão ter consolos cerâmicos, podendo a barra ser de porcelana ou plástico, com comprimento mínimo de 400 mm, e ficarem localizados na 10ª fiada de azulejos a partir do nível do piso.
Os tanques deverão ser de alvenaria revestidos de azulejos, possuírem as dimensões do projeto, com os seguintes pertences e acessórios:
a. Torneira com acabamento superficial amarelo bruto, diâmetro nominal de 15 mm, designação ABNT 1128, colocada 400 mm acima do nível do tanque;
b. Válvula de bitola 38 mm, acabamento superficial amarelo polido, e
c. Lavadouro de mármore branco nacional, com 30 cm de espessura mínima, cuja borda superior deverá ficar a 800 mm do nível do piso.
As pias do laboratório deverão ser em ferro esmaltado, com:
a. Bancada revestida de azulejo branco, nas dimensões do projeto, assente sobre armário de alvenaria e instalada a 900 mm do nível do piso. O armário, totalmente revestido com azulejos brancos, interno e externamente, apresentará portinholas revestidas de fórmica branca;
b. Torneiras colocadas a 300 mm do nível da bancada, com acabamento superficial niquelado;
c. Válvulas de bitola 25,4 mm, acabamento superficial niquelado, inclusive tampões de plástico, e
d. Sifões tipo copo, bitola 25,4 mm, acabamento superficial niquelado.
Os chuveiros do banheiro serão cromados, braço curvo de 250 x 12,7 mm, crivo repuxado, sem bordo, de 125 x 12,7 mm, ficando o crivo a uma altura de 220 cm do nível do piso, utilizando-se:
a. registro de pressão com borboleta, acabamento superficial, cromado, e será instalado na 9ª (nona) fiada de azulejos a contar do nível do piso.
2.31.1. Pisos
Toda camada impermeabilizadora de piso deverá ser constituída por um lastro de concreto, traço 1:2:4, com espessura mínima de 10 cm, com adição de impermeabilizante de pega normal SIKA 1 ou de idênticas características.
2.31.2. Paredes
O emboço das paredes externas, até uma altura de 50 cm, deverá ser confeccionado com argamassa de cimento e areia, traço 1:3 e impermeabilizante de pega normal.
2.31.3. Calhas de Concreto
A impermeabilização das calhas de concreto deverá atender às condições fixadas para os reservatórios.
Estes serviços serão pagos e medidos por metro quadrado de demão aplicada.
2.32.1. Materiais
Os materiais básicos necessários à execução das pinturas deverão obedecer ao seguinte:
a. a cal hidratada deverá atender à NBR-7175 a cal virgem à NBR-6453;
b. o óleo de linhaça cru deverá atender à EB-7 e o óleo de linhaça cozido à EB- 140;
c. a aguarrás mineral deverá atender às condições da EB-38 e a aguarrás vegetal às condições da EB-39;
d. os pigmentos, solventes e secantes para tintas deverão atender às condições fixadas pelas XX-00, XX-00, XX-00, XX-00, XX-00, XX-00, XX-00, XX-00, EB- 31, EB-32, EB-33, EB-34, EB-35, EB-36 e EB-37;
e. os removedores de tintas e vernizes deverão atender às condições mínimas fixadas pela EB-175;
f. o esmalte, à base de resina sintética, para exteriores, deverá atender às condições mínimas fixadas pela EB-95, e
g. o diluente para esmalte sintético, deverá atender às condições mínimas fixadas pela EB-96.
2.32.2. Serviços Gerais
As superfícies a serem pintadas serão examinadas e corrigidas de todos e quaisquer defeitos de revestimentos, antes do início dos serviços.
Deverão ser evitados escorrimentos ou respingos de tintas, nas superfícies não destinadas à pintura.
As chapas das fechaduras deverão ser protegidas com fita celulose; as entradas, rosetas, puxadores, etc., serão fixados após a demão de acabamento.
Os respingos que não puderem ser evitados deverão ser removidos com emprego de solventes adequados, enquanto a tinta estiver fresca.
Deverão ser dadas tantas demãos quantas forem necessárias, até que sejam obtidas a coloração uniforme e a tonalidade equivalente, partindo-se dos tons mais claros para os mais escuros.
As diferentes demãos de pintura deverão ser executadas por pessoal experimentado e ficar com aparência e espessura uniformes, sem raios, gotas, manchas ou sinais de brocha.
O contratado tomará especial cuidado, em respeitar o tempo de secagem especificado pelo Fabricante para cada demão de pintura e em evitar que se deposite poeira ou material estranho sobre a pintura fresca.
Os trabalhos de pintura externa ou em locais mal abrigados, não deverão ser executados em dias de chuva.
Pintura com Tinta Plástica (a látex)
As pinturas com TINTA PLÁSTICA de emulsão a base de PVA deverão atender às seguintes condições mínimas:
a. aplicação, no mínimo 30 dias, depois do término do emboço;
b. limpeza da superfície com a remoção de pó, partículas soltas e demais impurezas, tais como manchas de óleo ou gordura;
c. lixamento leve e posterior espanamento;
d. aplicação leve e posterior espanamento;
x. xxxxxxxxx xx 0 (xxx) xxxxx xx xxxx xxxxxxx;
f. após 24 horas aplicar massa plástica, com espátula ou desempenadeira de aço, para corrigir pequenos defeitos da superfície (aplicar massa corrida, se necessários), lixamento com lixa e remoção do pó, e
g. aplicação de, pelo menos, 2 demãos de tinta com intervalo mínimo de 2 horas entre cada demão.
Deverão ser pintadas com tinta plástica as faces internas e externas das paredes indicadas nos desenhos ou quando solicitadas pela Fiscalização.
Pintura com tinta a óleo
As pinturas com tinta a óleo sobre esquadrias de madeira deverão atender às seguintes condições mínimas:
a. lixamento preliminar, a seco, com lixa fina, no sentido dos veios da madeira e posterior espanamento;
b. uma demão farta de imunizante PENTOX da SIKA ou de idênticas características;
c. após um mínimo de 48 horas, retirar o excesso de pentaclorofenol com um pano e aplicar duas demãos de massa corrida com um intervalo mínimo de 4 horas, e
d. aplicação de, pelo menos, duas demãos de tinta a óleo com um intervalo mínimo de 12 horas entre cada demão.
As pinturas com tinta a óleo, sobre esquadrias de ferro, deverão atender às condições mínimas:
a. a superfície de ferro deverá ser completamente limpa de toda a ferrugem existentes, quer por meios mecânicos (escova de aço, lixa, etc) ou químicos (lavagem com ácido clorídrico diluído);
b. aplicar uma demão de cromato de zinco;
c. a seguir, uma demão de massa corrida, lixamento a seco e posterior espanamento, e
d. aplicação de, pelo menos, duas demãos de tinta a óleo com intervalo mínimo de12 horas entre cada demão.
Pinturas a Verniz
As pinturas a verniz sobre madeira deverão atender às seguintes condições mínimas:
a. lixamento preliminar, a seco, com lixa fina, no sentido dos veios da madeira e posterior espanamento;
b. uma demão de base de plástico vinil acrílico com propriedade de neutralizador das resinas de madeira;
c. após um mínimo de 24 horas, lixamento leve e espanamento, e
d. aplicação a pincel ou pistola de, no mínimo, duas demãos de verniz sintético com poliuretano, com intervalo mínimo de 24 horas entre cada demão, sendo que, cada demão, deverá ser lixada e espanada antes da aplicação da seguinte.