Contract
TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA DE SERVIÇOS TECNICOS ESPECIALIZADOS EM RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA, NO ÂMBITO DO PROJETO MERCADO DE SEMENTES E RESTAURAÇÃO: PROVENDO SERVIÇOS AMBIENTAIS E BIODIVERSIDADE, NO ÂMBITO DO CONTRATO DE CONCESSÃO DE COLABORAÇÃO FINANCEIRA NÃO-REEMBOLSÁVEL CEPF Nº 100450 FIRMADO ENTRE A REDE DE SEMENTES DO CERRADO E O CRITICAL ECOSYSTEM PARTNERSHIP FUND (CEPF).
1. Introdução
Este Termo de Referência visa à contratação de serviço técnico especializado de restauração ecológica especializado de restauração ecológica em 10 ha (hectares) de espécies vegetais nativas do Bioma Cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, GO, no âmbito do projeto “Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade”, executado pela Rede de Sementes do Cerrado, conforme contrato nº. Nº 100450, firmado com O CEPF. O objetivo principal da Rede de Sementes do Cerrado é apoiar a cadeia de produção de sementes nativas do Cerrado, bem como a conservação do Bioma.
A Rede de Sementes do Cerrado (RSC) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que iniciou suas atividades por meio de aporte financeiro do Fundo Nacional do Meio Ambiente em 2001. Constituída juridicamente em 2004, tem por finalidades a defesa, a preservação, a conservação, o manejo, a recuperação, a promoção de estudos e pesquisas, e a divulgação de informações técnicas e científicas relativas ao meio ambiente do Cerrado, especialmente no Brasil Central. Desde então a RSC tem produzido informação quanto ao uso de sementes nativas do Bioma e capacitado produtores, contribuindo assim, para a disponibilização de sementes nativas para o mercado e com os esforços de organização da cadeia de produção de sementes nativas no Cerrado. As publicações concentram-se na temática de identificação de espécies da flora e fauna do bioma, manuais de produção de sementes e mudas e restauração ecológica. Na execução de projetos socioambientais citamos atividades de capacitação de coletores de sementes e produção de mudas, marcação de Áreas de Coleta de Sementes nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, restauração ecológica no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e sensibilização ambiental.
Nesses 18 anos a RSC vem se destacando como referência na busca de informação quanto a conservação do bioma e produção de espécies nativas dado a sua interface com o meio acadêmico, na pesquisa, bem como, com instituições governamentais. Atualmente a RSC conta com uma ampla rede de parceiros e colaboradores para elaboração e execução de projetos socioambientais, junta-se a isso um amplo banco de dados de coletores e áreas de coleta de sementes com matrizes georreferenciadas. Diante dessa capacidade
aglutinadora da RSC, a mesma se credenciou junto ao Ministério da Agricultura e Abastecimento como produtora de sementes para a comercialização de sementes nativas promovendo o intercâmbio entre os coletores e compradores de sementes.
2. Objetivos
Contratação de serviço técnico especializado de restauração ecológica em 10 ha (hectares) de espécies vegetais nativas do Bioma Cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, GO
3. Contexto
A meta de restauração definida pelo Brasil é parte de uma estratégia global para lidar com o risco de redução da área de florestas no mundo. Um estudo recente indica que até 2050 haverá uma redução na área capaz de manter florestas de 223 milhões de hectares no globo (xxxxx://xxxxxxx.xxxxxxxxxx.xxx/xxxxxxx/000/0000/00). Neste cenário o Brasil está em destaque no risco de perda de floretas. Para manter a resiliência dos ecossistemas e mitigar os efeitos da fragmentação no provimento de serviços ambientais é necessário ativamente restaurar áreas degradadas. A restauração de áreas degradadas além dos benefícios ambientais pode trazer meios de subsistência local, melhorando a segurança alimentar e bem-estar das populações, além disso pode prover ganhos econômicos diretos e indiretos para empreendimentos relacionados a recursos
naturais.
A maior parte das áreas degradadas está fora de unidades de conservação, mas dentro destas áreas também há extensas áreas que precisam ser restauradas. De 104 unidades de conservação federais (UC), geridas pelo ICMBio, que possuem plano de manejo e zona de recuperação definida, somam-se 1.022.502 hectares. Não necessariamente toda esta área precisa de ações ativas de recuperação ou mesmo são áreas degradadas. A zona de recuperação é definida por um polígono que engloba áreas degradadas, em diferentes níveis de conservação, desde áreas mineradas com solo exposto erodido até áreas floresta que tiveram corte seletivo de árvores.
Para planejar a recuperação de áreas degradadas dentro das UC é necessário levantar de forma mais detalhada a extensão e diagnóstico de degradação destas áreas. A fonte informações mais atual e abrangente sobre o uso do solo é a base de informações do projeto MAPBIOMAS elaborado e mantido por uma rede de organizações da sociedade civil e empresas de tecnologia (xxxx://xxxxxxxxx.xxx/xxxxx/xxxxx/xxxxx). Este banco de informações traz o monitoramento do uso do solo para todo o Brasil a partir da classificação de imagens de satélite LANDSAT. Estes dados de uso do solo ao serem cruzados com o polígono das UC pode indicar com mais precisão a extensão das áreas degradadas do que a zona de recuperação dos planos de manejo das UC. Em 2018 havia
mais de 500 mil hectares que potencialmente precisavam ser restaurados dentro de UC. Nas UC no Cerrado são 95 mil hectares com potencial necessidade e possibilidade de restauração.
No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) estima-se que existam hoje mais de 3 mil hectares que precisam ser restaurados (Figura 1). Este UC é de extrema relevância para a conservação da biodiversidade do Cerrado devido ao alto nível de endemismos locais e a presença de uma alta diversidade de ecossistemas e espécies associadas incluindo diversas espécies ameaçadas da fauna e flora. Nesta UC já está em processo de restauração mais de 170 hectares o que tem trazido benefícios ambientais e sociais par aa região. A restauração inclusiva pratica ali traz renda aos coletores da Associação Cerrado de Pé que em parceria com a Rede de Sementes do Cerrado são pioneiros na comercialização de sementes para a restauração de savanas e campos no Cerrado (projeto financiado pelo CEPF).
Veredas degradadas Matas de Galerias degradadas Áreas degradadas Rios e córregos associadoas a áreas degradadas Limite do PNCV
Google Satellite
Figura 1. Áreas degradadas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (A) e áreas prioritárias para restauração indicadas pelas Zonas de Adequação Ambiental (B – zoneamento do plano de manejo em aprovação).
O PNCV apresenta plano de manejo e tem a restauração de ecossistemas como parte de sua agenda de manejo. Dentro desta UC as áreas prioritárias para restauração apresentam situação fundiária pacificada. Dessa forma, a realização de ações de restauração dentro desta UC depende apenas do consentimento do gestor da UC. Ambos os gestores das UC já foram contatados e estão de acordo com o andamento do presente projeto.
O Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado (CBC) é o lócus institucional para a orientação técnica e desenvolvimento de políticas relacionadas à restauração de ecossistemas dentro e no entorno de UC. Este Centro como a equipe da UC será responsável em conjunto com a entidades executoras do projeto pelo acompanhamento dos serviços e relatoria dos resultados ao CEPF, mesmo após o término do presente projeto. A oficialização deste compromisso se dará por meio de ofícios de cada unidade do ICMBio envolvida.
A atividade de restauração por meio da contratação da empresa irá ocorrer considerando o engajamento da sociedade local por meio da coleta de sementes, capacitação e
participação direta de atores locais na execução dos serviços. A escolha das áreas a serem restauradas, e os métodos deverão ser definidos com a participação direta dos gestores das UC. As áreas serão escolhidas considerando a maximização dos ganhos ambientais e sociais.
4. Metodologia
A metodologia a ser utilizada para a realização deste serviço consta do anexo 1 do presente Termo de Referência.
5. Atividades e produtos
Atividades a serem desenvolvidas serão:
1. Definição da área junto aos gestores do PNCV.
2. Diagnóstico do estado inicial da área a ser restaurada.
3. Planejamento de atividades para a implementação da restauração.
4. Preparo do solo.
5. Aquisição de sementes.
6. Plantio das áreas.
7. Monitoramento e manutenção.
Produtos a serem apresentados
1. Plano de Trabalho.
2. Diagnóstico do estado atual da área com descrição, registro fotográfico e coordenadas geográficas.
3. Relatório das atividades iniciais de planejamento da restauração e início do preparo do solo (até pelo menos a gradagem do solo e um nivelamento) e aquisição da totalidade das sementes a serem utilizadas no plantio (a compra também deverá incluir o pagamento pelas sementes que serão coletadas após agosto de 2021).
4. Relatório do plantio.
5. Relatórios semestrais de manutenção e monitoramento.
6. Relatório final após dois anos de acompanhamento.
Os produtos de 1 a 3 deverão ser entregues à Rede de Sementes do Cerrado até agosto de 2021.
6. Local de trabalho
As atividades deverão ser realizadas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em Goiás, seguindo todos os protocolos sanitários indicado pelas autoridades locais ao enfrentamento da pandemia da COVID-19.
7. Prazo de Execução
O presente contrato terá vigência de três anos ou até que a área alcance os indicadores mínimos de sucesso de restauração (ver Anexo I – item sobre monitoramento).
8. Pagamento dos Honorários
O pagamento total dos serviços se dará por meio da entrega dos produtos de atividades e de notas fiscais correspondentes, no formato de adiantamento, até agosto de 2021, quando serão entregues os produtos de 1 a 3. As demais atividades serão acompanhadas pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e pelo Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado – ICMBio (Ofício SEI no 5/2021- CBC/DIBIO/ICMBio – anexo 2) conforme cronograma a ser apresentado pela empresa prestadora de serviço a ser contratada, considerando dois anos de manutenção e monitoramento e o tempo necessário para atingir os indicadores de sucesso da restauração, conforme Nota Técnica no. 1/2018 do Instituto Brasília Ambiental, DF (ver Anexo I).
O não cumprimento da totalidade dos produtos previstos neste TR implicará na devolução integral dos recursos pela prestadora de serviços contratada.
9. Qualificação e Requisitos
a) Poderão participar dos serviços objeto deste TR, empresas nacionais com experiência em serviços similares aos relacionados neste TR e que atendam às condições estabelecidas no edital.
b) As empresas deverão demonstrar experiência com trabalhos envolvendo restauração ecológica, incluindo a técnica da semeadura direta, especialmente em formações savânicas e campestres do Cerrado.
c) Demostrar alto nível de comprometimento e responsabilidade para completar as atribuições de maneira eficiente, com precisão e respeito aos prazos.
d) Xxxxxxx seguir padrões de conduta ética.
e) Demonstrar capacidade de trabalho em equipe, supervisão e coordenação.
10. Seleção dos candidatos
A seleção será realizada por Comissão composta por membros da diretoria da Rede de Sementes do Cerrado e coordenador do projeto.
A seleção da proposta se dará pela combinação de preço e qualidade, a ser avaliada considerando a experiência da prestadora de serviços e a qualidade técnica da proposta a ser apresentada.
11. Formato das propostas
As propostas deverão apresentar, no mínimo, as seguintes seções:
1. Caracterização da organização proponente e equipe executora, com informações que indiquem a capacidade de desenvolver o trabalho em questão;
2. Portfólio contendo informações acerca dos trabalhos já realizados e os resultados alcançados;
3. Metodologia a ser adotada, incluindo, mas não se limitando a:
a. Informações a serem analisadas;
b. Etapas de realização do trabalho;
c. Formas de consulta e participação junto a equipe da RSC e do ICMBio;
d. Descrição das entregas principais.
4. Cronograma de execução, incluindo prazos e entregas previstas;
5. Orçamento contendo todos os gastos inerentes à execução dos serviços (incluindo encargos, deslocamentos e outros).
Os proponentes poderão descrever e justificar em suas propostas técnicas, quaisquer modificações ou melhorias para a realização do trabalho e elaboração dos produtos esperados, visando aprimorar o desempenho das ações e alcançar o objetivo proposto.
Método
ANEXO 1
Coleta das sementes: as espécies a serem coletadas devem ser obtidas na região e a qualidade das sementes plantadas deve ser avaliada antes de ser utilizada no plantio. As sementes devem ser coletadas, beneficiadas e adequadamente armazenadas até o plantio. A compra deve ser realizada por meio de instituição devidamente registrada no RENASEM/MAPA.
Seleção da área de trabalho: as áreas serão selecionadas dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Aceiro: a área selecionada para trabalho deve ser aceirada pela técnica de aceiro de acordo com orientações dos gestores do PNCV antes do início do preparo do solo no mês de maio. Preparo do solo: O preparo do solo varia com o grau de infestação de plantas exóticas e das condições específicas de cada área selecionada. O controle de invasoras deverá ser feito utilizando-se queima contrada (seguindo orientações da gestão do PNCV) e revolvimento mecanizado do solo, o qual deverá ser feito imediatamente após a queima. Para o revolvimento deve-se realizar 3 passagens da grade aradora e passagens de grade niveladora de modo a eliminar a cobertura destas gramíneas, e o banco de sementes destas. O nivelamento do solo deve ser repetido nos meses de: junho, agosto, setembro, outubro, e em novembro logo antes da semeadura.
A passagem do trator e implementos deve sempre evitar arbustos e arvoretas maiores que 1 metro. A delimitação da área deve buscar a área com menor densidade de arbustos e arvoretas nativas. A aragem e o nivelamento do solo devem ser realizados em nível e com a construção de terraços e demais práticas mecânicas para evitar erosão.
Semeadura: o plantio deve ser realizado por semeadura direta no mês de novembro, ou após uma precipitação acumulada de pelo menos 100 mm após o início das chuvas. A semeadura direta deve ser realizada dispersando uma mistura de sementes de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas nativas, sendo as espécies e quantidades descritas a seguir. As espécies de sementes maiores que 0,5mm, ou quando indicado, devem ser plantadas logo após a última aragem e nivelamento do solo no final do mês de outubro. Para a dispersão das sementes deve-se utilizar método que propicie a dispersão mais homogênea possível das sementes, evitando agrupamento de sementes depositadas em um mesmo local, ou espécies que sejam plantadas de forma desuniforme concentradas em porções da área. Para isso pode ser utilizado implemento de distribuição de calcário que será abastecido com uma mistura de sementes e areia ou solo do próprio local para promover a distribuição uniforme das sementes. Sementes frágeis e grandes (> 1cm) que quebram facilmente ao passar pelo implemento devem ser distribuídas manualmente. Após a dispersão das sementes maiores que 0,5mm estas devem ser levemente enterradas pela passagem de uma grade niveladora puxada por trator em marcha rápida. Após o enterrio destas sementes deve ser feita a dispersão das sementes menores que 0,5mm. As quais, da mesma forma que as anteriores, devem ser dispersas de maneira uniforme cobrindo toda a área de plantio.
Manutenção: as gramíneas exóticas invasoras deverão ser continuamente controladas para evitar sua dispersão pela área de restauração para que a mesma atinja um nível mínimo de cobertura do solo por gramíneas nativas de 80% (ver no item abaixo sobre monitorametno, a orientação relativa aos indicadores de sucesso da restauração).
Monitoramento: o monitoramento deverá ser realizado por dois anos e deverá seguir o
“Protocolo de Monitoramento da Recomposição da Vegetação Nativa no Distrito Federal” (xxxxx://xxx.xxxxxxxxxxxx.xxx/xxxxxxxxxxx/000000000_Xxxxxxxxx_xx_Xxxxxxxxxxxxx_ da_Recomposicao_da_Vegetacao_Nativa_no_Distrito_Federal). O monitoramento deve ser repetido a cada seis meses. A restauração será considerada como encerrada quando forem atingidos os indicadores de sucesso da restauração conforme definido pela Nota Técnica 1/2018 do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal
- Instituto Brasília Ambiental (xxxx://xxx.xxxxx.xx.xxx.xx/xx- content/uploads/2018/02/NotaTecnica_IndicadoresEcologicos.pdf).
Tabela 01. Espécies recomendadas de acordo com o hábito de crescimento (mínimo):
Hábito | Nome comum | Nome científico | Quantidade a ser semeada |
Arbóreo | Mussambé | Terminalia fastigiata | 10.000 sem./ha |
Candeeiro | Eremanthus uniflorus | 10.000 sem./ha | |
Carvoeiro | Tachigali vulgaris | 10.000 sem./ha | |
Ipê | Tabebuia caraiba | 10.000 sem./ha | |
Barbatimão | Stryphnodendron adstringens | 10.000 sem./ha | |
Jatobá | Hymenaea stigonocarpa | 10.000 sem./ha | |
Copaíba | Copaifera langsdorffii | 10.000 sem./ha | |
Lixeira | Curatella americana | 10.000 sem./ha | |
Cajuí | Anacardium humile | 10.000 sem./ha | |
Carobinha do cerrado | Jacaranda humile | 10.000 sem./ha | |
Mimosa | Mimosa claussenii | 10.000 sem./ha | |
Arbustivo | Lobeira | Solanum lycocarpum | 10.000 sem./ha |
Fedegosão | Senna alata | 10.000 sem./ha | |
Assa- peixe | Vernonanthura phosphorica | 10kg/ha | |
Estilosantes | Stylosanthes capitata | 10kg/ha | |
Amargoso | Lepidaploa aurea | 20kg/ha | |
Herbáceo | Capim fiapo | Trachypogon spicatus | 20kg/ha |
Aristida grande | Aristida riparia | 20kg/ha | |
Aristida pequena | Aristida recurvata | 20kg/ha | |
Brinco-de-princesa | Loudetiopsis chrysothrix | 20kg/ha | |
Capim-pé-de- galinha-dourado | Axonopus aureus | 20kg/ha | |
Andropogon nativo | Andropogon fastigiatus | 20kg/ha | |
Capim Roxo | Schyzachirium sanguineum | 20kg/ha |
Tabela 02. Outras espécies vegetais arbóreas recomendadas por fitofisionomia. Densidade média de plantio: 10.000 sementes/ha
MATA DE GALERIA INUNDÁVEL
Embaúba | Cecropia pachystachya | mata de galeria inundável |
Ingá-De-Colar | Inga cilyndrica | mata de galeria inundável |
Ingá-Do-Brejo | Inga vera | mata de galeria inundável |
Jenipapo | Genipa americana | mata de galeria inundável |
Landim | Callophyllum brasiliense | mata de galeria inundável |
Xxxxxxxxxx | Xxxxxx guidonia | mata de galeria inundável |
Pindaíba-Do-Brejo | Xylopia emarginata | mata de galeria inundável |
Pinha-Do-Brejo | Magnolia ovata | mata de galeria inundável |
Quaresmeira | Tibouchina cf. granulosa | mata de galeria inundável |
Virola | Virola sebifera | mata de galeria inundável |
MATA DE GALERIA NÃO INUNDÁVEL | ||
Angelim-do- cerrado | Andira cujabensis | mata de galeria não inundável |
Angico | Albizia sp. | mata de galeria não inundável |
Angico-vermelho | Anadenanthera macrocarpa | mata de galeria não inundável |
Aroeirinha | Lithraea molleoides | mata de galeria não inundável |
Bálsamo | Myroxylon peruiferum | mata de galeria não inundável |
Calabura | Muntingia Calabura | mata de galeria não inundável |
Canzileiro | Platipodium elegans | mata de galeria não inundável |
Cedro | Cedrela fissilis | mata de galeria não inundável |
Copaíba | Copaifera langsdorffii | mata de galeria não inundável |
Embiriçu-peludo | Pseudobombax tomentosum | mata de galeria não inundável |
Xxxxxxxx | Xxxxx macranthera | mata de galeria não inundável |
Figo-do-mato | Guarea Kunthiana | mata de galeria não inundável |
Goiaba-vermelha | Psidium guajava | mata de galeria não inundável |
Xxxxxxx-xxxxx | Astronium fraxinifolium | mata de galeria não inundável |
Gueiroba | Syagrus oleraceae | mata de galeria não inundável |
Ingá-de-metro | Inga sp. | mata de galeria não inundável |
Xxxx-xxxxx | Xxxx xxxxxxx | mata de galeria não inundável |
Ipê-amarelo-da- mata | Handroanthus serratifolia | mata de galeria não inundável |
Ipê-caraíba | Tabebuia caraiba | mata de galeria não inundável |
Ipê-roxo | Tabebuia impetiginosa | mata de galeria não inundável |
Mamica-de-porca | Zanthoxylumm rhoifolium | mata de galeria não inundável |
Xxxxxxxxx | Xxxxxxxxx edulis | mata de galeria não inundável |
Mirindiba | Buchenavia tomentosa | mata de galeria não inundável |
Monjoleiro | Senegalia phylla | mata de galeria não inundável |
Mulungu | Erythrina sp. | mata de galeria não inundável |
Mutamba | Guazuma ulmifolia | mata de galeria não inundável |
Paineira | Ceiba speciosa | mata de galeria não inundável |
Paineira-do- cerrado | Eriotheca pubescens | mata de galeria não inundável |
Pajeú | Triplaris gardneriana | mata de galeria não inundável |
Pau-ferro | Caesalpinia férrea | mata de galeria não inundável |
Pau-jacaré | Piptadenia gonoacantha | mata de galeria não inundável |
Pindaíba-vermelha | Cardiopetallum calophyllum | mata de galeria não inundável |
Pindaíva | Duguetia lanceolata | mata de galeria não inundável |
Pombeiro | Tapirira guianensis | mata de galeria não inundável |
Saboneteira | Sapindus saponaria | mata de galeria não inundável |
Sapucaia | lecythis pisonis | mata de galeria não inundável |
Sombreiro | Clitoria fairchildiana | mata de galeria não inundável |
Tamboril-da-mata | Enterolobium contortisiliquum | mata de galeria não inundável |
CERRADO SENTIDO RESTRITO | ||
Araçá | Psidium sp. | cerrado sentido restrito |
Aroeira | Myracrodruon urundeuva | cerrado sentido restrito |
Aroeira-pimenteira | Schinus terebenthifolius | cerrado sentido restrito |
Bacupari-da-mata | Cheiloclinium cognatum | cerrado sentido restrito |
Bacupari-do- cerrado | Salacia crassifolia | cerrado sentido restrito |
Cagaita | Eugenia dysenterica | cerrado sentido restrito |
Cajú-do-cerrado | Anacardium humile | cerrado sentido restrito |
Carvoeiro | Callisthene fasciculata | cerrado sentido restrito |
Chichá-do-cerrado | Sterculia striata | cerrado sentido restrito |
Faveiro | Dimorphandra mollis | cerrado sentido restrito |
Garapa | Apuleia leiocarpa | cerrado sentido restrito |
Ipê-amarelo-do- cerrado | Handroanthus ochraceus | cerrado sentido restrito |
Ipê-rosa | Tabebuia avellanedae | cerrado sentido restrito |
Jacarandá-mimoso | Jacaranda mimosifolia | cerrado sentido restrito |
Jatobá-do-cerrado | Hymenaea stigonocarpa | cerrado sentido restrito |
Lobeira | Solanum lycocarpum | cerrado sentido restrito |
Mangaba | Hancornia speciosa | cerrado sentido restrito |
Paineira-do-campo | Eriotheca gracilipes | cerrado sentido restrito |
Pau-de-tucano | Vochysia Tucanorum | cerrado sentido restrito |
Pau-terra | Qualea dichotoma | cerrado sentido restrito |
Pitanga-do-cerrado | Eugenia calicyna | cerrado sentido restrito |
Pitomba | Talisia esculenta | cerrado sentido restrito |
Quina-do-cerrado | Strychnos pseudo-quina | cerrado sentido restrito |
Tamarindo | Tamarindus indica | cerrado sentido restrito |
Tamboril-do- cerrado | Enterolobium gummiferum | cerrado sentido restrito |
Tinguí | Magonia pubescens | cerrado sentido restrito |
Umburana | Amburana cearensis | cerrado sentido restrito |
02176.000040/2021-16
Número Sei:8766454
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
INSTITUTO XXXXX XXXXXX DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
CENTRO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DO CERRADO
Via Epia, BR 450, KM 8,5 , PNB, - Bairro PNB - Brasília/DF - CEP 00000-000 Telefone: (00)0000-0000
Ofício SEI nº 5/2021-CBC/DIBIO/ICMBio
Brasília/DF, 28 de abril de 2021
À Senhora
Camila Prado Motta
Presidente
Rede de Sementes do Cerrado xxx.xxx.xxx.xx xxxxxxxxxxx@xxx.xxx.xx
Assunto: Restauração de 10ha no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Referência: Caso responda este Ofício, indicar expressamente o Processo n° 02176.000040/2021-16.
Sra.,
1. Considerando a atribuição deste Centro no apoio técnico às ações de manejo de unidades de conservação (UC), e a elevada demanda por restauração dentro e no entorno destas áreas protegidas. Nós
trabalhamos incentivando e disponibilizando conhecimentos para que as iniciativas de restauração sejam realizadas de forma a maximizar os benefícios ambientais e sócio-econômicos.
2. Nós temos trabalhado em parceria com o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) desde 2012 em ações relacionadas à restauração de área degradadas. Esta UC apresenta mais de 600 hectares em Zona de Recuperação e já apoiamos trabalhos em mais de 170ha. Nesta UC desenvolvemos pesquisas que resultaram na elaboração de métodos específicos para a restauração de campos e savanas e associado a esta pesquisa articulamos a organização de pequenos produtores locais para a coleta de sementes nativas, provendo este insumo essencial para as ações de restauração, e ao mesmo tempo trazendo benefícios sócio-ambientais. Todo o trabalho com os
coletores, organizados na Associação Cerrado de Pé, têm sido apoiado pela Rede de Sementes do Cerrado, tendo o ICMBio como crucial parceiro.
3. A Rede de Sementes do Cerrado captou recursos para realizar a restauração de 10 hectares, e em acordo com o PNCV e CBC resolveu aplicar esta ação dentro do PNCV. Este projeto traz importantes benefícios diretos para a restauração de ecossistemas degradados na Zona de Restauração da UC e está alinhado aos trabalhos que já vêm sendo desenvolvidos pelo PNCV e este Centro.
4. O Termo de Referência apresentado para contratação do serviço de restauração dos 10ha no PNCV foi construído com o suporte técnico do CBC.
5. Dessa forma, nos colocamos a disposição para acompanhar a execução do trabalho de restauração de 10ha no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em conjunto com a equipe do PNCV, por todo o tempo que for necessário para garantir o sucesso desta ação e o melhor investimento dos recursos.
Atenciosamente,
XXXXXXX XXXXX XXXXX XXXXX
Coordenador do CBC
XXXX XXXXXXXX XXXX XX XXXXXXX XXXXX
Chefe do PNCV
Documento assinado eletronicamente por Xxxx Xxxxxxxx Xxxx xx Xxxxxxx Xxxxx, Chefe, em 29/04/2021, às 12:09, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Documento assinado eletronicamente por Xxxxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxx, Coordenador(a), em 03/05/2021, às 10:40, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site xxxxx://xxx.xxxxxx.xxx.xx/xxxxxxxxxxxxx informando o código verificador 8766454 e o código CRC 54C919AA.