Racionalidade Limitada Cláusulas Exemplificativas

Racionalidade Limitada. 61 2.4 Oportunismo 63
Racionalidade Limitada. Nesse sentido, é importante ter em consideração que o ser humano, o homus economicus, é, em sua essência, um decisor egoísta, racional, tendente a adotar, sempre que possível, comportamentos oportunistas e que valorizem seus ganhos individuais, olvidando os parâmetros de boa-fé e solidariedade que se espera de uma relação bilateral. O economista e psicólogo norte americano Xxxxxxx Xxxxxxxxx Xxxxx (1926 – 2001) apresentou uma pesquisa sobre o processo decisório em organizações econômicas que rendeu a ele o Prêmio Nobel de 1978. Uma das constatações dessa pesquisa foi a Racionalidade Limitada180 do ser humano. Para o mesmo, os indivíduos possuem limitações no processo de decisão racional, uma vez que incapazes de não fazer inserir elementos de alto teor subjetivo na tomada de decisão.181 Os indivíduos, agentes econômicos, têm, efetivamente, uma limitação natural de sua racionalidade, o que restringe sua capacidade de processar o conjunto informativo que lhe é apresentado182. Diante de tal racionalidade, limitada, as decisões tomadas são satisfatórias e não ótimas. Sem a existência de limites à racionalidade, em hipótese, todas as transações poderiam ser holisticamente antevistas, com a análise prévia de todas as suas variáveis, permitindo a elaboração de contratos prevendo todos os acontecimentos possíveis, o que eliminaria incertezas183 e, assim, sem os custos relacionados a tais inseguranças. 180 Vide, sobre o tema, Xxxxxxx, para quem “No modelo da racionalidade limitada, a variante subjetiva da utilidade esperada da escolha racional é integrada ao risco e à incerteza, associando uma distribuição de probabilidade, estimada pelo tomador de decisão por meio dos resultados. Dessa forma, o tomador de decisão maximiza a utilidade esperada.”. XXXXXXX, Xxxxxx Xxxx Xxxxxx – A influência da racionalidade limitada e do oportunismo em um jogo de empresas, p. 36. 181 Nesse sentido, vide Xxxx e Xxxxxxx, para quem “As informações utilizadas pelo agente para a tomada de decisão são baseadas em fatos muito subjetivos, como as percepções que os indivíduos têm acerca do ambiente em que vivem. A racionalidade dos agentes depende de suas crenças, e estas crenças dependem das informações disponíveis no momento de suas ações. Neste sentido, um conjunto de informações completamente deturpadas pode gerar comportamento racional, desde que as ações de um grupo de indivíduos sejam amparadas por estas informações.”. XXXX, Xxxxxxx Xxxxxxxxx; XXXXXXX, Xxxx Xxxxxx – Racionalidade limita...
Racionalidade Limitada. Podemos dizer que a racionalidade diz respeito à compreensão do indivíduo quanto à realidade que o cerca. No âmbito empresarial, a racionalidade envolve a noção do empresário quanto às condições dos negócios que desenvolve. Há duas teorias que explicam a dimensão da racionalidade do agente econômico na atividade empresarial:
Racionalidade Limitada. Xxxxxx e Xxxxxxxxxxx (2002, p. 269) lembram que a ECT, tendo como referência as contribuições de H. Xxxxx, pressupõe que o comportamento humano mesmo sendo intencionalmente racional, é limitado. Essa limitação apóia-se em dois fundamentos: o neurofisiológico - limitação humana na acumulação e processamento de informações, e; de linguagem - limitação da capacidade de transmissão da informação. Xxxxxxxxxx (1985) afirma que sem limites cognitivos as transações poderiam ser conduzidas por meio do planejamento. A racionalidade é classificada em três níveis: a racionalidade forte – adotada na teoria neoclássica pela visão maximizadora dos agentes econômicos a qual pressupõe que todos os indivíduos são capazes de absorver e processar toda informação disponível; a racionalidade limitada – adotada pela ECT considera que a limitação dos agentes implica em custos de transação decorrentes da incompletude de contratos; a racionalidade orgânica – ligada à escola evolucionista presume que os indíviduos não são capazes de desenhar os elementos para antecipar os problemas de adaptação ex-post (XXXXXXXXXX, 1985).

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