Contract
1 - APRESENTAÇÃO:
As especificações aqui apresentadas têm como objetivo definir condições básicas para o desenvolvimento dos serviços de Contenção e estabilização de talude (Próximos as Ruas A e B – Morro da Glória I - Angra dos Reis – RJ.
Estamos fornecendo, juntamente com o presente caderno de especificações técnicas, o projeto básico e detalhes construtivos.
Para efeito de interpretação em caso de possível divergência entre os diversos elementos integrantes do contrato, deverão ser observados os seguintes procedimentos seletivos de prioridade:
1o.) Contrato;
2o.) Normas da ABNT; 3o.) Especificações; 4o.) Projetos Básicos, e;
5o.) Normas dos Fabricantes.
2 - OBRIGAÇÕES:
2.1 - Objetivando o perfeito cumprimento das disposições contidas na presente especificação, o "Construtor" obriga-se a prestar à "Obra" a melhor assistência técnica e administrativa, ensejando o emprego de métodos modernos pertinentes a execução dos serviços dentro dos prazos previstos no cronograma físico da obra. A "Contratada" deverá manter uma equipe técnico-administrativa dimensionada de acordo com a obra.
2.2 - Na falta de definições precisas do projeto ou demais elementos técnicos, no que diz respeito à obra, o Construtor deverá consultar por escrito a fiscalização em tempo hábil. A inobservância desta norma tornará o Construtor totalmente responsável por qualquer atraso no andamento da obra e pelas atitudes e definições arbitrárias que vier adotar.
2.3 - Será responsabilidade da Contratada, o fornecimento de todos os equipamentos, materiais, mão-de-obra e quaisquer insumos necessários a perfeita execução da obra, inclusive transporte do material e descarga no local, bem como transporte vertical para atender as necessidades dos serviços.
2.4 - É a firma Contratada obrigada a atender as exigências da Legislação Trabalhista e Social, no que diz respeito ao pessoal que lhe prestar serviços, estando ainda implícitas as determinações do Conselho Regional de Arquitetura, Engenharia e Agronomia (CREA) especialmente no que se relaciona com a colocação das placas em chapa galvanizada e padrão PMAR.
2.5 - Todos os materiais empregados na obra serão de fornecimento da Contratada e deverão ser novos, comprovadamente de qualidade, certificado pela ABNT, satisfazendo rigorosamente as presentes especificações.
2.6 - Se circunstâncias ou condições locais de mercado tornarem por ventura aconselhável a substituição de qualquer material especificado por outro, equivalente, tal substituição somente será procedida mediante autorização da Fiscalização e de acordo com as diretrizes do Art. 65, da Lei No. 8.666/93.
2.7 - Será expressamente proibida a manutenção, no local da obra, de qualquer material impugnado pela fiscalização ou que esteja em desacordo com as especificações.
2.8 - Serão impugnados pela Fiscalização todos os serviços em desacordo com as presentes especificações e com a técnica peculiar a espécie, ficando a empreiteira obrigada a demolir e refazer os trabalhos rejeitados, logo após o recebimento da ordem de serviço correspondente, correndo as despesas por sua própria conta.
2.9 - As comunicações entre a Fiscalização e a firma Contratada e vice-versa, relativamente a execução da obra, somente terá validade se efetuadas por escrito.
2.10 - A firma deverá manter no local da obra:
a) Livro de ocorrência diária (Diário de Obras) a ser fornecido pela Contratada preenchido em 03 (três) vias, confeccionado de acordo com modelo fornecido pela CONTRATANTE;
b) Uma via do Contrato;
c) Cópias dos projetos e detalhes de execução;
d) Registro das alterações regularmente autorizadas;
e) Cronograma físico-financeiro;
f) Relação dos recursos de pessoal, material e equipamento alocado na obra.
3 - DISPOSIÇÕES GERAIS:
3.1 - Todos os serviços deverão ser executados com rigorosa obediência às normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT pertinentes às Construções de Obras Civis.
3.2 - A Fiscalização registrará qualquer anormalidade no Livro de Ocorrência, determinando as medidas corretivas cabíveis.
3.3 - A administração da obra ficará a cargo de um Engenheiro ou Xxxxxxxxx designado pelo construtor.
3.4 - Caberá a Contratada o cumprimento de todas as disposições da Segurança e Medicina do Trabalho Lei No. 6514 de 22 de dezembro de 1977 da Consolidação das Leis do Trabalho, bem como as NR's da Portaria No. 3214 de 08 de junho de 1978.
3.5 - Haverá ao longo da obra, reuniões periódicas da Contratada com a Fiscalização, devendo ocorrer a 1a. (primeira) logo após o recebimento da Ordem de Serviço, porém antes do início da obra, objetivando a implantação geral da obra.
3.6 - A condução, a alimentação e alojamento do pessoal alocado na obra são de inteira responsabilidade da Contratada.
3.7 - Cabe a licitante analisar minuciosamente o Projeto, Nota de Serviço e Planilha, bem como o local dos serviços antes de formular a proposta, pois após a licitação não serão aceitas reclamações decorrentes de diferenças em totais de quantidades ou preços de serviços nem existência de empecilhos para a execução dos mesmos.
3.8 - Placa Padrão PMAR: Será executada obedecendo a modelo fornecido pela PMAR, sendo ao término dos serviços removida ao depósito do serviço público.
3.9 - Medições:
Serão consideradas para efeito de medição, as quantidades especificadas na Planilha de Custos, observando o cronograma físico-financeiro.
4 - CANTEIRO DE OBRAS:
4.1 - A construtora deverá fornecer ao canteiro de obras, todos os equipamentos, utensílios, ferramentas e veículos necessários a perfeita execução dos trabalhos.
4.2 - A vigilância e a preservação dos materiais necessários a obra, bem como, de edificação não entregues a PMAR, são de total responsabilidade da empreiteira.
4.3 - A instalação de campo da empreiteira deverá ser em barracão de madeira, devendo seu custo estar incluído no custo total da obra.
5 - ADMINISTRAÇÃO LOCAL:
São as despesas indiretas geradas pela montagem e manutenção de uma estrutura administrativa no local da obra para possibilitar a direção e a fiscalização técnica (interna e externa) dos serviços e o controle dos custos.
São gastos facilmente vinculados às obras em andamento e, na maioria dos casos, referentes a cada uma delas em particular, tais como:
(a) instalação do canteiro: mobilização, acessos ao local da obra, instalações provisórias de pequeno porte2 (abrigos de madeira, escadas, rampas, passarelas, bandeja salva-vidas, sinalização, tapumes, galerias, instalações provisórias de água, energia, telefone e afins), aluguel de imóveis e manutenção das instalações provisórias e imóveis;
b) equipamentos da administração (veículos, mobiliário, telefones fixos, celulares, equipamentos de escritório, relógio de ponto, computadores, condicionadores de ar, fogão, geladeira e afins);
c) mão-de-obra indireta: gerente, engenheiro, mestre de obras, encarregado de produção3, técnico de edificações, técnico de segurança, enfermeiro, apontador, almoxarife, vigia e demais funcionários administrativos lotados no local da obra;
d) apoio à mão-de-obra direta e indireta, incluindo: medicina e segurança do trabalho, alimentação e transporte de funcionários administrativos, transporte de funcionários dentro do canteiro de obras, transporte de diretores e executivos;·(e) consumos administrativos, tais como: contas de água, energia e telefone, materiais de escritório, malote, acesso à internet, materiais de limpeza e alimentos (água e café) e afins;
f) controle tecnológico: serviços de laboratório de materiais de construção e controles em geral.
6 – SERVIÇOS:
6.1 - Barracão de Obras:
A instalação de campo de empreiteira será em um barracão de chapas de madeira compensada plastificada, lisa, de colagem fenólica, à prova d’água , de 2.44 x 1.22 m e 9 mm de espessura e piso e estrutura de pinho de 3ª, sendo a cobertura de telhas onduladas de 6 mm de cimento amianto, com instalações, esquadrias e ferragens e torre com caixa d’água de 500 l. O barracão terá área total de 27,00 m2.
6.2 - Ligação Provisória de Água para Obra: Normas:
Conforme o disposto na NBR 7678/1983 – Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção (NBR - 252/1982) – subtítulo “Limpeza e Higiene”
Prescrições
A ligação provisória, quando o logradouro for abastecido por rede distribuidora pública de água, obedecerá às prescrições e exigências da Municipalidade local.
Reservatórios
Os reservatórios serão de fibra de vidro, dotados de tampa, com capacidade dimensionada para atender, sem interrupção de fornecimento, a todos os pontos previstos no canteiro de obras. Cuidado especial será tomado pela Contratada quanto à previsão de consumo de água para confecção do concreto, alvenaria, pavimentação e revestimento, bem como para o uso do pessoal de obra.
Tubulação
Os tubos e conexões serão do tipo rosqueáveis para instalações prediais de água fria, em PVC rígido.
Poço
Quando o logradouro não for abastecido por rede distribuidora pública de água, a utilização de água de poço ou de curso d’água obrigará a Contratada à análise da água utilizada, através de exame de laboratório especializado e de reconhecida idoneidade, quanto à sua potabilidade – para os pontos de alimentação e higiene dos operários – e quanto à sua agressividade – para os pontos de confecção e mesclas previstas para a obra.
Abastecimento
O abastecimento de água ao canteiro será efetuado, obrigatoriamente, sem interrupção, mesmo que a Contratada tenha que se valer de “caminhão pipa”
Hidrômetro
A CONTRATADA fornecerá e instalará no canteiro um hidrômetro para medição de água residencial com vazão de 3,00 M³ / Hora Ø ¾”
6.3 - Ligação Provisória de Esgoto Sanitário para Obra: Normas
Conforme o disposto na NBR 7678/1983 – Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção (NBR - 252/1982) – subtítulo “Limpeza e Higiene”
Coletor Público
Quando o logradouro possuir Coletor Público, caberá à CONTRATADA a ligação provisória dos esgotos sanitários provenientes do canteiro de obras, de acordo com as exigências da Municipalidade local.
Fossa
Quando o logradouro não possuir Coletor Público de Esgotos CONTRATADA instalará fossa séptica e sumidouro, de acordo com as previsões estabelecidas na NBR 7229/1993 - Projeto, Construção e Operação de Tanques Sépticos (NBR -41/1993).
6.4 - Ligação Provisória de Luz e Força para Obra (Instalação mínima) a)Normas
A Instalação provisória de energia elétrica obedecerá às recomendações constantes dos seguintes documentos:
a.1 - NBR 7678/1983: Segurança na execução de Obras e Serviços de Construção (NB-252/1982);
a.2 - Manual Técnico de Segurança do Trabalho em edificações Prediais, do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Município do Rio de Janeiro;
b) Prescrições
A ligação provisória de energia elétrica ao canteiro obedecerá, rigorosamente, às prescrições da Concessionária local de energia elétrica.
b.1 - Na fase de planejamento do canteiro, é necessário estudar a melhor localização para o P.C. e o Quadro geral de Distribuição – QGD – para evitar:
2.1.1 – Grande distância ao P.C. do poste de onde sairá a ligação da Concessionária, impondo um percurso de cabos por locais indesejáveis, muitas vezes de alta tensão;
2.1.2 – Distância excessiva entre o P.C. e o Q.G.D., procurando centralizar todo o sistema do canteiro;
2.1.3 – Dificuldade de distribuição de energia para os diversos pontos do canteiro;
2.1.4 – Dificuldade de acesso em caso de emergência.
b.2 - A chave geral, tipo faca e com capacidade igual à chave do P.C. que a alimenta, será instalada de maneira a desligar toda a rede.
b.3 -As chaves e fios serão dimensionados;
b.3.1 -Os fios do QDG serão dimensionados de maneira a não atingirem temperaturas excessivas;
b.3.2 -Serão previstas chaves para os seguintes circuitos:
b.3.2.1 – Futuras prumadas do prédio;
b.3.2.2 – Barracões a serem construídos;
b.3.2.3 – Iluminação externa do canteiro;
b.3.2.4 – Letreiros e placas;
b.3.2.5 – Máquinas e equipamentos fixos (gruas, guinchos, betoneira, serra circular, bomba, etc.);
b.3.2.6 – Chaves reservas para futuras ligações.
b.4 -O QGD deve ser aterrado, além de dispor de terminal neutro para alimentar o sistema monofásico.
b.5 -A eficácia dos aterramentos satisfará, às necessidades funcionais e de segurança da instalação elétrica, máquinas e equipamentos;
b.6 - A frente do QGD será mantida desobstruída e a porta sempre fechada com cadeado. Na chave geral, será amarrada uma corda que passará através da porta, o que permitirá o corte de energia em caso de emergência.
b.7 - Os eletrodos de aterramento podem ser intencionalmente estabelecidos ou já existentes e serão constituídos por:
b.7.1 - – Eletrodos de aterramento intencional estabelecidos:
*Sistemas de hastes ou cubos de aterramento, fitas, condutores, barras ou chapas metálicas cravadas ou enterradas no solo;
*Eletrodos embutidos nas fundações do prédio.
b.7.2 - – Eletrodos de aterramento já existentes:
*Canalização metálica;
*Estruturas metálicas enterradas.
b.8 - Nas proximidades do QGD, no máximo a 10(dez) metros de distância, será colocado um extintor de incêndio, tipo CO2, com capacidade de 6(seis) quilos.
c) Rede
c.1 - A rede aérea, em locais descobertos, será instalada a uma altura mínima de 3(três) metros, suspensa por postes dela isolados, evitando-se as áreas onde for prevista a movimentação de guindastes, gruas, caminhões betoneiras, etc. Quando essas áreas não puderem ser evitadas, serão fixadas barreiras horizontais, com altura inferior ao nível da fiação;
c.2 -A rede elétrica não poderá ser instalada muito próxima a tapume de madeira e, os fios, terão cores diferentes, sugerindo-se a seguinte convenção:
3.2.1 – Fase: vermelho e/ou preto;
3.2.2 – Neutro: branco ou amarelo;
3.2.3 – Terra: azul.
c.3 -A instalação elétrica de barracões será comandada e protegida por quadros de disjuntores, localizados o mais próximo possível desses mesmos barracões. Será permitido o uso de chave de faca, desde que abrigadas em caixas de madeira, com portinhola guarnecida com ferragem de fechamento;
c.4 -O número de disjuntores (circuitos) será determinado de maneira a não se ter mais de 12(doze) pontos-luz e tomadas – num mesmo circuito. Para aparelho de ar-condicionado, haverá uma tomada para cada unidade e circuitos independentes.
c.5 -A rede de distribuição nos barracões (alojamento, banheiro, cantina, almoxarifado, escritório, etc.) será, de preferência, por eletrodutos de aço ou PVC e, os pontos de luz e tomadas, localizados de acordo com a disposição dos compartimentos.
c.6 -A instalação de tomadas em alojamento será prevista no projeto inicial, com o objetivo de eliminar improvisações.
c.7 - Cada máquina ou equipamento, além da chave própria no QGD, será protegido por uma chave eletromagnética (guarda-motor) ou uma chave blindada automática.
c.8 -As potências dos equipamentos mais usados no canteiro de obras são:
c.8.1 – Grua: 30HP;
c.8.2 – Guincho: 15 HP;
c.8.3 – Betoneira: 10 HP;
c.8.4 – Serra circular: 7,5 HP;
c.8.5 – Serra manual: 3 HP;
c.8.6 – Furadeira: 3 HP;
c.8.7 – Bomba submersa: 3 HP;
c.8.8 – Vibrador: 2 HP.
c.9 - Na ligação de um motor deve-se evitar a inversão do sentido de rotação, bem como verificar a necessidade ou não de seu aterramento.
c.10 -Todos os quadros ou painéis de distribuição, quando metálicos, serão ligados à terra, além de terem o terminal específico para a ligação terra dos diversos equipamentos.
c.11A ligação terra será, de preferência, feita entre a carcaça e o terminal terra do quadro ou painel de distribuição, evitando-se ligações diretas (entre a carcaça e um eletroduto-terra, como armaduras ou tubulações).
c.12 -A iluminação de quartos, vestiários e alojamentos será comandada por interruptores. Nos alojamentos de empreiteiros, o interruptor será instalado externamente, para evitar que a iluminação fique ligada permanentemente.
c.13 - As equipes que permanecem trabalhando após o anoitecer, solicitarão, com antecedência, iluminação provisória nos locais necessários.
c.14 - Os fusíveis das chaves terão a intensidade da corrente (ampère) dimensionada conforme projeto inicial das instalações, sendo proibido o uso de qualquer dispositivo não convencional (arame, papel laminado, etc.) para substituí-los.
c.15 - As chaves de faca só podem ser usadas para comandar circuitos elétricos, sendo proibido o seu uso para máquinas e equipamentos.
6.6 -Preparo manual de terreno:
DEFINIÇÃO
A Limpeza do terreno compreenderá os serviços de capina, roçagem, destocamento e remoção de vegetação rasteira, arbustiva e de árvores de pequeno porte, deixando a área livre e desimpedida para que se tenha um retrato fiel de todos os acidentes do terreno.
MÉTODO EXECUTIVO
A capina e a roçagem deverão ser feitas manualmente com foice, roçadeira, moto-serra ou outras ferramentas adequadas.
O destocamento manual compreenderá a operação de corte e remoção dos tocos e das raízes da vegetação arbustiva ou de pequeno porte até o o = 5 cm.
As árvores de diâmetro acima de 5 cm deverão ser retiradas com o auxílio de equipamentos mecânicos.
Os entulhos e restos de vegetação deverão ser removidos do terreno e colocados em local apropriado, indicado pela Fiscalização.
03. CRITÉRIOS DE CONTROLE
A completa limpeza do terreno será efetuada tomando-se os devidos cuidados de forma a serem evitados danos a terceiros, ou a propriedades vizinhas.
Xxxxxxx ser preservados os elementos de composição paisagística devidamente assinalados no projeto, bem como indicados pela Fiscalização.
Não será permitida a permanência de entulho nas adjacências da obra ou em locais que possam obstruí-Ia, devendo todo o material ser removido imediatamente para o local determinado pela Fiscalização.
04. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
Será medida a área do terreno limpo em metros quadrados (m2).
O pagamento será efetuado por preço unitário contratual, após sua conclusão, incluindo toda a remoção de material e conforme medição aprovada pela Fiscalização.
6.7 - Escavação* Manual:
a) Considerações Gerais:
Os serviços previstos abaixo do nível do terreno serão compatíveis com as indicações do projeto apresentado pela Contratada, com a natureza do terreno e previamente aprovado pela Fiscalização.
As escavações, caso contrário, serão convenientemente isoladas, escoradas e esgotadas adotando-se todas as providências e cautelas aconselháveis para segurança dos operários, garantia das propriedades vizinhas e integridade dos logradouros e redes públicas.
b) Classificação dos Materiais:
- Materiais de 1a. categoria: Compreendem solos em geral, residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15m qualquer que seja o teor de umidade que apresentem;
Materiais de 2a. categoria: Compreendem os materiais com resistência ao desmonte mecânico inferior ao de uma rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação dos métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação existente. A extração eventualmente poderá envolver o uso de explosivos ou processos manuais adequados. Estão incluídos nesta classificação os blocos de rocha de volume inferior a 2m3 e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 e 1,00m.
Materiais de 3a. categoria: Rocha viva.
Normas Técnicas
NBR 9061 – Segurança de escavação a céu aberto.
6.8 - Carga de Material:
Carga Manual
Consiste no carregamento manual de material de qualquer categoria, em caminhões basculantes ou em outros equipamentos transportadores sem a utilização de equipamentos de carga.
Carga Mecanizada
Consiste no carregamento de material de qualquer categoria, em caminhões basculantes ou em outros equipamentos transportadores, com utilização de pás carregadeiras ou escavadeiras.
O material pode ser oriundo de cortes ou empréstimos, de substituição de materiais de baixa qualidade retirados dos cortes, além de entulhos a serem removidos.
Materiais
Material procedente da escavação do terreno natural, geralmente, é constituindo por solo, alteração de rocha, rocha ou associação destes tipos.
Para os efetos desta Especificação será adotada a seguinte classificação:
Material de 1ª categoria
Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15m, qualquer que seja o teor da umidade apresentado.
Material de 2ª categoria
Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização de equipamento de escarificação de grande porte. A extração, eventualmente, poderá envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Incluídos nesta classificação os blocos de rocha, de volume inferior a 2m3 e os matações ou pedras de diâmetro médio entre 0,15m e 1,00m.
Material de 3ª categoria
Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00, ou de volume igual ou superior a 2m3, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento se processem com o emprego contínuo de explosivos.
Entulho
Compreende o material originário de demolições em geral, qualquer que seja sua natureza. 02. Método Executivo
A carga será geralmente precedida pela escavação do material, ou demolição, e de sua deposição na praça de carregamento em condições de ser manipulado manualmente ou pelo equipamento de carga.
As praças de carregamento deverão apresentar boas condições de conservação, circulação e manobra.
No caso de valas ou cavas, com remoção total ou parcial de material, a carga poderá ser feita juntamente com escavação, principalmente quando se tratar de serviço em área urbana.
O material deverá ser lançado na caçamba, de maneira a que fique uniformemente distribuído, no limite geométrico da mesma, para que não ocorra derramamento pelas bordas durante o transporte.
Tratando-se de transportes em área urbana, estradas ou em locais onde haja tráfego de veículos ou pedestres, a caçamba do equipamento deverá ser completamente coberta com lona apropriada, ainda no local da carga, evitando-se assim, poeira e que da de material nas vias.
Também em áreas urbanas, o material estocado na praça de carregamento deverá ser mantido umedecido, evitando-se poeira.
Os materiais inservíveis e resíduos da construção civil, deverão ser transportados para local de destinação final (bota Fora), conforme coordenadas UTM (Datum Sirgas 2000); 23K 573239.34mE / 7466490.24mS, Rodovia Saturnino Braga (RJ- 155, Km 4.6, Serra D'água – Angra dos Reis/Rj, área licenciada ambientalmente, conforme LO nº 001/2018/SDUS.SEMAM.
Distância média de transporte considerada na memória de cálculo foi de 10 (dez) kilometros, já considerando a distância do local objeto desta licitação até endereço supracitado.
Critérios De Controle
Os equipamentos de transporte deverão ter as dimensões de suas caçambas levantadas e anotadas, previamente, visando-se facilitar a apropriação dos volumes, no caso de medição por volume solto carregado.
Na carga, o material deverá ser uniformemente distribuído na caçamba.
O controle da carga, quanto à distribuição do material, será visual; quando à determinação do volume, o procedimento será aquele descrito no Critério de Medição, a seguir.
Equipe e Equipamentos de Carregamento
A utilização da carga manual ou mecanizada se fará de acordo com as condições dos locais de carga e com as características dos materiais, ficando sua definição a cargo da Fiscalização.
Para o carregamento manual, a equipe deverá estar devidamente protegida com EPI’s (bota de couro, luvas e máscaras contra poeira) e provida das ferramentas, adequadas.
Para o carregamento mecanizado deverão ser usadas pás carregadeiras, escavadeiras ou retro-escavadeiras.
Critérios De Medição E Pagamento
Havendo necessidade de remunerar em separado, a carga, e ou, transporte do material proveniente da escavaca, os seus volumes deverão ser majorados com os coeficientes de empolamento definidos a seguir:
a)1,10 para as areias
b)1,20 para os solos silto-arenosos
c)1,3 para os solos argilosos
Em situações excepcionais, ou quando não houver corte a medir (materiais previamente armazenados, adiquiridos de terceiros ou entulhos), a medição será feita pelo volume solto (m3), efetivamente carregado. Este volume será determinado pela média da altura do material em relação ao fundo da caçamba, em pelo menos, 3 pontos. Os volumes serão aferidos pela Fiscalização para cada viagem, apropriando-se o total das mesmas.
O pagamento será efetuado por preço unitário contratual e conforme medição aprovada pela Fiscalização, estando incluídos neles todo o equipamento e pessoal necessários, bem como os encargos e outras despesas necessárias à sua execução.
6.9 - Transporte de Qualquer Natureza:
Será em caminhão basculante, com velocidade média de 25km/h, capacidade útil de 8 toneladas. Sendo a unidade de carga/descarga a (txkm). O DMT para bota fora será na área da prefeitura destinada a receber este tipo de material com DMT=10,0 KM. A distância de transporte de material de pedreira e usina, foram apurados através de pedreiras das região conforme mapa demonstrativo anexo, onde foi adotado para cálculo de transporte de material de pedreira um DMT= 20,0 KM e de usina DMT= 20,0 KM.
Estão incluídos nestes serviços o tempo de manobras e de descarga mecânica do materiais.
6.10 - Estaca de Concreto Armado Moldada no Local:
Procedimento Executivo
1) O terreno, no local indicado em projeto será perfurado por meio de uma broca ou trado – cavadeira, até encontrar o subsolo firme.
2) O furo será preenchido com concreto bastante seco e lançado através de um funil apropriado de modo a impedir que, por arqueamento, ele fique preso às paredes do furo.
3) O concreto será adensado por meio de socamento com vara.
4) A broca será feita com concreto de consumo mínimo de cimento de 300 Kg/m³, com comprimento máximo de 4 m, diâmetro mínimo de 20 cm e espaçadas de no máximo 2,5 m quando se tratar de pequenas edificações e três metros quando se tratar de muros de fecho, gradis etc.
5) A estaca receberá armadura de aço CA-50 com taxa de armadura de, no mínimo, 100 kg/m3
6) A execução de brocas na presença de lençol freático só será admitida quando se tratar de solos de baixa permeabilidade, que possibilitem a concretagem do fuste antes do acúmulo de água no furo e sempre após a aprovação da fiscalização da Contratante.
Normas Técnicas
NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
18.6 – Escavações, fundações e desmonte de rocha.
NBR 121231 – Estacas – Prova de carga estática – Método de ensaio. NBR 6122 – Projeto e execução de fundações.
6.11 - Demolições e Retiradas:
Serão executadas as demolições e retiradas indicadas em projeto e/ou planilha de custos:
a) Normas:
a.1) As demolições são reguladas, sob o aspecto de segurança e medicina do trabalho, pela Norma Regulamentadora NR-18, aprovada pela Portaria nº 4, de 04 de julho de 1995, do Ministério do Trabalho, Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST/MTb – e publicada no D.O.U. de 07 de julho de 1995.
a.2) Sob o aspecto técnico, as demolições são reguladas pelos seguintes documentos:
a.2.1) NBR 5682/1977: Contratação, execução e supervisão de demolição (NBR-598/1977);
a.2.2) Manual Técnico de Segurança do Trabalho em Edificações Prediais, publicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Município do Rio de Janeiro, do SENAI e da CBIC, autoria de Xxxxxx xx Xxxxx Xxxxxxxxx e Xxxxx Xxxxxx.
a.2.3) Antes de iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia elétrica, água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água devem ser desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas, respeitando-se as normas e determinações em vigor.
b) Xxxx a demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado.
c) Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, serão previamente umedecidos.
d) As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando esta for metálica ou de concreto armado.
e) Demolições porventura necessárias serão efetuadas dentro da mais perfeita técnica, tomados os devidos cuidados de forma a se evitarem danos a terceiros.
f) Incluem-se, nas demolições aludidas no item anterior, as fundações e os muros divisórios remanescentes e a retirada de linhas de abastecimento – energia elétrica, água, gás, esgoto, etc. – respeitadas as normas e determinações das empresas concessionárias e das repartições públicas.
g) A remoção e o transporte de todo o entulho e detritos provenientes das demolições serão executados pela CONTRATADA, de acordo com as exigências da Municipalidade local.
h) Os materiais remanescentes das demolições e que possam ser reaproveitados serão transportados pela CONTRATRADA, desde que não haja outras instruções a respeito, para depósitos indicados pela CONTRATANTE. A distância máxima de transporte desses materiais é de 10 (dez) km do local da obra.
i) A remoção vertical, de entulho e detritos resultantes de demolições e de outras origens, será efetuada, de preferência, por gárgulas (condutores verticais).
j) Os materiais provenientes das demolições e retiradas serão transportados para local que não interfira no livre trânsito no canteiro de obras.
k) Os materiais a serem reaproveitados na própria obra ou a serem removidos para local indicado pela CONTRATANTE, serão colocados em local seguro e armazenados de forma correta para que não ocorram danos, quebras ou deformações.
Normas Técnicas
NR – 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria de construção – 18.5 – Demolição NBR 5682 – Contrato, execução e supervisão de demolições.
6.12 - Concreto e Argamassa Projetados e Injetados:
01. DEFINIÇÃO
Tratam-se de concretos ou argamassas aplicados pneumaticamente, ou seja, da mistura de cimento, agregados e água projetada através de bombas, por mangotes, (via seca ou via úmida) contra uma superfície a ser protegida ou recuperada, com espessura média variável de 3 a 5cm.
Eventualmente pode ser usada tela metálica para armar o concreto projetado, aumentando a sua resistência. Essa tela, com malha de 5 a 20cm e fios de 2 a 5mm, é fixada às superfícies com chumbadores e pinçadores, antes da projeção do concreto ou argamassa.
02. MÉTODO EXECUTIVO Preparação da Superfície
A superfície destinada à aplicação da argamassa ou concreto projetado deverá ser limpa previamente. Para isso deverá receber tratamento através de ação mecânica que, dependendo da situação, poderá ser por meio de jateamento de água e ar com moderada pressão, jateamento de areia, jateamento de água e ar com elevada pressão, jateamento com ar comprimido ou simples raspagem com escovas de aço. Recomenda-se, caso a superfície seja de concreto ou aço, o uso preferencial do jato de areia.
Solo
Em casos de aplicação em solo, este deverá estar bem compactado e próximo dos alinhamentos definitivos antes do início da projeção. Deverão ser retiradas as matérias orgânicas existentes, os gravetos, material solto ou resíduos que possam prejudicar a aderência entre o concreto ou argamassa projetados e o solo.
A superfície deverá ser umedecida antes da aplicação, porém não poderá apresentar infiltrações ou pontos de acúmulo de água. Nesses casos, poderão ser usados drenos perfurados ou canalizações superficiais para captação e drenagem da mesma.
Concreto e Alvenaria
Quando a argamassa ou o concreto projetado for aplicado em superfícies de concreto, todo o material deteriorado ou que possa prejudicar a aderência do material projetado deverá ser previamente removido. Qualquer área a ser reparada com o uso de concreto ou argamassa projetados deve ser escarificada de maneira que sejam removidas as partes que possam originar alterações abruptas na espessura, a menos que seja utilizada uma armação adequada para evitar tal ocorrência. No perímetro das cavidades, as arestas internas deverão ser transformadas em taludes com 45º de inclinação.
Nesses casos, deverá ser removido todo o material solto, bem como deverá ser utilizado jateamento de areia para remover resíduos de tinta, óleo, graxa e outros produtos indesejáveis ou agressivos, de modo a proporcionar a formação de uma superfície irregular que melhore a aderência da argamassa ou do concreto projetado.
As superfícies de argamassa ou de concreto projetado em juntas de construção deverão ser limpas mediante jateamento de areia ou de ar e água a elevada pressão. Será permitido o uso de escovas de aço para efetuar a limpeza da área da junta, desde que o material projetado não tenha atingido o tempo de fim de pega. A superfície deverá ser umedecida de maneira que fique saturada, imediatamente antes da projeção.
Rocha
Superfícies de rocha deverão estar isentas de materiais soltos, lama e outros materiais que possam prejudicar a aderência do material projetado com a mesma.
Armação
Deverão ser obedecidas as prescrições referentes a classe, categoria, limpeza, dobragem, emendas, montagem, proteção e tolerância dos capítulos 10 e 11 da NBR 6118.
Recomenda-se que não sejam utilizadas armaduras com diâmetro superior a 20mm.
Deverão ser tomadas precauções especiais na colocação da armadura, seja na forma de barras ou de telas, para evitar a criação de áreas congestionadas de armação, propícias à ocorrência de irregularidades quando da projeção do concreto ou argamassa. O projeto e a colocação da armadura deverão levar esse fator em conta para que seja evitada a formação de bolsões de material segregado das barras.
O recobrimento da armadura deverá ser o maior entre os valore prescritos pela NBR 6118 e os seguintes:
Para revestimentos, lajes e paredes, 2 cm no caso de argamassa projetada e 4 cm para concreto projetado;
Para vigas e pilares, 4cm. Deverá ser evitada a amarração de barras emendadas por trespasse. Caso essas venham a ser utilizadas, deverão ser colocadas de maneira apresentar a menor área de obstrução à passagem do fluxo de material. Deve-se evitar que duas barras paralelas fiquem próximas demais, a ponto de obstruir o material projetado. O menor espaçamento admissível entre barras de armadura deverá ser o maior dos valores entre 2 diâmetros e 60mm.
Somente deverão ser empregadas telas que tiverem espaçamento qual ou superior a 50mm x 50mm. O trespasse de telas emendadas deverá ser, no mínimo, correspondene à largura de uma malha e meia.
Recomenda-se que a armadura horizontal seja posicionada a uma distância mínima de 3cm do chão, principalmente se este for constituído de solo não compactado ou areia.
Após a projeção, deverá ser evitado qualquer movimento ou deslocamento da armadura para que não advenham defeitos na região concretada.
Aplicação
Os procedimentos para aplicação do concreto projetado para os processos de mistura seca, semi-úmida e úmida deverão seguir as exigências da NBR 14026-07. A mão de obra a ser empregada, também deverá obedecer aos requisitos da norma citada.
Reflexão
A reflexão é característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado.
A quantidade de material refletido varia com a posição de trabalho, pressão de ar utilizada no processo, consumo de cimento, consumo de água, granulometria dos agregados, uso de aditivos, densidade da armadura e embutidos, espessura da camada, experiência do mangoteiro, tipo de superfície e formato da peça.
Se a forma de pagamento do concreto projetado for por custo unitário ou por administração (“cost plus”), deverão ser especificadas, para cada obra, as reflexões máximas permitidas, levando-se em consideração os tipos de superfície (rocha, madeira etc.) e de aplicação.
Tipo de Aplicação | Reflexão (percentual em peso) | |
Vai Seca | Via Úmida | |
Próximo da vertical descendente (chão, lajes) | 05 a 15 | Até 10 |
Próximo da horizontal (paredes, taludes) | 15 a 30 | 05 a 20 |
Próximo vertical ascendente (tetos, abóbadas) | 25 a 50 | 10 a 40 |
Tabela 01. Valores De Reflexão.
Será proibido o reaproveitamento de argamassa ou de concreto projetado para uso em locais onde haja requisitos de resistência e durabilidade, devendo todo o material refletido ser removido dos locais de aplicação caso interfira nas operações de projeção.
Nas aplicações em locais onde haja embutidos (armaduras, telas, cambotas, tubos etc),
Recomenda-se a remoção do material refletido, concomitantemente à projeção, através do uso de jato de ar comprimido operado por um auxiliar de mangoteiro. Será permitida a utilização do material refletido, como agregado, em locais onde não haja requisitos de resistência e durabilidade (enchimentos, pisos etc).
Nesses casos, deve-se aguardar pelo menos quarenta e oito horas antes de usa-lo, a fim de evitar que a pega do cimento existente no material refletido interfira na pega do novo traço.
A tabela 01 indica valores para percentuais de reflexão encontrados em aplicações pelos processos de via seca e úmida que servem de referência para o acompanhamento de serviços comuns, à exceção de trabalhos como recuperação de estruturas, pequenas espessuras etc.
Juntas de Construção
As juntas de construção deverão ser chanfradas até uma lâmina na largura de 2,50 a 5,00cm, em ângulos de 45º. Caso o projeto exija juntas de construção em ângulo reto, deverão ser tomadas precauções especiais para evitar ou remover da junta o material refletido.
Acabamento
O acabamento natural obtido através da projeção deverá ser mantido, exceto se houver exigência contrária em projeto. Caso seja exigido outro tipo de acabamento, os procedimentos deverão ser os indicados na NBR 14026-97.
Cura e Proteção
Imediatamente após a projeção e acabamento, a argamassa ou o concreto projetado deve ser curado por umedecimento durante vinte e quatro horas. Para isso, poderão ser usados dispositivos que permitam cura por imersão, por aspersão, por vapor de água ou ainda pelo uso de material de cobertura mantido constantemente molhado. A cura deverá prosseguir por um período mínimo de sete dias ou até que seja obtida a resistência média especificada em projeto. A utilização de compostos de cura dependerá de apreciação e aprovação da Fiscalização.
Quando a umidade relativa do ar for superior a 85%, será permitida a cura natural.
Superfícies que não venham a receber concreto deverão ser adequadamente protegidas tanto da água quanto da poeira e dos impactos causados pela argamassa ou concreto projetado.
Reparos de Defeitos
Toda argamassa ou concreto projetado que apresentar segregação, bicheiras, laminações, início de desplacamento por falta de aderência, bolsões de areia, vazios ou outros defeitos que prejudiquem sua durabilidade ou capacidade portante, deverão ser removidos. Os reparo poderá ser feito com nova operação de projeção de argamassa ou concreto.
Os vazios deixados após a retirada de testemunhos não poderção ser preenchidos com argamassa ou concreto projetado. Segurança
As operações de projeção de concreto e argamassa podem ser nocivas para os operadores dos equipamentos, particularmente se o trabalho estiver sendo realizado em áreas confinadas.
Os principais perigos incluem ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equpamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos, desplacamentos e, no caso de via seca, presença de partículas finas em suspensão. A integra dos procedimentos a serem adotados visando aumentar a segurança dos operadores consta da Norma NBR 14026-97. Além das Normas Brasileiras de Segurança no Trabalho, as seguintes precauções deverão ser tomadas:
O mangoteiro deverá manter controle permanente do jato de concreto ou argamassa, de modo a evitar que este possa atingir outras pessoas presentes;
Todos os operadores e pessoas que estiverem próximas da projetora e do bico durante a operação de projeção, deverão utilizar equipamentos de proteção individual que incluam capacete, luvas compridas impermeáveis, botas impermeáveis e aventais ou capas de proteção. No caso de via seca, será obrigatório o uso de máscaras ou de filtros contra partículas fins em suspensão; na via úmida será obrigatório o uso de óculos de proteção. Todo o equipamento de proteção deverá ser lavado freqüentemente e trocado sempre que estiver desgastado;
Deverá ser providenciada a colocação de produto protetor (creme, loção) em áeras do corpo dos operadores de equipamentos sujeitas a contato com materiais cáusticos;
Cão haja utilização de fibras de aço no concreto projetado, o mangoteiro e as pessoas próximas à área de operação deverão utilizar vestimentas apropriadas, resistentes à penetração das fibras;
Quando ocorrer entupimento no mangote, deverá ser paralisada a alimentação de material da projetora e cortado o suprimento de ar comprimido. No processo de via úmida, deverá proceder-se a despressurização do mangote. Só então poderá ser providenciado o desentupimento;
Caso ocorra uma ruptura do mangote, a alimentção da projetora deverá cessar e o suprimento de ar comprimido será interrompido;
Para evitar rupturas dos acoplamentos, que poderão apresenta riscos de acidentes, as conexões deverão ser rigorosamente inspecionadas e, quando gastas, deverão ser substituídas;
Os operadores que estiverem trabalhando em contato direto com aditivos deverão utilizar proteções apropriadas.
Inspeção
Todas as operações envolvendo o concreto projetado, desde a preparação dos materiais e equipamentos até o controle de qualidade do produto final, deverão ser inspecionadas por pessoal qualificado.
Procedimento para Aplicação 1 Condições Gerais
Função do Equipamento
A função básica do equipamento de projeção de argamassas e concreto é fornecer os materiais, ar e água ao bico de projeção, nas proporções corretas e a uma pressão satisfatória. A função do bico de projeção é converter o material seco, que vem pelo mangote, em argamassa ou concreto, que é projetado a uma velocidade suficiente para que seja dirigido com segurança a um determinado ponto, a alguma distância, onde, por impacto, ficará aderido à parede.
Posicionamento do Equipamento
O posicionamento do equipamento, no canteiro de obras, deverá obedecer às recomendações:
O limite de desnivelamento do compressor deverá ser de 15º, tanto no sentido longitudinal como no transversal;
Recomenda-se que a distância entre o compressor e a máquina projetora seja tal que evite a poeira desenvolvida no processo (mínimo 12m);
O compressor deverá ser colocado preferencialmente à sobra, em lugar frescor e ventilado;
O compressor não deverá trabalhar em ambientes fechados tais como garagens, subsolos etc.;
É sempre recomendável manter a máquina injetora o mais próximo possível do local de aplicação;
O comprimento total do mangote de transporte de material, desde a máquina até o bico, deverá ser o mais curto possível, sem curvas desnecessárias.
Bomba D’água
A bomba d’água utilizada deverá possibilitar que a pressão da água seja, no mínimo, 0,01 mpa mais alta que a pressão do ar de projeção. O fluxo de água fornecido deverá ser contínuo e ter pressão estável.
Equipamentos Auxiliares
Andaimes, plataformas, proteções e demais acessórios utilizados para permitir a aplicação do concreto ou argamassa projetados, deverão ter condições perfeitas de estabilidade e segurança.
Equipe de Operação Será constituída por:
Encarregado, com experiência anterior como mangoteiro e operador de máquina;
Mangoteiro;
Auxiliar de mangoteiro;
Operador;
Encarregado de traço;
Servente para manuseio dos materiais, carregamento de máquinas e recolhimento e transporte do material refletido;
Pedreiros e ajudantes, para execução dos serviços de acabamento, quando necessários.
Funções do mangoteiro
Cabe ao mangoteiro as seguintes atribuições:
Certificar-se de que o bico de projeção está em perfeitas condições de funcionamento e que o revestimento de borracha está bem preso e sem desgaste excessivo que ultrapasse a distância nominal preconizada pela norma NBR 14026-97;
Certificar-se de que o anel d’água está integro e sem desgastes, tendo seus furos limpos e desentupidos;
Certificar-se de que os mangotes estão colocados apropriadamente e suas conexões devidamente apertadas;
Certificar-se de que a superfície que vai receber o material projetado está devidamente preparada e limpa, sem poeira, material solto etc.;
Certificar-se de que a mistura vem regularmente pelo mangote, com pressão uniforme e adequada;
Regular o registro de água para obter uma compactação adequada do material projetado, com baixa porcentagem de reflexão e sem escorrimento;
Segurar o bico de projeção de maneira que a aplicação seja tão perpendicular quanto possível, cem relação à superfície a ser concretada;
Direcionar as camadas do material projetado numa seqüência tal que assegure aos cantos um perfeito enchimento;
Manter o bico de projeção em movimento, em forma de elipse, de modo que as camadas finas projetadas cresçam uniformemente na área de trabalho;
Comandar o operador de máquina;
Remover, em tempo hábil, os bolsões de areia e empolamentos que se formarem;
Projetar o material até as dimensões requeridas em projeto.
Funções do Auxiliar de Mangoteiro
Dar apoio ao mangoteiro, preocupando-se principalmente em:
Remover com bico auxiliar de limpeza o concreto ou argamassa refletido da área de aplicação;
Movimentar os mangotes;
Retirar os bolsões de areia e o material dispersos não compactado (“over-spray”);
Vigiar constantemente e prevenir qualquer vazamento, entupimento ou afrouxamento das conexões;
Agir como sinaleiro ou mensageiro do mangoteiro.
2 Condições Especificas Distância do Bico de Proteção
Na aplicação de argamassa ou de concreto projetados, a distância do bico é regulada pelo tipo de superfície onde se projeta, pela pressão de saída no bico e pela posição de aplicação.
Movimentação do Bico de Projeção
Nas operações normais, o jato de concreto deverá ser perpendicular ao plano de aplicação. Mantendo o jato perpendicular à superfície, o bico deverá ser movimentado constantemente, de preferência com movimento elíptico, de modo a distribuir o material uniformemente.
Quantidade de Água
Pouca água torna a superfície projetada arenosa, aumenta a reflexão e a tendência à formação de bolsões de areia. A superfície assim executada é de difícil acabamento. Já um pequeno excesso de água faz com que o material escorra. Principalmente quando aplicado na posição “sobre-cabeça”, qualquer escorrimento do concreto deverá ser removido.
Espessura
Inicialmente, o mangoteiro deve aplicar rapidamente uma fina camada de concreto sobre toda a superfície limpa para agir como camada de aderência, pois dessa forma as eventuais reflexões ou dispersões do material não se tornarão elementos de desagregação do maciço.
2º parte
Geralmente, a espessura desejada da argamassa ou de concreto projetados é conseguida através de várias camadas formadas pelo movimento constante do bico de projeção sobre a área que está sendo trabalhada.
A projeção de material muito molhado e em espessura demasiada, leva à tendência de criação de bolsões de areia e desagregação do interior da massa, que é importante evitar. Estas fazem com que o produto perca a aderência e tenha suas propriedades físicas prejudicadas.
Camadas finas e freqüentes passagens sobre a área previnem a acumulação de dispersão na superfície fresca. Término da Operação
Ao terminar a projeção, os mangotes e a máquina deverão ser completamente esvaziados, deixando-se o ar fluir através delas antes de desligar o compressor.
Projeção na Vertical
Quando o ponto de aplicação do concreto ou da argamassa projetados estiver em posição mais elevada que a máquina, os mangotes deverão ser esvaziados antes de interrompida a projeção. É aconselhável trabalhar com mais de um mangote, de modo a garantir a continuidade do serviço, na eventualidade de entupimentos.
Em serviços abaixo do nível da máquina, é aconselhável fazer “volta” em “O” no mangote, a fim de evitar pulsações e melhorar o fluxo da mistura em suspensão.
Perdas na Projeção
Dispersão ocorre quando parte dos componentes projetados é carregada pelo ar e dispersada em volta do ponto de aplicação. O concreto ou argamassa resultante da dispersão e da reflexão, por apresentarem grande redução no conteúdo de aglomerante e por não estarem adensados pela adequada velocidade de impacto, constituem material poroso e de baixa resistência. A aderência entre as suas partículas é muito pobre, tanto quanto com a superfície sobre a qual repousam, tornando-se um bolsão de material frágil e pouco denso.
Para evitar dispersões e reflexões de material, deverão ser executadas, inicialmente, superfícies em que este tipo de material tende a se acumular, como cantos e protuberâncias na superfície. Dessa forma, o material disperso ou refletido é constantemente recupera no fluxo do material projetado.
Bolsões de Areia
Quando o material proveniente de reflexão não sai livremente, possibilita a formação de bolsões nas regiões em torno da área de aplicação, que podem ser cobertos por concreto ou por argamassa projetados frescos. Esses bolsões, constituídos de material pouco adensado e com baixo teor de cimento, são altamente prejudiciais à qualidade do serviço e deverão ser cuidadosamente retirados.
Aderência de Argamassa e de Concreto Projetados
Camadas superpostas bem aderidas resultam num produto homogêneo e monolítico que, ensaiado, deve apresentar a ruptura fora das interfaces.
A preparação adequada da superfície é indispensável para uma boa aderência do concreto ou da argamassa projetados. Para propiciar uma boa aderência entre um concreto convencional já curado e uma camada projetada, deve-se remover a camada superficial do concreto curado, através de corte, seguido de limpeza com jatos de areia, ar e água e, somente então, com a superfície ainda úmida e saturada, aplicar o concreto projetado. Outros procedimentos de limpeza de superfícies que apresentem resultados equivalentes poderão ser utilizados.
Uma técnica de aplicação que propicia boa aderência consiste em mover rapidamente o bico de projeção assim que o material começar a ser lançado, dirigindo-o a toda a área selecionada do trabalho, fazendo uma camada fina, quase como um forro. Assim que essa primeira camada de aderência for aplicada, o mangoteiro deverá recomeçar com uma segunda camada sobre ela, e assim sucessivamente. A segunda poderá ser projetada mais lentamente, permitindo que sua espessura seja maior. Durante a segunda camada, e em todo o tempo de aplicação, o mangoteiro deverá vigiar constantemente toda a área de trabalho, procurando possíveis acumulações de dispersão ou reflexão. Deverá dar atenção especial para qualquer projeção que ocasione vazios ou ocos no material, pois estes são pontos críticos para formação de bolsões de areia.
Quando uma área de serviço limitada estiver totalmente acabada, o mangoteiro aplicará somente ar para remover a reflexão e a dispersão das áreas adjacentes, antes da pega do concreto. Neste trabalho, deverá ser ajudado pela equipe, com o bico auxiliar de limpeza, desempenadeiras, escovas, mangueiras de água, etc.
Cantos e Junções
Algumas áreas requerem modificação das técnicas de projeção descritas. Ao projetar sobre uma área vertical, que se estendia até o solo, a aplicação da camada de aderência deverá ser iniciada diretamente no canto, entre o piso e as paredes, a 45°. O mangueteiro deverá movimentar-se rapidamente ao longo da junção piso-parede, aplicando a primeira camada para garantir a aderência nesse canto e minimizar o acúmulo de reflexão. A concretagem das junções piso-parede deverá ser interrompida antes de se atingir o outro canto externo. A concretagem deverá ser executada no sentido inversos a partir desse canto, propiciando junta fora do canto. Depois da camada de aderência, uma segunda camada será feita no canto, inniciando um recôncavo. Novamente o mangoteiro deverá movimentar-se rapidamente, ao longo da junção, procurando suavizar a curva, subindo a parede com a espessura final especificada. A curvatura da junção ajudará a impedir que a reflexão se acumule e propiciará aos pedreiros uma superfície favorável para o acabamento do concreto.
Antes que tais recôncavos estejam executados, a aplicação poderá continuar para as áreas lisas; no entanto, o mangoteiro deverá evitar perda de umidade superficial destes recôncavos, cobrindo-os, quando necessários, com novas camadas de material. Se houver retenção de retorno no recôncavo, a equipe deverá fazer uma raspagem dessa reflexão e o mangoteiro retocar o concreto fresco. Esta técnica é aplicada a todos os cantos e junções.
Camadas Múltiplas
A ocorrência do início de pega da camada anterior será indispensável para que se possa aplicar uma nova camada subseqüente. Em seguida, deverá ser obedecido o estabelecido pela CE – 18:306.01-001, quanto ao preparo de superfície.
Compostos utilizados para a cura aplicados nas superfícies que vão receber outras camadas de concreto ou argamassa projetados poderão prejudicar a aderência, devendo ser previamente removidos.
O uso, com sucesso, do concreto projetado em seções estruturais mais largas requer camadas múltiplas e planejamento cuidadoso, formas apropriadas, habilidade e cuidado contínuo na aplicação. O diâmetro do bico de projeção deverá ser adequado, de modo a minimizar os efeitos da pane de projeção e produzir uma aplicação uniforme e densa, mesmo nos locais de difícil trabalhabilidade.
Peças estruturais ou paredes grossas são freqüentemente construídas em concreto projetado, numa só aplicação. Esta técnica requer uma armação bem amarrada e ancorada, para ajudar a suportar o peso do concreto fresco. O mangoteiro deverá começar na base da peça, num ângulo de aproximadamente 45°, da frente para o fundo. Com o bico mantido 45° da superfície, o mangoteiro deverá continuar a projetar até a espessura total da seção e assim até a parte superior da parede. Água excessiva, nesta aplicação, causará o escorrimento do concreto, arruinando o trabalho. A mesma atenção dispensada aos efeitos da reflexão e da dispersão será necessária quanto à armação neste tipo de aplicação.
Não é aconselhável a aplicação de argamassa ou de concreto projetado em peças ou regiões estreitas e profundas. 3 – Critérios de Controle
Os aglomerantes, agregados, água e aditivos deverão ser amostrados com a freqüência preconizada nas normas brasileiras e submetidos aos ensaios nelas requeridos.
Os equipamentos envolvidos na operação de projeção deverão ser previamente aprovados. Recomenda-se que todas as balanças sejam aferidas mensalmente, e os manômetros de controle de pressão do ar e da água sejam aferidos trimestralmente ou sempre que for notado algum desvio de leitura.
Deverão ser realizados freqüentemente ensaios prévios comprobatórios de que o construtor tem capacidade para obter um concreto ou uma argamassa que , a partir da utilização dos materiais, equipamentos e mão de obra disponíveis, atenda aos requisitos exigidos no projeto.
Para obras de pequeno porte, tais ensaios poderão ser dispensados, desde que seja demonstrado que, para obras similares com o equipamento, mão de obra disponível e materiais similares, tenha sido obtido um produto de características satisfatórias.
Recomenda-se que os ensaios sejam realizados com a necessária antecedência, não devendo ser permitido o inicio das operações de projeção antes que os resultados dos testes sejam conhecidos.
Deverão ser preparados pelo menos dois painéis de teste de, no mínimo, 60 x 50cm e espessura de 7cm ou três vezes a dimensão máxima do agregado acrescida de 20mm, prevalecendo o maior. Os painéis devem ser de madeira, convenientemente dimensionados de modo a resistir aos impactos e ao peso do concreto ou argamassa, e solidamente fixados, com uma inclinação de 45º, para a realização da projeção.
Após a projeção, um dos painéis deverá ser utilizado para a determinação de massa especifica do concreto fresco, tempo de pega, determinação da relação água-cimento (caso não sejam usados aditivos aceleradores de pega), ou outros testes (absorção, permeabilidade, resistividade elétrica etc.).
Com relação ao segundo painel e na seqüência de operações, os corpos de prova dele extraídos deverão ser submetidos à cura com água até que sejam completadas as idades de ensaio. Dos corpos de prova extraídos, no mínimo três deverão ser ensaiados à compressão axial aos vinte e oito dias de idade, de acordo com a NBR 5738. Os corpos de prova deverão ser cilíndricos, com diâmetro mínimo de 5cm.
Para a extração dever ser desprezada a faixa perimetral do painel de aproximadamente 10cm de largura, e obedecidas as prescrições da NBR 7680.
As resistências à compressão obtidas deverão ser corrigidas no caso de relações altura-diâmetro inferiores a dois, conforme a NBR 7680.
Em obras onde se prevê grandes volumes de concreto ou de argamassa projetados, recomenda-se que sejam efetuados testes, em painéis, locados em posições semelhantes àquelas a serem encontradas nas operações reais. Nesses casos, quando for prevista a utilização de armadura, recomenda-se que esta seja reproduzida em alguns dos painéis, de modo a possibilitar a verificação de qualidade do produto final.
Recomenda-se que a aplicação do concreto ou argamassa projetados seja continuamente acompanhada, controlando-se os materiais, os equipamentos, a preparação da superfície, as formas, as armaduras colocados, a aplicação propriamente dita, a cura e a proteção das superfícies. Além disso, recomenda-se que sejam verificadas e anotadas as ocorrências de segregação, reflexão, eventuais descontinuidades no fornecimento do material, pressões do ar e da água, uniformidade do concreto ou da argamassa e o estado final da superfície.
Será exigido que o mangoteiro tenha experiência prévia, usando equipamento similar ao proposto para a obra em questão, ou que tenha passado no exame de qualificação efetuado segundo a CE 18:03.15-002.
A equipe a ser utilizada na obra deverá demonstrar, durante a execução dos ensaios prévios, proficiência na alimentação e controle da máquina de projeção.
Deverá ser providenciado, pelo construtor, dispositivo que permita orientar o mangoteiro sobre a espessura do concreto ou argamassa a ser projetado, bem como sobre seu alinhamento. Para iss, recomenda-se a instalação de guias de madeira, fios horizontais e verticais adequadamente dispostos, para orientar a operação de projeção, ou cavilhas de aço de aproximadamente 6mm de diâmetro e comprimento igual à espessura da camada a ser projetada.
Tais cavilhas deverão ser rigidamente fixadas à superfície, de modo a resistir ao impacto do jato, e devem ter espaçamento de aproximadamente 1,20m.
O controle de qualidade do concreto ou argamassa projetados deverá ser rotineiro e englobar os aspectos da mistura, concreto ou argamassa frescos, e concreto ou argamassa endurecidos.
Durante as operações, deverá ser continuamente controlada, visualmente, a alimentação da projetora, bem com o material de saída do bico.
No caso de processo de mistura seca, não poderá haver empelotamento e a mistura de cimento e agregados deverá ser uniforme. Deverá ser verificado se a proporção dos materiais está correta, inclusive a dosagem dos aditivos líquidos ou em pó. A freqüência a ser utilizada para a verificação de proporção deve ser fixada para cada obra.
Recomenda-se, entretanto, que no caso de processo de mistura úmida, deve ser controlada pelo menos uma vez por jornada de trabalho a consistência da mistura de entrada na projetora, bem como deve ser determinada sua densidade e o valor da relação água-cimento.
Logo após término da projeção, deverá ser verificada a existência de áreas impropriamente projetadas, onde possa haver vazios ou início de desplacamento.
Para isso, o concreto deverá ser submetido ao impacto de instrumento tipo martelo, principalmente nos locais onde o controle efetuado durante a projeção tenha indicado possível segregação de materiais, descontinuidade no fornecimento, ou onde houve umidade superficial em excesso. Caso haja suspeita de que tenha ocorrido formação de boisões de areia ou de agregados, bem como o preenchimento incorreto de zonas próximas à armadura, deverá ser feita verificação, por meio de instrumentos de impacto ou de forma pontiaguda. Caso o fato seja comprovado, deverá ser efetuada uma ação corretiva imediata, de reparo do concreto.
Durante todo o decorrer das operações de projeção, deverão ser realizadas determinações de densidade, tempo de pega e relação água-cimento no início dos trabalhos e, no mínimo, a cada 40 m3 de concreto projetado adicional. Para isso, poderão ser moldados painéis de madeira, similares aos indicados anteriormente. Poderá ser exigido que essas verificações sejam feitas mais amiúde.
Caso os resultados dos testes indiquem valores considerados insatisfatórios, a mistura deverá ser corrigida.
O controle de qualidade do concreto endurecido deverá ser efetuado principalmente através de ensaios do material projetado em painéis de madeira.
Em obras de maior porte, principalmente no caso de túneis, deverão ser executados ensaios em concreto endurecido extraído do revestimento.
Deverão ser efetuados ensaios logo no início das operações de concretagem e, a seguir, a cada 40 m3 de concreto ou argamassa preparados. No caso de túneis a freqüência deverá ser o menor valor entre o acima indicado, 20 metros lineares de revestimento ou trinta dias desde a última amostragem.
Deverão ser obtidos doze corpos de prova cúbicos ou cilíndricos dos painéis e submetidos a ensaio de resistência à compressão axial aos vinte e oito dias de idade. Os ensaios, bem como o procedimento para extração e preparo dos corpos de prova, deverão ser realizados obedecendo a NBR 7680. Deverão ser moldados tantos painéis quantos forem necessários para a retirada dos corpos de prova. Em geral, para corpos de prova cúbicos, um painel será suficiente.
Quando a especificação, para uma determinação obra, impuser testes no concreto projetado da estrutura definitiva, a freqüência de amostragens deve ser, no mínimo, idêntica à ora indicada.
Ficará a critério da Fiscalização a exigência de testes em idades diferentes de 28 dias.
Como complementação das informações necessárias ao controle de qualidade do concreto endurecido, poderão ser exigidos ensaios adicionais, destrutivos ou não destrutivos, tais como arrancamento de pinos, esclerometria etc.
Recomenda-se que o controle de qualidade de concreto projetado seja efetuado das maneiras descritas a seguir:
Por Volume Unitário
Para a medição, deverá ser determinada a quantidade de material sólido ejetada através do bico.
Recomenda-se que, para obras que usem esse tipo de medição, haja especificação particular limitando os índices de reflexão.
Por Comprimento, Área ou Volume Total
Para a medição, deverá ser determinada a quantidade de concreto projetado teórica, utilizando-se para tal os desenhos e as especificações do contrato.
Para cada obra, deverá ser especificado à parte, o critério de aceitação e rejeição, de modo a ser compatibilizado com a utilização do material. Desta forma, os seguintes parâmetros, a serem determinados em ensaios de laboratório, poderão ser usados no critério, entre outros:
Resistência à compressão axial de corpos de prova obtidos de painéis de teste ou extraídos da estrutura;
Densidade;
Resistência elétrica volumétrica;
Permeabilidade;
Absorção;
Caso seja utilizada a resistência à compressão, recomenda-se que sejam obedecidas as disposições do capítulo 15 da NBR 6118, da ABNT.
04 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
O critério de aceitação e rejeição do concreto projeto deverá levar em consideração os resultados obtidos no controle de qualidade da mistura, do concreto fresco, do concreto endurecido, bem como os controles de alinhamento, espessura e aplicação.
Será medida a quantidade em metros cúbicos de concreto ou argamassa projetados, efetivamente utilizados, desconsiderando-se para efeito de medição a quantidade desperdiçada na reflexão.
Será considerada a quantidade efetiva de concreto ou argamassa utilizada, independentemente do volume desperdiçado na reflexão, estando incluídos no preço os custos com equipamentos, materiais e mão de obra, tributos, royalties e impostos, encargos sociais etc, de acordo com o estabelecido em contrato.
05 DOCUMENTO DE REFERÊNCIA
FONTE | CÓDIGO | DESCRIÇÃO |
ABNT | NBR 6118 | |
ABNT | NBR 5738 | |
ABNT | NBR 14026-97 | Concreto Projetado – Especificação |
6.13 - Concreto Armado:
1.FÔRMA
1.1-GENERALIDADES
Naexecução das fôrmas, terão de ser observadas:
- adoção de contraflechas, quando necessárias,
- superposição nos pilares,
- nivelamento das lajes e das vigas,
- suficiência do escoramento adotado,
- furos para passagem futura de tubulação,
- limpeza das fôrmas.
As vigas de seção retangular, as nervuras das vigas de seção “T” e as paredes das vigas de seção-caixão não poderão ter largura menor que 8 cm. A menor dimensão dos pilares não cintados não será inferior a 20 cm nem a 1/25 da sua altura livre. A espessura das lajes não deverá ser menor que:
- 5 cm, em lajes de cobertura não em balanço;
- 7 cm, em lajes de piso e lajes em balanço;
- 12 cm, em lajes destinadas à passagem de veículos.
A confecção das fôrmas e do escoramento terá de ser feita de modo a haver facilidade na retirada dos seus diversos elementos, mesmo aqueles colocados entre lajes. Em juntas maiores da fôrma ou em peças de cantos irregulares, poder- se-á melhorar a vedação com a utilização de tiras de espuma plástica. Antes do lançamento do concreto, as fôrmas precisam ser molhadas até a saturação. No caso de concreto aparente, é necessário ser misturada uma pequena porção de cimento à água, para eliminar a eventual ferrugem que possa ter sido depositada na fôrma. A perfuração para passagem de canalização através de vigas e outros elementos estruturais, quando inteiramente inevitável, será assegurada por caixas embutidas nas fôrmas. Quando se desejar o prosseguimento de uma superfície uniforme em relação à concretagem de vários elementos superpostos (por exemplo, um pilar externo com vários andares de altura), a fôrma do elemento no andar superior deverá recobrir a superfície do elemento já desformado do andar inferior, a fim de evitar a formação de saliência característica (rebarba), que costuma aparecer nesse tipo de emenda (junta) de concretagem.
1.2 - MATERIAIS
1.2.1 - MADEIRA SERRADA DE CONÍFERAS
As peças de madeira serrada de coníferas em forma de pontaletes, sarrafos e tábuas não podem apresentar defeitos, como desvios dimensionais (desbitolamento), arqueamento, encurvamento, encanoamento, (diferença de deformação entre a face e a contraface), nós (aderidos ou soltos), rachaduras, fendas, perfuração por insetos ou podridão além dos limites tolerados para cada classe. Tais classes são: de primeira qualidade industrial, de segunda qualidade industrial e de terceira qualidade industrial. A máxima grandeza dos defeitos para as diversas classes da qualidade das madeiras coníferas consta da tabela a seguir:
1.2.3 - Chapas de Madeira Compensada
As chapas de madeira compensada para fôrmas de concreto não podem apresentar defeitos sistemáticos, tais como desvios dimensionais (desbitolamento) além dos limites tolerados; número de lâminas inadequado à sua espessura; desvios no esquadro; ou defeitos na superfície. Precisam ser resistentes à ação da água. As dimensões corretas das chapas são de 1,10 m x 2,20 m para chapas resinadas e 1,22 m x 1,44 m ou 1,10 m x 2,20 m para as chapas plastificadas, com espessura de 6 mm, 9 mm, 12 mm, 18 mm ou 21 mm. As chapas são classificadas nos subgrupos A, B e C em função principalmente da área de defeitos superficiais que apresentam. As verificações e limites de tolerância para chapas de compensado seguem a tabela a seguir:
1.3-PREGO
Os pregos são confeccionados com arame galvanizado. Há pregos de cabeça vedante (chamados telheiros, que servem para fixar telhas), pregos quadrados, os retorcidos (ou aspirais), os com farpas e até os de duas cabeças (que permitem sua posterior retirada mais facilmente). Os pregos são ditos de carpinteiro ou de marceneiro (sem cabeça) conforme tenham cabeça apropriada para embutir ou não. Os pregos são bitolados por dois números (antigas medidas francesas). O primeiro corresponde à bitola do arame e o segundo, à medida de comprimento. Pode-se tomar, para as bitolas mais comuns, as medidas constantes na tabela a seguir:
1.4 - DEPÓSITO
Os painéis sempre deverão ser empilhados face a face, em posição horizontal, ou também se disporão verti-calmente, desde que possam suas unidades ser identificadas (sendo necessário para esse fim ser pintados números que as identifiquem facilmente). De igual modo, placas e sarrafos para reforço precisam ser numerados e empilhados com os painéis. Quando as fôrmas não forem utilizadas imediatamente, as pilhas terão de ser cobertas com lonas plásticas para evitar deformações exageradas por secagem rápida (empenamento). Outros componentes, tais como gravatas, caibros e cunhas, deverão ser guardados em estoque regular. Os componentes de maior porte, como grampos e reforços metálicos, não necessitarão ser empilhados no solo para não se cobrirem de lama e enferrujarem.
1.5 - DESMOLDANTE
Apresenta-se sob a forma de líquido, geralmente da cor marrom-clara. Destaca-se o que segue:
- propriedades: forma uma fina camada entre o concreto e a fôrma, impedindo a aderência entre eles; torna fácil a remoção das fôrmas sem danificar as superfícies e arestas do concreto; é altamente concentrado, daí resultando em alto rendimento; diminui o trabalho de limpeza e ao mesmo tempo conserva a madeira; não mancha o concreto.
- campos de aplicação: para todas as fôrmas, tanto de madeira bruta como de compensado resinado (para fôrmas metálicas, recomenda-se a utilização de desmoldante específico).
- preparo: o líquido desmoldante é dissolvido em água, em proporções variadas, de acordo com o estado das fôrmas; adiciona-se o desmoldante à água, misturando lentamente até obter uma solução leitosa; uma vez preparada, pode-se usá- la por longo tempo sem maiores cuidados.
- proporções:
• para madeira bruta: 1 parte de desmoldante x 10 partes de água;
• para compensados: 1 parte de desmoldante x 20 partes de água;
• para imersão dos moldes de compensado: 1 parte de desmoldante x 25 partes de água.
- aplicação: misture inicialmente 1 volume de desmoldante com 1 volume de água, batendo lentamente até obter uma emulsão; então, acrescente o restante da água aos poucos, misturando lentamente; uma vez dissolvido, aplique o desmoldante uniformemente sobre as fôrmas por meio de broxa, rolo ou escovão; após secar durante uma hora, inicie a concretagem; sempre limpe, se necessário, e pinte as fôrmas com desmoldante, antes de cada reaproveitamento.
- consumo: 0,01 L/m² a 0,02 L/m².
- embalagens: galão, baldes de 20 L e tambores de 200 L.
- generalidades: uma das falhas mais comuns costuma ser a de aplicação do desmoldante em demasia, o que provoca manchas no concreto; será suficiente uma leve camada aplicada sob forma de cobertura uniforme. Plastificantes de fabricação diferente não poderão ser misturados. A perfuração de fôrmas na obra deverá ser feita com a maior perfeição para que as vedações ou os embutimentos se apliquem mais facilmente; por esse motivo, será necessário eliminar lascas e farpas no madeiramento das fôrmas, as quais, ao serem perfuradas, deverão sê-lo face a face. Todos os batentes ou peças de fixação (engastalhos) terão de ser pregados levemente, a fim de que permaneçam presos ao concreto ao se removerem as fôrmas. Serragem, aparas, arame para a amarração, pregos etc. precisam ser removidos das fôrmas; os grampos de arame e pregos poderão manchar as fôrmas e conseqüentemente o concreto durante a concretagem. Aplicada a vibração, é necessário manter estreita vigilância em todas as amarrações, para impedí-las que se afrouxem. Antes de revestir o concreto, é recomendável a lavagem superficial com água e escova de aço para remoção da película residual do desmoldante.
1.6 - REMOÇÃO DAS FÔRMAS (DESFÔRMA)
Após a remoção de peças, como pinos, amarras e parafusos, deverão elas ser colocadas em caixas e não abandonadas sem cuidado, a pretexto de que serão guardadas posteriormente. Não poderão ser usadas alavancas (pés-de-cabra) entre o concreto endurecido e as fôrmas. Caso um painel necessite ser afrouxado, terão de ser usadas cunhas de madeira dura.
1.7 - LIMPEZA
As fôrmas precisarão ser limpas imediatamente após o seu uso e não deixadas para que isso seja feito por ocasião da utilização seguinte. As fôrmas de madeira deverão ser limpas com uma escova, para eliminar argamassa endurecida que tenha aderido à sua superfície.
3 - AÇO PARA CONCRETO ARMADO
3.1 - CRITÉRIOS PARA ESPECIFICAÇÃO, COMPRA E APLICAÇÃO
3.1.1 - Generalidades:
Os produtos de aço para concreto estrutural podem ser divididos nos seguintes tipos:
• vergalhões e arames para concreto armado (barras e fios)
• telas de aço soldado
• fios e cordoalhas para concreto protendido
• barras para concreto protendido
• fibras de aço.
Cabe destacar que cada produto requer cuidados especiais nas etapas de especificação de projeto, compra, recebimento, armazenamento e utilização. A verificação da qualidade do aço deve ser feita por intermédio de laboratório especializado. Existem quatro categorias (CA25; CA40; CA50 e CA60) em função da resistência característica de escoamento (respectivamente 250 MPa; 400 MPa; 500 MPa e 600 MPa) e duas classes (A e B), sendo certo que a classe A abrange as barras simplesmente laminadas e a classe B, as barras encruadas (que sofreram processo de deformação a frio). A massa do material entregue na obra deve sempre ser conferida. É necessário pesar o caminhão em balança neutra antes e depois da descarga (a massa total de aço entregue é calculada pela diferença das pesagens). É preciso sempre anexar à nota fiscal o comprovante das pesagens do fornecedor, da balança neutra e, quando houver, o romaneio (relação que acompanha os materiais entregues, com as especificações de qualidade, quantidade e peso) do processo de contagem das barras. Para pequenas quantidades, é possível realizar a conferência do aço por contagem das barras, utilizando o romaneio do carregamento. Assim, deve-se medir o comprimento das barras e contar o número delas de mesma bitola.
Sabendo-se a massa linear de cada diâmetro, calcula-se por multiplicação o peso total de cada diâmetro de aço entregue.
3.1.2 - Vergalhão:
Vergalhões de aço são barras e fios caracterizados por categoria, dependendo do limite de escoamento à tração, e por classe, conforme o limite de resistência mínimo à ruptura. As normas técnicas definem como barras os produtos de diâmetro igual ou superior a 5 mm, obtidos por laminação a quente, ou laminação a quente e encruamento a frio. Fios são os produtos de diâmetro igual ou inferior a 12,5 mm, obtidos por trefilação de fio-máquina na categoria CA 60 ou em processo equivalente. O arame recozido, fornecido em rolos, é obtido por trefilação em fio-máquina com cozimento posterior, mediante tratamento térmico e controle de temperatura e tempo de cozimento. O arame recozido possui elevada ductibilidade, o que permite seu uso na amarração de outros componentes da armadura. Os vergalhões em aço classe A são obtidos por laminação a quente, sem posterior deformação a frio (são barras lisas), enquanto os vergalhões da classe B resultam de um processo de deformação a frio (encruamento), resultando em barras torcidas ou com mossas (saliências transversais). As barras são fornecidas em comprimentos variáveis ou em rolos com diâmetro máximo de 12,5 mm e precisam ter obrigatoriamente superfícies com mossas, que asseguram o cumprimento de exigências de aderência. Os fios com diâmetro igual ou superior a 10 mm também têm de apresentar esse tipo de extensão. As normas técnicas determinam ainda que as barras com diâmetro a partir de 10 mm devem necessariamente apresentar a identificação do fabricante em relevo a cada 2 m, no mínimo, de sua extensão. A prática construtiva e os métodos de dimensionamento pressupõem limites de escoamento à tração de 500 MPa a 600 MPa. Por essa razão, utilizam-se para concreto estrutural aços das categorias 50 e 60. As principais características físicas e mecânicas exigíveis das barras e fios de aço para concreto estrutural são descritas nas tabelas a seguir:
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS | |
CATEGORIA | TENSÃO DO ESCOAMENTO MÍNIMA (Kh / mm2 ) |
CA - 24 | 24 |
CA - 32 | 32 |
CA - 40 | 40 |
CA - 50 | 50 |
CA - 60 | 60 |
O aço CA-24 e o CA-32 enquadram-se na classe A e os demais na classe B
Segundo a tabela, a massa real das barras tem de ser igual à sua massa nominal, com tolerância de ± 6% para diâmetros iguais ou superiores a 10 mm e de ± 10% para diâmetros inferiores a 10 mm. Os fios precisam ter tolerância compreendida no intervalo ± 6%. A ocorrência de desperdícios na utilização de aço para concreto estrutural decorre das variações de bitola e massa das barras, ou ainda devido a incompatibilidades entre os comprimentos fornecidos e aqueles necessários ao projeto. Para reduzir desperdícios, fabricantes e a construtora atuarão conjuntamente, evitando operar nas faixas superiores, uma vez que o material empregado em quantidade ficará incorporado ao produto final - a estrutura - sem acrescentar valor a esse produto. Por outro lado, há uma tendência de fornecimento de acordo com as medidas especificadas no projeto, na forma de um serviço agregado.
As barras e fios, fornecidos em feixes ou rolos, necessitam trazer obrigatoriamente, além do nome do fabricante, informações como categoria, classe e diâmetro. A presença de uma identificação da massa contida ficará a critério da construtora. As normas técnicas estabelecem os seguintes itens a serem considerados na solicitação ao fornecedor:
• número da norma que deverá ser cumprida pelo fornecedor;
• diâmetro, categoria e classe da barra ou do fio;
• quantidade em toneladas de acordo com a previsão de projeto, observando com o projetista de estrutura os critérios considerados para perdas, em função de cortes, e para as tolerâncias de desbitolamento;
• comprimento e sua tolerância;
• requisitos adicionais, como forma de inspeção (contratação de laboratório especializado, verificação dos laboratórios do fornecedor e de seus resultados de ensaio); condições de entrega, no que diz respeito ao comprimento das barras, limpeza etc; e forma de inspeção, no que tange às quantidades (pesagem, contagem e medição);
• embalagem (feixe de 3t, por exemplo).
As normas técnicas também determinam condições de inspeção, assegurando à construtora o livre acesso a locais de coleta de amostras, bem como aos laboratórios do fornecedor para a verificação dos ensaios. Os fabricantes costumam entregar certificados contendo o resultado dos ensaios realizados. Caso não ocorra contratação de laboratórios de terceira parte (sem vínculo com a construtora ou com o fabricante), os ensaios podem ser acompanhados pela construtora e seus resultados analisados pelo projetista de estrutura. A inspeção tem de ser composta das seguintes verificações que constituem os critérios de recebimento:
• verificação visual de defeitos (fissuras, esfoliação e corrosão) e do comprimento. O comprimento normal é de 11 m, com tolerância de 9%. Aceita-se a ocorrência de até 2% de barras curtas, porém com comprimento superior a 6 m;
• verificação da marcação das barras com identificação do fabricante;
• ensaio de tração realizado de acordo com as normas técnicas (resistência de escoamento, resistência de ruptura e alongamento);
• ensaio de dobramento realizado conforme as normas técnicas.
Outros dois ensaios podem ser realizados para efeito de caracterização do material, sem a conotação de ensaio de recebimento:
• ensaio de fissuração do concreto
• ensaio de fadiga.
Os critérios para estabelecimento dos lotes de inspeção são definidos por norma técnica. A aprovação do lote depende do atendimento às condições do comprimento observado nas barras e de resultados satisfatórios para os ensaios de tração e de dobramento de todos os exemplares da amostra ensaiada. Caso um ou mais requisitos não sejam atendidos, é necessário proceder a uma contraprova, de acordo com os critérios previstos na norma técnica, aceitando-se o lote se todos os requisitos forem então atendidos. Há no mercado produtos que permitem a soldagem de barras para Ø 10 mm a Ø 32 mm. Esses produtos são obtidos utilizando aços com menor teor de carbono e manganês. Após a última etapa da laminação, o material é submetido a um resfriamento à água capaz de reduzir bruscamente a temperatura da superfície, fazendo com que o núcleo da barra adquira elevada tenacidade e sua superfície seja temperada, atingindo assim alta resistência mecânica final e alto grau de ductilidade. O produto soldável possibilita o uso de comprimentos menores, na medida em que a soldagem elimina as emendas. A soldagem é realizada em central ou na obra, segundo os processos e aplicações a seguir apresentados
Um sistema de barras roscadas que usa tecnologia alemã também está disponível no mercado. Esse método é utilizado em estruturas que exigem armadura muito densa. Assim como os produtos soldáveis, o sistema elimina traspasses e esperas, e a emenda é feita com luva, porca e contraporca específicas. Sua comercialização se dá por encomenda, sendo a medida de referência Ø 32 mm. As barras precisam ser entregues limpas (com ausência de materiais estranhos ou corrosão excessiva aderidos à superfície delas) e abertas (não dobradas). As barras (e os fios) de aço devem sempre ser armazenados em baias separadas por diâmetro, em local protegido, sem contato direto com o solo.
3.1.3 - Arame e Tela de Aço Soldado:
Os arames são finos fios de aço laminado, galvanizado ou não. São vendidos em rolos, nas bitolas de 0,2 até 10 mm, de acordo com as bitolas BWG (Birmingham Wire Gauge). O arame recozido, ou queimado, é o arame destemperado, usado para amarrar as barras de armadura de concreto armado. É apresentado usualmente nas bitolas 16 BWG (1,65 mm) e 18 BWG (1,24 mm). A segunda é mais fraca, porém mais fácil de trabalhar. A tela de aço soldado é uma armadura montada por soldagem elétrica de fios trefilados, obtida por meio de um processo no qual o aço é encruado, atingindo elevados limites de escoamento e resistência, dotando o produto final de alta precisão de dimensões e correto posicionamento de seus componentes. As telas de aço soldado podem ser fornecidas em rolos ou painéis, segundo padrões de composição de diâmetros, espaçamentos e dimensões globais (largura e comprimento). São adquiridas por medida de área a ser armada. No mercado, há telas destinadas à armação de estruturas de concreto de um modo geral (lajes, piscinas, pisos etc.), à armação de tubos de concreto e à execução de alambrados. As telas para alambrados são galvanizadas, em função das condições de exposição a que estarão sujeitas. Segundo cálculo dos fabricantes, a utilização de armadura convencional representa um custo final do elemento estrutural superior ao custo que seria obtido com o uso de telas de aço soldado. De acordo com os fabricantes, embora o custo de aquisição das telas de aço soldado seja cerca de 25% superior ao da armadura convencional similar, seu uso, além de excluir a necessidade de arame de amarração, reduz perdas e requer menos mão-de-obra (cerca de 25% da exigida pelo processo convencional). A tela de aço soldado não é um produto concorrente dos vergalhões, mas sim complementar, na medida em que pode substituir a armadura convencional em alguns elementos estruturais. As características a serem observadas na especificação e aquisição de telas podem ser assim resumidas:
• a área a ser armada com tela precisa ser dimensionada especificamente para esse material. Em projetos elaborados com armadura convencional, os fabricantes oferecem serviço de conversão para o uso de telas. A fim de preservar as características do projeto original, o resultado tem de ser submetido ao projetista estrutural;
• assim como os vergalhões, as telas necessitam obedecer ao controle da qualidade dos fios componentes e da tela resultante. O fornecedor deve garantir a qualidade e acompanhar os resultados de ensaios realizados seguindo as especificações das normas técnicas, ou contratar laboratório especializado para a inspeção;
• condições especiais de dimensões previstas no projeto podem ser atendidas pelos fabricantes a partir de consulta técnica prévia;
• o detalhamento do projeto estrutural preverá o uso da tela, assegurando as amarrações com os demais componentes. Em caso de conversão de um projeto com barras e fios convencionais para tela de aço soldado, é necessário observar que esse detalhamento seja efetivamente realizado.
As telas soldadas são caracterizadas pela bitola do arame usado e pela abertura da malha. São fabricadas em três tipos básicos:
- tipo Q : tem a mesma área de aço por metro (linear) nas duas direções:área de aço longitudinal (AsL) igual à área de aço transversal (Ast);
- tipo L : tem maior área de aço por metro (linear) na direção longitudinal (AsL maior que Ast);
- tipo T: tem maior área de aço por metro (linear) na direção transversal (Ast maior que AsL). As telas padronizadas apresentam as seguintes dimensões:
- em rolos:
• largura: 2,45 m
• comprimento: 60 m e 120 m;
- em painéis:
• largura: 2,45 m
• comprimento: 4,2 m e 6,0 m.
Anexo às telas, deve haver uma etiqueta que identifique o nome do fabricante; o tipo de aço; a designação da tela; a área das seções transversal e longitudinal; o diâmetro e o espaçamento entre os fios transversais e longitudinais; e a massa por unidade de área em quilogramas por metro quadrado. Além disso, as telas precisam ser fabricadas com fios de aço classe B, com Ø 3 mm a Ø 12,5 mm, e designação padronizada conforme tabela a seguir:
A verificação da qualidade do aço deve ser feita por intermédio de laboratório especializado. A inspeção visual e a verificação das características dimensionais têm de ser feitas antes da retirada das amostras para ensaios mecânicos. Essa verificação consiste em medir as dimensões principais da tela, tais como comprimento, largura, comprimento das franjas (2,5 cm) espaçamentos e diâmetro dos fios, bem como observar o aspecto geral e de conservação do material, atentando para a existência de etiquetas de identificação de cada peça. Do pedido de fornecimento precisam constar, entre outros, a quantidade (em número de rolos ou painéis) bem como suas dimensões, o tipo de aço e a designação ou descrição da tela. Os diâmetros padronizados dos fios de tela dentro da categoria CA 60 são: 2 mm; 3 mm; 3,4 mm; 4 mm; 3,8 mm; 4,2 mm; 4,5 mm; 5,0 mm; 5,6 mm; 6,0 mm; 7,1 mm; 8,0 mm e 9,0 mm. Na categoria CA 50B são 10 mm; 11,2 mm e 12,5 mm.
Normalmente, os espaçamentos de fio são de 10 cm, l5 cm, 20 cm e 30 cm. As propriedades das telas são: aderência adequada em virtude da prévia soldadura nos nós dos cruzamentos; ancoragem suficiente sem ganchos pela penetração das cruzetas de malha nas vigas; ausência de fissuramento pelo grande número de fios de pequeno diâmetro soldados uns aos outros; corte com alicate ou tesoura em qualquer comprimento que se desejar; economia de tempo e mão-de-obra por apresentar-se em malha ou rolo utilizável em qualquer formato de estrutura desejada. Para fixação da tela soldada, a malha deverá ser desenrolada dentro da fôrma e a ancoragem será feita pela penetração das cruzetas das malhas nas vigas, dispensando os ganchos. A armação positiva precisa ser colocada encostada à viga, nela penetrando a dimensão necessária, eliminando por corte os fios da tela que interferirem com os estribos para encaixe e ancoragem adequados. Na armação negativa, a tela será apoiada nos ferros da viga e em banquetas (caranguejos), que poderão ser confeccionados com a própria tela.
CONCRETO
CONCRETO ARMADO - CONDIÇÕES GERAIS
1. PROJETO
1.1. Na leitura e interpretação do Projeto de Estrutura - e respectiva memória de cálculo - será sempre levado em consideração que tais documentos estarão de acordo com as normas da ABNT atinentes ao assunto, particularmente as seguintes:
1.1.1. NBR 6118/1980: Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado (NB-1/1978);
1.1.2. NBR 6120/1980: Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações (NB-5/1978);
1.1.3. NBR 7197/1989: Projeto de Estruturas de Concreto Protendido (NB-116/1989);
1.1.4. NBR 9062/1985: Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado (NB-949/1985).
1.2. Haverá integral compatibilização entre o Projeto de Estrutura e o de Arquitetura.
1.3. Na hipótese da existência de fundações em profundidade - com projeto respectivo a cargo da CONTRATADA - a ela, CONTRATADA, competirá incluir, nesse projeto de fundações, os elementos de interligação com o Projeto de Estrutura.
2. MATERIAIS
2.1. ARMADURAS
Conforme a NBR 6118/1980 (NB-1/1978) e mais o seguinte:
2.1.1. As barras de aço não apresentarão excesso de ferrugem, manchas de óleo, argamassa aderente ou qualquer outra substância que impeça uma perfeita ligação ao concreto.
2.1.2. Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviço - balancins, andaimes, etc. - estarão dispostas de modo a não provocarem deslocamentos das armaduras.
2.1.3. A armadura não poderá ficar em contato direto com a fôrma, obedecendo-se, para isso, a distância prevista pela NBR 6118/1980 (NB-1/1978).
:1 - No caso de cobrimento superior a 6 (seis) cm - distância entre fôrma e ferro - colocar-se-á uma armadura complementar, dita “de pele”, disposta em forma de rede, cujo cobrimento obedecerá ao disposto na NBR 6118/1980 (NB-1/1978);
:2 - Nos casos das obras de concreto armado e protendido, em relação à resistência ao fogo, o cobrimento atenderá às exigências da NBR 5627/1980 (NB-503/1977);
:3 - Nos casos de estruturas sujeitas a abrasão, a altas temperaturas, a correntes elétricas ou a ambientes fortemente agressivos, serão tomadas medidas especiais para aumentar a proteção da armadura, além da decorrente do cobrimento mínimo.
2.1.4. Serão adotadas precauções para evitar oxidação excessiva das barras de espera. Antes do reinício da concretagem, elas estarão razoavelmente limpas.
2.1.5. As diferentes partidas de ferro serão depositadas e arrumadas de acordo com a bitola, em lotes aproximadamente iguais, conforme disposto na NBR 7480/1985 (EB-3/1985), separados, um dos outros, de modo a ser estabelecida fácil correspondência entre eles e as amostras retiradas para ensaios.
2.2. AGREGADOS
Conforme a NBR 7211/1983 (EB-4/1982), a NBR 9775/1987 (MB-2642/1986), a NBR 9935/1987 (TB-309/1987) e mais o
seguinte:
2.2.1. Os agregados serão identificados por suas características, cabendo ao laboratório, encarregado do controle tecnológico, proceder a modificação da dosagem referida no item 2.8, adiante, quando um novo tipo de material substitui o inicialmente empregado.
2.2.2. Quando os agregados forem medidos em volume, as padiolas ou carrinhos, especialmente construídos para a finalidade, deverão trazer, na parte externa e em caracteres bem visíveis, o nome do material, o número de padiolas por saco de cimento e o traço respectivo.
2.2.3. A dimensão máxima característica do agregado será definida na NBR 6118/1980 (NB-1/1978).
2.3. ÁGUA
2.3.1 – A água destinada ao amassamento do concreto obedecerá ao disposto no item 8.1.3 da NB-1 / 78 ( NBR 6118 )
2.3.2 - A água destinada ao amassamento do concreto será isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas. Presumen-se satisfatórias as águas potáveis e as que tenham Ph entre 5,8 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos:
2.3.2.1 – Matéria orgânica ( expressa em oxigênio consumido ) 3 mg/l
2.3.2.2 – Resíduo sólido 5.000 mg/l
2.3.2.2 – Sulfatos ( expressos em íons SO4 ) 300 mg / l
2.3.2.3 – Cloretos ( espressos em íons CL- ) 500 mg /l
2.3.2.4 – Açucar 5 mg / l
2.3.3 – Presume-se satisfatória a água potável fornecida pela rede de abastecimento público da cidade.
2.3.4 – Observação: Caso ocorra, durante a estação chuvosa, uma turbidez excessiva da água, será providenciada a decantação ou filtragem.
2.4. CIMENTO
Conforme a NBR 6118/1980 (NB-1/1978) e mais o seguinte:
2.4.1. Nas peças sujeitas a ambientes agressivos, recomenda-se o uso de cimentos que atendam a NBR 5376/1991 (EB- 758/1991) e a NBR 5737/1992 (EB-903/1992).
2.4.2. Não será conveniente, à critério da FISCALIZAÇÃO, em uma mesma concretagem, a mistura de tipos diferentes de cimento, nem de marcas diferentes ainda que do mesmo tipo.
2.4.3. Não será conveniente o uso de traços de meio saco ou fração. Os volumes mínimos a misturar, de cada vez, deverão corresponder a 1 (um) saco de cimento.
2.4.4. O cimento será obrigatoriamente medido em peso, não sendo permitida sua medição em volume.
2.5. FÔRMAS E ESCORAMENTOS
2.5 1. As fôrmas e escoramentos obedecerão aos critérios da NBR 7190/1982
(NB-11/1951) e/ou da NBR 8800/1986 (NB-14/1986).
2.5.2. O dimensionamento das fôrmas será efetuado de forma a evitar possíveis deformações em conseqüência de fatores ambientais ou que venham a ser provocadas pelo adensamento do concreto fresco.
2.5.3. Nas peças de grandes vãos, sujeitas a deformações provocadas pelo material nelas introduzido, as fôrmas serão
dotadas da contra-flecha necessária.
2.5.4. Antes do início da concretagem, as fôrmas estarão limpas e estanques, de modo a evitar eventuais fugas de pasta.
2.5.5. Em peças estreitas e altas será necessário a abertura de pequenas janelas, na parte inferior da fôrma, para facilitar a limpeza.
2.5.6. As fôrmas serão molhadas, até a saturação, a fim de evitar-se a absorção da água de amassamento do concreto.
2.5.7. Os produtos antiaderentes, destinados a facilitar a desmoldagem, serão aplicados na superfície da fôrma antes da colocação da armadura.
2.5.8. O escoramento sempre que oportuno, à critério da FISCALIZAÇÃO, obedecerá aos seguintes critérios, estabelecidos pela NBR 6118/1980 (NB-1/1978):
:1 - “O escoramento deverá ser projetado de modo a não sofrer, sob a ação do peso próprio, do peso da estrutura e das cargas acidentais que possam atuar durante a execução da obra, deformações prejudiciais à forma da estrutura ou que possam causar esforços no concreto na fase de endurecimento”.
:2 - “Não se admitem pontaletes de madeira com diâmetro ou menor lado da seção retangular, inferior a 5 cm para madeiras duras e 7 cm para madeiras moles”.
:3 - “Os pontaletes com mais de 3 m de comprimento deverão ser contraventados, salvo se for demonstrada desnecessidade desta medida, para evitar flambagem”.
:4 - “Deverão ser tomadas as precauções necessárias para evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por este transmitidas”.
:5 - “O teor de umidade natural da madeira deverá ser compatível com o tempo a decorrer entre a execução das formas e do escoramento e a concretagem da estrutura. No caso de se prever que esse tempo ultrapasse 2 meses a madeira a ser empregada deverá ter o teor de umidade correspondente ao estado seco do ar”.
:6 - “Cada pontalete de madeira só poderá ter uma emenda, a qual não deverá ser feita no terço médio do seu comprimento. Nas emendas, os topos das duas peças a emendar deverão ser planos e normais ao eixo comum. Deverão ser afixadas com sobrejuntas em toda a volta das emendas”.
2.5.9. Será objeto de particular cuidado a execução das fôrmas de superfícies curvas.
2.5.10. As fôrmas serão apoiadas sobre cambotas, de madeira, pré-fabricadas. A CONTRATADA, para esse fim, procederá a elaboração de desenhos de detalhes dos escoramentos, submetendo-os, oportunamente, a exame e autenticação do CONTRATANTE.
2.5.11. Os andaimes serão perfeitamente rígidos, impedindo, desse modo, qualquer movimento das formas no momento da concretagem, sendo preferível o emprego de andaimes mecânicos.
2.6. ADITIVOS
2.6.1. Aditivos com finalidade de modificação das condições de pega, endurecimento, resistência, trabalhabilidade, durabilidade e permeabilidade do concreto, só poderão ser usados após consentimento da FISCALIZAÇÃO.
2.6.2. Só poderão ser utilizados os aditivos que tiverem suas propriedades atestadas por laboratório nacional especializado e idôneo.
2.6.3. A porcentagem de aditivo no concreto será feita de acordo com as recomendações do fabricante e/ou laboratório credenciado pelo CONTRATANTE.
2.6.4. Os aditivos aprovados pela FISCALIZAÇÃO conterão indicações precisas de marca, procedência, composição; não se admitindo emprego indiscriminado, mesmo que tenham iguais efeitos. O emprego de cada aditivo, mesmo os de idêntica ação, exigirá aprovação em separado. A autorização de utilização de determinado aditivo será dada por marca e por quantidade em relação ao traço e para cada emprego.
2.7. EQUIPAMENTOS
2.7.1. A CONTRATADA manterá permanentemente, na obra, como mínimo indispensável para execução do concreto, 1 (uma) betoneira e 2 (dois) vibradores.
2.7.2. Caso seja usado concreto pré-misturado, torna-se dispensável a exigência da betoneira, à critério da FISCALIZAÇÃO.
2.7.3. Poderão ser empregados vibradores de imersão, vibradores de fôrma ou réguas vibradoras, de acordo com a natureza dos serviços executados e desde que satisfaçam à condição de perfeito adensamento do concreto.
2.7.4. A capacidade mínima da betoneira será a correspondente a 1 (um) traço com consumo mínimo de um saco de cimento.
2.7.5. Serão permitidos todos os tipos de betoneira, desde que produzam concretos uniformes e sem segregação dos materiais.
2.8. DOSAGEM
2.8.1. O estabelecimento do traço do concreto será função da dosagem experimental (racional), na forma preconizada na NBR 6118/1980 (NB-1/1978), de maneira que se obtenha, com os materiais disponíveis, um concreto que satisfaça as exigências do projeto a que se destina (fck).
2.8.2. Todas as dosagens de concreto serão caracterizadas pelos seguintes elementos:
:1 - Resistência de dosagem aos 28 dias - (fc28).
:2 - Dimensão máxima característica (diâmetro máximo) do agregado em função das dimensões das peças a serem concretadas, conforme NBR 6118/1980 (NB-1/1978).
:3 - Consistência, medida através de “SLUMP-TEST”, de acordo com o método preconizado na NBR 7223/1992 (MB- 256/1992).
:4 - Composição granulométrica dos agregados.
:5 - Fator água/cimento em função da resistência e da durabilidade desejadas.
:6 - Controle de qualidade a que será submetido o concreto.
:7 - Adensamento a que será submetido o concreto.
:8 - Índices físicos dos agregados (massa específica, peso unitário, coeficiente de inchamento e umidade).
2.9. RESISTÊNCIA DE DOSAGEM
2.9.1. A fixação da resistência de dosagem será estabelecida em função da resistência característica do concreto (fck), definida no Projeto de Estrutura e em obediência ao disposto na NBR 6118/1980 (NB-1/1978).
2.9.2. A classificação dos concretos por grupos de resistência - Grupos I e II - é objeto da NBR 8953/1992 (CB-130/1992).
2.10. CONTROLE TECNOLÓGICO
2.10.1. O controle tecnológico abrangerá as verificações da dosagem utilizada, da trabalhabilidade, das características dos constituintes e da resistência mecânica.
2.10.2. O controle tecnológico obedecerá ao disposto na NBR 6118/1980 (NB-1/1978), na NBR 12654/1992 - “Controle Tecnológico de Materiais Componentes do Concreto”
2.11.1. Independentemente do tipo de dosagem adotado, o controle da resistência do concreto obedecerá, rigorosamente, ao disposto na NBR 6118/1980 (NB-1/1978), e às recomendações constantes dos ítens seguintes.
2.11.2. Será retirado, no mínimo, 1 (um) exemplar para cada 25 (vinte e cinco) m3 de concreto aplicado. Cada exemplar será constituído por 2 (dois) corpos de prova - vide NBR 6118/1980 (NB-1/1978).
2.11.3. Sem prejuízo do disposto no item precedente, serão necessariamente extraídos corpos de prova todas as vezes que houver modificações nos materiais ou no traço.
2.11.4. Além das prescrições precedentes, será observado o cuidado de moldagem de corpos de prova de cada elemento representativo da estrutura, à razão mínima de 8 exemplares nas fundações, 4 exemplares em cada teto com as respectivas vigas e 4 exemplares nas extremidades dos pilares de cada pavimento.
2.11.5. Cuidados iguais aos precedentes serão adotados em relação a quaisquer elementos estruturais não incluídos nos acima referidos.
2.11.6. Quando houver dúvidas sobre a resistência do concreto da estrutura, serão efetuados ensaios não destrutivos. Em obras importantes e/ou naquelas em que houver dúvidas sobre o resultado dos ensaios não destrutivos, serão também ensaiados corpos de prova extraídos da estrutura.
3. EXECUÇÃO
3.1. DIVERSOS
3.1.1. A execução de qualquer parte da estrutura implica na integral responsabilidade da CONTRATADA por sua resistência e estabilidade.
3.1.2. A execução dos elementos estruturais de projeto adaptado - vide item 1.3 retro - será atribuição da CONTRATADA e não acarretará ônus para o CONTRATANTE.
3.1.3. Haverá, obviamente, integral obediência à NBR 6118/1980 (NB-1/1978), considerando o título desta norma: “Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado”.
3.2. TRANSPORTE DO CONCRETO
3.2.1. O transporte do concreto será efetuado de maneira que não haja segregação ou desagregação de seus componentes, nem perda sensível de qualquer deles por vazamento ou evaporação.
3.2.2. Poderão ser utilizados, na obra, para transporte de concreto da betoneira ao ponto de descarga ou local da concretagem, carrinhos de mão com roda de pneu, jiricas, caçambas, pás mecânicas ou outros. Em hipótese nenhuma será permitido o uso de carrinhos com roda de ferro ou de borracha maciça.
3.2.3. No bombeamento de concreto, deverá existir um dispositivo especial na saída do tubo para evitar a segregação. O diâmetro interno do tubo será, no mínimo, três vezes o diâmetro máximo do agregado, quando utilizado brita e 2,5 vezes o diâmetro, no caso de seixo rolado.
3.2.4. O transporte do concreto não excederá ao tempo máximo permitido para seu lançamento, conforme item 3.3.5, adiante especificado.
3.2.5. Sempre que possível será escolhido sistema de transporte que permita o lançamento direto nas fôrmas.
3.2.6. Não sendo possível o lançamento direto, serão adotadas precauções para manuseio do concreto em depósitos intermediários.
3.2.7. O transporte a longas distâncias só será admitido em veículos especiais dotados de movimento capaz de manter uniforme o concreto misturado.
3.2.8. No caso de utilização de carrinhos ou padiolas (jiricas), buscar-se-á condições de percurso suave, tais como rampas, aclives e declives, inclusive estrados.
3.2.9. Quando os aclives a vencer forem muito grandes - caso de um ou mais andares - recorrer-se-á ao transporte vertical por meio de elevadores de obra (guinchos).
3.3. LANÇAMENTO
Conforme NBR 6118/1980 (NB-1/1978) e mais o adiante especificado.
3.3.1. Competirá à CONTRATADA informar, com oportuna antecedência, à FISCALIZAÇÃO e ao laboratório encarregado do controle tecnológico, do dia e hora do início das operações de concretagem estrutural, do tempo previsto para sua execução e dos elementos a serem concretados.
3.3.2. Os processos de lançamento do concreto serão determinados de acordo com a natureza da obra, cabendo à FISCALIZAÇÃO modificar ou impedir processo que acarrete segregação dos materiais.
3.3.3. Não será permitido o lançamento de concreto de altura superior a 2 m. Para evitar segregação em quedas livres maiores que a mencionada, utilizar-se-ão calhas apropriadas. No caso de peças estreitas e altas, o concreto será lançado por janelas abertas na parte lateral ou por meio de funis ou trombas.
3.3.4. Nas peças com altura superior a 2 metros, com concentração de ferragem e de difícil lançamento, além dos cuidados do item anterior será colocada no fundo da fôrma uma camada de argamassa com 5 a 10 cm de espessura, feita com o mesmo traço do concreto que vai ser utilizado, evitando-se com isto a formação de “ninhos de pedra”.
3.3.5. O intervalo máximo de tempo permitido entre o término do amassamento do concreto e o seu lançamento não excederá a 1 (uma) hora.
3.3.6. Quando do uso de aditivos retardadores de pega o prazo para lançamento poderá ser aumentado em função das características do aditivo, a critério da FISCALIZAÇÃO.
3.3.7. Em nenhuma hipótese será permitido o lançamento após o início da pega.
3.3.8. Não será permitido o uso do concreto remisturado.
3.3.9. Nos lugares sujeitos à penetração de água, serão adotadas providências para que o concreto seja lançado sem que haja água no local e ainda que, quando fresco, não possa ser levado pela água de infiltração.
3.3.10. A concretagem seguirá rigorosamente um programa de lançamento pré-estabelecido para o Projeto - vide NBR 6118/1980 (NB-1/1978).
3.3.11. Não será permitido o “arrastamento” do concreto a distâncias muito grandes, durante o espalhamento, devido ao fato de que o deslocamento da mistura com enxada, sobre fôrmas, ou mesmo sobre o concreto já aplicado, poderá provocar perda da argamassa por adesão aos locais de passagem.3.4. ADENSAMENTO
Conforme NBR 6118/1980 (NB-1/1978) e mais o especificado a seguir.
3.4.1. Não será permitido adensamento manual.
3.4.2. O adensamento será cuidadoso, de forma que o concreto ocupe todos os recantos da fôrma.
3.4.3. Serão adotadas devidas precauções para evitar vibração da armadura, de modo a não formar vazios ao seu redor nem dificultar a aderência com o concreto.
3.4.4. Os vibradores de imersão não serão deslocados horizontalmente. A vibração será apenas a suficiente para que apareçam bolhas de ar e uma fina película de água na superfície do concreto.
3.4.5. A vibração será feita a uma profundidade não superior a agulha do vibrador.
3.4.6. As camadas a serem vibradas terão, preferencialmente, espessura equivalente a 3/4 do comprimento da agulha.
3.4.7. As distâncias entre os pontos de aplicação do vibrador serão da ordem de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha (aproximadamente 1,5 vezes o raio de ação).
3.4.8. Será aconselhável a vibração por períodos curtos em pontos próximos, ao invés de períodos longos num único ponto ou em pontos distantes.
3.4.9. A vibração próxima às fôrmas (menos de 100 mm), será evitada no caso de utilizar-se vibrador de imersão.
3.4.10. Colocar-se-á a agulha na posição vertical, ou quando impossível, incliná-la até um ângulo máximo de 45º.
3.4.11. Introduzir-se-á a agulha na massa de concreto, retirando-a lentamente para evitar formação de buracos que se enchem de pasta. O tempo de retirada da agulha pode estar compreendido entre 2 ou 3 segundos ou até 10 a 15 segundos, admitindo-se contudo, maiores intervalos para concretos mais secos.
3.4.12. Na vibração por camadas, far-se-á com que a agulha atinja a camada subjacente para assegurar a ligação duas a duas.
3.4.13. Admitir-se-á a utilização, excepcionalmente, de outros tipos de vibradores (fôrmas, réguas, etc.), a critério da FISCALIZAÇÃO.
3.5. JUNTAS DE CONCRETAGEM
Conforme NBR 6118/1980 (NB-1/1978) e mais o especificado a seguir:
3.5.1. Durante a concretagem poderão ocorrer interrupções previstas ou imprevistas. Em qualquer hipótese, a junta então formada denominar-se-á de “junta fria”, desde que não seja possível retomar a operação antes do início da pega do concreto já lançado.
3.5.2. Cuidar-se-á para que as juntas não coincidam com os planos de cisalhamento.
3.5.3. As juntas serão localizadas onde forem menores os esforços de cisalhamento.
3.5.4. Quando não houver especificação em contrário, as juntas nas vigas serão, preferencialmente, em posição normal ao eixo longitudinal da peça (juntas verticais). Tal posição será assegurada através de fôrma de madeira, devidamente fixada.
3.5.5. A concretagem das vigas atingirá o terço médio do vão, não sendo permitidas juntas próximas aos apoios.
3.5.6. As juntas verticais apresentam vantagens pela facilidade de compactação, pois é possível fazer-se fôrmas de sarrafos verticais que permitam a passagem dos ferros de armação e não do concreto, evitando a formação da nata de cimento na superfície, o que se verifica em juntas inclinadas.
3.5.7. Na ocorrência de juntas em lajes, a concretagem atingirá o terço médio do maior vão, localizando-se as juntas paralelamente à armadura principal.
3.5.8. Em lajes nervuradas as juntas deverão situar-se paralelamente ao eixo longitudinal das nervuras.
3.5.9. As juntas permitirão uma perfeita aderência entre o concreto já endurecido e o que vai ser lançado.
3.5.10. Para assegurar-se a condição do item precedente, deverá, a superfície das juntas, receber tratamento com escova de aço, jateamento de areia ou qualquer outro processo que proporcione a formação de redentes, ranhuras ou saliências.
3.5.11. Tal procedimento será efetuado após o início de pega e quando a peça apresentar resistência compatível com o trabalho a ser executado.
3.5.12. Quando da retomada da concretagem, a superfície da junta concretada anteriormente será preparada da seguinte forma:
:1 - Limpeza dos materiais pulverulentos, nata de cimento, graxa ou quaisquer outros prejudiciais à aderência, obtida com o mesmo tratamento citado no item 3.5.10, retro.
:2 - Saturação com jatos de água, deixando a superfície com aparência de “saturado superfície seca”, conseguida com a remoção do excesso de água superficial.
3.5.13. Especial cuidado será dado ao adensamento junto a “interface” entre o concreto já endurecido e o recém lançado, a fim de se garantir a perfeita ligação das partes.
3.5.14. No lançamento de concreto novo sobre superfície antiga poderá ser exigido a critério da FISCALIZAÇÃO, o emprego de adesivos estruturais, conforme E-EPO.2.
3.6. CURA DO CONCRETO
Conforme NBR 6118/1980 (NB-1/1978) e mais o especificado a seguir:
3.6.1. Qualquer que seja o processo empregado para a cura do concreto, a aplicação deverá iniciar-se tão logo termine a pega.
3.6.2. O processo de cura iniciado imediatamente após o fim da pega, continuará por período mínimo de 7 dias.
3.6.3. Quando no processo de cura for utilizada uma camada de pó de serragem, de areia ou qualquer outro material adequado mantida permanentemente molhada, esta camada terá, no mínimo 5 cm.
3.6.4. Quando for utilizado processo de cura por aplicação de vapor d’água, a temperatura será mantida entre 38ºC e 66ºC, por um período de aproximadamente 72 horas.
3.6.5. O CONTRATANTE admite os seguintes tipos de cura:
:1 - Molhagem contínua das superfícies expostas do concreto;
:2 - Cobertura com tecidos de aniagem, mantidos saturados;
:3 - Cobertura por camadas de serragem ou areia, mantidas saturadas;
:4 - Lonas plásticas ou papéis betumados impermeáveis, mantidos sobre superfícies expostas, devendo entretanto ser de cor clara para evitar o aquecimento do concreto e a subsequente retratação térmica;
:5 - Películas de cura química.
3.7. DESMOLDAGEM DE FÔRMAS E ESCORAMENTOS
3.7.1. A retirada das fôrmas obedecerá ao disposto na NBR 6118/1980 (NB-1/1978), devendo-se atentar para os prazos ali recomendados:
:1 - Faces laterais: 3 (três) dias.
:2 - Faces inferiores: 14 (quatorze) dias.
:3 - Faces inferiores sem pontaletes: 21 (vinte e um) dias.
3.7.2. A retirada do escoramento de tetos será feita de maneira conveniente e progressiva, particularmente para peças em balanço, o que impedirá o aparecimento de fissuras em decorrência de cargas diferenciais.
3.8. INSPEÇÃO DO CONCRETO
3.8.1. Após a retirada das fôrmas, o elemento concretado será exibido à FISCALIZAÇÃO para exame.
3.8.2. Somente após este controle, e a critério da FISCALIZAÇÃO, poderá a CONTRATADA proceder à reparação de eventuais lesões (“ninhos de abelha”, vazios e demais imperfeições) e a remoção das rugosidades, estas no caso de concreto aparente, a fim de que as superfícies, internas e externas, venham a se apresentar perfeitamente lisas.
3.8.3. Em caso da não aceitação por parte da FISCALIZAÇÃO, do elemento concretado, a CONTRATADA se obriga a demoli-lo imediatamente, procedendo a sua reconstrução, sem ônus para o CONTRATANTE, tantas vezes quantas sejam necessárias até aceitação final.
3.8.4. As imperfeições citadas no item 3.8.2, retro, serão corrigidas da seguinte forma:
:1 - Desbaste com ponteira, da parte imperfeita do concreto deixando-se uma superfície áspera e limpa;
:2 - Preenchimento do vazio com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, usando adesivo estrutural à base de resina epoxy. No caso de incorreções grandes, substituir-se-á a argamassa por concreto no traço 1:2:2;
:3 - Quando houver umidade e/ou infiltração de água, o adesivo estrutural será substituído por impermeabilizante de pega rápida, devendo tal produto ser submetido a apreciação do CONTRATANTE, antes de sua utilização.
3.8.5. A FISCALIZAÇÃO procederá, posteriormente a um segundo exame para efeito de aceitação.
3.8.6. Fica claro e estabelecido que os critérios de áspero, limpo, grande, úmido e infiltração ficam a critério da FISCALIZAÇÃO.
4. DISPOSIÇÕES DIVERSAS
4.1. Nenhum conjunto de elementos estruturais - vigas, montantes, percintas, lajes, etc. - será concretado sem primordial e minuciosa verificação, por parte da CONTRATADA e da FISCALIZAÇÃO, da perfeita disposição, dimensões, ligações e escoramentos das fôrmas e armaduras correspondentes, bem como sem prévio exame da correta colocação de canalizações elétricas, hidráulicas e outras, que devam ficar embutidas na massa do concreto.
4.2. Todos os vãos de portas e janelas, cujas partes superiores não devam facear com as lajes dos tetos e que não possuam vigas previstas no Projeto de Estrutura, ao nível das respectivas padieiras, terão vergas de concreto, convenientemente armadas, com comprimento tal que excedam no mínimo 20 cm para cada lado do vão.
4.3. A mesma precaução será tomada com os peitoris de vãos de janelas, os quais serão guarnecidos com percintas ou contra-vergas de concreto armado, conforme P-06.TIJ.1.
4.4. As furações para passagem de canalizações através de vigas ou outros elementos estruturais, quando inevitáveis, serão previstas com buchas ou caixas adrede localizadas nas fôrmas, de acordo com o projeto. A localização e dimensões de tais furos serão objeto de atento estudo da CONTRATADA no sentido de evitar-se enfraquecimento prejudicial à segurança da estrutura.
4.5. Como diretriz geral, nos casos em que não haja indicação precisa no Projeto de Estrutura, haverá a preocupação de situar-se os furos, tanto quanto possível, na zona de tração de vigas ou outros elementos atravessados.
4.6. De qualquer modo, de acordo com o previsto no item 3.1.1, retro, caberá inteira responsabilidade à CONTRATADA pelas conseqüências de eventuais enfraquecimentos de peças resultantes da passagem das citadas canalizações cumprindo-lhe, destarte, desviar as tubulações sempre que possam prejudicar a estrutura, ou mesmo propor aoCONTRATANTE as alterações que julgar convenientes, tanto no Projeto de Estrutura quanto nos Projetos de Instalações.
4.7. As platibandas ou cimalhas de contorno de telhado levarão pilaretes e percintas de concreto armado, solidários com a estrutura, destinados a conter a alvenaria e a evitar trincas decorrentes da concordância de elementos de diferentes coeficientes de dilatação.
4.8. Nos painéis de lajes de maior vão, haverá cuidado de prever-se contra-flechas nas fôrmas. Para lajes de cerca de 5,00 x 6,00 m as contra-flechas serão as seguintes:
:- na laje superior (de forma perdida): 5 (cinco) mm;
:- na laje inferior: 8 (oito) mm.
4.9. Na hipótese de determinadas peças da estrutura exigirem o emprego de armaduras com comprimento superior ao limite comercial de 12 (doze) m, as emendas decorrentes obedecerão rigorosamente, ao prescrito sobre o assunto na NBR- 6118/1980 (NB-1/1978).
4.10. Para garantir a estabilidade das guias de carros dos elevadores contra o efeito de flambagem, o espaçamento entre chumbadores de apoio não deve ser superior a 3,15 m. Caso essa condição não possa ser satisfeita com os elementos projetados, compete à CONTRATADA executar vigas intermediárias, integradas na estrutura do(s) poço(s), utilizando, para tal fim, os tipos de dosagem e de armadura empregados na estrutura.
5. TESTES
5.1. Os testes obedecerão ao disposto no item 2.11, retro. bem como - e principalmente - ao prescrito nas normas da ABNT atinentes ao assunto, com destaque para as seguintes:
5.1.1. NBR 5738/1994: Moldagem e Cura de Corpos-de-Prova Cilíndricos ou Prismáticos de Concreto (MB-2/1994).
5.1.2. NBR 5739/1994: Ensaio de Compressão de Corpos-de-Prova Cilíndricos (MB-3/1994).
5.1.3. NBR 5750/1992: Amostragem de Concreto Fresco (MB-833/1992).
5.1.4. NBR 7223/1992: Concreto - Determinação da Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone (MB-256/1992).
5.1.5. NBR 9606/1992: Concreto - Determinação da Consistência pelo Espalhamento do Tronco de Cone (MB-2519/1992).
5.2. Os resultados de todos os testes exigidos neste Procedimento serão fornecidos pela CONTRATADA ao CONTRATANTE, em 2 (duas) vias, com parecer conclusivo. O CONTRATANTE devolverá, à CONTRATADA, uma das vias autenticada e, se for o caso, acompanhada de comentários que julgar oportunos, considerando o resultado dos testes.
5.3. O CONTRATANTE poderá exigir da CONTRATADA, caso julgue necessário e independentemente da apresentação dos testes exigidos no item 2.11, retro, a realização complementar de testes não destrutivos.
5.4. O pagamento dos testes mencionados no item anterior será efetuado de acordo com o disposto nas Instruções de Concorrências e/ou Edital de Licitação.
5.5. A autenticação do CONTRATANTE não exime a responsabilidade da CONTRATADA definida no item 3.1.1, retro.
5.6. Caso o resultado dos testes mencionados no item 5.2 não seja aceitável, a CONTRATADA arcará com todo o ônus que advenha dos testes mencionados no item 5.3.
5.7. O laboratório ou laboratórios selecionados para os testes terão de estar credenciados pelo INMETRO, sendo indispensável a apresentação do “Certificado de Credenciamento” atualizado expedido pelo INMETRO, sem o qual a Fiscalização poderá considerar inaceitáveis os resultados dos exames e dos testes realizados por iniciativa da Contratada.
5.8. A apresentação do Certificado de Credenciamento expedido pelo INMETRO será efeuada “a priori” , ou seja, antes da realização dos testes e dos exames ou, quando muito, concomitantemente com os resultados destes exames e testes.
NORMAS TÉCNICAS
A execução das estruturas de concreto simples e concreto armado, bem como o material aplicado e o seu manuseio, deverão obedecer às Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em suas edições mais recentes. Citam-se especialmente a NBR 6118, NBR 7480, NBR- 7678, NBR-8953, além de outras referidas a seguir:
NBR-6118 - Projeto de estruturas de concreto - procedimento NBR-6122 -Projeto e execução de fundações
NBR-6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações NBR-8681 - Ações e segurança nas estruturas
NBR-6123 - Forças devidas ao vento em edificações
NBR-5741 - Extração e preparação de amostras de cimentos NBR-5732 - Cimento Portland comum
NBR-5736 -Cimento Portland pozolânico
NBR-5733 - Cimento Portland de alta resistência inicial
NBR-7678 - Segurança na execução de obras e serviços de construção
NBR-8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência NBR-12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto
NBR-5682 - Contratação, execução e supervisão de demolições NBR-5735 - Cimento Portland de alto-forno
NBR-7480 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado NBR-7211 - Agregado para concreto
NBR-7212 - Execução de concreto dosado em central NBR-11768 - Aditivos para concreto de cimento Portland
NBR-12317 - Verificação do desempenho de aditivos para concreto NBR-7215 - Cimento Portland - Determinação da resistência
NBR-5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos deconcreto NBR-5739 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos
NBR-6152 - Materiais metálicos - Determinação das propriedades mecânicas à tração NBR-6153 - Produto metálico - Ensaio de dobramento semi-guiado
NBR-7216 - Amostragem de agregados
NBR-7217 - Agregados - Determinação da composição granulométrica
NBR-7218 - Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis (deverá ser feita verificação por amostragem)
NBR-7219 - Agregados - Determinação de teor de materiais pulverulentos
NBR-7220 - Agregado - Determinação de impurezas orgânicas húmicas em agregado miúdo NBR-7223 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone NBR-7481 - Telas de aço soldadas para armadura de concreto
NBR-12655 - Concreto - Preparo, Controle e Recebimento
Outros regulamentos internacionais poderão ser utilizados quando da falta do seu correspondente brasileiro. Por exemplo:
CEB - Comité Euro-International du Béton ACI - American Concrete Institute
DIN - Deustshe Industrie Norm
6.14 - Barbacã ou Dreno:
A drenagem do muro se dará com a colocação de drenos de tubos de PVC de 50 mm a cada 2,00 m tanto na horizontal, como na vertical. Nestes serviços estão previstos a colocação do material drenante – pedra britada n°3 em uma camada com a espessura de 30 cm ao longo do muro.
6.15 - Gramado em Placas:
Será executado em grama batatais, em placas apresentando no máximo 3 cm. de raízes sobre aterro com terra preta vegetal rico em matéria orgânica, esterco de curral curtido, boa drenagem e isenta de organismos patológicos na espessura de dez centímetros acabado, feito em camadas sucessivas molhadas e levemente apiloadas para recebimento de grama.
As placas deverão ser plantadas imediatamente após sua retirada do canteiro original. Havendo qualquer impedimento ao transplante imediato as placas terão que ser armazenadas sobre plástico, estiradas, com o lado da grama para cima, mantidas úmidas e não encharcadas.
Com base numa linha guia presa às estacas, as placas serão colocadas de modo a justapor suas extremidades. A formação de altos e baixos será evitada, com o plantador apoiado em uma tábua.
As juntas entre as placas serão preenchidas com uma mistura em partes iguais de composto orgânico e areia comprimida fortemente com os dedos de modo que as fendas se fechem por completo.
Após plantadas, as placas serão socadas de modo a comprimir suas raízes contra o solo com o um quadrado de táboa fixado a um cabo vertical.
Caso o plantio não ocorra em estação chuvosa, serão aplicadas regas diárias ao anoitecer. No rebrotamento das mudas, serão arrancadas imediatamente, à mão, com ajuda de sacho, as ervas daninhas com raiz. Antes do primeiro corte será feita uma revisão cuidadosa de todo o gramado, para extrair, com suas raízes toda a erva estranha que brotar.
6.16 - Andaimes Simplesmente Apoiados:
1. Condições Específicas
1.1. Os montantes de andaimes simplesmente apoiados estarão devidamente aprumados e contraventados, de acordo com a sua previsão de emprego. O contraventamento estará bem ajustado aos montantes (por borboletas ou encaixe, se metálico).
1.2. Os acessórios, que fixam os elementos horizontais aos montantes e às diagonais, devem ser previstos especialmente para esse uso e não poderão deslocar-se sob os esforços a que serão submetidos.
1.3. Os montantes desses andaimes devem apoiar-se em bases sólidas, resistentes e que os mantenham perfeitamente aprumados.
1.4. Quando os montantes se apoiarem no solo, serão usadas placas (calços) capazes de resistir, com segurança, aos esforços a que estejam submetidas. Terão área suficiente para distribuir as cargas, sem que o solo recalque ou entre em ruptura.
1.5. Com montantes de madeira de 75 x 100mm (3”x 4”), pode-se construir andaimes de até 12 (doze) metros de altura; a partir daí, o projeto do andaime será elaborado por profissional qualificado. Nos andaimes metálicos, a obrigatoriedade de projeto específico dar-se-á a partir de 40 (quarenta) metros de altura.
1.6. Os andaimes externos à construção serão dotados de amarrações e estroncamentos que resistam à ação dos ventos. Essas fixações serão procedidas a cada 36 (trinta e seis) metros quadrados.
1.7. Os andaimes, com mais de 1,5 (um vírgula cinco) metros de altura, seção dotados de escadas ou rampas de acesso, de preferência nas cabeceiras.
1.8. Será permitido o trabalho em andaimes apoiados em cavaletes, com altura máxima de 2 (dois) metros.
1.9. Quando necessário, os andaimes simplesmente apoiados serão protegidos contra o impacto de equipamentos móveis e / ou veículos.
2.10. Os andaimes simplesmente apoiados, fixos, quando construídos sobre escadas, terão os montantes com comprimentos variáveis – 2 a 2 – de acordo com os degraus, de maneira que o estrado fique na horizontal.
2.11. Não será permitido o trabalho em andaimes, junto às bordas de lajes, sem que haja guarda-corpo fixado na estrutura da edificação ou no andaime.
2.12. Os andaimes simplesmente apoiados, do tipo tubular, serão constituídos por montantes, travessas e contraventos unidos por braçadeiras ou elementos pré-fabricados. Os montantes serão dotados de encaixe, para permitir a superposição dos módulos
2.13. Os andaimes montados sobre torres, fixas ou móveis quando não amarrados ou estaiados, limitar-se-ão à altura de 6 (seis) metros.
2.14. Na montagem e utilização de andaimes móveis – apoiados em rodízios – serão adotadas as seguintes precauções.
2.14.1. Os rodízios terão diâmetro mínimo de 13 (treze) centímetros e serão providos de trava
2.14.2. Sua altura não excederá de 4 (quatro) vezes a menor dimensão da base;
2.14.3. Seu deslocamento será efetuado sem que esteja ocupado por operários, devido ao risco de tombamento.
2.14.4. Será evitada a aproximação de redes de energia elétrica;
2.14.5. Durante a execução do serviço, os rodízios serão calçados ou travados.
6.17 - Tirantes
Planejamento Executivo - Execução dos Tirantes
A implantação de atirantamento em solo prevê a seqüência das seguintes etapas de execução: perfuração, montagem e instalação, injeção e protensão.
Perfuração do terreno
Antes do início da atividade de perfuração propriamente dita, deverão ser verificados a locação do tirante e a exata direção e ângulo de perfuração e alinhamento das perfuratrizes. Pode-se optar por utilizar perfuratrizes rotativas com acionamento hidráulico e circulação d’água ou perfuratrizes roto-percussivas com acionamento pneumático, sendo possível ainda à utilização conjunta dos dois tipos de perfuratrizes para se atingir um melhor resultado. Todas as atividades de perfuração terão seu desenvolvimento registrado em boletins específicos que fornecerão o histórico do furo, contendo dados cronométricos, geológicos, geométricos e outros de interesse. Concluída a perfuração, será procedida a limpeza do interior do furo, mediante a utilização do ferramental apropriado, até que se complete a eliminação de todos os detritos do seu interior.
Montagem e instalação dos tirantes
Os tirantes, serão montados no comprimento, quantidade de cordoalhas, qualidade do aço etc., em bancada conforme especificação do projeto – prateleira sobre cavaletes -especialmente construída para este fim, e são transportados para o local de instalação simultaneamente à conclusão da perfuração. A sua introdução no furo deve ser lenta e cuidadosa para se evitar qualquer dano ao mesmo ou atrito excessivo contra as paredes do furo. Desnecessário será frisar que o tratamento anti-corrosivo a ser aplicado ao aço previamente à montagem, é indispensável como escovamento e limpeza, pintura em duas demãos de tinta apropriada, sempre de acordo com as disposições da Norma Brasileira NBR 5629 para a proteção dos tirantes.
Injeção dos tirantes
A injeção de um tirante exige uma operação caracterizada por duas fases distintas: a primeira denominada “primária” ou de “bainha’ e a segunda, ou as subseqüentes, de consolidação do terreno, consagradas na prática com o nome de “injeções de bulbo” ou “secundárias”. A injeção da bainha é feita imediatamente após a instalação do tirante no furo e consiste no preenchimento do mesmo com calda de cimento com fator água/cimento de 0,5 - em peso - por gravidade. Esta operação é realizada através de um tubo de PVC, deixado para esta finalidade, em cujo interior passa a composição de injeção composta de haste rígida e obturador. Decorrido um intervalo de tempo não superior a duas horas, o tubo de PVC é lavado internamente para mantê-lo limpo e apto a receber, novamente, a composição para as injeções secundárias. Decorrido um prazo de 12 horas após a injeção de bainha, terão início as injeções de consolidação do terreno, com pressões e volumes controlados. A injeção, a exemplo da fase de bainha, é realizada com a introdução da composição de injeção no interior do tubo PVC, iniciando-se, em movimento ascendente, a partir da última válvula localizada na extremidade do tirante o processo de injeção no trecho de ancoragem. Os volumes de calda e pressões de injeção serão aqueles que garantam a perfeita ancoragem do tirante ao terreno. Os critérios de injeção deverão ter por base as características do subsolo local e poderão ser revisados durante a execução, em função das condições locais. Ao final de cada tirante, será emitido boletim individual de cada tirante correspondente às atividades de injeção.
Protensão dos tirantes
Após um tempo mínimo de 3 a 4 dias de cura da calda de cimento da última etapa de injeção realizada ( no caso de se empregar cimento ARI-RS ) ou de 7 dias de cura da calda de cimento da última etapa de injeção realizada ( no caso de se empregar cimento CP-II ), será realizada a protensão, com utilização de macacos apropriados, ocasião em que será testado o tirante de acordo com as prescrições da NBR 5629. Nesta etapa serão colocadas as peças que compõem a “cabeça” do tirante, ou seja, a cunha de grau, em aço, a placa de apoio, também em aço e as porcas ou clavetes para fixação do mesmo. Os dados das cargas aplicadas e as deformações correspondentes em cada estágio de carregamento serão anotados em boletins apropriados.
Execução da Estrutura de Concreto Armado
Propriedades do Concreto
O concreto deverá ter uma resistência característica mínima à compressão fck = 25 Mpa, conforme especificado em projeto. Devido a localização da cortina, poderá optar-se pela utilização de concreto bombeado, ou então pela execução de concreto na própria obra. Para tanto, as propriedades e características do concreto tais como traço, fator água/cimento, trabalhabilidade, etc, deverão ser fixadas a partir do método executivo escolhido, bem como visando-se um bom aspecto final para a estrutura.
Adensamento
Cada camada de concreto lançada será vibrada mecanicamente por meio de vibradores de imersão ou de parede. O adensamento do concreto será cuidadoso, evitando-se, desta forma, não só a ocorrência de vazios mas a concentração de grandes porções de argamassa em pontos localizados. Será evitada também, a vibração da armadura, para que não se formem vazios a seu redor com prejuízo da aderência.
Juntas de Concretagem
Xxxxx obedecidas rigorosamente as posições das juntas de concretagem estabelecidas pelo projeto. Estas juntas terão suas superfícies devidamente tratadas para que haja uma perfeita ligação entre o concreto já lançado e o concreto a ser lançado.
Este tratamento consistirá em se apicoar a superfície existente e limpá-la através de jatos de ar, eliminando-se assim as partículas finas que possam existir na face da junta.
Cura e Proteção do Concreto
Enquanto não atingir a resistência necessária o concreto será protegido contra agentes prejudiciais, tais como mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte ou agentes químicos.
A proteção contra secagem prematura, pelo menos durante os 14 primeiros dias após o lançamento do concreto, será feita mantendo-se a forma constantemente umedecida. A desforma poderá ser feita antes deste prazo desde que se tenham passados sete dias após o lançamento e que se mantenham úmidas as superfícies do concreto.
Ferragem
A armadura de aço utilizada no concreto armado tem categoria aço ST 85/100, com resistência característica a conforme apresentado em projeto.
Formas
As formas deverão ser dimensionadas e constituídas obedecendo-se às prescrições da ABNT, para estruturas de madeira e estruturas metálicas, conforme o material constituinte das formas. Estas deverão ser dimensionadas de modo que não possam sofrer deformações prejudiciais, quer sob a ação dos fatores ambientais, quer sob a carga, especialmente a do concreto fresco, considerando nesta o efeito do adensamento sobre o empuxo do concreto.
Controle tecnológico
Sobre os materiais utilizados para a execução da obra em questão, dever-se-á exercer um controle estatístico das características principais especificadas em projeto para esses materiais. Anteriormente à sua utilização dever-se-á obter de laboratório especializado, certificados que comprovem a qualidade e as propriedades do aço de protensão, do aço estrutural para o concreto armado, bem como para os agregados e cimento Portland (de acordo com as normas da ABNT ).
7 - LIMPEZA GERAL:
Os serviços de limpeza geral deverão satisfazer ao que estabelece as especificações abaixo:
- Será removido todo entulho do terreno, sendo cuidadosamente limpos e varridos os acessos;
- Todas os pavimentos, serão limpos, de modo a não serem danificadas outras partes da obra por estes serviços de limpeza.
- Todas as manchas e salpicos de tinta serão cuidadosamente removidos.
- Durante a obra não serão permitidos acúmulos de materiais e entulhos na obra, que possam ocasionar acidentes e/ou atrapalhar o bom andamento dos serviços, ficando a contratada obrigada a atender, de pronto, a quaisquer exigências da contratante, quando notificada por escrito, sobre serviços gerais de limpeza.
8 - VERIFICAÇÃO FINAL:
Será procedida cuidadosa verificação por parte da Fiscalização, antes do aceite final da obra, das perfeitas condições de funcionamento e segurança de todas as instalações e aspecto de limpeza geral, o que não isentará a contratada de responsabilidades futuras, em decorrência de negligências acontecidas durante a obra.