Parque Produtivo. A concentração da produção em poucas unidades mineiras é também uma característica observada na mineração de cobre brasileira. Ressalte-se que cerca de 97 % da produção de concentrado e de catodo SX/EW provêm essencialmente de dois complexos mineiros - voltados única e exclusivamente à produção de concentrado de cobre, com ouro e prata como subprodutos -, quais sejam: • Complexo Sossego/Sequeirinho, localizado na Província Mineral de Carajás, em Canaã dos Carajás, estado do Pará, e formado por duas frentes de lavra e uma única concentradora, e • Complexo Caraíba, compreendendo uma mina subterrânea e frentes de lavra a céu aberto na área da mina Caraíba e em concessões vizinhas, uma única planta de concentração e uma planta hidrometalúrgica para produção de catodo SX/EW, todos localizados no Distrito Cuprífero do Vale do Curaçá, em Jaguarari, estado da Bahia, e da mina de Chapada, em Alto Horizonte, estado de Goiás, que tem o concentrado de cobre e o ouro nele contido como co-produtos. O concentrado de cobre é produzido também como subproduto da mineração de níquel laterítico em Niquelândia, estado de Goiás. A Tabela 3.4.a sumariza o perfil das minas produtoras de concentrado de cobre em operação no Brasil. A Tabela 3.4.b complementa aquele perfil com a evolução da produção das minas no período de 2000 a 2008, sendo este último uma estimativa preliminar. No que tange à produção de catodo de cobre SX/EW, o segmento de mineração já conta com duas plantas hidrometalúrgicas: uma na Mineração Caraíba, em Jaguarari, com capacidade de 4.500 tpa de catodo, voltada ao tratamento das pilhas de minério oxidado, e a outra, a Usina Hidrometalúrgica de Carajás (UHC), recém implantada pela Vale nas proximidades da mina de Sossego, em Canaã dos Carajás, no estado do Pará. A UHC tem capacidade para tratar 35.000 tpa de concentrado de cobre sulfetado, produzindo 10.000 tpa de catodo SX/EW, com 99,99% Cu. Caso se confirme a eficiência do processo hidrometalúrgico em um período de 21 meses, todos os projetos de cobre da Vale destinarão os seus concentrados sulfetados para a produção de catodo SW/EW. Nesta hipótese, uma nova planta será implementada em escala maior e adequada à capacidade de geração de concentrados das minas.
Parque Produtivo. Em 2005 o DNPM apresenta como as principais empresas produtoras, tendo como referência valor da produção comercializada, o reproduzido no Tabela 4. Tabela 4 – VALOR DA COMERCIALIZAÇÃO DE BAUXITA - Brasil (2005). SUBSTÂNCIA / ESTADO BRUTA BENEFICIADA TOTAL COMERCIALIZADO (*) R$ / t 1 000 t 1 000 R$ 1 000 t 1 000 R$ 1.000 t 1 000 R$ BAUXITA TOTAL 1.765 26.635 20.744 1.225.214 22.509 1.251.849 55,62 BAUXITA METALÚRGICA 1.742 26.022 20.176 1.074.903 21.918 1.100.925 50,23 MINAS GERAIS 1.610 24.170 2.381 38.484 3.991 62.654 15,70 PARÁ - - 17.795 1.036.420 17.795 1.036.420 58,24 SÃO PAULO 132 1.851 - - 132 1.851 14,02 BAUXITA REFRATÁRIA 24 614 567 150.310 591 150.924 255,37 MINAS GERAIS 5 39 545 147.374 550 147.413 268,02 SANTA CATARINA - - 22 2.936 22 2.936 133,45 SÃO PAULO 19 574 - - 19 574 30,21 Fonte : Anuário Mineral Brasileiro (DNPM, 2006) (* )TOTAL COMERCIALIZADO (VALOR) ESTADOS PARTICIPAÇÃO (%) 2005 MINARAÇÃO RIO DO NORTES.A.- MRN PA 82,79 MINERAÇÃO CURIMBABA LTDA MG/ SP 11,56 CIA. BRASILEIRA DE ALUMÍNIO - CBA MG/ RJ/ SP 2,89 COMPANHIA GERAL DE MINAS MG/ SP 1,27 NOVELIS DO BRASIL LTDA MG 0,40 VARGINHA MINERAÇÃO ELOTEAM. LTDA MG 0,35 RIO POMBA EMP. MINERAÇÃO LTDA MG 0,26 MINERAÇÃO PELLANDA LTDA SC 0,23 MINERAÇÃO ZELÂNDIA MG 0,06 Fonte : Anuário Mineral Brasileiro (DNPM, 2006) O registrado pelo DNPM em 2005, ainda não incluia a produção da VALE na mina de Paragominas no Estado do Pará, que alterou significativamente o perfil do parque produtor da bauxita a partir de 2007(Quadro 3). As informações mais recentes revelam o seguinte parque produtor para a produção de bauxita.
Parque Produtivo. A concentração da produção de cobre primário em um único produtor é também uma característica observada na indústria de transformação de cobre brasileira. A quase totalidade da produção de catodo provém essencialmente da planta da Caraíba Metais (98,3%), cabendo o restante a duas novas unidades hidrometalúrgicas: a planta de SX/EW da Mineração Caraíba e a Usina Hidrometalúrgica de Carajás (UHC) da Vale.
Parque Produtivo. A concentração da produção de cobre primário em um único produtor é também uma característica observada na indústria de transformação de cobre brasileira. A quase totalidade da produção de catodo provém essencialmente da planta da Caraíba Metais (98,3%), cabendo o restante a duas novas unidades hidrometalúrgicas: a planta de SX/EW da Mineração Caraíba e a Usina Hidrometalúrgica de Carajás (UHC) da Vale. - Caraíba Metais A única planta pirometalúrgica de cobre no país é a da Caraíba Metais S/A, que produz catodo de cobre eletrolítico. Parte do catodo destina-se à unidade de laminação junto à planta, onde são produzidos vergalhões e fios trefilados. A planta dispõe ainda de uma fábrica de ácido sulfúrico para aproveitamento dos gases de enxofre gerados no processo. O processo pirometalúrgico da Caraíba é convencional e compreende duas etapas de fundição (smelting) do concentrado sulfetado de cobre, envolvendo as unidades de fusão mática (mate de cobre) em forno flash de tecnologia Outokumpu, conversão do mate em fornos conversores para obtenção do blister, refino a fogo do blister para elevar o teor do metal e sua moldagem em forma de anodo e, finalmente, refino eletrolítico com a obtenção de cobre de pureza 99,99% (refining). A planta também é dotada de uma unidade de laminação para produção de vergalhão de cobre de 8 mm, consistindo basicamente de fusão do catodo em forno vertical, vindo o metal líquido a alimentar uma máquina de lingotamento contínuo, conjugado a um laminador, também contínuo. A partir do vergalhão, equipamentos da unidade de trefilação produzem os fios trefilados, que se destinam aos fabricantes de fios e cabos de cobre - clientes-alvo da Caraíba Metais neste mercado de trefilados. A planta ainda dispõe de uma unidade para obtenção do vergalhão oxygen-free, produto de maior valor agregado na laminação. As unidades mais críticas e determinantes da planta da Caraíba têm as seguintes capacidades instaladas: – refino eletrolítico: 220.000 toneladas/ano de cobre eletrolítico de pureza 99,99%, com previsão de expansão para 240.000, 255.000 e 270.000 toneladas/ano, respectivamente, nos anos de 2010, 2012 e 2013; laminação: 211.000 toneladas/ano de vergalhão; trefilação: 16.000 toneladas/ano de fio de cobre; planta de ácido sulfúrico: 570.000 toneladas/ano de H2SO4 e 70.000 toneladas/ano de oleum. No tocante aos consumos específicos mais relevantes da planta da Caraíba Metais, é importante frisar que a planta brasileira destaca-se entre suas con...
Parque Produtivo. O parque produtivo do alumínio primário composto pelas 6 (seis) empresa têm uma capacidade instalada de produção de 1.685 mil toneladas, com o acréscimo de 74 mil toneladas em relação ao registrado em 2006, resultado da expansão da CBA e melhoria no processo de produção na Alumar. Ao fim de 2007 cada grupo produtor detinha as seguintes capacidades instaladas: Albras 460 mil toneladas (mt), Alcoa 96 mt., Alumar 447 mt., CBA 475 mt., a Novelis 109 mt. e a Valesul 98 mt. Estas capacidades evoluíram de 1.310 mt de 2001 para 1.685 Mt em 2007, conforme pode ser observado na Tabela 4, onde estão também as previsões de capacidade para 2011 já estabelecida pelas empresas. PRODUTORES LOCALIZAÇÃO 0000 0000 0000 0000 Albras Alumínio Brasileiro S.A. Barcarena - PA 406 436 460 460 Alcoa Alumínio S.A. Poços de Cadas - MG 92 94 96 105 Alumar-Consórcio de Alumínio do Maranhão São Luiz - MA 370 376 447 458 Companhia Brasileira de Alumínio - CBA Alumínio - SP 240 314 475 570 Novelis do Brasil Ltda Ouro Preto - MG 51 51 51 51 Novelis do Brasil Ltda Aratu - BA 58 58 58 58 Valesul Alumínio S.A. Santa Cruz - RJ 93 94 98 98 TOTAL 1.310 1.423 1.685 1.800 Fonte : ABAL, 2008 Para os produtos transformados (chapas, folhas, cabos, vergalhões) a capacidade é de 1.078 mil t e para produtos extrudados o número de prensas das principais empresas do setor tem capacidade de 250 mil toneladas. O consumo de matéria prima mineral na cadeia de produção de alumínio, passa pela fase intermediária da produção de “alumina”. Para produzir o alumínio a partir da bauxita efetuam-se três etapas: A bauxita (média de 40 % de Al2 O3) depois de extraída, lavada e secada é transportada para o refino. Em termos gerais são necessários até 4 (quatro) toneladas de bauxita para produzir cerca de 2 (duas) toneladas de alumina e obter 1 (uma) tonelada de alumínio primário. O Quadro 2, informa os insumos para a produção de alumina e alumínio, segundo a ABAL (in Mártires, Xxxxxxxx A.C. Balanço Mineral, DNPM, 2009 texto não publicado). O consumo energético, dentro da cadeia do alumínio tem na etapa de produção do metal primário a fase eletro intensiva. As empresas brasileiras avançaram na eficiência do processo produtivo do metal primário, principalmente, no estágio de redução, o que levou a uma média de consumo de energia elétrica interno de 0,2 MWh/t mais baixa comparada a média mundial. Nos últimos 10 anos a ABAL informa que a média brasileira foi de 15,0 MWh/t de alumínio enquanto a média mundial foi de 15,2 MWh ...
Parque Produtivo. Para atingir as expectativas de consumo, nos cenários definidos para os próximos 20 anos a partir de 2010, alguns investimentos já estavam definidos, para expansão como destacados na Tabela 4, antes da crise financeira americana emergida em fins de 2008, com capacidade de produção de 1,8 mil toneladas para 2011. As companhias produtoras da cadeia do alumínio, estão sempre procurando atender as expectativas da demanda, a ABAL informa que a Cia Brasileira de Alumínio (CBA) que ampliou a capacidade de produção de 000 Xx para 000 Xx a partir de 2003, está programando atingir a 000 Xx a partir de 2010, com investimentos de R$ 2,5 bilhões (US$ 1,3 bilhão à taxa cambial de 2007)para instalar nova linha de 95 mil toneladas. Para bauxita o site da CBA informa o início de operação da mina de Mirai (MG) iniciando com 1,0 Mt/ano até atingir uma capacidade de 5,0 Mt/ano, com investimentos programados de R$100,0milhões (US$ 50,0 milhões) para cada 1 milhão de tonelada instalada. A Mineração do Rio do Norte (MRN) na fase do Relatório de Impacto ao Meio Ambiente(Rima) e audiência públicas para explorar bauxita em substituição a minas em exaustão. Duas novas minas Xxxx Xxxx e Bacaba, com início da produção da bauxita para 2009/10 (ver RT 22 Perfil da mineração de bauxita). O grupo Vale, programa investimentos de R$ 4,0 bilhões (US$ 2,2bilhões em 2008) para a construção de uma refinaria de alumina (Companhia de Alumina do Pará-CAP) com capacidade de produção inicial de 1,86 milhão de toneladas, para início de produção em 2011. Para o futuro a refinaria poderia chegar a 7,4 Mt. de alumina, aliado a expansão da mina de Xxxxxxxxxxx que fornecerá a bauxita para o Cia de Alumina do Pará. A ALCOA, apesar de anunciar em 2009 corte nos investimentos mundiais, deve manter programas de expansão no Brasil, e segundo a ABAL passa a produzir 000 Xx de alumínio em Poços de Caldas ( MG) a partir de 2011. Os investimentos necessários para expansão de novas unidades, segundo os informes da ABAL, podem ser estimados em: US$ 14.470 / t de alumínio em expansão (CBA); US$ 1.200 / t para alumina e US$ 65 / t de bauxita. Para o alumínio metálico sob todas as formas o comércio exterior brasileiro é bastante expressivo atualmente, exportando cerca de US$ 3,0 bilhões em 2007, quando no início da década de oitenta exportava US$ 40,0 milhões.(US$ 100,0 milhões a preço de 2007) O Brasil tinha um mercado exterior deficitário até a década de oitenta, importando mais do que exportava, situação que se alte...
Parque Produtivo. A extração de rocha para brita observa as mesmas características da extração de qualquer rocha dura a céu aberto, com extração em bancadas, consistindo-se de operações unitárias de limpeza e decapeamento, perfuração e desmonte por explosivos, carregamento e transporte, e britagem. Normalmente, as operações de limpeza e decapeamento são feitas no início da atividade, com a remoção do material intemperizado e seu depósito em áreas de bota-fora, sendo comum a contratação de terceiros para esses trabalhos. As pedreiras trabalham com bancadas de alturas variadas, geralmente entre 9 m e 25 m. Os diâmetros dos furos mais comuns são 63 mm (2 ½”) e 89 mm (3 ½”) e são feitas por perfuratrizes hidráulicas. Utilizam-se sistemas de iniciação não-elétricos, em função de exigências ambientais, e a emulsão bombeada vem substituindo os explosivos encartuchados. Na maioria das pedreiras, o carregamento feito por carregadeiras sobre pneus é o mais comum, embora muitas estejam adotando o uso de escavadeiras trabalhando sobre pilha de rocha desmontada. O transporte da rocha para a britagem é feita por caminhões fora-de-estrada. Muitas pedreiras estão terceirizando parte das operações de lavra. Algumas terceirizam tudo, exceto a britagem. Nas operações de desmonte por explosivos nas pedreiras médias e grandes, são muito comuns, seja devido às exigências ambientais sobre limite de vibrações, seja por segurança, já que manter paióis de explosivos se tornou uma atividade de risco. A grande maioria das pedreiras adota a britagem estacionária, sendo raros os casos a utilização de britadores móveis. Na maioria dos casos, na britagem primária, são usados britadores de mandíbulas. Na britagem secundária, há tanto rebritadores de mandíbulas como cônicos. Na britagem terciária, predominam os cônicos. Observou-se nos últimos anos o intenso aproveitamento dos finos com a introdução de britadores VSI (Vertical Shaft Impactor – Impactadores de Eixo Vertical) para produção de areia artificial. Em termos de utilização dos VSI no Brasil, 85% são autógenos e 15% Shoes & Anvil (sapata e bigorna). Predominaram inicialmente em obras rodoviárias para fazer finos para asfalto, mas as pedreiras passaram a adotá-los. Pedreiras para produção de pedra britada costumam ter vida bastante longa. São comuns os casos em que elas estejam em produção há mais de 30 anos. Muitas vezes sua localização próxima às cidades torna-se um fator positivo. Algumas delas são utilizadas no fim da sua vida produtiva como depó...
Parque Produtivo. A produção de chumbo primário no país, na forma de concentrado mineral, provém da operação de lavra da mina de zinco de Morro Agudo, operada pela Votorantim Metais Zinco. Os aspectos tecnológicos serão discutidos a seguir no item específico, relativo ao processo de mineração e tratamento do minério de Morro Agudo, portanto neste item não serão realizadas considerações sobre índices de produtividade, consumo energético, utilização e insumos e outros elementos desta natureza, pelo simples fato desses elementos serem relacionados direta e permanentemente com o processo de mineração de zinco, elemento metálico que sustenta rentabilidade do empreendimento.
Parque Produtivo. A seguir enumeramos os produtores de grãos abrasivos nacionais com suas capacidades, quando disponível. Os fornos são do tipo Higgins para óxido de alumínio (há um forno tilt and pour na Elfusa) e Acheson para carbeto de silício: • A Elfusa (Grupo Curimbaba) produz óxido de alumínio. Capacidade de 120.000 t/ano usando 28 fornos. Localizada em São João da Boa Vista, SP. • A Treibacher Schleifmittel (Grupo Imerys) produz óxido de alumínio e carbeto de silício. Capacidade total de 60.000 t/ano (10.000 t/ano de SiC). Localizada em Salto de Itu, SP. • A Casil (Grupo Saint Gobain) é a maior planta de carbeto de silício do mundo. Capacidade de 60.000 t/ano. Localizada em Barbacena, MG. • A Saint Xxxxxx produz ainda óxido de alumínio em outra planta, localizada em Vinhedo, SP. • A Sicbrás, Carbeto de Silício do Brasil produz carbeto de silício. Capacidade de 7.000 t/ano. Localizada em Simões Filho, BA. As indústrias se concentram na região sudeste, com apenas uma delas na região nordeste e nenhuma em outras regiões.
Parque Produtivo. A areia é extraída de leito de rios, várzeas, depósitos lacustres, mantos de decomposição de rochas, pegmatitos e arenitos decompostos. No Brasil, 70% da areia são produzidos em leito de rios. No Estado de São Paulo, a relação é diferente: 45% da areia produzida são provenientes de várzeas, 35%, de leito de rios, e o restante, de outras fontes. A extração de areia costuma ocupar muita área, quando é feita fora dos cursos d’água, pois normalmente o depósito sedimentar não é muito espesso. Mesmo que fossem, há o problema da manutenção do talude, com conseqüentes problemas de segurança. Há casos de extração de areia no Estado de São Paulo que estão a mais de 40 m de profundidade. Por ocupar muita área, há muita oposição à sua instalação e à liberação de novas áreas. Para vencer a oposição, os produtores vem fazendo um programa contínuo de esclarecimento e implantando projetos cada vez melhores de recuperação das áreas já lavradas.